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1. Obrigações Alternativas:
Já passamos pelas o brigações de dar (coisa certa, coisa incerta, coisa futura),
d e restituir, de fazer (fungível, infungível), de não fazer. A partir desta aula
vamos
começar a estudar as o brigações plurais ou compostas (gênero), que se dividem em
a lternativas, facultativas e cumulativas (espécies). Diferente da o brigação simples
(possui uma
só prestação),
a obrigação plural ou composta possui mais de uma prestação (mais de
um objeto), com u ma particularidade: se uma delas for satisfeita,
extingue-se a obrigação. Observe:
Obrigação Simples → Ex.: dar uma casa; escrever roteiro; não divulgar
um segredo;
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1 o. Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2 o. Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida
em cada período.
§ 3 o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz,
findo o prazo por este assinado para a deliberação.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.
A obrigação alternativa tem por objeto 02 (duas) ou mais prestações; mas
a penas UMA será cumprida para fins de pagamento. Exemplo: um cantor famoso
bate no meu carro e, para fins de reparar o dano causado, ele se obriga a efetuar o
reparo
O U fazer um show particular na minha casa; a dona do pet se obriga a me
entregar um filhote de cachorro das raças poodle
O
U lulu da pomerânia. Uma vez
entregue, restará satisfeita a obrigação.
Perceba que
a
obrigação alternativa JÁ NASCE como prestação composta, ou
s eja, com 02 (duas) ou mais possibilidades de prestação. Veja: o brigação alternativa
N ÃO se confunde com obrigação de dar coisa incerta (art. 243 do CC). Só há 01 (um)
objeto na obrigação de dar coisa incerta, cuja prestação é indeterminada até o
momento da concentração. Já n a obrigação alternativa há 02 (dois) ou mais objetos.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
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Exemplo: se João se obrigar a entregar para Maria 10 (dez) gatos ou 10 (dez) cachorros
a cada semestre, será possível Maria optar pelos animais a cada período.
Entre os artigos 253 (não fala em culpa) a 256 do CC, o legislador cuidou da
impossibilidade superveniente da prestação e que acarretará o inadimplemento da
obrigação a depender da hipótese. Assim, se uma das obrigações se tornar inexequível,
a outra subsistirá (art. 253 do CC). Ex.: João se obriga a entregar para Maria um filhote
de gato ou de cachorro, ambos de raça pura; mas, se o gatinho fugir da clínica
veterinária, a obrigação restará concentrada no filhote de cachorro.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a
obrigação.
Já os artigos seguintes investigam o elemento
c ulpa com as suas devidas
consequências. Se a e scolha couber ao credor e o devedor agiu com culpa, o credor
poderá exigir a prestação subsidiária com perdas e danos (art. 255, 1ª parte, CC).
Exemplo: Maria escolheu o filhote de gato, mas este veio falecer de fome porque João
não deu ração. Maria poderá exigir a entrega do filhote de cachorro, mais perdas e
danos (imagine que ela fosse revender o filhote para um 3º, cliente, que acabou
desistindo da compra porque queria o filhote de gato).
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com
perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá
o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos,
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a
obrigação.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
2. Obrigações Facultativas:
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a
uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que
houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
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Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço
desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades
que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.
03 - Obrigações Cumulativas:
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta
presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
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Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado
pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos
outros coobrigados.
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de
um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Obs. Em decisão, desembargador entendeu que era obrigação facultativa e não alternativa
B ons estudos! ☺