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MODELO ATÓMICO DE BOHR

Bohr propôs um modelo atômico. Seu modelo


estava baseado em dois postulados:

1º. Os elétrons só podem girar ao redor do


núcleo em órbitas circulares, essas órbitas são
chamadas de órbitas estacionárias e enquanto
eles estão nessas órbitas, não emitem
energia.
Cont.
Cont.
• 2º. A energia absorvida ou emitida por um
átomo é equivalente ao número inteiro de
um quanta.
• Cada quanta tem energia igual a h.f, em que
f é a frequência da radiação e h é a constante
de Planck. Portanto, a variação de energia
produzida num átomo será igual à energia
emitida ou recebida. Essa variação de energia
é dada por:
• Ee- Ei=h .f
Cont.
• Em que:
• Ee: energia da órbita mais externa (de maior
energia);
• Ei: energia da órbita mais interna (de menor
energia);
• h: constante de Planck;
• f: frequência do fóton absorvido ou emitido.
Cont.
• Assim, um elétron em uma órbita permitida
emite um fóton de energia para ir para outra
órbita permitida menos energética, observe
na figura 2.
Cont.
• Durante o salto, para ir de uma órbita de

maior energia para uma de menor valor

energético, o elétron emite um fóton com

energia igual a:

• E1- E2=h .f
Cont.
• Observe a figura 2, para um elétron ir
de uma órbita permitida para outra também
permitida mais externa, ou seja, mais
energética, ele necessita de absorver um fóton
de energia que contenha a energia exata para
ele mudar de órbita.
Cont.

• Durante o salto, para ir de uma órbita de menor


energia para uma de maior energia, o elétron
absorve um fóton com energia igual a:
• E2- E1=h .f
• É importante ressaltar que as hipóteses de
Niels Bohr tinham como objetivo explicar o
comportamento do movimento do elétron ao
redor do núcleo do átomo de hidrogênio e
que não foi deduzida de teorias já conhecidas.
Cont.
• Apesar de conseguir explicar o movimento do
elétron no átomo de hidrogênio, o modelo
proposto por Bohr não obteve o mesmo
resultado quando aplicado a átomos de outros
elementos, não sanando o problema da
estrutura atômica.
É aí que surge a mecânica quântica, para
explicar de forma mais satisfatória a estrutura
atômica
Modelo Atômico de Rutherford-Bohr
• Átomo de Rutherford mostrou que, segundo
os estudos desse cientista, um modelo
atômico que explicaria as propriedades da
matéria seria que o átomo é composto de um
pequeno núcleo positivo (constituído por
prótons e nêutrons) onde está inserida a
massa praticamente total do átomo, envolta
de uma região denominada eletrosfera onde
os elétrons ficam girando
Cont.
• No entanto, o modelo atômico de Rutherford
possuía alguns erros. Por exemplo, o elétron
possui carga negativa, portanto, se ele girasse
ao redor do núcleo, que é positivo, ele iria
perder energia na forma de radiação, com
isso, suas órbitas iriam diminuir
gradativamente e os elétrons iriam adquirir
um movimento espiralado, acabando por se
chocar com o núcleo.
Cont.
Cont.
• Mas isso não ocorre na prática. Por isso, em
1913, o cientista Niels Bohr (1885-1962)
propôs um modelo que se baseou no modelo
de Rutherford, apenas aprimorando-o, por
isso ele passou a ser chamado de modelo
atômico de Rutherford-Bohr.
Cont.
• Bohr se baseou também na teoria quântica da

energia de Max Planck e nos espectros de


linhas

dos elementos para criar os seguintes princípios

fundamentais
Cont.
1. Os elétrons não se movem aleatoriamente ao
redor do núcleo, mas sim em órbitas
circulares, sendo que cada órbita apresenta
uma energia bem definida e constante (nível de
energia) para cada elétron de um átomo.

Quanto mais próximo do núcleo, menor a


energia do elétron, e vice-versa;
Cont.
2. Os níveis de energia são quantizados, ou

seja, só são permitidas certas quantidades de

energia para o elétron cujos valores são

múltiplos inteiros do fóton (quantum de

energia);
Cont.
3. Para passar de um nível de menor energia
para um de maior energia, o elétron precisa
absorver uma quantidade apropriada de
energia.
Quando isso ocorre, dizemos que o elétron
realizou um salto quântico e atingiu um
estado excitado
Cont.
• Esse estado é instável e quando o elétron

