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Planejamento e Orçamento de Obras

Eng. Beatriz Anselmo Pereira


UNIDADE I
«Planejamento dos custos de um projeto
«1.1 Planejamento e Controle de Projetos – Visão Geral
«1.2 O ciclo de vida de um projeto
«1.3 Ciclo PDCA
«1.4 Estrutura Analítica do Projeto (EAP)
a) Conhecimento pleno da obra;
b) Detecção de situações desfavoráveis;
c) Agilidade de decisões;
d) Relação com o orçamento;
Benefícios do
e) Otimização da alocação dos recursos;
Planejamento f) Referência para acompanhamento;

Os principais benefícios são: g) Padronização


h) Referência para metas;
i) Documentação e rastreabilidade;
j) Criação de dados históricos;
k) Profissionalismo
Deficiência das Empresas
«A deficiência do planejamento pode trazer grandes problemas para
a obra e a empresa que a executa:
«Frustração de prazo;
«Estouros em orçamento;
«Atrasos injustificados;
«Indisposição do construtor com seu cliente;
«Litígios judiciais para recuperação de perdas e danos;
a) Planejamento e controle como atividades de um
único setor;
b) Descrédito por falta de certeza nos parâmetros;
c) Planejamento excessivamente informal;
Causas da d) Mito do tocador de obras
Deficiência
As principais causa são:
O ciclo de vida de um
projeto
“As fases do ciclo de vida do empreendimento precisam ser
desempenhadas com tempo suficiente para que seus
objetivos sejam atingidos. Cada fase gera produtos que são
os dados de entrada para as fases subsequentes.”
(MATTOS, 2010, p. 31)
Obra como Projeto
«Usamos PROJETO como um conjunto de plantas, cortes, cotas
necessários à construção;
«Nesta unidade de aprendizagem utilizaremos PROJETO em sua
acepção GERENCIAL:
«Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou
resultado exclusivo
Obra como Projeto
«A partir dessa definição segue algumas características de um
projeto de construção:
«Temporário: o projeto tem uma duração finita;
«Produto único: unidade se traduz pela concretização do produto físico
e material;
Obra como Projeto
«É possível classificar algumas iniciativas de construção como
projeto e outras como apenas uma operação contínua e repetitiva

É PROJETO NÃO É PROJETO


Ampliação de uma usina de Operação cotidiana da usina
concreto de concreto
Instalação de uma fábrica de Fabricação de peças pré-
peças pré-moldadas moldadas
Estágios do ciclo de vida do projeto
«O ciclo de vida de um empreendimento compreende diversos
estágios
«A curva do Ciclo de Vida do Projeto mostra a evolução típica de um
projeto: lenta no estágio inicial, rápida no estágio de execução e
novamente lenta na finalização do projeto
Tempo
Estágios do ciclo de vida do projeto
«ESTÁGIO I: CONCEPÇÃO E VIABILIDADE
« Definição do escopo: determinação do programa de necessidades;

« Formulação do empreendimento: delimitação do objeto em lotes, fases, forma


de contração...;

« Estimativa de custos: orçamento preliminar (histórico);


Estágios do ciclo de vida do projeto
«ESTÁGIO I: CONCEPÇÃO E VIABILIDADE
« Estudo de viabilidade: análise de custo-benefício, dos resultados a serem
obtidos, determinação do montante necessário;

« Identificação da fonte orçamentária: recursos próprios, financiamento...;

« Desenvolvimento do anteprojeto e projeto básico a fim de ter os elementos


necessários para orçamentos, especificações, identificação dos serviços
necessários;
Estágios do ciclo de vida do projeto
«ESTÁGIO II: DETALHAMENTO DO PROJETO E DO PLANEJAMENTO
« Orçamento analítico: composição de custos com margem de erro menor que
a do orçamento preliminar;

« Planejamento: elaboração de cronograma de obra realista, com definição de


prazo e marcos contratuais;

