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SISTEMA DE
FREIOS
Série automotiva
SISTEMA
DE FREIOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
SISTEMA
DE FREIOS
© 2015. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_____________________________________________________________________________
S491s
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Sistema de freios / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2015.
100 p. : il. (Série Automotiva).
ISBN 978-85-7519-942-8
CDU: 629.3.077
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
2 Sistema de Freio..............................................................................................................................................................11
2.1 Conceitos básicos para compreender o sistema de freio..............................................................12
2.2 Tipos de sistema de freio...........................................................................................................................13
2.2.1 Freio a disco.................................................................................................................................14
2.2.2 Freio a tambor.............................................................................................................................22
2.2.3 Freio misto....................................................................................................................................27
2.3 Componentes de acionamento do sistema de freio.......................................................................27
2.4 Inovações tecnológicas no sistema de freios.....................................................................................40
Referências............................................................................................................................................................................91
Índice......................................................................................................................................................................................95
Introdução
Caro aluno, seja bem-vindo ao livro que trata dos sistemas de freio automotivo.
Com o avançar de seus estudos você conhecerá os princípios físicos que regem o compor-
tamento do veículo em relação as frenagens.
Compreenderá a evolução deste importante conjunto de peças, que é responsável por sal-
var vidas e evitar acidentes.
Conhecerá os componentes do sistema de freio automotivo, seu funcionamento e terá con-
dições de verificar, junto aos manuais técnicos de reparação, os procedimentos de diagnóstico
de falhas e as intervenções de manutenção corretiva.
Além dos componentes do sistema, será apresentada uma série de ferramentas e equipa-
mentos necessários para prestar manutenção em freios de veículos.
Dicas de limpeza, conservação e descarte do material de trabalho serão fornecidas ao longo
do texto, visando desenvolver em você o senso de responsabilidade para com o meio ambiente.
Você verá como aplicar os conhecimentos sobre metrologia na avaliação dos componentes
do sistema de freio para identificar a condição de cada peça e determinar o momento exato
da substituição.
Serão apresentados os componentes eletroeletrônicos relacionados ao sistema de freios.
Siga em frente e bons estudos!
Sistema de Freio
Neste capítulo você será apresentado aos componentes do sistema de freios, aos tipos de
sistemas existentes no mercado, aos procedimentos de elaboração de ordens de serviço e co-
nhecerá as particularidades de funcionamento do sistema de freios.
Assim, ao final deste capítulo, você estará apto a:
a) interpretar as informações do proprietário quanto às anomalias apresentadas pelo veículo;
b) identificar, com base nas informações fornecidas pelo proprietário, o contexto de utiliza-
ção do veículo;
c) compreender os princípios básicos que regem o sistema de freios;
d) identificar os componentes do sistema de freio;
e) localizar no veículo os componentes do sistema de freio;
f) conhecer as características de cada componente do sistema de freio;
g) compreender o funcionamento do sistema de freio a partir da atuação de seus compo-
nentes;
h) conhecer o processo de inovação tecnológica nos sistemas de freio automotivo.
Quanto desafio, não é mesmo? Portanto, embarque nessa trajetória e explore todas as fon-
tes de conhecimento aqui apresentadas.
SISTEMA DE FREIOS
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A roda foi uma das invenções que se tornou um marco na história do ser humano. Este componente
possibilitou que o trabalho de deslocar materiais e pessoas se tornasse simples e ágil. No entanto, logo
percebeu-se a necessidade de criar um mecanismo que pudesse conter o giro da roda, quando acionado.
Surgiu assim o freio.
Atualmente os veículos são equipados com um sistema de freio que tem seu funcionamento baseado
nos princípios físicos de inércia e nos conceitos de hidráulica desenvolvidos por Pascal.
O princípio da inércia diz que todo o corpo tende a manter o movimento que está realizando. Se um
corpo estiver parado, sua tendência será permanecer parado.
A lei de pascal é com relação aos fluidos e a aplicação de força sobre eles. De acordo com esta lei física
quando se aplica uma determinada força, pressionando um líquido, ele dissipará esta mesma força em
todas as direções. Veja na figura a seguir como isso acontece.
Aplicação
de Força
Êmbolo (tampa/rolha)
Dispersão da
Recipiente força aplicada
em todas as
direções
Allesse Rodrigues (2015)
Líquido
Além destes princípios mencionados, pode-se perceber a aplicação dos seguintes conceitos no sistema
de freios. Acompanhe!
2 Sistema de Freio
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Conceito Definição
Relação estabelecida entre a força que se aplica sobre determinada área e sua dimensão.
Pressão A fórmula matemática é a seguinte:
Pressão (P) = Força (F) / Área (A)
Energia cinética A energia que determinado corpo apresenta em função de seu movimento.
Atrito A resistência ao movimento existente entre dois corpos que estejam em contato.
É a forma de energia que se transfere de um corpo para outro em função da diferença de temperatura.
Calor A transferência dá-se daquele que possui maior temperatura para o aquele que possui menor tempe-
ratura, com o objetivo de alcançar um equilíbrio térmico.
Força de frenagem Força realizada pelo mecanismo de freio em oposição ao movimento do veículo.
Agora que você já viu os conceitos básicos, deve estar se perguntando como todos eles são aplicados
no veículo. Veja a seguir os tipos existentes de sistema de freio e de que forma cada um deles funciona.
Os sistemas de freio podem ser construídos de diferentes maneiras. Pense no freio de uma bicicleta sim-
ples, com acionadores e cabos metálicos. Trata-se de um freio mecânico, acionado pela força do próprio
ciclista.
Nos veículos leves (carros e motos) um sistema de freios totalmente mecânico não é capaz de conter o
movimento das rodas de maneira eficiente. Para suprir as necessidades de força foram adicionados com-
ponentes que atuam de maneira hidráulica e pneumática, reduzindo o esforço do motorista e tornam o
processo de frenagem eficaz.
A partir de agora, você conhecerá uma série de componentes de sistemas mecânicos, hidráulicos, elé-
tricos e pneumáticos. Verá também que todos trabalham em harmonia para garantir a segurança dos con-
dutores e pedestres durante a frenagem.
Os automóveis possuem, convencionalmente, no sistema de freio hidráulico, três tipos de conjuntos de
freio: conjunto de freio a disco, de freio a tambor e um conjunto misto dos dois (disco e tambor). Antes de
começar sua jornada, observe a figura a seguir com atenção. Você verá em seguida a explicação de cada
um dos componentesque compõem o sistema de freio automotivo.
SISTEMA DE FREIOS
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Cabos do freio
de estacionamento
Válvula Proporcionada
Pinça sensível à carga
Reservatório Flexivel
de �uido
Pinça Servo freio
Cilindro
de roda
Cilindro Freio de
mestre estacionamento
Lonas
Pedal do freio
Flexível Tambor Sapata
do freio
Válvula
de retenção Pastilha
FREIO A TAMBOR
Tubo hidráulico
Nakata (2015)
Válvula Equalizadora Disco
com ponto de corte �xo
Se você for observar a roda dianteira de um carro produzido nos últimos 10 (dez) anos, encontrará um
disco de freio. Este sistema apresenta uma resposta precisa, sendo capaz de conter o movimento da roda
de maneira eficaz.
Como o esforço realizado pelo sistema de freio na frenagem é maior nas rodas dianteiras do veículo,
podendo chegar até 70% (setenta por cento) da carga, o freio a disco é a opção mais segura adotada pelas
montadoras. (PRIETO, 2014).
Em veículos com motores esportivos, que possuem faixa de potência superior aos convencionais, é
comum encontrar o freio a disco também nas rodas traseiras, mas isto eleva o custo de produção para a
montadora.
Veja a seguir os componentes do sistema de freio a disco e suas características.
Disco de freio
Este componente é construído de ferro fundido ou em uma liga especial de cerâmica. Ele transforma
a energia cinética (de movimento) em calor e sua eficiência é medida de acordo com a capacidade que
apresenta em dissipar o calor gerado. Existem discos sólidos e discos ventilados. Cada veículo tem um
modelo específico recomendado pelo fabricante, de acordo com sua necessidade de dissipação de calor.
Os discos ventilados possuem aletas internas que permitem a passagem do ar, facilitando a troca de calor
com o ambiente externo.
2 Sistema de Freio
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O disco é posicionado no cubo de roda do veículo, sendo preso normalmente por um parafuso de fixa-
ção e posteriormente encaixado pelos próprios parafusos de roda. Veja nas imagens a seguir os dois tipos
de disco de freio disponíveis no mercado.
tarasov_vl [(20--?)]
