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​ALUNO IRRESISTÍVEL - PARTE 1 (ESCOLA)

Esse ebook é de autoria de Vicente “V” Fawkes, mais


conhecido como Nerd Sedutor, e foi escrito com a intenção de
ensinar através de seu conhecimento como deve ser o
comportamento ideal de um aluno da escola que busca
melhorar seus resultados sociais, seja fazendo mais amigos ou
conquistando mulheres.

Todas as histórias aqui são reais e fazem parte de uma


jornada de aprendizado que pode e deve servir de lição para
aqueles que buscam conhecimento nas áreas sociais
principalmente em ambientes de estudo.

Essa obra é protegida pela lei de direitos autorais, não deve


ser vendida ilegalmente, compartilhada ou comercializada de
nenhuma outra forma. Ela é uma recompensa ​exclusiva para
aqueles que cumpriram o desafio financeiro imposto pelo
próprio Nerd Sedutor no canal do youtube.

Se você recebeu uma cópia desse ebook significa que cumpriu


o desafio, então parabéns! Saiba que essa não é a única
recompensa que você irá receber. Iremos entrar em contato
com você pelo seu Email cadastrado ou através do whatsapp
para te convidar a conhecer o projeto ALUNO ALFA.

Caso não receba nada, entre em contato conosco através do


Email ​projetoalunoalfa@gmail.com​ ou whatsapp (48)
988497633 ou acesse nosso projeto no link:
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A MELHOR FASE DA SUA VIDA

Pergunte às pessoas ‘’adultas” que você conhece, pode ser


aos seus pais, irmãos mais velhos ou amigos de família, a
seguinte questão:

- Qual foi a melhor fase da sua vida?

Te garanto que em sua grande maioria, eles vão dizer que a


melhor fase da vida deles foi na escola ou na faculdade. Tenho
certeza absoluta dessa resposta, principalmente se você
perguntar para uma pessoa confiante, descontraída e otimista.

Talvez, ela não tenha essa mesma impressão e opinião se ele


for do tipo introvertida e tímida ou por acaso tenha sofrido
algum tipo bullying. Geralmente as pessoas tem boas
lembranças desse tempo. Mesmo aquelas que sofreram em
algum momento, guardam certo carinho de alguns colegas,
dos professores ou de algo marcante que vivenciaram e
experiências adquiriram.

Não podemos negar que esse ambiente de escola e faculdade


é um oceano de novidades, possibilidades e desafios. Serve
como um teste prático de como será o mundo que você vai
encarar, uma prévia pra saber como funciona a sociedade,
como se comportam as pessoas e como absorver
conhecimento e experiência.

Falo isso porque essas épocas pra mim foram as melhores,


tanto escola quanto faculdade. Foi nessa época que conheci
grandes amigos que convivo até hoje, conheci professores que
me ajudaram a moldar meu caráter e mindsets que utilizo até
hoje.
Estive nas melhores festas, fiquei com as melhores garotas,
participeis dos mais emocionantes campeonatos esportivos,
seja nas quadras ou na torcida.

Nessa época da minha vida estabeleci relacionamentos


amorosos e amizades verdadeiras.

Participei de gincanas, interclasses, feiras de ciência,


apresentações de trabalho e peças de teatro. Faltei aula pra
fazer bagunça nos corredores, jogar bola, e algumas vezes até
para ir pra lan-house jogar os últimos lançamentos para
computador.

Também arranjei intrigas com alunos das turmas rivais,


brigamos tanto pela atenção das garotas quanto pelas
medalhas nas olimpíadas do colégio. Agíamos como inimigos,
e hoje em dia rimos dessas histórias tomando cerveja.

Sem dúvida, essa fase da minha vida foi incrível. Foi aonde
aprendi a ser homem, e não digo de apenas saber como me
comportar em uma briga e como conquistar uma mulher, mas
em todos os aspectos que envolvem a masculinidade de um
homem, desde a postura para não sofrer bullying ou ser
rejeitado, como ter moral e uma imagem social respeitada pelo
colegas e professores, entendi a importância da comunicação
e como isso podia me ajudar tanto nas interações sociais,
quanto nas notas da faculdade (eu nunca fui muito estudioso),
e aprendi a impor minha liderança quando eu me considerava
capaz para essa função.

Foi nessa época da minha vida que eu moldei e ajustei o modo


como eu passei a encarar a minha realidade sobre as coisas,
aprendi muito com meus acertos e o dobro com meus erros.
Foi nesse ambiente que testei ao máximo, percebi que eu era
extremamente criativo e não havia problema algum em expor
essa minha criatividade ali, pois ao contrário do que eu
pensava, esse lugar é o ideal para você fazer isso.

Imagine se eu tivesse o poder de voltar no tempo e vivenciar


novamente todas as coisas que vivi nesse ambiente,
possuindo a experiência que possuo hoje em dia, com certeza
seria sensacional, não concorda? Poderia aproveitar as
oportunidades que perdi, poderia curtir melhor as coisas de
bom que me aconteceram, teria o poder de evitar os erros que
cometi e refazer minha história da maneira que eu quisesse.

Quem sabe poderia criar o canal nerd sedutor mais cedo e


consequentemente ajudar mais pessoas?

Infelizmente não tenho o poder de voltar no tempo, por isso eu


pretendo compartilhar o máximo da minha experiência para
fazer ​com que você​, aprenda com ela e saiba como lidar
melhor com as situações quando elas surgirem na sua
trajetória. Ao longo deste ebook e do treinamento Aluno Alfa
(caso você já tenha ou pretenda adquirir ele), vou contar quais
foram meus erros e acertos que fizeram evoluir minha postura
e meu comportamento, me possibilitando ter uma excelente
imagem social, consequentemente influenciando positivamente
os meus resultados.

Irei contar algumas das minhas mais incríveis experiências que


vivi nessa fase da minha vida e como aprendi todos os
segredos para socializar da maneira correta, fazer amigos,
conhecer e seduzir as melhores garotas e ter um status
respeitado por todos no ambiente escolar e faculdade desde
colegas, garotas e professores.

Você está pronto para virar um mestre da popularidade?


NERD SEDUTOR NA ESCOLA

Nesse momento você pode até estar pensando que pelo fato
de eu ser o “Nerd Sedutor”, essa trajetória foi fácil para mim.
Você deve estar pensando que sempre tive muitos amigos na
escola e desde novo conquistei as melhores garotas da sala,
certo? ​Você está completamente errado!

Estudei todo o ensino fundamental em uma escola de estilo


tradicional. As salas possuíam no máximo 50 alunos e
estudávamos ano após ano com as mesmas pessoas, com
pequenas alterações de alunos novos quando virava o ano
letivo. O sistema de aula era um pouco rígido, com lugares
demarcados desde o começo do ano para evitar muita
bagunça. Os intervalos eram a oportunidade onde podíamos
interagir socialmente com os outros colegas, e para isso o
colégio tinha um pátio enorme, corredores, cantinas, quadras
esportivas e etc. Anualmente essa escola também realizava
atividades extracurriculares como gincanas, campeonatos de
esportes, interséries, eventos de ciências e apresentações
artísticas.

Eu era do tipo engraçado, gostava de ser o palhaço da turma,


sempre tinha uma piadinha na ponta da língua para zoar
alguém, geralmente meus próprios amigos. Não chegava a ser
bullying​, primeiro porque nem existia essa denominação na
época, e segundo porque eu também era sempre zoado. Nós
nem nos preocupávamos com isso, quando rolava uma treta
mais séria a gente resolvia na porrada e no outro dia tava todo
mundo amigo de novo.

Sempre fui muito magro, e meus 2 dentes da frente pareciam


dentes de coelho, porque eles eram maiores que todos os
outros. Só essas duas características já eram suficientes pra
saber que eu não seria um cara popular na minha sala de aula
por causa da minha aparência, lá em meados do ensino
fundamental.

Então, durante esse período, mesmo que eu quisesse, seria


difícil tentar algo com alguma garota, pelo fato de eu ser
esteticamente desfavorecido e também não entender como
funcionava NADA a respeito da sedução. Já que conquistar as
colegas não dava certo, eu focava todo o tempo que eu tinha
na sala de aula para ficar com meu grupo de amigos, e durante
o recreio minha preocupação era sair da sala correndo pra
conseguir chegar cedo nas quadras para jogar bola, basquete
e consequentemente voltava do intervalo todo suado. Talvez
por esse motivo eu não tinha chances com as garotas.

