Você está na página 1de 46

REDES INDUSTRIAIS

PROF. ME. BRUNO DE ALMEIDA LARÊDO


Presidente da Mantenedora
Ricardo Benedito Oliveira
Reitor:
Dr. Roberto Cezar de Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Gisele Colombari Gomes
Diretora de Ensino
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Edson Dias Vieira
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Camila Cristiane Moreschi
Danielly de Oliveira Nascimento
Fernando Sachetti Bomfim
Luana Luciano de Oliveira
Patrícia Garcia Costa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção:
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Fernando Sachetti Bomfim
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

01
DISCIPLINA:
REDES INDUSTRIAIS

INTRODUÇÃO ÀS REDES
DE COMPUTADORES

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................5
1 DEFINIÇÃO DE REDES DE ACORDO COM A LITERATURA......................................................................................6
2 HOST (HOSPEDEIRO)................................................................................................................................................6
3 NÓ (NODO)..................................................................................................................................................................6
4 THROUGHPUT E LOOPBACK..................................................................................................................................... 7
5 MULTICAST E BROADCAST....................................................................................................................................... 7
6 TIPOS DE REDES DE COMPUTADORES................................................................................................................... 7
7 LAN E WLAN...............................................................................................................................................................8
8 MAN.............................................................................................................................................................................9
9 WAN............................................................................................................................................................................9

WWW.UNINGA.BR 3
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

10 ISO............................................................................................................................................................................ 10
11 ABNT.......................................................................................................................................................................... 10
12 ANSI.......................................................................................................................................................................... 10
13 IEEE........................................................................................................................................................................... 11
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................ 14

WWW.UNINGA.BR 4
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO

A Unidade 1 apresenta a conceituação sobre redes de computadores com base na literatura


existente nas áreas do conhecimento em questão, bem como discute a definição de alguns termos
essenciais ao dia a dia de profissionais que atuam no segmento de tecnologia da informação
(doravante, TI).
A segunda parte da unidade traz exemplos de redes, quando se pontuam os casos LAN,
WLAN, MAN e WAN. Trata-se das principais classificações de redes, e é a partir do entendimento
desses pontos que se pode começar a estudar outros tipos de classificações, nas quais se encontram
variações de muitos termos.
Ao fim da unidade, explana-se sobre os órgãos destinados a regulamentar as comunicações
em redes de computadores. Destacam-se a importância do papel de normatização da ISO,
ABNT, ANSI e IEEE, esta última de grande importância no cenário dos segmentos de TI e
telecomunicações.
Para início dos estudos acerca de redes de computadores, primeiramente introduz-se a
conceituação do tema a partir das perspectivas encontradas em literaturas muito difundidas no
meio; depois, apresentam-se algumas características básicas de estruturas componentes de redes.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1

WWW.UNINGA.BR 5
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 DEFINIÇÃO DE REDES DE ACORDO COM A LITERATURA

Em Barreto, Zanin e Saraiva (2018), o conceito de rede de computadores consiste no


conjunto de dispositivos que oferecem compartilhamento de recursos e troca de informação
entre máquinas. A Internet é o maior exemplo de rede de computadores, contando com mais de 1
bilhão de usuários conectados por meio de interconexão cabeada e não cabeada (wireless).
Em Forouzan (2009), a definição de rede de computadores está relacionada à comunicação
de dados entre computadores, mídias e dispositivos de rede. A composição principal das redes
consiste nos eixos LAN e WAN, os quais detêm diferentes características para aplicações distintas.
Sendo assim, a Internet é o conjunto de ambos os casos de LAN e WAN, interconectados entre si.
Em Mendes (2015), a caracterização de redes de computadores é introduzida como a
forma padrão de interligar computadores para o compartilhamento de recursos físicos ou lógicos,
tais como CD-ROM, diretórios do disco rígido, modems, ONUs GPON, impressoras, scanners,
dentre outros.
Em suma, redes de computadores são a combinação de dispositivos, de redes e subredes
entre si, misturando tanto o mundo físico de hardware quanto o lógico dos softwares. Dessa forma,
continuaremos os estudos em relação às redes, apresentando características e peculiaridades de
cada classificação ao longo da Unidade 1.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


2 HOST (HOSPEDEIRO)

A Internet é a rede mundial de computadores que conecta ferramentas computacionais no


mundo todo, incluindo computadores pessoais, estações de trabalho ou servidores, onde ocorre
o armazenamento e troca de dados, tais como páginas do navegador Web, arquivos de áudio
e vídeo, bem como a troca de mensagens eletrônicas. Todos esses dispositivos são conhecidos
como hosts ou sistemas terminais (CANTÚN, 2003).
Host, de origem da língua inglesa, significa hospedeiro. Em informática, o termo é
empregado para designar qualquer dispositivo ou computador que esteja ligado a uma rede de
computadores. Eles são identificados assim, porque executam (rodam) aplicações que usamos no
dia a dia, como as citadas anteriormente.

3 NÓ (NODO)

Um nó, ou nodo, representa cada ponto de conexão realizada entre estruturas de redes,
seja qual for a função desempenhada pelo equipamento que o representa. Em Pinto (2010), é
desenvolvida uma plataforma ARM7 para realizar o nó em uma rede. Para tanto, elaborou-se um
firmware para a integração de dispositivos em uma rede CANopen, com validação por meio de
uma interface de mesmo protocolo.

WWW.UNINGA.BR 6
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

4 THROUGHPUT E LOOPBACK

O throughput diz respeito à capacidade de transferência de dados que pode ser trafegada
em uma rede; em outras palavras, é mais bem compreendido como a taxa de transferência efetiva
de um sistema. Ao tomar como exemplo uma rede de roteadores, essa taxa, muito provavelmente,
é menor do que o valor dos dados de entrada do sistema, pois, ao longo da extensão da rede,
ocorrem perdas nos processos de comunicação de dados.
O loopback está associado ao canal de comunicação com um destino somente, no qual a
transferência de dados de qualquer tipo é instantaneamente recebida pelo próprio canal, ou seja,
trata-se de um teste de conexão para troca de dados, que atesta, ou não, a rede como operável.

5 MULTICAST E BROADCAST

À simples entrega de dados a determinado ponto de rede chamamos de ocorrência de


um processo ponto a ponto, ou de unicast. Já o multicast se preocupa em realizar a comunicação
do modo mais eficiente possível, simultaneamente para mais de um destinatário da rede, em que
o tráfego de dados é realizado por um link uma única vez, e a sua duplicação só pode acontecer

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


quando as mensagens aos destinatários se dividem.
O termo broadcast, em rede de computadores, é empregado para designar dada entrega
de informação, quando o processo ocorre simultaneamente para todos os pontos de uma rede,
ou seja, quando a mensagem está sendo enviada para grande quantidade de receptores ao mesmo
tempo.
Um cenário que ajuda a compreender melhor o conceito de broadcast usado em informática
é observar o mesmo termo quando adotado na área de radiodifusão de sons e imagens, por
exemplo, de transmissões de rádio e televisão. Isso pode ilustrar uma definição bem simples sobre
o assunto.

6 TIPOS DE REDES DE COMPUTADORES

A segunda parte da unidade é destinada à discussão dos conceitos em torno das


principais classificações de redes de computadores. São elas as redes LAN, WLAN, MAN e
WAN. As ilustrações deste tópico são didáticas e exemplificam cada cenário, sendo assim, foram
elaboradas para indicar o conceito de cada classificação e não se atentam a especificações, por
exemplo, de recursos de segurança e interoperabilidade entre diferentes serviços, essenciais em
implementações de ambientes reais de aplicação.

WWW.UNINGA.BR 7
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

7 LAN E WLAN

LAN é o acrônimo de Local Area Networking. É a rede local, implementada em cenários de


rede de computadores de escritórios, residências, hotéis, cafeterias e laboratórios de informática,
por exemplo. O conceito consiste em fisicamente cobrir uma área limitada de acessos à rede, com
o objetivo de troca de informação de acordo com a finalidade da implementação do usuário.
A WLAN é um caso à parte da LAN e corresponde à distribuição dos dispositivos da rede
local por meio de conexão sem fios. É por conta desse fato que surge a palavra wireless associada
à LAN, quando passa a ser designada, por extensão, como Wireless Local Area Networking, ou
simplesmente como WLAN.
A Figura 1 ilustra o conceito de uma rede LAN de um ambiente comercial de um escritório,
no qual é possível visualizar a definição na forma de um diagrama. A Figura 2 representa um
exemplo de rede WLAN empregada em um ambiente doméstico. Trata-se de um cenário que
pode ser facilmente encontrado dentro de residências.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


Figura 1 - Diagrama de uma rede LAN. Fonte: O autor.

Figura 2 - Diagrama de uma rede WLAN. Fonte: O autor.

WWW.UNINGA.BR 8
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

8 MAN

MAN é o acrônimo de Metropolitan Area Networking. É a rede de conexão de serviços


computacionais de uma região metropolitana, à qual se podem interligar redes locais distintas por
meio dos serviços oferecidos por uma operadora de telecomunicações local. Em outras palavras,
é o contexto no qual se enquadra a comunicação entre diferentes LANs/WLANs.
A Figura 3 traduz a rede MAN por meio de um diagrama que indica a interconexão entre
redes LANs/WLANs. A ilustração permite enxergar que a viabilidade do compartilhamento dos
recursos computacionais é proporcionada por meio de operadoras de telecomunicações que
atuam comercialmente dentro de dada localidade.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


Figura 3 - Diagrama de uma rede MAN. Fonte: O autor.

