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Prof. Dr.

Wilson da Silva

A Ginástica da Mente

Noções Básicas de Xadrez


Nota do Editor
Sobre o Autor:

1995 a 1998 - Graduação em Pedagogia. Uni- ca do xadrez nas escolas públicas. Orien-
versidade Federal do Paraná, UFPR, Curi- tador: Prof. Dr. Alexandre I. Direne.
tiba, Brasil.
Autor do livro Meu primeiro livro de xa-
2001 a 2002 - Especialização em Psicopedago- drez: curso para escolares. 6. ed. Curitiba:
gia. Instituto Brasileiro de Pós-graduação Expoente, 2005.
e Extensão, IBPEX, Curitiba, Brasil. Título:
Jogo, cognição e educação: abordagem
psicopedagógica do jogo de xadrez. Orien- Atuação Profissional
tadora: Ana Maria Lakomy.
Coordenador do Clube de Xadrez Erbo Sten-
2002 a 2004 - Mestrado em Educação. Univer- zel, na Fundação Cultural de Curitiba.
Para Virginia e Eduardo Roters da Silva sidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba,
Brasil. Professor universitário:
Título: Processos cognitivos no jogo de • Centro Universitário Campos de Andra-
xadrez. Orientadora: Profª Dra. Tamara da de - UNIANDRADE
Silveira Valente. Professor Adjunto: Jogos Intelectivos,
Teorias do Conhecimento (Ed. Física).
2005 a 2010 - Doutorado em Educação. Uni-
versidade Estadual de Campinas, UNI- • Instituto Superior de Educação Nossa
CAMP, Campinas, Brasil. Título: Raciocí- Senhora de Sion - ISE
nio lógico e o jogo de xadrez: em busca de Professor Adjunto: Jogos Intelectivos na
relações. Orientadora: Profª Dra. Rosely Educação, Psicologia e Educação, Psico-
Palermo Brenelli. logia do Desenvolvimento (Pedagogia).

2010 – Pós-Doutorado em Informática Edu- Professor de Pós-Graduação:


cacional. Universidade Federal do Paraná, • Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e
UFPR, Curitiba, Brasil. Título: Tecnologia Extensão – IBPEX
educacional, ludicidade e educação: a Professor Visitante: Aspectos Lúdicos
utilização das tecnologias educacionais e Jogos, Cognição e Aprendizagem,
desenvolvidas pelo departamento de in- Epistemologia Genética, Psicologia da
formática da UFPR para o ensino e práti- Aprendizagem.

Noções Básicas de Xadrez 7


Obra revisada pelas Normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,
aprovada pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995.

Copyright © 2011 Bolsa do Livro Ltda. Sumário


Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/2/1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios,
sem autorização prévia, por escrito, da Editora.

Prof. Dr. Wilson da Silva


Autor

Vera Albuquerque
1. Introdução 13
Coordenação Editorial
2. A natureza e os objetivos do jogo de xadrez 17
Maria Louders da Silva
Revisão de linguagem
3. O tabuleiro e a posição inicial das peças 17
Alessandro Dutra
Capa e projeto gráfico
4. O movimento das peças 20
4.1 O Bispo 20
Silva, Wilson da, 1965 -
M565 Xadrez para Todos – / Wilson da Silva 4.2 A Torre 21
– Curitiba: Bolsa do Livro, 2011. 4.3 A Dama 22
144 p.; 21cm
4.4 O Cavalo 22
ISBN 978-85-61761-01-1 4.5 O Peão 23
4.6 O Rei 25
Xadrez/Regras básicas. I. Título.
4.7 Xeque 27
CDD 617.43 (22.ed)
CDU 616.33
5. O Término da Partida 28
5.1 Xeque-mate 28
5.2 A partida empatada 29

6. O ato de mover as peças 32


6.1 No Roque 35
6.2 Na Promoção 37
6.3 O lance completo 38

Noções Básicas de Xadrez 9


7. O Sistema Algébrico 39

8. Exercícios 43
8.1 O tabuleiro 43
8.2 O movimento das peças 46
8.3 Capturas: colocar a peça e ameaçar 47
8.4 Capturas: fazer um movimento e ameaçar 48
8.5 O xeque: colocar uma peça e aplicar xeque 49
8.6 O xeque: efetuar um movimento e aplicar xeque 50
8.7 O xeque: como escapar 52
8.8 O Xeque-mate 53
8.9 Respostas 58

9. Referências 72

10 Coleção Noções Básicas de Xadrez 11


1. Introdução

M
eu primeiro contato com o jogo de xadrez re-
monta ao ano de 1974 ou 1975, quando aprendi
a jogar. Tive o privilégio de aprender este jogo
em uma escola pública da periferia de Curitiba, na 3ª ou
4ª série do Ensino Fundamental, no Grupo Escolar Núcleo
Social Yvone Pimentel (hoje um Colégio Estadual), onde
estudei de 1974 a 1979. Como não havia quadra esportiva
coberta na escola, nos dias de chuva o professor de Edu-
cação Física ensinava teoria dos esportes e havendo tem-
po, ele nos deixava brincar com alguns jogos que ficavam
guardados em um baú, no canto da sala.
Dos jogos que havia neste baú, o meu interesse vol-
tou-se para o xadrez, pois possuía peças que eram atrati-
vas para mim: Rei, Dama, Cavalo, etc. O professor então
me ensinou os movimentos básicos, pois era tudo o que
conhecia, e comecei a praticar com meu irmão mais velho,
que também aprendeu a jogar na mesma escola. Durante
o período de 1975 a 1985 não me lembro de ter vencido
nenhuma partida dele, sofrendo inúmeras e amargas der-
rotas.
Em 1985 descobri o Clube de Xadrez Erbo Stenzel,
clube este que homenageia o artista plástico e campeão
paranaense de xadrez de 1959. Neste clube havia livros
de xadrez (coisa que eu desconhecia que existia até então)
e também aulas que passei a frequentar regularmente.
Em 1988 ingressei na Fundação Cultural de Curitiba para
ensinar xadrez para as crianças da periferia de Curitiba,
e posteriormente comecei a capacitar professores para o
ensino do xadrez nas escolas, no Projeto Xadrez nas Esco-