Lembro que mesmo sendo todos nós muitos jovens para esse
lance de sedução, alguns casais já marcavam encontros para
dar alguns beijos “atrás do campão”, um campo de futebol
meio afastado das salas de aula, era o ponto de encontro para
esse tipo de coisas no meu colégio.

Geralmente quem levava as garotas para o “campão” era


sempre os mesmos caras. Ou eram os mais populares de
cada sala ou alunos mais velhos que conseguiram gerar
atração nas garotas mais jovens. Ficava imaginando quando
seria minha vez de convidar alguma menina para “ir atrás do
campão”. Eu até arriscava as vezes me aproximar de uma
garota, mas não conseguia sair do lance da amizade. Sempre
fui muito competitivo, e lembro que uma vez um cara disse que
estava afim da mesma garota que eu. O nome dela era Ana.
Rolou uma competição interna pela atenção da garota, e nunca
esquecerei de quando nós dois fomos falar com a Ana, para
ela “decidir” com quem ela ia querer ficar… ela saiu chorando
da sala de aula nos achando uns idiotas e dizendo que
obviamente não ia ficar com nenhum dos dois.

Nessa fase da minha vida (ensino fundamental) eu ainda era


BV, então as expectativas de me dar bem e ficar com alguma
garota da escola eram realmente baixas, principalmente para
alguém que não tinha boa aparência, era considerado o nerd
da turma e andava com o grupo de garotos não populares.
Apesar de ser um fracasso nesse quesito, eu não me
importava, afinal não era uma coisa que me fazia falta. Ainda
não havia despertado em mim aquele desejo contínuo de me
relacionar com mulheres, eu estava mais preocupado em ver
Dragon Ball Z quando chegasse da aula.

O tempo passou, e eu fui crescendo. Perdi o BV com uma


menina qualquer nas férias que passei em minha casa de
praia. Era uma menina bem feia, eu não queria ficar com ela,
mas meus amigos me empurraram com o argumento de que já
era hora de perder o BV. Foi horrível, eu beijei ela 30 segundos
e disse que não queria mais, fui embora do lugar e nunca mais
a vi.

A segunda garota que fiquei era uma amiga da namorada do


meu amigo. Eles que fizeram todo o esquema para que a
gente ficasse, e pelo menos dessa vez foi bem legal. Lembro
que saímos juntos de “casalzinho” várias vezes.
Quando eu tinha algum resultado positivo com alguma garota,
era sempre com o famoso “esquema”, quando alguém vem a
fala; “Fulana está afim de você, quer ficar com ela?” Se ela
fosse bonita eu aceitava e por aí vai. Ou o contrário, quando
você é afim de uma garota e pede pra algum amigo seu
esquematizar um encontro entre vocês.

Mas ficar dependente desses “esquemas” era horrível, porque


você fica refém da sorte. Primeiro porque você precisava de
um amigo, porque como não tínhamos coragem de abordar era
necessário que seu brother fosse lá conversar com ela pra
perguntar se ela gostaria de “ficar com você”. Segundo que
dessa forma você depende somente da sua aparência física,
uma vez que você não tem a oportunidade de tentar atraí-la de
outras maneiras, como por exemplo ser engraçado, ser legal
ou mostrar alguma de suas qualidades, afinal você não tá indo
falar com ela. Ou seja, tudo errado de diversas formas.

No entanto, essa época da vida o cara também não estava


preocupado com processos e sim com o resultado. Se rolasse
um beijinho na brincadeira de “verdade ou consequência” já
tava ótimo. Nesse período da minha vida minha aparência
começou a melhorar um pouco e até que consegui ficar com
algumas meninas da vizinhança. Mas esse tempo também
passou.
O INÍCIO DA MUDANÇA

Foi nas ferias, no intervalo do ensino fundamental para o


ensino médio que eu realizei uma viagem que mudou minha
vida. Se você nunca viu o vídeo do youtube “Nascimento do
Nerd Sedutor” recomendo que veja pois é neste vídeo que
conto mais detalhadamente essa história. Em resumo, foi
nessa viagem que eu consegui pela primeira vez ficar com
uma garota, sem amigos para fazer “esquemas” e sem
brincadeirinhas infantis para me ajudar. Era apenas eu, numa
festa GIGANTESCA e uma garota me olhando. Eu precisava
ter atitude, eu precisava saber o que falar e como agir. Eu
precisava lembrar do pouco que eu sabia a respeito de “ficar
com garotas”, e improvisar o que eu não sabia. Tive sorte que
a garota estava realmente interessada em mim, pois tive que
ficar horas e horas conversando com ela. Não sabia como
finalizar, até que tive muita sorte de fazer um movimento que
entregou (como se já não tivesse claro) as intenções dela em
ficar comigo. Agora eu tinha 100% de certeza, e nesse caso
não tinha como perder a chance.

Finalmente eu tinha ficado com uma garota totalmente


desconhecida numa festa de verdade longe de casa. Ela
estava nos meus braços, beijava bem, tinha um sorriso lindo e
ria de praticamente todas minhas piadas.

Aquilo pra mim foi mais do que conseguir ficar com uma total
desconhecida na balada de primeira. Esse acontecimento
serviu para eu descobrir algumas coisas interessantes nesse
lance de sedução. Primeiro de tudo aprendi que se uma mina
te olha na balada, você tem que ir, de preferência o mais
rápido possível (regra de ouro), aprendi que é sempre bom ser
engraçado e mais importante que isso é ser criativo numa
conversa, pois quanto mais você demorar pra “finalizar” mais
papo você vai precisar ter. Também aprendi a importância de
tocar na garota durante a interação, um simples abraço, dar as
mãos ou um carinho às vezes podem ser a chave para o
sucesso.

Depois desse dia, confesso que minha vida ficou um pouco


mais fácil, e o melhor, ainda estava de férias. Voltei
“experiente”, ensinei as coisas que havia aprendido para meus
amigos e juntos desbravamos vizinhanças atrás de garotas da
nossa idade. Era simples pra nós. Abordagem, humor e
criatividade e aquela puxada pro canto buscando finalizar.
Quando encontrávamos um grupo era melhor ainda, porque aí
tinha uma garota pra cada um de nós. Eu sempre tentava ser o
líder e tomar a iniciativa, porque aprendi no RPG que quem
tem a maior iniciativa “ataca primeiro”, então ao ser o líder eu
podia escolher qual garota do grupo seria o meu alvo. As
vezes isso não dava muito certo, porque as garotas escolhiam
meus amigos que eram mais bonitos e eu tinha que me
contentar com a garota que sobrasse pra mim.

De qualquer forma podemos dizer que as férias foram bastante


produtivas e de extremo aprendizado, e eu estava louco para
que começassem as aulas pois eu queria colocar meus
ensinamentos em prática. Eu queria iniciar o ano com força
total pra cima das patricinhas da sala, agora que eu havia
aprendido as ferramentas. ​Mera ilusão.
VOLTA ÀS AULAS

Voltei para às aulas confiante que iria conseguir utilizar todas


as minhas técnicas de humor, de criatividade e conexão com
as coleguinhas mas não foi bem isso que aconteceu.

Algo estava estranho, e eu não entendia porque. Ao me


aproximar das meninas da sala, elas faziam cara estranha
quando eu puxava uma conversa ou elas rejeitavam
verbalmente antes mesmo que eu pudesse realizar um
movimento, com o famoso e decepcionante ​“sai daqui garoto!​”

Eu achava estranho mas entendia, afinal, essas garotas mais


“tops” da escola sempre me viram todo suado de jogar bola
nos intervalos e conversando besteiras com os meus colegas
nerds (isso quando não estávamos brincando de lutinha), não
ia ser uma abordagem nova que eu aprendi nas férias que ia
mudar minha imagem perante a elas.

As poucas vezes que rolava uma sedução com alguma garota


do colégio, era porque a garota já era afim de mim, e me dava
liberdade pra me aproximar, ajudava a sustentar o papo, me
dava indicadores de interesse e às vezes até me colocava
contra a parede falando algo do tipo ​“e aí...vamos ficar ou
não?”​. Não por eu ser lento (eu nunca fui) mas porque eu
gostava de fazer um charme quando eu tinha a oportunidade.
Quando rolava de alguma garota se encantar por mim, eu
acredito que não era por conta apenas da aparência, porque
como eu já descrevi eu não era lá essas coisas. Acredito que a
experiência e meu comportamento mudaram nas férias e eu
comecei a agir de maneira mais sedutora no geral. Talvez eu
tenha atiçado o sentido competitivo delas, e ao dar em cima de
umas, chamei atenção das outras.

