Asfalto Modificado Por Polimero Empregado Na BR 153 GO

Você também pode gostar

Você está na página 1de 5
Asfalto modificado por polimero empregado na BR-153/GO 1. APRESENTACAQ. Nos oltimas anos, mse registrado Varios casos de deterioracio precoce de pavimentos, com danos.portrincas de-superficie ap6sa execucdo, em pavimentos projetados, executados econtroladas adequadamente, Ao serelaborado o projeto executivo de duplicaae restauracdo da rodovia 8R 153/GO, trecho Professor Jamil ~ Divisa. GO/MG (itumbiara), no lote 2, procurou-se estudar uma alternativa econdmica para se dotaro revestimento de adequada resistencia 8 trac3o e2 deformacdo petmanente, com o objetivo de evitar a deterioracao precoce. Uma alternative aque se mostrou vidvel técnica e economicamente, fi o emprego na CBUQde CAP modificado por palimero. A viabilidade foi propiciada pela economia oriunda da redurao de espessura do revestimento, ern decorréncia do aumento da resistencia coma incorporacao deaditivo, que suplantou custo adicionalrelativo 20 CAP modificado por polmero. Na fase de obra fol escathido 0 terpolimero elastomérico reativo ELVALOY, com dosagem em torna de 196 do peso do CAP, 0 que permitiu lum ganho em termos de recuperacao ldstica acima de 50%. Aescolha dese polimero permitiu que a modificaao do CAP fosse realizada no préprio canteira de obras, pela executora da obra, com vantagem econdmica e de produtividade em relardo a outros polimeros, A execucao- da camada, por Ernesto Simbes Preussler Marcilio Augusto Neves processo convencional, exigiu rigido controle de temperatura e compressao com rolas de aro de 25 toneladas. O contrale teenolégieo foi acrescido do ensaio de recuperacao eldstica com ductilometro, que se mostrou amplamente satisfatorio. Oseqmento executado,com 17,8 km, serd monitorado pare acompanhamento do seu desempenho 2. INTRODUCAO ‘Ao longo de suas vides profssionais, osautores deste trabalho depararam: se com alguns insucessos em obras dé pavimentagSo rodovidria ou de vias urbanas, com uma frequéncia que se pode considerar reduzide. Geralmente, os problemas de deterioracdo dos pavimentos originavamse de dois aspectos falas de projeto (dimensionamento ou indicarao de materiais de qualidade duvidosa) ou falha executiva ‘Nos titimos anos,contudo, 0s autores comeraram a observer um grande aumentoma frequéncia de problemasde deterioracdo precoce nas obras, mesmo quando se tem pavimentosadequadamente projetados ebem executados e controlados. 0 excesio de carga por eixo, devido as deficiéncias generalizadas no controle das cargas dos caminhdes tem sido vérias vezes evocado como a causa dos defeitos precoces, Mas estudos realizado parea Rodovia Femao Dias, trecho Belo Horizonte—Sdo Paulo, mostraram que oexcesso de caiga causa, sim,2 reducéo da vida Ati do pavimento, mas no pode ser o causadorde trincas com idades de 6 mesesa um ano. 0 excesso contribu, mas nio.é0 causador do problema, (sdanos mais comunsquese tem observado soastrincas que surgemna superficie do concreto asfético em um period muita curto, inferior um ano apbsa execucdo. Varios estudos realizados nos itimos anos, mostraram as deficiencias do CAP atualmente produzide no Brasil eno Mundo, Este fendmeno oi recentemente observada na rodovia BR-153/GO, no trechoem obra de duplicacéo entre Aparecida de Goidnia e Professor Jamil, ‘onde o payimento foi executado com CBUQconvencional, que apresentou trincas prematuras, psa condlusio dealguns segmentos. Trincas prematuras geradas por mé qualidade do CAP produzido no Brasilia foram anterionmente observadas emalguns segmentos das obras na Rodovia BR 381 (Belo Horizonte-Sao Paulo) ena BR 116/SP(Sa0 Paulo~Curitiba). Estudos desses problemas realizados pelo Professor Armando Martins Pereira, comprovaram que o CAP 20, aps ausinager, tem softido