Figura 3 - Disco sólido
Fonte: Thinkstock (2015)
O disco de freios fica posicionado entre a roda e o cubo de roda, o cubo de roda permite que o disco gire
juntamente com a roda mesmo estando fixo ao montante da suspensão. Quem entra em contato com ele
quando o pedal de freio é acionado é a pastilha de freio.
Pastilha de freio
Este componente tem a função de entrar em atrito com o disco de freio realizando a contenção e/ou o
controle da rotação do conjunto disco e roda. As pastilhas de freio são normalmente compostas de cerâ-
mica ou carbono semimetálico. (FRASLE, s.d.)
Em função dos efeitos nocivos à saúde causados pelo amianto, o uso deste
CURIOSIDADE material na fabricação de pastilhas de freio tem sido descontinuado a partir
da lei nº 9.055, de 1 de junho de 1995.
Na medida em que é utilizado nas frenagens, tanto o material das pastilhas de freio como do disco
sofrem desgaste. Tanto o disco como a pastilha de freio devem ser inspecionados e substituídos periodica-
mente, de acordo com as recomendações do fabricante.
Veja na imagem a seguir, as pastilhas de freio.
homydesign [(20--?)]
Dependendo do fabricante, os tipos de pastilhas de freio apresentam uma aba metálica que tem a
função de tocar no disco e fazer barulho, indicando que está desgastada. Já há outras que possuem um
sensor elétrico para indicar o desgaste, informando por meio de uma luz no painel que chegou a hora da
substituição.
2 Sistema de Freio
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Sobre as pastilhas de freio é comum encontrar uma mola utilizada para assentá-la melhor no alojamen-
to, evitando que produza ruídos, como pode ser observado na figura a seguir.
Phantom1311 [(20--?)]
Figura 6 - Pastilha de freio com mola de assentamento
Fonte: Thinkstock(2015)
A pastilha de freio é alocada na pinça de freio, que é outro importante componente deste sistema.
Pinça de freio
A pinça de freio é um alojamento, que pode ser fixo ou móvel, onde ficam as pastilhas de freio, o êmbo-
lo do freio e o parafuso de sangria do sistema hidráulico de acionamento do freio.
Veja como ela se parece na figura da sequência:
Phantom1311 [(20--?)]
As pinças de freio são classificadas de acordo com seu funcionamento. Existem pinças de freio do tipo
cavalete fixo, cavalete flutuante e punho.
Nos freios que apresentam uma estrutura fixa, onde apenas o êmbolo se move em relação ao disco de
freio, é dado o nome de cavalete fixo. Este movimento é possível por apresentar êmbolos de cada lado do
disco de freio. Conforme a figura a seguir.
Nakata (2015)
Existem freios a disco do tipo cavalete flutuante, onde o êmbolo se desloca, pressionando a pastilha
contra o disco. Ao encontrá-lo, o cavalete se move no sentido oposto, pressionando a pastilha do outro
lado. Neste sistema só é necessário um êmbolo. Acompanhe!
2 Sistema de Freio
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Nakata (2015)
Figura 9 - Cavalete flutuante
Fonte: Nakata (2015)
O freio a disco do tipo punho funciona da mesma maneira que o freio do tipo cavalete flutuante, com a
diferença que possui dois pinos para orientar o movimento da pinça de freio. Como pode ser visto a seguir.
Pinça Fixa
Sangrador
Anel de vedação
Guarda-pó
Pastilhas
Pinos-guia
Nakata (2015)
Pinça deslizante
e buchas
Cavalete de freio
O cavalete tem a função de alojar a pinça de freio. Ele é instalado no montante de roda, que também é
conhecido pelo termo manga de eixo.
Veja a imagem do cavalete de freio.
buffaloboy [(20--?)]
Disco Disco
Êmbolo Êmbolo
FREIO FREIO
APLICADO LIBERADO
Nakata (2015)
Figura 12 - Êmbolo da pinça de freio
Fonte: Nakata (2015)
Ele possui um rebaixo na sua parte externa, que serve para encaixar a gaxeta, ou anel de vedação. Este
anel de borracha tem a função de impedir vazamentos do fluido de freio e auxiliar o êmbolo a retornar para
sua posição inicial.
Além do anel de vedação, o êmbolo possui uma coifa de proteção, chamada de guarda-pó. Esta coifa
impede que agentes contaminantes entrem em contato com o alojamento do êmbolo, comprometendo
seu funcionamento.
Parafuso de sangria
Este parafuso é alojado na pinça de freio, cilindro mestre e cilindro de roda. Normalmente é construído
de materiais metálicos e serve para sangrar o sistema hidráulico, procedimento que será estudado no capí-
tulo de manutenção, removendo bolhas de ar do fluído de freio. O parafuso de sangria é oco, para permitir
a passagem de fluído quando aberto.
Veja como ele se parece.
Allesse Rodrigues (2015)
FIQUE O parafuso de sangria é de cobre, um metal que se deforma com facilidade. Portan-
ALERTA to, tenha atenção ao apertá-lo.
O sistema de freio traseiro dos veículos convencionais normalmente apresenta um sistema de freio a
tambor. Este sistema antecedeu o sistema de freio a disco e, em alguns modelos de carros antigos, pode
ser encontrado também na dianteira. Seu funcionamento segue a mesma lógica do freio a disco, mas apre-
senta componentes diferenciados, que podem ser observados a seguir.
Tambor de freio
Este componente mecânico, construído de ferro fundido, faz o papel do disco de freio. Ele gira acom-
panhando o movimento da roda e sofre atrito mecânico sempre que o pedal de freio, ou alavanca de freio
de mão, são acionados.
Photoraidz [(20--?)]
Ao remover a roda do veículo, o tambor de freio será o único componente visível, pois os demais com-
ponentes encontram-se em sua parte interna ou traseira, como é o caso do cilindro de roda.
2 Sistema de Freio
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Existem tambores de freio que são montados sobre o cubo de roda e outros que fazem o papel do
próprio cubo de roda. Veja a seguir um exemplo de quando o tambor de freio é montado sobre o cubo de
roda.
SuchatSi [(20--?)]
Na figura anterior você pode identificar que o tambor foi removido, mas o cubo de roda permanece fixo
no centro dos componentes de freio. Neste caso a roda é fixa no cubo e não no próprio tambor de freio.
homydesign [(20--?)]
Figura 16 - Sapatas e lonas de freio
Fonte: Thinkstock (2015)
A função da sapata de freio é, além de alojar a lona, conduzi-la e pressioná-la contra o tambor. Mas para
isso ela tem que ser acionada pelo cilindro de roda.
Cilindro de roda
Este componente é acionado de maneira hidráulica e possui importância vital para o acionamento do
freio a tambor. Ele fica no centro do espelho de freio, que será apresentado a seguir, entre as sapatas de
freio. Quando submetido a uma pressão hidráulica, ele projeta dois êmbolos metálicos para fora, empur-
rando as sapatas de freio e as lonas, contra o tambor de freio.
Parafuso
de sangria
BigJoker ([20--?])
Além da função de acionamento, o cilindro de roda também possui um parafuso de sangria do sistema
hidráulico. Você verá no capítulo que trata dos procedimentos de manutenção, o propósito deste parafuso.
Mola de retorno
Gilles_Paire ([20--?])
Mecanismo de ajuste
de desgaste com catraca
Espelho de freio
O espelho de freio é a estrutura metálica que abarca estes componentes, vistos até agora, do sistema
de freio a tambor. Nele são encontradas as molas e parafusos responsáveis por fixar as sapatas de freio e o
cilindro de roda.
TeerawatWinyarat [(20--?)]
Existe um sistema que combina ambos os sistemas estudados até agora, apresentando os componentes
do sistema de freio a tambor e do sistema de freio a disco. Neste mecanismo, o disco é freado externamen-
te pelas pastilhas quando o pedal de freio é acionado. Ao puxar a alavanca do freio de estacionamento, as
lonas de freio são empurradas contra a parte interna do disco, que serve como tambor.
São poucos veículos que utilizam este sistema, pelo seu custo de implantação. No entanto, ele apre-
senta uma grande eficiência e durabilidade dos componentes, sendo superioras ao sistema convencional.
Observe a seguir:
Nesta etapa da aprendizagem você conheceu os tipos de sistemas de freio e o quanto eles são funda-
mentaispara garantir a segurança dos condutores e pedestres durante a frenagem. Agora siga agregando
conhecimento com os componentes de acionamento do sistema de freio.
Até agora você foi apresentado aos componentes mecânicos do sistema de freio, que realizam trabalho
e são responsáveis por parar o veículo. No entanto, existe um conjunto de componentes que os coman-
dam, de maneira elétrica, hidráulica e pneumática.
