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Resiiéncia: um enfoque para promocéo de satide em idosog Ana Valéria Rodrigues* Neide Cordeiro de Magathaes** “Homens ¢ muthes lamentos subst TES $6 envethece tituem sonhos ida saudavel. Neste sentido, as poltcas Pilblicas direcionadas a terceira idade tém um pe P Pel fundamental na promogo de resiligncia, uma a ‘vez que podem ampliar 0 autoconhecimento e pro- mover 0 autocuidado, Palavras-chave: Politicas pablicas; ia; en- Velhecimento bem-sucedido. Se, * Assisteme lista em desenvolv- Social graduada pela Universidade Federal de Juiz de Ps Bepechllan di ss ssttata de ago socal da Prefeitra Municipal de Bee tiecibican rc 'cSloga Professora associada do departamento de Leger ae ra. Doutora em, humanidades pela Universidade Pablo de Olay ‘mento human ** Psi Juiz de Foy 146 me Digitalizado com CamScanner ¢ idosos fazem parte da poy iil Pulagio que possui ripido. Estudos defendem que, na etl ae © Crescimento mai ultrapassariio os com anos de idade 56 leste século, cerca de ios disto, 08 seres humanos nao con 86 na América do Nort, Apesa » Apesar 4 ‘ 1 seguir: gos seus estilos de vida sedentérios. Buiram adaptar-se efetivamente (© fumo, 0 excesso de peso, a quantidade reduzida ns en inal a via ull representa os Ai nerinhavlanalatned imitago © incapacidade a longo prazo. Um nivel nadia evade de algum tipo de Ha quase que 30% de todas as mortes por doengas io atividade fisica cata ara um esl de vida fisicament mss avo iat Grae nn a motligde secuni,e ess males em ‘ince pacidades funcionais € @ qualidade de vida, deixando 0 Tatil Uhtan tat jndependente nas atividades didrias, como ir ao banheiro, vestivae, om eat panho e até a simples locomogio dentro de casa e fora dela. ee Ao alcangar uma idade avangada, acontece uma deterioragao fisiolégica do organismo como um todo. Logo apés os trinta anos a velocidade de regeneragio, rmultiplicagdo celular, cicatrizaglo j& comega a se estabilizar e diminuir rat yamente, & medida que os anos passam. Este é considerado “envelhecimento nor- mal”, onde a fungdo cardiovascular € reduzida, a forga muscular e a capacidade de alongar-se sfio diminufdas, assim como 08 distirbios do sono, independente de qualquer doenga fazer parte do hist6rico de vida ao envelhecer. © envethecimento, mesmo na auséncia de patologis Brave, submete 0 in- dividuo a um declinio modesto, mas significativo da meméria, chamado de com- prometimento cognitivo leve. Entretanto, o impacto negativo sobre a memoria neira uniforme ¢ devastadora. Alguns aspectos da meméria nao acontece de mai so mais afetados pelo envelhecimento do que ‘outros e, apesar de declinio em algumas fungGes da meméria, @ grande maioria das pessoas em terveira idade mantém habilidades cognitivas suficientes para S° ‘manter independentes até ida- des avangadas. De acordo com Magalies (2004), mesmo & curto prazo, a prevengio de doengas, a assisténcia & satide, @ pritica regular de alguma atividade fisica, € Hngbitys simples relacionados a0 dia-a-diay OMS ccaminhar até 0 trabalho, care" gar mantimentos, passear com cachorro, sto benéficos. Unindo exereicios de forga, resisténcia muscular, flexibilidade, equilforio, aumentando a capacida conijovascular e ainda manter peso ideal + Sama étima maneiza de antler OY tre gar um caminho para a side, 147 Digitalizado com CamScanner f " om o envelhecimento, ocorrem algumas que, © fi sabido 4 A plasticidade do cérebro na idade a ange iy ad nas frente my, mori, ee promover satide, retardar perdas, manter Wtonomia 7 ity pode ser an Alzheimer que vern aumentando drasticamente, Assi ie venir 0 i declinios, 0 individuo — com a sua capacidade de *egeneray ae que ceo manter ativo —, a8 mudangas podem nao afetar g Vida City i venir ¢ a da met autonomia do sujeito. Com 0 processo de envelhecimento, as chances de 9 indiv {duo ser . do por uma docnga sio aumentadas entre elas, ¢, Principalmente, as doenea sistema nervoso, pois o envelhecimento também acomete as estruturas Aeuronis No entanto, através da neurociéncia, sabe- ‘Se que apesar de envelhecer, 4 cérebro continua possuindo capacidade de crescer f adaptarse a iran " .. As. sim, Katz ¢ Rubin (apud Staudinger, Marsiske Baltes, 1995) Fevelaram que é Possfvel combater os esquecimentos, Uma dessas. estratégias & 9 Neurdbica, que é © cérebro ativo ¢ saud§. Praticada freqiientemente, esta atividade tende a aumentar a satide geral do cére. bro, durante o percurso da vida e no envelhecimento, a0 eérebro experiéncias difer do todos os sentidos (visa Em se tratando da neurdbica, outra forma de evitar esquecimentos desagra- daveis que sempre ocorre Principalmente com Pessoas idosas, € formar uma Tede de. Seguranca, Esta rede est4 relacionada 4 maior obtengdo de informagées lerminado evento, Isto é feito para que, a0 evocar certa relacionadas possam vir & mente. Vérias outras Uma questo Que deve ser examinada é a generalizagio do ganho da fungao Cognitiva para de: ‘sempenho da vida didria. Sabe-se que no se soluciona todos os Géficits, mas pode-se interromper o declinio aprendendo a lidar com 0 déficit ¢ cafrenté-lo, Sempre hé algo que possa ser feito para auxiliar 0 individuo com déticit, lag Digitalizado com CamScannert stratégias podem s ° cos _ ou ah Ser exercitadas na reabilis P vi Mi sini enti ‘i to-benef ens de perdas cognitiy alii ote saga0 custo-beneficlo €atraente, pois rea 8. Isto porque ve- ae nente, pois reabi aca? cos de extrema perda de meméria ¢ intranet ee . E esta proposta se (fog ca de nt inv sonsiderarmnos © grande ntim ag con , pero de erent de ida nt sti? alguma joenga demencial, 80S ue tem em, ro) i Assim salientarse & importincia da reabilitagio, porém nio , rent cada fungiio, mas sim 0 funcionamento global na vic Wii a stimula & pritica de exercicios que ativem sua meméria, a reali sujet, oa ges fisicas © rotineiras, como fazer compras, caminhar, Nisioures yn ivi . A a ele tena uma vida com qualidade, autonomia ¢ independéncia. pendendo do aspecto ecoldgico ¢ dos aspectos atuais, pode-se pensar oo 0 curso de vida do sujeito ser significativo na forma do seu crvhee. A eoria do curso de vida desenvolvido por Baltes (1990) explica bem maa ext igncias vividas pelo sujeito influenciam e sio em grande parte responsdveis pelo seu desenvolvimento no envelhecimento. De acordo com a teoria do curso de vida, 0 desenvolvimento é um processo multi jirecional & multidimensional, caracterizado pela ocorréncia conjunta de aumento (ganhos), iminuicdo (perdas) € manutengao (estabilidade) de capaci- dade adaptativa. Neste sentido, a0 considerar 0 desenvolvimento com base nessa perspectiva, € importante distinguir entre © equilfrio total entre ganhos © perdas tem todos os dominios € aS trajet6rias das fungdes especificas as diferentes do- minios. Outro conceito no enfoque do e limites. O curso do desenvolviment ‘mbito de cada dominio em particulat curso de vida é 0 de plastcidade, sew aleance to psicoldgico no € predeterminado nem "0 rnem no Ambito geral- AO contrério,inelut componentes fixos € varidveis, sendo que ‘os componentes varidveis refletem-s¢ nas diferengas interindividuais, N& modificagio interindividual, 698 siferengas transculturais ¢ na relatividade hist6rica. Bntdo, @ plasticidade conceil 5 da mesma forma que a norma de reagao para 0 comportamento genético, oF sel como potencial para @ mudanga 1a capacidade adaptativa- Embora o conceito de plasticidade seja frequentemente os ce ane notar um aumento no nivel de adaprase” em princtpio m0 * A a mudanga, mas sim & caracterizagio da extensio © bey! oa 7 oer ge ali to. Assim, a plasticidade pode S°F Digitalizado com CamScanner abrangendo tanto dominios especificos do desenvolvimento coy dos dom{nios em interagao e até mesmo uma populagdo, © conceito de plasticidade fomece uma indicagéo do potencial de mr do individuo e de sua flexibilidade e resisténcia para lidar com desafios Clas. Assim, o grau de plasticidade é contingente & capacidade de re duo, a qual é constitufda pelos seus recursos internos, como, Por exemplo, capa, cidade cognitiva ¢ a satide fisica ¢ pelos recursos externos, como 4 rede social, 5 Status econémico, dispontveis num dado momento. E importante salientar ee Tecursos do individuo nio sio necessariamente fixos, mas mudam Om © tempo, Os pesquisadores que trabalham no enfoque do curso de vida estabelecem uma dupla classificagdo para a capacidade de reserva: a capacidade de Teserya em linha de base e a capacidade de reserva para o desenvolvimento, A capacida. de de reserva em linha de base significa 0 potencial atual do individuo Para 9 iméximo desempenho, ou se, até onde ele ¢ capaz.de ir com base em seus atuais Fecursos internos e externos. No entanto os recursos Podem ser ampliados ou ativados. Assim, esse potencial latente de recursos que Podem ser aumentados é chamado de capacidade de reserva para o desenvolvimento, ‘Na medida em que cresce a capacidade de reserva cresce também o poten- cial para a plasticidade. A investigacdo da extensio e dos limites da plasticidade €0 principal foco da pesquisa na perspectiva de curs, tem comportado a observaco de que em todos os Ocorrem crescimento, estabilidade e declinio. ano. ‘Otalidade Cex SerV4 do indi, 50 de vida, Essa perspectiva Periodos do curso de vida Neste sentido, a velhice ndo é sindnimo simplesmente de declinio,embora nessa fase o equilforio entre ganhos e perdas nos vérios dominios do desenvotv. mento tome-se menos positive. Uma perda ou um declinio no desempenho esta ‘iam mais relacionados a condides contextuais fenotipicas do que As genotipicas, que dizem respeito aos niveis de capacidade de reserva, Dentre os diferentes aspectos da plasticidade, o que mais vem sendo estu- dado € 0 conceito de resiliéncia ou @ capacidade resiliente de grupos de idosos. A resiliéncia como uma forma de plasticidade A resiliéncia € um constructo que, em psicologia, originou-se mals da tee quisa sobre 0 desenvolvimento psicopatoldgico do que sobre o desenvolviment 150 Digitalizado com CamScanner pormal, EE um terme mais usado na pesquisa com eri com adultos idosos, Criangas e a olescentey i ‘i 8 do As definigdes de resili€ncia na titeratura die . que postas adaptativas: uma que se refere \ man ™ Fespeito a doig if ca d utengiio do des 1POS de res. apes da presenga de ameagas ou riscos, ¢ otra qu Senvolvimento norm, ! gs um trauma, Ie 8¢ refe al, ™ , CA recuperagi A anilise dos conceitos de resiliéneia, capacid, ‘i \ capaci sugere que a Tes sen ne Pode ser considerada um ti de tas em prinefpio a plasticidade possa ser vista como des Plasticidade, &, para qualquer mudanga na capacidade adaptativa, So abrange 6 acl potencial para a manutengo © a recuperagio dos ies i 4iz tespeito ao isto & a resiliéncia € um subtipo do amplo espectro Ye ease normal, capacidade adaptativa englobadas na plasticidade, A capaci is Possiveis na péin refere-se aos fatores que promovem o crescit de teserva tam. 5 mento fn mal de funcionamento (Staudinger, Marsiskee Baltes, 1995) ade de reserva e plastcidade As influéncias graduadas Por idade sao representadas pelos determit biolégicos e ambientais que guardam forte relagio com a idade cronolonen por isso, sao bastante previsfveis em termos temporais. As influéncias amaie por histéria igualmente envolvem determinantes