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Hee aN Cale ( seed a AL u $ mM) TH uM Lycans) ‘Consulor: Heré Moreira Campos ‘Teafeso: Kathleen Escuatd Publica produzida em conjunto com: EZ Graph Lida Site, Pbliidade Lia ¢ ACME Publiciade Lida Departamento de Ante: RA. Comunicaho Lida Secreiria de Redacio: Ines Azevedo Capa: Logotipos de pradtce Microsoft fornscise pela Asesoria de Impeense Trapresdo: W. Roth Colaboradore: Alesndre G. ‘Tahashi Disebuigh: DINAP Distibui ‘Nacional de Publicages.E pribid reprodugio de texto ¢ fotos por (qualquer eb sem a sterizagto por crt0 dos etre, Os editres no se CCreulaglo em tedis os Fancas do Das Edita de abel de 2001, Asevists mo publien matéria pag. aveciacss — IEE: CCoreespondéncias para POs Caixa Postal 14681 ‘CEP 03632970, Sto Paulo - SP Fone: (Ose) 2945366 [Nameros etrsidon também podecte ser adouiridos em eee thaemcacom Ditwidas ou Sugestoes: pes@fitti.com.br PCs - Especial 05 EDITORIAL As redes Windows estao por ai hé mais de uma década, deixando uma série de verses ao longo do caminho: 3.0, 3.1, 3.1 ¢ 3.11 for Workgroups, Windows 9X, NT, 2000.. ‘Nos equipamentos atuais, nao resta diivida de que devemos utilizar ‘as verses mais novas, como 0 2000 e o Me. Entretanto, muitos ainda utili- am as antigas versGes, por diversas raz6es. Em alguns casos, sio empresas que dispdem de todo um sistema ad- ministrativo baseado em versbes 3.x, teriam que gastar muito dinheiro sim- plesmente para atualizar o sistema operacional e substituir os computado- res por outros mais potentes. ‘Outro caso tipico é constinuido por antigos computadores, notadamente 108 386 ¢ 486, com pottncia insnficiente para dar até mesma um Windows 95, mas que se comportam com clegincia e rapidez com o Windows 3. ‘Quem se dedica profissionalmente a érea de redes deve obrigatoria- mente dominar todas as verses Windows, indicando para seu cliente qual a melhor solugdo em fungao dos equipamentos e programas utilizados. Além disto, éfrequentemente chamado para corrigit problemas em redes j exis- tentes. J6vi varios colegas técnicos se “assustar” ao chegar em uma empresa ese deparar com um 386 rodando o Windows 3.1,endosaber nem por onde comegaro diagnéstico do problema! ‘Nesta Edicio da PCs Especial, procuramos dar um panorama geral das redes Windows existentes até o momento, indo desde os sistemas em DOS atéo avangado Windows 2000, passando pelas versées 3.X e9X. Longe de esgotar 0 assunto, por sis6 muito vasto, procuramos dar ‘uma visio geral passo a passo de como configurar os servidores Windows eos terminais, de mancira a acessar os servigos basicos das redes, que sio: + Acessoa discos ¢ pastas compartilhados; + Acessoa impressoras da rede + Acessoa Internet através de rede local ‘Damos também uma visdo geral da necessidade de se usar as redes, assim como um pequeno hist6rico do uso ¢ implementacio das redes locais, seguido de um pequeno guia entre as vantagens e desvamagens de cada sis- tema de servidores de rede: 9X, NT, 2000, Novell e Linux. ‘Abordamas também as maneiras basicas de planejamento de redes, ‘com solugées ponto a ponto, com servidores centrais ou em solugdes mistas, comparandoas diversas sohigdes. Damos ma nogio hisicaelecama planejar ‘os cabos ¢ “hubs” de maneira a aproveitar melhor os recursos, mantendo a flexibilidade, desempenho e seguranca do sistema. Espero que este pequeno trabalho seja itil tanto aqueles que ja mili- tam na dea de redes, como aqueles que tém curiosidade de aprender os principios basicos das redes. ‘Desde ja me coloco a disposigdo para criticas, comentarios e suges- toes em nosso e-mail thecnica@thecnica.com e também em nosso site warw.thecrica.com, Boaleitura! Tberé M. Campos a INDICE = UM POUCO DE HISTORIA nés estamos, podemos direcionar melhor nossos investimentos nv setor 5 \. POR QUE USAR REDES? ‘Cada vez mais nos lomamos dependentes das redes, vela algumas coisas que s© pode fazer com las, além de acessar a Intemet 9 REDES PONTO A PONTO X REDES SERVIDOR / TERMINAIS ‘Os sistemas basicos de configuragao de rede permitem variagdes, cada uma com suas caracteristicas 1" PLANEJAMENTO DA REDE "A correta distribuigdo dos servidores, clientes & acessérios ca rede 6 condigdo basica para o bo funcionamento © manutengso ot) CONFIGURANDO SERVIDORES COM WINDOWS 9X Para redes mais simploa, o Windows 9X pode fomecer redes bastante §uncion ais .....mnnan 24 eS CONFIGURANDO SERVIDORES COM WINDOWS NT ‘ONT 4, com suas diversas versdes e acessorios, tatendo & qualquer exigéncia, tarto pequenas redes | quanto aquelas com miihares de usudrios: 25 ‘Entendendo em que ponto da evolugao das redes r CONFIGURANDO SERVIDORES COM WINDOWS 2000 ‘Conhega @ aprenda a instalagao @ recursos do ‘2000, que estabelece as bases da computagao em ode para @ prdxima década, no mais ambicioso projeto de software ja empreendido . 4 \s CONFIGURAGAO DE CLIENTES 9X ‘0 Windows 9X € de longo o sistema operacional mais ullizado, podendo usutruir de todos o8 recursos ids recat oi cnt 5 }= CONFIGURAGAO DE CLIENTES NT ‘Clientes com Windows NT 4 Workstation 880 poderosas e estaveis estagdes de trabalho, com falgumas vantagens sobre o Windows 9X 55 l= CONFIGURAGAO DE CLIENTES 2000 ‘A versio Professional do 2000 ¢ ainda mals poderosa do que o NT Workstation, e substiui com Vanlagens também as estagoes 9X, desde que s€ tenha Um hardware coOMpAtiVEl ..nnnmnsnses 59 {. CONFIGURAGAO DE CLIENTES DOS / WINDOWS 3.X Multos pensam que © DOS esta morto,juntamente ‘com seu principal produto, 0 Windows 8X, mas na Verdade estes sistemas ainda séo muito usados @ requerem que 0 Instalador de redes os conhega. 63 PCs - Especial 05 na drea de redes. A PRE-HISTORIA DOS COMPUTADORES funcionamento em rede eraa situagio normal nos primér- dios da informética. Quem nao se Jembra daqueles computadores que ‘ocupavam um edificio inteiro, com ‘05 enormes rolos de fitautilizados para armazenamento de dados, ver- dadeiro esterestipo em filmes de ficcao cientifica das décadas de 60 702 Naquela época, os computa- ddores utilizavam uma tinica CPU e terminais chamados de “burros”, constituidos deapenas um monitor € teclado. Estes terminais aces- savam todos 0s recursos do compu- tador central, incluindo processe- dor € meméria, além dos discos € impresoras através de uma porta do tipo serial (figura 1). B diferente de uma rede atu- al, em que cada computador tem seu préprio processador e memé- ria, eutiliza-se da rede apenas para acessar algum arquivo ou impres- sora remotos, Este sistema era bastante | Iento, ¢ 0s programadores tinham que se desdobrar para fazer com {que os programas fossem pequenos PCs - Especial 05 ¢ dgeis, de forma a sobrecarregar 0 minimo possivel a CPU central. Mesmo com todos os cuidados, era ‘comum um operador esperar (mui- tos) minutos até ter o retorno de uma consulta ou relatério. ‘Lembre-se, estamos falando de processadores com clack de me- nos de 1 MHz (no é 1 GHz, é 1 MHz), meméria de 128Kb (KB e nao MB), discos com a espantosa (para a époce) capacidade de 100 MB (MB enio GB | UM POUCO DE HISTORIA O uso de computadores em rede vem desde o principio desta invengdo que revolucionou o mundo. E interessante saber um pouco de como evoluiu esta tecnologia, e quem sitio 0s principais jogadores neste mercado de bilhdes de délares. Assim, podemos entender um pouco do que estd acontecendo, e para onde apontar nossos esforcos e investimentos Por Iberé Moreira Campos ‘Nao é dificil imaginar aper- formance que um computador des- tes teria ao abastecer 100 0u 200 ter- minais “burros”, sobrecarregando 0 processador central. Como se vé, as caracteristi- cas dos computadores atuais foram multiplicadas por 1,000 em relacao ‘a0 primeiros modelos. Entretanto, 4 sua performance em conjunto, ‘com todas as tecnologias melhora- das, foi aumentada em um ntime- 0 muito superior. SURGE UMA rma simplicidade e baixissimo cus- _ligados em rede ¢ compartilhando REVOLUGAO tocomparado as redes entao dispo- recursos. Para interligar os micro- niveis para PC. computadores era necessario uma Ahist6ria da informatica co- Apenas para registro hist6- combinagio; de hardware e software. megou a mudar nos anos 80,como rico, em meados da déceda de 80, A tecnologia Ethernet, inicialmen- langamento dos primeiros micro- uma rede Novell de 1Mb custava te desenvolvida nos laboratérios da computadores pessoais. cerca de USS 1.000 délares por ter- Xerox, caiu como uma luva. Inicialmente,eram bascados minal para pequenss redes. Apesar ‘Nesta época, comegou a bri- no processador 280. O lancamen- desta discrepincia de valores, a thar a estrela da Novell, que foi a to do IBM PC marcou o inicio do. Novell rapidamente conquistou primeira a oferecer uma solugao predom{nio da Intel, com os pro- um enorme mercado ¢ montou confidvel unindo a tecnologia cessadores das séries 86. ‘uma s6lida valida instaleda, Ethernet aos microcomputadores ¢ Armesma épocs,a Apple lan- aos computadores de grande porte. savascusrevolucionérios computa- AS REDES LOCAIS dores, culminando com o lanca- SURGE A NOVELL mento dos MacIntosh em 1984, Mas © que mudou entio, a quando foi langado o Mac 128. Es- partir da disseminagio dos compu- Atépouco tempo atris 0tet- tes {4 traziam embutidas umacone- _tadores pessoais? Quando ligados mo “Novell” era praticamente um xao de rede denominuda Apple- em rede, estes adquiriram as mes- sindnimo de rede, assim como Talk. A epoca do langamento dy suas capacidades dos antigos com “Gillete” passou de marca camer- ‘Mac, as redes Ethernet eram bas- putadores de grande porte. cial a sin6nimo de lamina de bar- tante caras, encorajando a Apple a Busicamente, 0 processa- beat. desenvolverseu propriosistemade — mento dos dados deixou de ser fei- ‘A Novell reinow pratica- rede. to no computador central epassou mente sozinha no mercado até ‘Assim, surgiu 0 sistema aserfeitoem cada terminal. Arede — meados da década de 90, quando a ‘Appletalk, ¢ seus componentes fi-passou a ser utilizada apenas para concorréncia passou a oferecer pro- sicos denominados pela Apple de compartilharrecursos como discos, dutos similares e a um custo bem LocalTalk. Todosos Maca partirde impresoras e conexdes a outras mais acessivel. ‘entio taziam no painel traseiro 0 redes (figura 2) Dentre 0s concorrentes, & conector de ligagio ¢ um Criou-se inclusive 0 termo empresa que mais se destacou foi a transceiver LocalTilk, e eram for- “downsizing” que, traduzido, seria Microsoft que, ao passar a oferecer necidos também com 0 cabo de li-alguma coisa como “diminuindo oa rede embutida em seus sistemas gaclo ¢ os programs. tamanho”. O “downsizing” consti- operacionais, comegou a matar por Esta rede era de baixa per- tue em substituir os antigos com- _asfixia a entio rainba das redes. formance (230Kbps) ¢ sem recur- putadores com processamento cen Todas as versées do Win- sos de seguranca, mas eta deextre-tralizadoporunidades auténomas, dows a partir da 3.11 trazem um ‘bom suporte a compartilhamento de recursos, facilidade que vem sendo aprimorada a cada versio langada. Com isto, comegou & t0- mar mercado da Novell que, desde sua criagdo, sempre procurou se precaver contra as cbpias piratas de seus cistemas, dificultando a insta- lagao de suas redes por quem nio fosse um profissional certificado por eles, ‘Além disto,a Novell sempre praticou uma politica de sobre- valorizar seus prodiutos ¢dificultar 6 acesso as informagoes técnicas, deixando varias “pegadinhas” no ar acessiveis apenas aos técnicos trei- nados por eles. Lembramos que, &época do langamento das primeitas versoes a PCs - Especial 05 do Windows for Workgroups 3.11 em meadios da década de 80 a Inter- net ainda nio era de acesso publi- 0, € todas as informagées tinham que ser impressas ou gravadas em disco e mandadas via Correio para 0 usuiérios registrados. Provavelmente, muitos dos que estao lendo este artigo nunca viram um kit de rede Novell das an- tigas. Além das placas de rede, que eram tecnologia proprietéria da Novell (as hoje universais NE1000/ 2000), vinham os manuais, que pe- savam muitos quilos. Estes vinham acondiciona- dos num pacote que incluia inclu- sive 0s cédigos fontes dos drivers utilizados, para que 0 proprio instalador fizesse a compilacao dos ‘mesmos antes de poder utilizar sistema, se desejasse fazer alguma “adaptagdo” no sistema. ‘Ainstalagio da rede deman- dava meses de estudo e testes €tamn- ‘bém um bom conhecimento de lin- guagens de programacio antes que alguma informagio fosse transmi- tida de um computador a0 outro, ‘Ao mesmo tempo em que a ‘Microsoft evoluia, havia um outro fator correndo contraa Novell, que cra o sistema OS-2, que depois se tornou o Windows NT e hoje €0 ‘Windows 2000. ‘O sistema operacional OS-2 foi criado através de uma parceria entre a IBM ¢ a entio nfo tio po- derosa Microsoft, ¢ era bastante avanado para a época (estamos fa Jando do final dos anos 80), trazen- do recursos como interface grifica, banco de dados no formato SQL, multi-processamento de tarefas, acesso { meméria em modo prote- sido, ¢ muitos outros recursos. No inicio dos anos 90, hou- veo “divércio” entre os dois gigan- tes da informética. A IBM lancou comercialmente 0 OS-2, que era fornecido com seus computadores, ‘€4 Microsoft aproveitou sua parte na partilha dos bens do OS-2 PCs - Especial 05 criou o Windows NT. Alids, neste episédio a Microsoft montou uma das melhores equipes de profissio- nis em desenvolvimento de redes ja existente, com pessoal altamen- tequalificado vindo tanto das equi- pes do OS-2, quanto da equipe que desenvolveu o Unix original, e das equipes de desenvolvimento da Xerox, entio um grande centro de pesquisas. Também contratou cen- tenas de pesquisadores e programa- dores em outras empresas, tudo isto alicergado numa s6lida base finan- ceirae um plano mercadolégico de longo prazo. Com ocrescimento do Win- dows nos computadores pessoais, a Microsoft direcionou o Windows NT para o mercado corporativo, como servidor de redes. Para furar o bloqueio da Novell ¢ da propria IBM, ambas entrincheiradas pro- fundamente no mercado corpora tivo, a Microsoft implantou muitos recursos poderosos.