« Projeto básico > Projeto Executivo: detalhamento do projeto básico, com


inclusão de todos os elementos necessários à execução da obra;
Estágios do ciclo de vida do projeto
«ESTÁGIO III: EXECUÇÃO
« Obras Civis: execução dos serviços de campo, aplicação de materiais e
utilização de mão de obra e equipamentos;
« Montagens mecânicas e instalações elétricas e sanitárias: atividades de
campo;
« Controle da qualidade: verificar se os parâmetros técnicos e contratuais foram
observados;
« Administração contratual: medições, diário de obras, aplicação de
penalidades, aditivos ao contrato...;
« Fiscalização de obra ou serviço: supervisão das atividades de campo,
reuniões de avaliação do progresso, resolução de problemas...
Estágios do ciclo de vida do projeto
«ESTÁGIO IV: FINALIZAÇÃO
« Comissionamento: colocação em funcionamento e testes de operação do
produto final;
« Inspeção final: testes para recebimento do objeto contratado;
« Transferência de responsabilidades: recebimento da obra e destinação final
do produto;
« Liberação de retenção contratual: caso a empresa contratante tenha retido
dinheiro da empresa executante;
« Resolução das últimas pendências: encontro de contas, pagamentos de
medições...
« Termo de recebimento: provisório e definitivo;
Ciclo PDCA
Ciclo PDCA
«Todo processo de gerenciamento deve ter um controle permanente
que permita a aferição do desempenho dos meios utilizados e que
facilite uma alteração de procedimentos caso necessário;
«O princípio de melhoria continua é bem ilustrado pelo Ciclo PDCA;
«Planejar e controlar é uma constante ao longo do empreendimento;
«Não existe planejamento inicial que não seja atualizado ao longo
das semanas;
Ciclo PDCA

«O ciclo PDCA é um conjunto de ações


ordenadas e interligadas entre si, dispostas
graficamente em um círculo, onde cada
quadrante corresponde a uma fase do
processo:
«P = Plan (planejar);
«D = Do (fazer, desempenhar);
«C = Check (checar, controlar);
«A = Act (agir, atuar)
Ciclo PDCA
«Devido as grandes variáveis envolvidas (mão de obra, suprimento,
intempéries, retrabalho...), o ciclo PDCA encaixa-se perfeitamente na
construção civil;
«O Ciclo PDCA deve ser continuamente utilizado;
Ciclo PDCA: P de Planejar
«Equipe de planejamento da obra, que busca antever a lógica
construtiva e suas interfaces, gerando informações de prazos e
metas fiscais;
«O planejamento apresenta aquilo que se deve seguir para alcançar
o objetivo do empreendimento;
Ciclo PDCA: P de Planejar

Análise do projeto, visita técnica ao local, identificação e


Estudar o Projeto
avaliação de interferências

Processos construtivos, planos de ataque, sequência das


Planejar Definir metodologia
atividades, logística de materiais e equipamentos...

Gerar cronograma Coordenar as informações para ter um cronograma


racional e factível. Considera os quantitativos,
e as programações
produtividade, mão de obra...
Ciclo PDCA: D de Desempenhar
«Representa a materialização do planejamento no campo;
«Aquilo que foi prescrito no papel começa a ser realizado;
«Não necessariamente o que acontece no campo reflete o que foi
planejado, pode ocorrer discrepâncias devido falta de comunicação,
entendimento, premissas inadequadas na fase de planejamento...
Ciclo PDCA: D de Desempenhar

