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54 GERADORES 1. A FUNCAO DAS MAQUINAS ELETRICAS. Méquinas elétricas destinam-se 4 converséo de energia. Nos geradores, segundo as Leis da Indugio, a energia mec&nica & transformada em energie elétrica, com a ajuda da forga magnética, dando origem a uma tensdo. Nos motores, a energia elétrica € convertida em mecinica, cor © auxtlio do efeito magnético da corrente elétrica, assim dando origen a um movimento. Transformadores tem a fung3o de transformar energia elétrica em outra energia elétrica de corrente € tensio diferentes. Os conversores transformam as frequéncias. Para a fabricacdo de motores de indugso devem ser respeitadas as Normas Brasileiras £B-190. A GERACAO DA TENSAO NOS GERADORES. O Hisico inglés Ph. Faraday (1791-1867), descobriu em 1831 que, girando'se uma bobina dentro de um campo magnético, aparecia uma tensdo elétrica (férca eletromotriz). Este proceso € hoje chamado dz inducao, (de inducere= induzir). A lei da inducto & 2 base da construgio de méquinas elétricas. Seu enunciada ¢ Variando-se 0 nimero de que envolvem uma bobina, eletromotiiz (fe:m.). a as de um campo magnético, se nesta bobina uma férca i Lae) (LL DN go + | | iF ‘Nenbums modificagio Grane mositiongio Neale modticacso, Genie one Neskoms mie ‘So compe me baht Aocaropo na tans Bho on to tensa aa ons lo camp a bob Mlatobina ne eam L C se Fig. sat A geracao da tensio alternada sas O lator que determina a criagio e a grandeza da férca eletromotriz (lem.), nao a densidede do campo. magnético, mes apenas 6 variagao déste campo. Durante @ rotagdo da bobina no cempo magnético, esta variagio € diferente em cade instante, © que faz aparecer em cada momento também ume fem. de grandeza diferente. Também « posigio relativa do condutor ds bobine (lado da bobina) dentro do campo muda ap6s cads meia volta; com ist, inverte-se a fe-m. gerada, de acdrdo com « “Regra da Mio Direits!”, (ver pésins 40). Resultado: com velocidade constante, entao gera-se uma tensio alter- |= uma bobina gira dentro de um campo magnético continuo nada senoidal (figura 54.1). Nas méauinas elétricas, 6 f.e.m. pode portanto apenes ser gerada na forma de uma tensio alternada, Para tento, de acérdo com as leis da inducio, € indiferente se a bobina é girada no campo magnético, ou se o campo magnético & movido dentro da bobins. uigermos cbter corrente continua de uma méquina, entio a corrente alternade gereda precisa ser retificada por de um “comutador de corrente”. “ i GERADORES II. CONSTRUCAO DE GERADORES. Existem dois tipos construtivos de geradares. Se 0 enrolamento induzido & girado, entéo obtém-se uma méquina com pélos externos; no caso de 0 campo magnético indutor ser girado, entio resulta uma méquina de pdlos internos. | Extator eam plos / sarcienonte par Campo magnétion ‘nrlmento inside Fig. 55.1. Maquinas de pélos externos Campo magnético fixo. Bobina mével girante. Forga eletromotriz é gerada no rotor e retirada por meio de yeni Campo mazastion, —_} Fig. 55.2. Maquina de polos internos Campo magnético girante. Bobinas fixas.Forga eletro- motriz aparece no estator e pode ser retirada direta- anéis ou comutadores. Corrente de excitagdo pode ser ligada diretamente. Usada em correnté continua, Ta ramente em corrente alternada a ‘A parte fixa & chamade de estsior ¢ a porte’ girante & denomineds de rotor. Ambos séo leitos de ferro ou aco, para reduzir.a relutincia magnética no caminho de circulagio de campo magnético. Designe-se por culetra e parte de ferro que une os pélos e feche e:sin © circvito magnético. Desta forma a culatra é 0 rotor nas maquina: de pélos internot ¢ 0 eststor nas méquinas de pélos externos. As partes de ferro de méquine, que estio expostes 3 inversio de magnetizecio, $30 compostas de chapas de ferro de espessura variando entre 0,5 € 10mm, para reduaic as correntes perasited ¢ os perdas do ferro. As chapas entre si so isoladas, por exemplo, por meio de papel de séca ou verniz As bobinas, nas Guais a lenséo € induzida, estio interligadas; seu nome passe a ser enrolemento, estando 0 mesmo mmontado dentro do nicleo. Pare tanto, 0 rotor nas méquines de pélot externos ¢ © estator nas miquinas de pélor internos, s30 dotados de ranhures ¥ O compo magnético (normalmente chamedo anenas de campo), pode ser eriado pera pequenss tensées por meio de {mds permanentes de aco, (por exemplo dinaino de biciclets), Densidades maiores s30 abtides por eletrotmis. Nestes, © enrolemento megnético (também chamado de enrolamento polar, enrolamento do canpo ou enrclanento de excita. Gio), € montado sSbre um nGcleo de ferro. Sua alimentagéo tem que ser feite sempre com corrente continue para dor origem a um campo megnético uniforme CONSTRUCAO DE GERADORES TRIFASICOS. Geradores trifésicos sé sempre méquinas de pélos internos, pois neste caso a tensdo elétrica gereda n3o precise ser retirada através de angis com suas desvantagens e perdas de energia, além disto 2 tens3o nos terminais dos dores de réde, € normalmente da ordem de 5 a 1OkV € por isto n3o pode ser trensmitida por meia de anéis A excitacio dos pélos é feita com corrente continua. Ests precisa ser fornecida de uma fonte de carrente separeda (excitagdo em separaca) © € ebtide ne meior perte dos casos por meio de uma “excitratriz”, (geredor de corvente continua) montada sébre © préprio eixo do gerador trilésico (figure 55.3). Por meio da corrente de excitagéo pode-se ajustar a tensdo, a poténcia reativa e 0 fator de poténcia de um gerador A sjustagem da poténcia ative apenas é possivel mudando-se ¢ poténcia de acionamento (por exemplo turbina). A freqiéncia de tensio alternada gerade, depende do niimero de pares de pélos ¢ da rotagso do gerador. Para se tera garantia de uma frequéncia de réde constante, ¢ regulaggo da velocidede do geredor é feita outomiticanente mos sistemas de geragio de energia elétrica. Deyido a éste sincronismo entre a rotac3o do gerador ¢ a fre- giitncia da réde, esses geradores de corrente trifésica S30 também chamados de geradores sincronos (derivado de syn- chron=mesma rotacio). Grupos de geradores com turbinas de alta velocidade (turbina a vapor: rotacao=3000 rpm), tém por isto apenas um par de pélos; geradores com turbina hidrduliea de baixe rotacio, tem um nimero de pares de pélos Fig. 58.3 Geracdo de corrente trifésica bem mais elevedos em fungio da sue rotacto, pare assim pode- - rem ser interligados na mesma freauéncia de réde. ? mente, Corrente de excitagéo tem que ser ligada atra vés de anéis, Para corrente continua ¢ alternada. sere 4 4 situa Geradoe teiflieo Tarbin 56 GERADORES TRIFASICOS. A GERACAO DA CORRENTE TRIFASICA NUM GERADOR TRIFASICO. As trés tenses alternadas de um sistema trifsico slo geraclas em ts enrolamentos defasados entre si de 190°, sébre @ periferie do estator, Os pdlos do conjunto polar descrevern uma trajetbrie tal, que passe junto aos és enrola- mentos do estator, induzindo porlanto sinultaneamente porén de modo diverso em cacla um déles, uma tensaa alter- nada, Em virtude da posicio dos pélos do rotor com relagio 20 enrolamento do estator, que est8o defasados entre si de 190°, as trés tensGes alternadas geradas também esto deslocades entre si, em fungio do tempo de 190° ou 1/3 de periodo (ligura 56.1). Babian + - U3 drt I UB de period ole 15 de pectodo Sem she no | z Boa g2t> 35h, 0 be) Se g 38 3 = 283 Sep =S 52 ee 8a mee 2 ¢ O gets oS 5 2.5.8 238 a5 & Bash gisg 235g Bass gest 333 B NSS Meh woes 288 Be” 8 3 eee SOS, Bis, Beye BES 2 4 8 e88 E a 3380 2 fs giz, 62S eg Eg See 2 PF oek Pees kag Poe Poe 28 g gees cee E efes eee oe 3 Sapte. Sere E Sigh SBE bes s gess geeé 3 ges. g83 33 9 seas oF ge ZEs = <52G- 2850 < 3 6<—n 3 — + = \ i t \Ws\z i A a | rae ¢ ¢ ° ¢ w t : t rs. Saasicn Fig. 614 Enrolamento trangado dividido de 4 pélos de 2 ranhuras. Fig. 61.8 Disposigao da cabeca do enrolamento a ENROLAMENTOS TRIFASICOS DO ESTATOR V — ENROLAMENTOS DE DUAS CAMADAS. ENROLAMENTOS DE DUAS CAMADAS., No enrolamento de duas camadas, dois lados de bobina estio sobrepostos na mesma ranhura. A disposigao des cebeces do enrolamento nao ofe- rece portanto qualauer dificuldade ume vez aue as bobinas podem ser dispostes em dois plancs diferentes. Semelhente ao cao do enrolamento trancado, as cabeces des bobines sio trenades entre si (figura 69.1), onde sempre um dos lados da bobine ocupe 6 parte superior de ume renhure Cemide @-6 outro lado # parte inferior de outra ranhura “""""" (figura 62.2), Cand Num enrolamento de duas camadas, que tenha o & x mesmo numero de renhures como o de um enrole- Fig.62.1 Disposigao _-Fig.62.2 Posigéo das bobinas par- mento de ume cemada, obtémse o débro do da cabeca uas bobi- ciais dentro da ranhura nas ca néimero