¢ inovadores no NT principalmente visando a faci- lidade de instalagao, a administra- io € a confiabilidade, Como tempo, muitas destas tecnologias foram sendo transplan- tadas para os produtos Microsoft destinados ao Desktop, notad: mente o Windows 95 ¢ posterior- mente 0 98. EO LINUX? Para acelerar a retracio da Novell no mercado de redes, além do progresso da Microsoft, mais re- centemente surgiram duas novida- ‘des que trabalharam em conjunto: adupla Internet c 0 sistema opera- cional Linux. Linux foi desenvolvido utilizando o trabalho voluntério de milhares de programadores a0 re- dor do mundo, ligados pela grande rede da Internet. Em alguns anos, criou-se um sistema operacional robust estivel, porém de dificil instalacdo ‘e manutengéo, Fruto direto da In- tenet, o Linux encontrou seu pri- meiro grande mercado justamente nos provediores de acesso a Inter- net, através do famoso programa de servidor de servigos Internet deno- minado deApacke, até hoje um dos mais utilizados. ‘A Novell nio soube atender tao bem o mercado desservidores de Internet como os sistemas baseados no Apache, que roda em cima de plataformas Linux. A prépria Microsoft tam- bém foi surpreendida com o avan- co do Linux no mercado de Inter- net, porém contra atacou jogando pesado, incorporando o browser a0 sistema operacional,e 08 servidores dde Internet ao Windows NT. ‘A Netscape, que foi lider ab- solura no mercado de Browsers © softwares para servidores de Inter- net, recebeu as sobras desta guerra de gigantes. Regrediu e acabou in- corporada pela America On Line, grande empresa provedora deaces- 80 Internet no mercado america- no. O Linux entretanto conti- snuou firme no mercado deservido- res de Internet, onde ainda hoje éa plataforma mais utilizada, ¢ tam- bem conquistou boa parcela de ‘mercado no mercado corporativo, dividindo o mereado de igual para igual com o NT ea Novell. Entretanto,o Linux sore do mesmo problema, se é que se pode chamar assim, dos produtos Novell: sio muito bons, porém pre- jam de um profissional devid: mente qualificado para instalar € manter em funcionamento 0 siste- ma. Além disto, nio dispoe de drivers para grande parte das novos dispositivos existentes no mercado, ¢ também sofre com os problemas de estabilidade devido nao ao sis- tema em si, mas aos drivers, interfaces e outros acess6rios de- senvolvidos pela propria comuni- dade Linux que, pela propria estru- tura do sistema de desenvolvimen- to, deixa os testes para serem feitos na prética, jogando os programas ‘no mercado para serem depurados pelos préprios usuarios. ‘Assim, quem optapor traba- Thar com Linux deve estar muito mais atento aos grupos de discus- sio ¢ as atualizagdes de programas cedrivers do que aqueles que traba- Tham com Windows ou Novell, ‘empresas que organizam extensos testes antes de colocar os produtos venda, Mesmo assim, seus produ- tos tém falhas e problemas, porém o suporte é melhor do que 0 exis- tente para Linux. Nao estamos aqui fazendo apologia dos produtos Microsoft e muito menos depreciando 08 pro- ddutos Novell ou Linux, que so ex- celentes e muito estiveis depois de devidamente instalados, porém apenas constatando que requerem pessoal tecnico mais qualificado. Assim sendo, nao sobrou a0 mercado de pequenas médias re- des outra solucio prética que no seja utilizar as redes Windows. E por isso que estamos aqui, ensinan- do a utilizar as redes Windows, ¢ no as Novell ou Linux que, apesat de também muito boas, deixaremos ‘em segundo plano por enquanto. Entretanto, este é um pano- rama em constante mutagao ¢ @ qualquer momento, poder ocorrer grandes mudancas. No futuro, va- ‘mos publicar também outros arti- gos sobre instalagio de redes Novell e Linux, extremamente indicadas em varias ocasides, e que tém uma legido de fis fanéticos e ‘entusiasmados, e com toda razio | QUE SOFTWARE UTILIZAR? Desta maneira, quando se trata de fazer pequenas redes com, ddigamos, até 20 terminais o sistema deredes embutido no Windows 9X ‘mostrou-se bastante atraente, com ‘uma excelente relagio entre custo e beneficio. ‘Apesar de nao ter todos os recursos das redes dedicadas base- ‘adasem Novell, NT ou Linux, Gex- tremamente ficil de ser instalada, estando ao alcance de qualquer usu- rio mais avangado, Em poucas horas 0 sistema estd instalado ¢ funcionando, € pode dar cabo das tarefas mais t0- tineiras em pequenas empresas, como compartilhamento de im- pressoras, discos, programas eaces- so Internet. E claro que se paga um pre- copela simplicidade: a performan- ce é mais baixa, fica-se mais sujei- to apanes no sistema, nio existem ferramentas de administragio cen- tral enem maneiras de restringir 0 acesso dos usuérios a determinados recursos do sistema. Em redes com servidores NT, Linux ou Novell pode-se de- cidiro que cada usudrio conectado ao sistema tera o direito de acessar: determinado arquivo, apenas uma impressora, ou determinados dis- cos ou pastas. Existe também um controle de acesso a nivel de dia e hora, pode-se monitorar também quais arquivos foram abertos ea ue hora, e muitos outros recursos de administragio ¢ seguranca. ‘Veja a tabela resumo abaixo. As caracteristicas dos principais istemas de rede atuais esto listadas, e€fécil veificar que cada ‘uma delas tem suas vantagens, mas também tém desvantagens, ¢ estas caracteristicas devem ser levadas ‘em conta ao se especificar um sis- tema de rede. Para os que olham bem & frente, nio devemos deixar de reco- ‘mendar uma série olhada no Win- dows 2000, Conforme explicamos na reportagem mais adiante, este € ‘o maior projeto de software i feito cem toda a histri, e tem uma infi- nidade de recursos que com certe- zao levardo a demarcar uma trilha ‘muito sélida em diregdo ao futuro. Para aqueles que estéo co- mecando, ecomendamos estudat 0 ‘Windows 2000, mesmo que nao tra- balhem com ele, apenas para conhecé-lo. Mesmo os usuarios da Novell ou de sistemas baseados em Linux precisam conhecer os novos recursos ¢, principalmente, uma nova maneira de pensar em redes trazido pelo 2000, Este € um gran- de projeto, que forma uma sélida base sobre a qual serio desenvolvi- dos sistemas, principalmente de In- ternet, que Vao elevar sobremanei- ra a produtividade pessoal ¢ comporativa. . COMPARAGAO ENTRE OS DIVERSOS TIPOS DE REDES WINDOWS 9X Féciinstalagio Bano custo de software Padréo de mercado SOHO Baixo nivel do soguranga Grande nmero de apcativos Pequeno nimero de terminals rnisvago central ade rlatva ‘Sorvidor de Internet WINDOWS NT NOVELL ‘to custo de software ‘Ao custo Paso mercado corporatvo ‘Ato nivel de seguranga Grane nimero de aplcatvos ‘Ao nivel do ogy Numero de apicath Grande nimoro do termina Ae perormance Boe acminisrago central tabi Bom sorvidor de internet 802 Servidor de Inteme uer teria cuales Pedro mereado corporat Linux Reequertéorioo qualicado Baio custa de software Patio Servidores Itemet 2 ‘tonive de sequranca ramero de apleatos Grande nimero de terminals Ala perormance ned Bom se e Irtemet POR QUE USAR REDES? Ouso das redes vem se tornando cada vez mais indispensdvel em todos os locais onde hd mais de um computador. A disseminacdo da Internet em todos os ramos de atividade 86 serviu para acentuar ainda mais esta tendéncia. Entretanto, é interessante saber as vantagens e desvantagens do uso das redes, e também que cuidados tomar para evitar os problemas. Passado os primeiros anos da microinformética, com 0s hist6- ricos computadores baseados nos processadores Intel 8086, 8088, 286 386, logo se tornou dbvio que de- veria existir alguma maneira de se trabalhar em conjunto, Imagine uma empresa em ‘que um funcionério lanca no siste- ma os ftens que foram vendidos € entregues. O vendedor que esta atendendo a um cliente poderia, caso tivesse acesso aos dados via rede, informar no mesmo instante, qual a posicio de entrega dos seus pedidos. Da mesma maneira, pode- ‘VANTASENS DO USO DE REDES * Comparthamento de arquivas de trabalho * Comparitamento de programas * Compartthamento de drivers de disco como CD, ZIP Drive, et. * Compartihamento de imoressoras e escaners * Compartinamento de acesso & Internet * Aceseo a dados atualizados em tempo real * Servigo de mensagens internas PCs - Especial 05 ‘mos ter uma empresa de engenha- ria com varias pessoas trabalhando num determinado projeto. Uma vvez que todos tenham acesso a0s arquivos, cada especialista pode dar sua contribuigao ao trabalho, que ficaria imediatamente dispontvel para os colcgas. VANTAGENS DO USO DAS RED! Resumidamente, podemos dizer queas vantagens do uso de re- des so: Compartithamento de arquivos de trabalho Recurso muito utilizado, per ‘ite que os usuarios acessem traba- Thos armazenados em outros com- putadores, evitando que se precise fazer o transporte da nformacioem disquetes ou relatérios impressos. Compartiihamento de programas ‘Os terminais podem acessar programas que estao instalados fi- sicamente em outros computado- res, evitando desperdicio de espa- Por Iberé Moreira Campos -0 em disco ¢ padronizando a ver- ‘so do programa em uso. Além dis- to, pode-se economizar no custo dos programas, pois sai mais bara- tocomprar um software para usoem rede do que comprar licengas indi- viduais para cada terminal. Num pais campedo de “pirataria” como o Brasil, isto pode parecer até en- gracado, porém todos deveriam, na nossa opinio, adquirir legalmente ‘08 programas que utilizam, para ter acesso as atualizagies e ao suporte técnico do produto. Compartilhamento de drivers de disco Com a grande diversidade de midias existentes, é invidvel ter- se em cada computador do sistema um leitor de disquetes, de CD-R, CD-RW, Zip drive, Jaz Drive, ¢ muitos outros. Havendo um drive destes na rede, todos os usudrios poderio ler e gravar arquivos nes- tes dispositivos. Compartilhamento de Impressoras Talvez.o mais utilizado, per- mite que todos na rede imprimam éuvsn anduod nas impressoras compartilhadas, tipo ADSLoucabo,ocompartilha- Panes geral cconamnizando espago fisico ¢ evi- mento desta conexio com a rede € tando de colocar uma impressorapraticamente obrigatéria, apesar da Além dos virus, outros fato- para cada terminal Tegislagéo brasileira restringir um ‘Atualmente, com o prego poueo este compartifhamento. das impressoras em queda livre, — Consulte seu proverlor de acesso, este recurso deixou de ser tio inte ropate Gn eee Te Tessante porém jé houveépocaseM ~— acesgo a dados ‘minuigéo das atividades do grupo que uma boa impressora custava ae sa uailherss de danse, eo azn ata izados em tempo de trabalho. uso em conjunto por si s6 jé justi- ficava a instalagio de uma rede, Conforme os exemplos que Ataques de hackers jdicitamos, este 6um fato importan- sco nas empress © BUDS 3© ggg en ee te trabalho, Com o uo das Intrmne's ener, com sistemas ADSL ou & @ : kr » cabo, devido ao fato de neste caso a Jomo acontece com as im- — oacesso.a0s dados em tempo real se rede ter um endereco IP fixo. Isto pressoras, 0 uso dos escaners em espalhou a todos os consumidores F510 pucker nrocurar por por. equipeé bastante interessante,ape- eclientes daempresa, Assimarede 12. de acesso a rib mat eal serdeainda néo muito difundido. lucaléfundamental paraquetodos {PP.40 5 cratego da rede ou Tk, uso docscaner,juntamen- os envolvidos possam atualizar os [Ory Ne ao vin eavalode tecomalntemeteose-mailsvaira- dados para uso proprio e tarabémm {adn Programas UE Son pidamente substituindo com van- de terceiros. Quando se avessa a Internet através tagens 0 fax nos escrit6rios, porém z ares apd de linhas discadas, 0 enderego IP res podem fazer com que a rede pare de funcionar. Problemas nos ‘servidores, nos cabeamentos