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OS SENTIDOS E AS PALAVRAS —— + playa € um sina que usamos para representa alguma coisa, 1&0 fico sina que wsamos na nossa expressto, mas é um \neipas: Também wsamos gests, melodias, a posica0 de nosso ssa fisonomia,enfim,usimos muitos outros sinais para expres- veremos, masa palavra tem lugar de desiague. tal mito especial que chamamos de paves s6 funciona por junio vsamos, gsoeiamos a ele wm sentido construido em una Wo coltualmente definida. Po iss, os sentidas que asociamos as sow sempre madando: porgue a sitaagbes em gue as palavras sestao sempre mudando, Nenhuma palara tem um seatido sve sh dla e sempre dela. NOs & que asioiamos as setidos is tu mumento em que a usamos, ua cultura, porém, um uso mais comum para cada pa Jose uso coma fz com que wm sentido costumeio sja associa. « palasa, Fsse sentido costumeiro € aquele em que primeiro 8 quid ouviews a palava isola, porque &0 sentido em que jos avistumados & uss, Mas o Fito de a palavia eer um sentido elt to implica que ese sg sew dni sent, om Brine o asociamos umm sentido a uni plas, ela pass a ser ei representa alguma cosa do mundo, sea do mundo rea, sea ‘de um mundo que nbs mesmos cramos. Assim, as palavas foncionam tanto para falar daquilo que existe, quanto para falar daquilo que m0 ‘existe realmente Informagio 20 professor: trminologlarelalonada Srl 2 Seno 3, Refer, 4 Context, Sennen ee POR QUE ESTUDAR? | E importante saber que os sentidos que as palaveas tm mio so propramente dlas, mas que os flantes & que asociam esses Seatidos 38. Palavras, Isso, além de mostrar como a lingua funciona na pritica, mostra © poder que os falantestém de dar as palavras outos sentidos que eas -no parecem ter costumeiramente CConhece isso faz também com que 6 aluno teaha mais cudado na hho de se expresar Ele ficati mais atenta a0 fat de que wma para ve, costumeiramente,nio éassocada a um sentido problemétio pode: 1 adguirir um sentido inesprado em determinada situagso de ute. Além dis, o aluno poder! vefcar como os sens das plawas que cleus tim um vincuo direto com 9 ambiente cultural em que ele fi eriado. le poder reonhecer a importaca de sua prpriacomunidae de fala € opstatar que todos somos diferentes, falamos de formas diferentes, vemos 0 mundo de formas dienes e que isto & muito bom. Assn, ee tender a dar valor ao seu ambiente cultural erespitaras cultura das outros. B COMO ESTUDAR? | (© estudo do sentido das palavras pode pati ds sents costum ros, O professor e s alunos podem iniiar 6 trabalho com a exploragio hos dcionivos. Alqumas desas atividades de exporagio so @ Encontre no dicionério os diversos sentidos de algumas palavras 6 lois, dena quais 0s sentidas de cada palavea sto considerados os (os sentidos costumeiros) quais s40 08 mais esranbos + alunos, agieles que os alunos nunca imaginaram que a palawra Jovia apeesentar. Por exemplo, a maioria das eriangas sabe que, iramente, associamos & plavza “pe” 0 sentido que aponta para un pte de nosso corpo, mas desconhece que essa palavra pode ser vs, em certas caltrase situaebes, para repesenar bagapo das uvas| © 0 prieaico vinho é extraido © tincontre no dicionério palavras que os alunos nunca leram nem vam ¢ tente defini qual seria © sentido costumeiro desaspalavras: swamente, sem consular 0 verbete do diconiri, ou sea, somente 1 "cua da palavra, © mam segundo momento, confrindo as opinides Jos slunos com as informagtes dadas no dicionério. O professor pode jr atividade perguntando se aguelapalara & 0 nome de agama coi 100 si, por exemplo, ou dando pists do que se tat © Locontre no dicionério as palavras mais engracadas, mais esqui silos, mas bonitas, mai fess, mais chaemosas, mais elegantes, mais le ‘ns pesadas ais difeis de promanciar o algum outro csitxio de slo de poss ser compreendido por professor e alunos. Verifique quais «ides dads no diciondrio para cada uma dessus paavras ene ea Jecer quis seram os sentidos costameiros delas. Comente com os al Ws pw que eles acharam que elas eram enravadss, ou fei, charmosas ic serifique se todos sveram as mesmas sensagbes em rlagdo a essas Jlnts. Também, podese vericar se alguma palavra estrana para um wv cons para out, porque € usada na comunidade ov na familia 0 € wsada na do out, ror exemplo, a primeira vez que ouvi a palvra “pororoca”, ache ‘4 mesma uma palayra muito engragada e achei que era 0 nome de ui pssaro om peine, Depois que cone a fox do Amazonas, vi que We posses ali savarn essa pala costumeirament, sem nenbuma es- lianhoza, e que 0 sentido costumeito dela era mesmo o que apontava rn 0 fendmeno do encontr da maré com a correte do tio Amazonas, omo a mairie dos diciondrios apresentava, Pore, em un casa, ov mde dizer para 0 flho que estava fazendo muita bagunca: “Sai daqu, pproroca! Para com isso”. Pude perceber gue aquelapalava to comin -naquele lugar, mesmo ali poderia ser wsada com outo sentido, rerindo-se a alguém que faz barulho, bagunya, desturdo, como a pororoca 20 Ho ssa & uma tipca experincia cura relacionada ao wso das plavas. Os unos devem ter sun atenpio despetada para experidacias como ess ‘Além do diciondio, ouras avidades podem ser realzadas com 0 ‘conhecimento pessoal dos alunos, como esta: © Peca que os alunos listem palavras que se rerem & realidade (asa, flor, Sapato eta.) e palavras que sereferem a mundo ireais (sc, Tobisomem, fantasma et). Verique com o8 alunos se todos concordam ‘com as lists uns dos outros. Debata sobre as razBes que levam pessoas a screditar que algumas dessas palaras representam mundos fcticios € ‘oueas pessoas a acreitar que as mesmaspalavras filam de manos reas (am bom exemplo € a palavra“fantasma"), Reforce o fto de que, com 8s palayras, podemos falar de mundos reais ou ciar mundos fio, Para cada uma dessas atividades explorathrias, atividades comple ‘mentares podem ser desenvolvidas. Entretanto, esas aividades explora: {Grias podem ser consideradas como jogos, simplesmente, Podem ser esenvolvidas pelo praver de exploraro dicionéro, a propria cultura dos alunos, a compreensio pesoal dis palavas, em que oaluno seja obriga- do a fazer sentenges ou redagdes usando essa plavas depos de enconté- las etemtar defini seus sentidos. Bssas atividades explora podem ‘ser vistas como “jogos com palavas". Enttanto, algumas desss atv clades complementaes podem ser bem divertdas © Teate escrever um texto em que aparecam muitas palavras feias 1 ridiculas ox difces de pronunciar © depis liao texto em sala para verse € possivel associara ele um sentido interessant, aiém de avalia & ago das outras pessoas a ease ipo de ext, Procure defini see em qe situagdes um texo assim podera ser ti, Faga © mesmo em relagio & palavas bonitas, charmosas, elegantes et ‘© Temte escrever sentengas que garantam que determinada palavra 6 possa ser entendida em seu sentido costumeito e nunca em outta to qualquer, Por exemplo, na sentenga: “O pasarinh do mev tio ‘i igindo da gaol, mas ele echow a porinhol.”", as paras "pass- "gaia" “portnhola” podem ser facimente associadas a diver ndos cada uma (por exemplo, “pasarinho” = “meu primo”, “go “quarto do meu primo", “porinhola" = "porta do quarto do meu rn) J na sentenga "Meu ti tem um eandsiodo-eino que é um pas rtcada”, porque a prsenga do nome “eanirio-doveino” parece limi lov nuis 0 sentido ds sentenga. Deve-se naar, porés, que em tm