Você está na página 1de 8
Suplemento da Revista da SOCESP Sereda de Carll do Eta Ge S20 Paulo REVISAO/REVIEW EXERCICIO FiSICO E PRESSAO ARTERIAL: EFEITOS, MECANISMOS, INFLUENCIAS E IMPLICACOES NA HIPERTENSAO ARTERIAL PHYSICAL EXERCISE AND BLOOD PRESSURE: EFFECTS, MECHANISMS, INFLUENCES Luan Morais Azevédo Laura Gomes Oiveira e Sina’ ‘Julio Cesar Siva de Sousa’ Rataal Yokoyama Fecchio’ Leandro Campos de Brito’ CClauatia Lucia de Moraes (a2! Expone ds Umer dao Pa conespertoce Sr rt Nelo rae ars consauep AND IMPACTS ON HYPERTENSION RESUMO. ( xerciciofsico é recomendado no tratamento da hipettenséo aerial, Agudamente, ‘a execugao do exercicio promove aumento da pressao erterial (PA), mas, no perfado de recuperacéo pés-exercicia, 6 possivel evidenciar reduc da PAe, princpamente, apds um petiodo de tremamento fisico crénico, pode haver dminuigo de PA clinica e de 24 horas dos hipertensos, Apesar desces efatos serem conhecidos, sua magnitude e mecanismos ‘depeniem do tipo de exercicio executado e de suas carecterisicas. Ese aitigo rev8 os efeitos agucios ¢ crénicas cléssicos do exercicio aet6bico e os efetos mais recenlemente estudaclos dos exercicios resistidas isomiético e cindmico na PA, seus mecanismos & fatores de infuéncia, ressaltando 0s pontos que embasam as recomendagées aluals, sobre 0 uso do exerciow na hipetiensae arienal. O conhecimento alual demons que 4) 0 exeicicio aerobica promave aumento da PA sisisica durante sua execucs0, gete hipotenséa pés-exercici cinicamente elevantee reduz a PA clinica ede 24 horas aps 0 tueinamento; 2) 0 exercicio resist isomético pramove aumento progressive daPASisi6ica e diasi6ica durante sua execugio, nao procuz hipatensao pés-exercicio consistente & reduz a PAcinics apés o trenamento, mas esse efeto hipotensor ccorre com um proiocola cespectio de exercicia de handgrio; 2) 0 exerccio resistida cindmico promave grande ‘aumento da PA sistoica e diastdica durante sua execugéo, geta hipotensio pos-exercicio couje felevancia cinica ainda precisa ser comprovada e parece diminuir a PA clinica, mas 1ndo a ambulatorial, apds o treinamento, Face a esses conhecimentas, o treinamento aerébico complementado pelo resistido cnamico é recomendado na hipertenso, Deseritores: Exercicio Agudo: Treinamento Fisico; Pressio Arteria. ABSTRACT Physica exercise is recommended for nypartansion reaimant. Acute, exer0Se execution Increases blood pressure (BP), but, during the recovery period, BP decreases, and after @ chronic maining period, cinic and amoulatery BP may decrease in hypertensives. Despite these known effects of exercise, thelr magnitude and mechanisms depend on the type of exercise and its characteristics, This article reviews the classical acute and chronic eects of aerobic exercise and the mare recentimowledge about somatic and dynamic resistance ‘exercises o7 BP its mechanisms and factors of fluence, highignting the aspects undenying exercise recommendations for hypertension. Current scientific knowledge shows that: 1) aerobic exercise increases systofc BP during its execution, produces @ cinicaly significant ppost-evercise nypotansion, anc chronicaly decreases cinic and 24-hour BP; 2) isometric resistance exercise produces a progressive increase in systolic and diastolic BP during its execution, does not promote consistent past-exercise hypotension, and decreases clinic BP after training, but inis hypotensive effect resufs rom a spectc protocol ot isometric, ‘randoxip; and 3) dynamic resistance exercise produces a huge progressive increase in ‘systolic and dlastofic BP during ts execution, promotes post-exercise hypotension with ‘questionabve ctnica elevance, and seems to decrease cinic but not ambulatory GP after training. Based on this current knowledge, regular aerobic exercise complemented by namic resistance exercise is recornmendied for hypertension, Keywords: Acute Exercise Physical Tsing, Arteria) Pressure 415 INTRODUCAO ‘A manutengo da pressao arterial (PA) em niveis ade- ‘quados para suprir as demandas de pertusao tecidual & fundamental no organisma humana, Agudamente, stuagées ‘oe estresse, como a execugdo de um exercicofsico, Impoem a necessidacle de aumento da pertusao tecidual e, conse- ‘quentemente, de aumento transitrio da PA.* Par auto lado, ‘condigdes cronicas patolégicas, como a hipertenséo artenal, provocam aumento sustentado da PA, que prejudicam a ungdo de diversos 6rgaos ® No entanto, execucao reguiat 140 exercicio tisico pode reduas a PA de nipertensos, sendo um importante tratamento nao farmacol6gico? Porém, para ‘se utlizar 0 treinamento fsico no tratamento da hipertenso arterial, 6 necessao entender os efetas agudos e cronicos dos diferentes tipos de exerci fsico na PA, conhecendo ‘0s mecanismos subjacentes a esses efeitos € 0s possiveis Tatores de infuéncia. C objetivo dessa revsio é descrever ‘© conhecimento atual sobre esses aspectos. CONCEITOS RELACIONADOS AO EXERCICIO Consierem-seefetos agus do exericortsico, ques {que decorrem de uma dnica sesso de exerci, include 2s resposias observadas Guranle a execugso