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Epidemiologia – 1ºprova

 Caracteriza a ocorrência e o porquê da ocorrência.


 Estudo sobre o que está ocorrendo na população.
- frequência, distribuição e determinantes de saúde e doença.
 Coletar dados e informações, sobre: manejo, ambiente, alimentação.
 Frequência: Quando e como.
 Distribuição: Onde e em quem.
 Determinantes: Fatores que induzem os fatores de frequência
características.
 População: Quem e como é a população
 Saúde/Enfermidade.
 Objetivo
 Controle e prevenção das enfermidades
 Obter informações

 Etapas
1. Reconhecimento do problema
2. Estudo do conjunto dos fatores
3. Solução do problema

Utilidades da epidemiologia para med. Veterinária?

 Determinar a origem da doença, quando a causa é conhecida.


 Investigação e controle da doença, quando a causa não é conhecida.
 Aquisição de informações da ecologia e história natural da doença (possíveis
reservatórios e vetores).
 Planejamento e monitoramento de programas de controles.

Clínica Pato/Micro
Epidemiologia
Objeto Animal Amostras População
Local Consultório/ Laboratório; Sala Local onde está
Hospital de necropsia. ocorrendo o
problema.
Objetivo Diagnóstico e cura. Definir lesão e Saber como
agente. controlar e/ou
erradicar.
Procedimento Anamnese Necropsia, análise, Estatística, coleta
semeadura. de dados. Estudo
epidemiológico.
Observação do
local onde está
havendo a doença
Questões Como? Histórico Locais?
Frequência? Onde? Quantidade?
Sinais? Frequência?
Época? Idade?
(Observação)

Formas de ocorrência da doença


 Formas de ocorrência na população:
 Indene: Não foi detectado.
 Não autóctone: Doença que veio de outro País/lugar
 Autóctone: Infectados no próprio lugar/País
 Estrutura:
 População contigua: criadas juntas.
 Populações separadas: não tem contato nenhum. Medida de
segurança: 100m de distância, plantas (cinturão verde).
→ DE ACORDO COM A RECEPÇÃO DE NOVOS ANIMAIS
 Populações abertas: Chegada de animais;
 Populações fechadas: Não tem introdução de novos animais.
 Distribuição temporal:
 Indene: nunca houve registro naquela população.
 Esporádica: ocorrência de casos isolados. Ex: raiva.
 Endêmica ou Enzoótica (população animal): número de casos
esperado.
a. HIPERENDÊMICA
b. MESOENDÊMICA
c. HIPOENDÊMICA
 Epidêmica ou Epizoótica: número de casos acima do esperado.
 VARIAÇÃO CICLICA:
a. Variação cíclica sazonal – número médio de casos esperados
em determinada época. Ex. dengue na época da chuva.
b. Variação cíclica secular – comportamento da doença ao longo
dos anos
 Pandemia: uma epidemia que afeta vários pais ou continente.
- TODA EPIDEMIA É UM SURTO, MAIS NEM TODO SURTO É UMA
EPIDEMIA.
 SURTO: Número de casos esperados de um determinada doença e em
determinado espaço de tempo. Analise é feita através da estatística. Grande
número de casos.
COLOCAR OS GRÁFICOS DE EPIDEMIOLOGIA: Esporádica, Endêmica,
pandemia

Curva epidemiológica:
 Fatores que afetam a curva:
 Período de incubação – desde a infecção até os sinais clínicos,
agente em ampla multiplicação
Período de incubação intrínsecos – período de incubação no vetor
 Fase podrômica – fase onde começa os sinais clínicos
 Período de latência – sem multiplicação do agente.
 Infectividade do agente;
 Proporção de animais susceptíveis.
 Densidade animal;
 Virulência do agente
 2 tipos de curva:
1. Epidemia em ponto
Todos os casos são infectados a partir de uma mesma fonte;
Se remover a fonte de infecção não há novos casos da doença;
- Aberta: limitada de pessoas e ao mesmo tempo (poucos dias);
-Fechada: nº limitado de pessoas, tempo mais longo.
2. Epidemia propagativa
Mais difícil de ser controlada
Gera uma nova fonte (um caso inicial que transmite para vários)
Enfermidades infectocontagiosa
Prevenção: quarentena, vacina, utilização de álcool gel, maior
ventilação (circulação do vírus ser maior) ...
 Distribuição espacial:
- Ver a distribuição em mapas.
 Morbidade:
- Taxa de transmissibilidade.
- Calcula a incidência de uma doença
 Mortalidade:
- Calcula em cima da população total.
 Fatalidade:
- Relacionada com a virulência.
- Calcula só a população que está infectada.

Valor dado em %.
P = Nº de doentes X 100. I = Novos doentes X 100
População População de risco P= Prevalência.
I= Incidência
M = Nº de mortes X 100. F = Nº de mortes X 100. M= Mortalidade
População nº de doentes F= Fatalidade
Cadeia do processo infeccioso

1) Fonte de infecção:
2) Vias de eliminação:
- Secreções e Excreções. Ex: urina, saliva, fezes.
3) Mecanismos de transmissão:
Horizontal: entre os indivíduos.
Contato direto: não tem contato com o ambiente.
Contado indireto: Fômites – objetos; Vetores – Biológicos ou
mecânico; Veiculo – Ar, água, alimentos.
Vertical: Da mãe para o feto e/ou amamentação.
4) Vias de Penetração:
5) Interação agente-hospedeiro:
- Patogenia
- Resposta imunológica.
 Novo hospedeiro:
 Vias de penetração.
 Suscetibilidade/ Resistência.
 Refratariedade.
 Tipos de infecção:
 Infecções subclínicas
 Infecções clinicas (aguda)
 Infecção persistente crônica
 Infecção persistente latente
 Infecção persistente lenta
 Oncogênese
 Formas de ocorrência das doenças no individuo:
 Forma típica
 Forma atípica:
- Subaguda
- Superaguda
- Crônica
Determinantes da enfermidade ou fator causal
 Analisa todos os fatores que interferem na morbidade da doença.
 Teia causal: tudo que interfere na doença, fatores nutricionais, idade, patologia e
etc.
Classificação dos determinantes:
 Primário ou Secundário
Aquele que não pode
Facilitador da doença.
faltar, sem ele a
doença não ocorre.
ESSENCIAL
 Intrínseco ou Extrínseco

Faz parte da
Ambiente, manejo, algo
característica do
que envolve o paciente.
hospedeiro. Ex: idade,
Agente, localização...
estado imune,
comportamento...
 Extrínsecos:
- Animados -> Seres vivos, ex. endoparasitas e ectoparasitas
- Inanimados -> Seres não vivos, ex. alergenos, físicos e químicos.
Tríade epidemiológica

AGENTE

HOSPDEIRO AMBIENTE

2 tipos:
 Doenças Multifatoriais (triângulo equilátero)
Os 3 vértices apresentam a mesma importância, ou pelo menos 2 vértices tem
importância na doença. Se bloquear 1 dos vértices a doença não acontece.
Exemplo: mastite ambiental
 Doenças Simples
Um vértice pode ter mais importância que o outro.
Doenças mais patogênicas – exemplo: Peste bovina (onde o agente é mais
importante do que as demais vértices), Ebola (virulência do vírus), Tuberculose

Determinantes do hospedeiro
 Idade
- Faixa etária e manejo instituído a ela.
- Status Imune (Rodococose em potros, Salmonelose em suínos com + 2/3
meses)
i. Imunidade passiva
ii. Imunidade ativa
- Enzimas/fatores necessários
- Maturidade celular
 Sexo
Características:
- Hormonais (Diabetes mellitus em fêmea no cio, Osteoporose na menopausa)
- Ocupacional/profissão (machos que puxam carroça)
- Sociais/Etiológicos (machos territorialistas)
- Genéticos (hemofilia em machos)
 Espécie, Raça, Linhagem
- Ter ou não ter receptor.
- Predisposição racial – Hereford x carcinoma ocular →raça de pelos brancos.
 Cor do pelo, pele
- Fotosensibilização
 Tamanho, conformação, composição.
Displasia, partos distócicos, melanina, Colibacilose (conformação da teta
grandes e globosas, fazendo com que o leitão não ingerir-se imunoglobulina o
suficiente para montar a resposta imune), mastite (composição: ácidos graxos...)