ou nos rubs” podem tornar o sistema PORQUE USAR? Compartiinamento de escaner: Servico de mensagens —_mudaacedacesso,tornando mais Drogramasparafuncionamentoe™ intermas dificil receber-se ataque de um rede, deve-se verificar no ato da fren bacsargnare ‘compra se este recurso esti dispo- Outro interessante recurso, ala are nivel. aque acaba com os famosos “bille- tinhos” internos. Nao ¢ preciso Acesso a usuarios Compartithamento de mus imerfonar ou se deslocar até desastrados acesso a Internet a mesa de um colega para pergun- pe wish quae igi tar se ele jd terminou 0 relatsrio, Giuged'tnctncl eine’ bam ase ura mennager ire SD stone os ice Par lobes palmente dos servicos de E-mail, _nacelaserd vistano mesmo instan- len gut haeeseey ab revornoindispeneavelpelarepiz tenocomputador do colegs, que ‘uments spagay araiives Mt a dez, recursos e facilidade de uso. _responderd pela mesma via Sa ee ee eat peeebaa mcniatey sod mente uma rede ou computador eee ended mundcen DESVANTAGENS DAS — Parmeterondenicdere Norms segundos, 2 um custo bastante REDES nea eine baixo. Antigamente, precisava-se fazer uma ligagao internacional, Entretanto, o uso das redes | da empresa. Cuidado com cobrada por minuto a preco de traztambémalgunsefeitos desagra- = ouro, Agora, além do texto escri- daycis, como: to, pode-se mandar sons, ima- gens, fotos earquivos inteirosem —yppug PROBLEMAS DO USO DE REDES um dnico e-mail! Major facilidade de contaminagéo ‘Mesmo quando se tem ape~ Talvez o pior “efeito cola | por yirus nas um modem paraacessoaInter- teral” das redes locais. Um arquivo neté interessante compartilharesta infectado trazido por um usuério ligagio narede, paraeconomizarno pode se espalhar pela redenames- | * Maior vulnerabilidade @ ataques + Malor ocorténcia de panes globes uso da linha telefonica, que ainda mahora,fizendo todoosistemaen- | 42 hackers continua cara e pouco dispontvel trar em pane e necessitar de uma _| * Maior vunerabildade a 'ataques’ ‘em virias regides do Brasil. manutengéo global. Nem precisa- | de usuarios menos experientes ou ‘Sehouver um acesso perma- mos falar do prejuizo que isto traz | desastrados nente a Internet, como as conexées & empresa! PCs - Especial 05 REDES PONTO A PONTO X CLIENTE / SERVIDOR As primeiras redes locais eram constituidas de sistemas cliente / servidor, num espelhamento dos sistemas existentes nos primeiros computadores de grande porte. Como aparecimento dos microcomputadores e das redes lacais, este conceito comecou a mudar para o sistema de redes ponto a ponto, onde todos os computadores podem ser tanto servidores como clientes dos recurst Conforme ja vimos em arti- ‘go anterior, os primeiros computa dores eram do tipo cliente / servi- dor, onde os recursos centralizados eram distribufdos pelos terminais, inclusive com o compartithamen- todo processador e da meméria do computador central. Quando surgiram as primei- ras redes locais para microcom- putadores este modelo de rede foi mantido, apesar do processamento ISTEMA, CLIENTE / SERVIDOR Neste sistema, tomos computado- ‘fe centrais, que funcionarn 0 tempo todo apenas fornecendo servigas para a rede, 9 temas as ‘computadores “eliontes” ou ‘usuarios’, que usutruem dos servigos fornecidos pero sorvidor updo que permite um melhor ‘controle das acessos, tem uma ‘porlormance to rade superior, iam ‘maior fexibiiiade @ seguranga, ‘porémm um maior custo, PCs - Especial 05 dos dados nao ser mais feito no ser- vidor de recursos. Porém logo se procurou oti- mizar 0 uso dos recursos: por que deixar um computador parado, apenas pata fornecer recursos para o-sistema, se alguém podia estar tra- balhando nele e produzindo en- quanto isto? Surgiu dat a rede de- nominada em inglés de “peer to peer”, traduzida para o Portugués como rede “ponto a ponto”. Por Iberé Moreira Campos REDES CLIENTE / SERVIDOR Neste tipo de rede, 0s servi- dores ficam 0 tempo todo a dispo- sigio da rede, apenas para fornecer recursos compartilhados ao siste- ‘ma, como impressoras, discos aacesso a outras redes. Naturalmen- te, slo dimensionados para esta ta- refa, com generosos espacos em dis- €0, boa capacidade de proces- OLNOd VY OLNOd s PONTOAPONTO | Figura 4 eat modem seanner Neste sistema, todos os computado- ‘res siio tanto servidores de recuros para a rede quanto clientes dos sservicos fornecidos pelos outros computadores. Pode-se utiizar também sistemas imistos, que tm treches terminal / servidor @ autros trechos no sistema onto a ponta, samento, bons componentes, boa ventilagio e sistemas de “backup” tolerdncia a falas. ‘Aperformance dos recursos compartithados fica otimizada, pelo faro de que, além do servidor ser dimensionado para a tarefa em Gquestio,tem todo seu poderdepro- tes ou usuérios dos recursos forne-_vendas, que também rem sts rede areamento destinado astarefas da cidos pelos outros computadores. pont a panto. Ainda em outra fede, Além disto, normalmente se Normalmente, a performance ¢ rede pontoa ponto, temos os co! ratila no servidor programas de confiabilidade do sistema é menor putadores alojados no chao de fi- aera wie eroluidos, baseados no do que quando se tem um servidor rica. Em cada uma destas salas, Windows NT ov 2000, ouentioso- dedicado, poréméumasolugioque —_temos hubs locais, que por sua vez lugdes Novell ou Linux. garante um bom aproveitamento sto interligados a um computador Guus deservidores dedica- dos recursos disponiveise tem um _servidor central instalado no de- dos permite também um melhor customaisbaixo,bastanteacessivelpartamento de informatica, que gerenciamento dos usuérios ¢ do para edes utilizadas em pequenas cuida de diversos aspectos da eedos recursos, podendo contro: empresas,escolasouatémesmoem rede, como direitos de acessoy li- oie Wa it) larquementranosistemaequere- residéncias. ccencas de uso dos programas, sis- cursos pode acessar. ‘temas de “backup”, impressoras, REDES MISTAS acesso a Internet, et. REDES CLIENTE / SERVIDOR -- Exasotins asleep utilizar redes mistas, onde temos [ WEDES PONTO A PONTO « Servidor tiizado permite meltor | tanto servidores dedicados como performance: blocos de rede funcionando como se * Computadores fazendo taretas + Uso de programas melhorades fosse do tipo ponto a ponto, duplicadas fleam meis lentos permite melhor controle dos ste ipo de configuragio, | * Menor custo de istalagto ‘acessos ¢ do usa dos recursos entretanto, exige um planejamen- | + Maior dificuldade de fazer compartiinados: to mais minucioso da distribuicdo “packup” dos arquivas de trabalho « Pode-go usa sistomas tolerantes | fisica e l6gica do cabeamento, dos | + Menor controle de acesso a nivel afalhas “hubs”, dos servidores ¢ dos recur- de usuario «air laeidade de fazor*backup” | $08 compartilhados, para que, du —} «yas dc de implementar dos arquves ce aba fanteoerescimento do sistema, no} "sistemas tolerant atlas + Maior custo de insalagdo se perca a funcionalidade, desem- penho, seguranga ¢ confiabilidade do sistema. Por exemplo, vamos imagi- © QUE USAR? REDES PONTO A PONTO = nar uma fibrica. Pode-se ter redes ponto a ponto em uma determi- Estaé uma questo que envol- Neste tipo de rede, todos os nada sala, que abriga o departa- ve varios aspectos, ¢ requer um estu- computadores fornecem recursos mento de contabilidade. Em ou- do mais aprofundado, conforme de- para a rede, mas também sioclien- tra sala, temo o departamento de __linearemos a seguir em detalhes. fs PCs - Especial 05 PLANEJAMENTO DA REDE O planejamento de uma rede é condigdo bdsica para seu correto funcionamento. Dentre as diversas possibilidades, devemos e: olher a que melhor atender aos requisitos durabilidade, confiabilidade, facilidade de execugdo, seguranca, performance e custo. ‘Quando falamos em planeja- ‘mento da rede, estamos nos referin- do ndos6 ao projeto da distribuicio especificaciio dos cabos em si, mas a definigdo de todos os acessorios utilizados, como os “hubs”, placas adaptadoras, conectores, repe- tidores de sinal e todo tipo de apa- relho e acess6rio utilizados. ‘Muitos instaladores nio se dao conta da importancia de plane- jar previamente como fazer a inter- ligacio fisica e igica dos computa- dores ligados em rede, Ecomum achar que instalar rredes significa ligar um “hub”, fa- zer a conexio dos computadores ‘com fios tipo par trancado, utilizar a rede embutida no Windows 9X. epronto. Apesar desta solucéo fun- cionar em muitos casos de peque- nas redes, a coisa fica um pouco mais complicada quando se tem ‘computadores instalados em salas ‘ou até mesmo edificios diferentes. Nestescasos, acorreta distri- buicdo dos “hubs” e a interligagio entre eles pode fazer bastante dife- renga de preco € performance. Além disto, muitas vezes € preciso que haja um certo nivel de privaci- dade e seguranca na rede, 0 que pode ser facilmente conseguido Ps - Especial 05 quando se utiliza servidores dedi- cados com Windows NT; Novell ou Linux, porém é mais dificil de set feito quando se utiliza redes basea- das em servidores Windows 9X. Esta limitagao do 9X pode ser par- cialmente contornada através de um projeto mais enidadoso do ca- beamento. IMPORTANCIA DO CABEAMENTO Ao especificar ¢ especificar um cabeamento de rede, devemos ‘pensar em alguns aspectos bisicos, como desempenkho, custo de insta- lacio, facilidade de manutengio, confiabilidade, durabilidade,e pos- sibilidade de expansio. DIRETRIZES PRINCIPAIS AO PROJETAR UM CABEAMENTO DE REDE * Desempentio * Facildade de instalagdo + Facildade de manutengo * Contiablidade * Durebildade «+ Possiblidade de expansdo futura Por Iberé Moreira Campos ‘Todos desejamos que a rede tenhaa melhor performance posst- vel,¢ para tanto é necessério que se distribua corretamente os n6s da rede, juntamente com 0 uso dos 1ubs” mais adequados, tudo isto distribufdo de maneira a nio sobre- carregar o sistema quando em ple- no funcionamento. ‘Vamos usar um exemplo para explicar melhor, Criemos uma situagio que chamaremos de “Tipo 1", onde temos oito computadores conectados, utilizando um banco de dados localizados em um nono computador, conforme ilustrado na figure 5. Todas as solicitagées passa pelo “hub”, evo cair no nono com- putador que €0 servidor. Este, por sua vez, vai consultar o banoo de da- dos, devolver 0 resultado da con- sulta através do mesmo “hub”, Desta maneira, quando os ito computadores fizerem solicita- oes simultiineas, tanto a rede quanto 0 “hub” e 0 servidor iio atender as solicitagées por ordem dechegada. O cabeamento nao sera o ponto fraco do desempenho, mas sim a transmissao de dados pela 13 OLN3INVEANV1d ee Ste) Figura 5 ne: ABBAS Titres: rede, o desempenho do “hub” edo proprio servidor. Imaginemos, agora, esta ‘mesma situagio, apenas que temos dois grupos de trabalho, um que cuida dacomtabilidade, eacessa de- terminados programas ¢ bancos de dados, ¢ outro que cuida dos orca- -mentos, acessando outros arquivos, ‘Tanto a rede quando o servidor fi- cariam parados atendendo a deter- minado cliente, enquanto 0s outros ficariam esperando sua vez na fla Neste caso, o esquema da figura 6 seria mais indicado, com dois “hubs” e duas placas de rede no ‘computador miimero 9. As duas re- des so independentes,¢ 0 servidor pode estar passando uma resposta ‘numa das placas de rede, enquanto transmite outra solicitacao na ou- tra placa de rede. Nesta configuragio, tém-se uma propriedade adicional, que pode ser tanto uma vantagem quan- to uma desvantagem, conforme o caso: um setor da rede nao tem ‘acesso ao outro setor, sem passar pelo servidor. Em termos de segu- ranga, esta solugio seria interessan- te pois, por exemplo, os computa- dores dosetor 1 nao tem comoaces- sar diretamente os computadores do setor 2, evitando acesso a dados confidenciais. Porém, um setor nao tem como acessar 08 recursos com- purtillades no outro, a nao ser 03 que estiverem no servidor. ‘Uma outra maneira de evi- tar estes conflitos que sobrecarre- gam aredeéa.utilizagéo dos “hubs” ditos do tipo “inteligente”, que gerenciam o trifego da rede entre as portas, e coloca cada porta “fa~ lando” apenas com a saida deseja- dda, enquanto coloca outras portas falando” com suas “colegas” inde- pendentemente. Nos “bubs” mais baratos, enquanto ‘mas com o uso de mais “hubs”, mais placas de rede até mesmo ‘como uso de mais servidores. Ape- nas para efeito de ilustragio, um “hub” de alta qualidade para 12 portas pode facilmente custat mais de US$ 1.000, praticamente o pt go de um servidor de porte médio, FACILIDADE DE INSTALAGAO Voltando ao exemple ja cita- do, quando se tem trés ou quatro ‘micros em uma mesma sala ou pro- ximos, 0 uso de tinico “hub” resol- ve o problema. Quando, entretan- to, tém-se computadores espalha- duas portas estio se comunicando, ! as outras ficam a espera. Entretan- to, estes “hubs” inteligentes cus- tam bem mais caro do que 0s co- smuns, razao pela gual tenta-se con- tornar os proble- Bi