e no perio recuperagao pés-exercco Por outolado, oS efetoscdnicos teierem-se as adapiacées resultarles de um periodo de frernamento regula'® Considerando-se os pos de execicio, «presente revisio boda 0 exercicosaerdoicos, resists sometnics erests- tidos cinamicos. O arrcico aetebico@ denice como aquele ‘queuiiza, predominantemente, avi eex6bia para produéo de energia. Nessa revsio, 0 exercicio aetobice abordado tefere se aquele execu com grande massa muscu, que ‘2 contal ccamente (pedalr uma ticceta, caminhada corrdaelc) em intensidade bata e moderada (40.2 70% do ‘consume méamo de axgénie) par prolongac period de tempo (mais de 15 mn)" exercico resto € defn pela centtagio da muscuatura de um segmento corperal coita uma resistincia que se ope ac mevimento. Quando essa conttagao nao resulta em movimento articular, o exercico € somético e quand hé movimento cular, &dinémico, EXERCICIO AEROBICO. ‘Ao executar um exercicio aerobico, seu planejamento stimula mecanismos neurais do cbitex cerebral e Ge areas subcoricais, denominados “comand central”. Esse mecaris- mo reduz a atvidade nervosa parassimpatica (ANP) e aumenta a atvidade nervosa simpatica (ANS), A seguir, a0 88 iniciar ‘a.contrago muscular, core a ativagao do “relexo pressor do exerciio’. Esse retlexo @ formado por floras sensoriais aferentes do grupo ll que percebem a deformagao mecénica ‘de musculatura (chamado de “mecanorrefiexo") ¢porfibvas co grupo IV sensiveis as mudangas metabdlicas (chamado de "metaborrefiaxo"), Assim, j4 no inicio das contracoes musculares, a ativago do mecanorretlexo corthbul para & ‘iminugdo da ANP e aumento ca ANS e, nameddaem que o ‘exe1c0 seintensiica eproduz metabbltos que se acumulam na musculatura, o metaborrefiexo€ awaco estimulanda ainda mais aANS. O aumento da ANS esimula, entre outras agbes, 13 produgas lberagao de acienalina“* Avedugao da ANP © aumento da ANS ¢a tberacdo de acrenaina agem no nd snusal aunentandoatrequinci cardaca FO) Em peal, 6 aumento da ANS @ @adteneina promevem aumento da conteticace miocdica, aunertando a orga ce canragéo, © que associado ao aumento do reteme vengso faciads pela bomba muscular resulante das contragSes muscu. fs em tomo das vel petéices,promove aumento co volume sstico (V5), +Assi. durante oexercici aeébico Obsena-se aumento da FC eco VS, aumentand 0 dito caraco (D0), 0 que frnece nubiertes © exigéni para @ musculature ata. ‘Alem das mociicacbes na ingocarcaca as ateragdes dios mecenismos neues vesculares ehormonais procuzidos pelo exerci aerdbico provocam 0 redreconemento co Sangue para as regis aves. O aumento da ANS aginco nos receptoresc-acrenérgicos das aterolas das reghes no alvas (9 rego espléncrics) promave vasoconsigéo dessas egies, enuanto que nas rege aves, esse eto vvaseconsincl simpatico & dmiruido pela presenga 6os metabits (ristarina adenosna, fons Ge hicregéni, entre butts) cnuntios ca eonragan muscular que estmlam a ‘asodistagéo,proporcionando um fenémeno denominado “smpatélse funcional Além cso, estimulos endotlais geranos pio astresse ce cissnaments co sangue na areca dos vasos estmulam a secregao ce Gxt nico (NO), um Potente vasodiacor® Dessa forma, durante o execicio beraticocosenasevasooonstigas «aumento diarenstanca ‘vascular des rege inatvas, mas vasocctago erecugao da resiténca vascular da rego ala, Essesaises recut fr manutangaa ou mest rerigao ce resistencia vasevar eriférica total (RVP) na dependéncia da relagao de tamanno Gas regidesativase naivas" Tiante do exposto, urente a realzagéo do exercicio a2er60i00, 0 OG eumenia peo aumento ca FC @ do VS. en quanto que AVP semantém ou éminu Tas uses elvan apressio ttl (A) sstoica (PAS) emantém ou dminuern apressto atenalcastoice PAD). (Figura 1A. B) ‘anos ftores modticam a resposts duants 0 sxecicio aerotico, Uma maiormassa miscuar(eg corer vs. pela) promove vasodletagao™em uma maior area gerancorecugao mas expressiva da BVP © de PAD, com manor aumento a PAS." Com o aumento da intensidade (e.g, pedalando em 50 v8 100) na oiaoratyagan on camanci central 29 mecanorretiexo, 0 que resulta em maior atwacdo simpatica « desatvagao parassmpica, gerando maior aumento da FO, V8, DG e PAS. Quanto &curagéo, quando reazado na mesma infensidad, 08 mecanisos requires catais © Barfbcoss20 aad no nico do exerci 89 estabkzam 2968 és a ss minutos de estrco (92 de eae). Asim, FO. VS, DC, BVP @PAse mantém estveis 20 fongo do tempo de oxercico" Qiandooexeriooc2ssa,@atvagio do comando cena € do melaborrtexo € mierompica.' evando @reatnacto parassimpaticaedesabvagao smpatioa E3808 uses faze com que a FC recuzarapdamente no primeio miruto de recuperacdo (reallvagdo parassimpatica) e de forma mais lent. ros minutos sequnes (eatvagao parassimpAtoa somada a retrada serpta}* Concorntanemente, a cessagéo das conagbesintnompe aboma muscult ecuzndo o toma ‘yeno50 2.0 VS. Assim, imecistamente ands 0 exercfco, 0 Secale deel Sap 21522 EXEACIGIOFISICO E PRESSAO ARTERIAL: EFEITOS, MECANSSMOS, NFLUENCIAS E IMPLCAGGES DC aiminul, Para compltar, os metabsitos produzidos pelo ‘exerciciornantém a rego ativa vas0diitada ea RVP reduzda, Como consequéncia dessas acces, a PA diminu medatamente p68 0 exercicio.” Essa teducdo & grande e pode provocar ‘siomas de hpoperusdo cerebral onturae desmaios) quando o exercico ntenso € nterompido abruptamente. mas €lenta sem consequéncias cnicas quando a recuperagao é feta deforma gradual e/0u aps um exercicio leve ou moderado.” ‘Alem da resposta meciata de redugao da PA pos-exerc- io, maistardiamenteno periodo de recuperagao (80-120 min) ‘a PA permanece reduzida em comparacao aos valores ré-exercieo ou aos abtidos em um dia sem a execucéo de exercico, o que é denamnado "hipotenséo pés-exercicio (HPE) apesar de nao se acompannar de sintomas nem sin- cope.