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GOTTLOB FRECE LOGICA E FILOSOFIA DA LINGUAGEM Selesio, introdugto, traducio € notas de Pavto Aucoronapo (da Universidade Federal do Rio de Jancito) EDITORA CULTRIX sko PAuLo EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO 1978 SOBRE O SENTIDO E A REFERENCIA Pr in, ah ly hey Sin Zeta Tar Bhovpbe wad pilzapibe Ra Bsn cori igi ‘Beta, ec Daclg (Chelona ‘pp. 4065, A igualdae dean reflego dando orgem a. qestes ane to sto muito fics de responder Fela una relagfo> Una Sin ente ojos ou ents nome ou sins de set? en Degiftebnft® sot ta alternate, AS aes due asec aps eta conepyio fo at segines a ac Soo evdentemente enengar de valor copii iferetey futatase «prio ey sundo Kant, deve so denomineds de trade, ensunnto. qe neteges ds forma a= b conte, fe ‘Bettencite,cxtes tuto alions de nono eonkecnett, ¢ Ein sempre pon sot enbelicns © part A desert de Ge o ec maceue nao € nove cols sme, iw € emi © co fo ue das Gecoberee stones mat scs ens son sealers, Metneeunimenteo tecniecimente dem Peguero ‘ates ou dew cometa nea sempre €evdente por ie Asin, fE uscvcmon conser a iguldaie como unt eago ene Sulla que on nomer “a6 bY se eee, paeetia que B atolpeder ee de «= «, dee ques = see ve tei, Bess mero, express 1 ti de me xs omg fetta, rela qu tls cole tom cosge met es Gue uct se ae daa dn. "Eo ne ye i gucrse dant oe ov tin on ov nome “a 6 SBP Ics sa etme toy dco ese he Gses snl; gry ene eles sti mcd, Maw eta te ings be ote ee on noes on tinny open nn oes gue cepomizerem ow Signer sigue giv, Ble ti sey pl cone tn eS gn ep coin desigondn Esta conest, portn, € ass” Ni pode ser impedidodeemprepa quae evento ou chet aren I. Vio eta palavea no sentido de identidade © gntendo "a = b no sstda de a6 0 mesmo gus BY ea "a e Beoiniden 2, Bence, ee dr etmetcteg arycete Forel rach des einen Denkons, Halle, 18, § 8. (N. do a rlamente produzides como um sinal para quaiquer coisa, Com isto, a sentenga a= b nfo mais se refericin a uma coisa, mas pens & mancira pela qual a designamos; nio expressarfamos pot seu intermédio, proprismente, nenhum conhecimento. Mas é justamente ito 0 que queremos em muitos casos. Se o sinal apenas enquanto objeto (aqui, por sua configuragio), nfo en- quanto sinal — isto é, no pela mancira como designa alguma vist — entio o valor cognitive de « = « tornarseia essencial ‘mente igual ao de a = b, desde que « = b seja verdadeira. Uma diferenga 66 poderd aparecer se 2 diferenca entre os sinaiscorres- ponde uma diferenge no modo de apresentagéo daguilo que € Aesignado, Sejam a, 6, ¢ as linhas que ligam 0s vértces de um tridngulo com 08 pontos médios dos lados opostos, O ponto de intersogio de a eb &, pois, o mesmo que o ponto de intersegso de Bec. Temos, assim, diferentes designagdes para o mesmo ponto, estes nomes (“ponto de intersegio de a ¢ 5" e “ponto de inter segio de b e ¢") indicam, simultaneamente, o modo de apresen: taco e, em conseqiiénca, a sentenga contém um conhecimento E, pois, plausvel pensar que exista, unido a um sinal (nome, combinagéo de palavras, letra), além daquilo por ele designado, {que pode ser chamado de sua referénca, ainda o que eu gostaria de chamat de o sentido do sinal, onde esté contido o modo de apresentagio do objeto. Conseqlentemente, segundo nosso exe: plo, a referéncia das expressdes "o ponto de intersegso de @ eb” “0 ponto de intersegio de b e ¢” seria a mesma, mas no os seus sentides, A referéncia de "Estrela da © Estrela dda Manka” seria « mesma, mat nfo o sentido, Neste contexto fica claro que, por “sina” e por “nome”, entendi qualquer designagio que represente um nome pripeo, cuja referéncia seja um objeto determinado (esta palavea tomada na acepgio mais ampla), mas no um concsito ou uma