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Heteroninos de Fernado Pessoa
Heteroninos de Fernado Pessoa
Heterónimos de Fernando Pessoa são pelo menos quatro personagens diferentes: Alberto Caeiro,
Álvaro Campos, Ricardo Reis e o próprio Fernando Pessoa. (semi-heterónimo: Bernardo Soares)
Aspetos Biográficos
Alberto Caeiro
Só teve instrução primária, pois morreram-lhe o pai e a mãe muito cedo. Ficando assim em casa
vivendo de uns pequenos rendimentos, vivia com a sua tia velha, tia-avó.
Traços físicos
Estrutura média, frágil (morreu por tuberculose), cabelo louro sem cor, olhos azuis
Fingimento artístico
Ricardo Reis
Traços físicos
Ricardo reis é mais frágil do que Alberto Caeiro, mas não muito, mais baixo, mais forte e mais seco,
um vago moreno mate.
Álvaro de Campos
Data e local do nascimento : Tavira, no dia 15 de outubro de 1890 ( à 1:30 da tarde segundo Ferreira
Gomes)
Traços físicos
É alto (1,75 m de altura) magro e um pouco a tendente a curvar-se, entre branco e moreno,tipo
vagamente de judeu Português, cabelo porém liso e normalmente aparado ao lado, monóculo.
Educação vulgar num liceu, depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia primeiro
mecânica e depois naval. Fez uma viagem ao Oriente de onde resultou o “Opiário”
Alberto Caeiro
Procura ver as coisas como eles são sem lhe atribuir nenhum significado ou sentimentos humanos.
Só se importa em ver de forma objetiva e natural a realidade com a qual contacta a todo o
momento.
Caeiro afirma-se como o poeta da natureza que está de acordo com ela e a vê na sua constante
renovação.
Mestre de Pessoa e dos outros heterónimos, Caeiro dá especial importância ao ato de ver, mas é
sobretudo inteligência que discorre sobre as sensações, num discurso livre, em estilo colonial e
espontâneo.
O heterónimo pessoano Alberto Caeiro é o poeta da simplicidade completa e da clareza total, que
representa a reconstrução integral do paganismo, descrevendo o mundo sem pensar nele.
A nível estético, Caeiro não se preocupou com o trabalho formal, do poema, recorrendo ao verso
livre e à métrica irregular. Numa linguagem simples e familiar, os seus poemas revelam uma
pontuação lógica predomínio da coordenação e do presente do indicativo ou frases simples,
marcadas pela pobreza lexical e poucos recursos estilísticos.