SISTEMA DE FREIOS
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Artfoliophoto [(20--?)]
Pedal de freio
Os veículos de transmissão mecânica apresentam três pedais. Da esquerda para a direita tem-se o pedal
da embreagem, depois o do freio, seguido do acelerador.
Os componentes mecânicos do sistema de freio que você estudou até agora são acionados quando o
motorista pisa no pedal de freio. A partir daí é dada a ordem a todo o sistema, em função da intensidade
da força aplicada.
2 Sistema de Freio
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Servo freio
Este componente tem a função de reduzir o esforço do motorista durante o acionamento do pedal de
freio. O servo freio é uma estrutura metálica, dotada de câmaras internas com membrana de borracha e
mola. Estas câmaras são utilizadas para produzir um ambiente com vácuo, que amplifica a força gerada no
pedal de freio.
Você deve estar se perguntando: o que o vácuo tem a ver com o sistema de freios?
E a resposta é simples: tudo.
A resistência que o ar oferece ao deslocamento de um veículo, ou de qualquer corpo, é uma das forças
responsáveis por reduzir o deslocamento.
Pense em um veículo acelerando em uma rodovia deserta. Ele se move com facilidade, pois a aerodinâ-
mica do automóvel o auxilia a vencer as barreiras do ar. Em determinado momento, o motorista aciona um
paraquedas. O que aconteceria?
Sim, o veículo seria literalmente “segurado” pela resistência do ar. Note que isso não acontece no vácuo.
Seguindo o raciocínio do exemplo dado, ao deslocar a haste do cilindro mestre, enfrentando a resistên-
cia apenas do vácuo gerado no interior do servo freio, o esforço do motorista para acionar o sistema de
freios será minimizado.
SISTEMA DE FREIOS
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jeffy1139 [(20--?)]
Figura 24 - Servo freio
Fonte: Thinkstock (2015)
O vácuo do servo freio é causado pela admissão do veículo, que enquanto estiver ligado, estará geran-
do pressão negativa no sistema de freios. A admissão do veículo se encarrega de aspirar o ar de dentro do
servo-freio, enquanto que a válvula de retenção de vácuo impede o retorno do ar. Como resultado, cria-se
um ambiente com vácuo.
SAIBA Experimente pisar por três vezes no freio de um veículo desligado. Você perceberá o
MAIS quanto é difícil acionar os freios sem o auxílio do vácuo do motor.
O servo freio é um componente lacrado, que deve ser substituído em caso de avarias. No entanto, pos-
sui dois componentes externos, que podem ser avaliados quanto a folgas ou desgaste. A haste do cilindro
mestre, que pode apresentar folgas laterais e a válvula retentora de vácuo, que pode ser analisada quan-
to a sua condição de funcionamento. A construção da válvula possibilita que o ar passe em apenas um
sentido, do servo freio para o motor, impedindo o retorno. Caso isso não esteja ocorrendo a válvula, em
questão, deverá ser substituída.
Veja na imagem a seguir a válvula de retenção de vácuo.
2 Sistema de Freio
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Cilindro mestre
Você já aprendeu que a haste do servo freio aciona o êmbolo do cilindro mestre. Agora conhecerá este
componente de atuação hidráulica, que pode apresentar diferentes formas de construção, de acordo com
o fabricante, mas com a mesma função de pressurizar o sistema hidráulico de freios. Ao ser acionado pelo
movimento que vem do pedal e passa pela haste do servo freio, o cilindro mestre pressurizará as linhas
hidráulicas de fluido de freio. A pressão transmitirá a força até os acionadores mecânicos do sistema de
freios.
No sistema de freio a disco a pressão gerada no cilindro mestre atua até as pinças de freio, acionando o
êmbolo. Já no sistema de freio a tambor, esta pressão aciona o cilindro de roda, projetando seus êmbolos
para os lados.
O cilindro mestre é comumente encontrado junto ao servo freio. Ele pode apresentar uma ou várias
saídas para a pressão hidráulica, de acordo com o projeto do sistema de freios. Veja na figura a seguir o
cilindro mestre e suas variações na medida em que é acionado.
SISTEMA DE FREIOS
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Para a Para a
extremidade extremidade
dianteira traseira
TOYOTA (2007)
Em repouso, ele está com as vias de saída de fluido abertas, e sua posição é mantida pela ação de uma
mola. Neste momento, a pressão no circuito hidráulico é equivalente a pressão atmosférica, e os freios não
estão sendo acionados.
2 Sistema de Freio
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TOYOTA (2007)
Contato
Neste caso, quando o sistema é acionado as linhas de fluido hidráulico são pressurizadas e a mola de
retorno é comprimida.
O cilindro mestre pode apresentar uma ou duas câmaras de pressão. Nos casos em
SAIBA que apresenta duas, uma delas é utilizada para as rodas dianteira direita e traseira
esquerda, e a outra para a dianteira esquerda e traseira direita, em x. Essa disposição
MAIS permite ao veículo conservar o sistema de freio com metade da eficiência em caso de
um dos sistema apresentar problemas.
Interruptor
Luz de Freio
Bateria
Tampa
Bóia
Comutador
Lâmpada
de ignição
de
Reservatório anomalia
(painel)
Bateria Fluido de freio
Allesse Rodrigues (2015)
Massa Massa
Figura 30 - Tampa do reservatório de fluído de freio (esquema elétrico).
Fonte: do Autor (2015)
2 Sistema de Freio
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O reservatório apresenta indicação de nível mínimo e máximo de fluído para rápida conferência.
knowlesgallery [(20--?)]
Figura 31 - Reservatório de fluído de freio
Fonte: Thinkstock (2015)
Em veículos com embreagem hidráulica, há uma saída de fluido no meio do reservatório de armazena-
mento. Como o sistema hidráulico de embreagem funciona com o mesmo fluido utilizado para os freios,
ele é alimentado a partir do mesmo reservatório. O fato da saída ser localizada no centro do reservatório
permite que um sistema funcione independentemente do outro, sendo assim, qualquer problema na em-
breagem, como vazamentos por exemplo, não afetará o freio e vice-versa.
Dentro do reservatório vai um fluido específico, chamado de fluido de freio.
FIQUE Normalmente o fluido de freio tem validade de um ano ou 10.000 (dez mil) km.
ALERTA
Fluido de freio
Este fluido é desenvolvido para apresentar as características necessárias ao sistema de freios, que não
podem ser atendidas por óleos e outros tipos de fluidos derivados do petróleo.
Ele possui a característica de não danificar as tubulações metálicas por onde circula e nem os retentores
de borracha. Suporta temperaturas superiores a 100°C (cem graus célsius), sem perder suas propriedades.
Também apresenta a fluidez necessária para transmitir rapidamente a força de acionamento aos freios.
SISTEMA DE FREIOS
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dashadima, [(20--?)]
Figura 32 - Fluido de freio
Fonte: Thinkstock (2015)
O fluido de freio é higroscópico, o que quer dizer que absorve água com facilidade. Por este motivo
deve ser mantido em recipiente lacrado e protegido de agentes contaminantes, como óleo, graxa ou fluido
de freio usado. Esses cuidados não devem ser tomados apenas com o fluido armazenado, mas também
com o fluido utilizado no veículo, pois, em função de sua higroscopia o fluido deve ser substituído confor-
me indicação de prazo informado pelo fabricante do veículo (quilometragem ou tempo).
No Brasil ele é normalizado pela ABNT. (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que baseia as espe-
cificações nas diretrizes na SAE. (Sociedade dos Engenheiros Automotivos).
Os requisitos básicos observados são relacionados quanto ao: ponto de ebulição, ponto de fulgor, esta-
bilidade térmica e viscosidade. As normas regulamentadoras relacionadas ao sistema de freio automotivo
são NBR 9292/91 e NBR 9576/91.
2 Sistema de Freio
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A seguir, em Casos e Relatos você perceberá a importância de informar aos condutores automotivos a
utilização correta dos termos técnicos.
CASOS E RELATOS
Termos técnicos
Juquinha sempre foi um mecânico habilidoso. Ele aprendeu muitas coisas sobre automóveis,
pois, desde jovem trabalhava em oficinas mecânicas. No entanto, acabou por adotar alguns ter-
mos incorretos para se referir aos componentes automotivos.
Certa vez ele estava verificando os freios do carro de Judite, e explicou a ela sobre o funcionamen-
to do sistema hidráulico. Ao se referir ao fluido de freio, ele usou a expressão óleo de freio. Para
ele a diferença entre fluído de freio e óleo do motor era clara, mas Judite entendeu que tratava-se
do mesmo líquido.