censvio wit especial, a palvea“passrinho” ainda pode, mesmo nessa gentenss, i sentido (poe exemplo, se eu considera que me primo cantor tema vida de “Canitiodo-Reino" desde a infincs). ©’ pare de rexos exerts peos alunos ou colecionados de ov (vs ots, dfina que informagdes do contextoe do cenéro nos levam & um sentido costumeio a uma palavra. Por exemplo, porque rie No se tem a tendEncia de interpreta x palavra “casa, no texto abaixo, yi tendo seu sentido eostumeiro de “eonstrugzo residencial” Swi um timo pico. Papa chamowo para constr algumasparedes Issa cs, que etavam com rachadars, Depo do trabalbo dos ost, feo parecend nova. E mto goss marr em uma cas com [pais de twabathados os sentidos costumes, pogese partir para sks ni costumieiras. Mutas aividadesinteressantes so poss Sg agama © \ pati daqueas lists de palavras com seus sentidos costume’ Jo detinids, podem se riads senteagas em que sea posivel associa sides spars esolhidas, Ou enti uma sentenga chave pode fr propnsta para a elas e todos os alunos podem imaginarcendrios em {08 vents asoeiados a palavra em foeosejam ao eostumeios. Por femplo, que outros sentdos poderiamos associar ds palaveas "gua aia” € “fara” no ditado popular: “Agua mole em pedea dura tanta @ Procure, em poesias (incluindo letras poéticas de misica) pala- ras que, ali, sejam assocadas a sentdos nto costumeiros. Prooure ver: fear quais sko as informasdes que o texto nos raz para chegarmos & conclusio de que o sentido ai € nto costuseico © Ovca programas de rédio ou assista a programas de televisio ‘com os alunos para verificar se ocorre algum uso de uma palavra em sentido ndo costumeir. Procure verificar quais as informagoes que 0s levaram a chegar& conclusio de que os sentdos ali eram nao costumei- 1s Por exemplo, em um programa de ridio ransmitido em uma cidade 420 norte do Brasil, 0 arrador tina como tum de seus jarges: “Agora é hora de ir descansar 0 mocoté, Dora Maria.” Como podemos entender a8 palavas “descansar”, "mocots” e "Dona Maria” nessa sentenga? © Peca que os alunos colecionem palavras em sua comunidade, prestando atencto a quando ¢ como as pessoas flam, anotando as pal: ras que ees a acham engragadas, fas, honitas, elegunts,charmosas ete ‘no conseguiram entender, «.acham que foram vsadas em um sentido difrente do habitual 4. gostariam de aprender para poder repetir em siuapSes adequadas;, ‘© acham que foram imitadas de programas de televsa0; Facham que foram usadas de “forma erada” ‘Para cada colegio de paras, comente com os alunos as tases gue (os levaram a chega i concusto de que as plavras que eles anctaram se cenguadravam naquele grupo, Além diss, pode-se utilizar estas paras «qu foram anotadas para criar uma encena¢io capaz de caracteiaat @ ma- ‘ela de falar daquela comunidade ou daquela pessoa que foi observada, {00 SUGESTOES RELACIONADAS AO TEMA | 1 Aprovete este ema para familariza os alunos com o dion, Insta nis € moste a eles 0 quanto essa fen sracterizar 0 diciondrio como “o pai dos buros” ecaracterzi- wma ferramenta de quem gosta de aprender e eescer © Amovet, também, para chamar a atengo dos alunos para a fila Wi ss comunidades. Mostre-thes a beleza ea importincia cultural de Jers comunidades que se expressam de formas diferentes, & | ‘Ca lingua apresenta Formas diferentes de construr as palaras que Weta usadas. O brasileiro, assim como as demas linguas, também 0 as faemas propria de construirpaavras | Construn ravavaas | "sa constuirplawas,usamos “pedacinhos de paar” que podem ols em dirs paleeas, desde gue selamos capazes de seguir alg 1s seas. ses pedacinos de pala podem ser asocados a sen eis, dependendo da palarae da forma como sto usados, Loiservagoes: | Nesse primer tipico sobre a construglo de paras, chamare- tvs a atengto dos alunos apenas para ofato de que as palavres ‘so dvsiveis om unidades que podem ser asociadas a sentidos. Naw tees seins, estudaemosespecitiamente os processos ste formagao de patra. ‘Auilizage da tesminologa para identifiaso dos morfemas pode ‘corer nas séves mais avangadas, isto &, ld pela sexta ou sétima véves. Nas cinco série nas, esa terminologia& dspensivel, InvornnagAo a0 professor: terminologiarelacionada "Troan oa de pls 2 Portes, 1 vc ga wm POR QUE ESTUDAR? | Osprocestos de formagio de palaveas sto aprendids empircamen- te pelos falantes de wma lingua materna logo nos primeirs estgios. Desde muito pequenas, as criancas “manipulam” a morfologa da in- ua e chegam a criar palavras de que necesitam para expressar-st. Este {pico tem a fnalidade de chara 2 ateneto dos alunos para uma tma- «da de conseigncia desses procesos, que so Uteis em diversosaspectos relacionados & comunicagto, BS COMO ESTUDAR? | ‘Como exe pimeito tpico visa chamara atengio das criangas ape nas para a divisiilidade das palavras, nenhura atvidade que leve 20 isolamentoe & identfcagio de proessosespecifcos ¢ necessiria, Pode- ‘mos comegar comparando palavras para ver se encontramos pedacihos ‘comune a elas eidentificando os sentidos costumeiramente associa a cada um desses pedacinhos: © observe algumas listas de palavras construidas pelo professor CConém coocar as palavras umas abaixo das otras, Eis alguns exemplos mse Pens | owe | Anon ‘bron Caia | Patri | Devena | Asante ‘mow Cats | Pate | Devos | Assia Amre—Gasmento | Pode | Devan | Asin ‘mara Cone ewe | Aniando ‘rude Caste Deer | Asim Fim cada uma desas lisa, o professor pode propor aos alunos uma nparagdo do que € comum e que permita chegar a uma divisdo bisica Je “base” + "0 resto", Teiamos algo assim: wa Ga Face] Oxo Aninar corario | Pewars | Deven | Asam Devise Inco conseguido, © professor pode perguntar que sentidos biscos 1 ser assciados ao primeiro pedacinho de cada grupo (que € 0 radi san io € preciso dizer iso a08 alunos) e que difrenca sed quando svescenta “o rest” a cada palavra. Essa diferenea permite ver que rslaciho gue resa também pode ser assoiado a um sentido Pro ui nlemificarexses sentido dos pedacinhos que restam em cada pala- 9 64088 eles Fancionan em outas paves Vor exempla, posto ver que o pedacinho “ava” di ideia de que se fori aly antes (no passado) (ameava, casava,assinava), Esse pedaci- hh Innciona em outea palavas? Vamos tsar Gelade ~ geladlzeva? Janela = janelava? Comer comava Ve — ped? Ale ~ andavat sae psa Ayona,povemos tear descobrir com as alunos por que ese peda Sho funciona com algumas palaras © mo funciona com outa ‘Un ative interessante paratestaresspossiidadescombintirias $6 comport de cartes com peacinhos de paw pode produzir com os alunos cartes com pedacinhos de pals, cada ca- {Go com um pedacinto. Por exemplo, com os pedacinos que aprecem mas lists acim, alm de outros que aparam em outs lists. E impomante ‘que existam viros cares repetdes, isto € com os mesmos peaches es ‘its: varios ca], vtios Bo, vénos fava], e assim por diane: Os alunos poder ser levados a combinar exes cares para formar pala, Pode ‘ia ogras eo vier um jogo para grupos ow pra a ase Um exemplo de regra de jogo & ete divide-se a clase em dois gr ‘os. Cada grupo recebe determinada quantidade de cartas(sugerese vi tee cinco), Um grupo ina 0 jogo colocando no quadro um pedacinho e palava. O outro grupo devera completa a palavra com outro pedaci- ‘ho, de forma a consruir uma palavra reconhecida por todos e, entao, dizer 0s sentidos que os dois pedacinhos apresentam separadamente € ue produzitam juntos (p. ex: 0 peimeizo grupo coloca [onal]; 0 segundo spo coloca [eas ¢ informa que [cas] & associa ao seatdo de "cons ‘ruglo em que a gente mora” e que (ona) dé dein de coisa grande logo, ceasona ¢ uma constragso bem grande para a gente moar). Cada acerto (composicio da palava + satis) di dois pontos Se a equipecoaseguir compor a paluvra, mas evar nos seatidos,ganha apenas um ponto. Se @ equipe ndo tiver nenhum cartdo que permita compor uma palara, ela passa a ver e nio gama pontos. Se a equipe que colocou o primeira pedacinho tiver um caro pare completa a palavra, depois que a outa passr, ela poderd formar a palavra¢ ganhar os pont comespondentes. ‘ence a equipe com maior nimero de pontos 20 final ‘Una variagio dese jogo & a segunte: cada grupo recebe apenas 10 ‘cates eo cartes restates fica no monte de comprat,O jogo tanscone ‘da mesma forma, uma equipe colocando um pedacinhoe a outa tendo que ‘completa a palavra ede apresenar os sentido das pares e a compoxicio final, Mas nessa vavago isso ocoee sem conta ponas e observando-s que, ‘em cato dea eipe nfo ter nas mis nenbum pedacinho que permit for ‘mar uma palara, ela deer comprar um novo cartio no monte. Seo arto svi para formar a pala, ela deve uso, se nilo servi, deer fcr com cle. Vencer 0 jogo a equipe que acabar primeito os cartes o4 que fiver menos cartes ao inal do tempo determina para 0 jog © Jogos orais também podem ser fetos, Os alunos podem propor vs outros pedacinhos de palavea para ser comperados. @ ouwo caminho ¢ partir de sentdos para as palavras possiveis. 0 woessor pode propor algumas composigdes que os alunos deverdo con- rier em palavas, For exempl: | animal que vive na Sgua + tamanho pequeno = peixinho, baleiazinha; 2. miguina que vsamos para nos tansportar + tamanko grande = carro, renzo, onibusio; 5. parte colori das plantas com que a gente faz bugués + quantida- de de mais de um = flores 4 esporte que se joga com bola + qualidade inferior voleizinho, basquetezinho; 5, pals + indicagio de origem por nascimento = basileco, bolivia 0, argentino, @ tmoponba anise de pala compostas (cont mais de uma “asc”) + tir dos semtdae ds pares eda sentido da comporgo fal. Exemploe | Oat o sentido das partes e 6 composici final dessa paleras rebolainho, ‘veo bea = Ieijalor = fe 1 de moleyue ae ‘veda prraquedas ‘Observagio: para resolver cada um desses exrcicios, os alunos sem. pe rocorrerdo a suas informapbes culturas, que so diferentes. Portanto, resposas diferentes, desde que coerents, nlo slo somente esperadas, ‘como slo desejadas e devem ser explonadas pelo professor em sla. Se ‘SURESTOES RELACIONADAS AO TEMA | af Embora operem naturalmente com a fiagmentario © com a com posigdo de palaras, as crangas normalmenteapresentam certa diiclda- de para adquiris consciénca dese processo, Além de paciéncia¢ et, 0 professor deve recorrer bastante as posibilidades lédicas do tema, es «quecendo um poueo as avaliagies quantitative se permitindo usar mais tempo nesses jogos de palavras, que despertari a atengdo das criangas ‘ara questes importantes de sentido e que fardo com que prestem mais tengo ds palavas que wsam. Flexdes & oan | (Cada lingua possui formas espeias de marear nas plavasalgns sen- tidos importantes ma cultura que € servida por esa lingua. Essa formas ‘speciis podem serusudas, também, pra fazer com que as paavrasconcor dem entre si, formando grupos de palavas que funcionam mas sentenas No brasileiro, esses sentidos espeins so: > se a palavra€ masculina ou feminna; > se a palava indica um ou mais de um » sea para india quem fla, com quem se fala ou de quem sil » sea palavra indica algo que acontces, que est acontecendo ou que vai acontecer, Inftormagzo 20 professor: terminologa relacionada resonant 2 Pedovorbal 3. Deane, we POR QUE ESTUDAR? | » brasileiro, a flexdo & o process fundamental para a consiucio| vie ctrmturas concordantes. O processo de fizer palavras concordarem, fie a base da marcagao das estrturas nominaise interfere na cos: ign da senenga como um todo, inclusive na dfinicto de estruwras inion como suetoe predcade, Assim sendo, percebere ser capaz de owilear palaras flexionadas e estrauras concordantes & importante on 0 eonstrugto de senteaeas e para sua anise ‘le sso, no padrio dito “eulto” do brasileiro, a concordincia ‘lunlante ¢requerida como marea de “coreegio”. A crianga que domi- yy cove process tert mais facidade para a cealizagto de senteneas em prs He pao i do que 0 aluno que nao tverconscincia dle e for flame euos Go COMO ESTUDAR?: | No tna antesiog, fo proposta uma divsto das palavras em “base” 9 10" Agora, vamos iniiar © aprofundament> dessa dvi, dan- Pe leo pots podacinos que indica Inaseutino ou feminina (gnero}, + umn mais de um (rimero quew fa, com quer se fla ov de quem se fla (pessoa); dno, agora € depos (empoy, ses pedacinhoss20 as desnéncis (mas no precisa fla iso para 10s alunos). B bom que o professor focalize, primeiramente, um grspo de cada vez. Posteiormente, pode misturar 08 caso8. © Proponha a anise comparative de palavras para descobrirquais ‘0 08 pedaciahos que indicam: 1 masculina e feminine: ato, gata [gavo, gata ‘al, galinha (sa, gal-nhal ‘achorro,cachora [eachoro, cachor3} ‘menino, meaina [menin-o, menin-a} ‘maestro, maesrina [maesteo, maestrina] apa, papisa(pap-, papa] eine, pita [peixe, peiea] (dale do nore do Brasil) reste, mesta [mestee, mestea) Pode-se ver que indicam mascuino, nessas palaves, 0 pedacinhos 1, © €-a indicam feminino-2, nha, -na, sa, Muitos outros exemplos devem ser explorado, 2,um e mais que um (unidade e nto unidade Bao, gatos [gato, gatos} salina, galinhas (glint, galas} ‘menine, meainos [menino, meninos) rape, rapazes [rapaz, rapa] fei, flies [eli felis] automével, automéves fautomével, autombveis] ‘moral, moras [mortal, moras) Pode-se ver, portanto, que temos um pedacinho em especial que in dca que € mais de um. Psse pedacinho ¢ 0. Além dele, ocore unt Forma es em algumas palarrat ex outas, para que -s poss ser acres ‘entado,algum som tem que ser modifeado (como em “mots” © “a tomdves" que é bem df falar “morals” ov “automévele”). 3. quem fla, com quem se fil, de quem se ila (0) gosto {gosto} — (quem fala) (ocd) gosta [gosta] — (com quem se fala) (a) gosta ou gostas [gosta gost] — (com quem se fa) (ele) gosta (gosta] — (de quem se fla) Aém de marcar quem fala, om quem se fla como uma pessoa ou ‘88, ainda podemos marcar que sio vérias pesos ow cosas (oe) gostamos[gostamos] — (was de wma pessoa falando) {vos gosta [gost ama] — (mais de uma pessoa com quem se fla) {ck gars ana — (mas de uma pessoa owes de quem fla) antes, agora e depois sto [gosto] — (agora) ste [gost] — (antes) stare [gostarei] — (epais) somo [como] — (agora) ‘omnia oom] — antes) ‘oomereifconerei] — (depois) Nas lavas acima, indicam 0 antes os pedacinkos ie a, 0 agora ) policinho 0 & depois os pedacinhos-are ere Obscevagdes: | Ness fase de anise, © professor lo tem que se preocupar com ‘ats do segint tipo: pode se ientifcada uma vogal temiticn ‘eval em -arei e outra em rei, concito de vogal temética € lomasiadamente abstrato para as eriancas. A ideia aqui €faztlas ‘ir que hi wm pedacinho da palavra qu indica tempo, e 0 exer cs sfiiente para isso, Psteriormente, 20 tabalhara morfologia slings em sis mais avangadas,a idea de uma vogal emitica ‘eral (ow nominal) poder sr