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Memorias - Srams Sem1 2022
Memorias - Srams Sem1 2022
Circuitos Digitais II – Profa Suely Cunha Amaro Mantovani. – 1o. sem /2022
Memórias RAMs
1. Introdução
2. Célula RAM Estática - Funcionamento básico
3. Estrutura Interna das Memórias SRAM
4. Célula da Memória RAM Estática ao Nível de Transistores
5. Procedimentos para Leitura/Escrita
6. Temporização de SRAM
7. Dispositivos RAMs Estáticas Comerciais
8. SRAM Assíncronas e Síncronas.
Referências
1. Introdução
As Memórias de Acesso Aleatório (Random Access Memories – RAMs) são
empregadas para armazenamento temporário de programas e dados. São utilizadas em
equipamentos digitais como memória de programa e dados para armazenamento de
forma temporária, visto que são voláteis. Existem dois tipos que são classificados
conforme sua célula de armazenamento:
Memórias RAMs Estáticas ou Static RAMs - SRAMs
Memórias RAMs Dinâmicas ou Dynamic RAMs – DRAMs.
Características das memórias resumidas a seguir:
SRAMs DRAMs
Célula básica- flip-flop ou Latch (biestáveis) Célula básica – capacitores
Alta velocidade. Baixa velocidade.
Baixa densidade, alto custo. Alta densidade (4X mais), baixo custo.
Alto consumo. Baixo consumo (3 a 5X menor).
............................ Necessita refresh.
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Figura1- Simbologia da Memória RAM estática
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Figura 2- Célula básica para uma RAM estática (com portas lógicas)
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Observa-se que a porta NAND superior terá nível 0 na saída, e com isto, os buffers
nas entradas do flip-flop estarão habilitados, configurando assim um flip-flop tipo D, ao
mesmo tempo a porta NAND inferior terá um nível 1 na saída fazendo com que o buffer de
saída do flip-flop esteja em alta impedância, de modo que o dado presente em D esteja
conectado à entrada do flip-flop e seja então armazenado.
No caso da célula não ser selecionada (SEL = 0), as duas portas NAND
apresentarão nível 1 em suas saídas, deixando todos os buffers em alta impedância e a
célula terá sua saída desativada (em alta impedância), impedindo qualquer escrita ou
leitura de dados.
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3. Estrutura interna das memórias SRAM
A menor unidade de memória é chamada uma célula e pode ser usada para
armazenar um bit de informação, isto é, ‘0’ ou ‘1’ lógico. Um número determinado de
células juntas forma uma palavra e as células de uma palavra são lidas ou escritas ao
mesmo tempo.
Para formar uma célula de memória pode-se utilizar um Flip-Flop ou latch , Figura
5. Nesta figura cada palavra da memória é composta por duas células. Então, a memória
tem 4-palavras e cada palavra tem 2-bits. Assim, a capacidade da memória, é igual a 8-bits,
e a organização da memória é 4X2.
Figura 5- Memória RAM estática 4X2
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Os endereços são decodificados pelo decodificador de endereços formado pelas
portas AND G0, G1, G2 e G3, cujas saídas quando ativas conectam as saídas das células às
linhas de bits, preparando a posição para uma operação de leitura ou escrita. As memórias
sempre incorporam o decodificador de endereço para limitar o número de pinos da
memória.
A memória é habilitada pelo sinal Seleciona-Circuito (CS). Quando CS =0 (inativo)
as chaves operadas por lógica, que ligam as linhas de bits às saídas ou entradas da
memória, estão abertas, colocando as saídas/entradas memória em tri-state, desconectando-
a do barramento. As operações de leitura/escrita só podem ser realizadas com a memória
habilitada, CS=1 (nível ativo).
As operações de leitura e escrita são controladas pelo sinal habilita-escrita. Quando
em nível baixo, as chaves operadas por lógica das entradas I 1I0 estão fechadas, conectando
I1I0 às linhas de bits. No nível alto, as chaves operadas por lógica das saídas, O 1O0 estão
fechadas, assim, colocam as linhas de bits em ligação com as saídas. Na Figura 6 tem-se
outro exemplo de SRAM, 64x4 .
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Figura 6- Memória RAM estática 64X4
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Figura 7- Decodificação em linhas e colunas para uma memória 16X1.