miane Figura 7 Fig PCs - Especial 05 chegamde ae e UB Figura 10 —s5 dos pelo prédio, ow até mesmo em —cabos pelo edificio, até chegar a0 prédios diferentes, 0 uso de cabos “hub”. A solugio da figura 11 uti- do tipo par trangado ligados a um — liza trés “hubs” distintos, um em “hub” pode complicar demasiada- cada ambiente. Apenas um cabo mente a instalagdo. Tomemos 0 atravessa o edificio para interligar exemplo da figura 7, onde temos um “hub” ao outro, o que facilita quatro computadores ligadosaum bastante a instalagio. Este cabo de hub, quefica préximoaum quinto _interligagio pode ser tanto do tipo computador. E necessério levar par trangado, comoum cabo coaxi- quatro cabos até 0 “Hub”. Se fizer- al. Este Gltimo tem a vantagem de ‘mos uma instalagZo com cabo coa- ser menos imune a ruidos, poden- xial, ligando micro a micro, leva- do chegar a distincias maiores do ‘mos apenas um do inicio ao fim, que o par trancado, mas novamen- dispensamos o uso do “hub”, Fica- te ficamos limitados 2 velocidade ‘mos, entretanto, limitados « uma de 10Mbps, 20 passo em que um rede de 10Mb, méximo suportado cabo par trancado pode ser utiliza- pelo cabo coaxial. Entretanto, para do com redes de 100. Mbps. pequenas redes esta velocidade & geralmemte 0 suficiente. Casone- Go. cessitemos realmente dos imento dos cabos 100 Mbps, devemos fazer ainterli- Diminuir o comprimento ‘gagio com cabo do tipo par tranga- dos eabos ¢ importante nfo $6 pelo do de 8 vias. custo dos mesmos e¢ pela dificulda- Outra possibilidade para a de de instalagdo, mas também pelo ligagio destes cinco computadores_ruido que vai sendo introduzido na Go esquema da figura 9, onde co linha & medida em que vai aumen- loca-se 0 “hub” numa posigdo —tando as distincias percorridas pe- mais central, diminuindo 0 volu- _ los sinais. me de cabos que precisam ficar ‘Existem varios geradores de “passeando” pelo prédio até che- _ondas eletromagnéticas que podem gar ao destino. causar interferéncias, e os cabos Quanto maior aquantidade funcionam como uma espécie de de computadores interligados, “antena” de ridio ou televis mais critico vai ficando 0 projeto _transformando as interferés dos computadores. Vejamos o em sinais esptirios que podem is exemplo da figura 10. Temos 16 _ terferir no funcionamento da rede, computadores interligados, em trés diminuindo a performance ou até ambientes diferentes. ‘mesmo impedindo os computado- Poderfamoscolocar um ini- res de se comunicarem. co “hub” porém, além deste ficar Aparelhos elétricos, como saturado com o alto volume de da- motores, reatores de limpadas mer- dosquetrafegardona ede, também — cirio ou fluorescentes,a propria fi- terfamos que levar um feixe de 16 agin do prédio, estagdes retrans- PCs - Especial 05 missoras de ridio, televisio e tele- fones celulares geram ondas que so captadas pela fiacio da rede. Surge dai, também, a neces- sidade de ser fazer um BOM ater- ramento para a rede e para cada aparelho gerador derufdos, confor- ‘me abordamos a seguir. FACILIDADE DE MANUTENGAO ‘Um bom projeto de cabea- mento deve sempre levar em conta a manutenglo do sistema, Princi- palmente 0s cabos que ficam em ambientes hostis, como locais quentes, que pegam insolagio dire- ta, recebem radiagio térmica de equipamentos, ou estilo sujeit umidade ou vapores precisam de ‘uma substituicdo periédica. Todos estes elementos atacam a isolacio dos cabos e também os delicados contatos dos terminais. Assim, quando se planeja uma instalagéo convém pensar nes- te aspecto. Por exemplo, se temmos um cabo que precisa atravessar de um prédio a outro, pademos optar tanto por um eletroduto subterrt- neo, quando por um aéreo. Nunca ppassar 0 cabo ao ar livre, sem qual- quer protegio, pois diminuiria sua vida Gil e este cabo seria uma fre- qiiente causa de problemas, pela umidade e raios do sol que atacam. seus componentes aumentando sua resisténcia elétrica, o que causa in- terferéncias pelos sinais espirios ‘captados. ‘Ao instalar este eletroduto, entretanto, ndo 0 ponha numa CT el Pe PLANEJAMENTO condigéo de dificil acesso. Planeje uma caixa de passagem em cada ponta do eletroduto, como mostra- do na figura 12, para que, quando for necessério substituir 0 cabo, isto possa ser feito com rapidez € facilidade. Quando for passar cabos por eletrodutos éu canaletas, deixar sempre uma boa folgs, para queseja fécil retirar ¢ colocar eabos no fa- turo. Sempre pode ser necessério colocar mais pontos de rede ¢, s¢ 0 eletroduto estiver no limite de sua capacidade, isto néo sera possivel. Se 0 eletroduto tiver, por exemplo, capacidade para nove fos, passe 6, ou entéo utilize um eletroduto ou canaleta maiores. Nunca trabalhe no limite da capa- cidade, esta é uma economia que pode vir contra vocé mesmo no fu turo, pois normalmente a pessoa que instala uma redeéamesmaque vai ser chamada no futuro parama- uuteuydes © ampliagses. CONFIABILIDADE A confiabilidade de uma rede esté ligada diretamente & qua- lidade dos componentes utilizados e&suacorreta instalacéo. Utilize os melhores cabos e conectores que puder encontrar, ¢ um “hub” ¢ adaptador de marcas idéneas € co- nhecidas. No quesito “qualidade”, os “nubs” e placas de rede sio um ca- pituloa parte: evite as pechinchas, ‘que podem custar caro ja na insta~ lag. Marcas como Intel e 3Com sio tradicionais no mercado de re- des, sempre que possivel utilize seus produtos. Se precisar econo- mizat,utilize “hubs” eadaptadores de rede de segunda linha mas ain- da bons, como os da marca “Genius”, “Encore” e outros simi- lares, mas pare por af. ‘Marcas desconhecidas, ge- ralmente vindos da China, sio fon- te constante de problemas de per- formance e confiabilidade, além de corrermos 0 risco de nao ter mais Ubivers atualizadus no futuro. Figura 12 prédio 1 DURABILIDADE Ligada & confiabilidade, normalmente os bons componen- tes so confidveis e também dura- veis. As partes que se desgastam mais rapidamente numa rede sio os contatos elétricos respectivas co- nexées, por estarem sujeitos a oxi- dagio c também a csforgos mecaini- cos. Em seguida, vém 0s cabos, que vao aumentando sua resistencia com 0 tempo ese rompendoem lu- gares onde sao flexionados. Os “hubs” esto sujeitos a desgastes ‘como qualquer componente eletr- nico, principalmente nas fontes de alimentagdo, nos conectores e nos capacitores eletroliticos que, nos componentes de baixo custo, tém uma vida dtil curta, Além de utilizar compo- nentes de boa qualidade, instale-os com cuidado e atencao. Algumas precaugées 1 - Evite forgar demasiada- ‘mente 0s cabos e os conectores du- rante a instalacio, principalmente ‘ao passar por eletrodutos embuti dos em paredes, Se necessério, uti- lize sabao ou vaselina para que os cabos deslizem mais facilmente pelos eletrodutos. 2-Nunca ponhaos dedos di- retamente sobre 0s contatos, 0 que pode acelerar 0 processo de oxida- Gio. O suor contém varios écidos que deixam residuos nos contatos, vao atacando aos poucos 0 reves- timento anti-corrosivo. 3 - Deixe sempre uma folga nas tetminacdes dos cabos, para que nao fiquem forcados tanto 20 ligar no “hub” como ao ligar nas placas traseiras dos computadores. Se as terminagées ficarem muito ccurtas os cabos, que sio rigidos, fi- cardo permanentemenie forgando 0s terminais, que sio frigeis, ecom ‘© tempo levario ao colapso da eo exo entre 0 cabo eo terminal. POSSIBILIDADE DE EXPANSAO Ao projetar uma rede, deve- se sempre pensar nas suas amplia- Gées, tanto em termos de nimero de terminais e periféricos,comoem termos de performance. ‘Opadriio de velocidade mais usado atualmente é 0 de 10 Mbps, porém os componentes de 100 Mbps esto com pregos cada ‘vez mais competitivos. Por este motivo, nfo € mui to aconselhdvel utilizar cabea- mentos como os cabos tipo par trangedo de trés vias ou os cabos coaxiais, pois estes ficam limitados a5 10Mb atuais. Entretanto, forne- cem redes mais econdmicas ¢ que atendergo com certeza 8 maioria das necessidades atuais e dos pré- ximos anos. Em relacdo ao mimero de computadores no sistema, é sempre aconselhavel deixar uma folga para © futuro. Por exemplo, um “hub” de 8 portas€ apenas um pouco mais @ PCs - Especial 05 GABOS MAIS UTILIZADOS EM PEQUENAS REDES m cabo do tipo par do 4 pares (azul, a esquerda), abo do tipo coaxial 50 ohms 4 direita). O coaxial esté limitado & velocidade de 10Mb, ao ‘Passo em que o par trancado pode trabalhar tanto em'10Mb como em 100Mb. O coaxial esta caindo em desuso, sendo substituide gradativa- ‘mente pelos do tipo par trancado, caro do que um de 4 portas, e fica- riamos com uma boa folga para o futuro. Um cabo par trancado clas- se 5, que suporta até 100Mb, é, porcentualmente, bem mais caro do um de trés vias para 10Mb, po- rém a diferenca em prego figaT’é pequena, comparada a futura ex- pansdo que se pode fazer. mesmo se pode dizer em relacio aos eletrodutos que com- portardo os cabos. Deixe sempre rma falga, até para facilitar 0 traba- Iho de instalacdo. E bem mais facil instalar 5 cabos em um eletroduto para 9 cabos, do que instalar 5 ca- ‘bos cm um eletroduto para 5 cabos! Além do tempo de instala- do que se ganha, deixamos espaco para futuras expansoes, e evitamos de ter que tracionar os fios com muita forca para passarem no eletroduto. core beet bet) rt TIPOS DE CABOS Existem varios tipo de cabos para redes, ej foram abordados em detalhes na PCs Redes n° 1. Temos natabela abaixo um resumo dos ca- bos existentes, mas vamos nos con- centrar aqui nos tipos mais utiliza- dos em pequenas redes, que so 0 cabo coaxial e o cabo de par tran- ado com 4 pares. Cabo coaxial Também chamado de 10Base2, RGS8, ThinCoax, ou ain- da Thinnet. Tem a capa externa na cor preta, e impedancia de 50 ohms. Pode atingir até 185m por segmento, num maximo de 100 nos por segmento. A distancia mi- nima entre nés é de 50cm, ea taxa Leck eae ys sinalizagao cer aa Cet Ee ee eee de transmissio de dados chega até 210 Mbps. Sio ligados da maneira indi- cada na figura 13, chamada de liga- éoem “Barramento”. Observe que em cada computador hi um conec- tor em “T”. Na ponta de cada “T” sai um lance de cabo que vai ao outro computador, ¢ assim por di- ante. Em cada computador das ex- tremidades do cabo, é preciso haver um terminador com a resisténcia de 50 ohms, sem 0 qual a rede ndo funcionaré. Os lances de cabos tém um conector do tipo “BNC” em cada ponta, utilizados paraa ligacso 20 “T” ou ao terminador. O cabo coaxial jé foi muito utilizado, porém vem aos poucos petdendo participagio na preferén- cia dos instaladores, seduzidos pe- las possibilidades de ampliacao e melhor performance dos cabos par trancado. Cabo par trangado Também chamado de 10BaseT ou “Twisted Pair”, so os mais utilizados atualmente. E até dificil encontrar no comércio as placas derede que aceitem também 108 cabos coaxiais, pois os fabrican- tes dedicaram toda sua atencio para 08 coneciores do tipo RJ-45, uti zados nos cabos 10BaseT. Po Cre prea) os max. do reeset — | doispares de UTP | astreia mbps 5 zon | 250m | 500m 10Bese2 | coanial RGSE Barramento | 10Mbps | 100 | OSm | 185m 185m togeses —fooarial nagi1 (Dame | sompys 30/215 | 500m | 500m 1OBaseT [UTP CATS esti | somes [=| om | s00 | 200m Bee ieee ? topase-rp | er debs estrela sommes | 33 500m | s000m “borramento | 108r02d36 | coaxial 750 bararrerte’| Sots ae ND dois pares de UTP | 5 | 10o8ase-TK |CATSoudoisperes estrela —«100MEps. 0.5m | 100m 200m dest? t 100Base-Fx |parde fibra éptica _estrela 100Mbps = | = [too | 200m roosese-Ta [SUP PIESdEUTP esti | roovees | - | 1.0m | 100m | 200m PCs - Especial 05 OLNAWVIANV 1d PLANEJAMENTO ‘Thin Ethernet (108802) ( cesquema da ligacio dos ca- bos par trangado pode ser visto na fi- chamado de topo- loginem Farrel”, comm “Hub? ou. “Switch” servindo de elo central en- te 0s segmentos de cabos. Em cada ponta de segmento de cabo, hé um conector do tipo “RJ-45” coma fiagio ligada de acordo com oesquemana fi- gura 14 aba, gura 15 abaixo. Figura 15 Os “Hubs” Sio utilizados para a concentracao dos cabos par tangado, ¢ faz a interligagio compatibilizagao elétrica entre os segmentos da rede. Sao encontraveis com diversas capacidades e caracte- risticas técnicas, porém os mais. co- ‘muns séo os exclusivamente para cabos par trangado, com 4,5,8 ou 16 portas, Se forem necessirias mais portas, 0s “hubs” podem ser associ- ados. Existem também os “hubs” que contém conectores tanto para RJ-45 quanto para cabos coxiais, ‘mas sio mais dificeis de serem en- contrados es6 so necessirios quan- do realmente se necessita fazer al- ‘gum segmento da rede com cabos coaxiais como, por exemplo, ao co- nectar um setor mais antigo da rede com um mais novo, que ja usa cabos do tipo par trancado, ‘O comprimento dos lances feitos com cabo par trangado de- vem ter 0 comprimento entre 1m € 100 m, e em cada extremidade dos lances haveré um conector RJ-45 para a ligagdo entre cada computa- dor © sua respectiva porta