Determinantes do agente
 Animados
- Endoparasitos: bactérias
- Ectoparasitos: carrapatos
Condicionamento, fenotipicamente (características estrutural do agente) e
genotipicamente (virulência e patogenicidade).

TIPOS DE VARIAÇÃO GENOTÍPICAS:


- MUTAÇÃO
- RECOMBINAÇÃO
- CONJUGAÇÃO
- TRENSDUÇÃO
- TRANSFORMAÇÃO
 Inanimados
- Físico: traumatismo, temperatura do ambiente, umidade...
- Químico: desinfetantes, venenos, subst. Tóxica....
- Alérgenos: poeira, polém...
→ INTERAÇÃO DE AGENTE ANIMADOS: dois agente animados agindo
para que a doença aconteça.
→ INTERAÇÃO AGENTE ANIMADO X INANIMADO: Junção entre o
objeto animado e inanimado. Ex. Tétano
 Agente infeccioso
o Infectividade: número de agentes necessários para que a doença ocorra.
o Estabilidade: quanto tempo o agente fica viável e com condições de
infectar, no ambiente.
o Virulência: grau de agressividade.
 Características intrínsecas do agente
- condicionadas fenotipicamente (ambiente determina o genótipo) e
genotipicamente (presença do código genético)
Variações genotípicas
- Exemplo: mutação, conjugação, transformação, transdução
→Bactérias ficam mais resistentes.

 Gradiente de infecção (em resposta...)


- Inaparente ou silenciosa (não tem nada clinicamente e não diminui a
produção);
- Subclínica (não tem nada clinicamente, mas provoca queda na produção);
- Clinica (são sinais clínicos evidentes detectadas a olho nu).

Imune:
Não susceptível: Hospedeiro tem anticorpo
Hospedeiro não tem especifico que combate o
receptor para o agente. agente.

Cura clínica x Cura microbiológica:


 Cura clínica – sem sinais
 Cura microbiológica – o paciente pode esta disseminando o agente
(estado de portador).
Determinantes do ambiente

- Clima
1. Ambiente físico
-Abrigo

- Plantas
-Solo
2. Ambiente biológico
- Reservatório

-Plantas

-Homem
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL:
- VEGETAÇÃO: samambaia -> tumor mandíbula em ovinos.
- BARULHO: ocupacional -> surdez
Estresse -> imunossupressão, produção leiteira, abortamento e
índices reprodutivos.
- SAZONALIDADE: Macro e microclima.
 Clima
- Macroclima: tipo climático de um país e/ou continente (região).
 Precipitação pluviométrica;
 Evapotranspiração;
 Umidade;
 Radiação solar;
 Vento (velocidade e direção);
 Temperatura.
“o clima interfere no estado do hospedeiro e na sobrevivência do
agente”
- Microclima: características de uma pequena região (galpão, baia, canil,
propriedade rural)
 Precipitação (afeta casco e pele), vento (velocidade e direção),
umidade, temperatura, radiação solar (fotossensibilização), gases,
ventilação, poeira...
 Abrigo
- Contra variáveis climáticas
- Tipos e refúgios adequados:
Naturais ou construídos
Superfícies laváveis
Facilidade para reposição
Facilidade para remoção de restos.
 Solo
- Formação geológica local: responsável pela distribuição espacial de animais,
plantas, vetores, reservatórios e doenças.
- pH, macro e micro nutrientes, porosidade, composição química
 Homem
- Introdução da doença no ambiente (leva patógenos de uma granja para outra).
 Manejo e práticas instruídas.

Investigação epidemiológica

Perguntas:
1. O que? 4. Em quem?
2. Onde? 5. Como?
3. Quando? 6. Porque?

Investigação:
1. Avaliação qualitativa Distribuição
Transmissão
Perpetuação
Agente
Ambiente

Hospedeiro

2. Avaliação quantitativa TAXAS: (valores


numéricos)
Morbidade
Mortalidade
Fatalidade
Prevalência
Incidência
Estudos

1. Estudo experimental (hipótese, DEVE TER UMA INDUÇÃO)


Fator A ---Provoca--- Fator B
 Como provar? Introduzir-se fator A e medir-se fator B
 Vantagens
- Condições controladas: agentes, ambiente, hospedeiro.
- Elimina outras variáveis.
 Desvantagens
- Não reproduz as condições naturais
- Aplicação restrita: ética, custo elevado.
- Enfermidades com longo P.I (período de incubação)
2. Estudo observacional (naturalmente acontece)
 São observações feitas a partir de algo que naturalmente acontece, não tem
indução, mas pode ter uma hipótese.
2.1 Seccional-transversal ou Inquérito epidemiológico
 Visa determinar a frequência de um evento em uma população
em um determinado ponto no tempo (AGORA: HOJE) – uma única
analise em um período de tempo;
 Sem hipótese;
 Características mais estudadas: doença clínica (% de doentes),
anticorpos (% de soropositivo), agente (% de portadores), fatores de
risco.
 Resultado é dado pela PREVÂLENCIA
P= Nº de indivíduos afetados
Total de indivíduos estudados
Utilizado em: Diagnostico de situação, Avaliação de programas de controle...

- Analise de 1 momento na linha do tempo.


2.2 Longitudinal → Prospectivo (futuro) ou Retrospectivo (passado)
 Com Hipótese
 No mínimo 2 analises
Passado – Restrospectivo Futuro – Prospectivo
Tbm conhecido como Casos-Controle* Tbm conhecido como Coortes*.
(doentes-sadios)
Tem uma hipótese que é confirmada Tem uma hipótese: O que acontecerá
através de dados históricos. com os expostos?
Não poderá induzir nada.
Analisa os fatores que podem ter Nº de expostos -> % de doentes.
precedido a doença (antes do Nº de nº expostos -> % de doentes.
surgimento da doença). Prevalência
(número de doentes)
Limitações: Qualidade da informação Resultado se dá através da Incidência
e falta de registro. (novos casos)
Vantagens: Rápido e barato

*Usa-se em concursos.
Risco = probabilidade da ocorrência de um evento no num período de tempo
determinado.
Total da população; nº de expostos: população total
Grupo dos expostos; nº de doentes: nº de expostos
Grupo dos não expostos; nº de doentes: nº de não expostos.
Prospectivo
Risco relativo = razão entre a incidência da doença em indivíduos expostos e a
incidência não expostos. Quantas vezes mais tem chance em relação aos que não foram
expostos.
RR = Rexp ÷ Rnexp
 RR > 1: indica uma associação positiva entre o fator e a doença.
 RR = 1: ausência de associação entre o fator e a doença.
 RR < 1: indica uma associação negativa.
Risco atribuível = A diferença entre os animais expostos e os não expostos. Percentual
de risco.
- É o aumento do risco da doença devido a exposição a um fator de risco.
RA = Rexp – Rnexp
Fração atribuível (FA) ou Fração etiológica = a fração da doença em que pode ser
realmente atribuída a exposição do fator de risco.
FA = RA ÷ Rexp
Propriedades do prospectivo
 Estabelecer a incidência, PROBABILIDADE DE SER INFECTADO.
 Mesma lógica de experimentação
 As condições são naturais
PROBLEMAS: demorado, mudança do agente, falta de controle dos infectados...
Problemas éticos.
Para o trabalho:
Montar a cadeia, a tríade, montar a investigação.

Enfermidades emergentes e reemergentes

R  Mutação ou pela falta de controle.


