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Irmã CallistaRoy

Modelo de Adaptação

Membro das Sistersof Saint Joseph ofCarondelet, nasceu a 4 de Outubro de 1939 em Los
Angeles, California. Tirou um bacharelato em enfermagem em 1963 no Mount Saint
Mary’sCollege. Enquanto trabalhava para o seu mestrado, Roy foi desafiada, num seminário
com Dorothy E. Johnnson para desenvolver um modelo conceptual para a enfermagem.
Enquanto trabalhava como enfermeira pediátrica, Royobservou a grande resiliência das
crianças e a sua capacidade de adaptação em resposta as alterações físicas e psicológicas.

Roy foi professora associada e responsável pelo Departamento de Enfermagem no Mount


Saint Mary’s College ate 19983 e promovida a professora no mesmo colégio em 1983 e na
Universidade de Portland. Em 1987, Roy deu início ao recém-criado cargo de enfermeira
teórica no Boston College Schol of Nursing. Tendo publicado muitos livros, capítulos e
artigos periódicos e apresentou inúmeras conferências e workshops com a temática da sua
teorizada adaptação de enfermagem". O aperfeiçoamento mais recente e a nova expressão do
MAR estão publicados na sua obra de 1999, The Roy Adaptation Model".

O Roy é membro do Signa Theta Tau. As consecuções incluem um Doutoramento Honorário


em Letras pelo Alverno College (1984), Doutoramento Honorário pela Eastern Michigan
University (1999) e um “A.J.N. Book of the Year Award”por Essential of the Roy Adapation
Model”.

FONTES TEÓRICAS

A derivação da MAR para enfermagem incluía uma criação do trabalho de Harry Helson em
psico-física que se alargava as ciências sociais e comportamentais. Na teoria de adaptação as
respostas adoptivas são em função do estímulo que se recebe e do nível de adaptação.

Nesta sequência, o estímulo é qualquer factor que provoque uma resposta. E o nível de
adaptação é constituído pelo efeito em forma espiral de três classes de estímulos,
nomeadamente: 1. Estímulos focais, 2. Estímulos contextuais e 3 estímulos residuais. A obra
de Helson desenvolveu o conceito de zona de nível de adaptação, que determina se o estímulo
irá suscitar uma resposta positiva ou negativa. E definiu adaptação como sendo processo para
responder positivamente alterações ambientais.
Roy combinou o trabalho de Helson com a definição de Rapoport fez do sistema para ver a
pessoa enquanto sistema adaptativo. Depois do desenvolvimento do seu modelo, Roy
apresentou-o como uma estrutura para prática, investigação e ensino de enfermagem. Para
Roy, mais de 1500 médicos e estudantes contribuíram para o desenvolvimento teórico do
modelo de adaptação, em 1987, estimou-se mais de 100 mil enfermeiras nos Estados Unidos e
Canadá tenham sido preparadas para a prática através da utilização do modelo de Roy.

Nos finais da era 1900 e no inicio do século XXI ocorreu um desenvolvimento posterior do
modelo, que incluíam pressupostos científicos e filosóficos actualizados; uma redefinição de
adaptação e dos níveis de adaptação; alagamento dos modos adaptativos ao desenvolvimento
do conhecimento ao nível do grupo e analise, apreciação e síntese dos primeiros 25 anos de
investigação baseada no MAR. Roy concorda com outros teóricos que acreditam que as
mudanças nos sistemas pessoa - ambiente da terra são tão vastas que está a terminar uma era.

A medida que a era termina, a humanidade tomou as rédeas dos sistemas de vida da terra.
Para Roy as pessoas são co-extensivas como seu ambiente físico e social, e partilham um
destino com o universo e são responsáveis por transformações mútuas.

USO DE PROVAS EMPÍRICAS

O uso do MAR na prática de enfermagem conduziu a uma maior classificação e


aperfeiçoamento. Um trabalho de investigação piloto de 1971 e um inquérito efectuado de
1976 a 1977 conduziu a algumas conformações experimentais do modelo.

Partindo deste princípio, o MAR tem sido apoiado através da investigação na prática e no
ensino.

PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS

Foram combinados num conjunto único de pressupostos científicos. Os sistemas humanos de


adaptação são vistos como sistemas com partes interactivas que actuam em unidade com
algum objectivo. Os sistemas de adaptação humana são complexos, multifacetados e
respondem a inúmeros estímulos ambientais para conseguir adaptação, os seres humanos tem
a capacidade de criar mudanças no ambiente. O humanismo defende que a pessoa e as
experiencias humanas são essências para conhecer e valorizar, e isso elas partilham no poder
criativo. Esses pressupostos científicos e filosóficos foram refinados para o uso do modelo no
século XXI.