Mas eu nunca fui o cara de ficar contando com a sorte. Eu não


queria ser escolhido por elas, ​eu queria escolher a garota
que eu quisesse.

Nessa fase da minha vida, lá pela 7ª e 8ª série eu comecei a


perceber que não era só meu comportamento e minha
experiência que iriam definir meus resultados com as garotas
que eu queria. Eu desconfiava que iria depender de outras
características externas, mas não fazia ideia de quais eram e
de como incorporar isso em minha personalidade.

Eu precisava me tornar popular de um jeito positivo, afinal eu


não estava disposto a passar vergonha ou ficar “famoso” com
algo que destruísse de vez o pouco da“moral” e reputação que
eu tinha na escola. O objetivo era aumentar minhas chances
como faziam os caras mais populares que levavam as garotas
para o “campão”. Eu precisava mudar o jeito que as garotas
mais “tops” me viam, ou seja, eu precisava de uma
reestruturação da minha imagem social, eu precisava ser mais
respeitado e levado a sério por elas, para que não houvesse
estranheza quando eu tentasse alguma aproximação.

Comecei com o básico. Sem brincadeiras infantis na sala de


aula, sem me meter em intrigas desnecessárias e nem brigar
pela temperatura do ar condicionado. Comecei a ter um
comportamento mais neutro na sala de aula e fora dela nos
corredores, lugar que a galera ficava nos intervalos. Fazia
minha piadas apenas quando eu sabia que praticamente todos
iam rir, e evitava forçar demais pra não ficar desagradável.
Nunca fui de “queimar o filme” dos meus amigos e zoa-los na
frente das garotas porque sempre achei isso uma atitude
babaquice, por outro lado eles adoravam fazer isso comigo,
então me afastei um pouco da galera que eu sabia que iria
prejudicar minha imagem com esse tipo de atitude. Melhorei
um pouco minha aparência, cuidando mais do uniforme que eu
vestia. Não dava pra mudar muito o uniforme do colégio, mas
passei a cuidar mais das camisas pra evitar sujar tanto e não
estragar as golas. Comprei uma bermuda jeans nova, pois
essa era a parte de baixo do uniforme e comprei um tênis
bonitão para substituir as chuteiras que eu geralmente ia para
a escola. Para finalizar o look comprei também um relógio
estiloso, e uma corrente de bali, feita de prata, que era muito
moda na época.

Lembro que a primeira vez que eu percebi que as mudanças


estavam surtindo efeito foi numa festa de 15 anos de uma
amiga da minha sala.

Eu estava meio de canto com um amigo e umas garotas nos


chamaram para a roda delas e começaram a me fazer
perguntas pessoais sobre as garotas que eu tinha ficado (se
elas beijavam bem, se a gente tinha transado) apenas para
fofocar, típica conversa para elevar o EGO de garotas dessa
idade. O que me surpreendeu bastante foi que elas estavam
interessadas em coisas que tinham acontecido comigo, me
escutaram quando eu falava e até elogiaram meu terno, ou
seja estavam me dando total atenção. Definitivamente elas
estavam confortáveis com minha presença ali.
Eu não era mais aquele cara que, na sala de aula elas teriam
vergonha de conversar. Talvez fosse o fator “festa de 15 anos”
e os trajes de gala que vestíamos ou elas estavam realmente
generosas aquela noite, mas pela primeira vez eu estava
trocando uma ideia com as meninas tops sem que elas fossem
esnobes e isso além de ser bacana no momento, me trouxe
um impacto muito positivo para o meu status social naquele
meio.

Apesar de eu apresentar uma evolução nesse ambiente


escolar, ainda havia uma enorme abismo entre meus
resultados na escola e fora dela. E essa diferença me
incomodava. Fora dela eu e meus amigos já estávamos
abordando grupos de garotas nos shopping com facilidade e
conseguindo beijá-las no mesmo dia, e na escola nem 6 meses
de investimento davam resultados. Fora da escola a gente
cultivava pequenos grupos de garotas da vizinhança e dos
bairros próximos, e durante a semana a gente organizava
quais grupos íamos encontrar no final de semana. Sempre
apelidamos esses grupos com o nome da garota que
consideramos a líder (geralmente a mais bonita), por exemplo,
“grupo da Bianca” ou grupo da “Ana Paula”. Porém na escola a
coisa não andava da mesma forma. Toda festa de 15 anos que
ia rolar era uma apreensão pra ver se íamos ser convidados, o
que provava que eu não tinha a mesma reputação na escola
do que fora dela. Isso precisava mudar.
A MUDANÇA DE ESCOLA

Um dos meus melhores amigos nessa época da minha vida


era o João. Ele não estudava comigo na sala de aula, mas era
meu parceiro de balada e futebol e nos víamos todo o final das
aulas, afinal a gente pegava ônibus juntos para irmos pra casa.
Já era quase final do 1º ano do ensino médio, quando João
disse que ia mudar de escola. Os alunos de uma escola de
estilo “americano” estavam tendo bons resultados no
vestibular, e a mãe dele achou que seria uma ótima
oportunidade trocá-lo de escola. Fiquei sabendo na mesma
semana que junto com ele iriam vários outros amigos meus.

Eu gostava bastante da escola que eu estudava, mas era uma


oportunidade de respirar novos ares, e acompanhar meus
amigos nessa jornada. Lembro que enchi a paciência dos
meus pais para ir para a escola de estilo americano, e eles
aceitaram. (acho que a mensalidade era mais barata)

Então com isso, depois das férias fomos estudar em uma nova
escola de estilo americano. Era muito diferente da escola
tradicional. Começando pela sala de aula, que eram composta
de 150 alunos aproximadamente, o triplo da minha sala antiga.
O colégio era em um prédio, bem no centro da cidade próximo
ao terminal de ônibus. Não havia pátios ou dependências
internas e as atividades extracurriculares simplesmente não
existiam. Atividades como educação física eram opcionais. O
recreio era no meio da rua, nas calçadas e a gente se
alimentava nas lanchonetes de qualidade duvidosa que havia
ao redor.

Logo nos primeiros dias já pude perceber alguns detalhes


importantes. Se eu não conhecesse as mulheres na sala de
aula, não faria isso em lugar nenhum. Acontece que para mim
era muito complicado iniciar uma aproximação com tantos
alunos assim, uma vez que eu mal tinha feito isso quando
eram apenas 50 alunos na escola tradicional.

Pelo menos dessa vez eu tinha algumas vantagens. Poucas


pessoas me conheciam, o que me dava liberdade de moldar
meu comportamento sem que houvesse estranheza e rejeição
da parte deles. Outra vantagem é que eu estava mais
experiente e mais motivado a ter bons resultados. De forma
nenhuma eu queria ter uma imagem social fraca nessa nova
escola que era tão promissora.

Para isso comecei a observar como era o comportamento dos


caras que mais se destacavam na minha sala, aqueles que
falavam com as meninas e interagiam com todos. Um deles
era o “Paulista”, um cara que vivia com sorriso no rosto e tinha
um jeito estranho de andar. Ele andava, mas parecia que
estava dançando ou nadando. Era o estilo dele meio malandro
herança que ele trouxe de São Paulo e funcionava tipo uma
marca própria. O melhor amigo dele era o JP. Era o relações
públicas da sala. Tudo que você precisasse ele tinha. (acho
que até drogas). O JP era o cara das festas americanas, ele
que organizava, convidava a galera, e consequentemente
colhia os resultados dessa fama com a garotas. Ambos eram
muito simpáticos e cumprimentavam todas as pessoas,
inclusive também as que eles mal conheciam. O reflexo desse
comportamento é que você passa a ser querido por todos, ao
contrário dos famosos da minha escola do estilo tradicional que
eram extremamente arrogantes e não falavam com os
“bananas”, logo o pessoal menos popular tinha aversão a eles.

Eles conheciam todo mundo e todo mundo conhecia eles.

Pra minha sorte, o Paulista e o JP escolheram futebol de salão


como esporte na educação física, assim como eu. Lá consegui
me aproximar deles e comecei a entender porque eles tinham
tanto destaque. Os caras eram humildes e principalmente
espertos. Não havia uma oportunidade que os caras não
agarravam, um exemplo bem claro disso é que depois da
nossa educação física, rolava a educação física das meninas.
Adivinha quem se oferecia para ser goleiro do jogo delas? Lá
estava o Paulista e o JP, um em cada gol, ganhando a moral
das meninas e se tornando mais conhecidos ainda.