introduzida, sessivamente, professor poder ir substituindo a teminolo- sl pela terminologa especifica (antes, agora © depois or pasado, present e futuro; quem fila, com quem se fla ede queso de qué de Fala por primi, senda e terceica pessoas; tin © mais que um por singular € plural). Mas nao deve haver ssn pa tl substituigto © Da mesma forma que se fez com a composicio de palavras com “bases” e "o resto”, pde-se propor jogos de palvras paras alunos nes- te tema, com cartes ou jogos ori, @ Ainda, outros jogos podem scr propostos como, por exemplo: ‘Quem coasegue recortar de uma revista, em cinco minutos, mais palavas gue indiquem: 1. mais de um ‘algo que aconteces antes algo que esti acontecendo 4. algo que vai acontecer depois <& mascalino feminino; Depois de recortadas as palavas, pode-seexplorara construgio des sas palavas eos pedacinhos que nicam aquilo que o professor enfoco. (Quem consegue agrupar um monte de cartes previamente labors dos plo profesor com verbs no passado, presente e Futro, em caixinas nes", “agora” e "depois", ses cartes trazem o radical do verbo em ‘uma cor €a desinénca de tempo em outo, para chamat a atensi0 do luno para padacinho que indica 0 tempo, ‘Quem consegue pendurar em um barbante estado na sala os ca (es onde cera. Esses carides, com verbos em diversos tempos, de- verio ser classificados pelos alunos em “antes”, “agora” © “depois” © podem ser presos 20 barbante com pregador de roupa, Ali, esse po dem scr 0: mesmos cartes utlizados na ativdade anterior, @ Chamar a atencto dos alunos para as mudangas na representaivi- ‘dade da palara quando alteramos genero,nimero, pessoa ¢ tempo tam ‘bém muito importante, Pode-se propor que cles desenhem ilstragoes para as palavras abaixo, prestando ateng20 nas mudaneas que tiveram «que fazer apenas porque mudamos im pedcinho de cada pala ilo faliaha ores Se ‘SUBESTOES RELACIONADAS AO TEMA | \ Para aprofandaro tema a flexo e das desnéncias no brasileiro, ‘wvomendo as prfessores que leiam os tens sobre flexto,desingncias € ‘winia ma Grama do base, de Ferarei Sr Teles. 0 professor deve estar ateto a0 fato de que existem outa for hs de expressia do tempo, do nero, do mimero eda pessoa gramati- ‘ona nga, mas, neste tema, estamos enfocando apenas as desinéncias. Fsasonteas formas de expresso aparecerdo em temas subsequentes, W Mostee aos alunos que 0 chamado pads “culto” do brasileiro 1 hunni das desinéaias como marca de correo, mas que nos inletos ocomentes no Brasil esa redundanca €rara. Econo hv desinocias sempre que jéesth marcado na sentenea, de algu- 1, sentda que se precisa exprssar. Por isso & que da forma ‘Ors homens extdiogns", cstumams fazer "O's homem est Mase a ees que sso no € “pecado", nem “feo”, nem "coisa {ie jvnleinorante, mas uma das mts formas possves de expresso na "lingua mater, Reforce, ainda, que essa forma com redundancia ‘soo € mas valorizada socialmente na lingua escrta © em ovis eases Formas de fala, e que ees dever fica atentos para ess inrfrit na realzago de objetivos pessoas, ‘olor, pos la poder Derivacoes S oaué | ‘Além dos sentdos especiis que entram em concondancia e que sia expresss pelas dsinéacas, o ras» apresenta a posibilidade dejun- ‘arms is palavas, também com pedacinhios de palvras que combing ‘mos fs bases, outros sentidos bem divesificados, camo, por exemple amano (pequeno, grande, minSiculo, enorme), distincia onge, pert, Junto), posi (em cima, embaixo,além de, em tno ée), mudanga de ‘estado, negacio,afimacio, gar, proceso ete. Ainda podemos promo- ‘ver mudanga de sentido geral das palavas, com pedacinhos desse mes ‘mo tipo, passando a palava de sua natureza nominal para uma natureza verbal, ou de verbal a nominal, ou de nominal a adjntva ou adverbial ‘etc, et, Eses pedacintios de sentido to variado sto chamados afixos, e © resultado de junti-os a uma palavra chamma-se deriva. Iafrmags0 a0 profesir:terminologiarelacionada Oita 2. Aus (wefuos ius) 32 Borne de pa @ POR QUE ESTUDAR® | A devvasio €a forma mais rca de construpio de palaas €& mais rodutva no brasileiro. Os falantesfazem uso deste recurso constante- ‘mente e€ relevante que as crianeas tenham conscigncia dese proceso € oahecimento dos diversosafixos (e sews sentidos) de que a lingua dis- Pe. Essa consciéncia permite um maior grau de "“manipulaio” da lin a, faciltando, em muito, a compreensio e a expresso, Por exemplo, a mera informacao de que opedcinho “te” Genstumei- amente associa aiden de inflamarao, de doenga, fila para a cian 9 compreensio de palaras como “brongute”,“amigdaite”, “int ‘Alen is ada 0 aluno (como fez certa vez um alupo mea em uma lo) a ia palavras interessante como “pasiotte”, que esse aluno iris coma send a “doenga no patrotsmo” do brasileiro, que ands, ej ee, em bax Gaon] ‘Comece chamando a atengio das lunes para 0s casos mais comuns nnwanga de sentido pelo acréscimo de aixos e, depois, passe para 0s ‘inns mais desconhecios. Sugio algumas atividades: @ imagine que tudo no mundo agora € grande, Como teria que ser cso 0 texto abaixo? Lembre-e que alguns pedacinhos de palavas que Inseam um tumanbo grande so: 4, -ona ago aa, arm, arto, "ln tem um ahr mito cbeete ques cama Blick, Mas Blackanés ‘wine, pong la frida peda Todas asta, Pe Back Ininsnancom aquéa bol Mas, agora astardessto vara Peo rea neon va ola ia de Back nes oe seucachoro qu doen tise. Aguas vespostas sugerdas por evangas foram estas | Paleo em um echoro mato obediente que cham Black. Mas nck ana cio isto, pore sua blona peferidona st perdido, filasastares, Posto eBlakdorinesam com equla bolo. Mas, go- icastandyse varios, dro risa encanta abolon preferidona de ‘ick anes ese cache gue doe de teen” rao tem un cichorto mato obedient que sechama Back. Mas Bac svi ci rite, porque oa lon peed est perdi, Todas as tarde, eine Bac bineam com anita boloaa. Mas, agora tarde si ‘cas Peso preci encontrara lana petra de Blak antes que seu “ho que dace de wise 5. "Peo tem um cacorayo mito oeente que se cham Blackao, Mas ako anda mei sao, por sa bolo pefenda et peta, “Todas as ade, Pedra Blac rina com al oan. Mas, 60 ah ee ae ae eC TRE wma = TAs ga eimaraage cme = iis Com respostas como essas nas mos, a classe pode avaliar quais si “he b: tone ncaco iceeni e tng ‘ranheza, se todas as palavras que foram “aumentadas" deveriam mes ne ‘mo to sido ou se palavras que ficariam melhor como estavam et Nes Breer, (© mesmo exerccio acima pode ser aplicado imaginando-se que to agora no mundo é pequeno, ou que é minéseulo eas mesmasavaiagbes fem conjnto podem ser feta a partir das resposas, ‘ra Shes nis bo ae itr = = se iniclam com a, ano ine e que indicam negago (como: anormal amoral, anargui, iit, inespaz, indmodo); (Con esas palavras formadas, 0 professor poder discutir com os ‘hos 9 liiuldade normal de farmar certs palavras ecoleconar alge Joos loons plavras que nos trazem divda nesse processo de derivagto or ont classe de palavras Pr exemplo, €"derrubada”, "derrubamento™ Jo "ewrubagao"? se iniciam com in- ow en- € que indicam movimento para dento (como: intemalizar,incrusar, incorer, enterar, embeber, entoniza, se iniciam com pro- eindicam movimento pata frente, adante eee a ees Alem sss, o profesor pode trabalhar com os alunos as mudancas ‘seus ni estrutura da sentenga para ser possvel pasar uma playa fw classe para outa. Por exemplo: A especialidade de Jost & acusar ‘A especaldade de José € a acusacio. 