9 WAN

WAN é o acrônimo de Wide Area Networking, a qual está relacionada à rede de conexões
de longas distâncias, por exemplo, entre diferentes MANs. Sendo assim, pode prover a ligação
entre diferentes redes de computadores de cidades, estados e até países. A Figura 4 traz um
diagrama de uma rede WAN, indicando, também, a necessidade de um provedor de serviços de
telecomunicações para a execução de serviços de troca de dados entre as redes.

Figura 4 - Diagrama de uma rede WAN. Fonte: O autor.

WWW.UNINGA.BR 9
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Em Tenenbaum (2003), é evidenciada a necessidade de padronização nos processos de


comunicação entre redes. Tal fato ocorre devido, por exemplo e tecnicamente, à existência de
grande quantidade de fabricantes de determinado componente computacional, assim, exigindo-
se interoperabilidade de funcionamento entre equipamentos, bem como por questões de mercado,
em que se estimula a produção em massa e o surgimento de oportunidades para concorrência
de produtos de marcas diferentes. Os próximos tópicos trazem as principais entidades de
padronização das áreas de redes.

10 ISO

ISO é o acrônimo de International Standards Organization. É uma organização não


governamental, voluntária e independente, voltada à padronização de processos e sistemas. O
termo ISO é empregado mundialmente, e sua origem é grega, da palavra isos, a qual significa
“igual”. Adota-se a tradução equivalente na língua portuguesa como Organização para Padrões
Internacionais. A ISO foi fundada em 1946 na cidade de Londres, no Reino Unido. As operações
da instituição, oficialmente, tiveram início no segundo ano, em 1947. Atualmente, é formada
por um corpo de padronização técnica de 167 entidades de diferentes nacionalidades. A ABNT
exerce a representação brasileira na ISO, bem como a ANSI para os norte-americanos.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


As quatro partes da recomendação ISO - 7498, da qual trata a definição para o modelo de
referência OSI, passaram, a partir do final da década de 1980, a ser um único documento, o qual diz
respeito à referência de comunicação entre redes de computadores heterogêneas (DE CARVALHO;
CUKIERMAN; DA COSTA, 2012). Dessa forma, o Open System Interconnection pode ser classificado
em sete níveis de camadas: física, enlace, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicação.

11 ABNT

ABNT é o acrônimo de Associação Brasileira de Normas Técnicas. É a entidade brasileira


responsável pelas Normas Brasileiras (NBR), promovendo toda a normalização técnica do País.
Foi fundada em setembro de 1940 pelo governo federal da época. É uma instituição privada e
sem fins lucrativos, bem como membro-fundador da ISO. A partir da década de 1950, a ABNT
passou a realizar, também, avaliações de conformidade de produtos e serviços da área do meio
ambiente e, com isso, possui programas que os certificam. Dessa forma, são motivadas a seguir
recomendações técnicas internacionais que validam tais atividades.

12 ANSI

ANSI é o acrônimo de American National Standards Institute. Trata-se da instituição


reguladora norte-americana que representa os Estados Unidos na ISO. É uma organização
privada e sem fins lucrativos, que coordena o sistema de assessoramento de padronização e
conformidade americano. A ANSI foi fundada em 1918 e, desde então, trabalha para que indústria
e governo possam “falar a mesma língua” no que tange à identificação e ao desenvolvimento de
padronizações que estejam em conformidade com órgãos locais e internacionais.

WWW.UNINGA.BR 10
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

13 IEEE

IEEE é o acrônimo de Institute of Electrical and Electronics Engineers. A tradução


equivalente na língua portuguesa é Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos. As raízes
do IEEE remontam ao ano de 1884, no início da II Revolução Industrial, da qual emergiu a
eletricidade no cenário fabril. No entanto, a fundação do instituto que conhecemos hoje como
IEEE ocorreu a partir da integração de duas outras sociedades, a American Institute of Electrical
Engineers - AIEE - e a Institute of Radio Engineers - IRD - em 1963.
Atualmente, o IEEE congrega a maior sociedade técnica profissional do mundo, a qual
está comprometida com a inovação tecnológica em prol da humanidade. É organizada para servir
aos interesses de profissionais envolvidos em áreas STEMs, tais como cientistas, engenheiros e
especialistas de segmentos afins, bem como para contribuir ao desenvolvimento técnico de suas
membresias e à valorização de sua comunidade mundo afora.
O IEEE dispõe de grupos de trabalho, os quais elaboram as padronizações que devem
ser empregadas no desenvolvimento das redes de computadores. Os grupos de padronização do
IEEE mais notáveis pertencem aos comitês IEEE 488, IEEE 802, IEEE 829 e IEEE 1284 (MELO,
2017).
O grupo de estudo IEEE 488 trata do padrão de comunicação digital paralelo a 8 bits. O
IEEE 802 diz respeito à padronização de redes locais e metropolitanas. Já o IEEE 829 trata das

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


documentações para testes de software. Por fim, o IEEE 1284 define a comunicação bidirecional
paralela entre diferentes tipos de dispositivos computacionais (MELO, 2017).
A Unidade 1 foca no comitê IEEE 802, pois traz as normas referentes ao alvo de estudo
deste trabalho, as padronizações de controle de acesso e de camada física de uma rede. O referido
comitê possui subgrupos, nos quais se destacam as ramificações sobre as normatizações: IEEE
802.3 sobre ethernet; IEEE 802.11 sobre redes WLAN; e IEEE 802.15 sobre WPAN (MELO,
2017). A Figura 5 aponta alguns subgrupos de trabalho para as regulamentações componentes
do comitê de trabalho IEEE 802.

Figura 5 - Exemplos de ramificações do grupo de trabalho IEEE 802. Fonte: Melo (2017).

WWW.UNINGA.BR 11
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

WPAN é o acrônimo de Wireless Personal Area Networking, que encontra a


equivalente tradução para língua portuguesa como Rede de Área Pessoal Sem Fio.
Ela consiste na rede de equipamentos sem fio de uso pessoal; em outras palavras,
trata-se da rede de comunicação necessária ao funcionamento de dispositivos
pessoais, tais como eletrônicos transportáveis e vestíveis, que empregam, por
exemplo, ondas de rádio da faixa em que funciona o bluetooth para realizar
a comunicação de dados entre os terminais. Em Rivera (2010), encontra-se a
definição para WPAN, que corrobora com o conceito já apresentado, bem como
realiza uma avaliação de diversas tecnologias candidatas a serem implementadas
em redes WPAN. Por fim, o estudo indica, até então, que as principais alternativas
ao uso de redes WLAN e WPAN são as tecnologias WiFi e bluetooth.

Para mais informações sobre tecnologias que estão em


desenvolvimento com base na padronização IEEE 802.15.7 de

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1


2018, recomenda-se a leitura de um trabalho de pesquisa publicado
em um congresso de iniciação científica de uma instituição de
ensino no Brasil. Trata-se de um trabalho no qual se desenvolveu
e se implementou um sistema de comunicação ótica por câmera
(OCC). O conteúdo indicado auxilia (e muito!) no entendimento das possibilidades
de aplicação da regulamentação IEEE em questão. Leia: ALVES, M. F.; XIMENES, L.
R. Desenvolvimento de um esquema simplificado de recepção do Optical Camera
Communications (OCC) usando dispositivos Android. XXIX Congresso de Iniciação
Científica da Unicamp. 2021.
O material está disponível em: https://www.prp.unicamp.br/inscricao-congresso/
resumos/2021P18983A36462O5218.pdf.

Para conhecer mais do estado da arte em aplicações de redes de


comunicação WLAN/WPAN, assista ao vídeo sobre a tecnologia
LiFi, no qual se constata a versatilidade do uso tanto de sinais de
rádio como de sinais de luz para a realização da comunicação de
dados. O conteúdo está em língua inglesa, no entanto, é possível
fazer a tradução por recursos da própria plataforma.
O vídeo é 6G Optical Communication - Visible Light Communication Demo. Após
assistir ao vídeo, você compreenderá a importância do papel das entidades de
padronização no que tange às especificações para interoperabilidade entre
equipamentos de redes de comunicação.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=aJLUwekle9k.