de bobinas. Pare se obter novamente o Chesed ‘tenon FA 5 ji nas madas superior ¢ inferior mesmo nimero de péles, € necessirio que duss bobines de fase cue se Sesuem, ou dois grupos Tats de ont de bobinas, sejan ligadas em oposicéo, do que . oy res ‘ ' 4 fin — in — pays 5 U—comégo-fim — fim-comégo — X 3 SM Results assim por bobine de fase, ou de grupo wes 612 de bobinas, apenas 1 péle. A ligacéo em oposigio pode ser leita diretamente entre duas bobinas ou entre grupos de bobinas age wee que se seguen (figura 62.3), ou sendo por meio poe nets de ligacdes de inverséo (igure 62,4) tod As bobinas parcivis de uma lose podem ser inter yo: ligades de duce maneiras, denoninadas ligacées ondulades ou embricades. Nos enralamentos em- Bricados as bobinas perciais dentro de um grupo Fig, 62.8 Enrolamento de duas camadas, bipolar, exe- de bobinas, séo ligadas sucessivamente num mesmo ¢utado ‘com enrolamento embricado sentido (formance um lago) e 0s grupos de bobi- nas subsealientes sao ligados em oposicio (figure 69.3). Se mais de dois grupos de bobinas pertencem a uma mes ina fose, a ligacdo em oposicéo também pode ser Feita por ligacdo de inversée (figura 63.1). Nos enralanentos ondulados, as primeires bobinas parciais, seguides das sequndas bobinas parciais © sucessiva mente das demais, de todos 0s grupos de babinas de niimero inpar{, 3, 5 etc.)sé0 interligades seguidemente no mesmo sentido. Segue-se entéo « execugio da ligacio de inversio. Apés isto, iniciando-se com a Giltina bobina parcial « moveado-se ne diregio da primeira bobine porcial de todos os grupos de bobinas cle niimero par(2, 4, 6 etcJé feita 2 interligacdo seguide, em série © no mesmo sentido. Enrolamentot ondulados de dues camadas sio Jos tanto nos estatores quanto nos rotores (rotores de enel!) + bobinas so premoldades em moldes, usendo perlis de cobre, isolades e montadas. As extremidades das bobinas formam terminais de ligacio dispostos simétricamente, sendo parafusedos ou soldados. Neste particular, a seaténcia da ligacio das bobinas parcisis depende de moneira de execuar de melhor forma es ligacdes.Na figura 69.4, si0 por lito ligades primeiremente as segundas bobinas parcisis dos grupos de bobinas 1 ¢ 3,no mesmo sentido, ono © primeira bobine parcial, seguindo-se entéo a ligecéo de inversto e completando-se com a prineira bobina pet Gial dot grupos de bobines 4°¢ 2, t6des ligades no mesmo sentido com as respectivas segundas partes des bobinas. “Tabela do enrtamentes ed does > way ween ont. 0Sn er ots ven ww ats. sain A firter| de invert ‘ 1 we) pepo Nee = 7a seta as were 4a ne ext eto me | x z | | Fig. 624 Enrolamento de duas camadas com ligagées de Inversiio, segundo o enrolamento ondulado : 9 8 atiwemte 2 ENROLAMENTOS TRIFASICOS DE ESTATOR VI — 8 ENROLAMENTOS DE DUAS CAMADAS. © ENROLAMENTO ENCURTADO, DE DUAS CAMADAS. Enrolamentos de duas camades de ntimero inteiro de ranhuras (q—ndmero inteiro), sto enrolamentos diametrais (ver figures 62.3 ¢ 62.4) ¢ cujo caminhamento € iguel ao de um paco polar (yy=Z/9p). Desta forma, alcangam o méximo valor do seu efeito, o que significa méxima tens3o em geradores e méximo campo girante em motores. Apesar disso, € freqdente que o paso da bobina seja encustado por ume ov duas divisées de ranhuras, para melhorar & forma senoidal da tenséo alternade dos geredores ou ¢ partida de motores. Resulte essim, um enrolamento encurtado (figura 63.1). Para compenser « desvantagem do encurtamento das bobinas, estas recebem maior niimero de espiras. 13 4 os | Tan de nlment: v 7 u v w Tre Sope ege wy Hes waa MH Me ken 6 sSw ute fey on Tiewien | def invreto ft exit ee es as jenn neko nae | =a sate ny tf | ! ote ahs ne $ } ae go ie ‘ t $ v ¢ Ww 8 Fig. 63.1 Enrolamento encurtado de duas camadas, 4 pélo, ligado segundo enrolamento embricado com ligagdes de inverséo ENROLAMENTO DE DUAS CAMADAS COM ALARGAMENTO. Normalnente cada enrolamento ocupe 1/3 de largura total, Isto é, um enrolamento de fase ocupe 1/3 des ranhuras de um paco polar; por exemplo, o enrolamento representado na figura 62.4, ebrange um paco polar=Z/9p=94/4~6 ranhures; sendo 0 valor de q=2, cada uma das trés foses ocupa duas ranhuras, portento 1/3 do paco polar. Enrola- mentor de duas canadas podem entretanto também ser executacos com cominhanenios maiores, No enrolamento encurtado de figure 63.1, i6 se pode observar que os lados da bobina de uma fase estio distribuidos sObre trés ranhuras edjecentes de um paco polar. A figura 63.2, representa o enrolamento de figure 63.1, com a diferenca de que, neste caso, cada fase esté distribulde sdbre 4 ranhuras acjacentes; desta forma, ocups 9/3 des 6 ranhuras de tum aco polar.Pela ampliacéo do seu caminhamento ao valor de 2/3 da largura total, obtém-se un eleito semelhen- fe coma no caso do encurtamento, com a vantagem de que o enrolamento pode ser religado, utilizando as mesmes bo = binas, de tal forma que se obtenha uma outra distribuicso do campo no nécleo do estator, © enrolaento que ocupa 813 do pago polar € por iste usado nes ligegbes Dahlonder (ver paginas 71 © 73). i Bee ete in | ab Semis Y t ee os oR ere ne ‘ v w i \ i 8 (ae doe 4 i St Sing wel. tn Holm ralbal dist ha tp helhettal aad alae 32-9 eto nr scale wee ee St it ; Ai eae aa tt Ie en Bans Ope || | t ] To} | wan 7 nes PLP LI | t Paap way cs } | — = 1 | ‘ ! t - x bo z ow ory ox Fig. 632 Enrolamento de duas camadas, 4 pélos, com 2/3 do paco polar, enrolamento embricado CARACTERISTICAS DO ENROLAMENTO DE DUAS CAMADAS. 1, Execucio simples, pois tédes as bobinas ou bobinas parciais possuem @ mesma eberture e forma, entretanto menor clareze na ligacio do que nos enrolamentos de uma comada 2. Cabege de bobina simples e curta, sobretudo no tipo com encurtemento; disto resulta uma cabeca de bobina de rma regular pouce saliente, @ que ocupa espaco pequeno. Efeito favorsvel quanto a refrigeracio, do que resulta um bom conjugado de pertide ¢ elevade poténcia em picos de carga. 3. Fhascéo simples des cabeces das bobinas contra o férca centrifuga nos rotores tipo tambor, de alta velocidade e utlizecz0 como enrolamento rotor. " 4. Possibilidade de encurtamento ¢ emplisco da largure da zone; com isto, reducio dos efeitos de sobreondas, forms Senoidel favordvel da tensio alternada e redugio das dificuldades de partida. MOTOR SINCRONO. L CONSTRUCAO. Tal como mostra ¢ figura 64.1, 08 motores sincronos s80_construidos como os geradores trilgsicos de pélos internos (figura 55.2). Por esta razéo, estas méquinas podem ser usades tanto como gerador quanto’ como motor, O estator compée-se de um ndcleo de chapas laminadas, dotedo de certo nimero de ranhuras para receber o enrolamento trifdsico. © rotor compreende dois pdlos, com respectivas bobines de excitagio alimentedas por corrente con- fina. FUNCIONAMENTO. Partida: ligando-se o enrolamento trifésico 3 réde, entéo 0 campo girante do enrolamento do estator, que ndo tem inércia, inicia imediatamente 0 seu movimento 8 plena velocidede, atuando epenas insiantineamente sébre os pélos fixos do rotor. Nesta fase, néo se pode formar o conjugado necessério para vencer a inércia da massa do rotor. Por esta raz80, 0 motor sincrono em repouso nio parte por si. O rotor, sem, carge, tem que iniciar o seu movimento em funco de lum outro motor ou de um dispositive de pertida ass{ncrono (por exemplo um anel de curto-circuito),até que sua velocidede alcance um valor préximo 20 nominal do campo girante. Pela ligagio da excitacio de corrente continua, © préprio rotor se aproxima do movimento dos pélos do campo girante, pois éstes atuam continuemente sdbre o rotor. Devido a éste movimento igual de rota3o entre o campo girante € 0 rotor, éste tipo de méquina & chamado de motor sincrono. Em vazio: em virtude da carga, que 0 atrito ocasiona, os pélos do rotor nunca alcenga a mesma velocidade do campo girante, permanecendo em atraso por um certo &ngulo (=8ngulo de carga da figura 64.9). Os pélos que girem induzem uma f.e.m. no enrolamento do estator, tal como no gerador sincrono, fre.m. esta que permanece em etraso em relagao & tensio de réde pelo angulo de carge. A diferenca de tensio AU entre a tensio de rédee a fem., €0 fator que vai determinar 0 valor da cdrrente do estator I: que em vazio ere igual & corente de magnetizacéo 1, (correnie reativa) (Figura 64.2 Sob carga: quando o motor recebe uma carga mecinica, os pélos do rotor ficam tanto mais em atraso em relacio aos pélos do estator quanto maior a carga, sem que com isto a rotacio sincrona sofre quelquer alteracso (Figure 64.3). Em virtude do angulo de carga maior, a f.e.m. em etreso aumenta 0 seu valor em relacdo a tensdo de réde; com isto também eleva-se a diferenca de tensio AU no estator, € 2 cotrente absorvide