1 cs casos em que essa mudanga nao € interessante ou possivel. exemple: ‘eminam em rio ou-douro ¢indicam lugar (como: auitério, dor mit, bebedouro, matadouro}; ‘erminam em -ose ou tee indicam éoengas (come: exlros, ott, bronguite, tuberculos). @ Teansforme palavras cujo sentido costumer € de uma classe em palavras de outa clase acrescentando pedacinhos apropriados para 0, quando for possive {© cnamento de Maria com Joo Foi um show. (01) Oar le Maria com Jodo foi um show. @ Sias pramiticas tradicionais, aparecem muitas palavras estranbas ‘sav crams nos epittos sobre afixos, porque os autores citam afixos fo aie, sri, tpi, alias, germdnicas ete que formam p J youn vilzadas no dia a dia (om: sorvedouro, ignob, vib, Huvphar, Mei, comarcio, endociedi, riko, entre ow Woe fins) Cokcionealgumas dessa polavras difices, extras, cet cas om of ais, desvnchand sen sentido costume a pani al esa arias | greenies [0 gre iat panes qu frmar. Ese bao de colon as plas pode Owens | Hersmahapiais | Pours ‘ko com os prdprios alan. Smee ora rama eric, ol Depss de xudar a partes qu compte es pla ¢ res homreteme ads de sentido obtidos, o professor pode propor aos alunos que forment = annRa idk ta ahaccetialeiaaiienieaierion fw enconttem outras palarasformadas com eseas partes identificadas. oo gr Dents | “ou Ses) @ Levando em considera 0s sends costemeizos os ats, SS Sa rodese fizer um exerci de “adiviahagao" com ot akinos, baseado na etme | sea rts Fog de lfonaptes que o profson fec om tsar gee 6 ERT, | “Brena sin sore ours plas. Tomemoy as spun informatie Savcercen | sounion Tonio meg > roo pode nen ga, cae so pode inca profit on cups; areata 3 is pode indice cicaads, problems ree i a sujeoipredcado © no teste desobri o qv significa as plas abi: ocean 7 dispneia Quam is “Maniestase na pulewa | Manifest-se exclsvmen- 3 buniédromo witiede | Srevenoente | “erupt ee wicca” | node pe © {nino a grande produtividae proporcionaa lingua pela de prc explont bastante a eravidade dos alunos na formaczo de vos maa no entendimerto das pals que eles considera dite Se ‘SUSESTGES RELACIONADAS AO TEMA | 5 0 quadvo a seguit fi retrado da Grams do brass de Fee 4 Teles. Convém que o professor tenha uma visio bastante segurs do Criar pataveas novas & out? | DMuitas vezes, queremos expressar uma ideia para a qual nto co- 0s uma palaviy que sejtcostumeiramente usada em relagto & iso fcticias, que in Ontes vezes,inventamos cosas now, precisam ter um nome, mas que, por Serem aovas, ainda no tém esse rome. Nesses casos, podemos crar palavras navas para dizer aquilo que queremos expressar I Nesogs. 1. rtro ingaes we POR QUE ESTUDAR? | ‘As necessdades de expresso da cultura encontram eco na lng ‘que & modificada pelos falantes toda vez que eles precisam expressat algo novo, ainda io expressado, Uma das formas de aumentat as possi bilidades de expresso € criarpalaras nova. E importante que os alunos saan que t2m esse direito de interferie na lingua, criando novas pala ‘ras, novas formas de expresso de suas ideas, Informacto ao profesor terminalginrolacionada ‘Além disso, a art ltervia faz uso constane deste reewrso para expressio de ideas que, muitas vezes, aio excontram wma forma ade ‘quad derepresentagio na lingua do cotdiano,Pereber isso e dar valor & ‘ese trabalho com lingua ajuda os alunos a apreiar mais a fiteratura ¢ a ser leitores mais atentos BS COMO ESTUDAR?: | Cir palavas novas, como 0 verbo sponta, requ 0 exericio di ciatvidade. Aqui vao algumas sogestber de tabalho com os alsnes, © Criando verbos novos: existem virias agbes que desenvolvemos em nossa lingua que no possuem um verbo conespondente¢, por is precsamos recomrer a uma construpio complex para representsas, Que tal eiar alguns verbos para exprestar as seguintes agdes? gas ii + eae espiando os outs pela janela > bir cada » andar de clevador ‘nave mica clissica lr dei» empresado do cunhado » anlar oma parida de futebol Ajuas espostassopestvas dadas por eiangas a esa atvdade foram: > near > eseidear » levadorar > lasicar > cade 1 ressante notar que todas as respostas foram dadas com veibos so primeira conjugago (a), Porque ser que sso acontece? Alem dessas tvs ser que outras formas Sriam posives? Em que situagOes reais nwa poderiam ter um ws0 provetoso? @ Criando nomes. Quando criaram aquele aparelho eletriion que eos nen de video tocando fas vis, recsaram dar um nome a ele, Jos ve atv de tum aparelno novo Glembra dele? Lembra daquela cha ke far rebobinando as fas vs depos de assis? Chamaram-n0 Jeocassete (provavelmente porgue projetava um “video” gravado ‘na ita do ipo “cassete”), Deposcraram o Dvo (igitl video vis), tein, mas ea diferente do cD (Compact nist). Esassiglas do in- vesbaram senda ineorporadas a0 nosso vocabulirio ¢, hoje, quase wil fila em possut um pvo falando do tocador de DvD) ¢ wm CO layer land do tocador de c0)- Que tl eriarmos alguns nomes para 1 ue parecem no exis anda? todas as doengas humanas > iquina que euea todas as downgas dos animas > miqina que fz eta quando a gente est ste eng pasar ome > guna qe nto de sik coma violéneia nas andes cides » maquina que > miquina que dixa todo mundo com o rosto mais bonito miquina que fiz gordo emagrecer © magro engordar, deixando todo mundo “sarnda” > méquina que acaba com a poluigte do mundo \ Muitas ves, escola apresenta a lingua matema para os alunos na dura imposio social, les im que aprender edecorre epi. mpedios de cir nas aus de lings, porque 0 que vale &0 amontor- Se reras que 06 Tivos razem. O estido da semdntic agui proposto Junto carpe de erage dos unos, deixando-s mais "slios" em ela- ‘i prin gua e mais eicazes ta expresso de suasideias, O esto ‘vo wologismes, em especial, ajuda nese process de libetato na escola, J) ur oanos se sect, gealment, res ma fala do coxdlano. O profes: © As criangas sto muito prodigas na arte de criar novas palavas, las se dio ficilmenteo direito de invenar wma palavra para dizer ayuilo que dese, se ndo conhecem uma palavraespcifia para tal idea. Aqui abaixo vo alguns exemplos de palawrasnovas colhides de criangas. O que voo® acha que essa palavras significa? alee sues ‘la © pode ser muito di para as criangas em diversas ocasbes da via. b rodivio Fawauzando mci mie hned lindoscépio—g melamela 4 mapapa ‘h medante ] | Pavavaas Que FICAM VELHAS | Os sentidos dos a essas palavas elas evianas, quando foram ano- ta, sa a. requeijaio. €.cigarra, é oer in Ge cuir | Chater glam Amacai dete nga em pot ii en aba jo depulvas wsadas em uma época por outa palavas que também e por fo Se, para ter vida Yonga ov cua na lingua. As palvras no dear sur sks. uma hora para outa, par iso, no dezam,imediataments i piv da fing, Porém, ess palaas em desu vio ficando cada rs eras a pequenos grupos até umn smomento em que dels est ho apn estos exerts eas agua em quest possi uma escrita, ‘Vooé consegue ver alguma logica na criagio dessas palavas plas ‘rigs? Qual? Se SUGESTOES RELAGIONADAS AO TEMA | « A arte titeriia & rca em seologismos, Existem alguns livros in amis que tratam da questio dos neologismos. Nesses vos, aparcem personagens que cram palawas novas mesmo para as coisas comuns do ‘mundo (um exemplo célebre ¢ Marlo Mernelo Martel, de Ruth Ro- cha). O professor pode explrae exes livros com os alunos, comentando as vantagens e desvantagens de se crarpalavrae novas. Informagio 