no “Hub”, Existem varios dispositivos {que fazem a fungio de concentra- gio de cabos, nao apenas os “Hubs”: “switches” ¢ os “Routers” ja foram tratados em detalhes na PCs Redes 1, deixare- mos deabordé-los aqui pois servern_ para solugbes especticas. INSTALAGAO DOS Os cabos da rede precisam set cuidadosamente instalados, conforme jé abordamos anterior~ mente. E comum deixar os cabos soltos pelo chio, mas esta nao éuma ‘boa prética, pois as pessoas podem ALOUNS TIPOS DE HUB 'Na foto ao fado vemos alguns *hubs’:0 da ‘asquerda tem 8 portas Pu-45, 0 0 da direita tem 16 portas AU-45 0 uma orla BNC. Este itimo & ‘mais versétl, porém citi! de ser encontrado no comércia, que se concen- trou nes equipamentos para RAS, enroscar os pés ou objetos neles, desconectando-os ou até mesmo quebrando os conectores ¢ levando a rede @ inoperancia. E comum também que alguém enrosque 0 pé num dos cabos ¢ derrube nio s6 0 “hub” mas também o proprio com- putador. Os curto-cireuitos que podem ocorrer quando do rompi- ‘mento dos terminais numa queda desta podem danificar inclusive os equipamentos de interligagio, como as portas dos “hubs” ou as placas de rede. Cabos soltos pelo chao so o horror das faxineiras, e causa frequente de nfo funcions- mento da rede ap6s a faxina ! Assim, recomendamos que se tenbao maior cuidado ao plane- jar a instalacio dos cabos, evitando locais de passagem. Se for possivel, utilizamos canaletas ou eletrodu- tos, de preferéncia embutidos nas paredes, mas, se nao for possivel, com tubos externos, devidamente fixados as paredes. Vejamos algu- mas possibilidades de instalagio dos cabos, em eletrodutos,a desco- berto, em canaletas, ou ainda pre- gados as paredes. Eletrodutos Eo melhor tipo de instala- ‘¢a0, por colocar 0s cabos a salvo de acidentes e dos agentes destruido- res, como sol, umidade, e outros agentes fisicos ¢ quimicos. Oseletrodutos podemser de plastico ou metilicos, embutidos nas paredes ou mesmo fixados & clas através de parafusos e buchas. Ps - Especial 05 ‘Sempre que poss(vel, deve- mos evitar utilizar um mesmo cletroduto para a passagem de ou- tos tipos de cabos junto aos cabos de rede. A nao ser em teechos em curtos, as redes elétrica, de telefo- ne, de interfone ou de antenas de ‘TV devem ter sua prépria tubula- #0, pois podem causar interferén- cia 0 funcionamento da rede, ou esta pode causar interferéncia no funcionamento destas outras redes. Descobertos Conforme jf dissemos, é 0 pior tipo de instalacdo, mas nfo pode ser evitado no segmento que vai imediatamente nos finais dos cabos, quando sio ligados a placa de rede ou @ uma das portas do hub. Pode-se até admitir este tipo de instalacdo dos cabos em uma instalacao proviséria, enquanto se esté testando uma instalagao. Uma vez confirmado o funcionamento do sistema, os cabos deveriam ser imediatamente fixados ou instala- dos em eletrodutos. Canaletas ‘um tipo de instalacdo tam- ‘bém muito boa, tanto quanto aque- la feita em eletrodutos. Principal- mente em grandes ambientes, ‘como chao de fdbrica, lojas e depé- sitos 0 uso de eletrodutos ou cana- Jetas é bastante comum, e coloca os cabos a salvo. Deve-se ter as mes- ‘mas precaucdes da instalago em eletrodutos: no é conveniente uti- lizar a mesma canaleta para passar outras redes, como eletricidade, telefone e outras, pois podem cau- sar interferéncias mituas, ‘As camuletas podem ser de plistico, ferro ou alum{nio. Nocaso ddestas duas iltimas, ¢ interessante ue sejam aterradas, diminuindo o risco de interferéncias nos sinais transportados por campos eletro- magnéticos que possam surgir 20 Jonge do percurso, a parede ‘Uma das piores formas de instalagio, sendo melhor apenas que deixar os fios soltos pelo chao. Infelizmente, ¢ 0 sistema mais uti- lizado, poisa maioria dos locais nfo tem eletrodutos ou até mesmo ca- naletas para a passagem dos cabos de rede. De qualquer forma, é me- Thor do que deixar os cabos soltos, sendo pisados e puxados a toda hora, o que fatalmente vai causar mau funcionamento da rede aolon- ‘g0 do tempo, Enistem varias formas de se render os cabos as paredes, sendo ‘os mais comuns a fixeco com cola ‘aquente ou entio com pregos asso- ciados a prendedores plasticos. AA fixagio com cola a quente € feita com pistolas de aplicagio, encontriveis nas casas de ferra- mentas, Estas pistolas aquecem um bastio de cola a base de silicone, que se funde na ponta da pistola permitindo sua aplicagio. Apés res- friada, a cola fixa as partes. Este proceso pode ser itil para manter Preg Ce Te a Ee] PLANEJAMENTO 08 cabos no local enquanto sio fi- que vem pelo terceiro fiodocabode que por sua vez é dividida em cir- xados com prendedores metilicos, alimentagio dos aparelhos e que é —_cuitos,cadaum deles levando ener- porém nio se aconselha seu uso _ligado ao chassis de cada um. gia a determinadas regides do pré- com a idéia de ser 0 Ginico processo A medida em que os cabos dio. Devidoa resisténciaelétrica da de fixagio, pois um simples puxdio vo passando pelo edificio, sofrem fiaco e corrente elétrica diferen- soltard os cabos. interferéncia de e1 jes de rédio te que cada fio conduz, a tensao que ‘O.uso dos fixadores plisticos campos cletromagnéticos gerados chega a cada computador também pregados ou parafusados as paredes pela rede de eletricidade e apare- ser diferente. No tocante as ten- € tetos é bem mais resistente, po- Ihos léiricos, o aterramento dos ses de alimentacdo internas nao rém sempre dé um mau aspecto © cabos edemaiscircuitosde rededi-haveré problema, pois as fontes aquela “cara” de coisa improvisada. minuemaintensidadedestasinter- _chaveadas dos computadores tém_ De qualquer forma, é melhor do —_feréncias. um excelente nivel de estabilizagao. que deixar os fios pelo chéo. No tocante ao potencial de massa, entretanto, estas pequenas ATERRAMENTO Fotecornl a0 masse diferencas podem causar perda de eficiéncia na rede, aumentando as Muitos instaladores nao se retransmissdes dos dados nao rece- dao conta da importincia que 0 Potencial de massa pode ser _bidos corretamente no outro extre- aterramento tem parao funciona- definido como a diferencia de ten- mo devidod atenuagio dosinal. Veja mentodoscomputadoresedarede, si existente cute us cuudutures o esquema da figura 17. Pequenas As redes interligam computadores “vivos” da rede elétrica, chamados diferengas no aterramento dos com- através dos sinais elétrions quecir- tecnicamentede'fases",eum pon- putadores atenuam os sinaisreeebi- culam pelos cabos,etodaareferén- to de aterramento. dos, ¢ diminuem a voltagem dos si- ccia que eles os sinais tém entre 0s Os computadores recebem —_nais recebidos, aumentando a taxa, aparelhos ¢0 potencial de terra, energiadarede elétricadoedificio, de retransmissiio. . As diforéncas de potencial de chass! dos micros em relacao a terra dlminuio sinal que chega & estarao remota, nterferéncias elelromagneticas ac Jongo a cabo também diminuem o sinal, Figura 17 INTERFERENCIA ELETROMAGNETICA = + =e gone +} Ye onda final ine ov 2v. mes | 7 V iniciat Y final ores PCs - Especial 05 SERVIDORES COM WINDOWS 9X Computadores rodando Windows 9X podem ser servidores bastante razodveis, atendendo as necessidades de grande parte das pequenas redes. Sua configuracdo é bastante simples, e em poucos minutos a rede estard operando. Entretanto, existem algumas restrigdes a nivel de seguranca e estabilidade. re Cele Rc Ey Por Iberé Moreira Campos Conforme jédissemososre- tilhamentodearquivoseimpresso- Gompartithamento de ‘cursos compartilhaveis na rede sio ras para rede NetWare” precisaes- arquivos ou pastas ‘arquivos, drivers de discos, impres- tar instalado, Para clientes Mac- Z soras escanersyemeios de acess0 8 Intoshyo protocolo Appletalk pre- 4. gujy ant ue um dererminado Internet. Cada um destes recursos cisa estar instalado. Este provocolo “4! poe ened aon tem caracteristicas préprias ¢ pos- nio é fornecido pela Microsoft, TSU" Para outtNs usulirios deve es- sibilidades distintas, ¢ podem ou devendoseradguiridodetereirs, [0 "SomuiNige” Ne Fells Gu nio ficar a disposigao de todos os Caso estes requisites niote- So ace aT dows OX c clientes da rede, nham sido atendidos quando da a se ino be instalagdo do Windows, podem ser _ também no NT ¢ no 2000; basta PREPARANDO OS adicionados a qualquer instante, (ae oe i oo um SERVIDORES através delisiar->Configuragies~ corner 9 opeto “compertilha- > Panel de conirole-> Rede-> Adi- Para que um computador —cionar. com Windows 9X possa compart mento”, ¢ aparecerd a caixa de dié- logo abaixo. Nesta, existem duas Ihar seus recursos na rede ¢ preci $0 a que a instalagio do Windows tenha os seguintes requisitos: ‘COMPARTILHANDO, 1 - Ao menos um protocolo cee de rede instalado, seja ele TCPR, 4 tota ao lado aparece ao char NetBEUI, IPX ou qualquer outro" "6 potio ateto do mouse em ‘que se mostre mais conveniente; cima do icone de uma pasta ou 2-Aomenos um adaptador arquivo, ¢ escoinendo a opgao de rede instalado, seja no padrio __“compartihamento"no menu BNG, que utiliza cabo coaxial, ou ‘popup “ ‘liz Nesta caixa de didlogo, pode- no padrio RJ-45, que utiliza cabos A ee do tipo par tancado; TOO wernigd “Conipatt eerie Inamento de arquivos para rede gence eommeennenerns Microsoft” precisa estar instlado, do anys e inpressorms para para que os clientes Microsoft pos- edo Microsoft” dove oar sam “enxergar" 0 servidor. Paracli snstalado no sistema. entes Novell, o servigo “Compar- PCs - Espectal 05 ‘opgbes principais: “Nao compar- tilhado” ou “Compartiliado”. Sea primeira opcao estiver ativada, 0 recurso nfo seré mostrado a rede. Se ativarmos a segunda opclo, 05 clientes terdo acesso a0 recurso, € neste caso temos que informar: to: €o nome com o qual o disco ou pasta aparecera na rede. Como default, tem-se os treze primeiros digitos do nome do recurso. Assim, por exemplo, se a pasta comparti- Ihada tiver 0 nome “Meus Arqui- vvos de Trabalho”, seu nome default aparecerd apenas como “Meus At~ quivos”. Pode-se dar qualquer nome mais intuitivo para este recurso como “Administrativo”, “Traba- Thos”, ou qualquer outro que iden- tifique melhor 0 recurso dentro da rede, Este nome nfo tem nenhuma relagio com 0 nome do recurso no ‘computador local, € apenas 0 nome do recurso na rede, Comentario: valor apenas para controle do administrador da rede, Pode conter informacées como a data da criacio do disco, ‘quais usuarios tém acesso a este recurso ou 0 nome do criador do compartilhamento. Esta informa- go nao é disponivel na rede, é vi- sivel apenas localmente. ‘Tipo_de acesso: Define ‘como os usuarios da rede poderio utilizar 0 disco. As opcdes sio “So- ‘mente leitura”, “Completo”,e “De- pende de senha”, Sea opgio escolhida for “So- mente leitura”, os clientes poderio ler os dados armazenados no disco, mas nio poderdo modificé-los € também nao poderio gravar ne- nhum arquivo adicional no disco. Esta opgio é dil para evitar ataques de virus, “hackers” ou usu- frios desastrados, mas poderi fizer com que alguns programas nio consigam abrir os arquivos, por es- tarem impedidos de criar arquivos de trabalho temporirios. Muitos programas, além dos dados arma- zenados na pasta“ TEMP” do Win- dows, também usam arquivos de SERVIDOR WIN9X trabalho na pasta onde 0 arquivo esté alojado. Exemplo tipico deste tipo de programas sio os programas feitos em Clipper ou Basic. Se 0 programador nao previu o armaze- namento dos fndices e outros ar- quivos temporérios em outro local ‘que nao seja o mesmo dos bancos de dados, programa nao funcio- nar em discos ou pastas de rede ‘marcados como “Apenss para leitu- ra”. Na opgio “completo”, os usuarios terdo acesso total & pasta ‘ou disco, podendo ler e gravar da- dos,criaredeletar arquives. Assim, ‘esta opcio deve ser utilizado com critério. Caso exista algum usuério “perigoso” no sistema, pode-se uti- lizar a tereeira opgio de compart Thamento que €a “depende de se- nha Neste caso, o usuario ou cli- ente da rede teré que digitar uma senha para ter acesso ao arquivo ou pasta. Conforme ela, oacesso pode- 14 ser do tipo “completo” ou entio “apenas leitura”’ Compartithando programas Para que um programa (at- quivo executivel do tipo “EXE” ou COM") seja compartithado na rede, é necessdrio antes de mais nada que tenha sido escrito e com- pilada com as opgies de acesso miiltiplo previstas e habilitadas. Se isto nfo acontecer, 0 pro- sgrama poderd ser executado a par- tir de um outro terminal de rede que nfo seja aquele onde esti ins- talado, entretanto 0 programa no suportaré que mais de um cliente esteja executando 0 programa ao mesmo tempo. ‘Novamente, isto é comum ‘em programas administrativos de- senvolvidos em Clipper ou Basic, ainda uma heranga dos tempos do DOS. Seo programador nao previu ‘© acesso aos dados em rede, entio ‘programa s6 suportard um usué- rio por vez. Programas feitos nas linguagens de programagio mais recentes, como o Visual