ambientaise biol6gicos, mas sio associadas ao tempo histérico. Os individuos desenvolvem-se num conteto que inclui a evolugao e a cultura. Outro conjunto de determinantes biolégicos e ambientais é de cardter nio- normativo, no sentido estatfstico. As influéncias nio-normativas nio seguem um curso geral ¢ previsfvel. Sao diferentes de individuo para individuo, ¢ ndo sio claramente ligadas & ontogénese ou ao tempo histérico. Traduzindo-se as idéias do enfoque do curso de vida para a linguagem da + resiliéncia, pode-se definir os facilitadores e ganhos como fatores protetores, € 0s limitadores ¢ as perdas como fatores de risco. Na velhice, as influéncias idiossincréticas e normativas tomam-se crescen- temente negativas e ameagadoras 4s capacidades existentes de adaptagio. Hi alteragiio no equilfbrio das valéncias das influéncias que recaem sobre as trajelo~ i rs rias dos ganbos e das perdas ao longo £0 rm pedo sarncteiaado PO" A velhice é freqiientemente descrita como 1” das que ocorrem 0 uma diminuigio das reservas, em virtude das miltiplas pe! rmativos © gradua- decorrer de curto perfodo de tempo. Eventos negativos nio no a 0 de vida. Digitalizado com CamScanner dos por idade, como morte do Conjuge ede amigos, declinio nalidade fisica, perda de status social ¢ prestigio, tornam, velhice avangada. Consideradas em conjunto, essas pers fios e ganhos sugerem que é necessério um aumento na da resiliéncia na velhice para que o funcionamento adi (Staudinger, Marsiske ¢ Baltes, 1995), Lidar com as perdas em geral de pessoa. Em se tratando de idosos, investir em seu desenvolvimento, Protetores ndo operam na velhice, tados. No entanto, quando mais varias perdas a0 mesmo tempo, um idoso tenha acesso a fatores da sade g af S€ Predomin, fei PeCtivas de thon Na Capacidade de ,.* Sa. aptativo possa ga Ve ‘Paupera os recursos internos ¢ ex estes teriio menos Teservas disponiveis Entretanto, isto nao der dizer que 0s fi * OU que OS recursos estiio completament Jovem, dificilmente a Pessoa tem que Ti como acontece na vel} Protetores, mas dades, esses recursos sejam insuficientes, O enfoque multidirecional ao desenvolvimento Cognitivo Contempla segunda grande trajet6ria da inteligéncia: a Pragmatica Cognitiva, que compreee ‘onhecimento, ¢ 0 poder OM a cultura, 9 qual per. ‘a, determinadas Por fato. $ He esp, x idar hice, Assim, Pode a que dado ao actimulo de Necesgi gnitivo por meio do ¢ iquirido em contato c Perdas na mecénica cogniti Apoiados em altos Sraus € conhecimento relativo a procedimentos e telativo a fatos, 08 idosos siio capazes de compensar as redugdes na mecénica cognitiva, Por meio do uso de Tecursos baseados na pragmitica cognitiva, que € uma rica fonte de resiligncia cognitiva, 152 Digitalizado com ‘amScanner Da mesma forma que acontece com a pr | ulagdo mostram grande estabilidad agmatica cognitiva, auto-Fe8! le a ‘ e 8 fu Existe uma estreita correlagiio entre a idade ay, Mesmo crescimento aa quto-regulagoy incluindo a auto-estima, o ‘Angada © Os varios indic Sie. haha 7 “adores de ‘enso de controle pessoal a felic ntrole pessoal, a felicidade i Laie ‘ Ges forte 0 funcionamento do self, a despeito do que se sabe ol © avanco da idade ¢ Sabe sobre o aumento dos riscos com 0 avango da idade, € teoricamente importante. A di cente ndimero de riscos por um lado, ea manutengio ‘cheene entre um cres- go self, por Outro, é considerada um paradoxo. Esté imy hey adaptative oself apresenta resiliéncia ou capacidade de reserva, ih te este paradoxo que dos a0 envelhecimento, basicamente as perdas em sade see Gti ssa m-estar subjetivo. A auséncia de rela No entanto, & necess4rio reconhecer que, ao contrario d dominio do funcionamento cognitivo, a pesquisa sobre 0 of a eft vad ee mega a associat ‘os mecanismos hipoteticamente subjacentes & realltncl 7 . térios de resiliéncia do self. A idade cronolégica é simplesmente usada a a varidvel proximal em relagiio a todos os riscos associados a velhice, on ‘ma especificagao precisa sobre 0 significado desses fatores de risco. , A pesquisa sobre o self sugere que os idosos alterem seus niveis de aspira- cdo em determinados domfnios de funcionamento, de modo a adaptarem-se, por exemplo, a0 declinio de suas competéncias comportamentais ou a mudangas ne- gativas em suas condigGes de satide (Baltes e Baltes, 1990; Brandstadter et al., 1993; Brim, 1992, apud Staudinger, Marsiske e Baltes, 1995). O ajustamento dos nfveis de aspiragao ocorre por meio de varios mecanis- mos, sendo baseado no processo de comparagao social. Novos grupos de referén- cia sfio selecionados, permitindo a reorganizagao dos padroes pessoais de avalia- go. As pessoas podem comparar-s¢ a subgrupos especificos, tais como pessoas jagdio em geral. da mesma idade em vez de pessoas de qualquer idade, da popul Comparagdes com modelos inferiores em que as pessoas comparam-se 4 indivi- e do funcionamento ten- duos que sdo piores que si préprios em dominio relevant ; dem a ganhar importincia crescente com 0 envelhecimento ¢ verificam que con a idade declinam as expectativas de boa satide, nao jmportando quo bem es jam os idosos. De um modo geral, a selegao de grupos apropriados ae do mans? um importante mecanismo protetor, pois enriquece © a . ms » reionados i ento, de ganhos e perdas na velhice. Se 4 meta é o aperfei¢ Oy busca grupos que demonstram melhor funcionamento- a ‘comparagao é 153 Digitalizado com CamScanner ia ¢ selecionar grupos de com, rdas, a tendéncia compensagiio para as Pe pobres. As pesquisas sob uma atividade potencialmente transformagaio do self. Assim, mente complexo de auto-regul valiaga sado, Ela nao ; Jenbeneas 0 epaios passados, nem