20 profestor: terminologiarelacionada Mano? Engi 3 log 4 Erie nus, we POR QUE ESTUDAR? | © estudo do fésico de wa lingua € uma fo ) historia € a evltra dos alates dessa Hngua, No Keen, esto registados fos cukurais importants, qus as inguas com tradicio de es ‘dos filolgios, como € 0 caso do brasileiro, podem ser recuperaos cont cla ficilidae,Fsss infomagishistrico-cltris ajudam os alunos a tee ‘uma visho mais ampla de sew ambient clr, de sua orgem, da const ‘so de seu pensamentoe da formaraohisrica de sua visto de mundo. COMO ESTUDAR? | Viriasatividades podem ser proposta aos alunos nessa que é umal verdadeira “argueologa linguistica”. Atividades de interesse histrico- ‘cultural podem ser desenvolvidas de forma a chamar a atensio dos as nos para. a histra de sua comunidad. @ 0 professor pode comecar pedindo aos alunos que procarem em casa ow na cas de ansigos livros ¢revistas bem antigs, quanto mais anti 08 melhor. lém dos livose evstasantgos, os alunos podem consegait documentos pessoas, como carts familiares, dedicates, bihetes igual mene antigos, Nese material, 0 alunos dewem procurarpalvras que des: conhesam, anot-as¢ tazélas para a classe. Com a ajuda de um bom Aicionirio e do professor, os alunos devem descobriro sentido que ess palavasrechiam A época em que foram esis e verifcar eels as des ‘onhecem porgue estia em desuso ou porque elas no fzem parte de seu léxico pstoal,embora exam ainda sendo usadas por otras pessoas Por exemplo, no Almanach Literaro de So Palo pon Anse de 1885, publicado por José Maria Lisboa, pude encontrar entre ovtas, s segui- tes palavras que tiveram um uso comum na lingua, mas que, hoje, 80 muito pouco wilizadas. Com base nelas,pode-se desenvolver as ativida- des acima propostas = provincia > quimera » maciteno + orete * alicia * brama + macambizio * sorumibitico * urvelinha anal doidejar © Outra atividade que se pode propor diz espeito as giriase expres- sls diferentes époces, Com ajuda do professore de outas pessoas de ‘tsa, osakanos poder consis quadros comparativo de express pias wadasem diferentes épocasdahstia da comunidade importante vesestudaatesconversem com esas pessoas, colhendo pessoalmente os ‘in. 0 quadzo pode separ padrao abaix: Toa Fo sr esing mato | Be rn) Oaros oy t owe exemple: Toth Fema ca incon) lowe | Meno Minis | Tenens ‘Al de consruitesses quadeos, os alunos pod foltva as expresses com bave nos ques Tomando como exempta fan le 2006, teviamos 0 seine Evolugao das glias pars expressio de coisas muito boas Yio 190 iso 10 to 197 pao 190 2600. ‘010 iret t ; fee eal ata Grificos como este permitem uma ripida vissalizagzo das mudane 88 na lingua que as erangas falar. B important que o professor moste 20s alunos, porém, que essas mudangas nio sio estanques, ito &, que ‘contnuam exstndo pessoas que podem estar usando todas essa gras ‘ainda hoje, emboca no sejam mas as irias “da hora" Esse tipo de atv dade também ajuda os alunos a se abituarem com formas hisicas de sistematizpio no estado da evolupio linguistica, ‘Também & importante pedir que os alunos consigam explicagbes dessus pesoas que eles enrevistaem sobre 0 sentido dessas glia. Por ‘que 0 vovd chama uma coisa boa de "joia"? Por que meu to chama uma coisa oa de “uma brasa"? Ess explicagbes — quando os iformantes | tiverem — podem mostrar aos alunos motivos para a construgio ¢ dogo desas gira, fazendo-os compreender melhor a dinimics defor magio de wma lingua natural, @ outro aspecto que pode ser enfocado pelo professor ¢ que alu ‘mas palavras madam de forma, embora continuem sendo "a mesma pa- lavra". Aqueles documentos antgos citados na primeira atvidage dest ‘unidade podem fornecem dados interessantes sobre isso. No mesmo Almanac Lineravo que Gteiacima, encontei as soguintespalavas com forma antiga. Qua seriam as formas atvalizadas de cada uma delas? Pina fom © Ainda nesse tema, embora nfo se trate de evolugio da lingua natural jiamente, profesor ek oportunidad de mostrar acs aluss a evlu- sistema de esi da gua. Os mesmos documentos antgns juz ls vacerto mais palawas com gaia desatalzada, qu os alunos pode uaa Vee a isa abso seta do mesmo lo que cei acim: ee Se SUBESTOES RELACIONADAS AO TEMA | \ E eomum as eriangas terem uma visto estitca de sua lingua & Jesprezarem as formas anteriores que essa lingua j& possuiu. A forma de ensino da lingua materna baseada em regas gramaticas, 2 essa sensapo nas crianeas. Isso pera preconcito em rela- pasado da lingua, 0 que resulta em um tipo de negardo da prdpria yt da comunidade. Ness tema, o professor tem a oportunidade de vicar a beleza dos processos de evolugso de uma Kinga natural, flocando de que forma complexa e maravithosa mudamos, no decomer tempo, a manera como comunicamos una mesma cos si unlade inpar de desenvolver aos alunos 0 sens0 de vl Wri das maveasAdenitiias de sua consunidade, também, ‘oportuiade importante de mandar os alunos a campo, aprender coisas importantes com as pessoas mais welhas da comunidad EMPRESTAR PALAVRAS DE OUTRAS LINGUAS & age (opus araut, esac, > (Gnas) aro, azeite,agougue,agude, algodio, altace; > (Coavesss) nanguim, chi; > (eonsas) aul, azar, bazar, bene, Iran, caravans; (emaxcosas) chapéu, chef, jaa, joi, eed, chaminé; > (ovorass) cube, piguenique, podim, revives, futebol: > (ratios) pizza, patel, salsicha, 6pera, fasco, macarrt; > (esoxcionss) bora, lagatxa, pasha, gall, moc (oIoFNAS SEALE) gambi,jrarac, curb, piranha, mandio- ‘a, catapor, saci, cajpora, ie, jegutib, cp > (o:o10mNAs AmCANAS) mandinga, marimbondo, carimbo,guiabo, 4uilombo, camundongo, quitute,barucar, Existem outraspalaras de outras origens ainda, mas Bquemos com ‘sta como suficientes por enquanto. Com eas, a professor pode dese: volver as seguintes ativdades, alm de encontrar a linguas de oige: © Procuce descobr em que época da nossa histiria essa culturas ‘stangeias enuaram em contato com as cuts que flava nos nga, para compreender de que forma esas palavas vieram parar no bras, @ Procure descobrir se existe uma ldgia intema nesses emprést- ‘mos, Por exemplo, do italiano vém muitos nomes de comidase dos ind (0s brasileiras muitos nomes de animais vegetaisencontrados no Brasil Poe que iso assim? @ Procure descobrit por que certos grupos de empréstimos tem forma parecida. Por exemplo, por que a maoria dos empréstimnes do iis be comeram com “a” ov “al © Alem desse trabalho com empréstimos cothidos em dicionéri- fs € gramiticas histéricas, 0 professor pode propor aos alunos que listem patavas que eles acham que foram emprestadas de outras lin sguas e que eles usam cotidianament. Por exemplo,palavras ligadas informitica como mou, deletar, emoil, downioad,wehcim e escanea ‘ou palavras wsadas costumeiramente em outras stuagses, como rick fink, punk heavy mezal € show, O profestor pode colecionat todas as sugestOes dadas pelos alunos ¢ depois, conferir em um bom diciond rio atualizado se essas palavras j& foram incoxporadas av léxico da nae qua sua origem. Além disso, que esas palma esto sen- so wwcoeporadas a nossa lingua, o professor pode perguntar aos alunos vila adaptarto oreagrifis e fonologica que esti sendo mals emprexa- Jn ja essaepalavras atleate na ede, ou qual eles consierariam a velo, Por exempo: wha ~ webicamn? 