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Curso CEAP – Turma PGE/PGM 2019.2

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Direito Constitucional – Prof. Rodrigo Brandão - Aula 05

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Poder Constituinte Derivado (continuação)

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Interpretação Constitucional.

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SUMÁRIO

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I - PODER CONSTITUINTE DERIVADO

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I.1 – Cláusulas Pétreas

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II – INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

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II.1 – Elementos tradicionais de interpretação

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II.2 – Particularidades das normas constitucionais

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II.3 – Princípios específicos de interpretação constitucional
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Resumo elaborado pela equipe de monitoria do curso


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O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na
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fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula.


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Interpretação Constitucional.

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AULA 5

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I – CLÁUSULAS PÉTREAS

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a) Direitos e Garantias Individuais – CF/88, art. 60, §4º, IV

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Recapitulando o que foi visto na última aula, quanto aos direitos e garantias individuais

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enquanto cláusulas pétreas, a teoria majoritária estabelece que são cláusulas pétreas os direitos de 1ª, 2ª

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e 3ª geração, sejam eles direitos de defesa ou direitos prestacionais. Além disso, dentro desta teoria há

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uma controvérsia que se refere à distinção entre direitos formalmente fundamentais e direitos

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materialmente fundamentais.

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Os direitos formalmente fundamentais são aqueles colocados pelo constituinte no rol de

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direitos fundamentais, ou seja, aqueles contidos topograficamente no Título II da Constituição – Dos

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Direitos e Garantias Fundamentais (dos arts. 5º ao 17). Os direitos materialmente fundamentais o são
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pelo seu conteúdo, por serem emanações do princípio da dignidade da pessoa humana. Há o consenso
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de que os direitos materialmente fundamentais são cláusulas pétreas, independentemente da sua


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localização topográfica no texto constitucional.


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Entretanto, há divergência quanto à noção de que todo o conteúdo do Título II constitui


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cláusula pétrea pelo simples fato de estar localizado neste Título da Constituição. Há uma corrente que
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defende que sim, em proteção à segurança jurídica. No entanto, há muitas normas inseridas neste Título
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de duvidosa fundamentalidade. Sendo assim, outra corrente defende que o fato de estar inserida no
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Título II apenas confere presunção de ser cláusula pétrea à norma (para dizer que não o é, caberá ao
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intérprete exercer o ônus argumentativo). Esta visão busca tornar um pouco mais enxuto o rol de
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direitos e garantias fundamentais, de forma a não engessar o processo de atualização da Constituição,


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equilibrando o constitucionalismo e a democracia.


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Outra questão que se coloca nesta temática é saber se os direitos adquiridos seriam cláusula s
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pétreas ou não. A posição majoritária é que sim, os direitos adquiridos são cláusulas pétreas. Embora o
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poder constituinte originário possa suprimi-los de maneira expressa, o poder constituinte derivado não
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poderá fazê-lo, com base nos arts. 60, §4º, IV c/c art. 5º, XXXVI da CF/88. Há uma posição minoritária
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que faz uma interpretação literal do art. 5º, XXXVI estabelecendo que apenas a lei deve observar os
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direitos adquiridos. Para a posição majoritária, entretanto, o vocábulo “lei” do referido inciso deve ser
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interpretado extensivamente, abrangendo também as emendas à Constituição.


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Não há dúvida de que os direitos adquiridos são garantias fundamentais à segurança jurídica.
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Entretanto, caso a proteção aos direitos adquiridos seja muito vasta, ocorrerão dificuldades de atualizar
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a Constituição e a mudança (natural e necessária) ficará prejudicada. Considerando que os direitos


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O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na
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fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula.


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adquiridos são cláusulas pétreas, a melhor doutrina defende uma preocupação inicial com a aferição da

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própria constitucionalidade da aquisição de tais direitos. Como exemplo, pode ser citada a situação de

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uma lei municipal que previsse a incorporação da remuneração paga pelo exercício de cargo em

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comissão após 5 anos. A lei não estabeleceria um número máximo de incorporações, sendo possível

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incorporar uma série de cargos sucessivamente. Após alguns anos, foi aprovada uma alteração à Lei

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Orgânica do Município estabelecendo que, dali em diante, só seriam pagas, pelo Ente, as 2 maiores

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incorporações percebidas pelo beneficiário. A referida emenda à Lei Orgânica deverá ser considerada

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constitucional, pois a prática municipal anterior estava em desacordo com a moralidade administrativa,

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a eficiência e a economicidade, não cabendo assim uma interpretação extensiva do direito adquirido.