como devaneios do passado (Staugn 1989, apud Staudinger, Marsiske € Baltes, 1995). oso efetivo da Tevisio vida pode ser considerado como um mecanismo Pro letor ou mecanismo go sep, A respeito da fungio protetora da revi a de vida, Coleman (apud Sta ing, Marsiske ¢ Baltes, 1995) verificou que entre idosos insatisfeitos com 9 Seu passa, do, os que mais se dedicavam a fazer revisdo i vida exibiam mais Satisfacy, com a vida ¢ menos depressio do que os que faziam com pouca freqiiéncia, Taig re o self na velhice identificaram & revisio de yj, ida relevante envolvida na construgio, Tanute a revisio de vida é vista como um Proces, is jagho, envolvendo a construgio, a expy; ~ deve ser confundida com Teminiscéncia, ¢ a A capacidade de lidar com eventos adversos ¢ estressantes certamente de sempenha um fator protetor em relagao a velhice. Nos anos 1970, Vaillant (apug Staudinger, Marsiske ¢ Baltes, 1995) especulou que com a chegada da Velhice ‘corre um aumento nas tendéncias de coping maduro acompanhando o envelhe- cimento. Em se tratando da estabilidade do comportamento de coping na vida adulta, tem-se observado que as diferengas individuais na adogao do mecanismo de coping so mais fungdes do evento tipo estressante do que da idade. Baltes e Baltes (apud Staudinger, Marsiske e Baltes, 1995) sugeriram que 20 longo de todo o curso de vida o desenvolvimento bem-sucedido pode ser ex racterizado por uma estratégia de otimizacio seletiva com compensagio, Os pro- Cessos de seleco, otimizagiio e compensagio so coordenados de tal forma que Se torna possfvel realizar as duas Principais metas do desenvolvimento humano: © movimento rumo a nfveis mais altos de funcionamento (crescimento) e aevitagio de resultados negativos (manutengio). Na velhice, esta estratégia de desenvolvimento bem-sucedido continua 8 s° Operar, entretanto com diferentes pesos e em diferentes constelagdes. A mudangt No equilforio entre ganhos © perdas na velhice apresenta um novo € particular desafio, Exemplificando, em Conseqiiéncia de uma perda generalizada na capac Pian ina ais diffcil manter niveis étimos de funciona Previamente ativos, Faz-se entiio necessfrio selecionar 154 Digitalizado com CamScanner ios 108 quais © individuo gostaria ou Precisaria Pre namentOs freqiientemente as expensas do funciona M08 ive} ‘Assim, a estratégia de envelhecer bem diz KO em outros ac iio F base em constelacé Monee mninios, gnivers! Com bi Onstelagdes de vidas individyea: me. adapta cos dessa estratégia podem exibir amplas Variagé iduais, og a laptativos cos . + r O€S individes, los es f ¢ Baltes. apud Staudinger, Marsiske ¢ Baltes, 1995) puis cults ase, eat ; + 1995), . al gia de izagHio seletiva com compensagio com ovae Meio do Uso da e oor sos podem identifica © transformar seus recursos de ty Enfases pesos, 95 io. dessa estratégia no 86 permite recuperar ¢ mat ‘aneira efetiva, emprego Mer adaptaca + 40, Cor mar a base para um continuo crescimento em domini MO também fe inios selecionadi o" los, Desenvolvimento histérico do conceito de resiliéncia No estudo da fisica, a resiliéncia se refere 4 capacidade dos . voltar a0 seu estado € a sua forma originais, quando forcados a se ee de ciéncias sociais, por sua vez, consideram o termo “resiliéncia” iniotae = descrever fendmenos observados em pessoas que, apesar de viver tbat uh versas, So capazes de desenvolver estratégias e condutas que Ihes permitem ob- ter uma boa qualidade de vida. De acordo com Infante (2005), a resiliéncia, que € mais estudada na infin- cia, tenta entender como criangas, adolescentes adultos sio capazes de sobrevi- ver e superar adversidades, apesar de viverem em condigées de pobreza, violén- cia intrafamiliar, doenga mental dos pais ou apesar das conseqiiéncias de uma catéstrofe natural. Na drea da intervengaio psicossocial, a resiliéncia tenta promo- ver processos que envolvam 0 individuo ¢ seu ambiente social, ajudando-o a superar a adversidade e 0 risco, adaptar-se & sociedade e ter melhor qualidade de vida. da “invulne- A resiligncia muitas vezes € postulada como of in ee seers a8 nbilidade”, pelo fato de ela implicar que © individuo Pas, i ido; além pela adversidade e é capaz de superé-lo ¢ salt fata ao enquanto a ligncia implica um processo que pode ser desenvol9 invulnerabilidade é um trago intrinseco do iii vet Edith Grotberg foi pioneira na ogo inti que esta ue ne estudo PIR (Projeto Internacional de Resilienca) int soporte oct . as difere! Gio de fatores resilientes advindos 4° tres 155 onceito no lu Digitalizado com CamScanner tido, apesar de organizar os fatores de ides efetivo,capaidads resisténcia a destruigao, condutas vitais positivas, 7 lidades cognitivas, todas desenvolvidas durante situa "0 ré-las”. tressantes, que Ihe permitem atravessé-las € supe! Digitalizado com CamScanner ‘Sio destacados ainda dois importantes elementos: a resiligneia se produ, em fungio de processos sociais ¢ intrapstquicos. Nao se nasce resiliente, nem se adquire a resiliéncia ‘naturalmente” no desenvolvimento: depende de certas qua. lidades do processo interativo do sujeito com outros seres humanos, responséva} pela construgao do sistema psfquico humano. Assim, de acordo com Suérer, Ojeda (1997, apud Melillo, Estemati e Cuesta, 2005) os pilares da resiliéncia sio os atributos que aparecem com freqiiéncia nas criangas ¢ adolescentes considerados resilientes, quais sejam: a introspeccio, g independéncia, a capacidade de se relacionar, a iniciativa, o humor, a criativida. de, a moralidade ¢ a auto-estima consistente. Portanto, depende da atitude dos pais e educadores nao frear a criativida- de da crianga ¢ estimulé-la