1s ema emeia? «6 dowbad ~ dauloude? ‘nase ~ mause? © ay maa ~ vita? @ Se os alunos residem em uma regiio de fronteira com outro pais, € 1 conta eae sua comunidad ea comunidad doalém-rontcza, pode eer aes que litem palavas que usam, mas que saber questo ori ‘let dango da comunidadeesraneira. Com base ness palavas 28 ‘nouns anise propos nas atvdades aima podem ser desenolvidas. uc esemplo, aa cidade de Gvajark-Mirim, fontciea brasileira com a Holivia, Ccomum o uso, pelo brasileios, de palavas como: saltenha, ‘unl, massacoe parihada. Todas sio nomes de comidas bolivanas. (0 que ftom de signifcativo no contato entre essasculturas? Hou tvs polavrasalém dessa em uso na comunidade do lado brasiezo? © Ive esses ovteos empréstimos podem revelar sobre o contato entre as Js comunidades? Se ‘SUBESTOES RELACIONADAS AO TEMA | \ Susi a eitura do capitulo wu ("Da metifora funcional ealgumas| lnplieagees" do tive ibe pemans, de minha autora, para um pequeno aprofundamenta sobre a questio dos empréstimos linguisticos. Além iso, pode ler: C. A. Faraco (org). Esrungirimos — guenas em rr sd Uingua. Sao Paulo: Pardbola Editorial, ed, 2004, 1 Livros como a Gremitin hiairice, de Ismact de Lima Coutinho, ‘so wma fonte interessante de palavias emprestadas pelo brasileiro no Aecorer de sua formar como lingua. Esse livros podem ser consuls dos pelo professor, para poder apresentar a0 alunos muitas curiosidades sabre 0 tema. -USAR PALAVRAS PARA FAZER REPRESENTAGOES Go cont _| "ulus so sinais que funcionam no lugar de outros sinais ou de sus, em procestos de representagdo. Quando wsamos as palavras na fs uae # lingua prevé, “pintamos quadros" na meate das pessoas Ww auvem, quadkos que permitem que esas pesoas “vejam com ncnte as coisas que representamos mesmo sem elas as terem vi ellos, Esses guadros podem ser pintados para representar coi- a reatidade. Iniormacto a profesor terminaloga relatnaa ("2 Sia 3 Regret 4 nga stu 6. Cope we POR QUE ESTUDAR? | ‘renee € a principal ano das inguas mara ara i que a Finga permite a neragio entre es homens. Bois ho ‘pen que fala Inga diferentes eno se compeeendem em mas dieu aie mera porque mo camped a represetagies um do outro. 4 V Tewsoerueaiio name rannaitisermco Alm disso, a representagzo cia nos wsuirios da ingua uma visto de mut do que os guia em sua eisténcia socal e individual importante compre lender o poder de que a lingua se revexte em um proceso de representagi ‘alo apenas pelo poder que exeroemos sobre os outros, como tb poder que os outros exercem sobre ns com suas repesenacdes, @ COMO ESTUDAR? | tratamento progesivo em sala de aula, Passemos a els. steio ser capa de distinguit, no que vemos apenas como “mato”, fy semimero de ervas medicinais, cada uma com uma uilidade © vem thes uma visio de mundo diferente da nossa, Ess consiuao da se mundo acorre com todas as pessoas e, por so, elas descreverio nda ada ma de acordo com essa vist0. Informagio 20 professor: terminalia relalonada 3 eds Repent re Sn emi we ror our esrunaR? | ‘Como a deserigto que fizemos de um mundo & futo ditto de nos 9 von desse mundo, por sua vez resultado da eonstrueio cultural que vamos em nossa existincia, estudar a forma como descreve- undo e nossa visio de mundo revela muito sobre nbs mesmos © ‘oss altura, Esse estado permite enxergar as marcas de nossa ere cultural — nossas mareas ienttrias — e nos ensina a valor fy sabedora constrvida em nossa comunidade. Além disso, permite rwolver com aeuidade a arte de descrever mundos e compreender ‘ye os ousos os deserevem de forma distin da nossa Bo COMO ESTUDAR® | (0 pressor pode ini ese extudo com a descrigdo de objetosvisi- els de ins fill compreensto e, depois, progredir pant a descrgao de nts, aitudes, valores que so mas complexos um pouco, | Descrever o MUNDO S oat | PPassamos grande parte da nosa vida socal coatando aos outros 3b coisas que vimos, ouvimos,sentimes,flando de nossa propia rela com ‘© mundo ¢ com nés mesmos. Ao fazer iso, descevernos 0 mundo dt ‘maneira come o vemos, Noss formasio cultural interfe na mania como vemos 0 mundo e como atrbuimes valores a tudo 0 que conhecemos Por exemplo, « maioria das pessoas que olha para uma flresta v8 "aryore” ¢ “mato”. que a cultura da maria de née no nos permite i além. Umi matero bem treinado, porém, no vai ver “drvores", mas uma cergjira, um mogno, um eedro, uma maraatiara, wn jp, um roxinho, tum algodocirobravo, uma copaieira et, saber atibui wn aloe terete a cada uma dessa variedades de drvores, Da mesma forma, @ Leve os alunos ao jain da escola, a um bosque, a uma mata Ge for © caso de uma escola rural, por exemypo), Pergunte aos alunes 0 que les esto enrergando ali e pegathes que fagam wma breve descrigso do que veem, Depos disso, compare, com a paricipagio deles, a desc ‘96es jd Fetase verique o que uns enxergaram que os outtos no eaxer ‘ram, Pergunte aos que enxergacam essis coisas porque elas sto impor tantes de enxergar, que valor elas tém. Discuta com of alunos Sobre valor das coisas em sua comunidade. A partir dessa conversa, procure constrai descricbes dealhadas das coisas que cles viram que tenham ‘mais valor para a comunidade. Por exemplo, no jandim da escola, um aluno pode enxergar mao € ‘outro enxergar alguns pés de quebrapedra em meio is rachaduras da cal fda, planta com ques faz uch tradicional para expebrpecas dost, Por que ¢ importante enxergar os perinos de quebra-pedra? Que valor isso tem? Outro pode enxergar uma rosa nagulo que o outro viu apenas como "lor". © que tem de especial agueta rosa? Que valor tém as r0sa8 en ‘nossa cultura? E em nossa economia? Porque a rosa foi excolhida para set plantas ai eno um pé de eravo-de-dofuso ou de dented eSo? ‘© Experimente essa mesma atividade em outros locas: uma bibioteca uma fazenda + uma oficina + cozinha da exola > um éngo pblico Explore dddamente a diregas de visio de mundo dos alunos. Con- Quaissio as palavras « expresses que especificaram 0s nomes? Seria posivl identifica os elementos apenas pelos nomes? > Quaissio as caracteritcas mais marcante? 0 que levou oaluno a acertara avinnagae? — Haveria outro animal (ou oueossnimais) que se encaxara ness descrgao? Qual seria ele? > E se trissemas uma dessus caractersticas marcantes? » Por que 0 conjunts de elementos aumenta quando redizo 0 mi mero de earaceristias? AR PALARASTONATAZERARMESNTACOSS -+ Como as palavas ¢ expresses que deram as propriedades dos lementosescolhidos agem no conjunto de elementos, entio? © outros jogos com regras idénticas podem ser realizados +5 “stom vendo uma coisa » “Hoje com uma coisa” > *Quero ganhar uma cosa” > "Bstou vendo uma pessoa” > "Estou pensindo em um pais” » “Esiov pensando em um personagem histrico” ‘Cama seve, ese jogos desritvos aplicam-st muito bem a aivida- os interdiseipkinaes,recomendives a alunos de todos os nies @ Uma atividade interessante esté em encontrar formas alternati ‘os pura descrever as propeiedades das coisas, sto é, sem utilizar as pala: tus wostursiras pars iso, Sdo exemplos: ‘como dizer que ago & grande sem dizer “grande"? ts como dizer que algo € Bonito sem dizer "bonito como dizer que algo € caro sem dizer “cato"? ‘como dizer que ago € azul sem dizer “azul”? ‘como dizer que algo € elegante sem dizer "elegante"? ‘como dizer que alg é fore sem dizer “Torte”? ‘Con ajuda do prosoro alunos dever compra forma costume vas finns aleravas qu ees constutam evercar s ess no¥as lovints io provocam moitas mudancas de sentido, De muitas formas stk pole alunos, uma pode ser eta como a melhor. Por exempo: +. Como dizer que o jaro & bonito sem dizer "bonito"? +0 jaro tem boa apartncia, +0 jar & agave a0 olhos » 0 jar interessante +0 jana fem um formato € uma cor harmbaicos. » Gost muito de olhar para 0 jar. » 0 jaro é boo 1 jaro & forme. “Tomando como bas a sentena “O jaro € bonita”, debe com os lonos Qual das sentengas acim se distancia mais em sentido? Por que? > Qual dela se aproxima mats? Por que? + Alguma das sentegas pode serenteadida de forma diferente de "0 vaso ¢ bonito”? Por qué? © Ovtra maneira de enconnar formas altemativas de expresso & a ‘exmar entre pelavas, sintagmas e oagdes de mesma narureza, veriicand Sempre que mudangas de sentido ocomtem em cada siuago, Por exempl 2.0 vaso bonita 0 vaso com bles, © vaso que € Bont -Essas sentengas apresentam difereneas de sentido. Quai sf0 esas lferengas? Quando e com que objetivo usarfamos cada uma delas? Sem pre € possivel trocar uma palawa por uma expresiio ox oragSa? Tente nos exemplos abaixo, de acordo com o modelo: 8,0 amor matemo, (© amar de mie (© amor qu de mie 0 homem brasileiro. 