Durante uma viagem, a luz do painel acendeu, indicando que havia pouco fluido de freio no re-
servatório. Judite prontamente foi até o porta-malas, pegou um recipiente com óleo para motor
e o adicionou ao reservatório de fluido de freio.
Os resultados foram desastrosos, pois o sistema ficou com o funcionamento comprometido. Al-
gumas horas depois, Juquinha estava recebendo o carro de sua cliente, sendo trazido por um
guincho.
Judite lhe disse que havia feito conforme ele tinha explicado, e Juquinha percebeu a importância
de utilizar os termos técnicos corretamente.
O fluído de freio costuma possuir a sigla DOT em seu rótulo. Isso se deve ao fato de os testes e a norma-
tização do fluido terem sido realizados pelo departamento de transportes dos Estados Unidos da América.
A sigla é seguida por um número, que pode ser 3 (três), 4 (quatro) ou 5 (cinco), de acordo com a capacidade
do fluido de suportar temperatura. Cada veículo tem uma indicação no manual do proprietário indicando
qual DOT deve usar.
Nakata (2015)
Válvula equalizadora
O sistema de freios pode apresentar, ao invés da válvula reguladora, uma válvula proporcionadora (sen-
sível a carga), que desempenha o mesmo papel de distribuição da força hidráulica a fim de estabilizar o
veículo durante as frenagens.
Observe na sequência a válvula proporcionadora.
Válvula
Proporcionadora
Nakata (2015)
Até aqui você conheceu os componentes de acionamento do sistema de freios e como este conjunto
efetua os comandos, de maneira elétrica, hidráulica e pneumática. A seguir você iniciará uma nova etapa
de estudos: inovações tecnológicas no sistema de freios.
SISTEMA DE FREIOS
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O sistema de freios, encontrado nos veículos da atualidade foram elaborados após a realização de es-
tudos e implantação de melhorias. Isso pode ser percebido através da evolução dos componentes auto-
motivos.
Para aperfeiçoar os componentes do sistema de freios foi preciso que passasse por dois processos dis-
tintos, o de inovação e o de melhoria.
Considere as definições a seguir.
I.no.var: 1 Fazer inovações, introduzir novidades..., 2 produzir algo novo, encontrar novo processo, 3
introduzir...pela primeira vez...
Fonte: Michaelis (2009)
Me.lho.rar: 1 Tornar-se melhor ou superior, 2 tornar mais próspero ..., 4 aperfeiçoar, reformar, reparar ...,
7 Passar a condição mais próspera.
Fonte: Michaelis (2009)
Existe uma diferença entre inovação e melhoria, que fica clara quando se considera as definições de
cada palavra. A inovação é uma verdadeira mudança na forma de fazer, enquanto que a melhoria é o aper-
feiçoamento do que já existe.
De acordo com ehow.com.br (2015), os primeiros sistemas de freio eram de madeira, e objetivavam
travar uma roda metálica por atrito. No início dos anos 1900 (mil e novecentos), uma inovação surgiu e foi
criado o freio a tambor. Em 1918, Malcolm Lougheed patenteou uma melhoria, transformando o sistema
de freio a tambor em um sistema hidráulico.
Quando alguém introduz uma melhoria ou cria algo novo, é possível apropriar-se dos direitos intelectu-
ais do projeto. Sendo assim, o detentor da propriedade intelectual torna-se dono do direito de utilizar sua
invenção ou melhoria, podendo cedê-lo a quem desejar, da maneira que lhe for conveniente.
No Brasil, a lei 9.279 de 14 de maio de 1996, regulamenta a questão da propriedade intelectual. Em 19
de fevereiro de 1998 foi estabelecida a lei 9.609, que dispõe da proteção dos direitos intelectuais.
Segundo Pereira (2010), a visão inovadora consiste em não se contentar com o que é dado e desenvol-
ver a capacidade de imaginar e projetar o futuro e as soluções que serão necessárias para enfrentá-lo.
Quando uma determinada montadora decide utilizar um sistema de freios para seu veículo, precisa
certificar-se de quem o desenvolveu para solicitar sua autorização para uso no projeto.
Chegou o momento de você refletir a respeito dos tópicos estudados. Acompanhe a seguir!
2 Sistema de Freio
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Recapitulando
Esse capítulo lhe permitiu ter a visão geral do sistema de freios, e lhe fez perceber que os três siste-
mas estudados, freio a disco, a tambor e misto apresentam características singulares, que tornam o
processo de manutenção e avaliação particular para cada tipo de sistema.
Além de conhecer o sistema como um todo, você pôde conhecer componente por componente
que integram o sistema, portanto a partir desse momento você está apto a identificá-los, o que será
muito útil a partir de agora em sua vida profissional como reparador automotivo.
Nos próximos capítulos do seu livro didático você perceberá que os componentes estudados até
aqui serão abordados novamente, porém a abordagem será direcionada a seus procedimentos
de manutenção, manuseio e conservação, dessa forma para compreender a importância de cada
processo de reparo é importante que você tenha aprendido sobre o princípio de funcionamento
de cada um desses componentes.
Agora você verá as normas e os procedimentos burocráticos e ambientais relacionados ao sistema
de freio automotivo. Bons estudos!
Normas Técnicas e
Documentação
Os automóveis estão presentes no dia a dia das pessoas. São responsáveis pelos desloca-
mentos rurais e urbanos e seu mau funcionamento pode oferecer risco a integridade física das
pessoas.
Devido à relevância das condições dos veículos e seus componentes, a indústria automotiva
é normalizada, o que quer dizer que está sujeita a determinadas normas nacionais e internacio-
nais, que serão consideradas neste capítulo.
As dicas constantes no manual do proprietário de veículo são oriundas das recomendações
dos fabricantes, que por sua vez estão em harmonia com as normas técnicas vigentes.
A importância da documentação para evidenciar os procedimentos executados e sua har-
monia com o recomendado pelo fabricante, serão considerados a seguir.
Ao estudar este capítulo você estará apto a:
a) correlacionar, para fins de diagnóstico, as informações fornecidas pelo proprietário e o
histórico de manutenções com as especificações/indicações do manual do fabricante;
b) interpretar os procedimentos e normas técnicas aplicáveis à manutenção dos sistemas
de freios;
c) reconhecer os requisitos da legislação a serem considerados no descarte de resíduos ge-
rados nos processos de limpeza de componentes dos sistemas de freios;
d) interpretar os procedimentos e normas técnicas aplicáveis à inspeção de componentes
dos sistemas de freios;
e) interpretar os procedimentos e normas técnicas aplicáveis a testes de funcionamento dos
sistemas de freios;
f) reconhecer o padrão de entrega técnica utilizado pela empresa (verificações finais, remo-
ção de proteções, orientação sobre futuras revisões, informações sobre serviços executa-
dos, devolução de peças substituídas);
g) aplicar os princípios de organização do trabalho estabelecidos no planejamento e no
exercício de suas atividades profissionais.
Vá em frente e bons estudos!
SISTEMA DE FREIOS
44
Todo o produto industrializado que você adquire vem acompanhado de um manual, que contém as
orientações para o uso adequado. Com os automóveis não é diferente. Todo o veículo zero km é entregue
ao proprietário com um manual de uso.
Este manual do proprietário não é destinado a manutenção corretiva do veículo. As informações cons-
tantes nele são para que o motorista saiba como utilizá-lo de maneira correta, sem comprometer o funcio-
namento de algum componente.
A garantia, oferecida pelas empresas que comercializam veículos, está condicionada ao seguimento das
orientações constantes no manual do proprietário. Utilizar o veículo de maneira diferente da especificada,
caracteriza-se mau uso, expondo o conjunto mecânico a uma condição severa que poderá provocar danos,
que não serão cobertos pela garantia.
Para os casos em que seja necessário realizar um procedimento de manutenção corretiva, deve-se re-
correr a outro tipo de material técnico, que é o manual de reparação.
Neste capítulo você pôde constatar o quanto as orientações contidas no manual do proprietário per-
mitem os cuidados adequados aos veículos evitando assim muitos transtornos a seus usuários. Confira na
sequência o manual técnico de reparação.
O manual técnico de reparação possui a descrição detalhada do veículo, de cada sistema automotivo
e dos procedimentos de manutenção. Pelo seu elevado número de páginas, as montadoras optam por
disponibilizá-lo em meio eletrônico aos reparadores da rede autorizada. Como pode ser visto na figura a
seguir.
1 Desenho técnico do componente expondo todas as suas partes, para identificação de componentes.
3 Normas Técnicas e Documentação
47
No Brasil, o órgão normativo2 maior do sistema de trânsito é o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsi-
to), que dispõe sobre as questões relacionadas aos transportes. Atuam em sintonia com o CONTRAN, os
conselhos estaduais de trânsito (CETRAN), o conselho de trânsito do distrito federal (CONTRANDIFE) e de-
mais órgãos normativos menores.