População: Falta de imunidade, mudança de comportamento.
Infecções que já existiam e que rapidamente aumenta a incidência ou distribuição
E  Infectocontagiosa = doença que transmite entre os hospedeiros
Acontece na forma de EPIDEMIA e evoluí para PANDEMIA.
Infecções novas que surgiram em uma população.
Enfermidades emergentes
(Não precisa ser um agente totalmente novo, pode ser só para aquela população).
 Novo agente
Mutação: bactéria: resistência (uso de antibiótico), muda tropismo,
hospedeiro. Mutações Naturais ou induzidas.
 Novo hospedeiro
Mudança dos hábitos da população, transporte de carga
 Determinante do ambiente
Acidentes naturais, mudança de temperatura, aves migratórias
 Agente saí de sua origem. Fatores determinantes: agente, ambiente,
hospedeiro. Ex. Primeiros casos autóctones
Doenças Infecto-contagiosas: Algumas são zoonoses: leish, raiva, febre oeste do Nilo.
 Afeta:
-Mutações/Resistencia
-Pressão demográfica
-Fatores ecológicos(vetoriais)
-Transporte
-Expansão agricultura
-Aves migratórias
EX: Leishmaniose, Chikungunya, Febre Oeste do Nilo, Febre Amarela, Ebola,
H1N1 e H5N1, Hantavirose, Seneca Valley Vírus, Zika.
 Problemas contemporâneos
- Enfermidades erradicas
- Enfermidades controladas
- Algumas reaparecem
- Outras aparecem
Vigilância Epidemiológica
 Atuação dos Serviços veterinários
- Produção -Comércio
- Saúde pública - Turismo
- Segurança alimentar - Ambiente
- Biosseguridade
Comércio que tem produtos de origem animal: restaurante, feira e etc.
Cuida da biossegurança. Preocupa-se com a higiene, saúde e local.

Vigilância sanitária

Vigilância
Foca nos determinantes (agente, ambiente, hospedeiro). Deve
possuir dados.

epidemiológica:

1. Vigilância passiva:
 Baseada em informações relativas à ocorrência de doenças ou de
episódios afins.
 Relatos voluntários. (Dos comerciantes, proprietários dos rebanhos,
membros da comunidade, veterinários)
 Notificação são de extrema importância.
2. Vigilância ativa:
 Tem como propósito presença ou ausência de uma doença
especifica.
 Consiste na busca ativa da presença ou de evidencias da
enfermidade pelas equipes das agrodefesas ou serviços de saúde.
Defesa sanitária animal
 Barreiras sanitárias:
1. Barreira:
 Analise de risco da mercadoria e do país de origem
 Requisitos sanitários para importação.
Não deixar vim pro
País.
2. Barreira:
 Fiscalização do animal ou produto no ponto de ingresso.
 Inspeção e quarentena em portos, aeroportos
e fronteiras. Não deixar entrar no País.
VIGIAGRO: Sist. De
3. Barreira:
Vigilância Agrop.
 Monitoramento. Internacional.
 Vigilância epidemiológica:
- controle da movimentação de animais e produtos
- programas de prevenção e controle. Aquilo que já está
- quarentena. circulando.
 Funções da Vigilância:
 Promoção das ações de controle indicadas.
 Avaliação da eficácia das medidas adotadas.
 Divulgação de informações pertinentes.

4. Barreira:
 Ação das emergências sanitárias
- planos de contingência para combater pragas ou
enfermidades exóticas e/ou emergenciais que passaram pela 1º
barreira e vamos detectar na 2º.
 Emergências sanitárias:
- vigilância epidemiológica.
- plano de emergência
- apoio laboratorial
- legislação específica
- capacitação continuada:
> Interdição
> Avaliação e Indenização.
> Sacrifício e destino dos animais.
> Limpeza e desinfecção
> Animais sentinelas
> Retorna a condição sanitária

Biossegurança e Biosseguridade

Todos os conjuntos de medidas


que fazem para proteção humana. Medidas para proteção animal.
Ex: EPI’S. Normas flexíveis. Riscos assumidos.
→Biosseg uran
Normas permanentes. Prevenção/Seguridade.
ça:
Objetivo: 0% risco, 100% proteção.

  Paramentação
adequada (luva, máscara, óculos, jaleco)
 Capelas de Segurança Química (CSQ) “capela de exaustão”
- Quem está manipulando não se contamina. Fica em pé. Tem uma
mureta e um vidro regulável. Em cima tem um exaustor com filtro
hepa.
 Capelas de Segurança Biológica (CSB) “capela de fluxo laminar”
- Tem exaustor, vidro não é regulável, trabalha sentado, tem uma
barreira de a fazendo com que nada entre e nada saí.
CSB:
 Classe I:
- Não há proteção para o operador e o meio ambiente,
somente para o experimento.
- Material 100% limpo; ex: Embrião, espermatozoide...
 Classe II:
- Proteção do operador, do meio ambiente e do experimento
ou produto (com fluxo laminar)
 Classe III:
- É uma cabine de contenção máxima. É fechada com
ventilação própria.
- O trabalho se efetua com luvas de borracha presas a cabine.
 Nível de biossegurança dos laboratórios:
 NB1:
Agentes que não causam danos ao homem e meio ambiente.
 NB2:
Agente de risco BAIXO ou MODERADO
 NB3:
Doenças GRAVES e potencialmente LETAIS
 NB4:
Agentes EXÓTICOS e de ALTO risco.
NB1 E NB2:
- Acesso limitado
- Descontaminação da banca diariamente.
- Dispositivo mecânico para pipetagem.
- Proibido comer, beber, fumar e aplicar cosmético nas áreas de trabalho.
- Antes de sair: lavar as mãos e passar álcool.
NB3:
- Intensificação dos cuidados do NB1 e NB2.
- EPI’s completos.
- A roupa protetora deve ser tirada e deixada no laboratório.
- Desinfecção do manipulador na entrada e na saída.
NB4:
- Acesso controlado (ante-sala).
- Sistema de filtragem de ar
- Portas vedadas
- Esterilização de tudo o que for utilizado no laboratório:
Lixo e materiais reutilizados
Água e soluções.

 Biosseguridade:
*Suinos e aves tem maior importância.
 Programas de biosseguridade:
- Controle da multiplicação de agentes biológicos endêmicos.
Já ta presente, mas deixar em um nível mais baixo.
- Prevenção da contaminação dos rebanhos por organismos altamente
contagiosos e potencialmente letais.
- Controle e prevenção de agentes importantes para a saúde pública.
1. Isolamento - Localização
Adequar granjas existentes e construir novas seguindo exigências:
Vizinhos: tipo de criação, distância entre eles.
Estradas: distante, de pouca circulação.
Açudes ou lagos
Direção predominante do vento
Reservas: introduzir cercas, restringir circulação
Arvoredo – cinturão verde (min. 100m), nunca colocar árvores
frutíferas.
2. Controle de trânsito:
 Portão sanitário
Deve estar a pelo menos 15-20m dos galpões.
 Cercas
As cercas de tela (80cm) e arame farpado na parte superior até
atingir 1,5m de altura.
As cercas perimetrais devem estar a 20m das instalações.
 Aviso de: ‘’ Entrada proibida’’ e ‘’ Só para autorizados’’.
 Transito de animais, fluxos materiais e visitas:
Do núcleo mais novo para o mais velho
Área mais limpa para a área mais suja
Reprodutores
Incubatórios
Mais tecnificados
Comerciais
3. Limpeza e desinfecção:
- Banhos e trocas de roupas e calçados
Proprietário, funcionários, técnicos, visitas técnicas e outras
visitas. Ex. vazio sanitário, separação de materiais...
- Desinfecção (com solução desinfetante)
Pedilúvio/Rodolúvio
Pulverização/aspersão
Imersão/Fumigação