Explicar a todos os envolvidos o método adotado, a


Informar e sequência de atividades, o cronograma, e tirar dúvidas
motivar da equipe.
Desempenhar
Executar a Realização física da tarefa. Assim, o que foi informado
atividade através do planejamento deve ser cumprido em campo,
sem alterações deliberadas. Executar é cumprir, ou ao
menos tentar cumprir, o que foi planejado.
Ciclo PDCA: C de Checar
«Aferição do que foi efetivamente realizado;
«Comparar o previsto com o realizado e apontar as diferenças
relativas a prazo, custo e qualidade;
«Onde ocorre o monitoramento e controle do projeto;
«Todas as informações que possam servir para reduzir possíveis
desvios devem ser coletadas e disponibilizadas para a etapa a
seguir;
«Analisar se o desvio foi pontual ou se representa uma tendência;
Ciclo PDCA: C de Checar
«Os indicadores de desempenho real são aferidos pelo planejador,
assim a produtividade de campo é calculada e passa a fazer parte
do acervo de dados da obra;
Ciclo PDCA: C de Checar

Fazer levantamento em campo do que foi executado no


Aferir o realizado período de análise. Compila-se as quantidades de cada
serviço executado.
Checar
Comparar o previsto e Comparar a aferição com o previsto no planejamento.
o realizado Detecta-se os desvios e impactos que eles trazem, assim
como possíveis adiantamentos e respectivos benefícios
Ciclo PDCA: A de Agir

«Ocorre a compilação de opiniões e sugestões de todos os envolvidos


na operação, o que torna possível identificar oportunidades de
melhoria, aperfeiçoamento de métodos, detectar focos de erro, fazer
mudança de estratégia, avaliar medidas corretivas...
«Se os resultados em campo desviaram do planejado devem ser
analisadas ações corretivas;
«Se não apresenta grandes desvios pode-se analisar a possibilidade de
reduzir o prazo da obra, por exemplo;
«A meta perseguida é comum a todos, por isso deve ser considerada a
participação do pessoal de planejamento e de produção nessa etapa
Ciclo PDCA
«Planeja-se a obra com dados de que se dispõe;
«Procura-se executar a obra como planejado. É comum ter
diferenças entre a realidade e o planejado, por isso é preciso aferir o
que foi realizado e analisar os desvios;
«O gerente tem de pensar como colocar a obra de volta nos eixos ou
então revisar o planejamento para a nova realidade;
«Termina a volta no ciclo, mas o trabalho continua. Assim, se refaz o
ciclo: o setor de planejamento atualiza o cronograma...
«O ciclo PDCA é completado sucessivas vezes até o final do projeto
Estrutura Analítica do
Projeto (EAP)
Estrutura Analítica do Projeto (EAP)
«Estrutura Analítica do Projeto (EAP): estrutura hierárquica em que
se decompõe a obra em pacotes de trabalho progressivamente
menores;
Roteiro do Planejamento
«Identificação das atividades;
«Definição das durações;
«Definição da precedência;
«Montagem do diagrama de rede;
«Identificação do caminho crítico;
«Geração do cronograma e cálculo das folgas
Roteiro do Planejamento
«Identificação das atividades:

«Quais atividades irão fazer parte do cronograma da obra?

«Envolve grande atenção, pois se for esquecido algum serviço o


cronograma ficará defasado;

«É montada a EAP da obra;


Roteiro do Planejamento Escavação
Fundação
«Teremos como exemplo a construção de uma casa simples Sapatas

Alvenaria

Estrutura Telhado
Casa

Instalações

Esquadrias

Acabamento Revestimento

Pintura
Roteiro do Planejamento
«Definição das durações:

«Toda atividade precisa de uma duração (quantidade de tempo);

«Existem tarefas com duração fixa, que independe da quantidade de


recursos humanos e equipamentos (Ex: cura do concreto);

«E outras que a duração dependem da quantidade dos recursos (Ex:


Pintura pode ser feita com 2 pintores em 20 dias, ou 4 em 10 dias);
Roteiro do Planejamento
«Definição das durações:

«Duração depende:
« Quantidade de serviço;

« Produtividade;

« Quantidade de recursos alocados;

«Duração é a relação da quantidade de trabalho pela produtividade


Roteiro do Planejamento
«Definição das durações:
«Para a casa hipotética:

Quantidade de alvenaria = 120 m²


Produtividade do pedreiro = 1,5 m²/h
Jornada de trabalho = 8h/dia

120 𝑚²
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = = 80ℎ 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 80𝐻ℎ (ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 − ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜)
1,5 𝑚2 /ℎ
Roteiro do Planejamento
«Definição das durações:
«Com isso é possível estabelecer a relação prazo/equipe conveniente

Trabalho (Hh) Equipe Duração da Duração (dias)


atividade (horas)
80 1 pedreiro 80 10
80 2 pedreiros 40 5
80 3 pedreiros 26,67 3,33
80 5 pedreiros 16 2

Para a mesma situação, determine a duração em dias dessa


atividade, considerando equipes de 2, 3 e 5 pedreiros. Ainda,
considere 8h de trabalho por dia.
Roteiro do Planejamento
Escavação 1 dia
«Para o nosso exemplo:
Fundação
Sapatas 3 dias

Alvenaria 5 dias

Estrutura Telhado 2 dias


Casa
Instalações 9 dias

Esquadrias 1 dia

Acabamento Revestimento 3 dias

Pintura 2 dias
Roteiro do Planejamento
«Definição da Precedência
«Sequenciação das atividades;
«A precedência é a dependência entre as atividades (quem vem antes
de quem);
«O planejador define a inter-relação entre as atividades;
«A equipe deve ter definido a lógica construtiva (plano de ataque,
relação das atividades) para que o cronograma faça sentido;
«Para cada atividade são definidos as predecessoras imediatas,
atividades que são condições necessárias para a próxima etapa
Roteiro do Planejamento
«Definição da Precedência
«Por regra, a atividade só pode ser iniciada quando a predecessora for
concluída (relação término-inicio);
«A precedência é feita por meio do quadro de sequenciação
Quadro de Sequenciação
Atividade Duração Predecessoras
FUNDAÇÃO
A Escavação 1 dia -
B Sapatas 3 dias Escavação
ESTRUTURA
C Alvenaria 5 dias Sapatas
D Telhado 2 dias Alvenaria
E Instalações 9 dias Sapatas
ACABAMENTO
F Esquadrias 1 dias Alvenaria
G Revestimento 3 dias Telhado, instalações
H Pintura Esquadrias,
2 dias
revestimento
Roteiro do Planejamento
«Montagem do Diagrama de Rede
«Com o quadro de sequenciação pronto
executa-se a representação gráfica das
atividades e suas dependências lógicas com o
Diagrama de Rede;
«Rede é o conjunto de atividades amarradas
entre si, que descrevem a lógica de execução
do projeto;
«permite a visualização clara da relação das
atividades, do caminho crítico e das folgas
pela técnica PERT/CPM
Roteiro do Planejamento
«Montagem do Diagrama de Rede

«Método das flechas (ADM):

«As atividades são representadas por flechas (setas) orientadas entre


dois eventos, que são pontos de convergência e divergência de
atividades;

«Toda seta parte de um evento e termina em outro;

«Não pode haver duas atividades com o mesmo par de eventos de


começo e de término
Roteiro do Planejamento
«Montagem do Diagrama de Rede

«Método das flechas (ADM):


Roteiro do Planejamento
«Montagem do Diagrama de Rede

«Método dos Blocos (PDM)

«As atividades são representadas por blocos ligados entre si por


flechas que mostram a relação de dependência
Roteiro do Planejamento
«Identificação do Caminho Crítico
«São iniciados os cálculos na rede com o objetivo de obter a duração
total do projeto;
« A sequência de atividades que produz o tempo mais longo é a que define o
prazo total do projeto;
« Estão são chamadas de atividades críticas, e o caminho que as une
constitui o caminho crítico;
« O caminho crítico é representado no diagrama por um traço mais forte ou
duplo
Roteiro do Planejamento
«Identificação do Caminho Crítico