relacio, que serdo discutidos em outro artigo. A designacio de um objeto singular pode também consistir em vérias palavras ou outros sinals. Para sermos breves, chamaremos cada uma destas Aesignagies de nome préprio, T. Gir. "Sobre © coneio © oobi 2 © sentido de um nome préprio &entendido por todos que cstjam suficenterent fanilarizaos com + ingagem om Com foulidade de designgtes a gue cle pertence sist, porém, ei ‘Sins refetnn, co ele tea un, tas dea neta sempre puri. Par um coohecnento tial da tletad, exgine fhe ftsstmor copes de de, imedatimente, se um dado te Eb pervence ou do act relertci Toto, pdm, nics com vepuenoe ‘A conexo regular enteo sil, acu sentido ¢ sua refrtnia € de tal modo que 0 snl coresponde wim sentido detrminndo ao seni, por sun ez, conesponde ina Teertcia determi td, enquasto que a uma fefertoda (a tm objeto) nfo. deve pertcocer apenas um dno sna © mesmo sentido tem ex Presses drenes ‘em diferentes Unguogens, ou até na mesma Tintugen. 2 verdad que encojes eens roee core. Cen rte devera comesponder, 4 enda expe, que, Petes & time totidade perf de sh un sentido determi; mas, FHegdentemente ap lingungens nature no sistem seta ca. fois c doveas fear tisito se mesma palava der sempre emo sentido num mesmo context, Talvez pose wt ase fad gue uma expresso graatiaimente em constrlds, e ue deecnpcahe o papel de um nome propio, sempre ttba om Scatdo, Mas com isto nfo ve quer der que wo semido comes: fonda sempre uma refesenias Arpulavas "0 corpo celts als Elkan di Terra” tn um sentido, mas € mano davidoo gue tpn ta yon reac Acne eae Serpe menos rpldamente” tem um sca, mas provadanente ho tem referencia, ff que para cada sen omega da, Mine culm eine pe camerge menos rpidaments pode septs ser encontada, Portanto, enenderse um sentido unea asters Soa rtd. Neovo de um ome, co emi, camo "Ac, awl, Tem cone asa ete iepteo- dahno e Ps these de Alexandre Magno. Quem ‘iter ito esoclrd outro seatdo 3 gee tomar com fenido’dagucle nome" o este Ge Aleandee Magno, que niscee eet Erne Hoots tetas permanent rs sents poem ser toed, nds gue cls devam set titadas st fis ites Se cl dEmoostata, © lo deve gt mama 8 Se as palavas sfo usadss de modo comente, o que se pre tende falar de sua referencia. Tanbém pode acontece, ente- tanto, que se desee falar sobre as propias palavess oa sobre O eu sentido, (primeira exo se di, por exemplo, quando pelavras de outrem so ctadas em discus diseto. “AS palavtas de gue ct stra, iets plas de gue € Cita, e somente estas mas tm sun tefertoca usu. ‘Temos, sy at os Nee eo eee, ener 4 palavras entre aspes, Em conseqitnca, uma palavta que se pane ne spe no deve er toma com fend nfo Quando se quer falar do sentido de-uma expressio “A”, podese fazélo:simplesmente através da locusto “0 sentido da “A'™.- No discuso inliteto, false, digames, do sere nas de outtem. Fis, pois, claro gue também neste dliscrso as palavtas nio tm suas referéncas costumes, ma fefetemse ao que hsbitoslmente € seu sentido. De modo mais fucinto, dremor que no dscurso indireto as puavras fo wsadat indiretamente, ou tem sa tferéncia indreta® Em conseqitacl dlstingoimos a relerénci costuming de wine palavra de mua rele facia indireta, « 0 xe sentido costumciro de sew senda indireo. ‘A referencia indieta de ua pala 6, pois, seu sentido cost inelo. Tas excegbes devem sempre set lembradas, se 36 desja Compreender coretamente, parn cada eato partculas,o mod ‘omendo entre sal, sentido rferéni, ‘A referénca eo sentido de um sina devem ser disingudos dia representagio asociada a este sina. Se a referéncia de um Sinl é um objeto sensoralmente perceptive, mina representagio tuna imagem interna, eersa das Tembrangas de injpresdes sen Svea passadate das stividades, interas e externas, que rele