se eleva (Figura 64.36). Uma corrente mais elevada no eétator origina um campo girante mais forte, € éste desenvolve, com 0 campo do rotor, uma elevacdo do conjugado para vencer a carga. Disto resulte ume grande estebilidade de rotacéo ¢ a possi- bilidade de elevada sobrecarga até um valor de 1,8 vézes 0 conjugado nominal (figure 64.4). Sdmente com uma sobrecarga acima déste velor o Angulo de carga aumenta acentuadamente, reduzindo a f6rca de atracso entre 08 polos do estator € do rotor. Nestas condicdes « rotecio do rotor cai acentuadamente em relacdo & do campo girente, sai do sincronismo e péra ripidamente. Simultdneamente, em virtude da inexisténcie da férca eletro- motriz, a corrente do estator sobe rapidamente. A cortente absorvide pelo enrolamento do estator no depende entretanto apenas da carga, mas também de excitacdo do enrolamento do rotor, em todos ‘05 motores sincronos. Quando 0, va- lor da, rrente de excitacio € bei- x9, tonbim @ Lem. € batsa,e 0 en- rolamento do estator absorve 8 po- tEncie indutive, necesséria pare cons ~ truir 0 campo. magnético, na forme Je uma corrente em atraso em rela- so 3 tensio de réde (figuras 64.20 ¢ 64.36). Se a corrente de excitacéo € elevada sem alteragio da carge, eleva-se tam- bém a fe.m. no estator; chega o mo- mento no’ qual a corrente do estator, Test, que esté em atraso com a ten- $30 ‘etiva do estator AU, fica em fase com a tensio de réde (cos ¢ figura 64.53). Continuando a cleva- a) Tens £0 Faas coms 1b) Feat inna em rlagao a U (cos p=) Fig, 645 Diagrama vetorial .pa- ra carga constante, variando a excitagdo 2 Entator +P H e -N e v * otoe Ww Fig. 641 Corte de um motor sincrono bipolar Fig. 64.2 Angulo de carga e dia- grama vetorial em vazio Resulo Fig. 643 Angulo de carga e dia- grama vetorial sob carga (Exci- tagao tal como em vazio hs de rota- um motor sincrono Saleesetado, Subexcitado, ‘roan, ‘edict, fhsurstede” | formeclmonto de Pottncia indutiva Le Tesetacio——— Fig. 64.6 Dependéncia da corren- te do estator e do fator de po- téncia, de um motor sinerono Go da corrente de excitagdo do rotor,resulta uma corrente adientada em relacdo a tensdo de réde (figura 64,5b). Isto significa que © motor sincrono nao absorve mais poténcie indutiva, mas sim fornece potencie, como pode ser visto pela curve em V na figura 64.6. MOTORES ASSINCRONOS. cg CONSTRUCAO. O estator compde-se, tal como no caso dos motores sincronos, de um nicleo de chapas magnéticas, que s3o dotadas de certo néimero de ranhuras, para receber o enrola- mento tifésico. O rotor do tipo tambor é, tal como o estator, obtido .pels justa- posigdo de chapas magnéticas, ¢ também ranhurado pare receber © enrolamento do rotor, convenientemente distribufdo (figura 65.1). FUNCIONAMENTO, Partide: ligando-se o enrolamento trifésico & tensio, entio, tal con no. caso do motor sincrone, gire © campo girante ne enrolamento do estator, 3 plena velocidade. Sua influacia se faz sentir também sobre o enrolamento do rotor, e induz neste, sucessivamente, tenses altemadas com a frequéncia da réde. As correntes que s¢ Fig. 48.4 Cortede um mo- estabelecem nes bobinas, estio defasadas entre si, e originam no rotor um campo comum, girante, cujos pélos de nome contrério estio atrasedos de 90° em relacdo as do campo girante do estator, como se pode concluir da figura 65.2, eplicando-se a regra da mio direite. Dests forms, € possivel, j8 ne fexe de partide, desenvolver lum eonjugado constante entre os pélos do estator e do rotor, cuja grandeza é da ordem de 2 9 3 vézes o conjugedo nominel, que & capaz de vencer a inércia da massa do rotor e de carga plena, e também de colocar em movimento o rotor @ partir do seu estedo de repouso Observando-se que 0 rotor se move no sentido da rotacso do campo girante, a velo- cidade relative dos dois compos na fose inicial cada vez se aproxime mais, ou seja, a diferenca de velocidede se reduz sucessivamente, Como a tensio induzida conteqiiéncia do corte entre ot dois campos presentes, @ reducéo de diferencs de velocidade reduz a tensio, a freauéncia, a corrente e © campo do rotor ¢ com isto 9 conjugado, sé0 reduzidos, chegendo a zero perante a velocidade sincrona. Entre- Fig. 65.2 Campos girantes tanto, se s8bre o rotor nfo age um conjugado, entdo éste se retarda em relacio ao do estator e do rotor campo girante, clevando consequentemente 2 diferenca de velocidades. Sémente por meio déste retardo induz- -Se tensdo nos enrolamentos do rotor, ¢ com isto se torna posstvel a existéncia de um campo de rotor e um con- jugedo, © rotor, portanto, nao deve ter uma rotacio zincrone, motive pelo aual @ste tipo de motor € chamado de motor assincrono. A diferenca de rntacio entre 0 rotor e 0 campo girente & chamado de escorresamenta, © sua indicacio é feita em porcentagem da rotecdo do campo girante do estator; na partida © seu valor € 100%. Nos motores assincronos, 0 campo girante do estator tem dues fungSes: 1. Criagio de uma tensio no rotor por indugio, para constituiggo do campo girante do rotor. 2. Criacdo de um conjugado, conjuntamente com o campo girante do rotor, para deslocar 0 rotor € a carga tor assincrono bipolar O enrolemento do eststor pode por isto ser considerado andlogo ao enrolamento primério de um transformador ¢ 0 enrolemente secundério andlogo ao enrolamento do rotor. Motores assincronos slo também chamados de motores de inducio. No instante da partida forma-se no rotor, em virtude do escorregamento de 100%, a tensio mais elevada possfvel com isto uma corrente muito elevade, um campo intenso ¢ 0 j8 mencionado conjugado de partida elevado. O motor nesta situag3o equivale a um transformador com secundério curtocircuiteda, a corrente de pertids € por isto igual 8 corrente de curto-circuita e resulta assim de 3 9 8 vézes maior que a corrente nominal. Em vazio: em vezio, 0 escorregamento apenas € de elgumas rotagées, em virtude da pequena carga presente. Tenséo, freqiiéncis (menor que 1 Hz), corrente € campo no rotor $80 por isto muito pequenos. Apesar disto, o estator, devido a sua plene magnetizacéo absorve, em motores grandes até 30%, em motores pequenos cérca de 60% da corrente nominal da réde (da quel 90% & corrente reativa) Eecoregamento. a Sob carga: sob carga, a rotagdo se reduz em virtude das resisténcias mec&nicat ‘artida = 100% encontradas, com o que entreranto 0 escorregamento se eleva. Com carge no- inal, seu valor € de 3 2 5%. Resultan disto as seguintes velocidades em ser- vigo para 60 Hz. So sie ecorsegameato ‘wominal ndmero de pélos 2 4 6 8 10 12 16 90 pélos | totago do campo 3600 1800 1200 900 720 600. 450 360rpmin rotor 3400 1725 1140 860 680 570 430 340;rpmin Como conseqiiéncia da elevacie do escorregamento, eleva-se a tensée e@ ¢ cor- Fente no rotor; com isto, forma-se um campo mais forte ¢ um conjugado mais potente pera vencer © conjugado de carge. A rotacao entretanto apenas cai POUuCO, pois uma maior carga pelo aumento do escorregamento, iré criar um conjugsdo mais elevedo. Apenas nas condicSes de sobrecarga € que 0 escorre- ra Br ce clevaracentudainente; anotor derenvohe'o scuconjugedowdring, © KX nasararmienel orém 2 rotago mesmo assim cai ¢ o rotor para. O escorregamento méximo € * Teneo de cércs de 90 a 30%, send o valor do conjugado méximo estabelecido pele | =| Norma EB-120. A figura 65.3, mostra uma variecdo caracterlstica de conjugado, [* —_—‘Retasto« vaio ; yelocidade © escorregamento nas condicdes de partida, carga € sobrecarga. Fig. 65.3 Curva = Excoregamento, tensio no rotor e frequéncia do rotor (também chamados de 4 caracteristica 17) tensBes de escorregamento e freqiéncia de escorregamento), s30 0s méximos 4° UM motor assinerono. . Parkida, 05 menores em vazios e crescem com aumento de carga até o seu os valor méximo. 66 MOTORES COM ROTOR EM CURTO-CIRCUITO 1. CONSTRUCAO. Barrasdo rotor Mots com rOlspem-cOAG-CIGINS so MOLE alithcrones Gon as bobinesdo rotor em curto-circuito. As correntes de curto-circuito que sparecem no rotor, criam um campo girsnte muito intenso, que adota a poleridede do campo girante do estator. Os lados das bobinas séo bares macigasjos anéis de curto-circuito, formando a cabeca da bobina, retinem as dites bobinas em um enrolamento. Este tipo de enrolamento (figura 66.1), & chamado de “geicla”e 0 motor € denominado Fig. 66.1 Gaiola do motor em “eon tlaritioa galpla” curto-cireuito(sem © niticleo) A geiola é freqiientemente fabriceda pela injec3o de aluminio puro nas renhures, conde os anéis de curto-circuito e as barras,formam uma pega tinica ¢ Intimemente 7 ligades com o pacote megnético do rotor. As ranhures e com isto as barras, em — (©) tenaxd motores de curto-circuito normais,s80 de secio circular ou em forma de gdta 5 T (Figura 66.2). Para melhorar es caracteristicas de partida, 0 eixo das ranhuras no € paralelo 20 eixo do rotor mas sim deslocado de uma ranhura em relac5o @ seciocimar Suse sont com este. ‘pemieno efeito de CARACTERISTICAS. atorcBo‘dr eorrnte Fig. 662 Formas de ranhura 2) Construgio fécil e robusta; em virtude da transmissio indutiva da poténcia para rotores de excitacdo s6bre 0 rotor, ndo hd passegem de corrente de pecas fixas sbbre pegas méveis. Disto results, ne compra e na utilizacio um motor mais barato om pouca menutencdo. 