Então comecei a andar com eles e por osmose comecei a ficar


não tão famoso, mas com certa moral. Comecei a frequentar
as festas do JP e me colocar à disposição para ajudar. Eu e o
Paulista viramos jogadores do time da escola para disputar os
campeonatos municipais, e estreitamos ainda mais a amizade
afinal viajávamos juntos. Era sensacional ver as garotas da
sala torcendo por nós.

Comecei a espelhar o comportamento deles, passei a


comprimentar todos, ser gente fina com o pessoal, conversar
com as garotas, ajudar quem precisava, convidar os alunos
novos para as festas e isso me tornou popular, assim como
eles. A escola começou a ser minha segunda casa. Tinha dias
que eu acordava, ia de manhã para a aula, saia da aula para
almoçar, ia para a educação física, depois eu ficava na
educação física das meninas, e depois era o treino do time de
futebol da escola, eu saia morto de cansado, ia pra casa tomar
um banho porque a noite ia rolar uma festa do JP.

Em paralelo a isso, eu continuava saindo com meus antigos


amigos atrás das garotas da vizinhança e agora com mais
experiência em planejamento de festas, comecei a organizar
as minhas próprias. Tudo que aprendi com JP, com relação a
organização de festas, fez com que no meu meio eu ficasse
muito conhecido como o “cara que organiza as melhores
festas”. Minha relação com as pessoas fora da escola
melhorou muito, afinal agora eu sabia como me comportar e
sabia usar a popularidade a meu favor.

Em uma dessas festas que realizei para o povo fora da escola,


convidei um amigo da escola chamado Felipe. O cara era
presença, e dançava ​MUITO bem. Ele se destacou na nossa
festa apenas com a habilidade dele em puxar as garotas para
dançar. Além de dançar bem, ele era praticamente o único que
sabia dançar, então toda a atenção era voltada pra ele.

No final da festa quando não havia praticamente ninguém,


obriguei o Felipe a me ensinar como dançar. Ficamos ali na
pista de dança praticando aproximadamente 1 hora, e apesar
de sentir aquela vergonha alheia, valeu muito a pena aprender
essa nova “habilidade” que me rendeu incontáveis mulheres ao
longo da minha vida.

Em uma das festas do JP, experimentei pela primeira vez o


doce gostinho da popularidade. Estava encostado numa
escada que levava ao 2º andar da festa quando vi que uma
colega minha chamada Juliana estava na festa. Ela era sem
dúvida a garota mais linda da escola e uma das mais lindas
que eu tive o prazer de conhecer em toda minha vida, tanto
que logo depois ela começou a trabalhar como modelo
profissional. Ela passou na minha frente e pra minha surpresa
parou, em um lugar extremamente desconfortável apenas para
puxar papo comigo. Sério, imagine aquela 10/10 vindo na
minha direção, com sorriso no rosto e olhos amistosos,
totalmente perfumada, parou logo ali na escada de costas pra
festa me abraçou, me deu um beijo no rosto e disse algo do
tipo. ​“Que bom que você veio Vicente, achei que não ia achar
ninguém conhecido.”

Dançamos por cerca de 10 minutos (Obrigado Felipe), e logo


em seguida eu estava nas nuvens. Tinha conseguido o feito de
ficar com a garota mais linda que eu podia imaginar, que nem
em meus sonhos mais otimistas eu achava que teria uma
chance com ela. Provavelmente eu não abordaria ela em outra
situação se dependesse de mim, mas como foi ela que veio, eu
aproveitei a oportunidade. Foi a primeira vez que eu lembro de
ter ficado com uma garota tão gata, que estudava comigo. Nos
beijamos a noite toda, foi incrível mas não rolou novamente.
Mas eu não me importava pois tinha acabado de descobrir o
poder da popularidade, de ser um dos “famosinhos” e eu tinha
um monte de garotas pra “testar” meus novos poderes.

Consegui ficar com outras garotas das salas vizinhas em


outras festas do JP, consegui ficar com uma das garotas da
educação física (isso que eu estava suado depois do jogo,
quem diria hein?) e meus resultados estavam surgindo cada
vez mais. Foi um ano pra ficar na memória, não fosse o fim
trágico que ele teve.
DE VOLTA À ESTACA ZERO

Todo aquele ano maravilhoso de festas, popularidade,


amizades, conhecimento sobre sedução, mulheres e jogos de
futebol trouxeram algumas consequências drásticas. Eu acabei
REPROVANDO.

Sim, eu deixei um pouco de lado os estudos e acabei levando


ferro em química, matéria que eu não tinha tanta intimidade
porque na minha escola do estilo tradicional, ela era meio que
misturado com ciências. Havia a opção de passar de ano se eu
aceitasse fazer química novamente, junto com as matérias do
3º ano.

Meu pai tomou uma decisão que, apesar de certa, me deixou


muito triste. Eu iria voltar a estudar na escola de estilo
tradicional. Ele justificou a decisão dizendo que eu não havia
me adaptado à liberdade da escola do estilo americano, e
também disse que não era certo eu ir para o 3º ano sendo que
eu havia reprovado no 2º, logo eu devia repetir o ano todo para
ir melhor preparado para o vestibular. E foi assim que eu tive
que fazer.

No começo bateu aquela ​bad pela situação toda, repetir um


ano inteiro, meus amigos indo adiante e eu ficando para trás,
mas no fundo sabia que meu pai tinha razão. Além disso,
carrego dentro de mim uma característica muito boa que é
encarar as coisas sempre de uma maneira bem positiva e logo
me acostumei com a situação. No entanto, agora havia uma
diferença a se considerar, eu sabia exatamente o que era
necessário para ser um cara popular, herança da amizade com
o JP e o Paulista e eu estava 100% pronto para usar esse
conhecimento.

Iniciou o ano letivo, estava eu de volta à escola no velho estilo


tradicional, com uniforme todo certinho , cadeiras devidamente
demarcadas e aproximadamente 50 alunos, metade meninos e
metade meninas. Eles iam conhecer o líder deles em breve.

Apesar da turma ter poucos alunos em comparação com a


escola estilo americano, a sala no estilo tradicional era
completamente dividida em pequenos grupos. Tinha a galera
do futebol, a galera nerd, a galera do surf e a galera dos
estudos. As meninas também eram divididas em grupos, na
sala tinha o grupo das patricinhas (as tops), as mais-ou-menos
(não eram tão tops mas dava pra ficar), as inteligentes gatas e
as inteligentes feias.

Nas primeiras semanas, incorporei o estilo Paulista de andar, e


o sorriso no rosto do JP. Cumprimentei todos da sala, mas
busquei fazer amizade primeiro com os caras do fundão. A
galera do fundão era a maioria, tirando alguns nerds que
evitavam se misturar. Eu fiz amizade com todos. Logo na
primeira educação física já mostrei minhas habilidades no
futebol e a galera já passou a me valorizar mais ainda. Fiz
amizade até com os surfistas da sala, apesar de ainda não
surfar nessa época. Pro meu azar a professora responsável
por fazer o espelho de classe (demarcar os assentos de cada
aluno) me colocou na primeira fileira encostado na parede do
lado direito, e pra minha sorte a líder das patricinhas sentou
exatamente atrás de mim. O nome dela era Bruna.
Bruna era o tipo de garota riquinha e muito gata. Ela era uma
das mais altas, estilo modelo e rapidamente eu percebi dois
detalhes importantes na personalidade dela. O primeiro era
que ela adorava o ​status de líder das patricinhas. Se houvesse
algum evento ela devia ser a primeira a ser convidada, se
houvesse uma fofoca ela queria ser a primeira a saber. Em
segundo, ela era o tipo de garota que adorava ​escravocetar o
máximo de caras possíveis. Ela te dava bola, te seduzia e na
hora H dava pra trás, e te deixava apaixonadinho por ela.

Como ela sentava atrás de mim, e eu rapidamente percebi isso


nela, tratei logo de mostrar pra ela que eu não era bobo. Já
nos primeiros dias de aula ela me cutucava pra eu virar pra
trás pra gente conversar. Me perguntava coisas de todo o tipo
e falava até sobre putaria comigo. Ela estava jogando a isca
para ver se eu iria me tornar mais um “escravinho” dela. Na
primeira semana eu dei corda, fiz de conta que estava
mordendo a isca. Ela pedia carinho eu dava (ela deitava na
mesa e eu fazia cafuné nela), ela pedia pra eu escrever algo
pra ela eu fazia. Na segunda semana eu dei um gelo TOTAL.
Nada de carinho, nada de favores. Ela estranhou, pois afinal
aquilo era uma espécie de desafio à liderança dela.