12 Coleção Noções Básicas de Xadrez 13


las Públicas do Paraná. Uma das primeiras constatações argumentação apresentada pelos professores de xadrez
que fiz, ao iniciar o trabalho com os professores, foi a es- junto aos governos (municipais, estaduais e federal) para
cassez de materiais destinado ao ensino de xadrez nas a inclusão e manutenção das aulas de xadrez nas escolas.
escolas. Neste sentido, passei a desenvolver alguns mate- Em 2005, fui convidado pelo MEC para atuar no
riais (textos, apostilas e livro) para subsidiar o projeto de Projeto Nacional de Xadrez, efetuando a capacitação de
xadrez escolar do Paraná. No entanto, devo ressaltar que professores em 5 capitais: Recife/PE, Belo Horizonte/MG,
tive o privilégio de contar com o apoio do Grande Mestre Campo Grande/MS, Teresina/PI e Rio Branco/AC. O livro
Internacional de xadrez Jaime Sunye, que disponibilizou Meu Primeiro Livro de Xadrez: curso para escolares (TI-
sua enorme experiência com o xadrez escolar, fruto dos RADO e SILVA, 2008)2, do qual sou co-autor, foi escolhido
anos em que viveu na Europa jogando xadrez profissio- como material didático para ser utilizado neste projeto.
nalmente. Uma vez que a maioria dos projetos de xadrez esco-
De 1995 a 1998, cursei Pedagogia na UFPR visan- lar está baseada na premissa de que o estudo e a prática
do, principalmente, melhorar meu trabalho destinado à sistemática do xadrez podem auxiliar no desenvolvimen-
formação de professores de xadrez, e de 2001 a 2002, fiz to cognitivo do aluno, mais especificamente nas questões
um curso de especialização em Psicopedagogia, pelo Ins- ligadas ao raciocínio lógico, após o término do mestrado
tituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão (IBPEX), decidi investigar estas possíveis relações na pesquisa de
cujo título da monografia foi: Jogo, cognição e educação: doutorado intitulada Raciocínio Lógico e o Jogo de Xa-
reflexões sobre a utilização do xadrez visando o desen- drez: em busca de relações (SILVA, 2009)3, sob a orienta-
volvimento cognitivo dos alunos no Ensino Fundamental ção da Profª Drª Rosely Palermo Brenelli. Nesta pesquisa
(SILVA, 2002). Nesta monografia, desenvolvi algumas busquei investigar as possíveis relações entre a expertise
ideias sobre o ensino do xadrez nas escolas. no xadrez e o desempenho em tarefas que necessitam o
De 2002 a 2004, cursei o Mestrado em Educação na pensamento formal.
Universidade Federal do Paraná (UFPR), na linha de pes- A experiência com o ensino do xadrez escolar aju-
quisa Cognição e Aprendizagem Escolar, onde desenvolvi dou-me a refletir sobre quais conhecimentos são necessá-
a pesquisa intitulada Processos Cognitivos no Jogo de Xa- rios para ser professor de xadrez. Lasker, no seu manual,
drez (SILVA, 2004)1, sob a orientação da Profª Drª Tama- diz: “el camino a recorrer hacia esta enseñanza requiere
ra da Silveira Valente. Nesta pesquisa busquei explicar o buenos profesores, unos maestros de ajedrez que sean
êxito e o fracasso em uma partida de xadrez mediante o al mismo tiempo unos genios de la docência”. (LASKER,
conceito piagetiano de Tomada de Consciência, bem como 1947, p. 350).
efetuar a análise do erro no jogo de xadrez. Mas, uma vez que este equilíbrio entre formação
Durante minha pesquisa no mestrado pude cons- pedagógica e expertise no xadrez é difícil de encontrar,
tatar que os estudos que até então subsidiavam minha o que deveria ser prioritário para o professor de xadrez:
reflexão sobre os benefícios que o xadrez proporciona, ser enxadrista sem formação pedagógica ou ter formação
eram completamente ignorados pela comunidade cientí- pedagógica, mas com pouco conhecimento de xadrez? As
fica internacional. Esta constatação me levou a discutir, experiências no Paraná mostram que geralmente quando
junto aos dirigentes do xadrez no Paraná, como é frágil a
2
Disponível em: www.wilsondasilva.com.br
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Disponível em: www.wilsondasilva.com.br 3
Disponível em: www.wilsondasilva.com.br