4. Prevenção, controle ou erradicação de patógenos:


- Quarentena (quarentena não é eficiência: latência, crônicidade da
doença, período de incubação longo...)
Sempre que houver introdução de novos animais no País ou na
propriedade.
Período de observação: 30 dias de acordo com a doença.
- Imunoprofilaxia (vacinação)
- Diagnóstico precoce:
Doenças de caráter agudo – controle rápido
Doença de caráter subagudo ou crônico – conhecer a
prevalência do rebanho.
- Saneamento do ambiente
Água
Dejetos de animais
Alimentos e condições de alojamentos
Lixo
Controle de vetores
Instalações adequadas
5. Monitoramento
Saúde do rebanho
Avaliação dos resultados
6. Auditorias
Rever medidas
Atualização.
7. Educação contínua: palestras, reuniões e incentivos.
8. Plano de contingência: ação conforme cada enfermidade

Imunização
- Passiva: anticorpos prontos.
1. Natural: colostro, transplacentária, transovariana.
2. Artificial: soro antirrábico, antitetânico, antiofídico – anticorpo
pronto.
- Ativa: induz a produção de anticorpo.
1. Natural: quando tem contato com o vírus
2. Artificial: vacina

Vacina
(Vacina viva: ectina contagiosa)
Constituintes da vacina: GATOS, CÃES, EQUINOS e BOVINOS
 Replicativa:
 Atenuada ou viva modificada: tirar ou diminuir a virulência e não a
antigenicidade (parte que o hospedeiro reconhece)
 Naturalmente atenuada: cepas sem virulência.
 Passagem em cultivo: vírus que perde a virulência ao longo
dos repiques;
Bacts: temp. e meio de cultura.
* Cinomose pode reverter.
 Passagem em ovos embrionados: vírus
 Temperatura sensíveis (termo sensível):
Vírus que se adaptou a baixa temperatura. Vacina: no
organismo replica pouco devido a temperatura ser mais
elevada.
 Marcadores antigênicos:
Tira a porção antigênica – A menor parte antigênica
(estimula o SI).
Usada na Doença de Aujesky “PSEUDO RAIVA SUINA”
(Herpes vírus)
Retira o antígeno (essa parte e usada na vacina)
Teste de Elisa: usado para identificar a porção retirada
 Modificados pela deleção
Tirar um pedaço (deve identificar em qual região do
genoma que ao fazer transcrição e tradução vai resultar a parte
(ptn) que dá virulência).
Risco de ter reversão.
Simulam a infecção natural
Se o agente permitir pode associar com marcadores
antigênicos (doença de Aujesky)
 Vetores virais:
Retira a porção do vírus que estimula o SI.
Estuda o genoma do vírus A -> Descobre qual é a ptn
antigênica -> recorta o genoma do A -> e insere no vírus B -
> vírus B é um vírus recombinante.
 Vacina recombitec -> Cinomose, não tem como reverter.
 Simula uma vacina viva, tem replicação mais ele é
avirulento.
 Não replicativa ou inativada
Agente morto, menor eficácia, deve ter mais de 1 dose por ano.
Vacinas inativadas:

 Métodos químicos/físicos: calor, pH, luz UV (radiação). MQ: Cloroformio,


formol, detergente, álcool.
Se inativar muito: desnatura ptn, altera função e forma, não será
reconhecida.
Desmonta parte do genoma do agente, mas ao colocar no
organismo, ele reconhece as porções.
 Vacina ptn’s recombinante:
Gene + plasmídeo (ou levedura): in vitro faz o plasmídeo se
multiplicar -> com o isso o gene do agente se multiplica junto ao
plamídeo -> faz a purificação dele -> e utiliza a ptn especifica.
 Vacina DNA/RNA:
Semelhante a ptn recombinante, porém ao invés de fazer a
purificação, utiliza o plasmídeo como vacina.
 Peptídeos sintéticos:
Sequência de 3-10aa.
Sintetizado em laboratório, para reproduzir uma ptn X.
Ex: raiva, febre aftosa e parvovirus. (Porém não é muito eficaz)
 Adjuvantes
 São potencializadores das vacinas não vivas.
 Promove estimulo no SI.
 Pode resultar em granulomas (mais casual) ou abcessos
(quando aplicada de forma errada com sujidades, resulta uma
infecção).
 Tipos de adjuvantes:
- Armazenamento e liberação lenta do Ag.
Oleosa: vai liberando pouco a pouco, e sendo
reconhecida lentamente.
- Estimulante de macrófago.
- Liberação de citocinas
- Estimulante de células Tc.
 Controle de qualidade
- Prova de esterelidade
Só um antígeno ou vários antígenos, não deve ter contaminação.
- Prova de inocuidade:
Testar in vitro e ver se estão inativadas ou atenuadas (produzidas
corretamente)
- Prova de potência:
Quantas doses são necessárias?
Testar funcionalidade da vacina.
Saber se gera uma boa resposta imune.
- Desafio:
Inocula o agente -> observa o resultado
 Eficiência?
- Não deve ter a doença.
- Reduzir severidade.

 Uso das vacinas:


- Prevenir a infecção
- Prevenir a doença
- Redução da severidade
- Proteger feto e neonato
- Reduzir a excreção
- Controle de incidência/erradicar.
 Falhas
 Na vacina:
- Cepa errada ( Ex: Parvovírus- Tipo C)
- Pouco antígeno
- Antígeno não protetor: errou no momento do preparo
- Pouco adjuvante/incorreto.
 Na conservação/administração:
- Conservação: ideal 4-8ºc
- Via de aplicação
- Dose
 Animal:
- Imunidade passiva
- Período de incubação
- Imunodeprimido
- Animal doente (febre inativa vacina, ou não tem o estimulo do SI
eficiente)
- Variação individual
* Animal deve ser vacinado após 45 dias, antes disso ainda tem a
imunidade materna.

 Reações adversas
 Granulomas
 Hipersensibilidade I (adjuvantes)
 Atenuadas – gestante
 Hipersensibilidade III (adjuvantes)
 Imunossupressão filhotes
Atenuada – Parvovírus
 Encefalite pós-vacinal
Atenuada BoHv-1 e Cinomose
Controle de Vetores
1. Físico:
- Artrópodes
Ex: Tela, retirar umidade, retirada de matéria orgânica, armadilhas (raquete
lâmpada).
*Eliminar local onde eles se proliferam.

2. Químico:
- Carbamatos, Piretróides (Deltametrina- Leishmaniose), Organofosforados.
Fipronil (frontline), Imidacloprina (Seresto, Advantage Max 3)
- Adequado: elimina larvas e adultos.
- Causa algum dano ao ambiente.
- Causa hiperexitabilidade – bloqueio de neurotransmissores inibitórios.
3. Biológicos:
- Manipulação genética nos vetores
- Mosquito (a prole que gera é infértil)
- Lagartixa, aranha, sapo.
- Alteração da cadeia biológica
BIOINFETICIDA -
Produtos inibidores da síntese quitina (citoesqueleto):
- Atua na fase larval, inibe troca de pele.
- Reduz fecundidade de ovos
> Lufenuron
- Programa: pulgas e carrapatos.
- Eficaz para Microsporum canis
> Acatak
- Fluazuron (bovino).
Controle biológico
 Inibidores naturais:
 Mosca do chifre – Digitonthophagus gazela (BEZOURO ROLA
BOSTA)
 Coruja – espanta os ratos.
 Bioinseticidas
 Associação de 2 bactérias: Bacillus sphericus e Bacillus
thuringiensis
 Produção de 3 toxinas.
 Citolítica e hemolítica (fase larval)
 Feromônio
 Pulverização: feromônio da fêmea, ajuda no controle da
proliferação. (Atordoa o macho, que não encontra
momentaneamente a fêmea)
 Armadilhas: + eficaz. Feromônio do Macho.
 Azadiractina – NIM (planta)
 Inibem alimentação
 Atrasa crescimento das larvas
 Reduz fecundidade e fertilidade
 Alteração no comportamento dos insetos
 Mortalidade de ovos, larvas e adultos
Tratamento de desejos
 Proliferação de vetores e de patógenos eliminados nesse dejeto.
 Meio ambiente (vai para os lenções freáticos)
 Tipos: Esterqueiras*, Biodigestor, Lagoas de decantação*, Compostagem
(faz limpeza da propriedade – utiliza palha e grama)
*Fermentação (bactérias e fungos) e aumento da temperatura (65-70ºc).
 Dejeto liquido dos suínos:
- Transformar matéria orgânica em composto
- Nitrogênio, fosforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, manganês, ferro,
zinco, cobre e outros elementos incluídos nas dietas dos animais (não
aproveitam tudo).
Dejetos = danos ao meio ambiente.
 Manejo adequado:
- Proteger cursos da água.
- Evitar poluição.
- Controlar odores.
- Utilizar como fertilizante.
Esterqueira/Chorumeiras
 Depósito para fermentação anaeróbica.
 Vantagens:
-Facilidade de construção e custo.
 Desvantagens:
- Não ocorre separação de fases
-Tempo para fermentação: 4-6
meses.
Lagoas
 Deve ter inclinação.
 Problemas:
> Coliformes fecais e nitrogênio acima de regulamentado CONAMA.
- Baixa profundidade das
lagoas
- Curto tempo de detenção em
relação a elevadas cargas orgânica fornecidas ao
sistema.
 Tipos
-Anaeróbica
- Facultativa
- Maturação