*”? (Figura 1A) A HPE possuirelevancia clinica, pois ‘corte em hipetiensos, apresenia magnitude sigmticante © peimanece por varias hatas pos-exercia0 "* Ue metan’ lise relatou redugSes de -6/-4 mmHg para PAS/PAD apés © ‘exerccio aerdbico" e a duragao da HPE ja foi cbservada por até 16n pos-exercicio,” sendo frequentemente observada diminuigao da média da PA de 24 naras pOs-oxerccio. Alem disso, @ HPE pade predizer o efetto crOnico do tremamento ‘2er60/c0 (Le. Individues com maior HPE so 0s com maior redugdo da PA apés 0 tre!namento), podendo ser usada pata idenificar os incvicuos responsivos ao reinainenio® ‘Varios fatores influenciam a HPE aetGbica, Nesse senti- d0,"individvos hipertensos do sexo masculino, com maior PApré-exercicio, mais jovens e com menor condicionamento ‘isco apresentam maior redugdo da PA pos-exercicio® Alem disso, aHPE € maior apbs exericios de maior curacao e que NAHIPERTENSAO ARTERIAL, envotvem maior massa muscular Quanto &intensidade do exerci, exercicios com niansidade mais ata parecer promover maior HPE,* porém quando 0 gasto calérico toll ¢ igual ene 03 execicios, 0 eteto da intensidade de- saparece *" Para complelas, 08 exercicos realzados pela maha possuem maior alee hipotensor em relagdo @ um dla controle, mas os exerciciosreatizados & tarde promovern maior redugio da Pam relagéo aos valores pré-exercci. (Os mecenismos responsave's pela HPE aerooIc0 no 80 totalmente compreencidos.* (Figura 10) Em relagao 208 delerminantes hemocindmicos, & ciminuicéo da FVP 8 mecanismo mas relate, enquanto que a reduedo do DC parece ecorer em stuagdes especiicas, como em idosos, hipertensos, obesos e quando a avaiacao é realzada na posi sera pés-execco "Nos esos uecbsevaram Fedugdo da AVE ea ol aruda &ateruacéo da ANS resilanie da mudange do ponte de cperagao do bararetlexo para uma menor PA @ & recugéo da responsvdade dos receptores anacrenérgices, pein & manutengéo da vasodiatacso apds oexercicio.” Além cisso, a ago local do sistema ist mini susteniando a vasadalacao pOs-exercco aercoica foi eatada,* bem como a redugao da atdade do sistema renine-angotensina® Por outo lado, nas ocasibes em que 1 ciminuigdo do DC, eta decorre da recugdo do VS relaco. nada & ciminuigéo do retome venaso deco 20 aumenta da complaoénca venoss, sendo que esse dminigo no & compenseia apeser da FO se manierelevada pés-eercicio. pela redugdo da senstiiace beroretiexa cariaca.* CCronicamente, 0 trinamento aerdbico também reduz a Pa, comurrairnpotante metandlise™ evidenciando redugdes A 100 =o io eases Sa Tiare «eee amie r= | ose tease bes eT Pos-exerciio (relacto ao pré-exercicio) [ame ones «cee Figura 1. Quad ibaatvo oe comperarerios da presso aril esta PAS) o dastbica (PAD) bam como de cous pecariemos Gwarie (Panel A) 6 apse (pane Ae C) a exaougao de um etabe aerdoco VS ome sion, FC Nequéncia carcaca, ANP ~alucad nevosa parassrroatea ANS ~atigace nervosa smpzoca, DC - deote casio, NO - Guido nse, AVP —resienca vascular pica, PAM — essa ‘eval meca. inédias de 9.9/2.5 mmbg para as PAS/PAD olfricas. Res. sells 52, no enianlo, que esse elsto hipotensor ¢ evident _apenas em individuos com PA elevada Assim, o treinamento _aerébico néo reduza PAS/PAD de normotensos, mas procuz Uma tedugdo de 2/-2 mmHg em pie-hipetiensos © de 3) 5 mmHg em hipertensos.* Além cisso, esse treinamento |ambém pode alterar a PA amibulatorial (durante a execugo des taretas Grins), reduzindo em ~0/-2 8, -3.8/-2,7 e-2.4)- 1,7mmHg as médias de 2an, vigiia ¢ sono das PAS/PAD, respectivamente* sendo esse efeto também mais evident ‘quando a PAesté elevada, Adicionaimente, a PAem stuagoes ‘de estresse cognitve-emocional e.g. falar em palo, fazer ccontas) ou fisico (durante © exercicio)tamixém dimminui com ‘treinamento aer6bico? ‘Atedugéo da PA com otreinamento aerébico decorre de adaplagées estuturaise funciona. Figura) O teinamento ‘e100 estimula o remadelamenta cardlaco, promavendo hhpertiota miocérdica e aumento do venifculo esquerdo, ‘além de allerar a estutura vascular, diminuindo a espessura (de parede das aiténs eestimulando a angiogénese.” Essas alleragées promavern aumento de VS' e dminuicéo darigidez arterial De maneica complementar, o einamento reduz & |ANS® @ aumenta a biocisponiblicade de NO, menorando a fungao endotelial * A redugao da ANS carcigca promove bracicardia (edugao da FO) que compensa o aumento do VS, fazendo com