afetivamente para que se desenvolva em Ambito global, sendo fundamental nesse processo a gratificagio afetiva aos atos ov pensamentos da crianga, que mostrem sua criatividade e independéncia, “Fa. lar de resiliéncia é falar da capacidade humana, individual ou coletiva, de re- sistir a situagdes adversas, encontrando recursos criativos para emergir delas” (Rodriguez, 2005: 131). Neste sentido, em se tratando do estudo do envelhecimento, podemos con- siderar que as politicas piblicas destinadas aos idosos podem e devem ser elabo- radas com o intuito de estimular as potencialidades existentes nos idosos, colabo- rando para que os mesmos vivam com melhor qualidade de vida. Resiliéncia nas politicas piblicas como processo de reabilitacdo O envelhecimento populacional é uma realidade que vem ocorrendo em todo o mundo e, muito rapidamente, no Brasil. Nos paises desenvolvidos, esse processo ocorreu de forma gradual, o que permitiu maior consciéncia da popula- ¢4o, o desenvolvimento das ciéncias relacionadas ao assunto, bem como 0 plane- jamento das acées ¢ politicas direcionadas a esse segmento etério, por parte do poder piblico, possibilitando um relativo ajuste social, Ao contrario do que acontece nos paises desenvolvidos, o envelhecimento Populacional no Brasil vem ocorrendo bruscamente e coincide com um quadro de crises por todo o territério nacional, agravado com os problemas sociais e das grandes desigualdades. 158 Digitalizado com CamScanner tam termos de poltticns socinis, © momento ¢ cas, come 0 desafio di estabilidade econdmien, yyy gdlido ¢ NOVAS prioridades sociais, Na érea Social, propuhamse a investirna “redugto de desequily Mando a descentralizagio dos servigos, como mei desigualdade social ¢, entre outros aspectos, de grandes ‘ajustes © mudan- Proceso de desenvolvimento 08 Gltimos governos federais 108 espaciais e sociais", valo- 10 para enfrentar ‘ Ma * Sse destaca a busca eee ss ss social direcionada aos idosos que seja efetiva e signi on chen pro " fica tao, assisténcin ¢ uma Previdencia Social mais madura, aulva que oferega prot A seguridade social, instituda no Brasil com a Constituigio Fede constitui um sistema de protegio decorrente do direito soc e deve vl de es T entendi- da como garantin e dever a ser assumido principalmente pelo Estado, Esta | ada no tripé sade, previdéncia © assisténcia social devendo-se reel es ; in | cfpios da universalidade, da uniformidade, da equidade e da descentralizacio. A polftica de assisténcia social regulamentada pela Lei n. 8.742 de 7/12/1993 — Lei Orgiinica da Assisténcia Social —, pela Politica Nacional de Assisténcia Social e Norma Operacional Bésica, propde a garantia de beneficios e servigos, gratuidade ¢ niio-contributividade em relagdo A natureza dos direitos, a redis . butividade quanto aos mecanismos de financiamento € descentralizagio e parti- cipagio quanto a forma de organizagao politico-institucional. Foi um importante marco o reconhecimento da assisténcia como direito social e dever do Estado, materializado como politica publica, evitando a visio simplista que confunde assisténcia com assistencialismo, sendo compreendida como um dever legal, ¢ nfio mais como um dever de ajuda. Esse dever legal de assisténcia propde-se a assegurar a primazia da responsabilidade estatal no seu | planejamento, financiamento ¢ execugio. Em se tratando do segmento populacional idoso, 0 trabalho social, numa perspectiva socioeducativa, s6 comegou recentemente com 0 Sesc, quando foram criadas as Escolas Abertas da Terceira Idade. Essas escolas, que surgiram na década de 1960, iniciaram-se com ° en vo nico de criar espagos de convivéncia para minimizar a solidao ¢ 0 isolame! social que aumentava entre os idosos. 5 i i criado, em 1982, Na Universidade de Santa Catarina — Florianépalis ee em © Niicleo de Estudos da Terceira Idade — Unati. Poi ° ea agar cone sitdrio brasileiro concebido com 0 objetivo de realizar esc" 19 Digitalizado com cSmScanner % mentos técnico-cient{ficos do envelhecimento humano, formar Tecurse nos ¢ promover 0 cidado idoso, hum, Em Campinas, na Pontificia Universidade Catdtica, objetivos de promover a educagio permanente, idosos ¢ consolidar os objetivos da PUC-Camy interdisciplinar voltado para a comunidade, Atualmente, tinados a terceira rencialmente, © Unati 56. ” estimular a reinsergo pe Aig Pinas, por meio de um ta 4 grande maioria dos programas universitérios brasilein lade segue 0 modelo francés! & Centra suas ati ie em programas de educagiio permanente, tornando-se um es, onde os idosos relacionam-se, utilizando o seu tempo de fo " , TMA criativa, esty, dando ¢ atualizando-se em cursos fegulares ou organizados de acordo com perfil, “ Vidades, Prefe. Outro aspecto que merece destaque na Unati é 0 da con goes. A universidade é um espago plural no diferentes, construindo conhecimento, servigos. Nela, vivencia entre gera. qual convivem pessoas de geracie, graduando-se, p6s-graduando-se, Prestando tradicionalmente, sempre houve a convivéncia de Jovens e adul. tos maduros, por forga da relagiio professor-aluno nos seus cursos regulares, num Processo consciente de que a educagiio é um processo continuo e que deve ser aberto a todas as idades, inclusive aos velhos, sem barreiras de acesso, Patticipa- Go ou safda, Em 1976, com a criagio do Ministério da Previdéncia e Assisténcia Social, Comegou-se a pensar em uma politica direcionada aos idosos, principalmente os aposentados. Dessa forma, iniciou-se uma investigagiio acerca do aumento da velhice no Brasil, até entio considerado um pafs de jovens. As pesquisas mostra- ram a situagdo de isolamento social, marginalizagio, preconceito e, principal- mente, de pobreza freqtiente do idoso brasileiro, Os primeiros movimentos sociais despertaram as comunidades para a pro- blemética em torno da velhice, enclausurada em sua casa ou em asilos, crescendo numericamente, sem espagos sociais significativos. 