«O aumento de uma unidade de tempo em uma atividade crítica é


transmitido ao prazo do projeto, por isso essas atividades não devem
atrasar. Já o ganho de tempo reduz o prazo total;

«O planejador deve sempre identificar o caminho crítico e monitorar


suas atividades;
Roteiro do Planejamento
«Identificação do Caminho Crítico
«O caminho crítico une as atividades críticas;
«O caminho crítico é o caminho mais longo da rede;
«Qualquer atraso em um atividade crítica atrasa o final do projeto;
«Para o projeto ser antecipado, é preciso reduzir a duração de algumas
atividades críticas;
«O prazo não se reduz por ganho de tempo em atividades não críticas;
Roteiro do Planejamento
«Geração do Cronograma e Cálculo das Folgas
«O produto final do planejamento é o cronograma, representado sob a
forma de Gráfico de Gantt;
«O cronograma apresenta de maneira fácil a posição de cada atividade
ao longo do tempo;
Roteiro do Planejamento
«Geração do Cronograma e Cálculo das Folgas
«O cronograma apresenta em linha mais escura as atividades críticas;
«Uma atividade não crítica tem certa flexibilidade, pois tem mais tempo
disponível para sua execução do que sua própria duração;
«As atividades não críticas podem “flutuar” dentro do prazo total
disponível para sua realização;
«Esse período do tempo que uma atividade pode dispor além de suas
duração chamamos de folga;
Escopo do Projeto
«ESCOPO: conjunto de componentes para alcançar o produto e os
resultados esperados do projeto;
«Ao definir o escopo amarram-se as atividades, que será o objeto do
planejamento;
«O que não estiver no escopo original não será planejado,
programado e nem comunicado às equipes de campo;
Escopo do Projeto
«O planejador deve fazer pacotes de trabalho que gerem um
planejamento que faça sentido e seja aplicável na prática;
«Os pacotes de trabalho são os conjuntos de atividades necessárias
para realizar determinada etapa. É o detalhamento desta etapa;
«O ESCOPO deve ser aceito e aprovado por todos os envolvidos
(gerentes, engenheiros, responsáveis por frentes...);
«Na definição do escopo pode ocorrer de não ser possível detalhar
determinada atividade (ex: Paisagismo), entretanto a atividade deve
ser identificada para posterior detalhamento;
Escopo do Projeto
«PLANEJAMENTO EM ONDAS SUCESSIVAS:
«Técnica de deixar o pacote de trabalho amplo para decomposição
futura;
«Conforme se aproxima a execução do pacote de trabalho, o grau de
informação cresce, e o planejador pode aumentar o nível de
detalhamento do projeto;
Estrutura Analítica do Projeto (EAP)
«Decomposição: dividir a obra (escopo integral) em unidades
menores e mais simples de manejar;
«EAP: estrutura hierarquizada que a decomposição gera;
«Semelhante à uma árvore genealógica, ou seja, uma árvore com
ramificações;
Estrutura Analítica do Projeto (EAP)

«NÍVEL SUPERIOR: representa o escopo total, sendo apenas um


item (o projeto como um todo);
«A partir desse nível a EAP começa a se ramificar em quantos galhos
forem necessários para representar as atividades;
«Esse segundo nível também é desdobrado em componente
menores, e assim sucessivamente;
Decomposição
por tipo de
Casa
contratação

Fundação Estrutura Acabamento

Escavação Sapatas Alvenaria Telhado Instalações Revestimento Pintura


Estrutura Analítica do Projeto (EAP)

«Não há regra definida para construir a EAP;


«Dois planejadores podem chegar em duas EAP distintas para um
mesmo projeto;
«O importante é que a EAP represente a totalidade do escopo (regra
dos 100%);
Estrutura Analítica do Projeto (EAP)