que 0 DC se mantenha:’ enquanto que ‘a redugao da ANS periféria juntamente com a melnora da fungo endotelal ciminuem o tonus vascular peniféxico, reduzindo a FVP*" Assim, a reducao da nigidez arterial e da VP concomitante a manutengo do DC resutam em reducao ‘da PA. Ressaltase, no entanto, que as adaptagbes vasculares ‘ocorrem apenas quando hd alteragdes antes do trenamento, ‘o que expica a auséncia de efeto hipotensor em indviduos saudavess, Em complemenio, estucos recentes lem demons. ‘rada ques adaptagées cblidas com atrainamenta aersbico ‘se associam aos efeitos desee treinamento favorecendo & sinlese de antiondantes, restaurancio 0 balango redox” = reduzindo os marcadores inlamatéxis, com intereucina 6, {ator de necrose tumotal-a 2 proteina C-teatva® DDversos fatores modulam o eteto da treinamento aer6- bico na redugao da PA. O principal deles € 0 valor nial da PA, mas as caractefslicas do Leinamento também afelam les9e adiapiacao, coms maiotes sistas sendo abservacios| com o treinamento de intensidace maderada (40 2 70% do \Vo,pico) com sessies de 20 a 45 min, totaizando 150 210i minutos por semana ® Além disso, um estudo recente"* evidenciou que o treinamento realizado ao fnal do ola pode ppromover mavorredugao da PA que o realizado pela mana, EXERCICIO RESISTIDO. Considerando a execugio do exercicio resisido iso- rmético, (Figura 2A) 0 planejamento da agao motara atwa (© comando central que reduz a ANP ¢ aumenta a ANS.* aumentando imediatamente a FC‘ Simultaneamente, a Contragao muscular mantide eleva a pressdo intramuscular, ‘ooasioniando ociuséo vascular, 0 que aumenta de imediato a resistencia vascular da regiao aliva* Com a contnuacao da contragao, a oclusaa promove aciimulo de metabéitos, alivando progressivamente o metaborrefiexo muscular @ ‘aumentanco @ ANS peritérica, 0 que provoca vasoconst (620 dos temt6nos inativos Assim, na aumento progresswvo da VP durante 0 exercicio isométrico* Por outro lado, a ‘manutengao da contragéo promove reducéo do retorno vyenaso, ciminuinds 0 ¥S, 0 que nao € compensace apesar do aumento progressivo da FC, resullando em redugao do DC Portanto, no inicio exercicio isométrica, as PAS/ PAD aumentam, principalmente, pelo aumento da FC e da resisténcia vascular local. Porém, ao longo da execucéo, las continuam aumentando pelo aumento da resistencia vascular nos terit6os inativos, que aumenta a RVP apesar 1a redugao do 00* Ressalla-se que 03 aumentos da PAS/PAD nos exercicios Isométricos sdo grandes, promovendo elevacées da PA média de 2523 mmHg em centages com pequena massa muscular (como a preenséo manual com o handgrip) mantidas por curto period (8s minutos) em intensidade baiva (30% da contragéo volntéria méxma ~ Cv¥).* Porém, esse aumento € inuenciado por falores que modiicam © grau de oclusao| ‘vascular. Assim, contiagbes entre 20 @ 40% da CVM goram coclusdo vascular parcial, mas contrages acim de 608% da CAM procuzem actus vascular total de modo que quanto maior a intensidade do exercicioisométnco, maior a ocluséo ‘Aerdbico Isométrico Dinamico Presséo Arterial Clinica 1 4 (handgrip) soul ‘Ambulatorial 1 2 2 Mecanismos Fungo Endotelial 1 1 t {oteto sistémico) (feito local) (ito sistémico) Rigidez arterial 1 2 2 Regulagao simpatica 4 mous ~ Estresse Oxidative 4 out 2 Inflamagao 1 2 2 Figuad_ Quadro lusrabve dos fatos dos tnamartosaerdbeo eesti kor dco ereshco dnaricona pressa0aTatal @aguTs MecaieTO$ de reguagae dessa pessao.+- min, rene, -aumanta ? rio corhoods, EXEACIGIOFISICO E PRESSAO ARTERIAL: EFEITOS, MECANSSMOS, NFLUENCIAS E IMPLCAGGES vascular, 0 acdmulo de metabOltos, a vasoconstigéo, @ AVP a elevagdo das PAS/PAD, Tamibém se observa uma relacio direta do aumento da PASIPAD com o tamanho da massa ‘muscular conteiga, Seals ef al relalaram aumentos da PA ‘média de 25:3 mmltgno hardrip, 3928 mmHg na extensio de oenose51 +3 mmHg nolevantamento tera, Para inalza, ‘a duragao da conragéo também promove aumento progressivo da PA, devida a0 acimulo progressivo de metaboltos. Considerando-se a execugaa do exercisoresistico dndmi- co,0s mecanismios se assemenam, emparte, aos d0 exercico |somérioo (Figura 28). nclmente, ha ativan do comando central, Ievando & redugéo da ANP e aumento da ANS, {que aumenta de imeciato a FC. Porém, citerentemente do ‘exerci isomético, na dinaico, as cantiagies sequenciais da musculature estimulam o mecanorreflera muscula, len sticando essas alleracées aulondmicas. Simultaneamente, & Ccontragéo muscular intermitente pravaca redugo do retarno \enoso durante a contvaga0, mas aumento nos periodos de ‘siaxarnenlo, de modo que o VSnga ciminui nesse exerciciae, cconsequentemente, o DC aumenta*Adicionalmente as contra (¢bes provocam octusdo vascular intrmitente, possiiitando a Femagao apenas parcial dos metabdits e, cnnsequenternente, stivando o metaboreflexo muscular, que contnibu' ainda mais para 0 aumento 6a ANS.