1. A concepgdo de Universidade Aberta A Terceira Idade surgiu na Franga, em 1973, mais precist mente em Toulouse, como parte do movimento daquele pafs na busca de alternativas de melhores condi- es de vida para os idosos franceses. Os cursos, as oficinas de trabalho, 0s grupos de estudos © outs modalidades oferecidas sio diversificadas ¢ abertas, compostos de conteddos ¢ metodologias prOprias entradas no modelo da educagio continuada daquele pats. Soma-se a eles o acesso a diferentes cursos universitérios, especialmente na érea de cincias humanas ¢ artes. 160 Digitalizado com CamScanner Esses movimentos surgiram ¢ - garam & i parcerias junto a instituigde, BTUPOS de idosos m8 sian ns Ministério da Previdéncia © Assistencia Soci " Como 0 Sese, o ae Mare se Gtel08 ainda, fzendo prey 0 sentido dese organizas se Fm 1982 foi realizada a primeira ieee. Politicas, at erefle- ccdev 4 promulgacao da Constituigao Fede tc realizou em S40 Paulo, contou com a eaniciy de | prasileiros © culminou com a inclusio de tia dicados a conquista de direitos, podendo tefle vida dos mais velhos. i 0 de trazer & ton Nacional de Tdosos que He Essa assembléia ese 2.200 idosos de 22 estados Pardgrafos na Constituigao, de. Tem melhoria da qualidade de A partir daf, foi criado o primeiro Cons elho do doso também a Associa- 30 Nacional de Gerontologia, que atua até hoj i : je, amy profissional junto a esse segmento. ipliando as éreas de exercicio Da atuagdo dessa Associagao surgiu ; . _ Lei n. 8.842/94, que pode co faites Giaeeeion ae to, necesita ser colocada em pratica para que realmente possa ee qualidade de vida do idoso, necessitando de decisio politica e de investimentos nessa area. {A regulamentago da Lei n, 8.842/94 traz propostas concretas para viabil- zar esses avangos, dando énfase ao atendimento nio-asilar ao idoso, garantindo ainda a melhoria do atendimento asilar aos que ndo possuem vinculos familiares, nem meios para suprir sua subsisténcia, dependendo de atitudes filantrépicas ou publicas. A politica nacional do idoso, desde sua promulgacao € implantagio, tem sido um documento importante para a populacio idosa. Neste contexto, @ politi- ca, conforme regulamentada em Jei, visa tratar as questdes dos is pelos seguintes principios: 1°) 0 idoso € um sujeito de ee 7 sti responsabilidade da familia, da sociedade ¢ do Estado asseguré-'0 7 abrangéncia; 2°) 0 jdoso é um ser total; conse 39) 0 idoso € sujei- devida deve compreender todas as dimensoes do i a . 7 : - to de relagdio, portanto, nao deve sofrer Loner relacionais; ooo é nhuma natureza, com a conseqtiente pests os devem reconmecet ® sujeito tinico e, portanto, 0s Prob ome dimensiio do envelhecimento- 161 Digitalizado com CamScanner toy Gados, como: concessio do Renética de Pre ; tacdo Conti - 2agho de silos, construgio de casas-t oe — fares, publicacdes Seas write. nhhada pelo envelhecimente saviavel WSS Na Seo idos0 © can Outro marco. importante na consectigao de . . Polfticas publi idoxo foi a promulgagio do Estatuto do Idoso, Pele ls an . ‘ancionado pel f r Inécio Lila da Silva, em 1* de outubro de 2003, com 118 cena en et le ; ; BOS em seu bojo, POs almejadas pela sociedade, como © sistema de tas de 3% das moradias construfdas com recursos federais para facilitar a A moradia condigna ao idoso, salério minimo mensal aos cidadios com mais gs 65 anos de idade, dois anos menos que os 67 anos completos exigidos pela Lei Orgiinica da Assisténcia Social, garantia de reajuste do beneficio Sempre que o saldrio minimo for reajustado, sem entretanto a ele vincular-se, haja vista Proibi. ¢40 constitucional. Além desses beneficios, ainda cita em seu texto a determinaciio de adequa- go das empresas prestadoras de servico para abrigar pelo menos 20% do seu quadro com pessoas maiores de 45 anos, a obrigago do poder piiblico em forne- cer medicamentos ¢ instrumentos de reabilitagZo ¢ tratamento, a vedagio de rea- justes discriminatérios em virtude da mudanga de faixa etéria pelos planos de satide, além de prever vagas em transporte coletivo gratuitas, dentre muitas ou- tras novidades que iro beneficiar os idosos, Em se tratando das medidas de reinsergiio do idoso na sociedade como ci- dadio, a lei reserva o espago na programagiio televisiva e cultural em geral para programas que visem educar e entreter 0 idoso, bem como a participagio, poe meio da insergio, nas escolas publicas, de disciplinas que visem formar cidadios conscientes e zelosos pela dignidade do idoso, Além do mais, a meia-entrada também é garantida aos idosos em espetdculos culturais, de lazer de ee Assim, percebemos que a Politica Nacional do Idoso, bem como “| ie do Idoso objetivaram principalmente, dentre tantas outras agGes, kes se para promover a longevidade com qualidade de vida, colocando em ria voltadas no apenas para os que esto velhos, mas também para 0s al érgios Ihecer, bem como lista as competéncias das varias areas ¢ respect 162 Digitalizado com CamScanner 1, 0 que ocorre € QUE HEI 4 fuynfy pt ico esto preparados para conrren saan 8 Viiedade ¢ menun snd ¢ ris 0 processo JE MOdEMRIZACKO dey yup, _— ra tealihade demenys, : radicionais de amparo 4 velhice, destacandose en Onn tassesseen, jiares. se introduzir novas modalidades de Protecao, 8 tele he telactos ters. Nesse panorama nacional as instituignes de ‘Dae dos ails, mantidas €m sua grande maioria yo tA