3 Equipamento utilizado para medir a força em função da rotação de um determinado corpo móvel.
SISTEMA DE FREIOS
50
k) ISO 26867:2009
Trata das aplicações do sistema de freios e estabelece diretrizes para o desenvolvimento de produtos.
l) SAE J 431:2000
Estabelece informações gerais sobre a composição química do ferro fundido utilizado em componen-
tes automotivos.
SAIBA Você quer saber mais sobre estas e outras normas? No site da ABNT você fica por den-
MAIS tro. Acesse: <http://www.abnt.org.br/>
Neste capítulo você teve acesso as normas técnicas aplicadas aos sistemas de freios e sua abrangência.
Na sequência você irá conhecer a respeito das normas ambientais que regem este sistema.
Os materiais utilizados nos automóveis costumam ser nocivos ao meio ambiente, o que torna seu des-
carte um assunto de grande importância aos órgãos normalizadores. Veja a seguir, o que fazer com o fluído
de freio, um agente considerado tóxico ao meio ambiente.
Os resíduos perigosos, são assim classificados por seu poder potencialmente contami-
nante ou em razão das substâncias químicas presentes na sua composição. São conside-
rados resíduos perigosos: Medicamentos, resíduos de saúde (hospitais e farmácias), re-
síduos da indústria, resíduos eletroeletrônicos (pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes,
computadores, televisores), tintas, solventes, pesticidas, inseticidas, herbicidas, óleos lu-
brificantes, fluídos de freio, aerossóis em geral, entre outros. Tais resíduos não devem ser
descartados no lixo comum, pois a destinação desses itens contempla etapas tais como
descontaminação, autoclave, incineração e a destinação a aterros industriais controla-
dos. Pela Lei nº 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010, as empresas
tem prazo até agosto de 2014 para implementar seus planos de logística reversa, o que
significa viabilizar o retorno do material por meio dos diversos elos da cadeia produtiva,
a fim de garantir a destinação adequada dos resíduos perigosos e o não-desperdício
das peças recicláveis. Em razão da responsabilidade compartilhada, consumidor, varejo
e indústria devem empreender esforços no sentido de fazer com que todos os tipos de
resíduos perigosos retornem ao destino adequado.
Fonte: portal.tjsc.jus.br (2015)
3 Normas Técnicas e Documentação
51
Conforme o disposto em lei, as empresas precisam implementar um plano de logística reversa4 para
destinar adequadamente o material a ser descartado.
Quanto ao descarte das peças metálicas utilizadas no sistema de freio, o Decreto Federal 5940/2006
institui a destinação dos resíduos metálicos de órgão públicos às cooperativas de catadores de material
reciclável. Esta orientação pode ser seguida pelo setor privado de reparação automotiva.
Ao ser descartado corretamente, o ferro retorna para a cadeia produtiva industrial, sendo processado e
recebendo novas aplicações.
SAIBA O CONAMA possui uma resolução específica, que trata do descarte de pneus. Interes-
sado em mais informação? Pesquise por CONAMA 258/1999 no site <www.mma.gov.
MAIS br/conama>
Neste capítulo você estudou a importância das normas ambientais na preservação dos recursos natu-
rais do planeta. Acompanhe agora novo tópico: ordem de serviço.
4 Retornar o produto para a cadeia produtiva, como no caso do óleo de motor usado, que passa novamente por um processo
de refino.
SISTEMA DE FREIOS
52
Você conheceu um pouco sobre a origem das informações técnicas constantes nos manuais de repa-
ração automotiva. Agora, você conhecerá um documento que dá início ao processo de manutenção auto-
motiva, a OS (Ordem de Serviço). Confira antes o Casos e Relatos para ilustrar sua aprendizagem.
CASOS E RELATOS
Conforme apresentado, no Casos e Relatos anterior, a falta de organização pode ser responsável pela
perda de clientes. Mas existem meios de evitar este tipo de situação, usando um controle de atendimento
realizado e efetuando o preenchimento das ordens de serviço.
Uma OS nada mais é do que uma notação de tudo que o cliente relatou, adicionando a percepção do
técnico que recebe o veículo. As informações constantes na OS servirão para guiar o mecânico no momen-
to da manutenção e para não deixar que nada passe despercebido.
3 Normas Técnicas e Documentação
53
A partir das necessidades constantes na OS, será estipulada a quantidade de horas necessárias para o
serviço, a partir do tempário7 da oficina, a TPMO (Tabela Padrão de Mão de Obra). Estas informações servi-
rão para realizar o orçamento a ser passado ao cliente.
Com estas informações, a OS servirá de registro do acompanhamento do veículo ao longo dos proces-
sos produtivos da oficina. Desde o recebimento até a entrega final ao cliente.
Na sequência você tem a oportunidade de relembrar tópicos estudados neste capítulo. Acompanhe!
Recapitulando
Você estudou neste capítulo sobre os órgãos normativos do sistema de trânsito brasileiro, que dis-
põem sobre os procedimentos de inspeção, manutenção e fabricação de componentes automotivos.
Os conhecimentos adquiridos servem para compreender a importância de atuar, na reparação au-
tomotiva, de acordo com as recomendações dos manuais técnicos, que têm suas diretrizes e pa-
drões baseados nas normas técnicas.
Você considerou a diferença entre as informações constantes no manual do proprietário do auto-
móvel e no manual técnico de reparação.
Ao saber onde encontrar as informações referentes às normas técnicas, você está capacitado a
pesquisá-las quando se deparar com uma situação real de trabalho.
Considerou também a importância e os procedimentos necessários para elaborar uma ordem de
serviço, documentando os procedimentos realizados desde o recebimento do veículo até a conclu-
são dos trabalhos.
Parabéns e siga motivado a aprender mais!
3 Normas Técnicas e Documentação
55
Anotações:
Diagnóstico, Manutenção e
Ajustagem do Sistema de Freio
Este capítulo trata do diagnóstico do sistema de freio com relação ao seu funcionamento,
dos procedimentos técnicos de manutenção dos componentes do sistema de freios, sua mani-
pulação, armazenagem e descarte.
Ao considerar as informações deste capítulo, você estará apto a:
a) utilizar o manual técnico de reparação como base para a realização de procedimentos de
manutenção;
b) avaliar as condições dos componentes do sistema de freios;
c) avaliar as condições de funcionamento do sistema de freios;
d) manipular, armazenar e descartar os materiais utilizados na manutenção;
e) identificar a condição dos componentes do sistema de freios a partir de sua condição de
uso;
f) prestar manutenção nos componentes do sistema de freio;
g) buscar soluções aos problemas apresentados;
h) selecionar os recursos necessários para cada procedimento de manutenção (ferramentas,
equipamentos de proteção, equipamentos, peças e insumos).
Quanto aprendizado você tem pela frente! Prepare-se e vamos lá!
SISTEMA DE FREIOS
58
O sistema de freios é composto por uma série de componentes, como você estudou nos capítulos an-
teriores. Cada um deles possui especificações técnicas, oriundas das normas regulamentadoras ou dos
próprios fabricantes, de como deve funcionar. No entanto, existem situações em que o freio pode estar
apresentando alguma anomalia funcional.
Os testes de frenagem visam avaliar o desempenho do conjunto do sistema de freios. As duas formas
mais usuais de avaliar a frenagem têm sido com a realização de testes dinâmicos, observando o comporta-
mento do veículo enquanto os freios são acionados, ou estáticos, a partir das leituras registradas por equi-
pamentos específicos, como por exemplo os dinamômetros8. Acompanhe os procedimentos.
Procedimentos
Nos testes dinâmicos é preciso que o piloto dirija o veículo e faça periodicamente o acionamento dos
freios, observando as seguintes variáveis, de acordo com a ABNT NBR 10966-1:2013 e as recomendações
constantes no manual de reparação técnica:
8 É um equipamento mecânico utilizado para medir a potência de veículos e a eficiência de seus freios.
4 Diagnóstico, Manutenção e Ajustagem do Sistema de Freio
59
payphoto [(20--?)]
Ao realizar um teste estático no sistema de freios do veículo, é possível obter informações precisas a
partir dos relatórios produzidos pelo software do dinamômetro. O equipamento aplica força de giro nas
rodas do veículo, simulando uma aceleração normal, e então mede e eficiência do sistema de freios, ao
ser acionado para fazer com que a roda pare. Todo o desempenho é monitorado e registrado por meio de
gráficos, que projetam a leitura em tempo real na tela de um computador.
cipango27 [(20--?)]