Basic ¢ 0 Delphi jé prevém automaticamen- teo acesso simultineo ao programa © a0s dados. Aplicativos para Windows, dos grandes fabricantes como Mi crosofi ou Adobe normalmente su- portam o acesso & miiltiplos clien- tes simultaneamente, apesar de uns poucos permitirem o acesso simul- tineo a0s arquivos de taal. (0 uso de programas com- partilhados em rede pode ser inte- ressante para diminuir 0 custo de aquisicao destes produtos. E mais barato comprar 0 programa para tum servidor e 10 terminais, por cexemplo, do que comprar 11 ficen- ‘sas individuais, Para que um programa seja ‘compartilhado na rede, é preciso ‘antes de mais nada que 0 drive ou pasta no qual seus arquivos exe- cutaveis e auxiliares esto instala- dos estejam compartithados na rede, da maneira descrita no item anterior. Dependendo do programa, podeser preciso que, desde sua ins- talagio no servidor, se indique que © programa terd acessos miltiplos. Utilitarios como 0 HP DeskScan, fornecido juntamente com os escaners da Hewlett Packard, tém verses que funcio- nam em rede, seo escaner tiver in- terface USB ou SCSI. E claro que, se tivermos vi- rios clientes de rede acessando um ‘mesmo programa, a performance do mesmo cairi, principalmenteno tempo de carregamento, pois a transferéncia dos dados pela rede é bem maislenta quea dos modernos Hard Disks. Entretanto, uma vez que o programa esteja carregado na memoria, a diferenca de perfor- mance nio seré tio grande. Compartithamento de impressoras Para se colocar impresoras A disposicao na rede, procede-se de maneira similar ao compartilha- mento de discos. Dé-se um clique PCs - Especial 05 com 0 botio direito do mouse em. cima do icone da impressora, ¢es- colhe-se a op¢ao “compartilha- | mento”. caixa de didlogo 20 lado abriré, Escolhe-se a opeao “com- partilhado como”. A seguir di-seo ‘nome para o recurso, de maneira 0 mais explicativo ¢ pritico possivel, por exemplo, “HP 930C”, ou “LASER. Se houver algum co- entirio, pode-se colocé-lo no la- cal adequado. Caso seja necessério restringir 0 uso da impressora ade- terminado grupo de clientes da rede, pode-se exigir 0 uso de uma senha para acessar o recurso. Nes- te caso, se algum cliente solicitar 0 servigo desta impressora, lhe seré pedida uma senha para poder uti- lizar 0 recurso. Compartithamento de acionadores de discos O compartilhamento de dis- cos é similar a0 utilizado para 0 compartilhamento de arquivos ¢ pastas, com a diferenca de que todo ‘disco, endo apenas uma pasta, fi- catia disposigdo dos clientes. ‘Quando se trata de um dis- co fixo, deixa-se 0 mesmo toral- ‘mente i mercé dos outros clientes da rede, podendo algum operador desastrado apagar a pasta Win- dows, por exemplo, fazendo com ue o sistema pare de funcionar, Assim, recomenda-se que se compartilhe na rede apenas os aci- onadores de discos removiveis, como CD-ROM, CD-RW, ZIP e outros, evitando 0 compartilha- mento de discos rigidos. Nestes, compartilhe apenas as pastas que achar necessério, preservando ain- tegridade da instalagao do sistema operacional e demais programas. ’ara compartilhar 0 disco, basta clicar com o botio do mouse em cima do icone do mesmo no computador onde ele esta instala- do fisicamente. Escolhe-se a opcio “Compartilhamento”, e seré aber- ta uma caixa de didlogo igual a de | compartilhamento de pastas abor- | dado anteriormente. Escolhe-se 0 PCs - Especial 05 COMPARTILHAMENTO DE IMPRESSORA ‘Aitola 20 lado aparece olicando 0 botdo direito do mouse em cima do feone de uma imores- sora, @ escolnendo a ‘p¢80 “compartiha- mento’. Nesta caixa de aislogo, pode-se configurar as dlversas opebes de ‘acesso a Impressora através da rede. nome do recurso na rede, o tipo de Entretanto, as empresas de compartilhamento, ¢ as senhas, se acesso (companhias telefOnicase de for 0 caso. TV acabo) alegam que este proce- Eiinteressante observar que dimento éilegal, pois deveria haver alguns programas controladores de _ uma conexiio por computador. discos removiveis, como, por exem- No meu ponto de vista, esta plo, oda lomega parao Zip Drive, € uma posigao discutivel. Vejamos: pode apresentar problemas quando estamos pagando para termos 0 acionado poralgum clientedarede, acesso. Se dividimos o mesmo por podendo travarocomputadoronde mais colegas, a performance vai © recurso esté instalado e, em ou- caindoproporcionalmente. Assim, ros casos, causar pane geral na por exemplo, se temos uma cone- rede. Certifique-se de que o progra- xo de 256Kb, e a dividimos com rma dos acionadores de disco com- mais 4 computadores, cada um te- partilhados na rede sejam certifica- ria, e todos acessessam simultane dos pelos fabricantes ouentiopela amente, 64Kb de transferéncia. Microsoft como compativeis para Como a conexio de 256Kb é bem utilizagio em rede. mais cara do que uma de 64Kb, a companhia estaria sendo paga na Hthamento de ™<*™" Proporsio. conexéo a Internet ‘A vantagem paraquem com- partilha o recurso ¢ que nem todos © Windows 98SE trouxe, 0s computadores solicitam dados entre outras novidades, o compar- _ simultaneamente,o queaumentaa tilhamento de conexio 4 Internet _ velocidade da conexio até chegar (ICS, de “Internet Connection bem préximo do limite da conexio, Sharing”), jd abordado na PCs n° se apenas um cliente estiver descar- 11. Considero sua utilizacao prati-regando dados. camente obrigat6ria, principal- Nos Estados Unidos, por mente para locais que dispdem de _exemplo, o compartilhamento de conexées permanentes & Internet, acesso a Internet é prética bastante como as do tipo DSL ou a cabo, comum, tanto quea propria Micro- pelas grandes vantagens ecomodi- soft disponibilizou 0 recurso em dade que oferece a todos os clien- seus sistemas operacionais. Exis- tes da rede. em outras maneiras de se compar- CTR Cele EE Py Ate BUTE, tilhar a conexao através de servido- res “proxy”, utilizando programas do tipo “shareware” existentes na Internet ou mesmo outros mais so- fisticados, com recursos adicionais, porém pagos. A ndo ser que se te- ‘nha outras preocupagées que noo simples compartilhamento da co- nexio a Internet, nfo vejo motivo para usar os servidores Proxy, pois 0 ICS funciona perfeitamente, ¢ tem um custo nulo ou bait Os “servidores prox} bastante utilizados até oadvento do 98SE, quando foram perdendo sua finalidade. Entretanto, tém algu- mas fungées adicionais, como res- trio de acessoa alguns terminais, testrigdo de uso de determinados programas, e algumas fungdes de programas “firewall”, que restrin- em 0 acesso externo através da Internet a rede local. Alguns tém também um tipo de AntiVirus. Por estes motives, alguns adminis- tradores de rede dao preferéncia a utilizar servidores Proxy, com ou sem “firewall” mas, para @ maio- ria das pequenas redes, 0s recursos ICS embutidos a partir da versio Windows 98SE sao mais do que suficientes. Para a instalagdo do ICS, necessirio que o protocolo TCP/IP estejainstalado em todas as méqui- nas, Além disto, o computador em que vai ser instalado deve ter ins- talado 0 98SE ou 98ME. Os outros MSTALAGAO DO INTERNET CONNECTION SHARING Tela de instalagao do ICS ou “Compartihamento de Acesso & Internet” Oprotocolo TOPAP deve estar previamente instalado no sistema. terminais podem rodar qual- quer versio do Windows 9X ou ‘mesmo qualquer sistema opera- ional que acesse a Internet atra- vvés do protocol TOP/P. A instalagio do ICS re- quer que o Windows 9X esteja previamente configurado, Para acionar 0 instalador, vi a0 Pai- nel de Controle do Windows, na ‘opgao “Adicionar ou Remover Pro- gramas”, orelha “Instalagao do Windows”, secio “Ferramentas para a Internet”. Clique em “deta- Ihes”, ¢ serd aberta a caixa de dif- logo ao lado, onde deverd ser esco- thida a opgio “Internet Connection Sharing”. Clique em OK, € 0 soft- ‘ware correspondente seri instala- do, Seré pedido 0 disco de instala- cao do Windows, os arquivos serio Copiados ¢ instalados no sistema. Apésesta instalacio, todos os clien- tes da rede que estejam se comuni- cando através do protocolo TCP/IP tero acesso A Internet. REDE PONTO A PONTO Estes procedimentos para compartilhar os recursos devem ser feitos em todos os computadores que tiverem 0 recursos colocados a disposicio na rede. Nos demais computadores, que chamaremos de “clientes” ou “usuarios”, deve-se configurar 0 acesso aos recursos compartilhados, da maneira descri- twa seguir. ‘Note-se que a rede montada com servidores Windows 9X é do tipo “pontoaponto” ou, em inglés, “peer to peer”, ou seja, nao existe um servidor dedicado, como no caso de redes Novell, NT'ou Linux, servidor dedicado funciona ex- clusivamente para fornecer recur~ 308 compartithados a rede, ao con- trétio da rede ponto a ponto onde todos 0s computadores podem set tanto servidores como clientes dos recursos. Podem, por exemplo, se- trem servidores de arquivos por um lado, mas serem clientes acessando uma impressora compartilhada em ‘outro computador, e vice-versa, Para facilidade de adminis- tracio e também para aumentar 0 desempenho, pode-se deixar um servidor dedicado rodando Win- dows 9X, no qual todos os clie tes da rede depositam seus arqui- vos e programas, e através do qual fazem suas impress6es ¢ acessam a Internet, Esta solugio € tipica de pe- ‘quenas redes, digunsus, de 2 até 10 computadores, onde nfo se quer ¢gastar demais com a compra e ad- ministragao de um servidor NT, ‘Novell ou Linux. E uma situagio interessante pelo menor custo, mas perde-se em estabilidade, recursos de administrac2o da rede, pois um programa de rede especifico como ONT e similares sio desenhados exclusivamente para esta funi0, 20 asso em queo Windows 9X foi de- senhado para ser um computador de trabalho (cliente na rede). Entretanto, muitas vezes se adora esta solugio, que funciona re lativamente bem. Nio chega a ser problemético reinicializar um ser- vidor de quatro computadores, si- tuagio bem diferente de ter que desligar um servidor que esté aten- dendo 50 ou mais terminais, em di- vversas salas espalhadas em um pré- dio, Neste caso, muitos dos clien- tes poderiam perder ow estragat 08 arquivos.em que estio trabalhando, 1 que deixa os arquives “abertos”, {sto 6 em processo de modificagio ainda nao conclufda. Neste caso, 08 maiores prejuizos seria para quem estivesse atualizando um banco de dados, que poderia se tornar cpr- rompido, pelo fato dos indices do ‘mesmo no corresponder mais a0 ‘banco de datos principal devido 30 fato da atualizagao nao estar con- clufda ainda . PCs - Especial 05 SERVIDORES COM WINDOWS NT uso de servidores NT é pratica bastante comum pequenas instalacdes, Mas os grandes recursos de administragdo, seguranca estabilidade e velocidade sito atraces irresistiveis principalmente para grandes redes, com milhares de usudrios. A interface similar ao do Windows 9X facilita o aprendizado e utilizacdo, porém algumas diferencas siio marcantes em relagao ao 9X e requerem um pouco de andllise. IN NIM 4OGIANSS Por Iberé Moreira Campos © Windows NT, especial- usados, posso garantirquecleain- Windows NT Workstation mente a versio 4, marcou a nosso da seri stil por muitos anos, a ndo vet, amaturidade deste grande sis- ser que se necessite de algumm recur- ONT Server apresenta uma tema operacional. Foi uma longa _ so especifico da versio 2000. Além —_relago de recursos realmente incri- jornada desde 0 seu bisavé,osiste- disto, um profissional que trabalhe vel mas, em muitos casos, estaria ‘ma OS/2 que era desenvolvido em com redes deve obrigatoriamente super-dimensionado. Principal- conjuntoentreaMicrosofteaIBM. conhever o NT, para poder dar as- mente para pequenas redes e para E claro que néo é um siste- _sisténcia técnica aos iniimeros cli-_ computadores de produgao pesso- ‘ma perfeito como, aliés, ndo existe entes que utilizam este sistema. al, mo é necessério ter-se um ser- nenhum. Tem suas falhas e seus vidor ou uma estagio de trabalho problemas. Entretanto, tem muitas WERSOES DO NT tio poderosa. caracteristicas interessantes, como A administracao de tantos a grande estabilidade ¢ 0s intime- Pela propria complexidade — recursos traz seu prego em perfor- ros recursos. Alias, sdotantososre- do sistema e também por razées mance ¢ demanda de hardware, ‘cursos que séo poucos os profissio- _ mercadolégicasa Microsoft comer- _requerendo um computador mais nais que 0s conhecem e dominam __cializao NT em viirias versoes,cada _robusto ¢ agil. Assim, a Microsoft todos, devido t grande variedade uma levando um nome que desig- disponibilizou a versio “Work- de possibilidades de configuragio. na sua funcio: Workstation, — station”, que tem as principais ca- | Mesmo com o langamento Server, Enterprise, ¢ Terminal _racteristicas do Server, mas dispen- do Windows 2000, que seria a ver- Server. sa alguns recursos néo utilizados sio 5.0 do NT,a versio 4.0 continua nas estacdes de trabalho e também em amplo uso, tanto pelo alto cus- em pequenas redes. | Seni aise: | Interface: Em relagio as perfeito funcionamento do NT. E | * Workstation | versdes anteriores do NT, o NT precisoum fato inteiramente novo Esaadanitaiha Workstation 4 tem mesma inter- para que um administrador de re- | « Server | face do Windows 95, marcando a des cheguea conclusiode que pre- | (Servidor) introdugao na linha NT da Lixei- cisatrocarum servidor NT porum |. estrprise | ra, do Windows Explorer, do Inter- 2000 ou Linux. | net Explorer incorporado ao siste- Outro motivo que nos levou ma operacional, do Meu computa aincluir oNT nesta publicagio€o | + Terminal Server | dor, doAmbiente de Rede, do mena fato do NT poder ser encontrado | (‘Servidor de terminais") Iniciar e outras caracteristicas que inclusive no mercado de programas | hoje parecem que sempre estive- PCs - Especial 05 L (Empreendimento") ram 14, de téo incorporadas que foram ao nosso dia a dia. ria: 0 Workstation tern uma melhor performance com programas 32 bits, mas disponibiliza também um ‘espaco de memoria reservado para as aplicagdes de 16 bits antigas, como as existentes para os aplicativos feitos para Windows 3X. Clientes de rede: permite até 10 conexdes simultineas de rede para compartilhar arquivos e im- pressoras. Para um némero maior de clientes, deve-se usar a versio Server. Objetos OLE: o Workstation permite 0 uso da tecnologia OLE, que significa “Object Linking and Embedding”, que se traduz por “Inclusio e Ligagdo de Objetos”. 