WWW.UNINGA.BR 12
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A relação humana com a tecnologia é cada vez mais intensa. O mercado busca
incessantemente por inovação tecnológica que atenda aos novos comportamentos
dos consumidores. Portanto, exige-se mais infraestrutura de rede para suporte
da alta demanda no consumo dos recursos computacionais dos sistemas de
comunicação.
As possibilidades de se explorarem novas formas de satisfazer ao público
consumidor a partir da padronização IEEE 802.15.7 são inúmeras. Essa
normatização cuida das especificações para o desenvolvimento de tecnologias
que usam o espectro de luz como meio de comunicação de dados. A adoção de
redes de comunicação por meio da luz é complementar aos sistemas, já bem
difundidos, que adotam o espectro eletromagnético de radiocomunicação (RF).
O espectro de luz é amplo e pouco explorado, bem como livre de licenciamento
(pelo menos ainda). Muitas tecnologias estão sendo desenvolvidas com a
padronização do IEEE sobre o assunto, tais como sistemas de comunicação ótica
sem fio de VLC, LiFi, OCC, FSOC e LiDAR.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1

WWW.UNINGA.BR 13
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo da Unidade 1, discutiu-se acerca das definições de redes de computadores


encontradas na literatura. Depois, classificaram-se os principais tipos de redes: LAN, WLAN,
MAN e WAN. Dessa forma, podemos avançar no nosso conteúdo.
Abordou-se o compromisso das instituições internacionais de padronização na definição
das especificações técnicas para emprego do funcionamento interoperável de equipamentos e
sistemas. Nesse contexto, destacamos o IEEE devido a suas muitas contribuições às normatizações
que envolvem redes de comunicação.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 1

WWW.UNINGA.BR 14
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

02
DISCIPLINA:
REDES INDUSTRIAIS

MODELOS DE REFERÊNCIA
OSI E TCP/IP

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................ 16
1 HARDWARE................................................................................................................................................................ 17
2 SOFTWARE................................................................................................................................................................ 17
3 ARQUITETURA OSI.................................................................................................................................................... 18
4 ARQUITETURA TCP/IP............................................................................................................................................. 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................23

WWW.UNINGA.BR 15
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO

A Unidade 2 apresenta primeiramente a conceituação sobre hardware e software. Explora-


se a composição fundamental de um computador, como o gabinete, disco rígido e periféricos,
bem como o contexto dos softwares que possibilitam a interação homem/máquina.
A segunda parte da unidade traz o modelo de referência OSI, o qual emergiu em 1970
a partir de iniciativa da ISO. A unidade trata de cada camada dessa arquitetura e complementa
o entendimento acerca do início das discussões realizadas nesta, bem como indica, por meio de
uma ilustração, a pilha de níveis hierárquicos do referido modelo.
Por fim, explana-se sobre a arquitetura TCP/IP, que também é conhecida como modelo
de referência Internet. Discute-se sobre cada nível de sua pilha de conexões e apresenta-se uma
ilustração por meio da qual se pode fazer uma analogia entre as funcionalidades dos níveis com
o caso do modelo OSI.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2

WWW.UNINGA.BR 16
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 HARDWARE

O hardware de um computador pessoal consiste basicamente na infraestrutura física que


proporciona acesso às aplicações por meio das quais se desempenha qualquer uma de nossas
atividades, por exemplo, escrever um texto em um aplicativo de edição ortográfica.
Os componentes essenciais de hardware dizem respeito ao gabinete, ao qual se conectam
várias partes do computador, como os periféricos de mouse, teclado, impressora e caixas de som,
bem como a placa-mãe, o processador e o HD do dispositivo. Não se deve esquecer de que a
alimentação elétrica também é conectada ao gabinete (OKCONCURSOS, 2022).
O processador é um hardware acoplado à placa-mãe, a qual consiste em uma pequena
estrutura capaz de realizar o controle de todas as demandas de ações por parte do usuário.
Sua potência está ligada diretamente com a capacidade de desempenhar bem as requisições de
atividades.
As memórias RAM são utilizadas no momento da execução de uma atividade, por
exemplo, quando se está trabalhando em uma aplicação de edição de texto, a memória RAM
está em operação durante todo o tempo de execução do trabalho, até que o operador encerre o
aplicativo (ALVES; XIMENES, 2021). No caso de memórias EEPROM, o trabalho é simultâneo
ao de RAMs. Quando a aplicação é encerrada abruptamente (por exemplo, por falta de energia
elétrica que a alimenta), os dados produzidos não são perdidos. A informação contida nesse tipo

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


de memória só pode ser apagada eletronicamente (DOS JUNIOR; SANTOS; KISLANSKY, 2018).
Em redes de computadores, os hardwares que podem ser encontrados podem consistir
nos cabeamentos empregados nas conexões das redes, bem como em elementos que integram
hubs, repetidores e bridges. Em um switch, a configuração de rede pode ser implementada para
que somente o computador que solicitou uma informação receba dados a partir de determinada
porta desse equipamento.
O principal papel de um roteador no contexto de redes é, de maneira inteligente, organizar
o tráfego de dados. Sendo assim, o roteador seleciona o melhor caminho para a passagem de
informação. O modem adapta o sinal que chega da operadora de serviços de telecomunicações
para que seja possível acontecer a comunicação nos sistemas (OKCONCURSOS, 2022).

2 SOFTWARE

O software em computadores são os programas necessários para que uma determinada


requisição por parte do operador seja atendida. Conforme mencionado no tópico anterior, ele
funciona de maneira associada ao hardware. No exemplo da edição de texto, ele pode ser o Word,
da Microsoft, o qual é usado para edição de trabalho no formato de texto.
O sistema operacional é outro grande exemplo de software. Ele é desenvolvido para
executar todas as demandas de interações com o usuário, bem como serve de base para suporte
de outros softwares, como o já mencionado Word e de outros tipos, tais como softwares utilitários
que desempenham funções adicionais às do sistema operacional, como os antivírus, winzip e
aplicativos de desfragmentação de unidades de discos rígidos (OKCONCURSOS, 2022).
A arquitetura de rede é composta pelo conjunto da parte física e lógica de um sistema, o
qual se baseia em níveis de camadas e protocolos. As redes se organizam por níveis hierárquicos.
Sendo assim, mantém-se comunicação com níveis adjacentes, bem como com camadas de
diferentes máquinas por meio de protocolos de camadas.

WWW.UNINGA.BR 17
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Os protocolos de comunicação podem ser compreendidos como códigos e padrões de


interlocução executados em diferentes dispositivos, com possibilidade de interação entre hardware
e software. Portanto, existe grande quantidade de protocolos de comunicação disponíveis no
mercado. Ao navegarmos em páginas da Web, sempre estamos exigindo do computador que ele
realize uma série de procedimentos que viabilizem a conexão com os sites por meio de protocolos
de comunicação.

3 ARQUITETURA OSI

O modelo de referência OSI emergiu na década de 1970 a partir da iniciativa da ISO para
padronização de um sistema interoperável entre hardware e software de fabricantes diferentes;
daí o nome de Open System Interconnection - OSI -, que, na tradução para o português, equivale
a sistema aberto de interconexão (MAIA, 2013).
Deve-se criar uma camada onde houver necessidade, de mais um nível de relação.
Sendo assim, cada nível executa uma determinada função, sempre observando os critérios de
padronização internacionais. O limiar das camadas deve refletir a redução do fluxo de informação
nas interfaces (TENENBAUM, 2003). A arquitetura OSI é composta por sete camadas. A Figura
1 ilustra a pilha hierárquica do modelo.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


Figura 1 - As sete camadas do Modelo de Referência OSI. Fonte: Maia (2013).

A camada física representa a interface com o meio de transmissão, de multiplexação, de


sincronização de tráfego de informação dentro da rede (MAIA, 2013). Trata da transferência
de bits brutos por canal de comunicação, a qual deve garantir que, por exemplo, determinada
emissão de bit 1 seja devidamente recebida na recepção e que ocorra, da mesma maneira, para
um bit 0 envidado (TENENBAUM, 2003).
O nível de enlace é responsável pela detecção e tratamento de erros, controle de fluxo,
bem como controle de acesso ao meio (MAIA, 2013). Para que se mantenha a qualidade da
comunicação, é desejável que o canal de comunicação (com ou sem fio) por onde trafegam os
dados brutos seja livre de erros de transmissão.

WWW.UNINGA.BR 18
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Já na camada de rede é onde ocorrem o roteamento e o controle de congestionamento,


assim como endereçamento, fragmentação e controle de qualidade do serviço (MAIA, 2013).
Essa camada detém o controle da camada de sub-rede, onde ocorre grande quantidade de
pacotes circulando no referido nível simultaneamente. O roteamento deve ser realizado o mais
eficientemente possível para que, assim, garanta o atendimento da demanda de tráfego de sinal
no meio (TENENBAUM, 2003).
A seção de transporte corresponde ao início e término das ligações lógicas e controle de
fluxo fim a fim, ou seja, da comunicação fim a fim (MAIA, 2013). Ocorrem interações de dados
com as camadas adjacentes, nas quais um fluxo de informação, com origem na hierarquia de
sessão, alcança a camada de rede por meio do repasse de pacotes de mensagens viabilizado pelo
nível de transporte (TENENBAUM, 2003).
Já no nível de sessão, ocorre a integração com o sistema operacional, em que se observa
comportamento equivalente à interação entre software de rede e sistema operacional (MAIA,
2013). Dentre os vários serviços proporcionados por essa camada, vale destacar que é essa estrutura
que permite o estabelecimento de sessões entre usuários de diferentes máquinas (TENENBAUM,
2003).
A camada de apresentação é destinada a oferecer suporte a serviços de compatibilidade
e formatação de dados (MAIA, 2013). Esse nível hierárquico não está preocupado somente com
a troca de dados entre camadas, mas se importa com a sintaxe e a semântica das informações
transmitidas, permitindo, assim, o intercâmbio entre estruturas de dados de níveis mais altos,

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


como o que ocorre em registros bancários (TENENBAUM, 2003).
Por fim, o nível de aplicação está relacionado às interfaces que interagem com os usuários,
tais como serviços de e-mail e mensagens instantâneas (MAIA, 2013). Essa camada é regida por
protocolos de aplicações, que possibilitam a transferência de arquivos nos exemplos mencionados
anteriormente, e pelo HTTP (HyperText Transfer Protocol), que compõe os fundamentos para
uso de navegadores Web, o World Wide Web (www).
Alguns motivos esclarecem por que o modelo OSI não prevaleceu. A primeira razão
diz respeito às questões ligadas ao avanço e predomínio no modelo Internet; outro fato está
relacionado à complexidade de sua arquitetura, o que motivou o mercado a procurar, ainda mais,
o Modelo de Referência Internet (MAIA, 2013).