6) Possibilidade de partida sob plena carga, pois na partida esté presente um conjugado 2 « 98 vezes maior que o conjugado. nominal. ©) Conjugado méximo maior que 0 conjugado de partide, ¢ por isto 8 prove de picos de carga ¢ de sobrecarge (figura 66.3) d) A rotacgo se altera pouco perante 4 variagio de carga (caracterfstica peralela), 2) A rotac3o depende do campo girante, € por isto apenas reguldvel entre limi- tes reduzidos e por meio de medidas custosas, porém com possibilidade de 0 20 «ada ao 8100 audar em degraus (mudanga de némero de pélos). sing f) Bom rendinento e fator de poténcia (cérca de 0,8). Fle G64 Ceceaiesisnie dears 8) Mudendo a ligacio do enrolamento do estator, de estréla pare tidngulo, € 28800 para rotores de barra possivel o emprégo déste motor em duas rédes de tensio por fase, na relagdo C*Culares 1: 1,73), (por exemplo 290/380V), mantendo a poténcia e as mesmas con- ABG ABS digdes de servico. Recomenda-se porém, para poténcias pequenas, a liga- | LI Zo em esteéla, e pare potencias grandes em tensdes mais elevades (440V), oer) bade 4 ligaco triangulo. h) A corrente de partide déstes motores com rotor curtocircuitedo € da ordem Oma de 5 2 8 vézes 0 valor de corrente nominal. Note-se que, quanto menor o L_£_X ¥ zy némero de pélos, maior a corrente. Por esta razéo, as emprésas concessiond- Pome triingulo Ponte estréte rias de energie elétrica, limitam a poténcia maxima déstes motores diretamente ligades 3 réde, girando 0 seu valor normalmente em tro de 5 cv. A maneira meis simples de limitar 2 corrente de pertida € pelo emprégo de Fig. 66.4 Pontes para as li- gagoes estréla-tridngulo uma cheve estréla-triangulo. 8 PARTIDA COM CHAVE ESTRELA-TRIANGULO. = A pattida €feita com of enrolanentos do_estator ligados em estiéle, pasendo Po bp Fo x para o funcionamento normal, 3 ligacio tridngulo (Figura 66.5). No ligacéo estréle, a tenséo de fase e @ corrente de fase s80 reduzidos de 1,73, | 2 corrente de linhe & © conjugado de pertide reduzidos de_ 1/3 em relagio 3 | ligagio tridngulo. A corrente de partida adquire assim valéres de 2 o 9-1/2 vézes, 0 conjugado de pertida de 0,6 2 0,9 vézes, os valéres que teria sob carga | nominal. A partida com plena cargo desta forma, apenas € possvel com cores | leves (por exemplo, ventiladores), ou condigdes médias de partida (méquinas ferramente), porém ndo € posstvel para cargas pesadas, (por exemplo centrifu- | | | | gas e excéntricos). Gaiolés com barras circulares s30 usadas sobretudo para ligacdo direta e utilizades para poténcias até cérca de SOKW (98cv). Para a partide en estréla-triangula, ¢ dada preferéncia entretanto, a motores de ranhure especial (ver pAgine 68), devido eo seu conjugado de partida mais elevado. it j2gse2geee st Motores cuja partida & feita em estréla-triangulo, podem ser ligados em geral Ls g o diretamente a réde até poténcias de 10cv em 380V. Para poténcias mais ele~ = vadas a corrente de partida deve ser redurida ainds mais do que a resultante Fig, 66,5 Ligagdo para a par- da ligacio. extréla-triéngulo. ide As eed MOTORES COM ROTOR EM CURTO-CIRCUITO II. 67 PARTIDA COM RESISTORES FIXOS. Se ao enrolamento estetor far ligado um resistor fixo,a tensdo se subdividiré de a- <6rdo com as leis das ligagdes em série,com o resistor fixo € @ resisténcia do enro- lamento. A escolha do resistor fixo, permite reduzir a tensio de partida ¢ com es- ta. a corrente de partide. Apés elcencar ¢ velocidade nominal, 0s resistores si0 cur- tocircuitados (Figura 67.1); 0 motor continua ligado 8 plena poténcie na tenséo de réde. Em motores de pouca poténcia ¢ de fécil pertida, éste método ¢ recomendado por ar menos que um dispositive de partida, (ligado ao estator). Na ligacdo da figura 67.2 (partida em curto-circuito),apenas um resistor fix € ligado 8 alimen- taggo do motor. Dependendo do tamanho do resistor, interfere-se na uniformidade do campo girante do estator em grau maior ou menor e isto reduz 0 conjuga- do de partida. A ligagio descrita no se destine a reduzir « corrente de partida,mas sim de maneira simples ¢ berate, ume pertida suave. Este ligacdo pode ser combinads coma estréla-trigngulo, Seu emprégo dé-se onde o motor € ligado = acionementos por engrenagens, afim de protegé-las contra os elevados esfarcos dos conjugados de partida de motores em curto-circuito. PARTIDA COM RESISTORES DE PARTIDA. Os trés resistores de partida, sio ajustéveis e ligados ao estator, através dos quais a tensio de partida é reduzide 4 tal ponto, que a méquina, na partide, apenas ebsorve a corrente nominal. conjunto resultante, nesses casos de carga, faz com que © motor tenha que ser levado até « sua velocidade nominal em vazio e, em seguida receba carga com 0 auxilio de acoplamentos magnéticos ou de elementos centrifugos. Assim resulta uma partide suave € que proteje as engrenagens. Na ligacdo tridngulo, éste dispositive & ligado antes do enrolamento do estator (figura 67.3); neste caso, ¢ chave € dotada de uma posigao de desligamento. Na ligagdo estréla, o ponto de estréla pode ser ligado a0 dispositive de partide. Resulta neste caso, que a chave ndo tem posicéo de desligamento (figura 67.36). Dispositivos de partida ligados ao estator, sio dimensionados para suportar por pouco tempo as condicdes de partida do motor. Se forem dimensionados pera li- gagio permanente, entio, poderdo ser usados como reguladores de velocidade, criando um escorregamento artificial, (sté cérca de 20%). Este processo de re- gulagdo no € econémico € € apenas utilizado para motores de pequene potén- cia e de partida em vazio ou pouca carga. A caracteristica de rotac3o depen- deré tanto mais da carga, quanto mais baixa a regulacio da rotagio. PARTIDA COM TRANSFORMADOR REGULADOR (COM- PENSADOR DE PARTIDA). Sob idénticas condigdes,porém com resultados econdmicos melhores do que os resultantes da utilizagdo dos resistores de pertida,a corrente € a rotacso podem ser reduzides, com um transformador regulador. Devido ao seu elevado custo, sua utili- zacho fica limitads aos motores de elevada potencia e:de. grande nimero de'co- mandos. Normalmente, empregem-se autotransformadores ajustiveis (figura 67.4),nos quais o nimero de espirss € varidvel por meio de contatos méveis, que se deslo- ‘cam sBbre 0 enrolamento cu transformadores de bobina mével, nos quais, pelo deslocamento da bobina secundéria em relacdo’ priméria,se obtém uma ajustagem continua da tens3o. Chegando 3 velocidade nominal, o transformador € desligado. LIGACOES ESPECIAIS. As ligagdes especiais, sé0 utilizades sempre em motores que nao séo fabricados em série, a0 contrério dos casos anteriormente analisados, Nestes, todos os termi- nais dos enrolamentos tém que ser levados ao painel de ligagio, (de 9 2 12 terminais). a) Ligacdo série paralela. Cade fase do enrolamento do estator se compée de dois grupos, que sao ligados em série durante. partida e em paralelo durante o servico normal, (figura 67.5). A corrente de partids tem assim de 1 a 2 vézes o valor a plena carga, ¢ 0 conju- gado de partida de 0,3 a 0,4 vézes o valor sob idéntices condigdes. Esta ligagdo € usada em motores de poténcia elevada e de partida com pouca cargs. 