PRESSUPOSTOS CIENTÍFICOS:

 Sistema de matéria e energia evoluem para os níveis mais altos de auto organização e
complexa;
 A consciência e o sentido são constitutivos da integração da pessoa e do ambiente;
 A consciência de si e do ambiente residem no pensar e no sentir;
 Pelas suas decisões, os humanos são responsáveis pela integração dos processos
criativos;
 O pensar e o sentir medeiam a acção humana;
 As relações de sistemas incluem aceitação, protecção e o apoio da inter-dependência.
 As pessoas e a terra têm padrões comuns e relações integrais.
 As transformações das pessoas e do ambiente são criadas na consciência humana;
 A integração dos propósitos humanos e do ambiente resultam da adaptação.
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
 As pessoas tem relações mutuas com o Mundo e com Deus;
 O sentido humano esta radicado numa convergência de ponto ómega do universo;
 Em últimas analises, Deus é revelado na diversidade da criação e é o destino comum
da criação;
 As pessoas usam a capacidades humanas criativas e de consciência, esclarecimento e
fé;
 As pessoas são responsáveis pelos processos de derivação sustento e transformação do
universo.
Adaptação
De acordo com Roy, a adaptação refere-se ao processo resultado através do qual as pessoas
pensantes e sensíveis enquanto indivíduos ou em grupos utilizam consciência e a escolha para
criar a integração humana e ambiental. Responde ao estímulos ambientais para manter a
integridade cada vida humana tem um objectivo no universo que é criativo e as pessoas são
inseparáveis do seu ambiente.

Enfermagem
Roy define enfermagem como uma “profissão de cuidados de saúde que se centra nos
processos de vida humana e uniformiza e enfatiza a promoção da saúde para indivíduos,
grupos e sociedade como um todo”. Roy define enfermagem Segundo seu modelo como a
ciência e a pratica que expande capacidades de acapacharão e melhora a transformação
ambiental e da pessoa. Identifica as actividades de enfermagem como apreciação dos
comportamentos e dos estímulos que influenciam a adaptação. Os juízos de enfermagem
baseiam-se nas apreciações e as intervenções são planeadas para gerir estímulos. A ciência de
enfermagem é um “sistema de conhecimento em desenvolvimento sobre pessoas, que observa,
classifica e relaciona os processos através dos quais as pessoas afectam positivamente o seu
estado de saúde”. A enfermagem enquanto disciplina prática é “o corpo de conhecimento
científico da enfermagem usado com a intenção de fornecer um serviço essencial às pessoas,
isto é, promover a capacidade de afectar positivamente a saúde”. A enfermagem actua para
melhorar a interacção da pessoa com o ambiente – para promover a adaptação.

Segundo Roy, o objectivo de enfermagem é a promoção da adaptação para indivíduos e


grupos em cada um dos quatro modos de adaptação, contribuindo, assim, para a saúde, a
qualidade de vida e para morrer com dignidade.

A enfermagem preenche um papel singular enquanto a facilitadora da adaptação através da


apreciação do comportamento em cada um deste quatro modos d adaptação e de factores que
influencia a adaptação e intervindo para promover capacidade adaptativas e para melhorar as
interacções com o ambiente.

Pessoa

Segundo Roy, os humanos são sistemas de adaptação holísticos. Os sistemas humanos


possuem capacidade de pensar e de sentir enraizadas na consciência e no sentido, através das
quais se ajustam eficazmente as mudanças no ambiente e, em troca, afectam o ambiente. As
pessoas e a terra têm padrões e relações mútuas e sentidos comuns. Roy define a pessoa como
o enfoque central da enfermagem; o que recebe os cuidados de enfermagem; um sistema de
adaptação vivo e complexo com processos internos (cognator e regulador) que actuam para
manter a adaptação nos quatro modos adaptativos (fisiológicos, auto-conceitos, função do
papel e inter-dependencia)
Saúde

A saúde é um estado e um processo de ser e de se tornar integrado e uma pessoa completa. É


um reflexo da adaptação, isto é, a interacção da pessoa e do ambiente. Segundo o Roy, saúde
não é estar livre da inevitabilidade da morte, doença, infelicidade e stress, mais a capacidade
de lidar com elas de forma competente.

A saúde e a doença são uma dimensão inevitável, coexistente da experiencia de vida total da
pessoa. A saúde acontece quando os humanos se adaptam continuamente. A medida em que
as pessoas se adaptam aos estímulos, ficam livres para responder os outros estímulos. A
libertação de energia das tentativas ineficazes de enfrentar situações pode promover a cura e a
melhorara a saúde.