Com tom de humor eu disse a ela:


- “Semana passada eu fiz tudo por ti, essa semana é minha
vez de ser bem tratado. Pode começar me fazendo
cafuné.”

Foi ousado mas funcionou. Eu tinha a garota mais popular da


minha sala e uma das mais bonitas, líder das patricinhas que
sem dúvida eram meu alvo principal, diariamente me fazendo
carinho e o melhor de tudo é que todos da sala estavam vendo
afinal nós sentávamos nas primeiras mesas.

Não demorou muito para que meu comportamento alfa e as


estratégias que eu estava aplicando, me tornasse um cara
mais visado pelas garotas na sala de aula consequentemente
elevando meus resultados. Lembro que estava com uns
amigos no intervalo quando um outro amigo chamado Márcio,
(que era um dos populares e fazia muito sucesso com as
garotas) veio em minha direção e me contou que havia uma
garota da nossa sala, chamada Carol, que estava muito
interessada em ficar comigo.

Carol era uma garota muito gente fina de família rica e fazia
parte do grupo das garotas não populares e estudiosas. Ela até
que era bonita mas tinha um jeito meio irritante de falar e tentar
aparecer. Ela iria fazer em breve uma baita festa de aniversário
e já havia começado a convidar o pessoal.

Falei pro Márcio que não tinha interesse em ficar com a garota,
ela não fazia meu estilo e eu estava realmente interessado em
outra garota da sala que era amiga dela do mesmo grupinho.
No entanto pedi ao Márcio para que ele fosse cuidadoso com
as palavras, e falasse algo que não a deixasse decepcionada,
pois obviamente eu queria ir na festa dela, e tinha medo que o
fato de eu não querer ficar com ela fosse um problema. Não
sei ao certo o que ele disse, provavelmente algo como “ele vai
pensar” ou algo que conseguisse despista-la temporariamente
me fazendo ganhar tempo para ir a festa.
A estratégia deu certo e eu fui convidado para ir na festa.
PRIMEIRA FESTA DA ESCOLA

Era praticamente a primeira festa que eu ia com minha atual


configuração social de “aluno novo semi popular” na escola do
estilo tradicional. Eu disse “semi popular” porque eu ainda não
era tão conhecido como os caras populares da escola, mas eu
estava com uma moral elevada primeiro porque a Bruna fez
meu filme com as patricinhas, os caras no geral gostavam de
mim e a Carol estava realmente encantada. Eu sabia que eu
estava com uma imagem boa e a festa era uma ótima
oportunidade para colocar em prática a experiência de
sedução que eu já tinha. Caprichei no visual e fui sozinho, uma
vez que meus amigos mais próximos da sala acabaram não
sendo convidados ou não puderam ir, não lembro direito.

A festa era realmente TOP. Pra começar era um dos bairros


mais caros da cidade. A casa dela era uma mansão de vários
andares mas a festa em si concentrou-se no térreo, que possui
ambientes espaçosos e com o design melhor que muita balada
aqui de Floripa. Ela contratou um DJ e um sistema de
iluminação que deixou a casa dela no clima ideal para festa.

Quando cheguei fui bem recebido por ela, e como não


conhecia muita gente acabei ficando os primeiro minutos
sozinhos. Como a Carol não fazia parte das meninas
patricinhas, as mesmas não foram convidadas. Restava pra
mim o grupo de amigas da Carol da escola que era um grupo
que eu não tinha muita intimidade. Mas uma delas me
chamava bastante atenção. Seu nome era Ana e era a garota
mais bonita daquele grupo. Eu nunca tinha conversado com
ela na sala de aula, mas eu sabia que ela morava em um
bairro perto da minha casa, porque já tinha visto ela andando
depois das aulas no trajeto que ia da escola ao terminal de
ônibus. Com certeza eu ia pra cima dela e por não conhecê-la
direito, esse foi o assunto que eu abordei inicialmente.

Estava bem à vontade e bastante confiante naquela noite. Pra


melhorar ainda mais minha situação, uma coisa aconteceu e
serviu pra tirar uma pulga ​atrás da orelha que estava me
deixando meio desconfortável. A Carol ficou com um garoto
que eu não conhecia, logo eu não seria taxado de babaca,
caso eu ficasse com alguem na festa dela.

Isso foi o sinal verde pra que eu investisse pesado na Ana.


Não recordo exatamente como foi a interação por completo,
lembro que ela recebeu muito bem a abordagem inicial ao
ponto de ficar surpresamente feliz em me ver na festa, me deu
inúmeros indicadores de interesse como tentar se validar o
tempo todo pra mim e rir de praticamente tudo que eu falava.
Quando vi nós estávamos muito próximos um do outro num
clima próprio para ficar, foi questão de fazer o movimento de
aproximação, pega-la carinhosamente pelo pescoço e dar o
beijo. Fiquei com ela a festa toda.

Pelo fato de ela estudar na minha sala, bateu aquela certa


insegurança de como seria o “​dia seguinte​”. Muitos caras têm
essas dúvidas, uns porque têm medo de fazer algo contra a
vontade da garota como por exemplo chegar na sala de aula
beijando, sendo que a garota não esperava isso. Outros têm
medo de chegar na amizade e a garota se decepcionar porque
ele foi “seco” demais. Eu recomendo que no ambiente escolar
(ou faculdade) no dia seguinte a uma “ficada”, você deve agir
de forma congruênte, comprimentar a garota com um beijo no
rosto e ser simpático. Pergunte a ela se está “tudo bem”,
converse com ela se ela gostou “de ontem”, sempre olhando
nos olhos e sorrindo. Ela vai valorizar sua atitude, porque elas
também têm certo receio do dia seguinte e não sabem como
agir. Quando o homem age dessa forma, e define qual é o
comportamento que vocês vão adotar na sala de aula, é certo
alívio para elas. A verdade é que eu não precisei me
preocupar com isso. A Ana chegou na sala logo me beijando.
Até que foi um alívio pra mim, porque me poupou de agir e
sinceramente eu havia gostado de ficar com ela. O problema
começou a se agravar quando ela teve a mesma atitude dia
após dia, toda a aula.

No início da aula rolava beijo, no intervalo das aulas ela


grudava em mim, no recreio eu queria conversar com meus
amigos mas ela queria que eu ficasse com ela também e no
final da aula a gente ia juntos para o terminal de ônibus.
Algumas vezes inclusive ela pedia para eu pegar o ônibus que
ia para o bairro dela ao invés de pegar o meu, e depois ir para
minha casa a pé, que era 20 min de distância andando.

Eu nem tinha assumido namoro com ela nem nada do tipo e a


pressão dela em ficar comigo todos os dias deixava a entender
que era isso que ela queria.

Lembro que até algumas garotas da sala falavam coisas do


tipo “Vicente, você não se incomoda da Ana ser tão grudenta?”
e percebi que as atitudes dela estavam afetando também
minha imagem social. Mas também, isso serviu pra eu notar
que outras garotas estavam observando meus movimentos na
sala de aula ao ponto de perceberem que ela não desgrudava
de mim. Durante esse pequeno período a Bruna parou de me
fazer os carinhos, me afastei um pouco dos meus amigos e o
resto das meninas evitava chegar muito perto de mim.
A Ana não era do tipo ciumenta, mas ficava de cara feia
quando eu cumprimentava as outras garotas da sala com
beijos e abraços. Eu não gostava tanto dela a ponto de colocar
em risco minha imagem que eu estava começando a construir,
então na primeira oportunidade que eu tive eu falei a ela que
não queria mais.

Lembro que paramos de ficar quando eu disse a ela que ia


rolar uma viagem com uns amigos durante um feriado para
disputarmos um campeonato de futebol e que não estava nos
meus planos ser “fiel” a ela nas festas que obviamente iríamos.
Ela ficou extremamente decepcionada, eu fui para a viagem,
pro campeonato e ela ficou chorando o final de semana todo e
me mandando mensagens. Demorou um tempo pra ela olhar
na minha cara novamente na sala de aula, mas não tinha mais
condições de continuar com aquela relação. Minha história
naquela sala estava apenas começando.
GANHANDO EXPERIÊNCIA

Quando parei de ficar com a Ana, a sala estranhou bastante e


fiquei um tempo sem conseguir me aproximar de outras
garotas. Devido às atitudes dela, acabou-se criando aquela
imagem que éramos o casalzinho da turma. Quando o pessoal
cria essa imagem demora pra você conseguir se desvincular
disso, por isso durante uns 2 meses eu deixei oculto qual era
meu próximo alvo e continuem trabalhando a minha imagem
social.

