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São tempos de Lava Jato e Donald Trump, tanto no Brasil como mundo afora, e
parece que temos pedras no caminho da Democracia.
Não foi um caminho fácil até aqui, mas acreditávamos estar “avançando”. Então
no front interno vimos um desfile triste de lideranças tanto do mundo empresarial
quanto no mundo político envolvidas em graves escândalos de corrupção. Não se
trata mais da lenda urbana: “todo político rouba”, não há mais o “político” como
entidade difusa. Agora os envolvidos em escândalos são réus confessos com
nome e sobrenome, bem como grandes empresas que fazem a sua mea
culpa pública e pagam multas milionárias. Tudo originado da cobiça por riqueza,
poder e influência, que conduziu esses protagonistas de diferentes empresas e
representantes públicos de diferentes níveis (federal, estadual e municipal) a
optarem por linhas de conduta não apenas ilegais como vexatórias, do ponto de
vista das expectativas depositadas nesses representantes. Aqui e acolá há grupos
de justificadores do injustificável – apontam prontamente o dedo acusatório para
adversários políticos e ideológicos e tentam absolver com a mesma presteza seus
aliados ou simpatizantes. A História também ensina que democracia moderna
não se constrói em cima de “forças sobrenaturais”. No front interno, nos
escândalos que indignam os brasileiros, não há santos, messias, anjos ou mesmo
grandes demônios, não há misticismo na crise política. Temos sim, infelizmente,
muitos homens e mulheres influentes que ficaram muito abaixo da expectativa e
da confiança creditada, restando para vários deles a perda de prestígio político e,
em vários casos, as penalidades previstas em lei.
Eleições deveriam ser vistas como gincanas para alcançar o poder? Uma vez que
se ganha, o “outro lado” que perdeu não deve mais ser ouvido até a nova
“competição”?
São muitas perguntas, e assim como as pedras de Drummond, elas estão no meio
do caminho. Para lidar com elas, a reflexão se faz necessária a todos nós. A todos
vocês estudantes, independente da área em que estuda de seu gênero, credo, raça,
ou opção ideológica, temos que começar a pensar o quê fazer com todas essas
pedras. E quanto mais cedo, melhor.