Ambiente

De acordo com Roy, o ambiente é “todas as condições, circunstancia e influencias que


rodeiam e afectam o desenvolvimento e comportamento de pessoas ou grupos com especial
consideração da mutualidade da pessoa e dos recursos da terra que incluem os estímulos
focais, contextuais e residuais. É o ambiente em mudança que estimula a pessoa a dar resposta
de adaptação. O ambiente é o imput para a pessoa enquanto sistema de adaptação envolvendo
factores internos e externos. Estes factores podem ser pequenos ou grandes, negativos ou
positivos. Os factores do ambiente que afectam as pessoas são classificados como estímulos
focais, contextuais e residuais.

Figura: A pessoa enquanto sistema adaptativo. Fonte: Dc. Roy, 1984.


POSTULADOS
Os conceitos de enfermagem, saúde e ambiente estão todos interligados a este conceito
central. As respostas de adaptação são as que promovem a integridade e ajudam a pessoa a
atingir os objectivos de adaptação, isto é, sobrevivência, crescimento, reprodução, mestria e
transformação da pessoa e do ambiente. A enfermagem tem o objectivo único de ajudar o
esforço de adaptação da pessoa gerindo o ambiente. O resultado é a obtenção de um nível
óptimo de bem-estar por parte da pessoa.
Enquanto sistema de vida aberto, a pessoa recebe imputs ou estímulos do ambiente e de si
próprio. O nível de adaptação é determinado pelo efeito combinado dos estímulos focais,
contextuais e residuais. Esta resposta adaptável promove a integridade da pessoa, o que
conduz a saúde.
As repostas aos estímulos são efectuados através de quatro modos de adaptação: físico
fisiológico, identidade de auto conceito de grupo, modo adaptativo de desempenho de papel,
modo adaptativo de interdependência.

Figura 2. Representação em diagrama dos sistemas de adaptação humanos.


Fonte: Roy, C & Andrews, H (1999).
O objectivo dos quatros modos adaptativos é obter a integridade fisiológica, psicologia e
social. A pessoa como um todo é constituída por seis subsistemas, nomeadamente: o
regulador, cognator e quatro modos adaptativos, que estão interligados para formar um
sistema complexo com objectivo de adaptação.

Forma lógica
O MAR de enfermagem é dedutivo e indutivo. Ë indutivo porque a maior parte da teoria de
Roy deriva da teoria de Helson que criou os conceitos de estímulos focal, contextual e
residual, que Roy redefiniu dentro da enfermagem para formar uma tipologia de factores
relacionadas com os níveis de adaptação das pessoas.
A teoria de adaptação de Roy é indutiva por desenvolver os quatros modos adaptativos a
partir das suas próprias experiencias de investigação e pratica de enfermagem dos seus
colegas e alunos.

ACEITAÇÃO PELA COMUNIDADE DE ENFERMAGEM


Prática
Com uso de processo de enfermagem, de seis passos de Roy, a enfermeira: (1) faz a
apreciação os comportamentos manifestados nos quatros modos adaptativos; (2) aprecia os
estímulos para esses comportamentos e classifica-os como focal, contextual ou residual; (3)
faz uma declaração ou diagnostico de enfermagem sobre o estado de adaptação da pessoa; (4)
estabelece metas para promover a adaptação; (5) implementa intervenções que visam gerir os
estímulos para promover adaptação; (6) avalia se os objectivos adaptativos foram atingidos.
Ao manipular os estímulos e não o doente, a enfermeira melhora a interacção da pessoa com o
ambiente promovendo, deste modo, a saúde.
É uma teoria valiosa para a prática de enfermagem, na medida em que inclui um objectivo que
é específico como objectivo para a actividade e prescrição para actividade para cumprir o
objectivo. O objectivo do modelo é adaptação da pessoa em quatro modos adaptativos em
situações de saúde e de doença.
O processo de enfermagem adapta-se bem a utilização num serviço prático. A apreciação de
dois níveis própria deste modelo e conduz a identificação dos problemas de adaptação ou dos
diagnósticos de enfermagem. Tem sido feito trabalho sobre o desenvolvimento de uma
tipologia de diagnóstico de enfermagem da respectiva do MAR. a intervenção baseia-se
especificamente no modelo mais há necessidade de desenvolver uma organização de
categorias de intervenções de enfermagem.
Ensino
O programa de Mount Saint Mary mostra a relação da teoria de enfermagem com o ensino de
enfermagem. Três linhas verticais atravessam o currículo: (1) a pessoa em adaptação (linha da
teoria); (2) saúde e doença (linha da teoria) e (3) tratamento de enfermagem (linha da pratica).
Existem duas linhas horizontais no currículo: (1) o processo de enfermagem e (2) a adaptação
e liderança do estudante. As linhas horizontais melhoram a teoria e a pratica das linhas
verticais. O modelo permite um conhecimento crescente nas áreas da teoria e da pratica.
Roy afirma que o modelo define o objectivo distinto da enfermagem para os estudantes, que é
promover a adaptação da pessoa em cada um dos modos adaptativos em situações de saúde e
de doença. O modelo também distingue a ciência de enfermagem da ciência médica através
do conteúdo de ensino destas áreas em cursos separados. Salienta a colaboração mais esboça
objectivos separados para enfermeiras e médicos. Segundo Roy o objectivo da enfermeira é
de ajudar o doente a colocar a sua energia na melhoria, enquanto os estudante da medicina se
centra uma posição do doente no contínuo saúde - doença com objectivo de provocar
movimento ao longo do contínuo.