'b) Enrolamento do estator dividido. Este tipo de ligacdo é usado quando o rotor tipo geiola deve apresentar a- penas 9,5 vézes 0 valor nominal, a metade do seu ABe ABE & §B co A @ conjugado de partie @ plena carge. Para tanto, 0 enrola- mento € dividido na relagdo 1:1. Na partida, tres semi- -enrolamentos sdo ligados em tridngulo e em cada fase t metade do enrolamento que sobre, é ligado entre opon- 4 to do tridngulo ea réde externa, em servico normal, a li- f g6c20 dos enrclameritos € um triéngulo completo (figura 67.6). Pela subdivisio da relagio 1: 1, obtém-se a meta- Partida ‘Servige Fig, 675 Ligagdo série paralela de da corrente de partida edo conjugado que seria obtida na ligaco direta em tridngulo. Fig. 67.1 Partida com resis- tores fixos ligados em estré~ la 0 Se obo" ry Fig. 67.2 Partida em curto- -cireuito Be ‘Atigagio —-ArLigacae Fig. 67.3 Partida com resis- tores ajustados Bervico Paris Fig. 67.4 Partida com au totransiormador Periae serigs Fig. 67.4 Ligacio do enrola- mento com estator dividido 58 MOTORES EM CURTO-CIRCUITO COM RANHURAS ESPECIAIS. MOTORES COM RANHURAS ESPECIAIS. Devido o elevada tensio no estator, em virtude do escorregemento, € ¢ correspondente corrente de curto-circuito, osrotores em curis:circuitolapresertam,nnd paridaylans elevidas pottncla deseuro-cireulto,quertemique ser cates da réde mediante uma elevada corrente que pessa pelo zstator. Em vez de reduzir ¢ corrente do estator por uma li- mitagao da tensio,enfraquecendo assim © campo girante do estator ¢ © coniugede de partida, € mais indicado reduzir a corrente de curto-circuito do rotor no local onde esta aparece, pele elevacéo de resisténcie do rator. Isto € possi- vel por uma configuracao especial do enrolamento ou das ranhuiras do rotor, (motores de ranhura especial), ou pela inclusgo de resistores no circuito aberto de corrente do rotor (rotor de angis). Neste caso, obtém-se um elevado conjugado de partids com pequena corrente, podendo-se influir decisivamente ne caracteristica do conjugado,e na relagio entre 0 conjugado de partida de aceleracio e do seu valor méximo e © conjugado 2 plena carga Rotor de campo distorcido: o seu funcionamento baseia-se na influéncie da freaiiéncia sdbre a induténcie da gaio- le do rotor. Se duas barres so montades uma sObre @ outra, dentro de uma ranhura, ou seja,em profundidades diferen- tes dentro do niicleo do rotor, sob idéntica corrente, o condutor mais profundo é envolto por um campo mais intenso. € com isto com indutancia maior do que o condutor superior (figura 68.1). Com éste efeito resistive mais acentuedo no condutor interno, a corrente desloca-se para o berramento superior, €m proporgio tanto maior quanto maior a diferengs entre as indutincias superiores ou inferiores, com aumento da freqiiéncia de escorregamento. Assim obtém-se uma elevada resisténcia na partida, no rotor, (escorregamento elevado!),cujo valor se reduz quando 4 ro- tage se aproxims do seu valor nominal, elcangando o seu valor minimo. a) Rotor de dupla gaiole: as barras da gaiola superior ¢ inferior sdo fabricedas com segdes € formatos igusis ou dife~ rentes, em fungo das condicdes e caracteristicas exigidas (Figura 68.9) e também de materiais diferentes (por exemplo gaiola superior de bronze ou latéo € a inferior de cobre), € unidos por meio de anéis de curto-circuito, comuns ou separados. Em varios casos,a gaiola dupla € obtida por injegéo de aluminio puro.Rotores de gaiola dupla, séo reco- mendados nas méquinas que partem com pouca carga.e apresentam na ligagio direta um conjugado de 2 a 3 vézes superior 40 nominal ¢ uma corrente de § a 7 vézes maior (figure 68.3). Por esta razao, sus aplicecao é feita nos casos de partida estréla-triangula, quando a corrente de partida e 0 conjugado se reduzem 21/3 do valor acima indicado. ‘| s | . ' 2001 419 My Meeseerente | °9 304060 80% 100 aiterentes ane Fig. 68.1 Distoredo do campo —_—Fig, 68.2 Formatos de ranhuras ‘Fig. 683 Caracteristica de con- para rotores de gaiola dupla jugado de rotor de gaiola b) Rotor com ranhuras de grande altura: neste tipo de rotor, apenas uma barra € montade, que, entretanto, penetra bastante no nicleo do rotor, ¢ cuia relacdo entre ledos € do ordem de 5 2 10 vézes mais alto da que lergo (figura 68.4),Desta forme, aparece igualmente uma distribuico desuniforne da corrente, que & menor do que no.caso da gaio~ le dupls,em virtude de felts de material megnético entre ambos os setores. Quando ligado diretamente,pode-se alcan= car uma corrente de 4 a 6 vézes 0 valor nominal e um conjugado de 1,3 a 1,5 vézes o valor nominel(figura 65.8). Rotores com condutores em grande profundidede: quando as barras condutoras so insteledas ¢ grande profundidade do nicleo, tendo na sue parte superior uma estreita abertura (figura 68.6), a corrente de pertida e os conjugados de partida e méximo, caem, devido 2 existéncia de uma forte disperséo magnética. Quando o motor é ligado,0 va- lor da corrente de partida é da ordem de 3,5 a 4 vézes a valor nominal, porém o conjugado alcange apenas 0,3 a 0,6 vézes 0 valor nominal. Com jsto, éte motor s6 pode ser usado auando a partida @ sem carga, resultando uma par- tida bem suave (ligurs 68.7). Rotores de ranhures em grandes profundidades, s50 usados nos casos onde os tempos de partide so longos (cérea de 15 minutos) ¢ onde se deseja proteger tOdas as partes acionedas, sobretudo siran- tes. to for com que se aceite o pior fator de poténcia déste tipo,motivede pela grande dispersio nas ranhuras Barras do rotor com maior resistencia: se nos rotores de gaiola dupla ou de grande. altura, substituirmos © alum{nio por condutores de lat3o, entdo eleva-se a resisténcia do rotor. Com isto, reduz-se a corrente de partida; 0 conjugedo dé pertide, entretanto, alcanca valores até 3,5 vézes © nominal, dependendo do tipo, porcue, com uma resisténcia sufi- cientemente eleyads no rotor, 0 conjugado miximo pode Ser deslocado pare 2 posigéo do conjugado de partide (igure 68.7). Estes motores, epresentam um rendimento um pouco bsixo devido a sua resisténcia de pertida, mas SimultSneamente uma variac3o de rotacéo muito regular devido ao seu grande escorregamento, sendo por isto reco- mendado para os casos de acionamento de grandes cargas de massas de inércia,tais como prensas,tesouras € centrifugas Motores de ranhuras especiais podem ser ligedos diretamente, até Scv em 220V ou 7,5ev com 380V 500f- Ge stor tsatincla, por meio de chaves estréla-triangulo, até 12,5cv em 220V ou 15ev com 380V 4 % da yanae oe * ool Gitace 200: } | A M ' oe H 100 I | | i 0 204040 80105 ae ais ro ay ieee Fig. 68.7 Rotores de profundi- Fig. 68.4 Ranhuras de Fig. 68.5 Conjugado com Fig. 68.6 Conduto- dade com condutores de maior L_ grande altura ranhura de grande altura _resde profundidade _resisténcia MOTORES DE ANEIS. 69 CONSTRUCAO DE MOTORES DE ANEIS. O motor de angis & um tipo de motor assincrono, cujo circuito de corrente do rotor possui um resistor varidvel em escal6es, para fins de partida ¢ regulacéo. Para tento, & necessdrio ebandonar 2 construgdo fechada do motor tipo geiols (0 que é ums desvantagem). O rotor recebe um enrolamenta de 2 ou 3 feses, normalmente um enrolamento de duas camadas, cujo ntimero de polos deve corresponder ao do campo girante do estator; os terminais iniciais (u, vw), 880 levedos a um peinel de ligagdes por meio de anéis, enquanto os terminais des extremidades (x,y,z), s80 ligados conjuntemente, num ponto de estréla. O circuito de corrente do rotor fechado por meio de um segundo ponto estréla no dispositive de partide do rotor; éte ndo deve por isto ter posigéo de desligamento (figure 69.1). Normalmente a tensdo no rotor € da ordem de 80 « 100V; com isto, a corrente no rotor € mais elevada que a corfente no estator (vide transformadores). Assim, pare e ligagao do dispositive de partida do rotor, € necesssrio escolher um condutor cujo seco seja um néimero superior 20 do usado na ligagéo do motor 3 réde. Gaaciesstlcinte ieapreqoe Motores de anéis fornecem um conjugado de partida elevado, tal como os motores de ranhuras especiais, com baixa corrente de partida. Por meio de um escelonamento adequado do resistor mével e do dispositivo de partida do ro- tor, 0 conjugado méximo pode ser deslocado ao ponto de partida, e, apds alcencar as condigdes nominais,e conse- giiente redugao de resisténcia do resistor, novamente deslocé-lo pars @ sus posicso normal, com rotagio elevada Cigura 69.3). Também uma pertida com corrente nominal € possivel,quendo entéo resulta o conjugedo nominal nes te instante. Se o dispositive de partida do rotor € dimensionado para carga permanente, entéo & possivel se efetuar uma regulac3o da velocidade para veléres interiores, por meio de um aumento ar- tificial do escorregamento. Por isto, os motores de anéis sio usados sobretudo: a) em acionamentos, que devem fornecer um elevado conjugado de partide com a reduzida corrente, portanto recomendado para a partida de grandes motores T a plena carga, ou sob carga pesade, com longo tempo de partida, onde € preciso acelerar grandes massas, como por exemplo em centrifuges. PPainet de tigegio os enrotaientos respectivas pon te etre ©) para poténcias de motores, que jé no permitem ligacdo pelos métodos normais de portide, da réde de alimentagao piblica, e portanto acima de 19,5cv em 990V ou 15cv em 380V; ©) para acionamentos reguladores de velocidades. Motores de anéis séo fabricados normalmente para 3600,.1800, 1900 e 900 rpm en_60Hz € para velocidades menores quando @ poténcia do motor € maior. Com relacio @ utlizacio e tipo do porta-esctvas, distinguem-se: Enrolamento 2) Motor de anéis para regulagzo. Com escva permanentemente ligada e dispo- < sitivo de pertide para carga continua. Neste tipo, além da