0 cio feroz £0 elefante gordo, © A flor cheitoss £ A menina meiga 8. O carné atrasado, 1A calxa pequena, EO calendirio erado. J. A resposta duvidosa + bom explorar as respostas que aparecerem para esse exerci: ‘Quai as paavras que foram mais cvs de substi por expresses ou oractes? Quals foram mais dics ow exgiam maiores modifiye na gen tenga an LAS RA AERTS Dene aro para o alunos que a lingua via formas altermativas de ox sso jastamente porque as exigtncas de ada context eceniio so ditt fentes Nao ha duas formas diferentes que sejam absotamonte igus ext Told. Assim, sempre € pose esoler, dene wm legue de possi tis adla que melbor se encaixa nas neesidadesespecifca de wm texto, @ Peca aos alunos para explicarem as diferencas de sentido existen- Jos entee as sentengas abaixo e as difrensas de representatividade que vs lferengas ocasionam: 1, © homer fil ‘1 © homem que tem © homer honesto. bo, © homem que age honestamente «0 homem intlgente 1-0 homem que age com inteligénca 4,0 bomen reo. {AL © bomem que tem rguezas. ‘60 homem esperangoso. 1 0 homem que te esperanes. [ata com os alunos se esses pares tém mesmo um sentido tino sc com ees as diferengas de interretato possiveis¢ ex que sitat- ‘veda uma das sentengas poderia ser mais bem wtlizada. Pesa que ties eiem outos pares parecidas, mas que tenbam diferengas de sentido live eke possam explicar. Pegatnes que criem textos apropsiados para 2 liza de uma e de outra sentenga de cada par Se ‘QUGEGTOES RELACIONADAS AO TEMA | av ao professor uma visto mas profunsa dos pro mito importante 0 eo of Para proporco eswon de espeiico em ma Hing a hecimento dos fundamentos da Logica formal, utlizada como instr ‘mento bésico da semintca formal, prinipalmente no que concerne teoria dos conjuntos eu cagjuntistica. Ito porque, vedadelramente, a semintica formal chegou bem longe nas explicegbes de como o process) de expressarpropredades e relacionilas sum nome se di nas lingua. ‘Um livro bem completo nessa linha formal e que, inclusive, presenta fundameatos de conjuatstica,& Semcy, de Gennaro Chierchia. Unt livo clésico, realmente muito informative, as que, infizmente, ainda ‘fo conta com traducto para 0 brasileiro, € Loge x Lingus, de Jens Alwood, Lars-Gunnar Andersson e Osten ahi". Se o professor tiver dominio da lingua inglesa, vale a pena uma letra dealhada deste lv. ‘As propriedades do que ocorre no mundo Goma] [Nossa visto cultural dos eventos do mundo, ou sj, das coisas que ‘ele scontecem, seam elas fetes por nbs, motivada peat foras naturals (1 por outros sere, os inserem em diversas perspectivas que incluem: ‘uma Iocalizagao em uma lina imaginira do tempo (coisas gue aconteceram, que acontecem ou que acontecrio) », umn visto sobre as difrents formas como esses events se desenolt am nesa ina do tempo (se foram nciadaseacabadas, ou efi imacabadas, se continuam acontecendo até hee, enze outs), ©. a maneir como esses eventos ocorreram (se rapdamente, se len- tment, se intensamente, se delcadamente, entre tantas outs); <4. outrasinformapdes relacionadas a esses eventos, como por exer lo, se demandaram meios, participa de algo ov alguém além do ator principal ee 2 Genny GOD. Sone Ta Ar Pap Lp Ne Ral cn Da (20 to ages New Todas ersasinformagies relacionadas aos eventos no sto ex wosas no brasileiro apenas por uma categoria gramatical, Algumas las slo expressas nat desingncias dos verbos,outras com 0 uso de Jolvras conhecidas como advézbios,outras s40 dadas como suiben- \onlidas na propria estrutura do texto, pela forma como descreve 08 tos. [Neste subtitulo, vamos nos ater as propriedades expressas através os asin, pois erm um item a seguir (“Localizar os eventos no tem Jo) flaremos mais dtidamente sobre tempo e aspect. Informagio 20 professor: trminologia relaconada "compere # Asa Smog hie Qeam | Fim brasileito, os advérbios eonstituem uma categoria de palavas \eouinicamente mito complesa. Nem sempre o advérbio € uma cate- jos via para alunos, pois, além de suas relagbes com os verbo, ele Santen relagbessintticas com adjetivos e com 0s proprios advérbios, ese capitulo procuraremos elucidar 0 funcionamento dos advérbios Iolo aus verbo, pois as ouas ligagdes sto tratadas a posterior. Mas pee ao professor demonstrar a grande importincia expressiva que "copia desempena na nossa Kinga, ustamente pelo fato de gran ee nossa visio do mundo ser repeesentada através dos advebios. So COMO ESTUDAR? | © Vamos imaginar algum hs pessoas, Por exemple ges comuns no dia a da maria ewsoenaave an mnnmnsmnnara sea 4 comer deramando a bebida na roupa bs, beber scm pressaalguma dormir gua geada) com dor de dente andar {chs fervendo) com muita pressa comer ‘como cachorrinho amar ‘como una ave falar bowie dormir [em uma cama muito conforvel fem uma cadeza velha de madeira fem um banguiaho sem encosto em péna fila do banco quando estava lendo um liveo quando estava assitindo TV 0 basher fom a namorada ‘Tente imaginar esas apdes acontecendo no vazio total, sem qualquer inerferénca de naa e de ninguém. Apenas voce a agdo que est fazen- o, Dif, nfo €7E dificil imaginar comer sera comida, beber sem bebida, andar sem cho, amar sem alguém para ser amado ec. Todas esas apes io vistas porns como eventos complesos, que podem ser realizados de ? iterenes formas. Agora, vamos continuar nosso jogo, mas nio mais de ‘maneira puramenteimaginria, Vamos encenar fsicamene esas ages como ators de reavo,conforme elas aparecem moxifcadasabaixo. Pense (stan on mancra como ax palrras que untamed aot nomes des ape ‘mudam a forma como esas apts so desenvolvdas. Anote em seu caer : com o pai ov a mie no mesmo colchio tomando conta de ur nenezno © no mesmo colchio Aeatro do carro ent ma longa viagem sem pressa com muta pressa ‘om muito peso nas cosas de salto ato muito doiddo de anto bebercachags fm cima do moro pisando em vos ‘com medo ‘no a8 mudangas que oct teve que fazer nas suas encenases quando esas palavas apareceram para modifica ab agbes. Bom divestimentol a. comer com 0s talberes ‘pam as mos amarradas nas costs apressadamente calmamente sentindo profundamente 0 sabor dos alimentos com noo da comiga 20 su oe com pest € no meio de muita gente uma mesa apertada e hei de gente

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