Investigação
Descreve: desenvolvimento e experimentação de teorias, investigação baseada na pratica, e
desenvolvimento de programas de investigação, desenvolvimento de instrumentos de
investigação de adaptação e necessidade de experimentação adicional.
Se a investigação afectar o comportamento dos profissionais, deve ser orientada para a
experimental e re-experimentação das teorias oriundas dos modelos conceptuais para a prática
de enfermagem. Segundo Roy, o desenvolvimento das teoria e a experimentação das teorias
desenvolvidas são as maiores prioridades para enfermagem. O modelo é capaz de produzir
muitas hipóteses testáveis que precisam de ser investigadas.
A investigação e a experimentação são necessárias na área da tipologia e nas categorias das
intervenções que se adequam ao modelo.

DESENVOLVIMENTO POSTERIOR
MAR é uma abordagem a enfermagem que deu e continua a dar um contributo significativo
para o corpo dos conhecimentos de enfermagem, mais restam algumas áreas para o
desenvolvimento do modelo. Uma tipologia de diagnóstico de enfermagem mais bem definida
e uma organização das categorias das intervenções facilitaria a sua utilização na pratica de
enfermagem.
Parece existir problemas relacionados com a utilização do modelo numa unidade de cuidados
intensivos, onde as situações mudam rapidamente. Roy utilizou o modelo, ela própria, neste
tipo de serviços que observa que é útil utilizar um sistema para estabelecer prioridades com o
modelo. Quando um sistema de estabelecimento de prioridades é usado conjuntamente com o
modelo, pode adequar-se mais ao uso num serviço de cuidados intensivos. Exemplo: a
prioridade dos cuidados de enfermagem para um doente com paragem cardíaca é o modo de
adaptação fisiológico. Quer o doente viva ou mora, os outros modos de adaptação começam a
surgir como prioridade e os cuidados de enfermagem podem, então, centrar-se nos outros
modos.
Para Roy, 0o fim da vida é o processo através de qual uma pessoa resolve a questão do
sentido da vida e aceita a realidade da morte definitiva. Contudo, este trabalho fornece pontos
de partidas úteis a investigação da experimentação da teoria como forma de validar os
subsistemas do modelo. Assim, o Roy vê uma possibilidade de combinar essas preposições
em sistemas inter-relacionados e construir teoria real.

ANÁLISE CRÍTICA
Clareza
Segundo Chinn e Jacobs, a clareza requer a organização semântica e estrutural dos objectivos,
pressupostos, conceitos, definições, relações e estrutura num todo lógico e corrente.
Numa análise crítica do MAR, DUdt e Giffin, declaram que a combinação que Roy fez dos
conceitos é lógica, mas que o desenvolvimento das definições é inadequado em relação ao seu
formato original. Os termos e conceitos retirados de outras disciplinas não estão redefinidos
para enfermagem. Os exemplos da teoria de Roy tendem a usar um enquadramento
biopsicosocial como principio para organizar, em vez de os modos adaptáveis e dos
processadores internos. Uma limitação que Dudt e Giffin referiram é que Roy dizia seguir
uma visão holística, mais omitiu aspectos espirituais, humanistas e a existência da vida
humana. Em vez disso: o Homem é definido como um sistema de vida amoral,
comportamental (condição resposta) e orientado para a sobrevivência.
Em escrito recentes, Roy reconheceu a natureza holística de pessoas que existem no universo
que estão “progredir em estrutura, organização e complexidade. Roy argumenta que as
pessoas tem relações mutuas, integrais e simultâneas com o universo e com Deus, e que,
como humanos, utilizam as suas capacidades criativas de consciência, esclarecimento e fé nos
processos de derivação, suporte e transformação do universo. Usando essas capacidade
criativas, as pessoas (doentes ou saudáveis) são participante activos nos seus cuidados e são
capazes de atingir um nível mais elevado de adaptação (saúde).

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