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Caberia sustentar a inconstitucionalidade do dispositivo anterior que previa a incorporação ilimitada de

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cargos.

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Outra forma de evitar a interpretação extensiva dos direitos adquiridos é pela ideia de que “não

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há direito adquirido a regime jurídico”. Não cabe alegar direito adquirido exigindo que o Estado

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mantenha a ordem jurídica anterior, pois a natureza do Direito é ser mutável e acompanhar a realidade.

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Por exemplo, caso uma pessoa ingressasse no serviço público com direito a 2 meses de férias por ano,
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não poderia ela pleitear que esta condição fosse mantida até a sua aposentadoria, pois não há direito
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adquirido a regime jurídico. Não cabe exigir que o regime jurídico permaneça igual ao longo do tempo.
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II – INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
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A interpretação constitucional é a atividade prática de se explicitar o conteúdo, o sentido e o


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alcance de uma norma. A aplicação da norma é o momento final da interpretação, que consiste na sua
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concretização ou incidência ao caso concreto. Já a hermenêutica jurídica é o domínio teórico que estuda
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os princípios de interpretação do direito.


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A interpretação constitucional é uma espécie do gênero interpretação jurídica. Desta forma, os


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elementos tradicionais de interpretação (postos por Savigny, no século XIX) são aplicáveis à
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interpretação constitucional, assim como, à interpretação de outros ramos do direito. São eles: o
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elemento gramatical ou literal, histórico, sistemático e teleológico.


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Entretanto, tais elementos não se mostram suficientes para a adequada interpretação


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constitucional, pois as normas da Constituição apresentam especificidades que demandam princípios


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específicos de interpretação.
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II.1 – Elementos tradicionais de interpretação


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Durante algum tempo, a doutrina divergiu sobre se a finalidade da interpretação do Direito

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seria buscar a mens legislatoris ou a mens legis. A mens legislatoris refere-se à vontade histórica do

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legislador (aquilo que o legislador quis quando editou a norma). Já a mens legis é a vontade autônoma

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da norma. Historicamente, houve divergência entre as teorias subjetivas (que defendiam que a

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finalidade do intérprete era obter a mens legislatoris) e as teorias objetivas (que defendiam a mens

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legis).

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Hoje há consenso na doutrina de que a finalidade do intérprete é buscar a mens legis (a vontade

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da lei), considerando que a vontade do legislador é apenas um dos elementos para se buscar a vontade

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da lei. Desta forma, os elementos objetivos de interpretação (sistemático e teleológico) ganharam maior

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relevância sobre os subjetivos (literal e histórico). Entretanto, não há uma hierarquia rígida entre os

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elementos tradicionais de interpretação, isto dependerá da plausibilidade da argumentação construída

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pelo intérprete. Neste caso, há uma hierarquia flexível.

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a) Elemento gramatical ou literal
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Estabelece uma espécie de moldura normativa, delimitando as possibilidades de interpretação
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(limites semânticos da norma). Aquilo que estiver dentro da moldura constituirá uma possibilidade
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legítima de interpretação. Entretanto, este elemento interpretativo não deve ser tomado isoladamente.
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Recentemente há uma discussão sobre o ativismo judicial e a expansão da teoria dos princípios
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descolarem o Judiciário da literalidade da lei, gerando problemas de legitimidade e insegurança


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jurídica. Sendo assim, ressalta-se a importância do elemento gramatical ou literal em delimitar as


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possibilidades legítimas de interpretação.


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b) Elemento histórico
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Trata-se da reconstrução do momento histórico de elaboração da lei, mediante consulta, por


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exemplo, aos anais das casas legislativas, aos debates parlamentares e sociais, às exposições de motivos
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da mensagem que encaminhou o projeto de lei, etc., visando identificar a vontade histórica do
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legislador. Quanto mais recente for a norma, mais peso se dará a este elemento, tendo em vista a
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interpretação evolutiva do direito, visando adaptar a norma a diferentes contextos, que podem mudar
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muito rapidamente e de forma intensa, principalmente nos dias atuais.


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c) Elemento sistemático
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Segundo este elemento, a constituição não se interpreta de modo isolado, pois o direito é um
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sistema de normas com pretensão de coerência.