0 OLE permite que 0s aplicativos toquem informagdes entre si. Por exemplo, imaginemos um arquivo do Word ligado via OLE a uma planilha do Excel, Quando se atu- aliza esta planilha, 0 arquivo do Word é auromaticamente atualiza- do, Outro exemplo: formata-se um ‘banco ile dados no Access, ¢ basta exportar este banco de dados ¥i OLE para o Word para formaté cimprimi-lo de acordo com um pa- dsiio pré-estabelecido. O OLE pos- teriormente se incorporou também as versoes 9X do Windows. Saale) ee Servidor_de_Internet_¢ Intranet: O Workstarion tem 0 pro- tocolo TCP/IP nativo, contendo as ferramentas necessarias para trans- formé-lo tanto em cliente como em servidor de Internet e Intranet. Integracho_com__redes Novell: Os clientes Netware podem acessar —servidores. = NT. ‘Workstation, inclusive com supor- teaos scripts Novell, Por sua vez,0 NT Workstation pode funcionar como um cliente NetWare, poden- do acessar arquivos ¢ impressoras sgerenciadas pelo sistema Novell. ‘Suporte a objetos COM ¢ DCOM: COM significa “Compo- nent Object Model”, algo como “Modelo de Objeto Componente”, ¢ DCOM significa “Distributed Component Object Model”, algo como “Modelo de Objeto Compo- nente Distribufdo”, Os objetos COM integram aplicativos em um tinico computa~ dor, ¢ 08 objetos DCOM integram aplicativos em diversas computa- dores, formando uma base de infra- estrutura para redes, onde os aplicativos se comunicam através da tecnologia Internet. Por exemplo, a tecnologia de acesso a dados SQL utili tecnologia DCOM para fornecer dados a clientes conectados via Internet, sejam eles de quaisquer ripos de computadores, desde que estes atendam ao formato DCOM Ue aplicativos. Suporte _a_DirectX DirectSound: estas tecnologias sio muito utilizadas para jogos € outros aplicativos no Windows 9X,eoNT. Workstation pode acessar até a especificagdo 3 do DirectX. ‘Servidor de arquivos e im- pressoras: Apesar de nio ter as ‘mesmas ferramentas de adminis- tragio da versio Server, pode ser um excelente servidor em pequenas redes, com alta confiabilidade € bom desempenho, Nao pode, en- tretanto, atender a um ntimero tio grande de clientes quanto a versio completa, que € a Server. { canactenisricas po WT WORKSTATION | + Sistema mais love" que o Server + Imeface igual a0 do Windows 95 | * Gerenciamento de meméria em 32 | bits, com suport a 16 bits + Pormite 10 clientes de rede + Suporie tecnologia OLE || * Servidor de Internet e Intranet + Integragio com redes Novell + Suporte a cbjetes COM e DOOM | + Suporte a DirectX e DirectSound | | | + Servidor de arquivos @ impresoras: Windows NT Server Ba versio “modelo” do NT, em cima da qual todas as outras sao ‘moldadas, ¢ talves seja a mais uti- lizada. Contém todas as caracteris- ticas bésicas da versio Workstation, mas foi otimizado para ser mais confiavel, robusto ¢ configurével para atender praticamente qual- quer necessidade de uma rede. O computador com o NT Server pode funcionar como um servidor de rede, e também ser um excelente ambiente de trabalho, para qual- ‘quer tarefa que necessite um siste- ‘ma operacional robusto por tris. A partir de 1998 a Microsoft exigiu dos fornecedores que qual- quer programa langado fosse com- pativel tanto com 0 Windows 98 quanto com o NT, para que pudes- sem utilizar o selo “Compativel com 0 Microsoft Windows”. As- ‘sim, aesmagadora maioria dos pro- gramas existentes para 98 funcio- ‘nam no NT, mas alguns programas para NT nao funcionam com o 98. ‘Avs poucos, a Microsoft vai estreitanto as diferencas entre 08 dois sistemas, levando 0 as verses 9X parao lado de seu principal pro- dduto, que éfoio NT e hoje 602000. Alto_desempenho como servidor: ONT tem algumas carac- teristicas bastante interessantes, masa principal delas é er um bom desempenho como servidor de rede, seja em que tipo de cliente ou servigo estiver servindo. Rigorosa- ‘mente falando, o NT é uma grande miquina de fornecer servicos. ‘Uso de Wizards: O NT foi © primeiro grande sistema para rede a utilizar os “Wizards” ow as- sistentes, que so pequenos pro- gramas que ajudam 0 operador a adicionar ou modificar algum re- curso do sistema, facilitando bas- tante que até mesmo um usuario nio muito experiente possa fazer modificagdes no sistema, ao con- rio de sistemas altamente espe- cializados como os baseados em Novell ou Limux, que necessitam de pessoal mais qualificado. PCs - Especial 05 ‘Tolerancia a falhas: O NT permite @ instalagdo de sistemas RAID, que utilizam varios discos, ‘espethados ou nio. Se um deles fa- Ihar 0 outro terd os mesmos dados ‘eentrard em funcionamento auto- maticamente enquanta 0 disco de- feituoso € reparado. Alguns siste- mas RAID permitem inclusive a troca dos HDs a quente, ou se seja, com 0 micro em funcionamento, A Microsoft também utili- zou virias técnicas de geren- ciamento de meméria em modo protegido, de maneira que se um aplicativo entrar em pane o funci- onamento do sistema operacional como um todo fica mantido. Mes- ‘mo que haja paneem um dos arqui- vos fundamentais do Kernel do ‘Windows, o sistema tentard se re- cuperar da falhae manter a rede no ar. A Revista PCs Redes 2 tem um artigo interessante sobre RAID, a3- sim como a PCs 15 traz artigo ¢s- pecial sobre uso de RAID em dis- cos IDE. Multi-Processamento: O NT pode funcionar com méquinas multi-processadas. Originalmente, ‘méquinas com até quatro processa- dores sio suportadas, e pode-se en- comendar verses que funcionam com mais unidades de provessa- mento, Suporte a varias platafor- ‘mas: muitas pessoas tém a impres- sio de queos sistemas da Microsoft s6 funcionam em plataformas Inte. Este nio € 0 caso do NT e também do 2000, que, dependendo do Ker- nel utilizado, pode ser instalado nio 6 em méquinas Intel, mas também Alpha, Motorola e outros ‘A Microsoft dispunha inclusive de uma versio que se instalava em computadores MacIntosh mas, pot razbes estratégicas, decidiu. no ‘comercializé-la, Suporte a varios tipos de liente: 0 ntimero declientes aten- didos por méquina € limitado ape- nas pelo ntimero de licencas, e pode irde 1 a vérios milhares (1), Ja tive ‘oportunidade de ver servidores NT atendendo a cerca de 1000 clientes PCs - Especial 05 SQL cada um, € performance era bastante razoavel. O NT Server pode se co- nectar com os mais diversos tipos de clientes ¢ servidores: desde os baseados em plataformas Microsoft Windows e DOS, como os baseados em Unix, Linux, Novell, computa- dores de grande porte © os MacIntosh. Este dltimo fato torna oNT muito popular em redes que misturam computadores PC e Mac, servindo para fazera “ponte” entre 0s dois sistemas. ‘Servidor SQL: a técnica de banco de dados no padrao SQL foi um grande avango na direa, pois faz ‘com que trafegue menos dados na rede quando algum cliente tazuma consulta a um banco de dados, Num banco de dados convencio- nal, como um arquivo DBF, por cexemplo, um sofitare cliente preci- ‘sa percorrer todo o banco de dados para poder fazer uma consulta. ‘Assim, digamos que um ente acessa um banco de dados DBF e faz uma consulta para saber todos os clientes que esto em dé bito. O programa do cliente vai consultar todo o banco de dados, para saber quais sio os registros que atendem acondigao. Num servidor SQL.,0 programa cliente faria uma solicitagdo como select * from bancodedados where pago = false. Esta solictagio correria pela rede até o servidor, ¢ este devolve- ria pela rede apenas os registros que atenderiam & condigio, A técnica SQL possibilitou a consulta de dados inclusive com clientes de tao baixo desempenho como 08 acessos via modem na In- ternet, ¢ o Windows NT ¢ um ex- ccelente servidor para isto, ‘Servidor de DHCP: O NT pode gerenciar automaticamente a atribuigdo dos enderegos IP para os clientes que o acessem usando 0 Protocolo TCP/IP, Os enderegos s40-atribuidos de acordo com as regras fornecidas pelo operador do sistema, ficando imitado a certos intervalos ou com atribuigdes fixas para cada cliente, 0 Servidor DHCP ¢ fundamental ‘em aplicagées baseadas na tecnolo- gia da Internet, ou seja, que utili- zam TCP/IP como protocolo. Servidor WINS: 0 servico WINS “resolve”, ou seja, transfor- ‘ma em nomes NetBIOS 20s ende- egos IB através de um banco de da- dos que contém os nomes das ma- ‘quinas clientes, com seus respecti- vvos enderegos IP Servidor DNS: Resolve os nomes de dominio em enderecos IP Assim, quando algum cliente digita em seu Browser, por exem- plo, hp: fnmranetlservidorie,o servi- dor WIN transforma aquela requi- sigdo para o némero IP do micro servidor, no formato cot 200%. x30¢ . wer e a Solicitagio do cliente sera mandada para o respective compu- tador, esteja ele na rede local ou em qualquer local da Internet ou Intranet. Servidor IIS: Outro recur- so muito utilizado no NT é o IIS, abreviago de “Internet Infor- mation Server”, que €0 servidor de Internet da Microsoft. O IIS ¢ um excelente produto, que vem ga- nhando a cada dia mais mercado, devido a sua estabilidade e recursos oferecidos, como suporte a milha- res de clientes conectados, recursos de programagio ASE XMS, SQL, correio eletronico e praticamente qualquer outro recurso de Internet existent. Servidor RAS: O NT tem também osistema RAS, abreviagio de “Remote Access Server” ou Ser- vidor de Acesso Remoto. 0 RAS possibilita o acesso remoto ao ser- vvidor através de linhas telefnicas discadas ou dedicadas, podendo ser usado, por exemplo, para adminis- tragad remota ou para consolidacio de dados entre a matriz ¢ as fiiais de uma empresa. Servidor de E-Mail: 0 NT funciona como suporte para siste- mas de Corteio Eletrénico, atrel: das ao IIS ou nao. Alguns adminis- tradores preferem nao utilizar os servigos do NT para correio eletrd- nico, € instalam outros sistemas, PUR Celt Eh mas de qualquer forma o NT for- nece a base do sistema, Servidor de arquivos e im- pressiio: éclaro quueum servidorde rede tio sofisticado quanto NT for- nece também 0 acesso a arquivos € impressoras na rede, da mesma for- ma que os sistemas 9X. Entreta to, tem intimeras ferramentas de administragio de clientes, tornan- do mais racional aadministragio de tum grande ntimerodeclientes, per- mitindo inclusive a administragio remota de usos ¢ liencas. ‘Como o NT pode acessar di- versos tipos de servidor, € diversos tipos de clientes podem acessar seus recursos, é fii] imaginar a complexidade da administracio. Por exemplo, um cliente DOS precisa “emxergar” os arqui- vvos no formato 8/3, ou seja, oito gritos para o nome mais trés digitos para a extensao, Um cliente Mé Intosh nao reconhece automatica- menteas extensdes de arquivos, por exemplo, DOG para arquivos do Word. Um cliente Windows 9X no “enxergara” no servidor NT mais do que 2GB em cada pasta ‘compartilhada, mesmo que 0 HD tenha cepacidade maior do queisto. Para cada problema destes & muitos outros, o administradot da rede deverd utilizar as ferramentas disponiveis no NT para dar a cada ‘diemte acesso aos recursos na for- ma em que necessita, tendo a im- pressio de que esta acessando um recurso “nativo” a sua propria ma- quina, Para que clientes Mactntosh acessem 0 servidor NTT, este deve estar configurado para utilizar 0 protocolo Appletalk, além dos ou- tros protocolas comumente utiliza- dos, como TCP/IP, IPX © Net- BEUL Os Mac podem acessar pas- tas compartithadas, “enxergando” 2GB disponiveis em cada uma. As pastas devem estar marcadas espe- cificamente para serem comparti- thadas com