partide com pequena 1. sais corrente ¢ elevado conjugado, € possivel ejuster ¢ velocidede até um valor Tig stata de cérca de 50% da velocidade nominal. Absixo de 50%, a caracteristica de velocidade ird depender muito das condigdes de carga (caracterlstica série). jon Tal como no dispositivo de partide por resistores, também esta regulacéo se fez por meio da regulagio de perdas; numa redugio de rotagéo de 50%, 0 conju- aa ecu gado ainda epresenta um valor de 70%, enquanto a poténcia do motor € redu- zide a 35%. Dependendo da grandeza de reducio exigida de velocidede ¢ da | caracteristice do conjugado da méquine acionada, pode hever necessidede de 9. Fate te um aumento de poténcis do motor Cem 95%, elevacio de 5 2 15%; em 50%, fear |e rotor uma elevacdo de 20 a 35%). O dispositive de partida e de regulagdo deve Posipfio de sérvico serajustado segundo 0 motor ¢ 0 tipo de acionamento, devendo-se_distin- a gui: ejustegem para val6res inferiores mantendo constente 0 conjugedo, por ae pertca exemple, de méquinas ferramente de corte; ajustagem para val8res inferiores Faas jaca numa relaco linear, isto €, velocidade e conjugados variando.linearmente, HAS} 2 ponte de east como por exemplo, no acionamento de méquinas, a tipografia; ajustegem para ‘soiree valéres inferiores com variagio do conjugado numa relacéo quedrética em rela- gho 4 velocidede, como por exemplo, ventiladores ¢ bombas. 'b) Motor de anéis para partida. Com dispositivos Fig. 69.1. Motor de anéiscom rotor trifasicoe resistores de - partida capazes de curtocircuitar ou afastar as escéves. Apés alcancar a velocidade nominal, os anéis so. Escorregamento inicialmente curtocircuitados pela aio de um nowt niin mine! dispositivo adequado, (0 segundo-ponto neutro de estréla € com isto transportedo do dispositivo de partida para os anéis coletores), e em seguida z a BAe tivac sho: ceparecbsidas, antiespor: slau {2 i nilimetros. O motgr apenas funciona com rotor ze de ‘em curto-circuito durante © servigo normal. i. Fe Motores com menor poténcia normelmente nio 23 SE so dotados déste dispositive de separacso das 32 escbves. és pm ay! Mm Motores de anéis podem ser usados como transfor- Rotagio com 1 Rides reesiiies, quando o rotor esti freado. Para tento, os terminais de entrada UVW do enrolamento do estator. 0 enrolamento do rotor, estio ligedos réde. O campo do rotor induz no estator uma f.e.m. Fig. 69.3 Caractetistica de velocidade e de conjugado, para partida com resistores (Ry, Ree Ri = 0) ae MOTORES COM COMUTACAO DE POLG@I MOTORES COM ENROLAMENTO DE COMUTACAO POLAR. A rotagio de motores sincronos apenas pode ser regulada entre limites restritos através do escorregamento na faixa de servico normel, (caracteristica do motor em derivacéo). Ume regulacdo de velocidade por meio da varieg3o da freqiiéncia nao é exequivel, pois além das dificuldades e dos grandes gastos que isto traria, o: motores no poderiam ser utilizados econémicemente em freqiéncias muitos diferentes entre si. Persiste entretanto a possibilidede de muder ‘© ndmero de pélos do enrolamento e assim utilizar o motor em diferentes escaldes de velocidade. Motores com comutacdo de pélos sio tipos especiais de motores com rotor em curto-circuito e podem, ao contrério dos tipos de fabricacéo normal, ser utilizados apenas em uma tensio de réde. A comutagio do niimero de pélos apenas é feita nto enrolamento do estator; no rotor o nlimero de polos acompenha sempre o niimero de pélos do campo girante do estator. Também motores de angis podem ser comutados, porém neste caso, tanto o enrolamento do estator quanto o do rotor precissm mudar. de ligagio; assim sendo, & necessério um rotor com seis anéis coletores e um comutador de pdlos adequado. A comutagio dos pélos pode ser feits em um ou dois enrolementos separados; s30 comuns, 5 seguintes execugSes: 1. Motores com duas velacidades numa relacSo qualquer (preferencialmente 1:1,5), com dois enrolamentos separedos. Tipos normais: 1200/1800; 60/1800; 600/1200; 600/900 r pm. Motores para tragio: 1800/450; 1800/300; 100/300, 1900/240, 1200/200 +p m. 2. Motores com duas velocidades na relagdo 1:2 com um enrolamento (ligagdo Dahlander). ExecugSes normais: 1800/3600; 900/1800; 600/1200; 450/900 rpm. 3. Motores de trés velocidades, das quais duas estéo ne relacdo 1 : 2, portanto uma ligac3o Dahlander e uma normal. Tipos normais: 1200/1800/3600, 900/1200/1800, 600/900/1800; 600/900/1200 rp m. 4, Motores com quatro velocidades, nos quais cada duas estéo na relagdo 1: 2, correspondendo a 2 enrolamentos Dehlander. Execugdes normais: 600/1200/1800/3600, 450/900/600/1200; 600/1200/900/1800 + pm. Motores com dues velocidades possuem no psinel de ligaco seis terminais; os trés superiores (Ub, Vb, Wb), so destinados 3 ligag3o da réde pare a rotagio mais elevada e outros trés (Ua, Va, Wa), para a rotagio mais beixa (ligura 70.1). A mudanga de ligacéo & feita por meio de uma chave de comutacéo polar, em cuja ligecio deve-se observar sobretudo o sentido de rotacéo do motor. Em mais de duas velocidades 0 peinel de comando possui de 9 a 12 terminais; a conversor especial do niimero de pélos pertence aqui a0 préprio equipamento do motor. Em motores com comutagéo de pélos, sio aceitos gastos mais elevados na aquisic0, pior aproveitemento da méquina,’ € com isto pior rendimento, ¢ sobretudo menor possibilidade de ajuste de velocidade, pois s$0 evitados pelo seu uso, sistemas mecdnicos de custo elevado. $40 hoje utilizados sobretudo para elevadores, guindastes, motores de tracéo ¢ méquinas ferramenta (como por exemplo plainas), onde em muitos casos o motor deve elevar sua rotaczo a partir de escalées baixos (por exemplo em elevadores com relagdo polar 4/16; 4/24; 6/24; 6/307 6/36’). A. MOTORES COM DOIS ENROLAMENTOS SEPARADOS. O servico de motores assincronos com duas veloci- dades, pode ser obtido por meio da montagem de dois enrolamentos separados, de niimero diferente de pdlos, no mesmo estator. Por meio de um comu- tador de pélos, é ligedo de cada vez um dos enrola- mentos ¢ desligado um outro. Para que o enrole- Sreuaiclesiicutlcs was sete Uicireulseioele conrente % 0 seu circuit deve estar aberto. Por isto, & normal ‘© emprégo para ambos os enrolamentos, da ligacso tf extréla (igure 70.1). Porém, também & possivel fazer pos 08 sn lor 1200 rom a ligagdo de uma outra maneira, como por exemplo estréla tridngulo ou tridngulo estréla, Motores com Mg @ 0 enrolamentos separados tanbém podem ser previstos ake para partida em estréla tri8ngulo; para tanto, € pre~ ued. ciso que ambos os enrolamentos sejam ligados em 4 =: tringulo e o painel de ligacées dotado de 19 termi- abe ane ais. No ato da comutacio, ¢ ligecéo tridngulo do Fig. 70,1 Motor com enrolamentos separados, para enrolamento desligado, deve ficar aberta 4/6 pélos Motores com 3 velocidades, sfo dotedos de um enro- lamento normal ¢ outro do-tipe Dahlander, portanto tembém dois enrolamentos. Neste caso, opainel de ligacdes deve ter 9 terminais. Motores con 4 velocidades so dotados de dois enrolamentos Dahlander; neste caso, 0 painel de ligagdes € dotado de 12 terminais. Ne maior parte dos motores com enrolamentos em separado, ¢ refrigeracéo € insuficiente perante baixas velocidades. Sobretudo, com grande nimero de manobras (por exemplo elevadores), hé necessidade de refrigeracio externa Como 0% motores trifésicos apenas apresentam caracteristicas de servico favordveis em ume velocidade, ¢ neste caso apenas estamos aproveitando « metade de'cada ranhura, ndo € possivel evitar 0 aproveitamento parcial do cobre ¢ do niicleo magnético. MOTORES COM COMUTACAO DE POLOS II — LIGACAO DAHLANDER. a B. MOTORES COM COMUTACAO DE POLOS, DE ENROLAMENTO UNICO. Para simplificar as méquinas comutadoras de p6los ¢ aproveitar melhor a seco transversal da ranhura, foram desenvol- vidos diversos tipos, que permitem obter, com um Gnico enrolamento, até 2, 3 ou 4 diferentes némeros de pares de pélos. A maior parte destas ligacdes exige a retirede de numerosas derivagdes do enrolamento, com saides no peinel de ligagso, e complexos dispositivos especiais para a camutacao. Por isto, € elevedo o preco de tais motores e sua utilizagio restrita a cesos especizis. © sisteme mais simples € por isto mais empregado de um enrolamento para comu- taco de pélos, € a ligagso Dahlander. Por meio desta ligac3o 0 motor apresenta duas velocidades, na relac3o 2: 1. O enrolamento de cada fase € neste caso composto de dois grupos, que s30 comutados em 3 formas diferentes: Comutscdo dos dois grupos de uma fase da ligac’o normal em série, para a da ligacio em oposigéo. Comutagéo dos dois grupos de ume fase da ligagée série para a ligacto peralels (ou antiparalela). Comutagao des 3 fases, de