4 ARQUITETURA TCP/IP

O modelo de referência TCP/IP, mais conhecido como Internet, é uma evolução da


ARPANET, que é considerada a avó das redes de computadores geograficamente distribuídas
(TENENBAUM, 2003). O modelo Internet emergiu com o objetivo de realizar a comunicação
entre redes e sistemas heterogêneos, empregando a estratégia de comutação por pacotes (MAIA,
2013).
A grande preocupação do Modelo Internet, nas suas origens, era de assegurar a
disponibilidade da rede, mesmo que um elemento componente de sua estrutura deixasse de
operar. Esse contexto foi atrelado a questões de segurança às quais o departamento de defesa dos
Estados Unidos se atentou no momento de sua conceituação. Atualmente, o modelo vem sendo
aprimorado para que possa atender aos novos comportamentos dos usuários (MAIA, 2013).
Em Tenenbaum (2003), fica claro que ocorre a comutação de pacotes no modelo de
referência em questão a partir de uma camada de interligação de redes sem conexão direta. Trata-
se da inter-rede, a qual se refere à comunicação entre níveis hierárquicos do modelo TCP/IP
diferentes.

WWW.UNINGA.BR 19
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A camada de inter-redes é compreendida por ambos os formatos de pacotes oficiais e pelo


protocolo Internet (Internet Protocol - IP). A inter-redes atribui os protocolos IPs onde eles são
necessários, bem como se comporta de maneira equivalente à camada de redes do modelo OSI, já
que faz todo o tratamento para o devido roteamento de pacotes (TENENBAUM, 2003). A Figura
2 traz um comparativo entre os dois modelos estudados.
A camada de acesso à rede do modelo de referência TCP/IP é equivalente às camadas
física e de enlace do modelo OSI. O primeiro nível hierárquico Internet executa a conexão do host
à rede (MAIA, 2013). A arquitetura TCP/IP não define nenhum padrão de comunicação para
essa camada. No entanto, exige que sejam enviados pacotes IP por ela (TENENBAUM, 2003).
Sendo assim, essa questão possibilita a utilização de qualquer tecnologia de acesso.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


Figura 2 - Comparativo entre os modelos Internet e OSI. Fonte: Adaptado de Maia (2013).

O protocolo IP é um dos mais empregados na camada de rede e um dos principais do


modelo Internet. Ele atua no endereçamento, roteamento e fragmentação de dados. Outros
protocolos podem ser implementados na camada equivalente de rede do modelo de referência
Internet, sendo eles: ICMP, IGMP, RIP e OSPF (MAIA, 2013).
No segundo nível hierárquico, a Internet tem por finalidade o encaminhamento de pacotes,
não observando a exigência de relação entre origem e destino para que ocorra determinada
transmissão de dados. Portanto, não oferece garantias de que a informação transmitida será
recebida, bem como não evita erros de sincronia e duplicação de dados enviados (MAIA, 2013).
A terceira camada do modelo em questão é a de transporte, a qual pode ser designada
também como de camada host-to-host, ou fim a fim, porque diz respeito à comunicação entre host
de origem e host de destino. Esse nível hierárquico proporciona uma interface de programação
simplificada ao desenvolvimento de novas aplicações (MAIA, 2013).
O nível de transporte possui dois protocolos de comunicação. São eles: TCP, que significa
protocolo de controle de transmissão (transmission control protocol), no qual se garantem o envio e
a sincronia da informação encaminhada pelo emissor; UDP, que significa protocolo de datagrama
de usuário (user datagram protocol) e não apresenta as mesmas característica de confiabilidade do
caso TCP (MAIA, 2013).
A camada de aplicação é que interage com os usuários e suas aplicações. As características
dos protocolos do nível de transporte, TCP e UDP, podem ser empregadas no nível de aplicação,
bem como os seguintes exemplos: HTTP, FTP, SMTP, Telnet, DNS e SNMP (MAIA, 2013).

WWW.UNINGA.BR 20
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

O início dos grupos de trabalho do IEEE 802 data de 1980. Como já vimos, ele trata
da padronização para redes locais e metropolitanas. Essas normatizações IEEE se
preocupam com questões envolvendo a regulamentação para o desenvolvimento
das camadas física e de enlace e de suas respectivas equivalências, de acordo
com o modelo de referência.
Em suma, a arquitetura Internet é compreendida pelo modelo IEEE 802, e ambos
são reconhecidos pela ISO e suportados pelo modelo OSI. A Figura 3 traz a
imagem comparativa do modelo IEEE 802 em relação a um modelo didático de
cinco camadas.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


Figura 3 - Comparativo entre modelos de cinco camadas e IEEE 802. Fonte: Maia (2013).

Indicamos o livro Redes de Computadores - Guia Total, no qual


é apresentado um conteúdo complementar ao discutido nesta
unidade. Trata-se de uma obra dedicada ao estudo de redes locais
e remotas, arquitetura TCP/IP, roteadores, endereçamento IP, bem
como traz ilustrações de exemplos práticos e estudos de caso.
A referência completa é: SOUSA, L. B. D. Redes de Computadores -
Guia Total. São Paulo: Editora Saraiva, 2014.

Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536505695.

WWW.UNINGA.BR 21
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Nossa indicação retrata a definição teórica sobre IP, máscara de rede


e gateway. Trata-se de um vídeo que complementa os estudos sobre
redes de computadores, evidenciando como os conceitos podem
ser mais bem compreendidos a partir da correlação com atividades
de operação de equipamentos de informática encontrados em
nosso dia a dia.

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=yLgansF_h1w.

A partir de um modelo de referência didático, é possível ter um embasamento da


composição das principais estruturas necessárias ao desenvolvimento de uma
arquitetura de modelos de referência. O modelo de cinco camadas da Figura 3

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2


ilustra a essência de uma pilha com os seguintes níveis hierárquicos: camada
física, de enlace, de rede, de transporte e de aplicação.
A partir desse layout, é possível criar analogias com muitos outros modelos de
referência já que compreendemos que, em determinadas arquiteturas, algumas
funções são desempenhadas dentro de outros níveis hierárquicos, bem como
algumas atividades são executadas em camadas específicas, dependendo do
modelo de referência em questão.

WWW.UNINGA.BR 22
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Unidade 2 iniciou apresentando a conceituação sobre hardware e software para o


contexto de redes de computadores. Depois, vimos a conceituação do modelo de referência OSI,
no qual se observa cada camada dessa arquitetura, bem como a indicação de uma ilustração
em forma de pilha, em que se pôde ter um maior entendimento acerca da sequência dos níveis
hierárquicos.
Em seguida, vimos a arquitetura TCP/IP, que também é conhecida como modelo de
referência Internet, quando se discutiu sobre cada uma de suas camadas e foi evidenciada a ilustração
da imagem da pilha de conexões dos níveis hierárquicos e da analogia das funcionalidades dos
níveis com o caso do modelo OSI.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 2

WWW.UNINGA.BR 23
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

03
DISCIPLINA:
REDES INDUSTRIAIS

MEIOS FÍSICOS DE
TRANSMISSÃO DE DADOS

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................25
1 TIA/EIA-422...............................................................................................................................................................26
2 TIA/EIA-423...............................................................................................................................................................27
3 TIA/EIA-485..............................................................................................................................................................27
4 TIA/EIA-232...............................................................................................................................................................28
5 PROPAGAÇÃO CONFINADA......................................................................................................................................29
6 PROPAGAÇÃO NÃO CONFINADA.............................................................................................................................30
7 PROPAGAÇÃO POR METAL, VIDRO OU AR............................................................................................................. 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................33

WWW.UNINGA.BR 24
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO

A Unidade 3 apresenta as conceituações sobre os cabeamentos TIA/EIA-422 e TIA/EIA-


423, nos quais é explorada a composição fundamental de cada estrutura, bem como o contexto
em que os mesmos possibilitam a interação do homem com os sistemas da rede.
A segunda parte da unidade traz as interfaces TIA/EIA-485 e TIA/EIA-232. Exploram-
se questões técnicas desses tipos de conexões, e fica evidenciado que tanto a primeira como a
segunda são adequadas a ambientes ruidosos. No entanto, somente a RS-485 é recomendada para
uso em longas distâncias, cerca de até 1.200 metros. Já para a RS-232 recomenda-se a distância
de até 20 metros de conexão.
Por fim, explanar-se-á sobre a propagação confinada e não confinada, também conhecidas,
respectivamente, como propagação guiada e não guiada. Discute-se sobre cada classificação
relacionada à propagação no meio de metal, vidro e ar.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3

WWW.UNINGA.BR 25
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 TIA/EIA-422

O padrão de conectividade física TIA/EIA-422 representa as características elétricas


de circuitos com interface balanceada. Pode-se encontrar o termo na literatura como RS-422.
A estrutura de conexão RS-422 consiste em dois pares trançados, um para a comunicação no
sentido do transmissor e outro para o receptor (KRON, 2022).
A comunicação simultânea entre transmissor e receptor no RS-422 o caracteriza como
full-duplex. Essa comunicação ocorre por meio da diferença entre níveis de tensão de cada par
trançado, na qual é possível identificar a codificação binária a partir da polaridade negativa ou
positiva dessas diferenças.
O nível lógico alto (bit 1) da troca de informações no RS-422 é caracterizado quando a
carga no condutor positivo é maior do que no condutor negativo; o inverso disso caracteriza o
nível lógico baixo (bit 0). Para evitar interferências nesse cenário, é introduzida uma margem de
ruído de ±0,2V (KRON, 2022).
Um comportamento comum em conexões cabeadas entre equipamentos de rede diz
respeito ao tamanho máximo que essas estruturas devem possuir para que o sinal trafegado no
meio não seja degradado. Sugere-se que as interligações sejam curtas, o tanto quanto possível.
A conexão RS-422 é robusta a muitas intempéries do ambiente de instalação e suporta longas
distâncias de cabeamento físico, cerca de até 1200 metros.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


A topologia de rede mais indicada para suportar conexões RS-422 no cenário mencionado
no parágrafo anterior é a Daisy Chain, pois permite que os dispositivos estejam todos conectados
aos condutores da linha principal. Sendo assim, pode-se ter maior controle do ruído que afeta a
comunicação. A Figura 1 ilustra vários tipos de barramentos para a conexão RS-422, indicando-
se quais devem ser evitados, tolerados e recomendados.