Esta imagem interna esta fregicntemente satarada de emogSes; a cardade de suas diversas partes varia © oscla. Até num mesino fhomem, nem sempre a mesma repesentagio etd asoca 1 Podemos incur, cae as reresetaies, 2 inuigies, nas quis 1 impress sensors as pris stvidaes ocopam 0 fast dos tags pecs mess npn © des dean ta mente A ino Ktagem Totten Bodte também cous ing como seh um byte os molla ei que de € eucl ou seotaaen peep “4 axesmo sentido, A representgio € subjeiea: a representaio de Gir howem nfo € a meena de out, Dato fesuta uma visi dee Se erengas nas representa asociadas 40 mesmo te GEE “Ge power um catleno © om sodogo provavelmente ‘Scciardorpresuagtes mult diferentes ao nome “Buccpbals”- A epreseamg, por tl zi, dfere esencamente do sentido deci seal» ual pode sera propieade comun de muto,€ Shstancor nfo Camm pate 08 modo da mate Individual, pos ‘Rllimese c pert mega que a hamafidade possum 00 ‘Sonu de peneaments, que ¢sanuiigo de una grain Para ‘Sc, por um Indo, io exitenenbuma objesio em se fale do sen cen mae eee ae tne 8 eee SSovsdo devese, pu ser precio, viclsla's quem e # que Sock perence, Podersela'tlver objeur= asin como, « uma tress plvt,alguén pode soca eva ou ue representaio, ipesimes algae pode essoarlbe ete ou agele sudo, Max ‘Riferenga aga fede no mado de stocacio, sto nio impede foc ros individaosapreenam otesmo sesido, mus ees no Fon tera gua teprsetato 3 duo Hew Jaca, non ym Quando dis homens rpresentam a mesma coi, sida ‘Shic-om tem sue propia spreseaari. De fat, Yes SMfoeseedestabelecerifeenga, entre as represents, 0 sucfo ts Senagoes de homens diferente, mas ma compara Miata ade € posivel, porque nfo podemos ter amb 4 Fepe: Sentages Jonas ha mca cons 1 seferéca de un nme proprio € 0 pero bjt gue 1 ses Intermed designume 4 eprsenagso qe del temos PeSbace subjta, ene ma cour st eid ss verdad, no € to objetivo quanto a epresentao, ras GE alse nfo €o propio objet. A cmparacio sequite poder, {ace xclasecer ete tlgies_ Alquem erga Tun através ‘son felecio. Comparo »peptia fm 3 sft; ela € 9 sbicin da cca, propaonad pla image fa projeada SUE Teme inerio do tcescdpo, pela imagem retiniana do Ebsevador A prin, compara ao sentido, segunda, 8 1 Shesenaghs cu intigh’ A imagem no tlescio na verde, To Done ser desacmsethvel war a_pelava “representa” part esiqnar algo tio indamentaimente diferente 6 unilacral; ela depende do pontodesvista da observ; aio stan ls € objtive, ns medida em ue pode serve vos Shrervadores. El podera ser diposta de a forma que vios hhervadores podria ull smltsnenmente. Mas ca um tera son propia imagem rea. Deda. 9 diveridade da Cenfigrngo dos elhon sino uma congrutniageosric entre ‘Stas lamgens kfclmente pleaser obi, ew coineldenla rea sein mpossvel. Esta comparaio peta, ave, se dese telvde ands mais amitindose gue 4 imagen retiana de A pulse tormarsevsel Pea By os ainda que A padesse ve st Frei imagem renana um tpcto. Dera forme poets, Tuer mostar como una repretenagfo pode, ela mesma, set tema por objeor mas no obstate, ela io’ €, para obser: ‘dor, obgue ela €‘drramente para sc suet. Mas prssegalt neste canine nos levi Tonge demas Podemos,agos, admits és plans de diferene entre pa lavas, exposes sentenga complete, A diferenga envelve tu as rprseaagies, ou 0 seni, mas fo 4 relténcla, 00, finance, também a releraca, Quanto x0" primero las, dvese near que, devido 4 ssoiago incerta das represents om a play pode Ive, pts algun, ina dferenga gue art i a dA ler eve ui tal et joa! devela ultypust eve primero pla, Pertencem ind a etas ponte dierengi os eoloridore os sombreados w Gue a arte postiene a eloglenca procs dar sentido. Tals Slrides sombresdoe so slo objetivo, mas deer set eves

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