*A ocluséo vascular aumenta ainda a resistencia vascular da regiao atva 6 a atvacao da ANS Ccontribui para aumentar resistencias das regiées inalivas, elevando a AVP. que conuntamente com 0 aumento do DC, provoca grande aumento da PA* Assim, diferentemente do ‘aumento linear progtessivo da PA cbservado no exercicio resistd isométnco, 0 exetcicio resistdo cinamice provoca ‘aumento intermiente da PA, havenda aumento durante afase cconcéintica,redugéo no petiado de travamento, nave aumento NAHIPERTENSAO ARTERIAL, de menor magnitude durante a contragio excéntica e nova redugo0 no interval ent as repetiodes.* Aolongo da série, a cada repetgio a faciga é mala antensidade reatva aumerta ®, consequentemente, 0 grau de oclusdo e 0 actimulo de Ietaboitos prognice,o que atva ainda mais os mecanismos suptacitades, gerando aumento progressivo de PA ao longo da série com os malores valores sendo alcancados préximo & fadiga concéntica® essa forma, durante @ execugio de exercicosresisbdos dinémicos, valores extremamente elevados de PA jé foram reletads, com MacDougal etal observancio PAS de até 480 ‘mtg, Diversos Talore inuenciam essa resposta, Quanto maior a massa muscular exeritada, maior 6 o aumento da A durante o exercicio* desde que aintensidade eo niémero dlerepstigoes sejam maniicos. Guano maior ainiersiiad= co exercicio, maior 0 aumento da PA para a mesmo numero de repetigies 8 potém se exercicios de diferentes inlensidade so condaides até a fadiga concéntica, oque pica em menos repetgdes no exerciciomaisintengo, o aumento da PA 6 seme Ihante* Dessa forma, o aumento da PA no exercico resistido dinamico depende da associagao da massa muscular exerc ‘aca, da intensidade do exerci € do numero ce repetigoes. ‘Alem disso, pata um mesmo exeicici. ncviduos hipettensos apresentar maior aumento da PA do que os normotensos.** ‘As tespostas da PA apo o exercicioresistido isométrica foram pouca estudaciss #08 daios exsientes se restingem ‘quese que exclisivamente ao exercico isométnco deena utlizando um protocolo de quatro séries de doss minulos de contragéo em 30% da GVM com do's minuto de descanso entra as séries. Com esse protocolo, a ocorréncia da HPE isométrico ainda é contraversa, com alguns estudos no A) Durante o Exercicio Resistide Isométrico B) Durante o Exercicio Resistide Dindmico ae | =) =a == | cs Qu ee { a —— eae r ere porsano wal PAS ns) PAD) Heo aaa: eoagnes Figuia 3 Quadro lustavo do compartrrero da peesio etal aslo (FAS) © dastSica PAD) bom ore de eave mecansmes duane ‘@2cugao de um axrico resid isomstin (pail A) @ andmico (pail 5). VS-voUrne ssiblco, FC tequBncia caiaca ANP ~alwlde ‘sa parasempaica, ANS atncads nencea sempatca,c—cariara,p pena 0C- débtocarciaro AVP reisténca vascular porica PAM pressao anal mécia 7 ‘coservandio recugo da PA” @ outros apontando diminulgdes de alé 20 mmHg na PAS nos 60 minutos de recuperagao ** (Os passives mecanismos dessa resposta foram anda menos estudados, mas a metnora do controle autondmico, ‘com aumento da ANP ¢ melnora da sensibidade bararefiex, {oi relatada em um estudo.® enquanto que cutro estudo* ‘observou aumentos do fhuxo sanguine e da conauténcie vascular scumpanhatios de reducao da funcao encitelal 3908 0 sxe"cici Isomettico Consicerando-s2 0 exerci reside dinérico,aresposta hhpotensote pds-exeIcitio g semelhante & oblid com oer" cio aet6bico "A interupcao abrupia do exercic, pancipal- mente quando de alta intensidade, promove vasodilatago da musculatura atwa com ciminulgo da AVP do retorno venoso, do VS. do.0C e, consequentemente, com reducao intensa de PA que pode causar siniomas e sincope.’ Ressaita-se, no er- lant, que dierentemente do exerccio aerébico, arecuperaco ava, que podena minimizar esse efeto, no €realzaca apés ‘oexercicto resistido, restando apenas a elevacao das pernas ‘como manobra para minimizarsintomas. Quanto a HPE,recugdes médias de 14/4 mmHg nas PAS) PAD tém sco relatadas em condigaes lboratorias"Porém. & manutengio da HPE em conddgées ambulatrias fl observada por até 10 hocas em um estudo ® mas néo fl obi em outro ‘estuco.® A resposta hipotensora parece ser potencialzada com ‘exercicos que envolvam maiores massas muscuiarese maior volume (niimera de série e/ou repetigées), enquanto que o aumento da intensidade do exercicio nao parece aumentar nema magnituce nem a duracio da HPE resistda cinamico ‘Os mecanismos responsdves pela HPEresisido indica sho controversos. Algumas populagdes apresentam redugao do DC e autras da RVP.Assim, em homens saucéveisjovens €@ idosos, a diminuigéa do DC predamine; em mulheres jo- vens, a redugao da RVP tem sido verficada; € em homens de meia dade, alguns individuos apresentam redugdio do DC e outos da AVE Pare compleiar os estudos relatam aumento do uxo sanguineo pés-exercicio, mas a tungao ‘endotelial pade fear aumentada cmnuida®” ou manta * ‘Os estucos relatam também diminuicao do VS pos-exerccio, ‘enquanto a FC permanece aumentada pela elevagao do balango simpatovagal cardiaco.** O treinamenta resistido someético promove reducao da PA clinica, (Figura 2) com uma metanalise demonstrando ‘iminuigbes na ordem de -5/-2 mmHg.