Petts, esmien carente, bern como de casas geridtricas ou de reponse, © destinadas 2 ideas Toxo de maior poder econdmico, so destacaday oes ether 4 wm Yibhicn mento sécio-histérico do envelhecimento no Brasil, ina tealidade ne ter Nessas instituigdes percebe-se uma enorme idosos de alta dependéncia, em busca de cuidadon experi tao 3 Peles jdosos mais jovens, na faixa etdria entre 60 a 65 anos de ‘aie Paces = ainda independentes, foram exclufdos do mercado de trabalho th enon, miliar em decorréncia das transformagées socioecondmicas. =—_ A instituigao asilar, como modalidade de protegao, preenche a lacuna aber- ta pelas dificuldades da familia em atender as necessidades dos seus idosos pela falta de execugdo de programas ¢ servicos que lhes permita manter autonomia, independéncia, permanéncia e participagao como cidadao na vida de sua comu- nidade, como proposto na Politica Nacional do Idoso. Portanto, € necessdrio criar espagos significativos para a participagdo so- cial dos idosos nas suas comunidades, aumentando sua visibilidade, enquanto segmento social, Jutando por direitos de cidadania e contra a exclusio social ¢ os preconceitos. fica. PO Neste sentido, faz-se necessdria e urgente a implementagio das politicas publicas para os idosos, no sentido de atender as suas necessidades bésicas, com a estimulagio da criagdio de centros de convivencia, centros de cuidados notur- nos, casas-lares, oficinas de trabalho, atendimentos domiciliares, programas oe ensino destinados aos idosos, apoio & criagio de universidade aberta & terceira idade, além da capacitagiio de recursos para atendimento a0 idoso. Consideracdes finais E sabido que 0 envelhecimento é um processo univers" mo a infincia © & . im cof seres vivos, Ele faz, parte do ciclo de vida das pessoas, asst Digitalizado com CamScanner juventude. Significe, antes de to, um processo natural dinims doenga. como muitos o entendem. Assim. contribuir pars faciiion “e mento, garantindo a dignidade devida 20 idoso, deve set unt” todos. Dessa forma, 20 reconhecermos o envelheci pay vitivel ¢ irreverstvel. as condigées crinicas e incapacitantes “S80 ing. ‘acompanham esse processo, podem set prevenidas ou Tetardadas nae lent da Grea médica, mas também da social, econémica e até mesmo ambient Entretanto, percebemos que hé um despreparo do Estado e da soci Para lidar com o envelhecimento crescente da populagio, num Cendtio soc; némico complexo hoje vivido no Brasil e no mundo, Envelhecer com dignidade uma meta que deve ser atingida tanto pelas sociedades quanto pelos Pecig idosos. E necessdrio ainda despertar na ctianga e no adolescente a valorizagio Pessoa idosa. de sua hist6ria de vida e das suas necessidades psicossociais, a construgao de uma mentalidade solidéria. __Vivernos num Pafs onde 0 respeito pelo idoso ndo € uma pritica comum da sociedade. A perda do vigor fisico, proprio da idade e da produtividade, nio pode ser assimilada como perda de direitos ¢ cidadania. Apesar de 0 Brasil j4 possuir um Estatuto do Idoso sancionado pela Lei n. 10.741, de 2003, este ainda nao € cumprido na fntegra por muitos segmentos da sociedade brasileira. Entretanto, no ambito das politicas pablicas, algumas perspectivas estio presentes na implementacao da Politica Nacional do Idoso, como a formulagio de politicas piblicas constitufdas de beneffcios, servigos, programas € projetos que visam 4 melhoria das condigdes de vida e de cidadania da populacio idosa. Outra perspectiva é a criagdo de locais de atendimento aos idosos, centros de convivéncia, casas-lares, oficinas de trabalho, atendimentos domiciliares, apoiando 4 criagdo de universidade aberta a terceira idade, impedindo a discriminagio do idoso e sua participagdo no mercado de trabalho. Essas condutas citadas podem ser consideradas politicas piiblicas resilientes voltadas para idosos, quando elas tém 0 objetivo de estimular a capacidade de reserva que existe nessa camada populacional, apesar das diversas perdas que ocorreram em sua vida, como o déficit cognitivo, os filhos, os companheiros, entre outros. Fi sabido que muitas pessoas passam pela vida em meio a problemas dos mais diversos caldes. Sio idosos que sofreram os mais tenazes desafios, como doengas, mortes, desastres, que foram abandonados, extremamente carentes, que ainda assim conseguem superar essas adversidades ¢ se tornarem fortes € capa 164 Digitalizado com CamScanner Ue cir cr ecomesar suns vidas. Ess firarn desenvolver tum ee Pessoas so conside see : 880 interno sradas resiliente temas #08 quais foram expostas, Entretant (que thee permit soperer ox yee. wuperar ue as pessoas No Tanto, estudos 8 pro- yetaram ot a oe eal Tesilientes, ou ae a resiligneia j4 re. ta no § . es oe ja, ess anand tina pode ser estimulada e desenvotvide ristien mio olvida em qual quet wes poss ido, em s Neste sent id i um se tratando do estudo do envelh iderar que apesar das perdas que vio ocorrendo com \ecimento, podemos con- cle vai envelhecendo, a resiliéncia pode ser est © ser humano, & medida adversas que acontecem em sua vida rmulada € cle pode superar situagor' m, a formulagao de politi abit Assim, a f lag politicas piblicas destinadas & promoga }ogiio do enve- mento saudavel € uma perspectiva que deve ser levad: 08 governantes. A articulagio intersetorial nao deve ser ne Stee gio de recursos humanos. £ possivel visualizar alguma ae bephinrs politicas no plano do desenvolvimento de conhecimentos Snatch s ¢ condi- goes de vida dos idosos. Portanto, faz-se necessaria ilizagio soci . a mobilizagio social para 0 devido respeito a0 ; ssos governantes a implementagio da Politica Nacional do Idoso, que exprima & estimule