Desdobrar um pacote em apenas um “subpacote” não faz


sentido. Decomposição pressupõe desdobramento em mais de
um ramo
Até onde decompor?
«Não há regra definida, a resposta fica por conta do bom senso;
«Tudo é em função do grau de controle que se quer imprimir ao
planejamento:
«Muitos detalhes: rede extensa e um custo de controle mais elevado;
«Poucos detalhes: rede sucinta e de custo de controle mais baixo,
porém o planejamento pode ficar pouco aprofundado e prático de
acompanhar;
Até onde decompor?
«Deve-se utilizar um mesmo tempo médio para as atividades
detalhadas:
«Não é viável trabalhar com atividades muito genéricas e longas
misturadas com atividades de duração reduzida;
«Não é coerente haver um cronograma de atividades com duração em
meses e outras em dias, ou semanas e outras anos, por exemplo.
Até onde decompor?
«EXEMPLO: SERVIÇO DE CONCRETAGEM DA LAJE
«Atividades envolvidas:
«Forma;
«Corte e dobra de ferragem;
Com o desdobramento do pacote de
«Instalação da armação; trabalho em atividades menores, a rede fica
«Lançamento do concreto; mais detalhada, porém mais longa e
complexa
«Cura;
«Desforma;
Até onde decompor?
«Situação A:
«Obra predial, que depende de muitas lajes
«Situação B:
«Obra de estrada, em que a laje é apenas uma parada de ônibus;
Até onde decompor?
«Avaliar até que ponto o desmembramento do serviço melhora o
acompanhamento da obra;
«Para cada porta de um grande edifício o planejador subdivide o
serviço em:
«Batente;
«Dobradiça superior; Desmembramento desnecessário, pois
envolve atividades pequenas e
«Dobradiça inferior;
rápidas, que poderiam estar
«Folha da porta; agrupadas sem prejuízo do
«Alisares; acompanhamento
Até onde decompor?

𝟏 𝒅𝒊𝒂 < 𝒅 < 𝟏𝟎 𝒅𝒊𝒂𝒔

A. Se uma atividade identificada tiver 𝒅 < 𝟏 𝒅𝒊𝒂, ela é considera


pequena demais e deverá ser fundida a outra(s) para formar uma
atividade mais longa;
B. Se uma atividade tiver 𝒅 > 𝟏𝟎 𝒅𝒊𝒂𝒔, ela deve ser desmembrada em
pacotes menores (fase I, fase II...)
EAP de Subcontratos
«Quando há subcontrato na obra ainda deve ser feito o
planejamento;
«A EAP deve ser desenvolvida ainda assim, e preferencialmente
fornecida pelo subcontratado que teria mais conhecimento das
etapas do serviço;
«Não é certo resumir a tarefa terceirizada apenas como uma única
barra no cronograma, pois peca ao resumir a uma linha um conjunto
de atividades;
«Recomenda-se vincular ao contrato o fornecimento da EAP;
EAP Analítica

«Outra possibilidade para a EAP é Atividade


a listagem analítica ou sintética 0 Casa
(comum em softwares); 1 1 Infraestrutura
«A EAP analítica normalmente 2 1.1 Escavação
vem associada a uma numeração 3 1.2 Sapatas
lógica (1 – 1.1 – 1.2 – 1.2.1); 4 2 Superestrutura
5 2.1 Paredes
6 2.1.1 Alvenaria
7 2.1.2
Revestimento
8 2.1.3 Pintura
EAP como mapa mental
«Mapa mental é um diagrama utilizado para representar ideias, que
são organizadas radialmente a partir de um conceito geral;
«A estrutura é de árvore com ramos divididos em ramos menores;
«Mantem a ideia-chave em posição central e criando conexões;
«São excelentes para o desenvolvimento inicial da ideia;
EAP como mapa mental

Alvenaria

Paredes Revestimento

Pintura

Escavação
Madeiramento
Infraestrutura Casa Superestrutura
Cobertura
Sapatas
Telhas