* mas a redugao da PA ambulatorial no fol realada, Destace-se, noentanto, Que ‘a maioria dos estudos com a PA clrica fol realzaca com 0 ‘exercicio isométnico de nanogrp, de modo que esse eteto hipotensor ndo pode ser extrapolado para outros exercicios isométrices, Alem disso, a maiona dos estudos empregou Um Gnico protocolo de trenamento de handgrio (quatro sénes de dois minutos de contragao em 30% da CM com dois minutos de intervalo passvo),restingindo o efit hipotensor ‘alesse protocolo especttica. ‘Os mecanismmos eubjacentes a esea resposta hipatensora ‘ainda ndo foram elucidados, Jé fol elatado aumento da fun- ‘cdo endoteial apés 0 trenamento isomético de hang, mas esse efsto 6 apenas local, ocorrendo somente na ego ‘exerctada, 0 que toma improvavel que o efeito hipotensor do treinamento isométrico se deva @ efeitos vasculares, Por out lado, um estudo relatou alteragées benéticas na modulagéo sutondimica cardiaca 2 peitéica® mas Gnico eslucio® gue meciu direlamente @ ANS nao relaiou reduce) fem normotensas. Por fim, um estuco cbservau melhora de matcadores de estresse axidativo apés o treinamento isometico © efeito do treinamento resistido dinémico sobre PA clinica ® mas no ambulatorial jé foi constatado em rmetandises sobre o assunto (Figura 2). Porém, a qualidade rmetodoldgica ca iteratura que sustenta a redugao da PA em hipertensos com esse treinamento & baixa e, portato, mals esludos randomzados e controados sao necessérios. Com os e-studos atuass, a recugao mécia observada é ce -3-2 mmHg ‘Algunsfatores relaconados as caactersticas Gopxotacoo de treinamento podem maximizar a fedugao PA clinica com treinamento resistido aindmico. Assim, a maior redugéo da A parece acorrer com 0 trinamento de maior volume (28 exeicicos/sessaa, > 3 esses sean) Fore, esses su fads necessitam ser confirmacios e estendicos pata efeto ‘da mensidade e da massa muscular envolvidas no exercsc, (Opossive fais hipolensar cinico do treinamenioresisico cindmico pode estar teacionadl s0s eft desse teinarento| rmelhorando a fungéo endoteia* o que ceve cerivar do au mento intermitente do fuxo senguineo na musculatura durante sua realizacao, estimulanco a liberagao de NO. Por outro lado, o reinamento resistide cinémico parece no madificar a ‘modulagao autonémica cardiovascular o que vai ao encontro {a conhecia auséncia de efeito dessetremnamento na FO. CONSIDERAGOES FINAIS Diante do exoosto, observa-se que durante o exercicio 251000, PAS, mas N30 @ PAD, eumenta, senico essa esg0sia Felacionada ao aumento do OC e manulengao ou recugéo da RVP.A magnitude desse aumento depende da intensida. de, mas nfo da duregao do exercicio. ApSs sua execu, corre HPE, cujo mecanismo mais comum é a redugao da VP e que pode set exacerbada com a aumento da draco do exercicio, Para completar, cionicamente, 0 treinamento aerdbio reduz a PA clinica e amulatanal de incividuos com A elovada, send esse fatto relacionad a redugao da RVP mais evidente com frenamento de maior volume, Desse mod, o teinamento aerébico € inicado para 0 tratamento dahipertensio arteral, covendo ser realizado com intensidade eve a moderada, envolvendo maior massa muscular e mator volume para que se obtenha maior feo hipotensor agudo & cibnica, sem grande etevagdo da PAS durante @ exeougeo "| CConsiderando-se o exercicioresistico isomético, durante ‘sua execuga ccorre aumento da PAS @ da PAD devido, prin Cpalmente, ao aumento da RV Esse aumento € proporcional ‘massa muscular, ntensidade e duragao do exercicio. Esse lipo de exercicio pode promover HPE, mas as caracteristicas ue potencializam esse efeito © 0s mecanismos envolvidos no estéo claros, Para completar, cronicamente, esse 0 te amento reduz @ PA clinica, mas néo a amoulatonal, sendo esse efeio evidenciado apenas com um protocolo espectico de treinamenta de handgrip e os mecanismos envehicos esconnecidos. Dessa forma, apesar do efeita hipotensor nico, otreinamento isométrico ainda nao é recomendado para 0 tratamento da hipertensao arterial = Em relac&o ao exercioio resistido dinamico, duran. le sus execucdo, tanlo a PAS quanto # PAD aumentem Secale deel Sap 21522 EXEACIOIO FISICO E PRESSAO ARTERIAL: EFEI Cconsideravelmente e esse aumento & exacerbado em hiper- tensos, © aumento decorre tanto do aumento do DC quanto da FVP e¢ aumenlaco no exerccio de maior massa muscul, intensidade e ndmero derepetigdes, sendo os maiotes valores ‘send atingicos preximo a faciga concéntrica, Esse exerccio promove HPE, oorém seu mecanisino aind € controverso a magnitude de redugao pode ser potencializaca com fexercicies de maior volume. Pata completa ha eveléncias de que o teinamenta resistido cinémico passa reduzi a PA clinica, mas no a PA ambulatorial. Os mecanismas envol- vidos parecem se relacionar & melhora da fungao vascular e otremamento de maior volume parece mais eicaz. Assim, Co treinamento resistido dinammico ¢ recomendado em com pblemento ao aer6bico no vetamento da hipertensdo arterial, tomando-se cuidacos na prescncao (menor massa muscula, ‘menor intensidade, menos repetigoes, nao atingit fadiga 108, MECANSMOS, NFLLENCASE IMPLCAGGES NAHPERTENSAO ARTERIAL concénirica e pausas longas) para se minimzar 0 aumento da PA durante sua