resiliéncia na terceira idade, isto é, sua capacidade de recuperagao diante dos desafios ¢ dificuldades, de reagir com flexibilidade & capacidade de recuperagao diante das circunstancias desfavordveis, tendo atitu- des otimistas, positivas € perseverantes, mantendo um equilfbrio eficaz durante € ap6s OS embates. E preciso ativar e desenvolver atributos de personalidade que possibilitem a0 sujeito superar a si proprio e as pressdes de seu mundo, desenvol- yendo um autoconceito realista, autoconfianga ¢ um senso de autoprotegio que nio desconsidera a abertura ao novo, & mudanga, 20 outro € a realidade subjacente. As politicas piiblicas ¢ os profissionais envolvidos nO atendimento 3 tercei- ra idade devem encorajar 4 expressio dos sentimentos de tristeza, raiva & medo, oferecendo apoio indispensdvel pare que os idos sintam Seguros: conquante 5 ¢ solugdes Para oS déncia & jniciativa pare i i i siligncia aument thee jdoso, exigindo de no’ incentivem sua indepen problemas. Desta maneira, @ auto-estima sai fortalecida ¢ are se em vez de se sentirem derrotados & traumatizados pela vidas asi a qualids mais competentes para afrontar OS desafios nerentes a vol" é fundamen de do auxflio proporcionado edo relacionament© q da resiliéncia. 165 tal para o desenvolvimento Digitalizado com CamSéanner jnibem 0 idoso para o investimento €M Saide, em co pudesse ser feito para amenizar limitagpes a dimensicg Pritiva, come ve conduta é reforgada Nos servigos de sagde pret real O wanes ben ater, Tal fo de remédios para controle de doeneas er ica dann 4 burercrhtica preset. danga de habitos de vida, desvinculadas da vida i de onientagiies pera ise ponibilidade, interesse € condigées efetivas fens ica de cada pessoa, sua dis, 0 autocy Essas condutas podem ser percebidas ‘in Kuidade, seja, OS municfpios nfo estio preparados para lidar jdosos. Assim, 0 que podemos encontrar 50 poli jamento, que deveriam atender em um primeiro abrigamento de idosos —, Mm em ambite municipal, ou r COM a crescente populacio de icas regionalizadas, sem | momento — come no caso do ° — © que posteriormente propusessem aches stv que promovessem constantemente a autonomia do idoso, mas ve efeti nenhuma estruturagdo ou planejamento, ’ ietivam sem Neste cendrio, deparamo-nos com abrigos destinados a acolher idosos, pri cipalmente aqueles que perderam seus vinculos familiares e, ainda que ay i cal essas pessoas recebam alimentacao, higiene € sejam com respeito nao visualizamos um tratamento adequado que as estimule e promova sua inde- pendéncia. Assim, os municfpios devem se preparar para acolher esses idosos, ofere- cendo nao apenas um abrigo, mas também um espaco onde eles possam desen- volver atividades didrias que promovam sua resiliéncia, que estimule a conquista da autonomia e independéncia, ou seja, que promova o desenvolvimento até o fim da vida, como é proposto no estudo do desenvolvimento humano. Dessa for- ma, teremos idosos resilientes, mais felizes, mais fortes e saudaveis, com uma excelente qualidade de vida. Neste sentido, a aplicagdo de politicas resilientes, que trabalhem na promo- ¢do da satide, é positiva para a vivéncia dos idosos, bem como no que diz respeito ao exercfcio de princfpios que regem novos modelos assistenciais baseados na humanizagio, integralidade, interdisciplinaridade e em conceitos amplos de sai- de, com pélos de atengéo integral ao idoso, sendo esses voltados ee ae promogio ¢ a prevengio da sadde. Por fim, ressaltamos que muitos es Dae sendo realizados a respeito do tema “resiliéncia”, mas poucos mostraram cidade resiliente dos idosos. : sndividuo de Assim, 0 conceito de resiliéncia se destaca pela exec crescendo i “trans! dar a volta por cima das situagdes de risco ¢ vole ia Digitalizado com CamScanner AWN CATRERIACIA, FOHHAR, AONE © CrEKCOE Was © MoMANIVAN Ae Vikka © desenvotver ‘cogechdole de ase aa | Severas SRY AQUNT CHMOHRES PRAT Se HrataThados nas, polticas sieaaate | ewtcsiowals que ata tha de A raMOga a Fesildala, weet Whey S836 Acoistontes STATS, RoMapRtAT OW ~ woe i ac Adstract: TW chattegges teveght fe the aging the population have diverte SAE tree fst Wan guaraneeing tothe people a socesatal aging hat woe be] OTN BEARER peNYWE decisions Thos, the ohinctive for Woe to argue he dimen SORES NN Rew estimation ofthe estore, whone cencep ie fe ee Sees tthe ee having fied fem avers stations a that vlberaie ee ECE sheet ale loses that go happening in elaping ofthe history of Ife oro SAIS Re ree nbes in arpecacing them w te hind age, cute at he mee we Save ass of the physical vigor am great part of oor memory can be engaged. Hower SNe rownse resicacy and to have aah life In thie rection way. the dete pate BOOS We nt age have Dasc per i the stimulation and Promotion of reence, tees Sum gutenl ihe aatosary, in-a perpectve of constrostion of one better Gulity of hfe and ey doadditel aging. Kerwordc: Dati puiitios resilience: saccessfal aging. Bidliografia ALMEIDA, S.C. A qualidade de vida ¢ @ atividade ma idade madura, Monografia de Especializajdo, Instituto de Citncias Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, NOS ASSIS, Mz PACHEQO, L. Cz MENEZES, I. S. Repercussdes de uma experidneia de promoyio da snide no envelhecimento: andlise preliminar a partit das percepyies . Acesso em 27 fev. 2006. BORGES, M. C. M. O idoso ¢ as paliticas pailicas ¢ sociais no Brasil, In: SIMSON, O. R. Ms NERL A. L; CACHIONI, M. As mailtiplas faces da velhice no Brasil. Cam- Pinas: Alinea, 2003. 16s Digitalizado com CamScanner LO REGIONAL de Serviga Soe te: CRESS, 2005, eri Social 6, Regine, Cote . 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