A avaliação de componentes é uma prática adotada pelas oficinas e montadoras automotivas, de acor-
do com a ABNT NBR 14040-6:1998 e com os procedimentos constantes no manual de reparação técnica
de cada veículo.
Ao inspecionar cada componente do sistema de freios, é possível identificar quais necessitam de subs-
tituição. Veja a seguir. Basta ordenar os componentes do sistema de freios e verificar quais estão de acordo
com o especificado como normal pelo fabricante.
Veículo Carro
Técnico Juquinha
Data 20/07/20xx
As ferramentas de informática têm estado cada vez mais presentes nos diagnósticos automotivos, visto
que a tecnologia dos automóveis permite uma integração entre os sistemas do automóvel e um software
externo.
É possível realizar um diagnóstico de falhas a partir da tela de um equipamento eletrônico de diagnose,
que pode indicar o mau funcionamento de algum componente veicular que esteja ligado em rede.
4 Diagnóstico, Manutenção e Ajustagem do Sistema de Freio
61
Um fio com mau contato, uma lâmpada queimada ou um sensor danificado serão automaticamente
detectados por um software específico de diagnóstico.
Normalmente, os veículos que possuam redes veiculares com acesso para diagnóstico apresentam uma
tomada, onde deve ser plugado o equipamento que fará a leitura das informações eletroeletrônicas.
IndyEdge [(20--?)]
O reparador de automóveis tem competência para avaliar as condições dos componentes automotivos,
mas esta avaliação não pode ser feita, apenas, a partir de sua própria opinião. Os parâmetros de normalida-
de para cada componente estão listados pelo fabricante no manual técnico de reparação. Este documento
serve para orientar a avaliação do profissional, que deverá obter os valores do veículo a partir da análise
dos componentes e do uso dos equipamentos e ferramentas apropriados, para então confrontá-los, iden-
tificando as anomalias.
Uma vez que as informações do componente avaliado foram obtidas, é necessário compará-las com o
especificado no manual técnico de reparação. Conforme pode ser observado no Casos e Relatos a seguir.
SISTEMA DE FREIOS
62
CASOS E RELATOS
Como visto na história anterior, a análise dos problemas a partir dos parâmetros do manual técnico de
reparação permite que o técnico faça intervenções precisas de manutenção.
Você estudou neste capítulo como identificar, por meio de um diagnóstico técnico, as necessidades de
procedimentos de ajustes e manutenção no sistema de freios. Agora você está preparado para conhecer
novo assunto: relação de causa, impactos e consequências.
Um veículo com problemas no sistema de freios tornará a viagem menos confortável e menos segura. Ob-
serve a seguir com alguns exemplos de como este sistema interfere nos sistemas de direção e suspensão.
Defeito Consequências
Pinça de freio travada aberta Veículo vai para um dos lados na frenagem.
Bem, você pôde perceber a importância dos sistemas automotivos funcionarem corretamente para que
o resultado seja uma perfeita interação entre os mesmos. Na sequência você vai estudar novo tópico. Va-
mos lá!
4.3 Recursos
Caso o profissional não esteja com sua formação ou registro em dia, ele atuará como auxiliar, não po-
dendo emitir laudos nem assumir a responsabilidade técnica sobre serviços.
Como o sistema de freios apresenta diversos componentes mecânicos, que atuam realizando atrito e
são suscetíveis a desgaste, é necessário o uso de instrumentos de metrologia para avaliar a condição das
peças. Veja a seguir, os instrumentos utilizados na manutenção do sistema de freios.
magnética.
na superfície. nos tambores de freio.
Uma oficina mecânica é um ambiente que oferece riscos a integridade física dos profissionais que ali
trabalham. Pela natureza das atividades realizadas é necessário atenção as normas técnicas referentes ao
uso de equipamentos individuais e coletivos de segurança. Veja a seguir os equipamentos de segurança
utilizados para lidar com o sistema de freios.
4 Diagnóstico, Manutenção e Ajustagem do Sistema de Freio
67
Proteger as mãos
Manuseio de
Luva de pano contra sujeira e Descartável.
componentes.
cantos vivos.
xtrekx [(20--?)]
seco.
Manter o recipiente
Proteger as mãos
Utilizar sob a luva em local seco sem
contra resíduos que
Luva química que estiver sendo alteração de tem-
possam penetrar
andy_Q [(20--?)]
contra sujeira e
teção com o sistema de armazenado em
respingos.
freios. local seco.
(Jaleco)
respingos. oficina mecânica. ou furos.
YolandaVanNiekerk [(20--?)]
Nesta etapa dos estudos você aprofundou seus conhecimentos nos recursos necessários para reali-
zar as análises, desmontagens, manutenções, montagens e avaliações de conformidade nos sistemas de
freios. Agora siga construindo sua aprendizagem por meio do sistema de gerenciamento.
Independente do porte da oficina mecânica, é necessário sistematizar as rotinas de trabalho para que
as medidas de controle possam ser aplicadas. Seja por meio de planilhas, formulários ou sistemas informa-
tizados (softwares), é importante que os procedimentos sejam acompanhados através de um sistema de
gerenciamento, que permita ao gestor perceber como as atividades estão sendo feitas e como os recursos
da empresa estão sendo utilizados.
A gestão do estoque de peças e insumos a serem utilizados nos procedimentos de manutenção asse-
gura agilidade aos trabalhos. Você verá a seguir, neste livro, na sessão de procedimentos de diagnóstico e
manutenção, quais componentes de reparação são utilizados para cada procedimento.
Você perceberá que alguns devem ser solicitados mediante a necessidade de um serviço de manuten-
ção, enquanto que outros, mais comuns, devem estar disponíveis na oficina mecânica. Para controlar os
estoques e estimar as próximas necessidades, é possível utilizar um sistema de gerenciamento informati-
zado.
Este documento disponibilizado pelas fabricantes de peças de reparação automotiva auxilia o técnico a
selecionar o componente correto para cada modelo de veículo que atende. No catálogo são apresentadas
diversas marcas, com diferentes características para cada peça.
Ao acessar o catálogo de peças o técnico poderá distinguir qual a marca original de cada componente
de um veículo. Isso possibilita que mantenha o mesmo padrão de peças selecionado pelo fabricante.
FIQUE Sempre consulte o catálogo de peças, pois veículos do mesmo ano e modelo podem
ALERTA utilizar peças diferentes, de acordo com o lote de fabricação.
Ao fazer um levantamento das peças necessárias para reparar um veículo, é importante realizar o orça-
mento, ou seja, verificar com os fornecedores de peças o preço da lista a ser comprada.
Esta etapa acontece antes do preço do serviço ser passado para o cliente, pois este valor irá considerar
além das peças, o tempo dispendido para a atividade de reparação. Os preços de peças de reparação se-
guem as regras de oferta e demanda vigentes no mercado, o que quer dizer que não há uma padronização
dos valores aplicados e que estes podem variar de acordo com cada fornecedor e com o volume de com-
pras da oficina. Portanto, pesquise!
Importante este capítulo, não é mesmo? Com ele você aprendeu como é fundamental a sistematização
das rotinas de trabalho para que as medidas de controle possam ser aplicadas. Na sequência você estudará
como efetuar a manutenção nos componentes do sistema de freio.
Agora que você já conhece os componentes, as ferramentas, equipamentos e normas técnicas aplica-
das ao sistema de freios, aprenderá como são realizados o diagnóstico, a manutenção, a desmontagem e
montagem do conjunto. Considere na sequência os procedimentos para cada componente.
SISTEMA DE FREIOS
70
Para removê-lo é preciso sacar a roda do veículo, os parafusos de roda, os parafusos de fixação do disco, a pinça de
freio e o cavalete de freio.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
O disco costuma ser de ferro fundido ou outros materiais que são comprados por cooperativas de reciclagem de lixo
industrial.
A seguir você vai conhecer como efetuar os procedimentos nas pastilhas de freio:
As pastilhas costumam ficar alojadas no interior da pinça de freio, sendo necessária sua remoção. Depois de soltar a pinça de
freio, é possível remover a trava que prende as pastilhas e liberá-las.
Procedimento de manutenção
a) excesso de desgaste - substituir.
b) corpos estranhos, como óleo e sujeira - remover o corpo estranho, se não for possível, substituir.
c) ruídos – inspecionar a superfície da pastilha quanto a vitrificação ou desgaste excessivo, em caso de vitrificação realizar
procedimento de raspagem superficial conforme indicado pelo fabricante do componente, em caso de desgaste excessivo,
substituir pastilhas.
Descarte de materiais
A pastilha é composta por vários materiais metálicos, que são comprados por cooperativas de reciclagem de lixo industrial. É
importante informá-los qual o tipo de metal predomina na pastilha, de acordo com as informações do fabricante.