execugao? Em conelusio, a execugéa aguda do exercicio fisico promove aumento da PA, imedialamente apds a execugso bserva-se recucao da PA abalxa dos riveis pré-exercicioe, ctonicamente, 0 ireinamento pode aiminur aA, No entanto, = magnilude Gessas resposias bem como os mecanisrn9s subjacentes ¢ os latores de inluéncia dependem do tipo de exereicio, sendo necessérias mais estudos, principalmente em relagéo aos exercicios resistidos, CONFLITOS DE INTERESSE Os autores declaram nao possuir contltos de interesse na realizado deste trabaino ‘CONTRIBUIGGES DOS AUTORES. Tacos Ge autores contibulem signifeatvamente com o desenvolvimento do manuact. Todos fizerem areviséo bbioarétca, conmbultam para a elaboragao do texto e aprovarem a erste inal REFERENCIAS 1. Plowenan SA, Smth DL. Fisiologia do Execio - Para Said, Api e Devemperho 2 ed Feo de Janeo.Gusrabera Koo. oan 2010 2, Malachi MVB, Souza WKSB, Plank FL, Rodrigues CIS, Bransto AA Neves MFT, ea Vil Dretrs rasuere ce per: tenedo Arr Arg Bra Caro. 20161070 Suppl 31-63. 5, Poscatoll LS, Frankin BA, Fagara RFargunar W5, Kaley GA, ay CA tal. Amorian Colage of Spore Mode post on sland Exes and rypatansion. Med Sl Spots Exere 204 36°) 530-53, 4, Fler JP Young CN, Fadel Pu. Autonomic Rejustments to Exotic in Humane ns Commprohereive Physoiogy. 2018, pa7s-5i2 Rawal LB, O'Leay DS. Rx contl of he cvculaton ung fxereise chemoretexas and mecnanareta App! Pst (1095) 1900 602 407-18 6. Satin 8 Radagran G Kosko.ou MO, Roach RC. Skate muse ‘ood fow in Pumans ans regula cunng exis. Acta Prot Seand 1698 16219) 421-20 7. Halil JR, Sieek De, Romero SA. Buck TM. Ey MR. Blood rescue regulation x what happens when te muscle pump Ibloet Postexerisenypotencon and synecpe Eur! APD Prysil 2018:114 561-78. ©, Pacenha , Bartle, Bro LC, Paua-Ribero M, lve RS Golaberger J. Metnocs of assessment ofthe postexercise carci autonome recover: A metnosologia eve. nt J Carel 2017:227°785 802, 8. BAH0LG, Fecehio RY PagannaTT AncraceLine A Halil J Forjax Li. Postonercie mypotecion a aciicl tel. «he gjebrce inthe wall JAm Soc Hyperene. 2011212) 058-64, 10.Carpo-Rhrne, Moncada Jiménez Seaza- Rojas VW, Slore erera A Acute Efors of rene on Blood Pressure A Me ‘nay tovesigation Arg bras Carle 2016 108) 422-22 1 Tayo tbee NS, DaogelOR, Brown MD NeCale SD Pratay RE Feral RE, tal. Ambulatory ood press. ator ate aereS9I0 alder nen wth eeonil nyperenon Am J Hypertens, 20001 fae 12. Cardoso 06 J Gomides RS, veto AC, Pinto LG, ca Svea {ooo ‘nue! tl Aeue and enone eects ead and Ieitarco ereicse on areuiatny cod ress. Cie (a0 Paulo) 2010059) 317-25, 18.Jonas H, Goorge K Edna B Aton G. lstha magnitude f ‘cut pos-oxercise hypotension madated by exercise infant ‘or total werk cone? Eur J Appl Physiol 2007. 1021} 33-40 14.deBrto LO, Rezende RA, da Siva Junior ND. Tinucl, Casa IDE, Cipoila-Neto4. eal. Post Exeriee Hypotension an is Mechanisms Diter eter Moming and Evening Exercise: Aan ‘domized Crossover Study, PLOS One, 2016;10(7):e0132458, 18.Brto LC, Quetrez ACC, Forjaz CLM. Influence ot popula- tion and exercige protocol characteristics on hemecynamic ‘detorminante of post-seroble exercise hypotension. Sra2 J ‘Mea Biol Fes. 201447 (8625-26. 16 Foaz CL, Ramos PR, TiuoaiT, Onaga KC, SalomaoHE,lgnés EC. et al Postexecise responses of muscle sympathetic neve acy and blood flow to hypennsuinemia in humans. J Apo! Physi 199,872) 824-0, 17 Hawi JR, Dinenno FA, Diewz NM. Alphe- Adrenergic Vascular Responsiveness dung Postecise Hypotension Humans. Physio! 2003 55011) 270-88 18 MeCoro, Halil JP. 1 anc H2 receptors mediate postexercise Iypareriain sedentany and endurance exetse-raned men ard woman J App Pyso (1085) 2006 101/6)1603-70t 19 Petz Boe A, de Areca JA, Mgioi L. Fenco OL. Pharmacs logical Potential of Exoreso and RAS Vasoacive Pepiies for Provonton ofCiseaees Cust Pot Pept Set 2013; 14(6) 450-71 20 Comeliscen VA, Smatt NA. Exercias training for blood pres sip. a systematic review and meta-analyas. J Am Hoar Aseoe 2013.2(}}2004472 21, Soaner P Guieuc T, GremesuxV, AnisalsD, HerpinD, Bosauet The amaulatory nypotenaive eect of aerobic traning: & ‘appraisal through @ meta-analysis ofselacted moceraters Scand J Med Sei Sports. 2017.27(3) 327-41 22 Thissan DH, Cable NT, Grea Du impact of exercise raining on xteral wal thickness n humans, Clin St 2042 122(7) 211-22, 23,Gliemann L, Buess R, Nyberg M, Hoppeler H, Ceiozola A, Thaning Pete. Capilary growth, ultrastructure remodeling and exerciee training in ekeetal muscle of essential hyper tensive patients. Acta Physiol (Ox). 2018:214(2)210-2 24, Huang C, Wang J,Deng S, he Q, WuL. The eect cfacrobic ‘endurance exerci on pulee wave veloc and intima meds. thickness in acults: A systematic review and mete-anelysi. Scand J Med Sci Sports. 2016 26(5):478-87. 