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Curso CEAP – Turma PGE/PGM 2019.2

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Direito Constitucional – Prof. Rodrigo Brandão - Aula 04

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Poder Constituinte Derivado – Plebiscito. Revisão Constitucional.

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Emendas constitucionais.

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SUMÁRIO

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I - PODER CONSTITUINTE DERIVADO

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I.1 – Plebiscito

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I.2 – Revisão Constitucional

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I.3 – Emendas Constitucionais

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Resumo elaborado pela equipe de monitoria do curso


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O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na
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fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula.


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Curso CEAP – Turma PGE/PGM 2019.2

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Direito Constitucional – Prof. Rodrigo Brandão - Aula 04

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Poder Constituinte Derivado – Plebiscito. Revisão Constitucional.

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Emendas constitucionais.

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AULA 4

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I – PODER CONSTITUINTE DERIVADO

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Passaremos ao estudo dos mecanismos formais de alteração da Constituição. Como visto

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anteriormente, são eles: o plebiscito (previsto no art. 2º do ADCT), a revisão constitucional (prevista no

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art. 3º do ADCT) e o mecanismo padrão de alteração da constituição por meio das emendas

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constitucionais (art. 60 da CF/88).

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I.1 – Plebiscito

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Encontra-se disposto no art. 2º do ADCT. As duas formas clássicas de governo são a República
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e a Monarquia. Os sistemas de governo são o Parlamentarismo e o Presidencialismo. O Constituinte de


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1988 convocou o povo brasileiro para, em 1993, optarem entre uns e outros. O voto do povo confirmou
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a opção constitucional por uma República Presidencialista.


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Uma emenda constitucional poderia alterar o sistema de governo brasileiro do presidencialismo


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para o parlamentarismo? A doutrina diverge sobre a resposta a esta questão. Para a 1ª corrente, sim,
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uma emenda constitucional poderia adotar o parlamentarismo, pois o presidencialismo não consta no
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rol de cláusulas pétreas do art. 60, §4º da CF/88, não se admitindo também a interpretação extensiva
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das cláusulas pétreas.


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No entanto, para a 2ª corrente, o constituinte originário atribuiu esta decisão ao povo, que optou
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pelo presidencialismo no plebiscito realizado em 1993. Assim, não parece razoável que os
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representantes do povo alterem a decisão tomada anteriormente pelo próprio povo. O caminho mais
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adequado seria realizar uma nova manifestação popular direta sobre o assunto.
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E no caso de uma emenda constitucional que buscasse alterar a forma de governo da república
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para a monarquia? Além de o povo ter optado pela república em 1993, há uma dificuldade extra nessa
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discussão. O voto popular é cláusula pétrea, entretanto, a posição de rei não é eletiva. Portanto, para se
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adotar a monarquia, provavelmente seria necessária uma nova manifestação do poder constituinte
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originário.
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I.2 – Revisão Constitucional


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O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na
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fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula.


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Emendas constitucionais.
O processo de aprovação das emendas de revisão constitucional encontra-se disciplinado no

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art. 3º do ADCT. A revisão, enquanto manifestação do poder constituinte derivado, deve observar as

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cláusulas pétreas. O constituinte originário estabeleceu que o processo de aprovação das emendas de

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revisão seria muito mais simplificado do que o processo padrão de aprovação de emendas

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constitucionais, estabelecido no art. 60 da CF/88.

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Foi estabelecido pelo constituinte que o processo de revisão constitucional ocorreria 05 anos

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após a promulgação da Constituição de 1988. Para juristas como Paulo Bonavides, a revisão

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constitucional não precisaria ocorrer, pois estaria atrelada a uma eventual mudança no sistema e na

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forma de governo. Como não houve a mudança (já que o sistema e forma de governo estabelecidos pelo

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constituinte de 88 foram confirmados pelo povo em 93), não haveria a necessidade de se realizar a

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revisão constitucional. Para esta corrente da doutrina, só teria sido previsto um processo simplificado

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de alteração da constituição pela via da revisão constitucional caso fosse necessário adequá-la à

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vontade do povo estabelecida no plebiscito.

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Entretanto, a tese que prevaleceu foi a de José Afonso da Silva, segundo a qual não há
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vinculação explícita no texto constitucional da realização da revisão constitucional a uma eventual
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mudança no sistema e na forma de governo. Portanto, se o constituinte não fez vinculação explícita,
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não caberia ao intérprete fazê-lo. Assim, a revisão constitucional ocorreu em 1993, mas foram
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realizadas mudanças muito pontuais na Constituição e pouco relevantes.


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I.3 – Emendas Constitucionais


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Estão regulamentadas no art. 60 da CF/88. Importante relembrar que a Constituição Brasileira é


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considerada rígida, pois o processo de alteração por emendas é mais dificultoso do que o processo
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legislativo ordinário. O processo padrão de alteração da constituição submete-se a alguns limites.