Figura 1 - Exemplo de barramentos. Fonte: Kron (2022).

WWW.UNINGA.BR 26
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

2 TIA/EIA-423

A interface física TIA/EIA-423 é usualmente implementada em tecnologias de circuitos


integrados. Apresenta também uma característica que a diferencia da RS-422, que consiste em
possuir somente uma linha de retorno para todos os pinos de dados. No caso do RS-422, cada pino
tem uma linha de retorno. Essa interface pode ser chamada também de RS-423 (STRINGFIXER,
2022).
A conexão TIA/EIA-423 emprega sinais balanceados e não balanceados, nos quais um
único transmissor pode ter até dez receptores, assim como ilustra a Figura 2. O TTL IN é o
transmissor, e as outras 10 RECEIVERS TTL se comportam como as saídas.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


Figura 2 - Interface RS-423 com transmissor e receptores. Fonte: Adaptado de Axelson (2007).

A seguir, continuaremos a explicação sobre as características das interfaces TIA/EIA.


Abranger-se-ão, agora, os aspectos técnicos das interfaces físicas RS-485 e RS-232, as quais são
também empregadas para transmissão de dados a longas distâncias e em ambientes ruidosos.

3 TIA/EIA-485

Em um primeiro momento, a interface TIA/EIA-485 pode ser igual a RS-422. No entanto,


são distintas em suas especificações técnicas, por exemplo, em suas características de conexões
elétricas, as quais são compatíveis e conseguem funcionar interoperavelmente.
A TIA/EIA-485 pode ser notada também como RS-485, a qual apresenta topologia com
operação de multiponto digital balanceado, o que não pode acontecer no caso das interfaces RS-
422. Na TIA/EIA-485, é possível emitir pacotes de dados somente uma vez por driver (comunicação
half-duplex) e até 32 unidades de carregamento na fila.
A Figura 3 ilustra um projeto RS-485. Em uma possível comunicação entre o driver 1 (D1)
e o receptor (R2), o primeiro driver só conseguirá realizar envio de mensagens se nenhum outro
driver estiver enviando informação no momento. No caso do exemplo a seguir, isso só poderá
ocorrer se o driver D3 estiver desabilitado, no sentido de não estar transmitindo informação para
R2.

WWW.UNINGA.BR 27
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Figura 3 - Diagrama de um circuito de interface RS-485. Fonte: Texas Instruments (2010).

4 TIA/EIA-232

A TIA/EIA-232, ou simplesmente RS-232, é uma interface de comunicação serial

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


muito utilizada nas conexões de equipamentos de rede, como em dispositivos periféricos de
computadores. Trata-se de um protocolo de comunicação que emprega níveis de sinais diferentes
de 5V (que são os mais comuns) para que a transmissão de dados ocorra com menos perdas
possíveis (WEIS, 2020).
Recomenda-se, para garantia da correta transmissão de dados, que os cabeamentos das
conexões de RS-232 se estendam até, no máximo, 20 metros. Essas transmissões ocorrem de
maneira assíncrona, e a sincronia deve ocorrer a partir do contato com o sinal de pulso inicial.
Quando as conexões Universal Serial Bus (USB) emergiram, no início da década de 1990,
muito se pensou sobre o fim das conexões seriais digitais RS-232. No entanto, sabe-se que as
interfaces TIA/EIA-232 são excelentes conexões para determinadas atividades no ambiente de
rede, em que interfaces USBs não atendem ou não são recomendadas (AXELSON, 2007).
Uma porta serial de computador permite a transmissão de um dado por vez, sendo que o
termo “serial” está relacionado à adoção de um protocolo de comunicação assíncrona específico
para cada interface, viabilizando, assim, a realização da devida troca de dados entre os meios.
O sinal na interface RS-232 não é balanceado, tendo uma linha dedicada em que a
descarga elétrica pode ser feita em um terra comum (AXELSON, 2007). A imagem da Figura 4
apresenta um exemplo de cabo RS-232 direto, em que é possível evidenciar as conexões diretas
sendo indicadas pelas setas entre os conectores macho e fêmea da interface.

Figura 4 - Cabo direto RS-232. Fonte: Weis (2020).

WWW.UNINGA.BR 28
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Por fim, a seguir continuaremos a abordagem sobre cabeamento de redes de computadores.


A partir de agora, pode-se introduzir uma nova perspectiva em relação às conexões entre os
terminais de acesso às comunicações. Abordam-se as conexões guiadas e não guiadas no contexto
de redes.

5 PROPAGAÇÃO CONFINADA

A propagação de sinais de dados na forma confinada diz respeito à comunicação que é


realizada por meio de cabos, ou seja, a troca de informação se torna possível pelo meio físico do
fio. A palavra confinada está relacionada com a questão de a informação estar mais protegida ou
blindada dentro de um cabo.
Ao seguir o raciocínio do parágrafo anterior, faz sentido ter mais qualidade/ estabilidade
em conexões cabeadas quando navegamos na Web. Essa característica está diretamente relacionada
às maiores taxas de transmissão de dados que podem ser alcançadas quando se reduz o ruído
externo que degrada o sinal que está trafegando no meio confinado.
Para combater as perdas nos meios confinados, é de grande importância que essas
estruturas sejam protegidas das intempéries do meio ruidoso ao qual ela está sendo submetida a
trabalho. Portanto, os cabos devem possuir blindagens, as quais, em algumas situações, possuem

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


várias camadas de materiais de blindagem.
Estruturas condutoras internas dentro dos cabos reforçam a rigidez e a flexibilidade do
cabeamento, proporcionando, assim, um tempo de vida útil mais prolongado e possibilitando um
maior manuseio das estruturas por parte do operador do cabo.
A energia elétrica é um exemplo de propagação confinada. A corrente elétrica que é
proporcionada pelo deslocamento de elétrons no interior do condutor se encontra confinada
dentro do mesmo, ou seja, está armazenada dentro do cabo. Em Ferreira e Hooijen (1995), é
possível identificar que estudos que viabilizam o acesso à Internet por meio da energia elétrica
datam do final do século XX.
O Power Line Communication (PLC) é um tema em desenvolvimento e trata justamente
de tornar a Internet possível por meio do cabeamento elétrico que chega às tomadas. Dessa forma,
indica-se uma grande aplicação de uma estrutura de propagação confinada de energia para a
finalidade de comunicação de dados.
A fibra ótica é outro grande exemplo de propagação de energia confinada, que tem a
finalidade de troca de dados entre terminais. O cabeamento ótico da fibra armazena grande
quantidade de informação, o qual permite altas transferências de dados por meio do feixe de luz
que está confinado dentro do núcleo do condutor cabeado.
A partir dessa discussão sobre propagação de energia confinada, pode-se ter mais clareza
quando se trata de expressões como cabeamento/conexões guiadas e não guiadas.
A seguir, trataremos dos cabeamentos não guiados, ou seja, das conexões que podem ser
realizadas de maneira não confinada.

WWW.UNINGA.BR 29
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

6 PROPAGAÇÃO NÃO CONFINADA

A propagação não confinada está relacionada com a troca de energia/informação não


guiada. Em outras palavras, diz respeito às conexões que são realizadas fisicamente sem cabos, ou
seja, de forma wireless, que é um termo muito utilizado no dia a dia de usuários de equipamentos
de informática.
A comunicação nesses cenários ocorre de maneira equivalente à que acontece no caso das
propagações confinadas. Em situações de conexões não guiadas, a comunicação física entre um
dispositivo transmissor e outro receptor existe, só que, desta vez, sem cabos.
O tráfego de informação em propagações não confinadas ocorre como se existisse um
fio condutor interligando ambos os lados, emissor e receptor. No entanto, a comunicação ocorre
sem fios. O que deve ficar claro é que, fisicamente, a troca de dados existe, tanto que se consegue
realizar comunicação, por exemplo, por meio de redes de satélites, celulares e sistemas de TV.
A energia eletromagnética é um exemplo de propagação não confinada. Pode-se
dizer ainda que ela é irradiada, no sentido da forma pela qual ela é entregue ao receptor de
informação, o que remete a ela ser espalhada. Dessa forma, encontram-se vários tipos de energia
eletromagnética.
O espectro eletromagnético é vasto e percorre desde as ondas eletromagnéticas de rádio,
passa pelas ondas de visíveis e não visíveis de luz até chegar aos raios gama/raios cósmicos. É

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


nesse contexto que se diz existir mais de um tipo de energia eletromagnética.
Com os avanços tecnológicos proporcionados pelas revoluções industriais, muito foi
desenvolvido em relação a sistemas de comunicação que usam o meio de propagação de energia
irradiada, como os já citados sistemas de TV e as comunicações digitais por meio de satélites.
Os sistemas de comunicação celular atuais são grandes exemplos do emprego de
propagação não guiada, os quais ocorrem fisicamente sem fios (ocorre fisicamente pelo ar) a
troca de dados entre transmissor e receptor em determinada faixa do espectro de ondas de rádio.
A comunicação via bluetooth (que pertence à faixa de ondas de rádio) entre periféricos
de mouses, teclados, impressoras, dispositivos vestíveis (como pulseiras, relógios e óculos) e
outros dispositivos de redes de computadores e de IoT também se enquadram na propagação
não confinada.
Além dos vários tipos de energia eletromagnética, a energia acústica se apresenta também
como uma forma de propagação não confinada, na qual o som se propaga em todas as direções
até o alcance de seus receptores, a exemplo do ouvido humano, que interpreta a informação
contida nas ondas de som.