ligacdo triangulo para estréle ou estréla dupla. Pela ligagdo em oposicdo, o niimero de pélos € reduzido 4 metade ¢ a velocidade € elevada a0 débro (p4gina 59), pela ligagio paralela alcenga-se nes condigdes de servico normal a necesséria velocidede elevada e 0 conjugado necessério. Para que 4 tenséo ndo se eleve em demasia nos grupos ligados em paralelo, a ligac3o das fases deve ser mudada de tridngulo para a ligacdo estréla (figure 71.1). A simultaneidade des 3 comutegdes € obtida pela mudanca das 3 ligacdes da réde, da aresta do triéngulo (Ua, Va, Wa), para o ponte médio desta ligac3o (Ub, Vb, Wb) ea inclusto de uma ponte de ligacio estréla entre os terminals (Ua, Va e Wa). A comutagao pode ser feita no painel de ligacées (figura 71.1), porém normalmente é efetuada com suxilio de uma chave de comutacdo polar (figura 71.2). Na comutag3o dos pélos, inverte-se a direcdo de giro do campo girante € com isto também a do rotor. Normalmente @ste fato nao € desejével, motivo porque comutem-se também as duas ligacdes da réde de alimentagao. Esta modifi- cago é feita dentro de méquina quando da ligagdo do enrolamento no painel, por isto na figure 71.1 foi feits a ligac30 de Vp em Wh e de Wh em Vb. baer aie oe cea 0 nai eae peal oe | fo das fase om tidnios 4 pongo, foes ign em la | los, 1500 Fem dupa, 2 plow 3000 rp oes | | +5: a ‘ $ | bs | 53 Ht 6M Ligagio] aera | oe | Sovertide bi 1 x al | ed) bm | Paypal yw — ile se olen ud vd ws uy Lev, Low, uf Lav Sw, Fig.11.2 Ligacao de um motor tipo Dahlander com chave comutadora de pélos x) By |B ol By |B Baicn valosiods “ita velocidad Fig. 71.1 Ligacao Dahlander de 4/2 polos Propriedades dos motores Dahlande 2) De construséo fécil, pois,com rotor tipo gaiola possui apenas um enrolamento estat6rico, com possibilidade de execucio em série e € por isto de baixo preco. 'b) Com aproveitamento do espago dentro da ranhura, em ambos os escaldes de velocidade ¢ conseqiiente bom ren= | dimento, que € porém inferior a0 dos rotores normais em curto-circuito. c) Comportamento normal da velocidade sob carga, em ambos os escaldes de velocidade (caracteristica paralela), d) Em velocidade elevads, 1,5 vézes mais poténcia do que na velocidade mais baixa, ¢, na velocidade mats bata cérca de 0,8 vézes a poténcia em relac8o ao rotor normal em curto-circuito. e) Apenes permite uma relacdo de velocidade de 2:1. f) Apenas pode ser usado em uma tenséo de réde. n MOTORES COM COMUTACAO DE POLOS IIl — LIGACAO DAHLANDER. PROJETO E CONSTRUCAO. © enrolamento Dahlender deve ser sempre projetado para 0. maior dos dois nimeros de pélos (menor velocidede), de tal forma que resultem dois setores de enrolamento iguais. Ao lado dos trés terminais de entrada Us, Va e Wa, também os trés pontos médios de cada fase, Ub, Vb € Wh sio levados ao painel de ligacto. Os trés terinais do fin de cada fase sio diretamente ligados aos trés terminais iniciais, na ligagdo tridngulo (Z em Uy, X em V, e ¥ em W,) € nfo sdo levados para fora. Se numa ligacdo especial, 0 motor Dahlander deve partir com a velocidade mais beixe, ligado em estréla-tridngulo, entio também éstes pontos terminais devem ser levados ao painel de ligagdes, que ent3o teré 9 terminais. Para a ligacdo Dahlander, so usados de preferéncia, enrolamentos com grupos de bobinas conforme os representados (figura 72.1). Dé-se preferéncia ainda no caso de enrolamentos de uma s6 cemada, ao tipo trancado nao dividido, e, Te caso fia dues camadas, a0 enrolamento que abrange 9/3 da periferia, pois nestes casos a ligacdo das bobinas & favordvel ‘Tubela do enrlarmanta: Fig. 72.1 Enrolamento trancgado nao dividido, ligado como enrolamento Dahlander, de 4/2 pélos Enrolamento de duas camades do tipo Dehlander. O enrolamento de duas camadas é preferide a0 de uma camada, pois precisamente no enrolamento de 2/3 de periferia, a partida em ambos os escalées de velocidade se epresenta mais favordvel. Como mostra a'figura 72.1, aparecem embaixo dos pélos, diregdes inversas de corrente, na comutacdo em baixa velo- cidade, em ranhuras proximas. Estes pontos sio chamados de zonas de distorc3o. Na figura 72.2, aparece, em baixa velocidade, em ambos os lados de bobinas adjacentes, diregdes contrarias de corrente; estas zones de distorcio. alorgam-se mesmo até 6 ranhures na velocidade mais elevada, o que representa um enfraquecimento do campo girente do estator ¢ com isto da poténcia do motor, que apenas pode ser compensado parcialmente pelo aumento do néimero de espiras nas ranhures. Como os motores com comutagio polar devem ser dimensionados sobretudo quanto ao niicleo magnético ¢ mecfnica- mente, para a velocidade mais elevada, porém a refrigeracdo ¢ o enrolamento para 2 velocidade mais baixa, nao se recomenda uma modificac3o do enrolamento ou da ligagdo de motores normais com rotor em curto-circuito para ser usado como comutedor polar. Keen do Setonito Wa //7/) fii] Wt | x 3} Fig. 72.2 Enrolamento de duas camadas, abrangendo 2/3 da periferia, ligado como enrolamento Dah- Jander, de 4/2 pélos Rie COMPENSACAO DE CARGAS INDUTIVAS. COMPENSACAO DE CARGAS INDUTIVAS. Compensagio, € 0 equilfbrio que se estabelece entre o 4 eleito indutivo de uma babina (oor exemplo em motores), i © efeito capacitive de capacitores (ver pdgina 47). ste_equillorio pode ser estabelecido porque, na rea- tancia indutiva, a corrente est em atraso com relagio & tensio, de 1/4 de periodo (90°), enquanto que a rea- téncia capacitive faz com que a corrente esteja em avanco de 1/4 de periodo em relagio 3 tensdo. Entre a duas correntes existe portanto um defesamento de 1/2 periodo (igual ¢ 180°) ¢ assim orientadas em sentido contrério. Correntes de mesma grandeza porém de sentide contré- trétios, se anulam (figura 73.1). O EFEITO DA COMPENSACAO DE CARGAS REATIVAS SOBRE A TRANSMISSAO DE ENERGIA, Na figure 73.22, © motor ligedo 3 réde, com fator de poténcia de 0,8, retira de réde 4LW de poténcia stil e 3KVA r de poténcia reativa. A poténcia itil, € transmitida apenas no sentido do motor, en- quanto que 2 poténcia reativa oscila entre geredor e motor ¢ bloqueis uma parte ds capacidade de transmissio de energia do sistema elétrico. Além disto, ambas as correntes que acompe- nham as poténcias originam perdas de poténcie atl (ativa) na réde (AP=PR), Na figura 73.26, capacitor ligado representa uma carge para 9 gerador ¢ pars os condutores de priticamente apenes 3kVAr de poténcia reativa Ests poténcia oscila entre gerador € capacitor. A corrente de carga do capacitor (corrente reativa) também dé origem a perdas de energia Util na réde, devido ds resisténcias Shmicas (AP=I'R). Ne figura 73.2c, tanto 0 motor quanto o capacitor esto retirando poténcie da réde, porém epenas com 4kW de poténcia itil. O motor € 0 capacitor trocam agora entre si a poténcia reativa. Os 3kKVAr de poténcie reative oscilam agore entre motor € capacitor, ois o capacito para sua carga (constituicdo de um campo elétrico} exige poténcia reativa no mesmo instante em que 0 motor devido 3 reducio do seu campo magnético fornece esta poténcia ¢, no sentido contrério, 0 motor absorve energie reative para constituir © Seu campo no instante em que o capacitor, em virtude da sua descarga (reduce do seu campo elétrico), fornece esta energie. Portanto, poténcie restive, indutiva € capecitiva, se compensam, isto €, se equilibram ¢ libertam assim a réde do fornecimento de energis da poténcia reativa oscilante, com tédas as sues desvan- tagens. A alimentacdo de corrente ac motor é feito com cose=1. EXECUCAO DA COMPENSACAO DE POTEN- CIA REATIVA, A compensagio da poténcia reativa é abtida pela ligagio paralela de um capacitor eo enrclemento de fase do motor. Distinguem-se: a) Compensacao individual, quando cada consumidor (motor) é compensado individualmente (figura 73.3). ©) Compenseco em grupo, quando um grupo de motores de ume instalacio s30 compensados conjuntamente por uma bateria de capacitores. <) Compensacio central, quando todos os consumidores de uma instalacio séo compensados por uma inica bateria de capa- citores. No compensacéo central cu em grupo, 0 equillbrio entre a po- téncia reativa do capacitor e 4 poténcia ligeda em cada instante, € efetuada por meio de conjuntos de regulagde autométicos, 3 de contatores. Tendo em vista que linhas séreas, ¢ sobretude cabos subterrSneos ‘Fepresentam cargas capacitivas na réde, a poténcia reativa de ‘motores € compensada normalmente apenas em 80%, alcangando- se normalmente um cos ¢ = 0,9. Fig. 73.1 Curvas cardcterfsticas de corrente com carga capacitiva e indutiva pak © a) O motor retira do gerador a poténcia itil de4 kW ea reativa de 3 a seu fator de ] ae, ahVAr os p08 akVAr potencia € de cos Pre=3kVAr — b) O capacitor retira do gerador 3 