14 Coleção Noções Básicas de Xadrez 15


enxadristas sem formação pedagógica ensinam xadrez nas es-
colas, as aulas tornam-se elitizadas, pois gradativamente vol-
2. A natureza e os objetivos
tam seu trabalho para os alunos que se destacam. Dessa forma, do jogo de xadrez
os possíveis benefícios que o xadrez pode trazer ficam restri-
tos a um pequeno segmento da escola. O jogo de xadrez é disputado entre dois oponentes
Assim, para que o ensino do xadrez nas escolas seja po- que movem peças alternadamente sobre um tabuleiro
tencializado, faz-se necessário que os professores sejam capa- quadrado denominado ‘tabuleiro de xadrez’. O jogador
citados adequadamente para exercer tal atividade. As capaci- com as peças brancas começa o jogo. Diz-se que um joga-
tações, que normalmente são organizadas pelas federações de dor “tem a vez de jogar” quando a jogada do seu oponente
xadrez, muitas vezes são ministradas por bons jogadores, mas tiver sido feita.
com pouca ou nenhuma experiência pedagógica, o que ocasio-
na uma exploração superficial do potencial educativo do jogo. O objetivo de cada jogador é colocar o rei do opo-
Também é necessário desenvolver metodologias que se- nente “sob ataque” de tal forma que o oponente não te-
jam adequadas para o xadrez escolar, pois a maioria destas nha lance legal. O jogador que alcançar esse objetivo diz-
metodologias volta-se mais para o ensino em clubes e acade- se que deu xeque-mate no rei do adversário e venceu a
mias do que efetivamente para o ensino nas escolas, e ensinar partida. Não é permitido deixar ou colocar o seu próprio
xadrez em uma sala de aula com muitos alunos (nem sempre rei sob ataque bem como capturar o rei do oponente. O
motivados a aprender), não é a mesma coisa que ensinar em oponente cujo rei sofreu xeque-mate perdeu a partida.
um clube, onde geralmente as aulas são particulares, de forma
individual ou em pequenos grupos, e todos estão interessados A partida está empatada se resultar numa posição
em aprender. Estes são alguns dos desafios que devem ser su- em que nenhum dos jogadores tenha a possibilidade de
perados ao se propor aulas de xadrez nas escolas, para que o dar xeque mate.
ensino deste jogo não fique restrito apenas aos dias de chuva, (No ítem 5 “O término da partida”, essas questões
nas escolas que não tem quadra coberta. serão explicitadas).
Por fim, espero que esta coleção auxilie professores de
xadrez, dirigentes das federações de xadrez, a refletirem so-
bre os limites e as possibilidades da utilização do jogo de xa-
drez nas escolas. 3. O Tabuleiro e a Posição
Inicial das Peças
Wilson da Silva O tabuleiro de xadrez é formado por um quadrado
de 8x8 com 64 casas iguais alternadamente claras (as
casas “brancas”) e escuras (as casas “pretas”).
O tabuleiro é colocado entre os jogadores de tal
forma que seja branca a casa do canto à direita de cada
jogador (diagrama 1).

16 Coleção Noções Básicas de Xadrez 17


a8 b8 c8 d8 e8 f8 g8 h8
Casa
a7 b7 c7 d7 e7 f7 g7 h7

a6 b6 c6 d6 e6 f6 g6 h6

Diagrama 1 a5 b5 c5 d5 e5 f5 g5 h5
Diagrama 3
a4 b4 c4 d4 e4 f4 g4 h4

a3 b3 c3 d3 e3 f3 g3 h3
Casa
a2 b2 c2 d2 e2 f2 g2 h2

a1 b1 c1 d1 e1 f1 g1 h1

As oito casas dispostas verticalmente são chamadas de


“colunas”. As oito casas dispostas horizontalmente são cha-
madas de “fileiras”. As linhas retas de casas da mesma cor, No início da partida, um jogador tem 16 peças de cor
dispostas no mesmo sentido, são chamadas de “diagonais”. clara (as peças “brancas”) e o outro tem 16 peças de cor escura
(as peças “pretas”). Essas peças são as seguintes:

Diagonal
Peça Símbolo Nome Quantidade
Coluna
Rei 1

Diagrama 2

Fileira Dama 1

Torre 2 Quadro 1
Peças e Símbolos
Para facilitar a anotação dos movimentos, todas as ca-
sas recebem um nome. Partindo do ponto de vista do jogador
Bispo 2
das brancas, as fileiras recebem os números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
sendo que a fila mais baixa recebe o número 1 e a mais alta o
número 8. As colunas são nomeadas, da esquerda para a direi- Cavalo 2
ta, com as letras a, b, c, d, e, f, g, h. Assim, o nome de cada casa
consiste da combinação de uma coluna-letra e uma fileira-nú-
mero, ou seja, a casa no canto direito das brancas é h1. Veja o Peão 8
item 7 para maiores detalhes.

18 Coleção Noções Básicas de Xadrez 19


Antes de começar a partida, as peças devem ser arru- 4.1 O Bispo
madas como a posição do diagrama seguinte: O bispo pode mover-se para qualquer casa ao longo da
diagonal em que se encontra. Se uma peça adversária encon-
trar-se no seu “raio de ação”, ou seja, nas suas linhas de movi-
mentação, esta peça pode ser capturada conforme pode ser
visto no diagrama 6 A captura se dá ocupando a casa em que
se encontra a peça adversária e retirando-a do tabuleiro.

Diagrama 4

4. O movimento das peças Diagrama 5 Diagrama 6

Não é permitido mover uma peça para uma casa já ocu-


pada por outra peça de mesma cor. Se uma peça move-se para Ao fazer esses movimentos, o bispo não pode pular so-
uma casa já ocupada por uma peça do oponente, esta última bre qualquer peça que esteja em seu caminho.
é capturada e retirada do tabuleiro, como parte do mesmo
movimento. Diz-se que uma peça está atacando uma peça do
oponente se puder efetuar uma captura naquela casa.
Considera-se que uma peça ataca uma casa, mesmo se
tal peça está impedida de ser movida para esta casa, porque,
consequentemente, deixaria ou colocaria o seu próprio rei
sob ataque. (Veja os diagramas 24 e 25).

20 Coleção Noções Básicas de Xadrez 21


4.2 A Torre
A torre pode mover-se para qualquer casa ao longo da
coluna ou fileira em que se encontra. Se uma peça adversária
encontrar-se no seu raio de ação, poderá ser capturada con-
forme pode ser visto no diagrama 8 A captura se dá ocupando
a casa em que se encontra a peça adversária e retirando-a do
tabuleiro.
Ao fazer esses movimentos, a torre não pode pular so-
bre qualquer peça que esteja em seu caminho.