A pinça costuma estar fixa no cavalete de freio por meio de parafusos de fixação. Além disso, está ligada ao sistema hidráulico
pelas mangueiras flexíveis.
Procedimento de manutenção
a) movimento do êmbolo reduzido - desmontar, limpar com fluido de freio, verificar o anel de vedação e se necessário substituí-lo;
b) guarda-pó danificado – substituí-lo;
c) movimento da pinça reduzido – remover os pinos deslizantes, limpá-los, lubrificá-los com graxa para alta temperatura e re-
montá-los. Se não for suficiente, substituir a pinça e os pinos.
Descarte de materiais
A pinça costuma ser de materiais metálicos comprados por cooperativas de reciclagem de lixo industrial.
4.5.4 Cavalete
Depois de remover a roda e a pinça de freio, o cavalete estará acessível, preso por parafusos de fixação na manga de eixo ou
montante de roda.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
O cavalete costuma ser de ferro fundido ou outros materiais que são comprados por cooperativas de reciclagem de lixo
industrial.
Depois de remover a roda do veículo, o tambor estará acessível ou por detrás do cubo de rodas.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
O tambor costuma ser de ferro fundido ou outros materiais que são comprados por cooperativas de reciclagem de lixo industrial.
As sapatas de freio ficam sob o tambor de freio, fixas aos componentes do sistema de freio a tambor e ao espelho de freio por
meio de molas, cabos e parafusos.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
As sapatas são metálicas, enquanto que as lonas possuem diversos materiais. O ideal é destiná-la a uma empresa de reciclagem
de resíduos industriais, informando sua composição predominante.
O cilindro de rodas fica no espelho de freio, entre as duas sapatas. É necessário afastá-las para removê-lo.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
O cilindro costuma ser de liga de alumínio ou outros materiais que são comprados por cooperativas de reciclagem de lixo
industrial.
Estes componentes ficam entre as duas sapatas de freio, sendo necessário afastá-las para acessá-los. Ambos são encaixados e
podem ser removidos com alicate específico para molas e chave de fenda.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Estes componentes são metálicos e podem ser descartados em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
Este componente fica na parte interna do espelho de freio. Uma de suas extremidades é presa no próprio espelho, outra no
cabo de acionamento e ainda faz contato com as sapatas de freio por meio de encaixe.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
O espelho de freio fica preso ao eixo da suspensão automotiva. Ele é o último componente do sistema de freio a tambor,
sendo necessária a remoção de todos os demais componentes para acessá-lo livremente.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
Esta alavanca fica, normalmente, entre o banco do motorista e do passageiro, na dianteira do veículo. Pode ser desmontada por
parafusos que a fixam na carroceria e está ligada ao cabo que aciona a alavanca do freio de mão do espelho de freio.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais. Quanto à parte plástica,
esta deve ser depositada em lixeira de coleta seletiva.
O pedal de freio fica fixo a carroceria do veículo, movimentando-se para frente ao ser acionado pelo motorista e retornando pela
ação de molas. Ele está ligado a haste do servo freio.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais. Quanto à parte plástica, esta
deve ser depositada em lixeira de coleta seletiva.
a) inspeção da válvula de retenção de vácuo (verificar se ela está permitindo a passagem de ar em apenas um sentido);
b) verificação do avanço e retorno da haste do servo freio;
c) verificação do vácuo com o veículo ligado (pedal de freio deve estar leve ao ser acionado).
Este componente encontra-se preso por parafusos à carroceria do veículo, no cofre do motor. Sua haste de entrada está ligada ao
pedal de freio, enquanto que a haste de saída está ligada com o cilindro mestre. Sua remoção e instalação requer a desmontagem
da haste de entrada do pedal de freio e a remoção do cilindro mestre.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
Quadro 20 - Servofreio
Fonte: do Autor (2015)
4 Diagnóstico, Manutenção e Ajustagem do Sistema de Freio
83
Luva de pano, botina, jaleco Pano seco por fora e fluido de freio
Local limpo e seco Manual
e óculos por dentro
O cilindro mestre fica no cofre do motor ligado à tubulação rígida do sistema de freios e ao servo freio. Sua remoção requer o uso
das chaves estrela abertas.
Procedimento de manutenção
a) vazamentos – reapertar as conexões de rosca da tubulação rígida e encaixar o reservatório nas borrachas de vedação;
b) acionamento ineficiente – substituir;
c) problemas nas molas e vedações de borracha – substituir;
d) vazamento pela gaxeta primária – substituir.
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
O reservatório de fluido de freio pode estar preso por parafusos ou trava no cilindro mestre. Após remover a trava ou para-
fuso, é possível sacá-lo com um movimento firme, utilizando as duas mãos.
Tenha um recipiente próximo, pois o fluido de freio vai escorrer pelas aberturas do reservatório. Não permita que o fluído
de freio entre em contato com outros componentes do cofre do motor e com a lataria do veículo. Caso aconteça utilize
água para limpeza.
Procedimento de manutenção
a) rachaduras – substituir;
b) contaminantes no fluído de freio – substituir o fluído de freio realizando o procedimento de sangria hidráulica;
c) vazamentos – encaixar o reservatório nas borrachas de vedação e fechar a tampa.
Descarte de materiais
É necessário realizar a sangria em cada uma das rodas, da mais distante do cilindro mestre até a mais
próxima. Alguns fabricantes recomendam que seja feito o procedimento em X, começando pela roda
traseira direita, depois dianteira esquerda, traseira esquerda e dianteira direita. Consulte as informações
do manual técnico de reparação para cada veículo.
Os veículos dotados de sistema ABS (Anti lock Brake System) devem ter a sangria realizada eletronicamen-
te através do equipamento de diagnóstico (scanner), pois em função do funcionamento do sistema a unida-
de de controle eletrohidráulico mantem em seu interior quantia significativa de fluido de freio, dessa forma
através do acionamento eletrônico das válvulas internas a unidade é possível descartar o fluido antigo.
Se este procedimento não for feito a eficiência do sistema de freio estará comprometida, oferecendo
risco aos ocupantes do veículo e pedestres.
SISTEMA DE FREIOS
86
A luz do painel, normalmente pode ser acessada, por trás dos instrumentos de painel. Para saber exatamente onde fazer esta
intervenção, consulte o manual de serviço do veículo. A luz de freio pode ser acessada pelo porta-malas sem a necessidade de
remover o acrílico de sinalização.
Procedimento de manutenção
a) luz do painel não acende – verificar, com multímetro, se a tampa do reservatório do fluído de freio está funcionando
adequadamente;
b) luz do painel queimada – substituir;
c) luz de freio não acende – verificar com o multímetro se o interruptor de freio (no pedal ou cilindro mestre) está funcionando
adequadamente;
d) luz de freio queimada – substituir.
Descarte de materiais
Estes componentes elétricos possuem vidro e devem ser descartados em lixeira de coleta seletiva.
Agora você irá descobrir os procedimentos exigidos para tubulação rígida e flexível:
As tubulações são fixadas à carroceria do veículo por fixadores e parafusos, possuindo entre si conexões prensadas e roscadas,
que podem ser soltas com chaves de boca convencionais.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
Estas válvulas não devem ser desmontadas, pois sua calibração é feita na fábrica através de um ajuste fino.
Procedimento de manutenção
Descarte de materiais
Este componente é metálico e pode ser descartado em cooperativas que recolhem resíduos industriais.
Que tal revisar os tópicos estudados? Para isto siga com o recapitulando.
4 Diagnóstico, Manutenção e Ajustagem do Sistema de Freio
89
Recapitulando
Você considerou aspectos importantes sobre os testes no sistema de freios e a maneira como os
fabricantes de automóveis selecionam o tipo de freio para cada veículo.
Considerou os ensaios feitos de maneira estática ou dinâmica no sistema de freios, identificando
possíveis avarias que interferem no sistema de suspensão e direção do automóvel.
Foi apresentado aos recursos humanos, ferramentas e equipamentos empregados na manuten-
ção do sistema de freios. E as qualificações necessárias para que um profissional automotivo pos-
sa elaborar documentação técnica de maneira oficial.
Além disso você teve a oportunidade de conhecer os procedimentos mais usuais de manutenção
realizados em cada um dos componentes do sistema de freios que lhe foi apresentado no início
deste livro.
Com o emprego dos recursos disponíveis e das informações técnicas oriundas dos documentos
técnicos de reparação, você poderá identificar e solucionar anomalias no sistema de freio auto-
motivo.
Parabéns pela conclusão de mais um capítulo e sucesso!