Compostagem
 Monta, deixa 15 dias e remexe para renovar as bactérias.
 Necessário por um piso (devido o tratamento que faz, proteção do lençol
freático).
Biodigestor
Destino das carcaças
 Enterramento
 1º Abrir uma vala
 2º Camada de 10cm de Cal
 3º Depositar o animal
 4º Camada de Cal
 5º Cobrir com terra
 6º Camada de Cal

 Compostagem de Carcaça
- Carcaça + Dejetos + Material
fibroso.
- Usado quando a morte for
natural (não foi causada por uma
doença infecciosa)

Compostagem:
- Temperatura: 2-3 dias elevação da temperatura
10-14 dias estabilidade da temperatura: 60-71ºC
Ideal: 76ºC
- Aumento da temperatura:
Destruição dos patógenos
- Fermentação das carcaças e ossos por bactérias e fungos

Atingiu a temperatura -> Remover para 2º câmara (mexer material) -> Remoção =
aeração e reativação das bactérias -> atingiu a temperatura -> Utilização como adubo.
 Problema = odor
 Com umidade normal (45-55%) Compostagem:
- Mexer para acrescentar O2. Proporção: 3/1
 Com excesso de umidade 3 de Mat. Fibroso para 1
- Acrescentar CAMA (fibra) e mexer. parte de dejeto.

 Fontes de carbono (auxilia no processo)


- Serragem ou maravalha
- Palhadas de feijão, gramíneas.
- Casca de arroz, amendoim
- Bagaço de cana
- Cama de aviário
Artigo: Vida após a morte: Compostagem de carcaça.
Tema de casa:
1) Como é o controle biológico de vetor:
a) Usando a Wolbachia
b) tem a capacidade de impedir os mosquitos de transmitir o vírus da dengue.
Tbm reduz a transmissão do vírus da febre amarela, do chikungunya e
também atua sobre o vírus zika.
b) Usando o Aedes Aegypt transgênico
São geneticamente modificados para que seus filhotes morram antes de
chegarem à fase adulta e se reproduzirem.
2) Qual a diferença entre as lagoas anaeróbicas, facultativas e de maturação no
controle de dejetos?

2º PROVA DE EPIDEMIOLOGIA
Água (Andrea)
Relação Água: Doença (envolve saúde pública).
- A água como veículo de agentes de doenças.
- OMS: cerca de 80% de todas as doenças, tem relação com a qualidade da água.
Ex’s: Salmonelose, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose, Botulismo e etc.
 Características físicas:
 Cor e turvação
 Sabor
 Odor
 Características químicas:
 Dureza
Relacionada a quantidade carbonato de cálcio e magnésio.
Associado as incrustações
 pH
 Sulfato
 Sulfato de hidrogênio
 Nitratos e Nitritos
 Sódio e Cloretos
 Ferro e Manganês
 Substâncias tóxicas
*Não são mensuradas todos os dias
 Características biológicas
Bactérias
 Vírus
 Fungos
 Algas
 Protozoários
 Helmintos
* Avaliadas diariamente, mais de uma vez.
* Quanto maior a população, maior vai ser a chance de contaminar uma pessoa.
*COLIFORMES: Indicadores de contaminação fecal. MARCADORES DA
CONTAMINAÇÃO FECAL.
Fezes: 5-500 milhões/gr Bactérias gram -, anaeróbica facultativa,
não esporula, que vivem no intestino e são
95% Escherichia coli capazes de fermentar a lactose.
Coliformes totais: fermenta a lactose na temp. de 37ºC Meio de cultura: Agar Mac Conkey
- Escherichia coli, Enterobacter, Klebsiela, Citrobacter.
Coliformes termo tolerantes: fermenta lactose na temp. de 44,5ºC
- E. coli.
- Se achar ela na amostra, é porque tem contaminação com fezes frescas (+
preocupante).

Parâmetro:
VMP: valor máximo permitido
- Coliformes termo tolerantes:
Ausência em 100mL.
- Coliformes totais:
Ausência em 100mL. Na saída do tratamento: recebe hipoclorito.
Permitido 5% dependendo da quantidade de amostras analisadas.
De 40 amostras, 1 pode ser permitida.
- Coliforme totais e termo tolerantes:
Ausência em 100mL na distribuição.
Biologia e controle de roedores sinantrópicos comensais
 Sinantrópicos: que vive próximo ao ser humano, mas o mesmo não gosta da sua
presença (por nojo ou transmissor de doenças)
 Comensal: se alimentam de restos deixados pelo ser humano.
Problemas

 Perdas econômicas
 No campo:
Atrapalha a semeadura (comer a semente que foi
plantada), semente do sabugo, armazenamento da semente
(para silagem).
1/5 de toda a produção não chega na mesa do ser
humano, por ano.
 Na pecuária:
A perda de ração ingerida, espalhada ou contaminada
pode chegar facilmente aos 10% de total consumido pelos
animais.
Pelos, fezes e urina – fontes de contaminação.
 Estrutura e materiais:
Estima-se que 25% dos incêndios classificados como de
causa desconhecida possam ser provocados por rato.
 Doenças que podem transmitir:
 Leptospirose
 Peste bubônica (transmitida pela pulga do rato)
 Tifo murinho (transmitida pela pulga do rato)
Streptococcos
 Febre da mordida
 Triquinose
Parasita exótico no Brasil. Ingestão da carne de suíno.
 Salmonelose
 Sarnas e micoses
 Hantavirose (roedores silvestres)

Espécies de roedores
Classe: Mamíferos
Ordem: Roedores
Família: muridae
Gênero: Mus e Rattus
Espécie: M. musculus R. norvagicus e R. rattus

Espécie M. musculusus R. rattus R. norvegicus


Nomes comuns: Camundongo, Rato preto, rato-de- Ratazana, gabirú,
catita, ratinho, rato- telhado, rato-de- rato-de-esgoto,
de-gaveta, rato forro, rato-de- rato-novérgico,
caseiro. navio, rato-de- rato-pardo, rato-
paiol. norueguês.
Peso: 10-21g 80-300g 120-300g
Tamanho: 18cm 38cm 45cm
Habitat: Família separada. Vive em Vive em
Vive mais próximo comunidade. comunidade
do ser humano, á Vive nas alturas, só Nível de solo
nível de solo (piso desce para comer. (terra, barrancos).
de casa).

Sucesso no combate: depende dos hábitos e da biologia.