Diagrama 9 Diagrama 10

4.4 O Cavalo
O cavalo move-se duas casas na coluna ou na fileira em
que se encontra e então anda uma casa mais para sua esquer-
da ou sua direita. Seu movimento forma sempre a letra L. É a
única peça que salta sobre as outras. A captura se dá somente
no final do movimento.
Acompanhe nos diagramas 11 e 12.
Diagrama 7 Diagrama 8

4.3 A Dama
A dama pode mover-se para qualquer casa ao longo da
coluna, fileira ou diagonal em que se encontra. Se uma peça
adversária encontrar-se nas suas linhas de movimentação,
esta peça pode ser capturada conforme pode ser visto no dia-
grama 10. A captura se dá ocupando a casa em que se encon-
tra a peça adversária e retirando-a do tabuleiro.
Ao fazer esses movimentos, a dama não pode pular so-
bre qualquer peça que esteja em seu caminho. Diagrama 11 Diagrama 12

22 Coleção Noções Básicas de Xadrez 23


4.5 O Peão

a) O peão pode mover-se para uma casa, imediatamente


à sua frente, na mesma coluna, que não se encontre
ocupada, ou

b) em seu primeiro lance o peão pode mover-se con-


forme mencionado em (a) acima; alternativamente
pode avançar duas casas ao longo da mesma coluna,
desde que ambas estejam desocupados, ou

c) o peão pode mover-se para uma casa ocupada por


uma peça do oponente, que esteja diagonalmente
à sua frente, numa coluna adjacente, capturando
Diagrama 14
aquela peça.

e) Quando o peão alcança a última casa da sua coluna,


deve ser trocado, como parte de uma mesma jogada,
por uma nova dama, torre, bispo, ou cavalo da mesma
Regra c cor. A escolha do jogador não está restrita a peças já
regra a
capturadas na partida.
Esta troca de um peão por outra peça é chamada de
“promoção” e a ação da nova peça é imediata.

Regra b

Diagrama 13

d) Um peão atacando uma casa atravessada pelo peão


do oponente que acaba de avançar duas casas num
único lance vindo de sua casa original, pode capturar
este peão oponente como se aquele tivesse se movido
apenas uma casa.
Esta captura pode ser feita apenas no movimento
imediatamente após o referido avanço e é chamada Diagrama 15
de tomada “en passant”.

24 Coleção Noções Básicas de Xadrez 25


4.6 O Rei Roque
grande
Há duas formas diferentes de mover o rei:
a) movendo-se para qualquer casa vizinha não atacada
por uma ou mais peças do oponente. O rei não pode ocupar as
casas assinaladas com X, pois ficaria ameaçado (em xeque).

Diagrama 18 Diagrama 19
Roque
pequeno
1. Perde-se o direito de rocar:
a) se o rei já foi movido, ou
Diagrama 16 Diagrama 17 b) se a torre que paticipar do roque já tenha se movido.

2. Roque não é permitido temporariamente:


Considera-se que as peças do oponente atacam uma a) se a casa que o rei ocupa (1), ou a casa pela qual deve
casa, mesmo que essas peças não possam ser movidas. ou passar (2), ou ainda a casa a que ele passará a ocupar
(3), estiver atacada por uma ou mais peças do opo-
b) “rocando”, sendo este um lance efetuado com o rei e nente.
uma das torres, de mesma cor na mesma fileira, levando-se b) se houver alguma peça entre o rei e a torre com a qual
em conta como um único lance de rei e executado da seguinte o roque será efetuado.
forma: o rei é transferido de sua casa original a duas casas em
direção à torre. Em seguida, a torre é transferida para a casa
que o rei acabou de atravessar.

26 Coleção Noções Básicas de Xadrez 27


Regra 1. a
Regra 2. a (1) 4.7 Xeque
Diz-se que o rei está em xeque se estiver atacado por
uma ou mais peças do oponente mesmo que tais peças este-
jam cravadas, ou seja, impedidas de sair daquela casa, porque O círculo preto no canto
deixariam ou colocariam o seu próprio rei em xeque. Nenhu- superior direito do
ma peça pode ser movida de modo que exponha ou deixe o diagrama indica que o lance
é das pretas. Não havendo
rei da mesma cor em xeque. Há três formas de escapar do este símbolo, o lance
xeque: fugindo, bloqueando e capturando a peça agressora. pertence às brancas.

Diagrama 20 Diagrama 21
Regra 1. b

Regra 2. a (3)

Diagrama 24 Diagrama 25

Bloqueio

Diagrama 22 Diagrama 23
Regra 2. a (2) Regra 2. b Captura

Fuga
Diagrama 26 Diagrama 27

28 Coleção Noções Básicas de Xadrez 29


5. O término da partida
a) A partida é vencida pelo jogador que der xeque-
-mate no rei do oponente. Isto imediatamente termina a
partida, desde que não tenha sido ilegal o lance que pro-
duziu a posição de xeque-mate.

b) A partida é vencida pelo jogador cujo oponente


declara que abandona. Isto imediatamente termina a par-
tida.

5.1 Xeque-mate
Diagrama 30 Diagrama 31
O objetivo de cada jogador é colocar o rei do oponente
“sob ataque” de tal forma que o oponente não tenha lance
Lance Legal :
É toda jogada de acordo legal. O jogador que alcançar esse objetivo diz-se que deu
com as normas do jogo. xeque-mate no rei do adversário e venceu a partida. Não
Logo, uma jogada ilegal é permitido deixar ou colocar o seu próprio rei sob ataque
é aquela que contraria as
normas do xadrez. bem como capturar o rei do oponente. O oponente cujo rei
Ex.: Colocar seu rei sofreu xeque-mate perdeu a partida. Observe nos diagra-
em xeque. mas 28 a 33 algumas posições de xeque-mate.

Diagrama 32 Diagrama 33

5.2 A partida empatada


a) A partida está empatada quando o jogador que
tem a vez não tem lance legal e o seu rei não está em
xeque. Diz-se que a partida terminou com o rei “afoga-
do”. Isso imediatamente termina a partida desde que
não tenha sido ilegal o lance que produziu a posição de
Diagrama 28 Diagrama 29 afogado. No diagrama 34 o lance corresponde às pretas,

30 Coleção Noções Básicas de Xadrez 31


que não estão em xeque, e não há lance legal a ser feito. c) A partida está empatada mediante comum acordo
No diagrama 35 (lado esquerdo e direito) o lance corres- entre os jogadores, durante a partida. Isso imediatamen-
ponde às brancas, que não estão em xeque, e não há lance te termina a partida. Ver diagrama 37 – nesta posição,
possível. que não há vantagem material (de peças) para nehum dos
lados, o jogador das brancas ofereceu o empate, que foi
aceito pelas pretas.