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Os limites formais ao poder de emenda são:


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- O caput e incisos do art. 60 que tratam da iniciativa do projeto de emenda constitucional, que
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se revela mais rigoroso que a iniciativa para apresentação de um projeto de lei (conforme art. 61).
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- O §2º do referido artigo que se refere ao quórum qualificado de aprovação das emendas e a
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necessidade de aprovação do texto em 2 turnos nas 2 casas legislativas.


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- O §5º também do art. 60 que se revela mais rigoroso que o processo de elaboração de leis, em
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comparação com o art. 67.


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Além dos limites formais, são relevantes também os limites circunstanciais ao poder de emenda
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(contextos excepcionais que impedem a aprovação de emendas à Constituição) dispostos no §1º do art.
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fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula.


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Emendas constitucionais.
60, quais sejam, a intervenção federal, o estado de sítio e o estado de defesa. Não poderá haver a

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aprovação de emendas constitucionais durante a vigência de institutos de combate a crises

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constitucionais. A Constituição somente poderá ser alterada em momentos de estabilidade institucional.

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No entanto, o referido dispositivo não veda a tramitação das emendas, apenas a sua votação no

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Congresso.

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Há ainda os limites materiais ao poder de reforma compostos pelas cláusulas pétreas, também

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chamadas de cláusulas de eternidade ou de inviolabilidade. Trata-se de normas cujo conteúdo essencial

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é intangível por emendas constitucionais. São limites materiais impostos ao poder constituinte derivado

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pelo poder constituinte originário.

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Há 2 teorias que divergem sobre a natureza e a eficácia das cláusulas pétreas. As cláusulas

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pétreas reforçam a tensão entre o constitucionalismo e a democracia (entre a permanência e a

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mudança), pois reforçam a estabilidade constitucional, assim como reforçam também os poderes da

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Suprema Corte (que pode declarar inconstitucional uma emenda que viole tais limites materiais). Para

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evitar a prevalência do constitucionalismo sobre a democracia (da estabilidade sobre a mudança ou da
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Suprema Corte sobre o Congresso Nacional), alguns autores sustentam que as cláusulas pétreas seriam
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limites meramente políticos, ou seja, dirigidos apenas ao órgão de reforma constitucional.


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Para outra parte da doutrina e da jurisprudência (entendimento prevalente no Brasil), as


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cláusulas pétreas seriam limites jurídicos efetivos ao poder de reforma, de modo que, se o Congresso
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Nacional, ao aprovar uma emenda constitucional, violar o núcleo das cláusulas pétreas, a respectiva
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emenda poderá ser declarada inconstitucional pelo STF (que exerce o controle de constitucionalidade
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das emendas). Para esta parte da doutrina, as cláusulas pétreas são vistas como limites juridicamente
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vinculantes ao poder de emenda e elementos de rigidez da própria Constituição.


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Não é correto o entendimento segundo o qual quanto mais cláusulas pétreas existentes melhor,
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pois isto faz com que muitas matérias disciplinadas na constituição só possam ser alteradas por um
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novo poder constituinte originário.


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Quanto ao controle de constitucionalidade das emendas pelo STF, é importante citar o caso da
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“doutrina brasileira do habeas corpus”. No início do século XX, tal instituto protegia uma série de
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direitos que não só a liberdade de locomoção, pois não havia sido estabelecido no ordenamento jurídico
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da época o mandado de segurança. Isso permitiu que o Supremo corrigisse uma série de arbitrariedades
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(de diversas ordens) cometidas durante a República Velha. Como reação a essa expansão do Supremo,
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foi feita uma reforma constitucional em 1926 que pôs fim à doutrina brasileira do habeas corpus,
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limitando-o apenas à tutela da liberdade de ir e vir. Neste sentido, pode ser citado importante
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precedente do STF estabelecido no julgamento do HC 18.178/1926, no qual o STF previu que poderia
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declarar a inconstitucionalidade de uma emenda à constituição.


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Em 1993, no julgamento da ADI 939, o STF declarou pela primeira vez a inconstitucionalidade
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O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na
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de uma emenda por violação a cláusula pétrea (o assunto se referia à declaração de

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inconstitucionalidade do imposto sobre movimentações financeiras – IPMF, que não observou o

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Princípio da Anterioridade Tributária, entendido como cláusula pétrea pelo STF, ainda que não contido

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no rol do art. 5° da CF/88, mas no art. 150).