Instalação
elétrica
Instalações
Instalação
Hidráulica
Propriedades da EAP
«Cada nível representa um refinamento do nível imediatamente
superior;
«As subtarefas representam 100% do escopo da tarefa do nível
imediatamente superior (regra dos 100%);
«Juntas, as atividades de nível mais baixo nos diversos ramos da
EAP, representam o escopo total do projeto;
«Uma mesma atividade não pode estar em mais de um ramo;
Propriedades da EAP
«Atividades não incluídas na EAP não fazem parte do projeto;
«As atividades são relacionadas em ordem lógica de associação de
ideias, não em ordem cronológica;
«As atividades de nível mais baixo são mensuráveis e podem ser
atribuídas a um responsável;
Benefícios da EAP

«Ordena o pensamento e cria uma matriz de trabalho lógica e


organizada;
«Individualiza as atividades que serão as unidades de elaboração do
cronograma;
«Permite o agrupamento das atividades em famílias correlatas;
«Facilita o entendimento das atividades consideradas e do raciocínio
utilizado na decomposição dos pacotes de trabalho;
«Facilita a verificação final por outras pessoas;
Benefícios da EAP

«Facilita a localização de uma atividade dentro de um cronograma


extenso;
«Facilita o trabalho de orçamentação porque usa atividades mais
precisas e palpáveis;
«Permite a atribuição de códigos de controle, que servem para
alocação dos custos;
«Evita que uma atividade seja criada em duplicidade;
Atividades de Fixação
1. Conforme visto em sala, o Planejamento apresenta diversos
benefícios para a obra. Cite dois deles, e comente sobre cada um.
2. Vimos sobre o Ciclo de Vida de um Projeto e Ciclo PDCA. As
figuras apresentadas a seguir trazem esses ciclos. Identifique
cada uma e comente sobre.

Figura 1 Figura 2
Atividades de Fixação
3. Com base no que foi visto sobre as Estruturas Analíticas do
Projeto (EAP) assinale verdadeiro (V) ou falso (F). Justifique as
falsas.
a) A EAP é um organograma do projeto que nos dá visibilidade das
fases, subfases e por fim o detalhe menor do pacote de trabalho;
b) A EAP não tem os pacotes de trabalho dispostos em ordem
cronológica, e por isso, não há dependências de execução entre os
pacotes. Ela possui somente atividades;
c) A EAP, por ter as atividades definida em pacotes de trabalho
separados, é vista como um cronograma do projeto, apresentando a
ordem cronológica das atividades;
d) O cronograma da obra deve ser criado já no inicio do projeto, antes
mesmo de se ter a EAP definida;
Atividades de Fixação
«QUESTÃO 1:
« Conhecimento pleno da obra;
« Detecção de situações desfavoráveis;
« Agilidade de decisões;
« Relação com o orçamento;
« Otimização da alocação dos recursos;
« Referência para acompanhamento;
« Padronização
« Referência para metas;
« Documentação e rastreabilidade;
« Criação de dados históricos;
« Profissionalismo
Atividades de Fixação
«QUESTÃO 2:
«Figura 1: A curva do Ciclo de Vida do Projeto mostra a evolução típica
de um projeto: lenta no estágio inicial, rápida no estágio de execução e
novamente lenta na finalização do projeto
«Figura 2: O ciclo PDCA é um conjunto de ações ordenadas e
interligadas entre si, dispostas graficamente em um círculo, onde cada
quadrante corresponde a uma fase do processo:
« P = Plan (planejar);
« D = Do (fazer, desempenhar);
« C = Check (checar, controlar);
« A = Act (agir, atuar)
Atividades de Fixação
«QUESTÃO 3:
a) Verdadeiro
b) Verdadeiro
c) Falso. A EAP não é um cronograma, logo não apresenta as atividade
em ordem cronológica
d) Falso. Primeiro deve-se definir a EAP, para poder elaborar o
cronograma da obra.

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