kVAT poténcia reativa, com cos p = 0 (aI Prm| HVAC re kw oa ¢) O motor retira apenas 4 kW de gerador, com cos = 1. A poténcia reativa de 3 KVAr oscila entre 0 motor € 0 capacitor 73.2 Efeitos da compensaco da poténcia reativa sobre aréde de fornecimento de ener gia clétrica oy Fig. 73.3 Compensaco individual de um mo- tor por meio de uma bateria de capacitores: ligados em triangulo 4 GERADORES DE CORRENTE CONTINUA I. A GERACAO DE TENSAO CONTINUA NOS GERADORES. Geradores de corrente continua so sempre méquinas de pélos externos; assim, as bobinas giram dentro de um campo magnético ¢ néles € induzida uma tensdo alternada (ver pdgina 56). Esta pode ser transformada numa tenséo continua num circuito externo, se os anéis de mSquina de pélos externos figura 55.1), séo substituldas por um comutador (coletor). O comutador mais simples € constitulde de um enel subdividido, em cujs netade esté lig-do o infcio ¢ 0 fim do enro- lameato (figura 74.1), Quando o5 lados das bobines passam pela zona magnética neutra, entio nestas se inverte o sen- tido de circulago da tenso; simultineamente as escévas passam 3 outra metade dos encis. Esta duple inversao faz com que entre as escéves @ 0 circuito externo @ tensio tenha sempre o mesmo sentido, porém com grandezas varié- veis, (figura 74.28). * Sy me eS : EC ri i oF ye aU Ss 1 N44 Tae Se cei pmcie te by — “ * (a) 2 bobina ‘b) 2 bobiaam defor Fig. 742 Ratificagiio por comutacdo Se sdbre o rotor forem dispostas diversas bobines, distribufdes unitormemente entre 5), entio serio obtides diversas tensbes alternadas defasadas entre si. Se as bobinas do rotor foram ligadas em série, entéo estas tensdes alternadas se somam, dando uma tenséo total, cuja_grandeza varia tanto menos quanto mais bobinas em série foren ligedas (figure 74.96). Assim, para receber tédes a5 tensdes_alternedas parciais, 0 anel coletor tanbém néo poderia ficar apenes com dois segmentos, mas has méquinas empregades normalmente, 0 comutador & composto de grande ndmero de lamelas ou teclas A polaridade das excévas depende tento do sentido de rotacio do rotor auanto do sentido do campo polar e pode ser determinada pela regra_da mao dircite, orientando-se segundo © sentide da corrente, nos ledos das bobinas do rotor. AEXCITACAO DO CAMPO POLAR PRINCIPAL. Para se obter um campo polar uniforme, a excitacao deve ser feita com corrente continue. A poténcia de excitagdo necesséria pode ser obtida de uma fonte sepe- rada (excitacio em seperedo) (figura 74.3), ou derivada da propria energia gerada pelo geredor (auto-excitacio figure 74.4). Fig. 7 Auto-excitacio Os enrolamentos de campo séo ligados em série de tal forma, que a cade pélo norte segue um polo sul Por meio de um reostato, chamedo de “regulador de campo”, pode ser variade a f.e.m. do gerador, influinde sdbre a corrente de excitac3o que determina o campo magnético. Em geradares auto-excitados, falts ¢ corrente de excitagso na partida. © magnetismo residual do gerador origina, entretento, uma pequene f.e.m. nas bobinas do rotor, € conse- Qientemente circula uma corrente no enrolamento de excitagio que forma um campo magnético, fortificando © magne- tismo residual quando a ligac3o esté correta. Desta forma, 0 campo magnético € eumentado, desenvolve por indugio uma farga eletromotriz maior, ¢ a corrente aumenta o campo; éste ciclo se repete, até se obter um campo normal. Se ‘entretanto, o magnetismo residual € destruldo, entBo a excitagio polar apenas pode se iniciar quando 0s pélos se mag- netizarem em funcdo de uma fonte externa de corrente. Ao lado da excitago, a tenséo nos terminais de geradores de corrente continua depende da velocidade ¢ da carga presentes. As trés caracteristicas de figura 74.5a, 6 ec representam esta dependéncia para um gerador de excitagio externa. ¥ y ‘ 129 rok! vo 2 rea 100 roof t 80] { 80 t 80] | ms a} u u u 0 « of a ao 20 dl 4 ° 1 | yas es ATs | Oat 00 em tan 80 A Fig. 74,8 Coronte de excitacio 5 —> Veloddade we Correnie de args do rotor Jy 2) Quando a corrente de excitacdo aumente, ¢ @ velrcidade mantém 0 seu valor, a tensio nos terminais aumenta, partindo da tenséo do re- manente e seguindo a variagio da curva de,magnetizagio do ferro &) Quando a velocidade se eleva a corrente de excitacéo se mantém, @ tensdo nos terminais eleva-se proporcionalmente 3 corrente. A cada grandeza da corrente de excitagso corresponde ume rete, de inclineg3o particular. <) Com corrente de excitago cons tante, 2 tensio nos terminais de- cresce um pouco com aumento da corrente de carga no rotor, pois o consumo de tensdo no rotor au- menta. GERADORES DE CORRENTE CONTINUA II. ts Os seradores auto-excitados de corrente continua, de acérdo com a maneira de liger o enrolamento de excitagéo em relagdo 20 enrolamento induzido, séo classificados em: Execugio do enrolamento de campo. O enrolamento de campo é ligado para- lelamente 20 induzido, elimentado pela tensdo dos terminais, Para néo curtocir- cuiter 0 induzido, apresenta uma resis- téncia elevada; por isto, € constitufdo de muitas espiras de fio fino. J uma peque- na corrente € suficiente para der origem @ um campo magnético intenso, em vir- tude do elevado némero de espiras (Ae). tomb [eai-2506 new Em vazio, 0 gerador em derivacso se excita com 0 seu magnetismo residual até © valor da f.e.m. plena. Como 0 consu- mo de tenséo do induzido é praticamen- te nulo (U=f.e.m.), resulta 0 valor mais elevado da tenséo nos terminais. Com aumento de carga eleva-se a queda de tenséo (AU=I,-R,) € a tensio nos terminais cai levemente (U=E—AU), enquanto a rotecio € ¢ excitagio per- ‘manecem inalterados; com isto porém, também a corrente de excitago reduz 0 seu valor. Menor excitagio e maior influéncia da reacéo dd induzido (ver pésina 82), enfraquecem o campo mag- mético ¢ originam uma queda de f.e.m. 0 que faz com que a tensio nos terminais aia mais intensamente sob carga (15 a 25%, a plene carge), com queda acen- em sobrecarga. = E-F=Enrolamento de excitacéo en série, © enrolamento de compo ¢ 0 enrolamento do induzido estéo ligedos em série. A corrente de carga é simultineamente a corrente de excitagio; por esta rezio hé necessidade de uma secio. condutora elevede do enrolamento. Entretanto, pou- cas espiras s20 suficientes para criar um campo intenso. Comportamento de geradores de corente continua. 109) eth la RW £m vazio, 0 gerador série no tem capacidade de efetuar sua auto-excitasioy entretanto, de- vido @ remanéncia dos pélos, aparece ume pequena tensio nos terminais (cérca de 3%), nas condicdes de carga, acom= penhando ¢ curve de magneti- tizagso do ferro, se eleva até a saturagdo déste. Em sobrecar- 3, seu valor se reduz, em vir- tude do enfraquecimento do campo, devido 20 eféito da reagio do induzido, e do eu- mento de queda de tensio. Como a corrente de carga € 0 mesmo tempo 4 corrente de excitacio, obtém-se uma tensdo nos termingis que varia acen- tuadamente com @ carga, tor- nando-se apenas praticamente constante perto da saturacio do nicleo. GERADOR-DERIVACAO. GERADOR- SERIE GERADOR-COMPOUND aN : a tN , Se ; ’ fase] $F 4s 1 a Sy wap dc afr ieee, Af peal, 8, 4 GW os cme + SIE iste omata teAIL se Sere sis eG, Ae atte CoE Glee geese | onucseueee ey it i ha fof Poke omg) [eee % rope ilieed eke Te Te Ty Te Iw P Iw Tr Iw nrolamento de excitacso em derivecéo,G-H=Enrolamento de compensacio e comut.polsr, J-K= Enrolamento de campo com excitacdo externa Fig. 75.4 Ligacdes internas a réde e no painel, desigaagao dos terminais de geradores de cor.continua Os enrolamentos de excitagie em série € paralelo séo enrolados um sobre 0 outro sdbre os mesmos pélos, ¢ podem ser lige dos no mesmo sentido ou em sentidos opostes; enrolamentor derivacio ou série se enfraquecem ou se tormam mais intensos mituamente. Quando a ligacéo Efeita no mesmo sentido, & possivel Fazer a ligeco compound normel ou sobrecom- pound. eee a ew Fig. 75.2 Caracteristica de servigo de geradores de cor.continua(Tensio nos terminaisem funcdo da carga) Os geradores compound tém basica- mente um comportamento como os do tipo em derivacie. Com excitec3o no mesmo sentide, o campo série fortifica o campo em derivacdo; a influéncia do campo série de excitagdo pode ser di- mensionado de tal forma, que, com ele- vagio de carga, o campo se fortifique tanto, que seja compensada ¢ queda de. tensio. Neste tipo, dito “compound nor- mal’, a tensio nos terminais fica sendo independente da carga (+2%). Quando da escolha de um grende nimero de es- piras, cresce a influéncia do enrolamento série (sobrecompound) ¢ a tenséo cresce levemente com eleyacdo de carga. Com isto, pode-se equilibrar @ maior queda de tensdo nos condutores de alimentacdo.

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