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d) Elemento teleológico

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Este elemento considera a finalidade da norma, o bem jurídico que ela busca garantir. Pretende

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identificar a ratio legis, logo o elemento teleológico também permite a interpretação evolutiva do

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direito, pois possibilita adaptar a norma para que fique obsoleta (independente da realidade subjacente).

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II.2 – Particularidades das normas constitucionais

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Em comparação com as normas jurídicas padrão, as normas constitucionais possuem

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determinadas características peculiares. A primeira delas é que tais normas possuem superioridade

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jurídica. As normas constitucionais estão no topo da hierarquia de normas. Além disso, as normas

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constitucionais possuem, em regra, linguagem mais aberta do que as normas infraconstitucionais.

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As normas da Constituição também possuem intenso conteúdo político e moral, pois o poder

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constituinte originário é um poder político decorrente da soberania popular. O poder constituinte
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originário é ilimitado juridicamente, já os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não. O objetivo
central da Constituição é submeter o poder político a limites jurídicos. Além disso, como mencionado,
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a Constituição possui conteúdo moral significativo, principalmente na seara dos direitos fundamentais,
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pois são as normas de maior conteúdo de justiça da constituição, onde se encontram os valores mais
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fundamentais da sociedade.
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As normas jurídicas, em geral, proíbem, impõem ou facultam condutas (sendo conceituadas


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como normas definidoras de direitos). Já as normas constitucionais possuem uma estrutura


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diferenciada, pois, além das normas de conduta, são compostas pelas normas de organização (que
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definem a estrutura do Estado) e pelas normas programáticas (que definem fins ou objetivos a serem
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perseguidos pelo Estado).


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Sendo assim, em razão das especificidades das normas constitucionais acima demonstradas, os
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elementos tradicionais de interpretação, apesar de relevantes, não se mostraram suficientes. Desta


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forma, foram concebidos princípios específicos de interpretação constitucional. A interpretação


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constitucional tende a ser mais difícil e subjetiva do que a de outros ramos do direito, já que é a
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interpretação da mais alta norma jurídica. Além disso, o caráter aberto da Constituição amplia as
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possibilidades interpretativas. Por fim, as questões políticas e morais por ela abarcadas envolvem alto
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grau de divergência no âmbito social.


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Desta forma, pode-se concluir que as particularidades das normas constitucionais tornam a sua
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interpretação mais difícil e complexa. O risco envolvido nesta interpretação é o decisionismo judicial, o
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seja, o risco de o Poder Judiciário decidir, não com base no Direito, mas nas convicções pessoais dos
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magistrados, o que afeta a legitimidade da interpretação e a segurança jurídica. A técnica da


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hermenêutica constitucional busca assim tornar a interpretação da Constituição mais objetiva e segura,

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trazendo parâmetros mais claros e objetivos para a atuação dos magistrados, principalmente com a

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criação de princípios específicos.

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Não é correto dizer que só o Poder Judiciário interprete a Constituição. Peter Haberle

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(Alemanha) desenvolveu a ideia da sociedade aberta dos intérpretes da Constituição e diversos autores

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americanos falam também de interpretação constitucional fora das Cortes. Os outros Poderes e a

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sociedade civil também interpretam a constituição. O Poder Legislativo, por exemplo, interpreta as

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normas constitucionais que regem o processo legislativo para a execução da sua competência

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constitucional. O Poder Executivo interpreta a Constituição, principalmente quanto aos princípios que

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regem a atuação da administração pública.

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O Judiciário, por sua vez, interpreta a constituição fundamentalmente por aplicação direta das

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suas normas. Outra forma de interpretação se dá com o controle de constitucionalidade (difuso ou

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concentrado), por meio do qual é a analisada a compatibilidade das normas infraconstitucionais com a

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Constituição, que serve como parâmetro de controle. Além disso, a Constituição é interpretada pelo
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Poder Judiciário por meio da eficácia irradiante das normas constitucionais. A eficácia irradiante refere-
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se ao potencial que as normas constitucionais têm, sobretudo os princípios, de projetarem efeitos sobre
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todo o ordenamento jurídico. Os princípios constitucionais sobretudo são vetores interpretativos que se
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projetam sobre toda a ordem jurídica. Para o Ministro Luís Roberto Barroso, toda interpretação jurídica
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é sobretudo uma interpretação constitucional. A aplicação de qualquer norma ao caso concreto envolve
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uma análise prévia da sua constitucionalidade e, mais do que isso, cabe analisar se a interpretação legal
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que se extrai da norma é compatível ou não com a Constituição.