Características sensoriais:
 Olfato:
- Apurado e sensível
- Se dá bem com o odor humano
Odor da morte: sempre lavar a armadilha.
 Paladar:
- Discriminação e memorização
- Refugam alimentos estragados
Não adianta usar um veneno de ação instantânea.
 Audição:
- Aguçada (inaudíveis ao ser humano, ele conseguem ouvir)
 Tato:
- Extremamente desenvolvido
- Pelos sensoriais ao longo do corpo e vibrissas
 Visão:
- Não enxergam bem, não distinguem bem cores
Identificação
1. Captura:

Mus musculus Rattus rattus Rattus norvegicus


Orelha grande (cobre o olho Orelha grande (cobre o olho Orelha pequena
ou alcança o canto do olho). e alcança o canto do olho). Focinho achatado
Focinho afilado. Focinho afilado Pelo áspero
Pelo macio, brilhoso. Pelo menos sedoso Cauda BEM peluda, + curta que
Cauda do tamanho do Cauda longa: com pelos e o corpo.
comprimento do corpo. maior que o corpo.
Calos estriados nos membros
Neofilos (n estranha o novo) Neofobia (desconfiado) Neofobia
Intradomiciliar Intra e extra domiciliar Extradomiciliar
Habilidade de escalar e roer Habilidade de escalar, Habilidade de escavar, nadar e
equilibrar e roer roer
Atuação: 9 metros Atuação: 60 metros Atuação: 40 metros
Alimentos: cereais, pão e Alimentos: cereais, legumes, Alimentos: cereais, raízes, carne,
queijo. 3g/dia. frutas, raízes e insetos. 15- lixo orgânico
30g/dia.
Água: inexpressivo. Água: 30mL/dia Água: 30mL/dia
Gestação: 19-21 dias Gestação: 20-22 dias Gestação: 22 – 24 dias
Maturidade sexual: 42-45 Maturidade sexual: 60-75d Maturidade sexual: 60 – 90 dias
dias
Vida media: 12 meses Vida media; 18 meses Vida media: 24 meses

ROEDORES SINATRÓPICOS NÃO COMENSAIS


 São animais de vida silvestres
 Não tem capacidade de transmitir o hantavírus
Sinais de roedores
2. Processo indireto:
Característica do ninho: localização, comunitário ou não
Trilha: Observar se as trilhas, Ratazanas corre e arrasta a cauda no chão.
Pegadas
Manchas de gordura: normalmente presente no pêlos dos roedores
Fezes: tamanho, forma, localização
Roeduras: tamanho, forma, comunitária
Sons
Odores
DINÂMICA POPULACIONAL
 Quantidade total de roedores
 Faixa etária dos animais:
Taxa de reprodução – fêmea controla o cio ou inicia-se o canibalismo
Mortalidade
Migração
VARIÁVEIS INFLUENCIADAS POR:
 Pelos “4 As”: Abrigo, Água, Alimento e Acesso
 Condições ambientais
 Presença de inimigos naturais
 Doenças e parasitas dos roedores

NIVEIS DE INFESTAÇÃO
1. PRESENÇA DE SINAIS DE ATIVIDADE: (serve para recintos fechados e
abertos)
Presença de trilhas, manchas de gordura, roeduras, fezes, toca/ninhadas
e roedores vistos (sendo que pra cada roedor visto a noite estima-se um
população de 10 existentes, não vistos)
2. PELA CAPTURA DE ROEDORES:
Distribuição de 100 armadilhas → coloca-las ás 22 horas e retirar as 5
horas da manhã →repetir por 3 noites consecutivas → somar o total de
animais capturados.
Avaliação:
01 a 05 – baixa infestação
06 a 16 – média infestação
17 as 29 – alta infestação
Acima de 30 – infestação maciça
3. CONSUMO DE ALIMENTOS
Realizar onde há baixa disponibilidade de alimento → 30 gramas de
cereal moído → NO DIA SEGUINTE → pesar o conteúdo de cada
recipiente → e nos potes vazios colocar o dobro do alimento (60 gr) →
Repetir o processo até o consumo está estabilizado
TOTAL: total em gramas consumidas de alimento, dividir por 15 e
pelo número de dias de consumo.
CONTROLE DE ROEDORES:
I. CONTROLE BIOLÓGICO:
Tentativas de usar:
Bactérias → Salmonella typhimurium
→ Salmonella enteritidis

Esterilização → quimioesterelizantes
→ radiação
Predadores
II. CONTROLE MECÂNICO/FÍSICO:
- Processo passivo: onde o objetivo e impedir o acesso do roedor
Exemplos: ralos (também impedi a entrada de baratas, e escorpião),
Canos (utiliza-se anti-paros abertos em baixo e fechados em cima), Cordas
(coloca-se discos, para evitar que os roedores cheguem até o continente e
virse-versa), Frestas (embaixo das portas, janelas...), Ultrassom e Aparelhos
eletromagnéticos.
- Processo ativo: onde o objetivo é matar o roedor
Exemplos:
 Ratueiras,
 Controle químico (uso de CILIROSINA, que se transformou em Cila
Vermelha)
 Gases tóxicos (proibido em 1997para controle de roedores) – gás
toxico para humanos
 Rodenticidas de ação aguda – morte rápida e sem antidoto (proibido
em 1982), exemplo: Chumbinho, no primeiro momento vai bem mais
depois os ratos se acostumam com o agente.
 Rodenticidas de ação crônica – iscas (alimento que atrai o roedor
com o princípio ativo presente) ou produto de contato corporal (pó ou
pasta de contato), exemplo: Cumarina proveniente do cumaru – efeito
anticoagulante onde a vitamina K é o principal antidoto. Animal
morre por hemorragia interna ou por ferimentos.
RATICIDAS DE AÇÃO CRÔNICA (pellets, blocos parafinados
“preferência por ambiente onde água está presente. Deixa a isca menos
agradável”
DOSE MULTIPLA: concentração em dose baixa e indicado em ambiente
com crianças e outro animais, no mínimo 2 ingestões em menos de 2 dias.
DOSE ÚNICA: alta concentração do princípio ativo, ingestão e morte em 2 a
3 dias.
POSTO PERMANENTES DE ENVENENAMENTO (PPE)
EFEITO BUMERANGUE
Desratização (mata o animal) associada com a anti-ratização (impedi
o acesso).
Desratização mal feita mata 4 mais as fêmeas produzem 6 filhotes. 4 refazem
a colônia desfeita e os outros saem para reconstruir uma nova colônia.
Ação básica para um programa mínimo de controle de roedores: Vigilância, inspeção,
desratização e antiratização.
BIOESTATÍSTICA APLICADA A EPIDEMIOLOGIA:
DANIELA
Epidemiologia baseia-se:
1) Reconhecimento da multiplicidade de fatores na etiologia das enfermidades;
2) Identificação desses fatores e estimativa de seus valores relativos.

4 princípios fundamentais sobre saúde e doença:


1) A ocorrência da doença está associada ao ambiente;
2) Registro da ocorrência dos eventos naturais;
3) Utilização de experimentos da natureza, sempre que possível;
4) Realização de experimentos controlados, sempre que possível.
Objetivos da Epidemiologia

Investigar a ocorrência de doenças em populações ↓


Dar suporte para ações diretas contra as
doença

POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA

EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA:

 Observar a distribuição e a progressão das enfermidades na população;


 Caracteriza todas as variáveis que concorram para sua ocorrência, como, por
exemplo, extensão, espécies envolvidas, sexo, idade, estado físico, condições
ambientais, etc;
 Os estudos descritivos informam sobre a frequência e a distribuição de um
evento. Como o próprio nome indica, têm o objetivo de descrever os dados
colhidos na população.
EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA:

 Pega os informações descritas e formular e investigar hipóteses, com a


finalidade de explicar o fenômeno, bem como os fatores que contribuem para
sua causa;
 Pode ser retrospectivo (quando se refere a situações passadas) ou prospectivo
(quando acompanhado durante a ocorrência da doença).
EPIDEMIOLOGIA EXPERIMENTAL:

 Nesse tipo de estudo, também chamado estudo de intervenção, são realizados


experimentos controlados.

ESTIMATIVAS DE POPULAÇÕES:
 RECENSEAMENTOS - são operações de alto custo e que ocorrem a cada
período de tempo relativamente longo;
Enumeração ou arrolamento de pessoas ou animais, indagação através da qual
faz-se a contagem de uma determinada população.
 CENSO - Levantamento de população, contagem.
 Quando se deseja conhecer esses dados, há necessidade de usar métodos
adequados, que permitam estimar, com alguma exatidão, o número de
indivíduos de uma população:

1) Método natural - Consiste em somar à cifra do último censo o aumento


determinado por nascimentos e imigração e subtrair a diminuição
ocasionada por óbitos e emigração.