WWW.UNINGA.BR 30
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

7 PROPAGAÇÃO POR METAL, VIDRO OU AR

A propagação de informação por meio de metal, vidro e ar é especificada pelas propagações


dos dois tópicos anteriores, respectivamente, propagação guiada e não guiada. Dessa forma,
apresenta-se a classificação dos tipos de propagação a partir da composição do meio material
condutor. A propagação de informação pode acontecer por meio de metais, como fios de cobre
de par trançado, guias de onda e cabos coaxiais, caracterizando-os como exemplos de condução
confinada. Já no meio que também é confinado, o de vidro, entra a questão da implementação
de cabos de fibra ótica, ou de fibra de vidro, para realizar a propagação de dados pelo meio físico
dos cabos. Por fim, o meio de propagação pelo ar é caracterizado pela informação irradiada ou
propagada por meios não guiados. Em outras palavras, a propagação ocorre fisicamente sem
cabos. A Figura 5 traz uma imagem que ilustra as três situações indicadas.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


Figura 5 - Cenários de propagação de informação por metal, vidro e ar. Fonte: O autor.

A coluna de conteúdo da Figura 5 representa toda a informação/dados que se deseja


enviar por meio das estruturas de acesso contidas dentro da coluna dois, caracterizando a
segunda coluna como o meio pelo qual a informação chega aos dispositivos terminais, que, como
discutido anteriormente, podem ser por meio de metal, vidro ou ar. A terceira coluna recebe o
conteúdo emitido na transmissão e reproduz nos diversos dispositivos.

As cargas elétricas são as fontes dos campos eletromagnéticos (EM) e, se essas


fontes variam com o tempo, as ondas EM se propagam para longe de tais fontes
e, daí, diz-se que ocorreu irradiação. A irradiação pode ser pensada como um
processo de transmissão de energia, sendo obtida com a ajuda de estruturas
condutoras ou dielétricas chamadas de antenas. Segundo Sadiku (2004), a
propagação de ondas eletromagnéticas em meios ilimitados é dita não guiada.
A energia associada à onda se espalha por uma grande área. Essa propagação
de ondas em meios ilimitados é usada pelos serviços de radiodifusão de sons e
imagens (serviços de rádio, TV terrestre e por satélite), nos quais a informação é
transmitida para qualquer pessoa que possa estar interessada em recebê-la.

WWW.UNINGA.BR 31
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A comunicação por meio de ondas do espectro eletromagnético não visível de luz,


especificamente a da faixa pertencente ao infravermelho, é um exemplo relativamente
antigo de propagação não guiada, que acontece no controle remoto que aciona os
televisores. As aplicações envolvendo propagação não guiada são antigas, como dito
anteriormente. A exemplo disso, temos os serviços de radiodifusão de sons (rádio)
e de sons e imagens (TV), os quais ratificam que enviar dados pelo ar, de maneira
irradiada ou sem cabos, não é uma novidade para os dias atuais. A partir da década
de 1970, com a terceira revolução industrial, também chamada de técnico-científica,
a indústria de semicondutores passou a ter grande relevância em um cenário global
em que se pôde explorar a produção de vários dispositivos eletrônicos. Com esse
cenário, o computador pôde ser produzido em escala industrial, ganhando, assim,
popularidade ao longo dos anos. Com a popularização do computador, ganhou-se
acesso à rede mundial de computadores e a consequente popularização da Internet,
o que revolucionou as comunicações e resultou no contexto de globalização de um
mundo conectado que atualmente existe. Voltando ao exemplo da propagação não
guiada realizada pelo LED para conseguir controlar o monitor de TV, motivada pela
revolução, a indústria eletrônica avançou, e muito, e começou-se a empregar diodos

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3


emissores de luz (LED) em sistemas de comunicação não guiada, os quais vêm
sendo estudados para se implementarem soluções tecnológicas que, espera-se,
sejam comuns em um futuro próximo.

Nossa indicação traz um trabalho sobre propagação guiada. Trata-


se de uma tese de Doutorado em que se estudaram vários aspectos
das ondas ultrassonoras guiadas para identificação de defeitos
em placas de alumínio e verificação de soldagens, por exemplo.
A referência é: SANTOS, M. J. S. F. Ondas Ultra-Sonoras Guiadas
na caracterização e Controlo não Destrutivo de Materiais. 2004.
(Doutorado) – Universidade de Coimbra, Portugal, 2004.
Disponível em:
https://eg.uc.pt/bitstream/10316/1975/1/Tese%20Mario%20J%20Santos.pdf

Nossa indicação traz conteúdo sobre um tipo de propagação não


guiada. Trata-se da comunicação não confinada bluetooth, que
ocorre entre os muitos dispositivos eletrônicos que encontramos
atualmente.
Disponível em:
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/12/26/entenda-o-que-
um-rei-da-dinamarca-tem-a-ver-com-a-tecnologia-bluetooth.ghtml.

WWW.UNINGA.BR 32
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Unidade 3 começou definindo as interfaces TIA/EIA-422 e TIA/EIA-423. Depois,


trouxe as conexões TIA/EIA-485 e TIA/EIA-232, explorando-se suas questões técnicas, bem
como evidenciando-se que somente a RS-485 é recomendada para uso em longas distâncias,
cerca de até 1200 metros. Já para a RS-232, recomenda-se a distância de até 20 metros de conexão.
Ao fim, exploraram-se as propagações confinada e não confinada e discutiu-se sobre a
classificação relacionada à propagação no meio de metal, vidro e ar.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 3

WWW.UNINGA.BR 33
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

04
DISCIPLINA:
REDES INDUSTRIAIS

REDES INDUSTRIAIS

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................35
1 REDE FIELDBUS.........................................................................................................................................................36
2 REDES AS-I................................................................................................................................................................36
3 REDES PROFIBUS.....................................................................................................................................................38
4 REDES DEVICENET...................................................................................................................................................39
5 REDE HART................................................................................................................................................................40
6 REDE MODBUS..........................................................................................................................................................40
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................................43

WWW.UNINGA.BR 34
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO

Esta última unidade preocupa-se com a apresentação e a conceituação das principais


características dos protocolos de comunicação dos ambientes industriais. O primeiro tópico
tratará da definição, com base na literatura existente, das redes FIELDBUS e AS-I.
Em seguida, introduzir-se-ão as redes PROFIBUS e DEVICENET. Dessa forma, abordam-
se as classificações mais relevantes desses protocolos de comunicação fabril. Pontuam-se, ainda,
suas origens e estruturas de comunicação.
Explanar-se-á, por fim, a respeito dos protocolos de comunicação HART e MODBUS.
Indica-se a relevância dos dois modelos, com explicações conceituais de suas tecnologias de
comunicação, bem como se citará em quais estruturas físicas (já estudadas em unidades anteriores)
a rede MODBUS pode trafegar dados de comunicação.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4

WWW.UNINGA.BR 35
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 REDE FIELDBUS

As redes industriais de comunicação começaram a surgir no ambiente de automação


fabril em meados da década de 1990, tendo como grande propulsor para o seu desenvolvimento a
questão relacionada à necessidade de superar o atendimento dos serviços que o CLP proporciona
(LUGLI; SANTOS, 2009). Buscaram-se implementar redes de comunicação no chão de fábrica que
atendessem à demanda cada vez maior de solicitações de serviços, bem como fossem de mais simples
implementação e manutenção, haja vista que os cenários com CLP exigem grande quantidade de
cabeamento até a cabine de controle, o que torna o sistema monetariamente mais custoso.
Percebe-se a evolução nos sistemas de comunicação industriais a partir do uso do relé no
meio fabril, passando pelo emprego de CLP, até as atuais estruturas de comunicação das redes
industriais. Os relés e os CLPs ainda são utilizados no meio, contudo, estão associados aos sistemas
de comunicação. Classificam-se as redes industriais de comunicação em três principais estruturas,
sendo elas: nível hierárquico de campo, de controle e de fábrica. Denomina-se o primeiro nível (o
nível de base ou inferior) como o de barramento de campo ou de fieldbus (SEIXAS FILHO, 2007).
A rede fieldbus administra os elementos de automação que atuam em campo, no chão de fábrica.
Esse ambiente é supervisionado pela rede de comunicação em questão. Dessa forma, pode-se
encontrar uma rede de elementos primários e atuadores sendo monitorados pelo sistema.
A Figura 1 indica alguns dispositivos sensores e atuadores empregados em redes fieldbus.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


A mudança do cabeamento antigo (usado para conectar os respectivos elementos da imagem
com seus PLCs) para conexões de rede proporcionou economia, com a redução de manutenções
e a consequente parada na produção da companhia (AGUIRRE et al., 2017).