Diagrama 34 Diagrama 35

Diagrama 36 Diagrama 37

b) A partida está empatada quando aparece uma


posição em que nenhum dos jogadores pode dar xeque- d) A partida pode estar empatada se uma posição
-mate no rei do adversário por qualquer sequência de idêntica (de todas as peças no tabuleiro) está por apare-
lances legais. Diz-se que a partida terminou numa “posi- cer, ou apareceu pelo menos três vezes no tabuleiro (con-
ção morta”. Isso imediatamente termina a partida desde secutivas ou não). No diagrama 38, o rei branco levou xe-
que não tenha sido ilegal o lance que produziu a posição. que pela torre em d3, e deve ir à casa e4. A torre preta irá
Ver diagrama 36 – nesta posição, embora as pretas te- à casa d4, dando xeque novamente, o que fará o rei branco
nham vantagem material (duas torres e um bispo), não voltar à casa e3. A torre preta dará xeque novamente na
há como vencer, pois os peões bloqueiam a passagem das casa d3, o que fará o posição do diagrama 38 repetir-se
peças pretas. pela 2ª vez. O diagrama 39 mostra a mesma posição repe-
tindo-se pela 3ª vez, o que caracteriza o empate.

32 Coleção Noções Básicas de Xadrez 33


Diagrama 38 Diagrama 39 Diagrama 40 Diagrama 41

Posição base Movimento Posição após o lance 49 Posição após o lance 50


que fará ocorrer das pretas das brancas
a 3ª repetição

e) A partida pode estar empatada se os últimos 50


lances consecutivos tiverem sido efetuados por ambos 6. O ato de mover as peças
os jogadores sem que qualquer peão tenha sido movido
e sem qualquer captura. Isto não é provável de acontecer Cada lance deve ser feito apenas com uma das mãos.
no início nem no meio da partida, que têm como caracte- Desde que antes manifeste sua intenção (por exemplo,
rística movimentos de peões e captura de peças. No en- dizendo “eu arrumo”, ou “j’adoube”), o jogador – que tem a
tanto, é mais provável de ocorrer num final de jogo onde vez de jogar – pode arrumar uma ou mais peças em suas
existem poucas peças sobre o tabuleiro. No diagrama 40, casas.
as pretas efetuaram o lance 49, e as brancas, por não sa- No diagrama 42, o jogador com as peças brancas,
berem aplicar o xeque-mate, fazem o lance 50, visto no para capturar o peão das pretas em e5, ou efetuar o roque
diagrama 41 (sem captura ou movimento de peões) e em- pequeno, deve utilizar apenas umas das mãos.
patam a partida, o que é vantajoso para as pretas, que têm No diagrama 43, para arrumar a dama branca na
somente o rei. casa g4, deve-se dizer “com licença que vou arrumar a
dama”, ou simplesmente “j’adoube”, antes de tocar na
dama, pois de outra forma o adversário poderá exigir que
a jogada seja feita com a dama.

34 Coleção Noções Básicas de Xadrez 35


Excetuado o dito anteriormente sobre os diagramas
42 e 43, se o jogador que tem a vez de jogar toca deliberada-
mente no tabuleiro:

Nas capturas...

Diagrama 44 Diagrama 45

No diagrama 46, o jogador das brancas tocou primei-


ro no cavalo preto em g4 e depois no peão preto em h5. Ele
Diagrama 42 Diagrama 43
deve capturar a primeira peça tocada (o cavalo) se for pos-
...e no roque, use apenas Antes de arrumar a dama, deve-se sível. Como é possível capturar o cavalo preto com a dama,
uma das mãos. dizer “j’adoube”,ou “eu arrumo” ojogador das brancas está obrigado a fazer este movimen-
to (diagrama 47), mesmo sob o risco de perder a dama pelo
peão preto de h5.
a) Uma ou mais de suas próprias peças, ele deve jogar a
primeira peça tocada que possa ser movida.
No diagrama 44, se o jogador das pretas tocou nas
suas peças: cavalo, dama e rei (nesta ordem), pensando em
fazer os lances assinalados para sair do xeque aplicado
pela dama branca, ele deve efetuar o primeiro lance legal, 2
ou seja, com a sua dama (diagrama 45). Observe que não é
possível mover o cavalo, pois deixaria o rei ameaçado pelo
bispo de c4. 1

b) Se tocar em uma ou mais peças de seu adversário,


ele deve capturar a primeira peça tocada, que possa ser
capturada.
Diagrama 46 Diagrama 47

36 Coleção Noções Básicas de Xadrez 37


c) Se tocar em uma peça de cada cor, ele deve captu- 6.1 No Roque
rar a peça do oponente com a sua peça ou, se isso for ilegal,
mover ou capturar a primeira peça tocada que possa ser jo- a) Se o jogador deliberadamente toca no seu rei e
gada ou capturada. Se não estiver claro qual peça foi toca- numa de suas torres ele deve rocar nesta ala se o movi-
da antes, deve-se considerar que a peça do próprio jogador mento for legal.
foi tocada antes da do seu oponente.
No diagrama 48, o jogador das pretas tocou no seu
bispo (em g4) e na dama branca (em d1), devendo portan-
to capturá-a, como mostra o diagrama 49, mesmo sob pena
de levar xeque-mate em 2 lances: bispo captura peão em f7
com xeque, seguido de cavalo em d5, com xeque-mate.

