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Fernando Pessoa - Heterónimos

Heterónimos de Fernando Pessoa são pelo menos quatro personagens diferentes: Alberto Caeiro,
Álvaro Campos, Ricardo Reis e o próprio Fernando Pessoa. (semi-heterónimo: Bernardo Soares)

Aspetos Biográficos

Alberto Caeiro

Data e local de nascimento: 1889 em Lisboa

Ano da morte: 1915

Viveu quase toda a sua vida no campo

Não teve profissão nem educação quase alguma

Só teve instrução primária, pois morreram-lhe o pai e a mãe muito cedo. Ficando assim em casa
vivendo de uns pequenos rendimentos, vivia com a sua tia velha, tia-avó.

Traços físicos

Estrutura média, frágil (morreu por tuberculose), cabelo louro sem cor, olhos azuis

Fingimento artístico

Ricardo Reis

Data e local de nascimento 1887 porto

Traços físicos

Ricardo reis é mais frágil do que Alberto Caeiro, mas não muito, mais baixo, mais forte e mais seco,
um vago moreno mate.

Educado num colégio de jesuítas, médico vive no Brasil desde 1919.

Álvaro de Campos

Data e local do nascimento : Tavira, no dia 15 de outubro de 1890 ( à 1:30 da tarde segundo Ferreira
Gomes)

Engenheiro naval, agora está em lisboa na inatividade

Traços físicos

É alto (1,75 m de altura) magro e um pouco a tendente a curvar-se, entre branco e moreno,tipo
vagamente de judeu Português, cabelo porém liso e normalmente aparado ao lado, monóculo.

Educação vulgar num liceu, depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia primeiro
mecânica e depois naval. Fez uma viagem ao Oriente de onde resultou o “Opiário”

Sabe latim ( tio- padre)


Caracteristicas

Alberto Caeiro

Poeta do olhar, poeta da natureza, antimetafísico pensar não é compreender

Procura ver as coisas como eles são sem lhe atribuir nenhum significado ou sentimentos humanos.

Pensar é estar doente dos olhos

Só se importa em ver de forma objetiva e natural a realidade com a qual contacta a todo o
momento.

Caeiro afirma-se como o poeta da natureza que está de acordo com ela e a vê na sua constante
renovação.

Mestre de Pessoa e dos outros heterónimos, Caeiro dá especial importância ao ato de ver, mas é
sobretudo inteligência que discorre sobre as sensações, num discurso livre, em estilo colonial e
espontâneo.

O heterónimo pessoano Alberto Caeiro é o poeta da simplicidade completa e da clareza total, que
representa a reconstrução integral do paganismo, descrevendo o mundo sem pensar nele.

“ A sensação é a única realidade para nós”

Aprecia as coisas, tais como são, e procura a sua fruição despreocupada

A nível estético, Caeiro não se preocupou com o trabalho formal, do poema, recorrendo ao verso
livre e à métrica irregular. Numa linguagem simples e familiar, os seus poemas revelam uma
pontuação lógica predomínio da coordenação e do presente do indicativo ou frases simples,
marcadas pela pobreza lexical e poucos recursos estilísticos.

Poesia das sensações _

“aprendizagem de desaprender”, ou seja, aprender a não pensar, para se libertar de todos os


modelos ideológicos, culturais ou outros,e poder ver a realidade concreta. Para Caeiro, ver é
conhecer e compreender o mundo. “Pensa vendo e ouvindo”. A verdadeira vida deve reduzir-se ao
“puro sentir”. É o realismos sensorial. Para ele, o pensamento apenas falsifica as coisas.

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