Fiz mais amigos, ampliei meu círculo social inclusive com


alunos e alunas de outras salas (o que ia me render bons
frutos futuramente) e acredito que essa tenha sido uma atitude
certa da minha parte. “Sair de uma” e “atacar” imediatamente
outra pode passar a impressão de carência, desespero, baixa
pré seleção e principalmente desrespeito.

Alguns meses depois, surgiu interesse da minha parte em uma


garota muito amorzinho da sala chamada Lorena. Ela era do
tipo quietinha e meio tímida. Não fazia parte nem do grupinho
da Ana e nem do grupinho das patricinhas.

Comecei a puxar assunto com ela na sala de aula e vi que ela


foi bem receptiva apesar de falar pouco por causa da timidez.
Me juntei a ela para fazermos alguns trabalhos em dupla e
passei alguns intervalos trabalhando o conforto e incentivando
ela a falar mais comigo.
Quando uma garota é tímida e raramente fala, o ideal a fazer é
deixá-la confortável durante a conversa, incentivar o máximo
possível que ela participe, solicitar sempre a opinião dela,
jamais interromper e mostrar extremo interesse em todos os
assuntos que ela mencionar. O erro de muitos caras com as
mulheres tímidas é a arrogância de querer impor sempre os
próprios assuntos, dominar a conversa e mostrar valor a todo
custo. Eles fazem isso na tentativa de preencher o espaço
vazio na conversa uma vez que elas não falam e acabam não
percebendo que com isso tornam a comunicação unilateral. Dê
sempre às mulheres o que elas ainda não possuem e você
ganhará muito mais em troca.

O bom de garotas tímidas é que elas são facilmente


manipuláveis, no bom sentido da palavra. Elas aceitam mais
facilmente as sugestões, convites e as abordagens se você
conseguir estabelecer essa confiança na sua imagem pessoal.
Eu consegui fazer isso perfeitamente com a Lorena e depois
de algumas semanas convidei ela para ir ao cinema em um
shopping da cidade.

Passamos a tarde no shopping e obviamente ficamos. Foi bem


divertido. Ela era uma excelente garota e o melhor foi que já
deixamos pré definido que não ia rolar nada durante as aulas,
atitude bem madura que foi tomada de ambas as partes. Não
queríamos misturar as coisas e foi melhor assim, também em
respeito a Ana.

Em menos de 6 meses eu já havia ficado com 2 garotas da


mesma sala, ambas bastante bonitas e minha moral com a
rapaziada da sala estava alta. Mas eu não estava satisfeito, eu
ainda queria ficar com alguma daquelas garotas TOPS do
grupo das patricinhas e meu alvo principal era a Bruna, apesar
de eu saber que alí era uma zona perigosa para arriscar.

Como já falei, Bruna era do tipo que adorava iludir, mas de


qualquer forma era ali minha melhor chance porque era a única
desse grupo que eu tinha acesso.

Eu acho importante essa palavra “acesso”. Quando perguntam


na internet “Será que a Bruna Marquezine ficaria com o
Neymar se ele fosse pedreiro?” essa palavra sempre vem a
minha mente. Claro que ela não ficaria com ele. E a principal
razão para isso é que ele, caso fosse pedreiro, jamais teria
acesso a ela pelo fato dela ser atriz. Pessoas interagem com
aquelas que possuem mesmo status social na maioria das
vezes. Isso acontece porque elas frequentam os mesmos
ambientes, possuem amigos em comum, tem condições
financeiras de arcar com os mesmos hobbies e rolês. Não se
trata apenas de interesse de uma parte ou de outra, e sim
questão de uma compatibilidade social. Em alguns casos raros
vemos uma história tipo conto de fadas estilo “A dama e o
vagabundo”, aonde pessoas de status sociais diferentes se
relacionam, se apaixonam e acabam juntas. Isso acontece
quando a parte socialmente desfavorável consegue acesso à
parte socialmente favorável, e assim garante uma
oportunidade de demonstrar suas vantagens, qualidades e
características que tornam essa relação válida.

O grupo das patricinhas era meio que inacessível para os


garotos da nossa sala, pois elas geralmente conversavam (e
ficavam) apenas com caras mais velhos das outras salas
acima da nossa, no caso, os caras do terceirão, salvo algumas
exceções.
As exceções nesse caso eram o grupo dos surfistas da nossa
sala, era um grupo bem fechado e ficavam o dia todo medindo
o vento, analisando a tábua de maré de seus relógios de surf e
conversando sobre as manobras que iriam tentar na sua
próxima sessão.

A conta era fácil. Os surfistas tinham acesso às patricinhas, e


eu queria uma patricinha, então ficou bem claro pra mim que
eu precisava de alguma forma ingressar nessa vibe surf se eu
quisesse realmente “dropar essa onda” e fisgar uma das
garotas TOPS pra mim.

Eu até que tinha certa intimidade com o mar. Eu havia surfado


de bodyboard quando era mais novo e sabia nadar muito bem
porque sempre tive piscina em casa e me arriscava a pular dos
trapiches da praia que eu frequentava. Então aprender a surfar
virou meu objetivo. Confesso que inicialmente a razão era
apenas “agradar as mulheres”, e concordo que isso seja um
motivo bastante bobo. Mas agradeço todos os dias por ter
colocado essa idéia na cabeça, pois o surf é um esporte
bastante completo trabalha praticamente todos os músculos do
corpo, ajuda no equilíbrio, na paciência, trás contato com a
natureza e te deixa com um bronzeado que ajuda bastante a
melhorar sua aparência. Lembro que antes de começar a
surfar eu tinha bastante espinhas e tinha costas finas. Em
pouco tempo minhas espinhas sumiram, meus ombros ficaram
mais largos e inclusive minha postura melhorou.

Voltando ao objetivo maior. ​FICAR COM UMA PATRICINHA​.


A CHANCE DE OURO

Todo ano, logo após as férias de julho, meu colégio realizava


uma excursão para um lugar incrível em uma cidadezinha no
interior do estado. Era tipo uma casa de campo enorme do
próprio colégio com um grande lago bem na frente onde rolava
um final de semana de gincanas esportivas e artísticas.
Tinha um ginásio exclusivo, refeitório, área externa para as
competições, alojamento, espaço para churrasco e festas e
como era uma casa de campo tudo isso era envolto pela
natureza. Esse lugar era chamado de Pinheiral. Era um dos
eventos mais legais do ano para os estudantes desse colégio e
seria minha oportunidade de finalmente ficar com a Bruna,
principalmente porque a maioria dos surfistas da sala
acabaram não indo nessa viagem, então com certeza eu era o
único ali que tinha uma chance com ela.

Logo que chegamos, os monitores já dividiram o pessoal nos


quartos de acordo com o sexo. Meninos pra um lado meninas
pra outro. Soubemos que em alguns casos eles não dividiam
dessa forma e deixavam o povo todo misturado, mas
infelizmente não foi assim que aconteceu conosco. No quarto
antes de irmos para as atividades, avisei pro pessoal da sala
que essa noite, na festa, ia tentar ficar com a Bruna.

Teve um pessoal que me incentivou e falou coisas do tipo


“Manda vê, confio em você”, e teve uma galera mais ligada que
falou o que eu já sabia.
- “Vicente, cuidado que ela gosta de iludir, ela dá moral pra
uma galera e acaba ficando só com os caras mais velhos
das outras salas, não vai te decepcionar.”

Durante as brincadeiras e gincanas eu mal me aproximava


dela, mas durante as refeições sentava do lado dela e puxava
um papo. Ela dava uma moral incrível, pegava sobremesa pra
mim, esperava eu terminar de comer e sempre parecia
interessada em algo. Ficava tocando em mim, mexendo no
meu cabelo, mas algo não estava certo.

A noite eu sabia que ia rolar a festa, então preparei o terreno e


durante o café da tarde puxei papo com ela, perguntando o
que ela tava esperando da festa e se ela ia “me dar o prazer da
dança”. Ela se surpreendeu que eu sabia dançar, como eu falei
naquela época poucos se aventuravam nas pistas de dança.
Combinamos eu e ela que a noite ia ser nossa.