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Uma outra questão importante refere-se à intensidade das cláusulas pétreas. Uma emenda

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constitucional poderia alterar a redação de uma norma considerada cláusula pétrea? Sim, pois não há

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que se falar em intangibilidade completa do dispositivo que contém a cláusula pétrea. A redação da

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norma original poderá ser alterada por emenda. Para isso, é importante diferenciar o dispositivo de lei

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ou o texto da lei em si ou norma. O texto não é igual à norma. A norma, muitas vezes, envolve a

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combinação de diversos textos de lei. Sendo assim, o simples fato de se alterar o texto constitucional

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da cláusula pétrea não implica a inconstitucionalidade da emenda. É necessário ir além e verificar se a

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norma foi suprimida. O que é cláusula pétrea é a norma e não o texto.

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Outra questão importante é saber se a alteração no texto da cláusula pétrea por emenda só será

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considerada constitucional se aumentar o nível de proteção da cláusula pétrea ou algum nível de
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restrição é tolerável? Quando há conflito entre princípios (e os direitos e garantias fundamentais são
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cláusulas pétreas e princípios), não há alternativa senão impor restrições recíprocas aos princípios em
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conflito visando achar o ponto ótimo1 na sua proteção. É inevitável restringir direitos fundamentais
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quando em conflito com outros (todos constituindo cláusulas pétreas), o que é inerente à ponderação
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entre princípios. Assim, é inevitável que uma emenda constitucional possa restringir um direito
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fundamental para proteger outro.


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Se é tolerado algum tipo de limitação às cláusulas pétreas por emendas constitucionais, por que
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inevitável, qual seria o limite (das emendas)? Até onde elas poderiam ir nesta restrição às cláusulas
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pétreas? O primeiro limite seria o Princípio da Proporcionalidade. A emenda será considerada


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inconstitucional se violar a proporcionalidade. Outro limite é a Proteção do Núcleo Essencial, segundo


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o qual os princípios têm um núcleo essencial intangível, que não pode ser suprimido por emendas à
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constituição. A Isonomia também limita o poder de emenda (pois as restrições impostas não podem ser
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casuísticas, ou seja, atingir alguns destinatários e não outros de maneira injustificada). Por fim, também
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cabe citar a Segurança Jurídica, que exige que a restrição tenha clareza e determinabilidade mínimas,
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não podendo ser um cheque em branco ao órgão aplicador.


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 Cláusulas pétreas (limites materiais) em espécie:


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Existem limites implícitos ao poder de reforma, que têm relação com o escopo do poder
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constituinte derivado. Este tem o poder de atualizar a constituição para adaptá-la à realidade, mas não
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pode recriá-la. Sendo assim, o núcleo de identidade da constituição, ainda que não seja cláusula pétrea
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Princípio da Concordância Prática
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Emendas constitucionais.
constante do rol do art. 60, §4º, é considerado um limite material implícito ao poder de reforma.

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Mesmo não sendo cláusula pétrea, se a emenda atingir o núcleo de identidade da constituição, o poder

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constituinte derivado estará invadindo competência do poder constituinte originário. Entretanto, cabe

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cautela na identificação destes limites implícitos, pois um rol muito grande poderia limitar demais o

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poder constituinte derivado, gerando dificuldades na atualização da constituição.

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Ainda que a doutrina não tenha chegado a um consenso quanto ao que seria o núcleo de

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identidade da constituição, pode-se dizer que seria composto por normas como o próprio art. 60 da

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CF/88. Neste sentido, a doutrina majoritária brasileira rejeita a Teoria da Dupla Reforma, segundo a

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qual aprova-se uma primeira emenda constitucional facilitando o processo de aprovação de emendas,

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para posteriormente aprovar uma segunda emenda (o que não seria possível sem a alteração da

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primeira). Trata-se de uma hipótese de fraude constitucional, pois se os limites ao poder de reforma são

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impostos pelo constituinte originário ao derivado, o poder derivado não poderia deixar de observá-los.

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Assim, para a doutrina, o próprio art. 60 seria uma cláusula pétrea implícita, ainda que não conste do

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rol do §4º.

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Outras cláusulas pétreas implícitas citadas pela doutrina são a república, o estado democrático
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de direito e os princípios estruturantes da constituição (todos considerados alicerces do projeto


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constitucional de 1988).
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São cláusulas pétreas explícitas, segundo o art. 60, §4º da CF/88:


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a) A forma federativa de Estado e a separação dos poderes


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Poderia uma emenda transferir competência de um Poder para o outro ou de um ente federativo
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para outro? Segundo a doutrina, sim. O fato de algo ser cláusula pétrea não significa a sua completa
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intangibilidade, mas apenas resguarda a proteção do seu núcleo essencial. Com relação à separação dos
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poderes, por exemplo, o núcleo essencial é a independência e harmonia entre eles, conforme
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estabelecido na própria constituição (sendo assim, caso houvesse deslocamento excessivo de


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competência de um poder para outro poderia ser afetado o núcleo essencial da cláusula pétrea).
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Já no caso da forma federativa de Estado, o elemento central da cláusula pétrea é a autonomia


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política dos entes federativos. Se houver subordinação hierárquica entre eles, haverá violação à
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autonomia política, logo violação ao núcleo essencial da cláusula pétrea e a emenda poderá ser
declarada inconstitucional. Entretanto, ressalte-se os limites materiais ao poder de emenda não são
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intangíveis ou imutáveis, apenas o seu núcleo essencial.