volta para o seu nível de energia original

(estado fundamental), ele liberta a energia que

havia absorvido na forma de onda

eletromagnética
• Esse último postulado explica porque os fogos
de artifício emitem cores diferentes. Cada sal
presente nos fogos de artifício possui um
cátion de elementos químicos diferentes.
Quando são aquecidos, os elétrons desses
elementos saltam de nível de energia, mas
quando voltam para o nível original, eles
emitem a energia que foi absorvida na forma
visível.
Cont.
• Cada cor corresponde a uma quantidade de
energia característica.
Por exemplo, se usarmos um sal de cobre
veremos a cor azul, já se usarmos um sal de
bário, a cor emitida será a verde e assim por
diante.
Outras cores podem ser vistas no texto Química
dos Fogos de Artifício
Cont.
• Os níveis de energia para os átomos dos
elementos conhecidos são no máximo 7 e são
representados pelas letras K, L, M, N, O, P, e Q
Modelo Atômico de Dalton,
• Em 1808, o professor inglês John Dalton propôs
uma explicação da natureza da matéria. A
proposta foi baseada em fatos experimentais. Os
principais postulados da teoria de Dalton são:
• 1. “Toda matéria é composta por minúsculas
partículas chamadas átomos”.
• 2. “Os átomos de um determinado elemento são
idênticos em massa e apresentam as mesmas
propriedades químicas”.
Cont.
3. “Átomos de diferentes elementos apresentam
massa e propriedades diferentes”.
4. “Átomos são permanentes e indivisíveis, não
podendo ser criados e nem destruídos”.
5. “As reações químicas correspondem a uma
reorganização de átomos”.
6. “Os compostos são formados pela
combinação de átomos de elementos
diferentes em proporções fixas”.
cont.
• A conservação da massa durante uma reação

química (Lei de Lavoisier) e a lei da composição

definida (Lei de Proust) passou a ser explicada a

partir desse momento, por meio das ideias

lançadas por Dalton.


2. Modelo Atômico de Thomson

• Thomson propôs um novo modelo atômico.


Thomson demonstrou que esses raios podiam
ser interpretados como sendo um feixe de
partículas carregadas de energia elétrica
negativa.
• A essas partículas denominou-se elétrons.
Por meio de campos magnético e elétrico
pôde-se determinar a relação carga/massa do
elétron.
cont.
• Concluiu-se que os elétrons (raios catódicos)
deveriam ser constituintes de todo tipo de
matéria pois observou que a relação
carga/massa do elétron era a mesma para
qualquer gás empregado.
• O gás era usado no interior de tubos de vidro
rarefeitos denominadas Ampola de Crookes,
nos quais se realizavam descargas elétricas
sob diferentes campos elétricos e magnéticos.
Cont.
• Esse foi o primeiro modelo a divisibilidade do
átomo, ficando o modelo conhecido como
“pudim de passas".
Segundo Thomson, o átomo seria um
aglomerado composto de uma parte de
partículas positivas pesadas (prótons) e de
partículas negativas (elétrons), mais leves.
3. Modelo Atômico de Rutherford
• Em 1911, Ernest Rutherford, estudando a
trajetória de partículas a (partículas positivas)
emitidas pelo elemento radioativo polônio,
bombardeou uma fina lâmina de ouro.
Ele observou que:
• a maioria das partículas a atravessavam a
lâmina de ouro sem sofrer desvio em sua
trajetória (logo, há uma grande região de
vazio, que passou a se chamar eletrosfera);
Cont.
• algumas partículas sofriam desvio em sua
trajetória: haveria uma repulsão das cargas
positivas (partículas alfa) com uma região
pequena também positiva (núcleo).
• um número muito pequeno de partículas
batiam na lâmina e voltavam (portanto, a
região central é pequena e densa, sendo
composta portanto, por prótons).
Cont.
Cont.
• Rutherford concluiu que a lâmina de ouro
seria constituída por átomos formados com
um núcleo muito pequeno carregado

positivamente (no centro do átomo) e muito


denso, rodeado por uma região

comparativamente grande onde estariam os


elétrons.
Cont.
• Nesse contexto, surge ainda a ideia de que os
elétrons estariam em movimentos circulares
ao redor do núcleo, uma vez que se estivesse
parados, acabariam por se chocar com o
núcleo, positivo.
• O pesquisador acreditava que o átomo seria
de 10000 a 100000 vezes maior que seu
núcleo.
4. Modelo Atômico Clássico

• As partículas presentes no núcleo, chamadas


prótons, apresentam carga positiva.
• A partícula conhecida como nêutron foi isolada
em 1932 por Chadwick, embora sua existência já
fosse prevista por Rutherford.
• O modelo atômico clássico constitui-se de um
núcleo, no qual se encontram os prótons e
nêutrons, e de uma eletrosfera, na qual estão os
elétrons girando ao redor do núcleo em órbitas.
Cont.
Cont.
• Considerando-se a massa do próton como
padrão, observou-se que sua massa era
aproximadamente igual à massa do nêutron e
1836 vezes maior que o elétron. Logo:
Cont.
• A essas três partículas básicas, prótons,
nêutrons e elétrons, é comum denominar
partículas elementares ou fundamentais.
• Algumas características físicas das partículas
atômicas fundamentais:
Modelo Atômico Rutherford-Bohr