Fui pro banho confiante que ia ficar com ela, afinal não podia
estar tão errado assim, mas tinha uma coisa em mim, uma voz
no fundo dizendo que era uma cilada.

Cheguei na festa, que estava bem desanimada por sinal, culpa


dos meus amigos bananas que estavam de canto enquanto as
garotas estavam todas na pista de dança curtindo.
Impressionante como os caras não tinham iniciativa de ao
menos interagir com as próprias colegas de sala. Agitei um
pouco chamei a Bruna pra dançar, mas pra minha desilusão
ela estava reclamando de dor de cabeça e não durou muito.
Ela dançou uma música comigo, fez cara de enjoada e sentou
em uma mesa. Meu plano tinha ido por água abaixo.
Passaram-se 10 minutos ela pediu pra ir para o quarto porque
já ia deitar para dormir. Fiquei muito puto. Porque ela tinha que
passar mal justo na festa? Ou será que era fingimento apenas
porque ela percebeu que eu ia tentar algo com ela.

Para minha surpresa um facho de esperança acendeu quando


ela olhou pra mim, veio no meu ouvido e falou “me leva pro
quarto?”. Falei claro e fomos juntos ao quarto dela.

Chegando lá, ela deitou na cama na parte de cima do beliche.


Eu fiquei em pé do lado dela. Ela pediu aquele carinho de
sempre na cabeça, eu fiz com todo prazer afinal ela tava
extremamente cheirosa. Começamos a conversar baixinho e
trocamos olhares intensos. O clima foi esquentando.
Esquentou tanto que ela começou a reclamar de calor e
chegou a supor que estava com febre. Pediu a minha mão, e
colocou em cima do seio dela, para que eu medisse o calor, e
me olhou com cara de safada. Aquilo pra mim era o sinal que
eu precisava que confirmava que ela estava querendo. Me
aproximei lentamente para beijá-la e fui surpreendido com uma
mão no peito e uma risada dela.

- “Vicente, não mistura as coisas né, somos amigos e você


sabe que eu fico com o fulano de tal do 3º ano.” - ela disse com
ar de humor, como se isso fosse engraçado. Pior que não era
charme dela. A postura, o comportamento e as feições do rosto
dela mudaram completamente depois dela rejeitar minha
aproximação.

Não tinha como reverter porque aquilo, desde o princípio havia


sido planejado para acabar dessa forma. A suspeita foi
confirmada. A desgraçada estava realmente me iludindo.
Fiquei mais alguns minutos com ela no quarto apenas para não
mostrar que eu tinha ficado puto da vida por ter caído nessa
armadilha. Pior que muitos haviam me avisado. Falei pra ela
que era melhor ela descansar, e que eu ia voltar para a festa.

Voltei pra festa puto, um pessoal chegou a cogitar que a gente


havia ficado, porque nos viram indo juntos para o quarto e
ficamos lá pelo menos 30 minutos. Desmenti e revelei que a
suspeita de todos estava certa. Ela realmente era o tipo de
garota “fogo de palha”, famosa “muito gelo e pouco whisky”.
Fazer o que? Bola pra frente!

Peguei algo pra beber, colei na roda com meus amigos e puxei
alguma outra conversa, provavelmente sobre futebol, pra
espairecer a cabeça e esquecer a cilada que eu havia me
metido. Já estava imaginando ela contando pras amigas com
tom de deboche, que eu havia tentado ficar com ela.

Em meio aos meus pensamento pessimistas, tentando prever


o futuro e temendo pela minha imagem social na sala, sou
surpreendido com um toque em meu braço e um convite
bastante inesperado. Esse foi o exato momento que a
esperança acendeu novamente.
UMA PATRICINHA PRA MIM

Confesso que estava desiludido. Eram tantos indicadores de


interesse que havia recebido da Bruna que fiquei cego ao
ponto de não dar atenção e valor para aquele sentimento
estranho que eu sentia, de que algo estava errado.

Depois que voltei pra festa, ficava parado, olhando pro nada,
me aproximei dos meus amigos apenas para fingir que estava
na conversa e ninguém perceber minha decepção.

Foi quando senti um toque no braço de uma das patricinhas,


acompanhado da pergunta.

- “Vicente, dança comigo? Vi tu dançando com a Bruna e


achei muito legal, bora?”

Era a Ana Paula, uma das patricinhas mais bonitas da minha


sala que por algum motivo eu tinha pouco contato. Deve ser
porque no início do ano ela estava namorando com um cara, e
quando eles terminaram ela logo começou a ficar com um
bonitão do 3º ano, que morava em bairro nobre da cidade,
tinha acesso às melhores festas, convites, camarotes e ainda
por cima cheio da grana.

Obviamente aceitei o convite, dançamos e foi divertido. Meu


ânimo não estava dos melhores pra tentar uma abordagem, e
e não achava justo tentar uma vez que o pessoal todo estava
na dúvida se eu tinha ficado ou não com a Bruna. Uma dica
que eu dou é, “jamais atire para todos os lados”. Imagine que
no ambiente escolar, você é um sniper de apenas 1 tiro, e você
precisa ser certeiro.

Infelizmente eu tive uma leitura errada e desperdicei minha


única bala com a Bruna, tentar algo com a Ana Paula agora
seria muito arriscado, um suicídio de minha imagem social.

Mas nada impedia que eu fosse legal com ela e continuasse


minha caminhada rumo a popularidade, cativando mais uma
patricinha pro meu lado. Dancei com ela algumas músicas,
rimos, conversamos e bebemos juntos.

Percebi que quando ela voltou pra roda das patricinhas me


estava elogiando meu perfume e dizendo para as outras que
eu dançava muito bem. (Obrigado Felipe²)

O feriado chegava ao fim e posso dizer que apesar de o saldo


ter sido negativo no sentido de pegação, foi muito divertido no
sentido das brincadeira e competições. Deu pra conhecer
pessoas que eu não conhecia, fortaleci amizade com alguns
amigos e conheci melhor as patricinhas. Por isso sempre
reforço a importância de participar de todos os eventos
extra-sala que você tiver oportunidade. É chance de fugir da
rotina da sala de aula, ver como os outros se comportam sem
uniforme, estreitar laços, interagir e ser visto por todos.

Semanas depois, comecei a perceber que a sementinha do


“cara legal e dançarino” que eu havia plantado lá no passeio,
começou a germinar. A mesma Ana Paula me chamou no
MSN (pra quem não conhece era tipo um chat de internet) e
perguntou se eu ia em um show de forró que ia acontecer em
uma casa de shows aqui de Floripa. Não estava nos meus
planos ir para esse show, mas um convite de uma garota como
ela não dá pra recusar. Prometi que dançaria com ela até
cansar.

Se você me perguntar, vou confessar que fiquei com um pé


atrás achando que poderia ser outra garota querendo me iludir.
Por outro lado, mesmo conhecendo ela pouco deu pra
perceber que não era uma característica da personalidade dela
fazer isso. E na verdade nem foi convite de encontro, foi mais
uma coisa “se você for lá a gente se encontra e dança, ok?”.
Na minha opinião e análise, quem quer iludir consegue fazer
algo muito melhor e mais cruel que isso, ela apenas estava
querendo companhia pra dançar.

Convidei um amigo para me fazer companhia afinal se eu não


encontrasse ela ou ela estivesse acompanhada, iríamos a luta
e partimos rumo ao nosso objetivo.

Lá no show, andei de um lado ao outro procurando por ela, até


que finalmente encontrei e ao cumprimenta-la fiz aquele
charme do tipo “Nossa, que surpresa te ver aqui!”.

Ela estava sensacional. As patricinhas, além de serem as mais


bonitas da sala sempre usavam roupas de marca, joias
estilosas e os melhores perfumes. Avisei ao meu amigo que
era hora de travar a batalha, então deixei-o de lado logo após
ele me desejar boa sorte. Assim que começou a primeira
música, estendi a mão e puxei ela pra dançar e já fui logo
falando que “promessa era dívida” e hoje ia rodar ela mais que
pião aqui na pista de dança.
Eu nem era tão bom dançarino assim, sabia apenas meia
dúzia de movimentos, mas fazia o básico, o famoso “2 pra lá 2
pra cá”, que era o suficiente para impressionar uma geração de
garotas que não estavam acostumadas a verem homens
dançando. E o melhor de não saber dançar tanto, é que o
básico te permite conversar durante a dança e foi assim que
fiz, sem parar.