^
P = 𝑃𝑎𝑛𝑡 +𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 +𝐼𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎çã𝑜 −Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 –𝐸𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎çã𝑜

2) Método aritmético - Admite que aumente o mesmo número de


indivíduos a cada ano. Portanto, o crescimento seria constante.

3) Método geométrico
ETAPAS:
a) Calcular o crescimento médio anual;
b) Calcular a média entre as populações dos dois censos;
c) Calcular a taxa de crescimento anual;
d) Multiplicando-se essa taxa pela população de determinado ano, obtém-se o
número de indivíduos que aumenta no ano seguinte e, portanto, somando-se esse
aumento à população de determinado ano obtém-se a população do ano seguinte.
Amostragem

Seleciona-se alguns membros de uma dada população que esses sejam


representativos da população.
“Procedimento através do qual selecionam alguns membros de uma dada
população como representativos de um universo”.

CENSO – Envolve a enumeração de toda a população (contagem de toda a


população);
AMOSTRA – Um subconjunto de uma população (uma parte da população que
representa a população completa);
AMOSTRA ALEATÓRIA – Um subconjunto da população por meio do qual se
estimam as características desta população.

1. Possibilidades de realizar recenseamentos na área da saúde:


Exemplo.: caso de comunidades isoladas de pequenos tamanhos opta-se por
fazer um recenseamento em razão do pequeno número de indivíduos que
compõem o universo, como o estudo de Doença de Chagas em localidade rural
onde realizam o censo de todos os habitantes para inclusão nas observações
epidemiológicas.

QUANDO O CENSO É IMPOSSIVEL?


No estudo de um agravo à saúde em comunidades de grande efetivo
populacional, como por exemplo na capital de um estado ou em todo o país.
Possibilidade de aumento de erros na coleta de dados pelo grande número de
indivíduos envolvidos.
Ex: Estudo da leishmaniose no DF

2. Amostragem: a solução prática


VANTAGENS: mais simples, número reduzido de indivíduos, diminuição de
erros nos resultados.
AMOSTRAS DE CONVENIÊNCIA OU NÃO-ALEATÓRIAS
“AMOSTRAS SELECIONADAS” - na visão do investigador.
 Problema da amostra de pacientes de consultório
- Viés na escolha de pacientes: considerar como componentes da amostra todos
aqueles cadastrados após uma data pré-estabelecida. Trata-se de uma amostra de
conveniência pois há um filtro de seleção.

AMOSTRAS ALEATÓRIAS
 Permitem alcançar os melhores resultados em pesquisa populacional.
 As unidades para este tipo de amostragem são selecionadas ao acaso, de modo a
obter uma amostra que tenha as mesmas características da população.

PERDAS NA AMOSTRA ORIGINAL


 QUANTIDADE DE PERDAS ACEITÁVEIS: perdas de acompanhamento ao
longo do estudo (falecimento, motivo de mudança, não continuação no termo de
consentimento).
 QUALIDADE DAS PERDAS: verificar a representatividade da amostra, ou
seja, perdas inferiores a 20% da amostra original pode acarretar em distorções
nos resultados.
1- Perdas ao acaso: perdas ora para um lado ora para outro, ou seja, não há viés,
as perdas não produzem efeito significativo no resultado da investigação.
2- Perdas sistemáticas: não são ao acaso, ou seja, há viés ou erros sistemáticos.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TAMANHO DA AMOSTRA

 Qual o tamanho mínimo de amostra necessário para a realização de


uma investigação? Quanto maior o tamanho da amostra, maior a
precisão da estimativa.
 Pequenas amostras tendem a gerar conclusões instáveis.

CÁLCULO DO NÚMERO DE AMOSTRAS:


 Estudos investigativos clínico-epidemiológicos ou experimentais objetivam
descrever fenômenos ou comparar o comportamento de variáveis em subgrupos
de uma população.
AJUSTE DO CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA
 Acrescentar 10% para possíveis perdas ou recusas
– Uma recusa não pode ser substituída

 Se for fazer análises ajustadas, acrescentar 10 - 20% para controle para fatores
de confusão.

CALCULO DE AMOSTRAGEM

Calculo de Prevalêcia
ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
 Avaliar o estado de saúde de uma população;
 No entanto o simples valor absoluto sobre o número de eventos não é suficiente,
pois em Epidemiologia há interesse de saber, por exemplo, o risco de um
indivíduo sofrer aquele evento, sua distribuição por sexo, idade, raça etc., e essas
informações não são fornecidas pelo simples número de eventos.
PRINCIPAIS MODALIDADES DE IDICADORES DE SAÚDE
 Mortalidade/sobrevivência;
 Morbidade/gravidade/incapacidade funcional;
 Nutrição/crescimento e desenvolvimento;
 Aspectos demográficos;
 Condições socioeconômicas;
 Saúde ambiental;
 Serviços de saúde;
 Índices associados a produtividade.

ÍNDICE - não mede probabilidade nem risco; apenas relaciona duas quantidades ou dois
eventos.
COEFICIENTE OU TAXA: Mede sempre uma probabilidade, ou seja, mede o risco
médio que um indivíduo da população tem de sofrer determinado evento.
 É a frequência de certa característica (doença, óbito, por exemplo) expressa por
unidade de tamanho da população na qual essa característica foi observada.

Para permitir a comparação entre diferentes épocas, locais ou subgrupos populacionais,


por exemplo, os coeficientes são expressos em unidades de tamanho da população, e
essa unidade de tamanho da população é sempre uma potência de 10, que é a chamada
base do coeficiente.

Considerações sobre a população a ser utilizada:


 A população a ser usada no denominador é a mesma do local e do tempo em que
foram observados os eventos;
 No entanto, quando o coeficiente retrata o que ocorre em um período, é preciso
lembrar que a população pode sofrer alterações ao longo do período retratado, e
daí surge a dúvida:

Qual população utilizar?


1. Uma das opções para levar em consideração as alterações populacionais é
usar a população estimada para o meio do período retratado no coeficiente;
2. Já quando o coeficiente retrata a situação de um determinado momento, não
há tal dúvida, pois se utiliza a população existente naquele exato momento
retratado pelo coeficiente.

TIPOS DE COEFICIENTES:

 GERAIS: são aqueles para os quais existe a especificação apenas de tempo e de


espaço.
- propiciam uma visão global do fato analisado, mas não oferecem detalhes
adicionais sobre os múltiplos eventos que podem ocorrer em uma população.

 ESPECÍFICOS: são aqueles que apresentam outras especificações, além de


tempo e local.
- Quando uma especificação é feita no numerador, é feita também no
denominador.
ERROS EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS:
 Utilização de métodos estatísticos:
- Medem e explicam variações globais dos dados;
- Distinguem variações significativas das variações ao acaso;
- Facilitam a interpretação de dados clínicos (medem a acurácia dos dados);
- Caracterizam a precisão dos dados.

 Erros randômicos (ou ao acaso):


- Estimativas populacionais (média e desvio padrão);
- Medidas discrepantes;
- Podem ser caracterizado por baixa acurácia ou baixa precisão do teste;
- Falsos positivos e Falsos negativos

TESTE DE DIAGNÓSTICO:

 Um teste de triagem identifica indivíduos assintomáticos que podem ter a


doença;
 Um teste de diagnóstico determinar presença ou ausência da doença quando um
indivíduo apresenta sinais ou sintomas da doença;
 O teste diagnóstico é realizado após um teste de triagem positivo para
estabelecer um diagnóstico definitivo;
 Em pesquisa epidemiológica, "testes diagnósticos" são entendidos não apenas
como exames laboratoriais, mas, também, referem-se a procedimentos diversos
como interrogatório clínico, exame físico e métodos propedêuticos diversos
 O desempenho de um teste diagnóstico depende da ausência de desvios da
verdade (ausência de viés) e da precisão (o mesmo teste aplicado ao mesmo
paciente ou amostra deve produzir os mesmos resultados): respectivamente da
validade e da reprodutibilidade do "teste".