Figura 1 - Sensores e atuadores fieldbus. Fonte: Adaptado de Aguirre et al. (2017).

2 REDES AS-I

AS-I é o acrônimo para Actuator-Sensor-Interface. Trata-se de uma interface sensor-


atuador, empregada no nível de campo de um sistema de automação fabril. Os elementos primários
(sensores) e atuadores se conectam aos seus respectivos controladores lógico-programáveis
(CLPs) em seu mais alto nível de performance em termos de automação, a um custo monetário
relativamente baixo de implementação (AGUIRRE et al., 2017). As redes industriais surgiram
no intuito de prover mais flexibilidade ao controle de processos de uma indústria, que pudesse
admitir expansões futuras na rede, bem como forma de automação, em nível de campo, alternativa
ao controle centralizado promovido pelo CLP (LUGLI; SANTOS, 2009).

WWW.UNINGA.BR 36
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A estrutura AS-I foi desenvolvida pelo governo alemão e formada a partir de um


projeto composto por iniciativas público-privadas. O projeto foi concluído na década de 1990
e, atualmente, conta com membros internacionais de cerca de 80 (oitenta) países. Dessa forma,
tornou-se o padrão de comunicação para o nível mais baixo de automação encontrado em uma
indústria (AGUIRRE et al., 2017).
Muitos benefícios podem ser encontrados com a utilização da rede AS-I em relação a
sistemas convencionais com CLP. Dentre os modelos de redes existentes, é o que tem menor custo
de implementação, é o mais simples de ser operado e programado pelo projetista da rede. Em
Lugli e Santos (2009), pontuam-se as vantagens da adoção da rede AS-I:

• Menos uso de material de instalação, como cabos, canaletas e suportes de fixação das
estruturas;
• Exigência de menos mão de obra para instalação/implementação e manutenção;
• Menos dispositivos, como módulos de entrada e de saída;
• Mais capacidade de entrada e saída de equipamentos em relação à quantidade de portas
disponíveis no CLP;
• Alta flexibilidade para prováveis expansões;

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


• Mais interoperabilidade com outras estruturas de rede por meio de conversores como
gateways.
A estrutura de comunicação AS-I conecta-se a outras redes de níveis hierárquicos
maiores no objetivo de aumento do tráfego de dados, em termos de quantidade e de velocidade
de informações circulando e sendo monitoradas pelo sistema de comunicação como um todo
(LUGLI; SANTOS, 2009).
A pirâmide da Figura 2 ilustra os níveis hierárquicos de comunicação em redes industriais.
O nível de elementos de campo é indicado na base da estrutura de comunicação, sendo eles
representados pelos sensores e atuadores distribuídos ao longo da rede. O nível mediano consiste
na etapa de controle de processos, no qual podem-se visualizar os procedimentos de produção. O
topo da pirâmide aponta o gerenciamento/supervisão de toda a estrutura do sistema.

Figura 2 - Níveis de comunicação de redes industriais. Fonte: Lugli e Santos (2009).

WWW.UNINGA.BR 37
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A seguir, trataremos das redes de automação industrial PROFIBUS e DEVICENET,


sendo apresentadas suas origens e suas estruturas de comunicação, bem como suas ramificações
encontradas no dia a dia dos ambientes das companhias.

3 REDES PROFIBUS

A rede PROFIBUS é um protocolo de comunicação aberta, voltado para uso no


nível hierárquico de campo. Foi normatizado na Europa pela regulamentação EN 50170, sob
administração de uma entidade composta pelos próprios usuários PROFIBUS (SILVEIRA;
SANTOS, 2009).
A topologia da rede PROFIBUS baseia-se nas camadas 1, 2 e 7, respectivamente, níveis
hierárquicos de camada física, de enlace e aplicação do modelo de referência OSI. Os outros
níveis de estrutura são dispensados devido à simplicidade de relação com o modelo em questão.
Devido à grande adesão, por parte da indústria, ao modelo PROFIBUS, a difusão da
referência foi relevante e alcançou escala de implementação global. Com isso, emergiram algumas
configurações ramificadas ao protocolo, que podem ser encontradas como: Decentralized
Periphery (DP); Fieldbus Message Specification (FMS) e Process Automation (PA).
A primeira ramificação consiste nos periféricos descentralizados (DP), tendo como

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


principal característica o fato de consistir em altas velocidades de transferência de dados. Dessa
forma, prove suporte, fortemente, aos elementos do nível de campo, como sensores e atuadores
(SILVEIRA; SANTOS, 2009).
O segundo tipo de estrutura diz respeito às especificações de mensagens de barramento
(FMS), que têm semelhanças com a topologia do caso DP, bem como oferece flexibilidade de
implementação e suporte à infraestrutura de comunicação complexa e extensa (SILVEIRA;
SANTOS, 2009).
A última referência está relacionada aos processos de automação (PA), permitindo que
a implementação da rede seja realizada por meio de um par de fios comuns, provendo suporte
tanto ao tráfego de dados como à alimentação elétrica da rede (SILVEIRA; SANTOS, 2009).
A Figura 3 traz uma topologia de rede PROFIBUS, na qual se evidencia uma topologia
mestre-escravo. O procedimento token ring é um procedimento de passagem de fichas que ocorre
para o devido revezamento entre estruturas do mestre.

Figura 3 - Topologia mestre-escravo de uma rede PROFIBUS. Fonte: Lima Junior e Cardoso (2011).

WWW.UNINGA.BR 38
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

4 REDES DEVICENET

Os protocolos de comunicação digital para automação industrial vêm sendo propostos


desde o início da década de 1990. É certo que muitos deles encontram-se estabelecidos no
mercado, cumprindo os seus papéis de controle automático de produção e de distribuição de
informação às ferramentas de controle industrial (LUGLI; SANTOS, 2009).
A consolidação do protocolo DeviceNet como ferramenta de comunicação no ambiente
industrial veio por meio do oferecimento de variedades em seus produtos, bem como pela
vantajosa solução técnica de uma rede produtor/consumidor, a qual evita o desgaste do meio
físico condutor, já que se abstém de trocas de sinal desnecessárias.
A rede DeviceNet é organizada por meio de três estruturas, quais sejam: tronco,
terminais e linhas secundárias. Os cabeamentos de tronco e de linhas secundárias viabilizam
a simultaneidade de tráfego de dados e de alimentação elétrica. Dessa forma, os equipamentos
podem ser conectados diretamente ao barramento, bem como a comunicação entre dispositivos
ocorre no mesmo cabo.
Apenas uma rede DeviceNet consegue prover até 64 nós lógicos por meio de conexões
fechadas ou abertas, nas quais se podem trafegar taxas de dados entre 125 kbps e 500 kbps
(selecionáveis), dependendo do tamanho da rede. O Quadro 1 traz as principais características
do protocolo DeviceNet (LUGLI; SANTOS, 2009).

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


Quadro 1 - Características e funcionalidades DeviceNet. Fonte: Lugli e Santos (2009).

O protocolo DeviceNet é baseado no modelo de referência OSI, o qual tem uma estrutura
de natureza hierárquica. Os protocolos que tomam como base esse modelo apresentam tudo o
que seja necessário para que se tenham condições da implementação física e lógica do protocolo.
A camada física para o protocolo DeviceNet consiste nas seguintes ferramentas: transceiver,
conector, circuito de proteção contra desconexão, regulador e isolação ótica (opcional). O
transceiver é o dispositivo físico que provê tanto transmissão quanto recepção de sinais CAN, de
fora e de dentro da rede (LUGLI; SANTOS, 2009).
Esquemas com dispositivos de camada física isolados e não isolados podem ser
desenvolvidos em uma rede DeviceNet. Dessa forma, podem-se projetar cenários optoisolados,
nos quais dispositivos alimentados por meio de fontes externas possam compartilhar o mesmo
cabo de barramento.

WWW.UNINGA.BR 39
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A estrutura de rede DeviceNet suporta grande variedade de conectores para cabos, os


quais podem ser selados ou não. Um tipo de conector selado é o mini style (plugue grande); outro
tipo com conector pequeno é o micro style. Para projetos que não necessitam de conexão selada,
podem-se empregar os open style (LUGLI; SANTOS, 2009).
A seguir, apresentaremos os protocolos para comunicação industrial HART e MODBUS,
evidenciando suas principais características.

5 REDE HART

Hart é o acrônimo para Highway Addressable Remote Transducer, um protocolo de


comunicação para automação industrial introduzido por Fisher Rosemont, em 1980. A fundação
do primeiro grupo de usuários, em 1990, foi motivada pela abertura do protocolo à comunidade
(SEIXAS FILHO, 2007).
A vantagem mais evidente no emprego do protocolo HART está relacionada à possibilidade
de sua utilização em instrumentos inteligentes, com cabeamento convencional de 4 a 20mA. A
topologia do protocolo pode ser encontrada como ponto a ponto ou multi drop.
Podem-se empregar duas configurações de mestres na comunicação HART. O primeiro
cenário é caracterizado, por exemplo, como um Computador Lógico-Programável (CLP). No

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


segundo caso, evidencia-se como instrumentos de ajustes de configurações.
A Figura 4 indica um cenário HART em que se liga um resistor em série a um dos ramos da
fonte de alimentação, bem como um terminal portátil (instrumento de ajustes de configurações)
entre a malha do dispositivo de campo e a do referido resistor.

