Kuschel - A Caminho de Uma Teopoética

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Kari-Joser KuscHet OS ESCRITORES E AS ESCRITURAS RETRATOS TEOLOGICO-LITERARIOS ‘Tradugio Pau Astor Soin VI A CAMINHO DE UMA TEOPOETICA* “Talves Deus mantenta alguns poctas& sua disposi (vejam que igo poeta), para que o falar sobre Ble preserve a sagredainredutti lidade que savenfotes ¢ tedogos deizaram eseapar de suas mos” A ‘ease de Kut Marti (Carinhoe dor, 1979) fai como epigrals 0 ponto de artida deste liveo. Voltamos aela agora, aaciados pelo material qu as idas de alguns grandes escritores puderam sos aferecon 41. Sobre a “sacra irtedutbilidade” do diseurso sobre Deus A fase acima contém diversas dimensSes de sonido, facilmente diferencidves,e todss de importante significado para ads. Comecenos pelo fim: — De Ini, a expresso ctv ao ireduidade — que spon para « mens da erin eel e elisa de nasa refeain Tae epee ‘aul na aiemado de que “sacerdtes ¢ tego eonuadicen ara feqtéci 0 Deas vio, o Devs de Abra ae ¢ Jc Deus Pa 4: Jes Cristo, com uma grandena rte salclive lela ene airmago de que eles tem rebaimado sindsponbiae de Devs a0 ‘ie de um morlisno piedoso ede wan eanolayo ares a ices Aime a que a "sa redid endo se deve conf oa 2 lvedutdae eica do sagzad) ~ er, que «“nlapntiidade= *imprevisitidade do prérin Deus teri sido transforms et “Tao de Pa Aer Sate Akestnagioe em preven niosagada.O dirs sobre 0 “Deus anto® teria silo trnsfomad em sedatv prs a wangiiasia de rises existe ii calmate pra as nostalgia elo, nario par oaguatment> Ae exprinia dlooss de sofrimento em meio um mundo que sida sper pr ua savage defi. — Okt expres cha: Drus mucin sua dpa, Com esas plees, querse marca ites tec pela Haus melbor,o interest ds Das pels poets, o paver de Deus diate da teat. Esso € is bo que o interes qu o elges pss er por cbs terri. Quecse dizer sequin es estos — de aordo com os ersnamenis dis Bs ‘ras — tem a vr com ui Das que que sro Des ds vu eo dos moras; que So quer se denieado com toda os sntenss telgons sev Gl, conebdos plo sexes humanas O pre Dous tm grado Sree em qu ha pessoas capes de venir imeduiade dle ‘meine, © que, ao express, orem peel aos cuts a into dot ‘isos ison ex que ose umsno ingen, pr not eu Des, ‘ass apenas estar no camino em desi a Be Des man sua dsp Sie. Com ss tb x pens rama nas rsrvas de Des dite A toda erat, no protest de Deus conf afl nna do mundo cm nome da esis, a ditnca que Des assume er reac aos proda- tos dos potas que crdem ji ter encontmdo ceu Deus na forma ou nt lingugem. Dens mantén due dps significa: Deas continua a ex sue, também dante de tla os pron da ate Por fim, 2 plarachave puts a excl dese to no comespnd forms sigma, einsdéacis en uma ezasguaco stints, Mais que iso, exgressa as expects impos testa — sere ‘wb screws de nosso tei, Express ob exo or una pen ‘oltre de residade por meio defor eda Hnguage. SS merece + ‘eign “pos” o eta que tena prcoptvelem sa ba interpre- apo darealdade como resskadode um proceso de blo Brio com a linguge, $6 meee a esignagiohaorea deers” eset que, por além d ods representsio pd, log ingest afando na rea 4s provndo asi sua colaoralo& desbanalzag david. [Na conclusio deste lio, a intengo ¢ fla sobre esses tréscompo- nents: a critics a Deus feta pelos pootas, a critic &lveratua feita em rome de Deus, © a tarefs da iterate ¢ da telogia de colaborar com & apreensto mais densa da reaidade. a0 hte FUN Teor 2.0 discurso sobre Deus como decorréncia de experignicas de eise Nata scoot com tii om exert & pia sn es tgs iran arn pease aban Vina dic bre Des sent ences ener Sin da concn ue impos ae ini ep No ct te Af, 2 up deed pads geri come es nto a i gran al nt a oe nent i ital ua, soo ene wile el a protecdo de uma existén patna eilvanetts Danatere rman a Sani aa pre See owe desl ena 3 her ci ssi etme es as St eal cheer ‘Sos eo coe are tr Ae cted emcee eee ee sila tet al ae tent Pa soc em rere SS accemmscctcr suse images Srocages rains amano tn ‘86 foi possivel oo ‘belas cangées de despedida. A esse Deus da infin. SST ani epee ee reece a ee sot inet Serena ei uc et ay ae foi her a © laso tanto na vida pessoal, inclusive em momentos de grande privacie a ade, como nos textos literrios. Apenas com 0 sungimento do poder “antidvino” do fascismio, Thomas Mann mostrouse disposto a red rmensionar os temas reiggoe tia, cristandade e humanidade — mas de modo que a herange da eitica moderna 8 religio se mansveste sempre perceptive 8. Contra o Deus do além Ve dizer, assim, que 0 discuran sobre Deus nos grandes estos da literatura alemi do séeulo XX ¢ fagmentado, itrado por eiticas ‘deolieas, mas nem po st rfvado. Apesarde tudo, persists 0 esfor sp de encontrar nele um sentido — a revelia de todas ax decepates, contradiges eda insondebiidade.Apesur de tudo, persist o efor 202 sleangar uma forma de afrmacgo da relidade transcendente que 25 resrgées feta por uma exten elisics A ligio nfo puderam simples: ‘ments eliminar.Vojamos alguns detalos, antes de ebegar a conelusdes ineriios No caso de Franz Kafka, sua expeiéncia dl realdade, mazeada 0 sufciente por fracaeos, det testemunho de decepgbese enigmatizagies di realidade, mas jamais condi aun declrago inca deinenaates, no que se refere as coisas de Deus. Nenhm dos grandes peronagens Jafkianos abre mo da esperanca de congustar em aigum momento 0 Aircito de integrarasociedade humana, de vier conform a “Le” enbora rio se garenta a nentuma delas vvencae ag e neste momento essa expeigncia acolhedore, nem essa congrubnea com a lei. Pudemos ver acim: emborehaja em Kafka a experinca da auséncia de Deus, nto corre uma negasio de Deus; Deus esti obscura, mas no se ia indie. rents ale; a transcendénca torns-se enigma, mas nfo é nodada.O Deus de Franz Kafka permanecen enigmaticamente obscuro, inakcengéve, insceaivel A experiencia de teanscendéncia (tnt itera, a obras, como pessoa, nes dros, arts sforiemos) foi pam Kafe va expe Féncin de “transcendéncia negativ’ No caso de Rainer Maria Rik, a experitncia religosa de rupura

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