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Figura 8 - Terminais comuns de I/O
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4. Célula da memória RAM estática ao nível de transistores
Como visto anteriormente, as células de uma RAM Estática são flip-flops (ou
latches) que permanecem em um dado estado (armazenam um bit) indefinidamente, desde
que a alimentação do circuito não seja interrompida. As RAMs, apesar da disponibilidade
de outras tecnologias, na maioria das aplicações são empregadas RAMs NMOS ou CMOS.
As memórias bipolares tinham a vantagem de serem mais rápidas, mas atualmente
as memórias CMOS tem diminuído esta diferença gradualmente. Os dispositivos MOS têm
uma capacidade maior e um consumo menor. Na Figura 10 (a) é mostrada uma célula
típica SRAM bipolar e na Figura 10 (b) uma célula NMOS. A célula bipolar apresenta dois
transistores bipolares e dois resistores, enquanto que na célula NMOS mostra-se em sua
estrutura quatro MOSFETs (Transistor de Efeito de Campo-FET de porta isolada,
MOSFET ou simplesmente MOS) canal-N.
A célula bipolar requer mais área no chip, do que a célula MOS por causa do
transistor bipolar que é mais complexo e dos resistores separados. A célula MOS usa
MOSFETs como resistores (Q3 e Q4).
A célula CMOS, Figuras 10 (c) ou (d) são similares a uma célula NMOS, mas usam
MOSFETs canal-P no lugar de Q3 e Q4. Com isso diminui o consumo, mas aumenta a
complexidade do chip.
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Figura 10- Célula de SRAM de 1 bit. (a) Tecnologia bipolar (b) NMOS. (c) e (d) CMOS
Tecnologia Bipolar Tecnologia NMOS
(a)
(b)
(c)
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(d)
Fonte: Static Random-access memory (2018)
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Repetir os passos anteriores para o armazenamento nas demais posições da
memória. Todos esses procedimentos devem ser executados de forma a garantir os
parâmetros no tempo, especificados pelo fabricante, para cada memória.
6. Temporização de SRAM
Os CIs de memórias interfaceados com a CPU devem ser rápidos, o suficiente, para
responder aos comandos de R/ W e um projetista de um sistema de computador precisa
observar as diversas características de temporização das RAMs.
Nem todas as RAMs têm as mesmas características de temporização, mas a maioria
dessas características é similar. A nomenclatura dos diferentes parâmetros varia de um
fabricante para outro.
Como normalmente as linhas de endereço ( Ai ' s ) e dados ( Di ' s ) são múltiplos não
podem ser representadas por um sinal em nível ‘0’ ou ‘1’, por esta razão, quando válidas,
são representadas por linhas cruzadas. Seguem um exemplo de temporização de leitura,
Figura 11 e um exemplo de temporização de escrita, Figura 12.
Figura 11-Temporização típica para uma RAM- Ciclo de leitura
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Parâmetros Definição
t0 => instante de aplicação do novo endereço.
tACC(t1-t0) =>tempo de acesso- intervalo de tempo entre a aplicação de um novo
endereço e a disponibilização de dados válidos nas saídas.
tCO => tempo entre a ativação do sinal seleciona- circuito e as saídas irem de Hi-Z para
dados válidos.
tOD =>tempo entre a desabilitação do sinal seleciona - circuito e as saídas de dados se
tornarem inválidas.
tRC => tempo do ciclo de leitura, t0 até t4, enquanto o endereço é válido.
Parâmetros Definição
tAS => tempo de preparação do endereço
tW => intervalo de tempo de escrita
tDS => tempo de setup (preparação)
tDH => tempo de retenção de dado
tAH => tempo de retenção de endereço
tWC => tempo do ciclo de escrita.
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Tabela 1- Exemplos de tempos de ciclo de leitura/escrita para memórias SRAM
Dispositivo tRC(mín) ns tWC(mín) ns
CMOS -MCM6206C (32KX8) 15 15
NMOS - 2147H (4KX1) 35 35
BICMOS - MCM6708A (64KX4) 8 8
Está organizada em 128 palavras de 8 bits (128X8), usada nos sistemas baseados no
microprocessador 6800 da Motorola. Dispõe de 6 entradas CS, duas com ativação alta e
quatro com nível baixo, características resumidas:
Organização: 128 X 8 bits
Tecnologia : NMOS
Alimentação: 5 V
Dissipação típica: 130 mW
E/S dados bidirecional e tri-states
Encapsulado : DIL - 24 pinos
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Figura 14 – Estrutura interna da RAM CMOS MCM6264C
Referências Bibliográficas
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