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Veículos rodoviários automotores — Material
de atrito, ABNT NBR 14958-1:2012. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.
aspx?ID=091897>. Acesso em: 14 set. 2015.
BERNHARDT, Sharon. História do sistema de freio automotivo. Trad. Cezar Rosa Disponível em:
<http://www.ehow.com.br/historia-sistema-freio-automotivo-sobre_62593>. Acesso em: 14 jul.
2015.
CONHECIMENTOS básicos sobre sistemas de freios. São Paulo (SP): ITT Automotive do Brasil Ltda,
[19--]. 56 p.
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”. Guia para gerenciamento de resíduos
campus. “Luiz de Queiroz”. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/gresiduos.pdf>. Acesso em: 15
jul. 2015.
GUESSER, Wilson Luiz et al. Ferros Fundidos Empregados para Discos e Tambores de Freio.
Disponível em: <www.tupy.com.br/downloads/guesser/ferro_fund_freio.pdf>. Acesso em: 04 ago.
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MANUAL técnico de materiais de fricção. São Paulo (SP): Fras-le S.A., [19-].23 p.
MICHAELIS. Dicionário prático da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo (SP): Melhoramentos, 2010.
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PEREIRA, Maurício Fernandes. Planejamento estratégico: teoria, modelos e processos. São
Paulo:Atlas, 2010.
PRIETO, Ronaldo Deziderio. Freios hidráulicos: da física básica à dinâmica veicular. São Paulo:
SENAI/SP, 2014.
SGA. Secretaria de Gestão Ambiental. Coleta Seletiva. Disponível em: <https://portal.tjsc.jus.br/
web/sga/coleta-seletiva>. Acesso em: 15 jul. 2015.
TOYOTA. Técnico em diagnóstico Toyota: diagnóstico em chassi. [S.I.], 2007. 164p.
MINICURRÍCULO DOs AUTORes
Allesse Carvalho Rodrigues
Allesse Carvalho Rodrigues é graduando em administração pela Universidade Federal de Santa
Catarina, técnico em manutenção automotiva pelo SENAI/SC e instrutor de náutica habilitado
pela academia técnica Yamaha (YTA) nível prata. Colaborador do SENAI/SC desde 2010, já lecio-
nou no curso técnico em manutenção automotiva, nos cursos de qualificação da área automotiva
e náutica. Coordenou por três anos a equipe multidisciplinar de instrutores da qualificação profis-
sional da unidade onde trabalha. Atualmente tem dado sua contribuição à instituição, elaboran-
do material didático para a educação a distância.
Alexandre de Ávila
Alexandre de Ávila é técnico em Manutenção Automotiva, formado no SENAI/SC desde 2013. Re-
alizou diversos cursos na área de Manutenção Automotiva. Trabalhou com reparação automotiva
em oficinas de pequeno e médio porte e em uma grande concessionária, com mecânica, elétrica
e tapeçaria. Atua como docente em cursos de Qualificação Profissional, ministra aulas de mecâ-
nica e elétrica automotiva.
Índice
A
ABNT, 36, 48, 49, 50, 58, 60, 91
Acionamento, 6, 7, 8, 17, 24, 25, 27, 28, 29, 35, 39, 58, 78, 80, 81, 83, 85, 95
Ajustagem, 57, 58
Alavanca, 22, 25, 26, 27, 28, 78, 80
Ambientais, 41, 50, 51
Ambiente, 9, 15, 29, 30, 48, 50, 66, 67
Análise, 58, 61, 62, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
Anomalia, 58, 86
Avaliação, 9, 41, 58, 60, 61, 102
B
Botina, 67, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
C
Catraca, 25, 64, 77
Causa, 25, 62
Checklist, 60, 62
Cilindro, 21, 22, 24, 25, 26, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 38, 64, 76, 82, 83, 84, 85, 86
CONAMA, 48, 51
Conservação, 9, 41, 64, 66, 67
CONTRAN, 18, 20, 24, 27, 48, 49, 67, 77
D
Desmontagem, 64, 65, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
Diagnóstico, 9, 43, 46, 57, 58, 60, 61, 62, 64, 65, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81,
82, 83, 84, 86, 87, 88, 91, 96
Direção, 62, 63, 89
Disco, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 22, 27, 28, 31, 41, 49, 60, 63, 64, 70, 73
Documentação, 43, 89
Dot, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 33, 34,
35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65,
66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 91, 93, 101
E
Êmbolo, 17, 18, 20, 21, 31, 64, 72
Equipamento, 59, 60, 61, 65, 85
Espelho, 24, 26, 75, 76, 78, 79, 80
Estacionamento, 25, 26, 27, 28, 80
F
Ferramenta, 64, 97
Fluido, 21, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 60, 67, 72, 83, 84, 86
Flutuante, 18, 19
Freio, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 36,
37, 38, 40, 41, 48, 49, 50, 51, 52, 57, 58, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76,
77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 89, 91
Frenagem, 13, 14, 20, 25, 27, 38, 49, 58, 59, 63, 79, 88
G
Gerenciamento, 5, 7, 8, 68, 91, 97
Guarda-pó, 21, 67, 72
H
Haste, 29, 30, 31, 81, 82
Hidráulico, 13, 17, 21, 25, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 40, 72, 85
Humano, 12
I
Impacto, 8
Informática, 58, 60
Inovação, 11, 40
Inovações, 39, 40, 41
Insumos, 57, 68
J
Jaleco, 67, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
L
Limpeza, 9, 43, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
Lona, 24, 60
Luva, 67, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 87, 88
M
Manual, 37, 43, 44, 45, 46, 47, 54, 57, 58, 60, 61, 62, 65, 68, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80,
81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 91
Manutenção, 6, 9, 21, 25, 41, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 52, 54, 57, 58, 62, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 71, 72,
73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88, 89, 93
Melhoria, 40
Metrologia, 9, 46, 63, 66
Misto, 26, 27, 41
Mola, 6, 8, 17, 25, 29, 32, 33, 77
Montagem, 64, 65, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
N
Norma, 49, 91
Normalização, 102
Normativos, 48, 54
O
Óculos, 67, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 87, 88
Ordem, 28, 51, 52, 54
Órgãos, 47, 48, 50, 51, 54, 63
P
Parafuso, 15, 17, 21, 22, 24, 25, 78, 84
Parâmetros, 61, 62
Pascal, 12, 85
Pastilha, 16, 17, 18, 52, 60, 63, 71
Peças, 9, 43, 50, 51, 57, 60, 66, 68, 69
Pedal, 16, 22, 27, 28, 29, 31, 33, 81, 82, 85, 86
Pinça, 17, 19, 20, 21, 62, 63, 64, 70, 71, 72, 73
Proprietário, 11, 37, 43, 44, 45, 54
Proteção, 21, 40, 57, 63, 66, 67
Punho, 18, 19
R
Reparação, 9, 45, 46, 47, 51, 52, 54, 57, 58, 60, 61, 62, 64, 68, 69, 85, 89, 93
Reservatório, 34, 35, 37, 83, 84, 86
S
SAE, 36, 48, 50
Sangria, 17, 21, 22, 24, 25, 65, 84, 85
Sapata, 24, 25, 26, 75, 78
Segurança, 8, 13, 27, 49, 66
Serviço, 11, 51, 52, 53, 54, 68, 69, 86
Servo-freio, 30
Sistema, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 36, 37,
38, 39, 40, 41, 46, 48, 49, 50, 51, 52, 54, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 72, 75, 79,
83, 85, 87, 89, 91
Software, 59, 60, 61
Substituição, 9, 16, 60
Substituir, 65, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
Suspensão, 38, 62, 63, 70, 74, 79, 89
T
Tambor, 13, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 31, 40, 41, 49, 60, 74, 75, 77, 79
Técnicas, 36, 43, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 52, 54, 58, 60, 63, 64, 66, 69, 89, 91, 93, 101
Técnico, 5, 45, 46, 47, 52, 54, 57, 60, 61, 62, 63, 68, 69, 85, 91, 93, 101, 102
Teste, 49, 59, 62, 64, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88
Tipo, 18, 19, 41, 52, 64, 66, 67, 71, 89
Tubulação, 38, 64, 83, 87
U
Útil, 41, 68
V
Válvula, 30, 31, 38, 39, 82
Verificação, 60, 72, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83
Vida, 68
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Waldemir Amaro
Gerente
Cleberson Silva
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos
Rosecler Fernandes
Design Educacional
Edison Bonifácio
Francisco David L. Silva
Comitê Técnico de Avaliação
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Jaqueline Tartari
Kelly Zeferino
Contextuar
Revisão Ortográfica e Gramatical
Jaqueline Tartari
Contextuar
Normalização