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  • Texto 13 - Os Índios Na História Do Brasil - Capítulos 4 e 5

    Enviado por

    Lousanira B.Freire
    20 visualizações33 páginas
    História indígena

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    Texto 13 - Os índios na História do Brasil - Capítulos 4 e 5

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    “une era ORAS Ase ns rnd pb wae re sn roast 2 Fev de Bolso Sem diivida, as aldeias religiosas ou misses visavam nao apenas a cristianizar os indios, mas ressocial tornan- do-os stiditos cristaos do Rei de Portugal, que teriam varios Papéis a cumprir na nova sociedade que se construia. A Co- roa ea Igreja se associaram nesse empreendimento, no qual os. aspectos rel 0 © econdmicos se misturavam, Os diferentes grupos indigenas que ingressaram nessas aldeias nao foram, no entanto, to passivos como costuma- vva ser sugerido pela historiografia. Muitos deles buscavam o aldeamento como op¢io pelo mal menor diante de situagdes, ameacadoras ¢ desfavorivels, Estudos recentes revelam que, apesar dos imensos prejuizos e da posicio subalterna na qual s¢ inseriam nas aldeias, eles se interessaram por elas, part param de sua construgao e foram sujeitos ativos dos proces- 50s de ressocializagao e catequese nelas vivenciados. ‘Muitas dessas aldeias atravessaram os 1s da co- onizagao, tendo reunido indios de diferentes etnias que se ‘misturavam nao apenas entre si, como também com outros rente os jesuitas, ensinaram aos ii ‘novas praticas politicas ¢ culturais que foram habilmente ut izadas por cles para obtengdo de possiveis ganhos na nova Iago em que se encontravam. invés de desaparecerem idos da colénia ou de esi Os indios na histria do identidade dada ou imposta pelos aldeados, stiditos cristdos de Sua Majestade. Nessa condigao, ident se ¢ cram identificados até avancado o século XIX. Os indios do Gato, por exemplo, que haviam se tornado, 0s temiminés de Arariboia, passaram a se identificar como os ios da aldeia de Sao Lourengo, ‘Sem desconsiderar os imensos prejuizos dos indios aldea- dos, na grande maioria das vezes espoliados em seus direitos, pretende-se enfocar aqui este outro aspecto, por muito tempo negligenciado em nossa historiografia: o interesse dos indios nos aldeamentos e nas novas praticas culturais e politicas que ali aprendiam ¢ exercitavam. As aldeias, por sua vez, serio vistas aqui como espacos de sobrevivéncia dos indios aldea- que despertavam nos diferentes agen- dios, colonos, missiona Por questdes relativas a realizac3o de stias expec /a8 quanto a formacao e ao funcionamento das aldeias. A rrica documentasio sobre essas disputas permite pereeber que elas tinham diferentes fungdes e significados para 0s vérios grupos nelas envolvidos. Para a Coroa, 0 objetivo principal era, como visto, integrar 08 indios a sociedade coloni tos cristaos, para garantir a soberania sobre seus territorios, defendendo-os dos e so, as aldeias cumpriam também a fungao de assegurar aos ™ FOV de Boleo colonos, aos missionarios ¢ as autoridades, a mio de obra ne- cessiria ds mais diversas atividades. Os indios aldeados eram 0 mpulsério que se fazia de acordo com um sistema de rodizio e pagamento de salirio irrisdrie. regulamentado por diversas le Pa ava cumprit 0s se dedicavam. Para isso, prec Jobe Se recusavam a colaborar. Ja fe que 0 projeto nario dos jesuitas adaptou-se Se loos oak Portuguesa. A aldeia fixa, por exemple, foi Provincia do Brasil que subst ‘inerantes pra- ‘amar, como destacou Char- ios paraa proximidade das micleos Para assentilos em aldelas construidas especiicamente para ‘eunilos. Passou-se da conversio pela via a pelo medo, como de ¢ fxas, ganharam impulso com Mem de Si e tiveram amplo apoio dos missionsrios que exultavam com suas eampanhas iolentas que levavam os indios para elas, Os missionarios, ex, pecialmente os je aldeamentos, compa lentes em relagio is aldeias. Viam nelas as possi transformar os indios em suditos cristaos e forga de trabalho, Os indlos na histria do opondo-se muitas vezes aos colonos, cujo principal ‘era explorar ao maximo o trabalho in Os colonos, por sua vez, viam as aldeias como redutos de mao de obra, onde eles poderiam conseguir a forga de tra- balho necessiria para desenvolver diferen nia, enquanto nao foi substitu- fdo pelo escravo negro, como demonstrou Stuart Schwart2. Sua importncia ¢ frequéncia variavam, conforme as regides €-as temporalidades, por fatores diversos, entre 05 quas se deve ressaltar a alta mortalidade indigena ¢ a recusa ao traba- lho. Sem aprofundar essa discussto, vale lembrar, ainda com Schwartz, que na Bahi rabalho dos escra- ‘vos negros sé se icou quando a mao de obra indigena Jina era suficiente para suprie as necessidades da lavoura Para os indios, no entanto, as aldeias missionarias tinham icados e fungdes bem diferentes: terra e protesao, por exemplo, aparecem nos documentos como algumas de suas expectativas bisicas a0 buscar a alianga com os portugueses.

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