Não vou lembrar o que conversamos em mais de 1 hora que


dançamos sem parar, só lembro que consegui fazer ela dar
muitas gargalhadas, principalmente nos intervalos entre as
músicas. Foi extremamente divertido toda a dinâmica e
interação que criamos ao redor da dança. Imaginamos e
brincamos que éramos os melhores dançarinos do show e
cada música nova que tocava era uma nova oportunidade de
tentar criar passos novos.

Durante aquele show, criamos uma conexão forte, cada


música dançávamos mais próximos um do outro, com olhares
mais intensos, com mãos mais ousadas, até que o show
acabou e ela disse que ia procurar as amigas. Eu gelei.

Não acreditei que ia perder outra oportunidade. Será que ela


só queria dançar mesmo? Será que eu estava tão errado
novamente? Pra minha sorte a banda que ainda estava no
palco anunciou que ia tocar apenas mais um música a pedido
do público. Convidei ela pra dançar essa última música e já
havia decidido que era hora de tentar.
Nessa dança eu mudei de estratégia, eu não girei ela, não fiz
passos inovadores, eu simplesmente aproveitei o momento.
Falei pra ela que adorei passar a noite com ela, e que ela era
uma garota muito especial.

Quando senti uma brecha nas defesas dela, coloquei minha


mão no queixo dela, “puxando” o rosto dela na direção do meu.
Ela ficou meio envergonhada, parecia querer mas ainda assim
resistia. Quando eu intensifiquei as investidas ela disse que
não ia rolar, por causa daquele cara que ela ficava às vezes.
Ele não estava na festa mas havia alguns amigos dele lá e ela
tinha receio de ficar “mal falada” caso ficasse comigo. Nesse
momento, eu fui um mestre.

Ao invés de ficar puto e reclamar da vida, culpar meu azar ou


tratá-la diferente por causa de sua decisão, eu simplesmente
falei que ela estava completamente certa, e que apesar de
querer muito coroar nossa noite com um beijo, não fazia
diferença pra mim, o importante era que nós dois
continuássemos ali curtindo aquela noite incrível, dançando,
nos divertindo muito e rindo.

Minha atitude surpreendeu ela de uma forma positiva. Talvez


ela fosse acostumada com os caras de baixa inteligência
emocional que ficam bravos quando as coisas não saem
conforme eles planejaram. Quando você é rejeitado você fica
triste, é natural. A diferença é o modo como você reage. Ficar
brabo vai deixar a outra pessoa desconfortável com a situação
e piorar ainda mais suas chances, porque você vai vincular
uma sensação ruim a sua pessoa, mesmo a culpa tendo sido
dela. Levar numa boa mantém viva suas chances.
Deu pra perceber que ao me rejeitar ela ficou muito tensa, mas
quando eu encarei a rejeição naturalmente e voltei a vibe da
diversão, ela sentiu um alívio incrível. Naquele momento achei
que isso era o certo a se fazer, simplesmente aceitar e não
deixá-la constrangida com a situação.

Dançamos a última música e ela se despediu de mim e foi


procurar a amiga. Procurei meu amigo e contei que não havia
rolado, por causa do “esqueminha dela”. Demos um rolê na
balada e decidimos ir embora, mas antes meu amigo precisou
ir ao banheiro.

Eu fiquei do lado de fora do banheiro esperando meu amigo,


quando para minha surpresa a Ana Paula aparece e solicitou
minha ajuda para procurar a amiga que ela ainda não havia
encontrado. Disse que estava esperando meu amigo sair do
banheiro para ir embora. Ela ficou inquieta na minha frente.
Percebi que a amiga dela estava perto de nós, logo o convite
que ela me fez era uma simples desculpa pra vir falar comigo
novamente. Antes que eu pudesse reagir ela falou:

- “Na verdade voltei aqui pra fazer uma coisa para não me
arrepender de não ter feito antes”

Ela literalmente me empurrou contra a parede e me beijou. Foi


uma sensação incrível, ficamos ali, pouco tempo porque ela
ainda estava com a insegurança com relação à imagem dela.
Apesar de ter sido uma “ficada” rápida foi bastante intensa.
Tempo depois ela me confessou que foi realmente minha
atitude e o fato que tirei o desconforto da situação que
convenceu ela que eu era um homem de valor.
Depois disso, ficamos várias vezes até que meses depois Ana
Paula virou minha primeira namorada, relacionamento que
durou por aproximadamente 4 anos. Um magrelo dentuço
namorando uma das garotas mais lindas da minha sala, linda,
patricinha que morava no bairro mais chique da cidade. Um
feito desses surpreendeu a todos, até mesmo eu que nunca
acreditava que era possível. Contrariando todas as estatísticas
e crenças limitantes que a galera adora falar aí pela internet.

No próximo ebook vou contar pra vocês minhas experiências


vividas e conhecimentos aprendidos na época de faculdade.

Se de alguma forma esse ebook adicionou algo de positivo no


jeito que você pensa e no modo que você vai se comportar
daqui em diante, devia conhecer o projeto que eu desenvolvi
nos últimos anos chamado PROJETO ALUNO ALFA.

O projeto Aluno Alfa é um curso online que vai te ajudar a criar


uma imagem social respeitada no ambiente escolar e
faculdade.

São vídeos temáticos que te ensinarão os segredos de


socializar e fazer mais amizades, estratégias para conquistar
as mulheres e dicas para impor sua liderança. Tudo que eu
aprendi ao longo da escola, somado ao conhecimento que
adquiri no meu tempo de faculdade resumido para que você
entenda as regras do jogo a tempo de aproveitar a melhor fase
da sua vida.

Ao se inscrever no projeto Aluno Alfa, você terá acesso a uma


plataforma exclusiva com os 3 módulos de vídeos.
O primeiro é totalmente focado em uma mudança interna e
preparação da sua personalidade para encarar da melhor
forma possível a mudança que eu proponho. Nesse módulo
apresento um conteúdo com noções avançadas de como
encarar os medos, traumas e qualquer coisa que atrapalhe seu
desenvolvimento como timidez e ansiedade. Além disso falo de
autoconfiança e inteligência emocional, postura e comunicação
específicas para o ambiente de escola e faculdade.

O segundo módulo é voltado para dicas de comportamento e


postura para melhorar seus resultados sociais no quesito fazer
amizades e conquistar pessoas no ambiente de escola e
faculdade. Eu ensino o ciclo de interação social, como fazer
para aumentar sua popularidade, dicas de como quebrar o
gelo, executar com sucesso a arte da sedução nesses
ambientes e os erros mais comuns que as pessoas cometem.

O terceiro módulo é bastante focado na sedução e possui


dicas valiosas de como você pode agir para se tornar
naturalmente sedutor e combinam perfeitamente com o
ambiente de escola e faculdade. Cada vídeo vai te apresentar
uma série de características que atraem naturalmente as
pessoas, o jeito certo de usá-las.

O projeto Alfa ainda possui um módulo bônus, com dicas de


como implementar sua imagem online, dicas de moda e estilo
masculino, dicas de como realizar as melhores festas e vídeos
com as melhores histórias minhas e de outros coaches e
especialistas do youtube em suas respectivas épocas de
escola e faculdade.
O projeto Aluno Alfa foi desenvolvido nos últimos anos com
muito trabalho, e teve acompanhamento de profissionais de
outros canais e análise de psicólogos. Ele é hospedado em um
site de alta tecnologia que possui proteção contra pirataria, e
controle de acesso, ou seja. Ao adquirir o curso o próprio site
vai te enviar os dados de acesso. Por todas essas vantagens o
projeto possui um custo para inscrição, que é pago apenas
UMA VEZ​ através de boleto ou cartão de crédito.

O projeto possui ​vagas limitadas e as inscrições estarão


abertas ​SOMENTE no período das férias, pois isso faz parte
da estratégia e metodologia adotada no curso que vão
impulsionar seus resultados.

Além disso o aluno fará parte de um grupo exclusivo nas redes


sociais onde ele poderá tirar dúvidas diretamente com o
Vicente Fawkes (Nerd Sedutor) e compartilhar suas
experiências com os demais alunos do curso.

Mais informações acesse nosso site: ​www.nerdsedutor.com


ou entre em contato conosco através do endereço de
Email ​projetoalunoalfa@gmail.com
Você também pode entrar em contato conosco através do
nosso whatsapp (48) 988497633 ou acesse nosso projeto no
link: ​https://sou.superboss.com.br/nerdsedutoralunoalfa/

TE VEJO NA TURMA DE ALUNOS DO PROJETO ALUNO ALFA

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