Diagrama 50 Diagrama 51

Tocou primeiro Depois tocou


no rei na torre

No diagrama 50 o jogador das brancas tocou no rei e


na torre devendo portanto efetuar o roque nesta ala (dia-
Diagrama 48 Diagrama 49
grama 51).
Tocou no ... e na dama Deve-se capturar
seu bispo do adversário a dama b) Se o jogador deliberadamente toca uma torre e em
seguida em seu rei, não pode rocar nesta ala nesta jogada,
devendo mover a torre.
d) Se um jogador tocar mais de uma peça sem uma No diagrama 52, o jogador das pretas tocou primei-
ressalva de que está arrumando a peça e não se sabe qual ro na torre e depois no rei e deverá jogar a torre para uma
peça ele tocado antes, então ele deve mover uma das pe- das casas assinaladas no diagrama 53, não podendo fazer
ças tocadas. É, portanto, lhe dado o direito de escolher com o roque.
qual peça ele jogar.

38 Coleção Noções Básicas de Xadrez 39


Tocou primeiro Depois tocou Deve-se mover a torre
na torre no rei para uma destas casas

Diagrama 54 Diagrama 55

Diagrama 52 Diagrama 53 6.2 Na Promoção

Se o jogador promove um peão, a escolha da peça so-


c) Se o jogador, pretendendo rocar, toca seu rei ou seu mente está finalizada, quando tiver tocado na casa de pro-
rei e uma torre ao mesmo tempo, mas o roque neste lado moção. No diagrama 56, as brancas avançaram o peão para
é ilegal, o jogador deve fazer outro lance legal com seu rei a casa f8, mas o lance somente estará completo quando o
podendo optar inclusive por rocar para o outro lado. Se o peão for trocado pela peça promovida (diagrama 57).
rei não tiver nenhum lance legal, o jogador está liberado
para fazer qualquer outra jogada legal.
No diagrama 54, o jogador das brancas tocou no rei e
na torre, mas o roque é ilegal (porque o bispo preto domina
a casa g1) o rei branco deve ser movimentado (diagrama
55).

Diagrama 56 Diagrama 57

40 Coleção Noções Básicas de Xadrez 41


Se nenhuma das peças tocadas pode ser movida ou
capturada o jogador pode fazer qualquer jogada legal.
7. O Sistema Algébrico
O jogador perde o direito de reclamar de uma viola-
1 Nesta descrição “peça” significa qualquer peça, exceto
ção, por parte do oponente, sobre tocar as peças, a partir
peão.
do momento em que tenha deliberadamente tocado numa
peça.
2 Cada peça é indicada pela primeira letra, maiúscula, do
seu nome. Exemplo: R=rei, D=dama, T=torre, B=bispo,
C=cavalo.
6.3 O lance completo
3 Para primeira letra do nome da peça, o jogador está
Quando uma peça for solta numa casa, como conse- livre para usar a primeira letra do nome como é comu-
quência de um lance legal ou parte de um lance legal, ela mente usado em seu país. Exemplo: F = fou (Francês
não pode no mesmo momento ser movida para outra casa. para bispo), L = loper (Holandês para bispo). Em perió-
A jogada é considerada implementada quando todos os re- dicos impressos, recomenda-se o uso do figurino para
quisitos relevantes sobre o movimento das peças (item 3) as peças (K, Q, N, R, L, P).
tiverem sido cumpridos.
a) no caso de uma captura, quando a peça capturada 4 Peões não são indicados por sua primeira letra, mas
tiver sido retirada do tabuleiro e o jogador, após colocar a são reconhecidos pela ausência dela. Exemplo: e5, d4,
sua própria peça na nova casa, tiver soltado da mão a peça a5.
que capturou;
b) no caso de roque, quando o jogador tiver soltado 5 As oito colunas (da esquerda para direita para as bran-
da mão a torre na casa previamente atravessada pelo rei. cas e da direita para esquerda para as pretas) são indi-
Após o jogador ter soltado da mão o rei, o lance não esta- cadas por letras minúsculas, a, b, c, d, e, f, g e h, respec-
ria implementado, mas o jogador não mais tem o direito de tivamente.
fazer qualquer outro lance a não ser rocar naquela ala, se
isto for legal; 6 As oito fileiras (de baixo para cima para o jogador das
c) no caso de promoção de peão, quando o peão tiver Brancas e de cima para baixo para o jogador das Pretas)
sido removido do tabuleiro e a mão do jogador tiver solta- são numeradas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, respectivamente.
do a nova peça, após colocá-la na casa de promoção. Se o Consequentemente, na posição inicial as peças brancas
jogador já tiver soltado de sua mão o peão que alcançou a são colocadas na primeira e segunda fileiras; as peças
casa de promoção, o movimento ainda não está completo, pretas são colocadas nas oitava e sétima fileiras.
mas o jogador não tem mais o direito de jogar o peão para
outra casa.

42 Coleção Noções Básicas de Xadrez 43


7 Como consequência das regras anteriores, cada uma casa de saída, e c) a casa de chegada.
das 64 casas é invariavelmente indicada por uma úni- 10.2 Se as duas peças estão na mesma coluna: por a)
ca combinação de uma letra com um número a primeira letra do nome da peça, b) a fileira da
casa de saída, e c) a casa de chegada.
8 Cada lance de uma peça é indicado pela (a) primeira 10.3 Se as peças estão em diferentes colunas e filei-
letra do nome da peça em questão e (b) a casa de che- ras, o método (1) é preferível. No caso de uma
gada. Não há hífen entre (a) e (b). Exemplos: Be5, Cf3, captura, um ‘x’ é acrescentado entre (b) e (c).
Td1. No caso dos peões, apenas a casa de chegada é in-
dicada. Exemplos: e5, d4, a5. Exemplos:
Há dois cavalos, nas casas g1 e e1, e um deles se move à casa f3: ou
pretas
Cgf3 ou Cef3, conforme o caso.
a8 b8 c8 d8 e8 f8 g8 h8
Há dois cavalos, nas casas g5 e g1, e um deles se move à casa f3:
ou C5f3 ou C1f3, conforme o caso.
a7 b7 c7 d7 e7 f7 g7 h7
Há dois cavalos, nas casas h2 e d4, e um deles se move à casa f3:
a6 b6 c6 d6 e6 f6 g6 h6 ou Chf3 ou Cdf3, conforme o caso.
a5 b5 c5 d5 e5 f5 g5 h5 Se uma captura acontece na casa f3, os exemplos prévios são
Diagrama 58 mudados pelo acréscimo de um “x”:
a4 b4 c4 d4 e4 f4 g4 h4
a) ou Cgxf3 ou Cexf3, b) ou C5xf3 ou C1xf3, c) ou Chxf3 ou Cdxf3,
a3 b3 c3 d3 e3 f3 g3 h3 conforme o caso.
a2 b2 c2 d2 e2 f2 g2 h2