expressivo envelhecimenta precoce, com diminuicdo da penetragao de 50 pata 18.225, eaumento da viscosidade de 1.800 poises pare 4.000 poise. Esta situarao ocore devido a0 CAP ‘eceber bleos no seu refino paca atingira vscosidade especificada, ce nanan capea aE Mas esses eos so voléteise, parte deles, éperdida no processo de uusinagem. Com isto, 0 pavimento fica susceptivel aotrincamento no topo da camada, causado pela altemanda de temperatura quente durante o dia e fifa Annoite,O rsco detal fendmeno ocorrer nnoplanalto goiana € enorme, pois na regiao a amplitude témica chega a ser ide 20°C em um dia, com calorde 35°& tarde (0 pavimento, assim, atinge cerca de 55° C)e fio de 15° noite. Foi com o objetivo de evitara deterioracdo precoce que, 20 er elaborado 0 projeto executivo de 500%9 79K 3500 Fuénca 32mm | 20a45nm_| 16/007) B18 ‘esstindna Wario por Teena, [tosxetena] 7212 | saxatena | 7012 Quadro 2 - Tempo do proceso de modificacdo do CAP. ae dapat 1030, ao SDrinses zap VE 13a Thee ae di ho FT 1500) 1310 Ton causes 310 a0 “hae 20rinae Teac nO Quadro 3 - Restumo de Resultados do por polfmero Controle do CAP modificado saan | | a Quadro 4 - Resumo de Resultados do Controle do CBUQ com CAP No Quadro 3, so mostrados os resultados dos ensaios de controle do CAP 20 do CAP modificado por polimeros, de penetracao e ponto de amolecimento, CO controle tecnol6gico, no caso, fol acrescido do ensaio de recuperacao léstica com ductilometro, que se mostrou amplamentesatisfatorio, Tal controle fl feito para cada batelada de CAP modificado obtida ‘Aexecurao da camada na BR 153/G0 exigiu um rgido controle de: temperatura, além dos controles modificado por polimero eo fret) reese) Teor CAP) sa] a | ss | 60 56562 Gast compres) oe | | ws | ss 231 "olin Vas Se fom fos 35% Tvaeana pa) a6 [or | | ae zablin doa) Ton | 28 [72 | a $520 uses 32] 3 | 2s | 3s 20a45 eroo dart ras |e _[_o6_|_na Tae Ten CAP 7} se se Baas Tide Conpres (0) Too [os] _oas_[_100 a7 vote devant 7 | os [sa | 90 ates pat) sf | 9 [3 z ana [hetco tate Vanes a ee aan esabtasae is) oa | oe | | a 500 Funes fo | | 3s 20345 Cressaroas vociopa SS Oe a Ta tradigonais de grau de compressao, volume de vazios,relacdo betume/ vvazios estabilidade Marshall efluénca.. ‘Adicionalmente, foi efetuada o controle da resistencia a tracdo por compressao iarmetral, Os resultados obtidas nos controles sdo apresentadosno Quadro ‘8. CONCLUSAO Na obra objeto do estud, fol ‘executado um segmento de 17,8 km com o CBUQ com CAP modificado por polimero. Os resultados foram ‘amplamente satistatoris. ‘Amodificacéo do CAP nocanteirode obras, com o terpoimero elastomérico reativo ELVALOY, mostrou-se vidvel técnica @ economicamente (Ossegmento executado seré agora monitorado para acompantiamento do seu desernpenho. De acordo com os estudos laboratoriaise de campo, conclu: se também sobrea necessidade do aperfeicoamento das especificaches técnicasde ligantes asflticos, atribuindo-se referenciais mais rigorosos para qualidade das misturas, 9, BIBLIOGRAFIA © DERMG(1999) -Relatériode ‘Avaliagdo do Pavimento da 8R- 381/MG. ‘+ DNER (1999) - Especificagio DNER- 5385/99 —Concreto Asfaltico om Asfalto Polimera, IPR/ONER, Riode Janeiro, Fi * ONER (1996) = Manual de Pavimnentacao. IPR/DNER, Rio de Janeiro, RI * Ipiranga Asfaltos (1999) — Astalto ‘Mosificado com Polimera. S20 Paulo, SP. + |PR/DNER (1996) -Pesquisa de ‘Asfaltos Modificados por Poimeros. Riode Janeiro, Fl * Meeca (2001) —Relatorio de ‘Avaliacdo do Pavimento da BR: 381/MG + Pereira, A.M, (1998) — Relat6rio de ‘Avaliacdo da Rodovia Fernao Dias (BR-381).Curitiba, PR. * Souza Mi. (1980) ~ Pavimentacdo Rodovidra,IPR/DNER, Rio de Janeiro, Rl Ernesto Dynatest Engenharia Ltda, S80 Paulo/SP. Marcio Augusta Neves éengenheiroe ‘omultorem Belo Hecaonte MG

Você também pode gostar