Figura 4 - Cenário para comunicação HART. Fonte: Berge (2001).

6 REDE MODBUS

O protocolo de comunicação para redes industriais do tipo MODBUS foi desenvolvido


no fim da década de 1970 pela Modicom. Esse padrão é aplicado em cenários de comunicação
entre mestre-escravo ou cliente-servidor. O esquema de comunicação mestre-escravo consiste no
respeito à hierarquia da execução de atividades. Dessa forma, os escravos (dispositivos periféricos,
como válvulas ou elementos primários) devem responder às requisições dos mestres (SOUZA,
2008).
O protocolo MODBUS é frequentemente observado em ambientes industriais e é baseado
no modelo de referência OSI, podendo ser encontrado na camada de aplicação da referida
padronização.

WWW.UNINGA.BR 40
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

O Quadro 2 traz as principais características do MODBUS.

Quadro 2 - Características gerais do MODBUS. Fonte: Seixas Filho (2007).

Pode-se utilizar o protocolo MODBUS em vários tipos de interfaces físicas estudadas na


Unidade 3, como os padrões de conectividade RS232 e RS485. No padrão de conexão física do

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


RS232, a aplicação se limita à comunicação ponto a ponto.
A interface de conexão RS485 é a mais empregada em cenários MODBUS e pode ser
encontrada em duas modalidades: no primeiro caso, que opera com um par de fios, 2W-MODBUS;
e no segundo caso, que opera com quatro fios, 4W-MODBUS (MORAES; CASTRUCCI, 2006).

Assim como no caso do protocolo MODBUS, o padrão PROFIBUS também pode


empregar como meio físico de comunicação cabeamentos RS485, bem como
cabos de fibra ótica. A interface mais comum nesse cenário é a RS485, a qual
permite taxa de transferência de dados entre 9,6 Kbps e 12 Mbps.
A definição da interface física de transmissão de dados dependerá das
interferências eletromagnéticas contidas nas instalações, bem como da exigência
de altas taxas de transferência de informação e do orçamento disponível para
investimento no projeto de implantação da rede.
Em ambientes com grande interferência eletromagnética ou necessidade de altas
taxas de transmissão, é preferível o emprego de fibra ótica. No entanto, podem-se
implementar topologias até com fios de par trançado, caso não exista a exigência
mencionada anteriormente.

WWW.UNINGA.BR 41
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A integração das tecnologias no ambiente industrial foi impulsionada pelo avanço


tecnológico ocorrido na humanidade desde o início da Primeira Revolução
Industrial. A expressão Quarta Revolução Industrial (ou Indústria 4.0, como é mais
conhecida) emergiu na Alemanha no início da década de 2010, e é esse contexto
que caracteriza o cenário industrial atual.
Todo o progresso tecnológico ocorrido ao longo dos séculos alcançou o momento
industrial da Indústria 4.0 e, com isso, trouxe benefícios em termos de aumento
de produção, redução de tempo de confecção, mais segurança operacional e mais
automação industrial. Dessa forma, o desenvolvimento das redes industriais foi
motivado por essas revoluções/avanços.

A indicação de leitura está relacionada ao contexto evolutivo no qual


se enquadram as redes industriais. O livro Indústria 4.0 considera

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4


o contexto histórico para ilustrar os avanços na integração das
tecnologias do ambiente fabril. Segue a referência completa:
DA QUINTINO, L. F.; SILVEIRA, A. M.; AGUIAR, F. R. D. Indústria 4.0.
Porto Alegre: Grupo A, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028531.

Indicamos o vídeo Redes Industriais - Conceitos gerais | SENAI Play,


que faz conexão com as quatro unidades estudadas na disciplina.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=CvGgDXJUcEw.

WWW.UNINGA.BR 42
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A primeira parte desta unidade tratou da definição, com base na literatura existente, das
redes FIELDBUS e AS-I, preocupando-se em apresentar as principais características desses dois
padrões de comunicação, muito empregados nos cenários de redes industriais.
Em seguida, introduziu-se a conceituação das redes PROFIBUS e DEVICENET.
Abordaram-se várias características técnicas de ambos os protocolos de comunicação HART e
MODBUS, tendo-se indicado, no caso do padrão MODBUS, as interfaces físicas que podem ser
empregadas no tráfego de dados da referida comunicação.

REDES INDUSTRIAIS | UNIDADE 4

WWW.UNINGA.BR 43
ENSINO A DISTÂNCIA

REFERÊNCIAS
AGUIRRE, L. A. et al. Enciclopédia de automática: controle e automação. São Paulo: Blucher,
2017. v. 2.

ALVES, M. F.; XIMENES, Leandro R. Desenvolvimento de um esquema simplificado de


recepção do Optical Camera Communications (OCC) usando dispositivos Android. XXIX
Congresso de Iniciação Científica da Unicamp. 2021.

AXELSON, J. Serial Port Complete. 2007. Lakeview Research LLC. Disponível em: https://www.
coursehero.com/file/24976768/Serial-Port-Complete-2ndpdf/. Acesso em: 19 set. 2022.

BARRETO, J. S.; ZANIN, A.; SARAIVA, M. O. Fundamentos de redes de computadores. Porto


Alegre: Grupo A, 2018.

BERGE, J. Fieldbuses for process control: engineering, operation, and maintenance. ISA, 2001.

CANTÚN, E. Rede de computadores. Primavera: UFSC, 2003.

DE CARVALHO, M. S. R. M.; CUKIERMAN, H. L.; DA COSTA MARQUES, I. A batalha dos


protocolos de redes de computadores localizada (no Brasil) no final do Século XX. Simpósio
de História da Informática na América Latina e Caribe CLEI XXXVIII. 2012.

DOS JUNIOR, R. S. C.; SANTOS, S. C. B.; KISLANSKY, P. Fundamentos computacionais. Porto


Alegre: Grupo A, 2018.

FERREIRA, H. C.; HOOIJEN, O. Power line communications: An overview. Transactions of the


South African Institute of Electrical Engineers, v. 86, n. 3, 1995.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. São Paulo: AMGH


Editora, 2009.

KRON. Conceitos Básicos de RS-485 e RS-422. 2022. Disponível em: https://docplayer.com.


br/18390889-Introducao-tia-eia-422-tia-eia-485-conceitos-basicos-de-rs-485-e-rs-422.html.
Acesso em: 19 set. 2022.

LIMA JUNIOR, M. L.; CARDOSO, F. R. B. Comparação das Tecnologias de Rede Fieldbus e


Profibus PA. Natal: UFRN, 2011.

LUGLI, A. B.; SANTOS, M. M. D. Sistemas FIELDBUS para Automação Industrial: DeviceNet,


CANopen, SDS e Ethernet. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.

MAIA, L. P. Arquitetura de Redes de Computadores. 2. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2013.

WWW.UNINGA.BR 44
ENSINO A DISTÂNCIA

REFERÊNCIAS
MELO, P. Padrão IEEE 802.15.4 – A base para as especificações Zigbee, WirelessHart e MiWi. In:
Embarcados. 2017. Disponível em: https://embarcados.com.br/padrao-ieee-802-15-4/. Acesso
em: 16 set. 2022.

MENDES, D. R. Redes de Computadores. 2. ed. São Paulo: Novatec, 2015.

MORAES, C. C. D.; CASTRUCCI, P. L. Engenharia de Automação Industrial. 2. ed. Rio de


Janeiro: Grupo GEN, 2006.

OKCONCURSOS. Hardware e Software: Conceitos Básicos. 2022. Disponível em: https://www.


okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/130-informatica-para-concursos/1687-hardware-
e-software-conceitos-basicos. Acesso em: 16 set. 2022.

PINTO, E. D. Aplicação de Plataforma ARM7 para Nó em Redes CAN. Porto Alegre: UFRGS,
2010.

RIVERA, A. C. Redes de equipamentos sem fio de uso pessoal: comparação de tecnologias


emergentes e análise de tendências. 2010. Dissertação (Mestrado em Sistemas Eletrônicos) –
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

SADIKU, M. N. O. Elementos de Eletromagnetismo. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

SEIXAS FILHO, C. Introdução ao Protocolo HART. 2007. Disponível em: chrome-extension://


efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.eletronica24h.net.br/files/R6_HART.pdf.
Acesso em: 21 set. 2022.

SILVEIRA, P. R.; SANTOS, W. E. Automação e Controle Discreto. São Paulo: Editora Saraiva,
2009.

SOUZA, V. A. O protocolo modbus. 2008. Disponível em: http://www.cerne-tec.com.br/Modbus.


pdf. Acesso em: 21 set. 2022.

STRINGFIXER. RS-423. 2022. Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1I3pan3jPS


FxfuAoG7WIXC1Y4fnjPvlzLc9jSjm3MkxA/edit. Acesso em: 19 set. 2022.

TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 4. ed. São Paulo: Campus Elsevier, 2003.

TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

WEIS, O. Interface de comunicação serial: Pinagem RS232. 2020. Virtual Serial Port. Disponível
em: https://www.virtual-serial-port.org/pt/article/what-is-serial-port/rs232-pinout/. Acesso em:
19 set. 2022.

WWW.UNINGA.BR 45

Você também pode gostar