a1 b1 c1 d1 e1 f1 g1 h1 11 Se dois peões podem capturar a mesma peça do opo-


nente, o peão que se moveu é indicado por (a) a letra da
brancas coluna de saída, (b) um ‘x’, c) a casa de chegada. Exem-
plo: se há peões brancos nas casas c4 e e4 e uma peça
9 Quando uma peça faz uma captura, um x é inserido en- preta em d5, a anotação do lance branco é ou cxd5 ou
tre (a) a primeira letra e o nome da peça em questão exd5, conforme o caso.
e (b) a casa de chegada. Exemplos: Bxe5, Cxf3, Txd1.
Quando o peão faz uma captura, não apenas a casa de 12 No caso de uma promoção de peão, o lance de peão é
chegada é indicada, mas também a coluna de saída, se- indicado, seguido imediatamente pela primeira letra
guida por um “x”. Exemplos: dxe5, gxf3, axb5. No caso da nova peça. Exemplos: d8D, f8C, b1B, g1T.
de uma captura “en passant”, a casa de destino é dada,
indicando onde o peão ficou e as letras ‘e. p.’ são acres- 13 A oferta de empate deve ser sinalizada como (=)
centadas à notação.

10 Se duas peças idênticas podem ir para a mesma casa,


a peça que é movida é indicada como segue:
10.1 Se ambas as peças estão na mesma fileira: por a)
a primeira letra do nome da peça, b) a coluna da

44 Coleção Noções Básicas de Xadrez 45


Abreviações essenciais:
0-0 roque com torre h1 ou torre h8 (roque pequeno)
0-0-0 roque com torre a1 ou torre a8 (roque grande)
x captura 8. Exercícios
+ xeque
++ ou # xeque-mate
e. p. captura “en passant”

Exemplo de partida:
8.1 O Tabuleiro
1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4 4.Bd2 0-0 5.e4 d5 6.exd5 exd5 7.cxd5
Bxc3 8.Bxc3 Cxd5 9.Cf3 b6 10.Db3 Cxc3 11.bxc3 c5 12.Be2 cxd4 a) Complete as casas que faltam nos diagramas 1 e 2.
13.Cxd4 Te8 14.0-0 Cd7 15.a4 Cc5 16.Db4 Bb7 17.a5 ... etc. 1 2
Pretas Pretas

Brancas Brancas

b) Acrescente as coordenadas cartesianas ao lado dos diagramas 3 e 4.


3 4
Pretas Brancas

Brancas Pretas

46 Coleção Noções Básicas de Xadrez 47


c) Nos diagramas 6 a 13, escreva o nome das casas assinaladas. d) Nos diagramas 15 a 22, localize no tabuleiro as casas solicitadas.

5 - Exemplo 6 7 14 - Exemplo 15 16

= a8 = f3 = c6 = = = = = = = f2 = g7 = c8 = a5 = e8 = h3 = a1 = d6 = c4

8 9 10 17 18 19

= = = = = = = = = = h8 = d1 = c5 = g5 = e3 = b4 = f7 = b2 = d4

11 12 13 20 21 22

= = = = = = = = = = g2 = e5 = b6 = d2 = h6 = f5 = g4 = f1 = a3

48 Coleção Noções Básicas de Xadrez 49


8.2 O movimento das peças 8.3 Capturas: colocar a peça e ameaçar

a) Nos diagramas 24 a 31, assinale todas as casas por onde a peça pode se a) Nos diagramas 33 a 40, coloque no tabuleiro a peça que está ao lado
deslocar. de tal forma que esteja ameaçando capturar a peça que se encontra no
Obs.: o círculo preto indica que o movimento pertence às pretas. tabuleiro.

23 - Exemplo 24 25 32 - Exemplo 33 34

26 27 28 35 36 37

29 30 31 38 39 40

50 Coleção Noções Básicas de Xadrez 51


8.4 Capturas: fazer um movimento e ameaçar 8.5 O Xeque: colocar uma peça e aplicar xeque

a) Nos diagramas 42 a 49, faça um movimento que ameace a peça que está a) Nos diagramas 51 a 58, coloque no tabuleiro a peça que está ao lado de
no tabuleiro. tal forma que deixe o rei em xeque.

41 - Exemplo 42 43 50 - Exemplo 51 52

44 45 46 53 54 55

47 48 49 56 57 58

52 Coleção Noções Básicas de Xadrez 53


8.6 O Xeque: efetuar um movimento e aplicar xeque

a) Nos diagramas 60 a 67, faça um movimento que deixe o rei em xeque. b) Nos diagramas 69 a 76, faça um movimento que deixe o rei em xeque.

59 - Exemplo 60 61 68 - Exemplo 69 70

62 63 64 71 72 73

65 66 67 74 75 76

54 Coleção Noções Básicas de Xadrez 55


8.7 O Xeque: como escapar 8.8 O Xeque-mate

a) Nos diagramas 78 a 85, faça um movimento para sair do xeque. Quando a) Nos diagramas 87 a 94, coloque no tabuleiro a peça que está fora dele
houver mais de uma opção, escolha a melhor. de tal forma que deixe o rei em xeque-mate.