25 Lefs2a MG, de Mais LD, Tombeta IC, Braga AM, Foveda ANS MJ otal Exercise traning restores baotoix senstmty n nove: ‘weal fypertansve pabons. Hypertens 2007, 4016) 1208-206, ma 28 Neucome SC, Thjssen DH, Green DY Etec of exercise on endothelin and endainalumsmaan muscle cos ak ra of xarie ncuced homedynaris. J Apel Phys 1968) sorrtrigyattead 27 Comeissan VA. Fagard AH Efecto Ecrance Ting on Bead Pressure, Seod Passe Aeguling Mecnansrs, 2rd Cardovascul isk Pairs Hypertension 2005464) 657-73 28 Koreage Laveen Mt. Matchkov VV. Hypertension and physlal Cesce: the ue of exdatve seo, Medlcna ata) Bote seq t9-27, 29.Lima LG, Bonar JM, Campos GO. Beran! AF Scher LM Loutaceunlor Petal Efecto erebietaing ane eroole tnd essence tering ont Iemmetoy statue of hyper {ensive cls acute Aging Cin Exp fee. 20152714 400-9 <0 AsmussenE. Selarties and aesimianaes beeen sabe ana Gynam xeroea Cre Fae 1061 #6 72 "0 2 Seas, aareun A, Hanson? Ptr FL. NaglF esas cardcvatour purse sate cotacten terra owes “Tegel Prysol Beep Erion Bere Phys 1989541) 407 {2 Fiedman D8, Ped C, Michal JH, Carcovascuarresponsos te volta ana novehetaty sia vere nMumane J Mop Pry 1865) 1982 73) 1962-5, {83 MacDougal, TuenD, Sle DG, Mora JR, Stlon JR. Atal Bax pressure response hasty esitance exercise 9 ADDL Pry 1665) 1888 58) 765-20 {4 Mocartey N Aouta responses tradteno taining and sefty We! el Sport Exee 199 311) 31-7 35 Havam D MoCarneyN, Mokeive R MacDovgal JD Drect ‘Nesters of tsa Sood recauta ang Formal Wogan inginCardas Patents JCarcopum Pena 128886) 210-25 28 de Souza Naty S, Gomes RS, da Sa GV. de Moraes Fora2 GL. WienO vr TnuoeT nve-arenalbiod presse reseensen hybatensne supers dung ew ano ghey ees brroae Cince 20106819 2717 7. Bato\C, KennoK, MeGonanC. Poet Barge Hypctenion. fects of cue ino rvoncisomericHandgrp nisi Cooled Hyperensvs CrtRev ys mana SOT2 Zaid 238 Souza LA Viento 8 Molo GA, Morace VC, Cer AR Souee IGretal Acste Hypotension Aer osereteitensty Han Exercise in Hypertensive Eery People. J Strength Cond Fes. 2016 3{10):2871-7 39 Tor AC MeceneyN Kamath ey AL emer Tang Lye Rest ood Presse anc Mcclsles Atonome Cont Me Si Sper Exar 2008380) 251-5 4 MeGowan CL, Levy AS, Ml Pu, Guzman JC. Mele CA. Me: Carey N stat Acts vsculertesponees ta lsometne here saree andes elvanngeiperere medesadior poten sion Am Prysel Cre Phyo 2005 291.1770 4 Mola WR 8 OneraR, Data MT ParconoE, Tra DF Lima Fetal Acute and cron att oes etre on Dood preseun hypotensive adety women. J Stara Cond Fs. Eoisaria seo 42 Poscatlo LS, Kulkowen JM, The ateetacs ot dynamic xercise on ambulatory blood pressure, Med Sci Spans Exerc 200 3(11) 1858-81 48, Quetoz AC, Gaglar JF, Foraz CL, Rezk CC. Cinic and Ambu latory Blood Pressure Fesponses After esistance Exetcise J Svengih Cond Res. 2000232) $71-8, 44.cesonatto J, Goessler KF. Cornelissen VA, Cardoso JR, Polito MD. The blood pressure-owering effect of a single bout of resistance exercise: A systematic review and me analysis of randomised contolad trials. Eur J Prev Cardiol. 2016:23(16):1700-14 45, Fecenio RY Brito LC, Peganha 7, Forjaz CLM. Exerccifisico ra reducio da preseso arterial: Por qué? Como? Quanto? Rev Hipertens.2017;20(1):3-15. 46. Brito Ade F. de Olivera CV, Santos Mdo 8, Santos Ada C. High intensity exercise promotes postexercise hypotension grester than moderate intensity in elderly hypertensive in Widuals. Cn Pryeiol Funct imaging. 2014:342):126-2. 47. Franklin NC, AliM, GoslawskiM, Wang E, Philips SA. Reduced vasodilator function following acute resistance exercise in obese women. Front Physol 2014;5:253. 48, PoitoMD da Nébrega AC, Farina P Blood pressure and forearm ood fow afer mule seta cf a esate exercioe forthe loner limbs Blood Frees Mont 2011.1014) 180-5. 49,Loper-Valenciano A, Rulz-Pérez|, Ayala F, Séncher-Meca ‘J Vera-Garcia FJ, Updated systematic review end meta- Analysis on the role of leometie realetance traning for rect ing blood pressure management in adults. J Hypertens 2019;37(7: 1320-33. 50, McGowan CL, Visco A, Faulkner M, VerduynR, Rakobowchule IM. Lev 2S, et al. Isometric handgrip trang improves local flow¢medilod lation in medicated hypertensives. Eur J ADDL Prysicl 2007 993) 227-34 5. Ray CA, Carsson Di Iomtic handgrip traning reduces arte pressure atest witout changes n symoatnetic neve acy, Art ‘I Physol Heart Gre Physial 2000 2707] He45-9 52, Peters PG, Asie HM, Hagerman AE, Astton T. Nagy 8, Wey AL Share ise exereise reduces eyetolcblood pressure In fypertanaia adits: Posabl ol ct reactve oxygen spo0iee Int J Carel. 2006, 1102) 189-205, 65. MacDenale HV, Jonngon BT. Huedo-Medina TB, Livingaton J, Forayth KC, Kraemer WJ, etl. Dynamic Resistance Training 8 Stand-Alone Antihypertensive Lifestyle Therapy: A Meta ‘Analyse. J Am Heart Asse. 2016'5(10):200223 54.Ashor AW, Lara J, Siero M, ColiesMoralee C, Oggtoni C, “Jekovjevic DG, et. Exercise modsltes and endothelial func- ‘ion: aayetematic review and dose-reapense meta-anayele ot ranciomized controled tras. Spore Mec. 2016:46(2) 278-66. '55.Bhati® Moiz JA, Menon GR, Hussain ME. Does resistance ‘raining modulate cardiac autonome contol? & systomatic review andi meta-analysie Clin Auton Res, 2019;29(1): 75-103, 56.\an Hoot. MacorF jen, Staessen Tie L Vance L, et Efecto Svength Training on Blood Pressure Messuredin Various Condon n Sedentary len nt Sports es. 1996 17(6)45-2

Você também pode gostar