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b) Voto direto, secreto, universal e periódico


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Nem todas as características do voto foram erigidas pelo constituinte originário ao status de
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cláusula pétrea, como, por exemplo, a sua obrigatoriedade. Ainda que haja discussões, aparentemente,
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seria constitucional uma emenda que tornasse o voto facultativo.

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Pelo fato de o voto direto ser cláusula pétrea, a transformação de cargos eletivos em vitalícios e

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a ampliação das hipóteses de eleição indireta configurariam a inconstitucionalidade da respectiva

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emenda2. Também violaria a cláusula pétrea do voto direto a prorrogação automática de mandatos.

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O caráter secreto se refere à garantia da inviolabilidade do voto. Para o STF, o voto impresso

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viola o caráter secreto, por facilitar a quebra do sigilo, a compra de votos e o voto de cabresto no Brasil.

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A universalidade do voto seria uma universalidade de direito e não de fato, pois é definida pela

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constituição e não abrange todas as pessoas indistintamente. O voto é obrigatório apenas para os

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alfabetizados entre 18 e 70 anos. O voto é facultativo para os analfabetos e para os alfabetizados entre

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16 e 18 anos e maiores de 70.

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A cláusula pétrea também menciona que voto é periódico, o que suscita também a

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periodicidade das eleições e a inconstitucionalidade de eventual prorrogação automática de mandatos

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ou transformação de mandatos eletivos em vitalícios, como visto acima.

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c) Direitos e garantias fundamentais


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Para parte minoritária da doutrina (corrente formalista), os direitos e garantias fundamentais


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estão restritos ao conteúdo do art. 5º da Constituição. Os críticos desta corrente argumentam que
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considerar todos os incisos do art. 5º como direitos e garantias fundamentais abrange dispositivos de
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duvidosa fundamentalidade (como por exemplo a competência do tribunal do júri, que mais parece
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regra de processo do que norma de direito fundamental). Além disso, a corrente minoritária nega a
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qualidade de cláusula pétrea a normas que estão fora do art. 5º (ex: os direitos sociais, nacionalidade,
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direitos políticos, difusos e coletivos), que também seriam direitos fundamentais porque garantias da
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dignidade humana).
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Outra parte da doutrina estabelece que apenas os direitos de defesa seriam cláusulas pétreas
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abrangidas pelo inciso em questão. Conforme visto anteriormente, os direitos de defesa são aqueles
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direitos de exigir do Estado prestações negativas ou abstenções. Neste caso, o critério não é topográfico
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(como adotado na primeira teoria), mas refere-se ao conteúdo do direito. Esta corrente é rejeitada
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porque exclui o rol de direitos prestacionais da abrangência da cláusula pétrea (ex: saúde, educação,
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previdência e assistência e etc). Trata-se de uma corrente que adota a visão do liberalismo econômico,
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entretanto, como se sabe, o constituinte de 88 buscou equilibrar as posições liberal e social.


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Uma terceira corrente (que é a que prevalece no Brasil) dispõe que são cláusulas pétreas os
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direitos de 1ª, 2ª e 3ª geração, sejam eles direitos de defesa ou prestacionais. Entretanto, há divergência
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A Constituição prevê apenas uma hipótese de eleição indireta, para o chefe do executivo, que é o caso de dupla
vacância dos cargos de Presidente e Vice, nos 2 últimos anos do mandato.
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Emendas constitucionais.
interna sobre se todo o conteúdo do Título II da Constituição seria cláusula pétrea (Dos Direitos e

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Garantias Fundamentais – arts. 5º ao 17, considerados direitos formal ou topograficamente

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fundamentais). Pondera-se também se os direitos materialmente fundamentais (aqueles previstos ao

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longo da Constituição ou até fora dela, que são garantidores da dignidade humana) estariam abrangidos

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pela limitação ao poder de emenda.

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Para outros autores ainda, são cláusulas pétreas abrangidas pelo referido inciso constitucional

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apenas os direitos materialmente fundamentais. As normas que estão no Título II da Constituição

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teriam presunção de fundamentalidade, entretanto seria uma presunção relativa de que sejam essenciais

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à dignidade humana, precisando ser confirmadas em concreto.

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