77 - Exemplo 78 79 86 - Exemplo 87 88

80 81 82 89 90 91

83 84 85 92 93 94

56 Coleção Noções Básicas de Xadrez 57


b) Nos diagramas 96 a 103, faça um movimento que aplique xeque-mate. c) Nos diagramas 105 a 112, faça um movimento que aplique xeque-mate.

95 - Exemplo 96 97 104 - Exemplo 105 106

98 99 100 107 108 109

101 102 103 110 111 112

58 Coleção Noções Básicas de Xadrez 59


d) Nos diagramas 113 a 121, faça um movimento com as peças brancas que e) Nos diagramas 122 a 130, faça um movimento com as peças brancas que
aplique xeque-mate em um lance. aplique xeque-mate em um lance.

113 - Exemplo 114 115 122 - Exemplo 123 124

116 117 118 125 126 127

119 120 121 128 129 130

60 Coleção Noções Básicas de Xadrez 61


8.9 Respostas d) Nos diagramas 14 a 22, localize no tabuleiro as casas solicitadas.

8.1. O tabuleiro

a) Complete as casas que faltam nos diagramas 1 e 2. 14 - Exemplo 15 16


1 2
Pretas Pretas

Brancas Brancas

= f2 = g7 = c8 = a5 = e8 = h3 = a1 = d6 = c4
17 18 19
b) Acrescente as coordenadas cartesianas ao lado dos diagramas 3 e 4.
3 4
Pretas Brancas

Brancas Pretas

= h8 = d1 = c5 = g5 = e3 = b4 = f7 = b2 = d4
20 21 22
c) Nos diagramas 6 a 13, escreva o nome das casas assinaladas.

6= = e7 = g8 = c3
7= = g4 = c2 = d5
8= = b2 = c5 = h5
9= = d6 = e3 = b7
10 = = d4 = f5 = c2
11 = = d5 = c1 =f6
12 = = d8 = e6 = g4
13 = = g5 = b4 = c6
= g2 = e5 = b6 = d2 = h6 = f5 = g4 = f1 = a3

62 Coleção Noções Básicas de Xadrez 63


8.2. O movimento das peças 8.3. Capturas: colocar a peça e ameaçar

a) Nos diagramas 23 a 31, assinale todas as casas por onde a peça pode se deslocar. a) Nos diagramas 32 a 40, coloque no tabuleiro a peça que está ao lado de tal forma que esteja
Obs.: o círculo preto indica que o movimento pertence às pretas. ameaçando capturar a peça que se encontra no tabuleiro. Quando houver mais de uma alterna-
tiva, todas estarão assinaladas.

23 - Exemplo 24 25 32 - Exemplo 33 34

26 27 28 35 36 37

38 39 40
29 30 31

64 Coleção Noções Básicas de Xadrez 65


8.4. Capturas: fazer um movimento e ameaçar 8.5. O Xeque: colocar uma peça e aplicar xeque

a) Nos diagramas 41 a 49, faça um movimento que ameace a peça que está no tabuleiro. a) Nos diagramas 50 a 58, coloque no tabuleiro a peça que está ao lado de tal forma que deixe o
rei em xeque. Havendo mais de uma alternativa, todas serão assinaladas.

41 - Exemplo 42 43 50 - Exemplo 51 52

44 45 46 53 54 55

47 48 49 56 57 58

66 Coleção Noções Básicas de Xadrez 67


8.6. O Xeque: efetuar um movimento e aplicar xeque b) Nos diagramas 68 a 76, faça um movimento que deixe o rei em xeque. Havendo mais de uma
alternativa, todas serão assinaladas.
a) Nos diagramas 59 a 67, faça um movimento que deixe o rei em xeque. Havendo mais de uma Obs.: o círculo preto indica que o movimento pertence às pretas.
alternativa, todas serão assinaladas.

59 - Exemplo 60 61 68 - Exemplo 69 70

62 63 64 71 72 73

74 75 76

65 66 67

68 Coleção Noções Básicas de Xadrez 69


8.7. O Xeque: como escapar 8.8. O xeque-mate

a) Nos diagramas 77 a 85, faça um movimento para sair do xeque. Quando houver mais de uma a) Nos diagramas 86 a 94, coloque no tabuleiro a peça que está fora dele de tal forma que deixe
opção, escolha a melhor. o rei em xeque-mate.

77 - Exemplo 78 79 86 - Exemplo 87 88

80 81 82 89 90 91

92 93 94
83 84 85

70 Coleção Noções Básicas de Xadrez 71


b) Nos diagramas 95 a 103, faça um movimento que aplique xeque-mate. c) Nos diagramas 104 a 112, faça um movimento que aplique xeque-mate.

95 - Exemplo 96 97 104 - Exemplo 105 106

98 99 100 107 108 109

110 111 112

101 102 103

72 Coleção Noções Básicas de Xadrez 73


d) Nos diagramas 113 a 121, faça um movimento com as peças brancas que aplique xeque mate e) Nos diagramas 122 a 130, faça um movimento com as peças brancas que aplique xeque-mate
em um lance. em um lance.

122 - Exemplo 123 124


113 - Exemplo 114 115

116 117 118


125 126 127

128 129 130

119 120 121

74 Coleção Noções Básicas de Xadrez 75


9. Referências
GOBET, F.; CAMPITELLI, G. Education and chess: A critical review. In
REDMAN, T. Chess and education: Selected essays from the Koltanowski
conference. Dallas, TX: Chess Program at the University of Texas at Dallas.
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mental. 96 p. Monografia, Especialização em Psicopedagogia – IBPEX, Curi-
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_____. Processos cognitivos no jogo de xadrez. 184 p. Dissertação, Mestrado


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_____. Raciocínio lógico e o jogo de xadrez: em busca de relações. 2009. 578f.


Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação. Universidade de Campinas,
Campinas, SP, 2009.

TIRADO, A. C. S. B.; SILVA, W. da. Meu primeiro livro de xadrez: curso para
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76 Coleção Noções Básicas de Xadrez 77

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