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Fala-se ainda em interpretação doutrinária, que é aquela realizada pelos estudiosos do Direito e
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em interpretação autêntica, aquela desenvolvida pelo próprio ente que elaborou a norma, produzindo
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uma segunda norma, não para alterar ou revogar a primeira, mas para explicitar o seu sentido e
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conteúdo. Há bastante controvérsia sobre a admissibilidade da interpretação autêntica em matéria


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constitucional. As normas constitucionais originárias são fruto do poder constituinte originário, ao


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passo que as emendas constitucionais são fruto do poder constituinte derivado, logo a fonte da
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interpretação não seria a mesma, o que, para parte da doutrina, faria com que a interpretação não
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pudesse ser caracterizada como autêntica. A interpretação autêntica envolve riscos, principalmente
quanto aos efeitos retroativos que, muitas vezes, se pretende atribuir (os efeitos retroativos podem
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violar a segurança jurídica, em última análise).


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Outra parte da doutrina admite a interpretação autêntica da constituição desde que haja
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pertinência e plausibilidade (sem constituir uma tentativa de alterar a norma para se buscar efeitos
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retroativos indevidos).
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II.3 – Princípios específicos de interpretação constitucional

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Estes princípios são implícitos. São aplicáveis porque ancorados em normas constitucionais

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que garantirão a sua aplicação.

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1- Princípio da Supremacia da Constituição

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Este princípio se extrai inicialmente da dicotomia entre poder constituinte e poderes

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constituídos. O poder constituinte, como se sabe, é fruto da vontade do povo (emanação da soberania

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popular) e os poderes constituídos são concedidos pela constituição (inferiores). Além disso, a

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característica rígida da Constituição reforça a sua hierarquia superior em face das leis.

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O Princípio da Supremacia da Constituição não deve ser interpretado apenas de forma política

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(segundo o modelo francês), mas também sob o viés jurídico-normativo (conforme o modelo norte-

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americano, amplamente dominante). Desta forma, busca-se reconhecer que o legislador está

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juridicamente vinculado à Constituição, de forma que, se produzir uma lei inconstitucional, o Poder
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Judiciário poderá invalidá-la, sendo declarada nula. A supremacia política da Constituição dirige-se tão
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somente ao legislador, que irá verificar a sua constitucionalidade no momento de produção da norma.
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Após aprovada, não haverá a possibilidade de controle de constitucionalidade.


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2- Princípio da Interpretação conforme a Constituição


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Trata-se de consequência da supremacia da Constituição. Se a lei a ser interpretada comportar


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mais de uma interpretação, uma constitucional e a outra em desacordo com a Constituição, o intérprete
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tem o dever de adotar a primeira.


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3- Princípio da Máxima Efetividade da Constituição


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Trata-se de princípio também derivado da supremacia da Constituição. Se uma lei comportar 2


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interpretações possíveis (constitucionais), e uma delas concretizar mais e melhor a Constituição do que
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a outra, o intérprete deverá adotar a primeira em detrimento da segunda.


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4- Princípio da Presunção de Constitucionalidade das leis


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Inicialmente, sugere autocontenção às autoridades judiciais responsáveis pela interpretação da


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Constituição, impondo limites à sua atuação e respeito às competências dos outros poderes e agentes,
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pois presume-se que o legislador tenha observado as normas constitucionais. Além disso, havendo mais
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de uma interpretação possível, o intérprete deverá privilegiar aquela que preserve a constitucionalidade
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da norma. Em não sendo inconteste a inconstitucionalidade arguida, o intérprete deverá abster-se de

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declará-la (em caso de dúvida razoável, deve-se prezar pela constitucionalidade da norma).

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A presunção de constitucionalidade das leis extrai-se também da supremacia da constituição

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(que vincula os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) e da separação dos poderes. Diversas

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normas prestigiam a presunção de constitucionalidade das leis, como, por exemplo, o dever do

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Advogado da União de defender a constitucionalidade do ato impugnado na Ação Direta de

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Inconstitucionalidade - ADI. Outro exemplo é o Princípio da Reserva de Plenário, segundo o qual os

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tribunais só poderão declarar a inconstitucionalidade de leis pela maioria absoluta de seus membros.

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