• O modelo proposto por Rutherford foi


aperfeiçoado por Bohr.
• Baseando-se nos estudos feitos em relação ao
espectro do átomo de hidrogênio e na teoria
proposta por Planck em 1900 (Teoria
Quântica), segundo a qual a energia não é
emitida em forma contínua, mas em
”pacotes”, denominados quanta de energia.
Foram propostos os seguintes
postulados:
• 1. Na eletrosfera, os elétrons descrevem
sempre órbitas circulares ao redor do núcleo,
chamadas de camadas ou níveis de energia.
• 2. Cada camada ocupada por um elétron
possui um valor determinado de energia
(estado estacionário).
• 3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que
tenham uma determinada quantidade de
energia, não sendo possível ocupar estados
intermediários.
Cont.
• 4. Ao saltar de um nível para outro mais
externo, os elétrons absorvem uma
quantidade definida de energia (quantum de
energia).
Cont.
• 5. Ao retornar ao nível mais interno, o elétron
emite um quantum de energia (igual ao
absorvido em intensidade), na forma de luz de
cor definida ou outra radiação
eletromagnética (fóton).
Cont.
• 6. Cada órbita é denominada de estado
estacionário e pode ser designada por letras K, L,
M, N, O, P, Q. As camadas podem apresentar:
K = 2 elétrons
L = 8 elétrons
M = 18 elétrons
N = 32 elétrons
O = 32 elétrons
P = 18 elétrons
Q = 2 elétrons
Cont.
• 7. Cada nível de energia é caracterizado por
um número quântico (n), que pode assumir
valores inteiros: 1, 2, 3, etc.
Modelo Atômico Atual

• A teoria de Bohr explicava muito bem o que

ocorria com o átomo de hidrogênio, mas

apresentou-se inadequada para esclarecer os

espectros atômicos de outros átomos com dois

ou mais elétrons.
Cont.
• Até 1900 tinha-se a idéia de que a luz possuía
caráter de onda.
• A partir dos trabalhos realizados por Planck e
Einstein, este último propôs que a luz seria
formada por partículas-onda, ou seja, segundo a
mecânica quântica, as ondas eletromagnéticas
podem mostrar algumas das propriedades
características de partículas e vice-versa.
• A natureza dualística onda-partícula passou a ser
aceita universalmente.
Cont.
• Em 1924, Louis de Broglie sugeriu que os
elétrons, até então considerados partículas
típicas, possuiriam propriedades semelhantes
às ondas.
• A todo elétron em movimento está associada
uma onda característica (Princípio da
Dualidade)
Cont.
• Ora, se um elétron se comporta como onda,
como é possível especificar a posição de uma
onda em um dado instante?
• Podemos determinar seu comprimento de
onda, sua energia, e mesmo a sua amplitude,
porém não há possibilidade de dizer
exatamente onde está o elétron.
Cont.
• Além disso, considerando-se o elétron uma
partícula, esta é tão pequena que, se
tentássemos determinar sua posição e
velocidade num determinado instante, os
próprios instrumentos de medição iriam
alterar essas determinações.
Heisenberg enunciou o chamado
Princípio da Incerteza:
• Não é possível determinar a velocidade e a
posição de um elétron, simultaneamente, num
mesmo instante.
• Em 1926, Erwin Schrödinger, devido à
impossibilidade de calcular a posição exata de um
elétron na eletrosfera, desenvolveu uma equação
de ondas (equação muito complexa, envolvendo
cálculo avançado, e não tentaremos desenvolvê-la
aqui), que permitia determinar a probabilidade de
encontrarmos o elétron numa dada região do
espaço.
Cont.
• Assim, temos que a região do espaço onde é
máxima a probabilidade de encontrarmos o
elétron é chamada de orbital.

• 1. Números Quânticos
• Schrödinger propôs que cada elétron em um
átomo tem um conjunto de quatro números
quânticos que determinam sua energia e o
formato da sua nuvem eletrônica, dos quais
discutiremos dois:
A. Número Quântico Principal (n)

• O número quântico principal está associado à


energia de um elétron e indica em qual nível
de energia está o elétron. Quando n aumenta,
a energia do elétron aumenta e, na média, ele
se afasta do núcleo. O número quântico
principal (n) assume valores inteiros,
começando por 1.
B. Número Quântico Secundário (l)
• Cada nível energético é constituído de um ou
mais subníveis, os quais são representados
pelo número quântico secundário, que está
associado ao formato geral da nuvem
eletrônica.
• Como os números quânticos n e estão
relacionados, os valores do número quântico
serão números inteiros começando por 0
(zero) e indo até um máximo de (n – 1).
Para os átomos conhecidos, teremos:

• O número máximo de elétrons em cada


subnível é:
C. Número Quântico magnético (m)

• Identifica o orbital em que o elétron se encontra,


uma vez que cada subnível é composto por vários
orbitais (apenas o subnível s possui apenas 1
orbital).
• Seus valores variam de – a + , inclusive zero. Veja:
• Subsível s: 0
• Subsível p: -1 0 1
• Subsível d: -2 -1 0 1 2
• Subsível f: -3 -2 -1 0 1 2
D. Nùmero Quântico spin (s)

• Indica a orientação do elétron ao redor do seu


próprio eixo.
• Como existem apenas dois sentidos possíveis,
este número quântico assume apenas os
valores -1/2 e +1/2, indicando a probabilidade
do 50% do elétron estar girando em um
sentido ou no outro.

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