Mac. ONT Server é um produto realmente extraordinétio, e preci- sariamos escrever livros ¢ mais li- Te) ee vros para demonstrar suas caracte- risticas e possibilidades de configu- ragdo e ampliagao mas, para efeito desta edigio da PCs, vamos nosater mais ao compartilhamento dos re- cursos usados em redes menores. CARACTERISTICAS DO NT SERVER «Ato desempenho como servidor + Uso dos Wizards (essistente) ‘+ Tolorancia a fahas + Suporte a mult:processamento * Suporte a varios tpos de platalorma, * Suporte a vrios tpos de cliente + Servidor SQL + Servidor de DHCP + Servidor WINS. * Servidor DNS * Servidor iS (Internet) * Servidor RAS (Acesso remoto) * Servidor E-Mail) NT 4.0 ENTERPRISE EDITION Nao contente com os recur- ‘sos da versio Server, a Microsoft disponibilizou ainda a versio Enterprise, com caracterfsticas am- pliadas, como; ‘Maior controle sobre o gerenciamento da meméria: pos- sui um ajuste do uso da memoria, que pode atingir 4 GB. Desta ma- neira, aplicativas que fazem uso in- tensivo da RAM rodam mais rip do, pois pode-se alocar mais mem ria para elas, desde que rodem em arquiteturas 32 bits da Intel. Isto é feito reduzindo-se o potencial de RAM alocada ao Kernel do NT de 2. GB para | GB, e aumentando 0 potencial de RAM alocada as aphi- cagdes de 2 GB para até 3 GB. Licenga SMP ampliada: SMP significa “Sistema Multi Processado” ¢ o NT Enterprise vem de fabrica configurado para 0 uso de até 8 processadores, a0 con- tmirio dos 4 da edigio Server. Este recurso é importante em servido- res que esto previstos para seem ampliados, bastando adicionar mais processadores a medida em que aumenta a demanda pelos seus servicos, Melhor disponibilidade de servidores: Para os recursos mais criticos de uma grande rede, niio basta um iinico servidor pois, se este entrar em pane, virios clientes da rede ficario sem seus servigos. ‘Além disto, pode ser que um tinico servidor nao seja suficiente para a demanda, necessitando que varios servidores trabalhem em conjunto. versio Enterprise permite que se utilize os setvidores em grupos ‘Cluster”), devidamente balance- ‘ados para a carga ca demanda, per- mitindo aos aplicativos monitorar, mover ¢ recuperar dados criticos sem a intervengao dos operadores, Servidor ____Microsoft ‘Cluster: na versio Enterprise esté disponivel o servigo MSCS, ou seja, “Microsoft Cluster Services”. Pode-se conectar dois ou mais servidores em regime “Cluster”, quando eles entio trabalham em conjunto para permitir um aumen- to das capacidades de gerencia- mento ¢ também da performance dos servidores. Quando um serviderdo gru- po falha, o programa de “cluster” ird recuperar ¢ transportar 0 servi- 0 do sistema falho para um outro servidor. A falha do servidor nao afetard o outro sistema, € os clien- tes da rede nem perceberio que lnouve alguna falha, (© administrador da rede pode monitorar o estado de todos os recursos do “cluster”, balanceando a carga do processamento ea desco- nexéo de algum servidor que neces- site de manutencéo, sem interrup- ho dos servigos em andamento. Balanceamentode carga: a versio Enterprise tem também 0 sistema “NT Load Balancing System”, algo como “Sistema de Balanceamento de Carga do NT”. PCs - Especial 05 Funcionando em conjunto com 0 sistema de “cluster”, foi projetado parao cumprimento demissées cri- ticas da rede, como servidores FTR, Proxy e de Internet. ‘Opera de maneira totalmen- te transparente aos clientes, combi- nando recursos de até 32 servido- res NT em um tinico grupo. Em operagio,o NTLBC controla auto- maticamente o tréfego entre os di- versos computadores do grupo. : A versio Enteprise am- pliaacapacidade de gerenciamento de mensagens do NT Server, atra- vés do “Microsoft Message Queue Server”, ou seia, “Servidor de Fila de Mensagens da Microsoft”. E um sistema auxiliar aos servidores de mensagens, habilitando diversos sistemas de E-mail a funcionar em conjunto, oferecendooroteamento das mensagens entre eles. E um ambiente ideal para construir epli- cagbes distribufdas em alta escala, inclusive com sistemas méveis ou em redes inseguras. NT 4.0 TERMINAL ‘SERVER EDITION Outra versio ampliada do NT Server, que permite a utilizagao de diversas méquinas clientes atra- vés de emulacéo de terminais. Equipamentos simples, de baixa ca- pacidade, podem rodar aplicativos utilizando processamento e memd- ria compartilhados no servidor, ofe- recendo desempenho de estagées de trabalho mais robustas. Por exemplo, um computa- dor 386 pode “executar” aplicativos escritos para o Windows 98. Na ver- dade, o aplicativo esté sendo execu- tado no servidor, € 0 386 € apenas o terminal do sistema, mostrando as telas de entrada saida de dados do sistema. Componentes do Terminal Server Aversiio Terminal Server do NT adiciona ao NT Server, basica- Pes - Especial 05 ‘mente, mais quatro componentes: © “Terminal Server Core”, 0 “Remote Display Control”, 0“Ter- minal Server Client”, ¢ as “Ferra- mentas de administracao”. ‘Terminal Server Core: re- presenta o principal componente ou o nticleo (“Core”) do sistema, € €0 responsivel por adicionar a ca pacidade de sessdes simultineas de clientes ao nécleo do NT Server original. O TSC emula terminais de clientes diversos tipos de esta- goes, tanto as baseados em Intel € ‘Windows, como MS-DOS, Win- dows 3X, Windows 9X, Windows NTT, quanto as baseadas em proces- sadores Alpha ¢ Motorola, inclusi- ‘ve os da linha Macintosh. A vanta- ‘gem dos aplicativos Windows na- tivos € que estes nao precisam de nenhuma modificagio para radar no Terminal Server. Nos demais casos, € necessério instalar drivers especiais nas maquinas clientes. i é o protocolo responséivel por fazer as méquinas clientes se comunicarem com o computador central. Foi de- senhado para permitir alta capaci- dade de comunicacio entre os ter- minais, inclusive com 0 uso de criptografia de 40 ou 120 bits ‘Terminal Server Client: gera a interface grifica para os cli- entes nos padres do Windows. As aplicagées so, na verdade, execu- tadas no processador do servidor da rede, ¢ apenas as telas dos aplicativos € que sio remetidas para 8 usudrios, permitindo visualizar dados e receber 0s comandos via teclado ou mouse. Ferramentas de Adminis- tragdo: a administracio dos clien- tes de rede com processamento cen- tral necessitou que a Microsoft de- senvolvesse programas como 0 “Client Manager” (Gerenciador de clientes), 0 “Connection ration” (Configuracao de © “Administration Tools” (Ferramentas de admi- nistragio) ¢ o “Client Sessions” (Sessbes de Cliente). Estes apli- cativos siio executados no servi- dor ou nos tetminais, e pérmitem ao administrador da rede con! gurar os pardmetros para cada cliente da rede. Apesar de suas caracteristi- ‘cas notiveis, o NT Terminal Server nao é muito utilizado, o que é dese cestranhar, pois resolveria proble- ‘mas de grande parte das empresas € escolas, que normalmente tm equipamentos os mais diversos ¢, sgeralmente, antigos e ultrapassa- dos, incapazes de executar os apli- ccativos atuais. Tem excelentes con- ddigdes de seguranga e configuracio mas, por diversas razes de comer- cializagio, deixou de ocuparo lugar que mereceria no dia a dia dos instaladores de rede, razio pela qual nao daremos detalhes de sua insta- lagio e configuracio, nos limitan- do, nesta edi¢do da PCs, a abordar a instalagio do NT Server. CARACTERISTICAS DO NT TERMINAL SERVER + 0 procassamento de dados ¢ feito pelo servidor da rede + Os cliantes podem sar um simples ‘computador baseado num Intl 386 +08 clientes podem ser baseados ‘em processadores Intl, Motorola ‘ou Alpha, ¢ so executadas via ‘emlago de terminais + Aplcativso para Windows rodam sem modificegbes. Outros aplcativos necessitam de ‘emuladores. + Os clientes podem ser DOS, Windows, Mac ou Unix + Vern com lertamentas administratvas propria ao processamento certralizaco ATUALIZAGOES E SERVICE PACKS Além das varias verses do NT 4.0, existem as suas atualiza- ‘gBes e correcdes, denominadas pela Microsoft como “Service Packs” Pm ei Re) ou, traduzindo, “Pacotes de Servi- 0”. Ao invés de denominar as n0- vvas versdes do NT como, por exem- plo, “4.1”, “4.2” e assim por dian- teas verses do NT sio denomina- das por algo como “NT 4 service pack 6” Recomenda-se sempre utili- zar aversio mais recente de SB para conseguir mais recursos ¢ menos problemas. Normalmente, quando se adquire o NT, vem especificado com qual SP ela foi produzida. ‘Nem sempre, alids, quase nunca, a versio que se adquire traz a dltima atualizagio. Os SP sio disponiveis para “download” no site da Microsoft também em outros sites de utilité- rigs. Sua instalagio € muito sim- ples, devendo ser feita aps a insta- lagao do NTT, 08 arquivos sero au- tomaticamente descompactados € instalados, substituindo os anteri- ores. Para cada versio ¢ lingua- gem do NT, existe a versio corres- pondente do SP Um SP para Windowsem Portugués nio execu- tard na versio Inglesa ¢ vice-versa. Da mesma forma, um SP para NT ‘Workstation nao serve para o NT Server, por isto deve-se prestar bas- tante atengio ao fazer 0 “Down- Toad”, pois sto arquivos bastante grandes, acima de 40GB, e pode-se perder 0 tempo gasto ao fazer “download” da versio incorreta do sistema, A PCs Redes 2 traz uma relagao detalhada de todos os SP para o NTT, caso o leitor queita mais informagées sobre os recur- 0s ¢ corresées efetuadas em cada Service Pack. Para efeito da con- figuracao do sistema, no nivel em que estamos abordando nesta pu- blicacao, ¢ indiferente qual ver- sto de SP esté instalada no ser- vidor. REQUISITOS PARA INSTALAGAO ONT éum sistema bastan- te estivel mas, para que isto acon- Lega, todo ohardeware deve seguir as especificagdes a risca. No site da Microsoft existe a lista denominada HCL, de “Hardware Compatibility List” ou “Lista de Compatibilidade de Hardware”, que mostra quais com- ponentes foram testados e aprova- dos pela Microsoft. ‘Mesmo que seu hardware no esteja listado na lista, ainda € possivel que ele seja compativel, apenas que nao foi ainda testado € certificado pela Microsoft. De qual- ‘quer mancira, se desejarmos que a rede seja.o mais estivel possivel, é interessante que utilizemos 0 hardware compativel de acordo com a lista HCL. ONT 6 um programa ro- busto, ¢ precisa de uma perfor- mance minima no hardware, sem o que ficaria extremamente lento ou até mesmo nao seria possivel instalar o sistema. Veja na tabela a seguir a configuracio minima sem o que 0 sistema nio funcio- nard, Note que esta configuragéo é realmente minima, mas se dese- jarmos boa performance da rede, devemos comprar o computador mais répido que nosso orcamen- to permitir, inclusive para que 0 servidor tenha uma vida longa mais ttil sem necessidade de ser trocado. A grosso modo, nos pre- g0s e tecnologia atuais, recomen- daria um computador Pentium 3 800MHz, com 128MB de RAM ¢ HD de 30 GB como recomendé- vel para uma boa performance do sistema, ‘REQUISITOS PARA INSTALAGKO ‘DO WINDOWS WT SERVER | + Processador 488/33Mhz | | + 18M do memoria RAM | [9125 MB no HO | “Floppy drive de3 1/2"e 144MB | + Placa de rede 10 Mb | + Mouse | + Monitor padrao VGA INSTALAGAO ‘Ao contririo da instalagao da versio 9X, a Microsoft no ‘caprichou” muito no programa de instalagio do NT, e sio necessérias algumas dicas e macetes que deli- rnearemos a seguir, para que consi ‘gamos instalé-lo. Hé varios “bugs” e limitagées técnicas que dificultam. a técnico com menos experiéncia fuzer com que o sistema entre em funcionamento. © programa de instalagio do NT € 0 WINNTEXE, encontrivel no CD de instalagio e, teoricamente, deve- ria fazer todos os procedimentos necessirios para deixar o NT fun- cionando, da mesma maneira que acontece’ com 0 programa INSTALAREXE do Windows 9X e que, depois de anos de aperfeico- amento, funciona muito bem. O WINNTEXE insiste em dar problemas como nao achar 08 discos rigidos, ou nao encontrar a artigo que ele mesmo criou, ou entdo dar aqueles famosos erros dle “tela azul” que indicam um errono enderego XXXX:XXXX, Depois de anos de tentati- vas, erros ¢ acertos desenvolvi 0 meétodo descrito a seguir e que te- ho utilizado hi anos, me parecen- do sera maneira mais ripida de fa- zer 0 NT funcionar a contento € dentro da maneira que desejo. ‘Outros instaladores tém ma- neiras diversas de fazer a instalacao, conforme descrito na PCs Redes 2, e recomend a cada um que siga © procedimento com o qual melhor se adaptar. ‘A instalagao do NT Server é ‘um procedimento com certa com plexidade e nao ¢ tarefa para pri cipiantes. Requer um bom dominio tanto do NT quanto do Windows 9X ¢ também dos comandos em DOS, principalmente para fazer partigdes, formatar discos e copiar arquivos. Conforme jédissemos, te- ‘oricamente o programa instalador do NT deveria cuidar de tudo, porém na pritica é melhor fazer as coisas & nossa maneira, PCs - Especial 05

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