ERRO FALSO - positivo (Tipo I – α): O dados indicam que alguma coisa é
verdadeira quando na verdade ela é falsa.
Ex: Um teste diagnóstico pode ser positivo num paciente onde a doença está
ausente.

ERRO FALSO - negativo (Tipo II – β): quando se diz que algo é falso quando
na realidade é verdadeiro.
Ex: teste diagnóstico da negativo mas o paciente apresenta a doença.

 O erros são influenciados pelo estágio e pelo espectro da doença;


 A magnitude dos erros é influenciada pelo ponto de corte (cutoff point) do
resultado do teste:
– Se o ponto de corte para o limite superior do normal for baixo aumenta a
probabilidade de falsos-positivos
– Se o ponto de corte para o limite superior do normal for alto aumenta a
probabilidade de falsos-negativos.

Sensibilidade e Especificidade do Teste

 SENSIBILIDADE: capacidade de detectar a doença quando ela está presente, ou


seja, capacidade do teste de detectar a presença da doença a população; enxerga
o animal doente. POUCO FALSO POSITIVO
 ESPECIFICIDADE: capacidade de identificar os não-doentes quando a doença
está ausente, ou seja, capacidade de detectar a doença em especifico. REAÇÃO
CRUZADA e baixa;
 ACURACIA: avaliação global do teste.
PONTO DE CORTE PARA DELIMITAR RESULTADOS POSITIVOS:

 O teste ideal, com 100% de sensibilidade e especificidade raramente existe na


prática, pois a tentativa de melhorar a sensibilidade frequentemente tem o efeito
de diminuir a especificidade;
 Para a definição do ponto de corte de positividade o investigador deverá levar
em conta a importância relativa da sensibilidade e especificidade do teste
diagnóstico, ponderando sobre as implicações dos dois possíveis erros:
– Em indicações de procedimentos de risco (certas cirurgias) deve-se evitar
resultados de testes diagnósticos falso-positivos; ↑ especificidade do teste;
– Em triagens sorológicas em bancos de sangue para prevenção de transmissão
de infecções nas quais a não detecção de casos acarretará risco para a população,
o ponto de corte deverá ser estabelecido tendo como objetivo alcançar ↑ de
sensibilidade do teste para que não ocorram resultados falso-negativos;
– Em inquéritos populacionais, testes com alta sensibilidade devem ser
utilizados, quando a prevalência da infecção na população em geral for baixa.

ESCOLHA DE TESTES SENSÍVEIS:

 Quando não se pode correr o risco de não detectar a doença;


 Doença perigosa, mas tratável (tuberculose)
- Processo diagnóstico em que grande número de possibilidades são
consideradas (excluir doenças - se der negativo tem grande chance de ser
negativo mesmo – poucos falsos negativos);
- Probabilidade de doença é baixa e propósito é descobrir a doença: exame
periódico, banco de sangue.
 Quando falso positivo pode lesar física, emocional ou financeiramente o
paciente, assim como dificuldade de "desrotular" uma pessoa que foi diagnostica
como tendo doença e que posteriormente se descobre que não tem (AIDS);
 Teste com poucos falsos positivos - quimioterapia, indicação cirurgia, doença
estigmatizante, etc.

Valor preditivo:
TESTE CONFIRMATÓRIO:
DOENTES SÁDIOS TOTAL
POSITIVOS Falso positivo VPP
NEGATIVOS Falso negativo VPN

SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE

 O valor preditivo de um teste tem sido usado como critério de seleção de


testes, mas é preciso considerar que o valor preditivo é afetado pela
SENSIBILIDADE, pela ESPECIFICIDADE.
 Quando se utiliza um teste de diagnóstico, é importante saber:
– dado que o teste apresentou resultado positivo (ou negativo), qual a
probabilidade do indivíduo ser realmente doente (ou sadio)?
– a probabilidade de que um indivíduo com resultado positivo no teste seja de
fato infectado (VP positivo);
– A probabilidade de que um indivíduo negativo no teste seja de fato não
infectado (VP negativo).

VP positivo:
 O valor preditivo positivo é a qualidade do teste de identificar corretamente os
verdadeiros positivos.
 É definido como a proporção de animais infectados entre os positivos, ou seja, o
número de verdadeiros positivos em relação ao total de positivos ao teste.
VP negativo:
 O valor preditivo negativo expressa a probabilidade de um indivíduo, uma vez
sendo negativo ao teste, ser não infectado.
 O valor preditivo de um teste tem sido usado como critério de seleção de testes,
mas é preciso considerar que o valor preditivo é afetado pela sensibilidade, pela
especificidade e pela verdadeira prevalência da enfermidade.

Relação entre valor preditivo e prevalência:


 O VPP aumenta com a prevalência enquanto os VPN diminuem.
– Assim, quando a doença é rara o VPP é baixo, pois a maior parte dos exames
positivos pertencem a sadios, representando resultados falso-positivos. Por outro
lado, O VPN é alto em baixas prevalências.

Determinantes de um valor preditivo: Depende das propriedades intrínsecas do teste


(sensibilidade e especificidade) e da prevalência da doença na população que está sendo
testada.
Relação entre valores preditivos e sensibilidade e especificidade:
- quanto mais sensível um teste, maior seu valor preditivo negativo (maior a segurança
do médico de que a pessoa com teste negativo não tem a doença).
- quanto mais específico um teste, maior seu valor preditivo positivo (maior a
segurança do médico de que a pessoa com teste positivo tem a doença).

Coeficiente Global de um Teste de Diagnóstico Acurácia


 Considerando que a sensibilidade e a especificidade constituem dois parâmetros
fundamentais no estabelecimento da validade de um procedimento diagnóstico,
isto é, na avaliação de sua capacidade de medir aquilo a que se propõe, é
evidente que o método qualitativo ideal seria aquele que reunisse essas duas
características em sua intensidade máxima, isto é, que desse resultado positivo
em todos os doentes e resultado negativo em todos os sãos, o que é impossível
na prática.
 Coeficiente global do teste (ACURÁCIA) - reflete a proporção de positivos
verdadeiros mais os negativos verdadeiros, em relação ao total de indivíduos
examinados, ou seja, mede a proporção de resultados verdadeiros que o teste
revela.
EXEMPLO:
 Avaliar os testes sorológicos da brucelose bovina:
 TOTAL: 100 animais
 50 animais – isolamento de B. abortus
 48 positivos ao teste
 2 negativos ao teste
 50 animais – rebanho livre
 5 positivos ao teste
 45 negativos ao teste

Doente sadio Total


Positivo 48 (a) 5 (b) 53
Negativo 2 (c) 45 (d) 47
50 (a+c) 50 (b+d) 100

ATIVIDADE:
Um pesquisador descobriu que de cada 100 pacientes que fazem um certo teste,
60 tem a doença, enquanto os outros 40 estão saudáveis. Dos 60 pacientes que
tem a doença, 45 tivera, um resultado positivo e 15 tiveram um resultado
negativo no teste. Dos 40 pacientes que estão saudáveis, 30 tiveram resultado
negativo no teste e 10 tiveram resultado positivo:
DOENTES SADIOS TOTAIS
POSITIVO 45 1O 55
NEGATIVO 15 30 45
60 40 100
a
S= ∗100 S= 75%
a+c
d
E= * 100 E= 75%
b+d
a
VPP= * 100 VPP= 81,8
a+b

d
VPN= * 100 VPN= 66,6
c+ d
a+d
A= * 100 A= 75
N

↑ 85% - EXCELENTE
↕ 70% - MÉDIANO
↓65% - BAIXO

 VPN (NEGATIVO) – quando VPP e menor que VPN, existe 5,2% de ter
falso negativo
Índice de Youden

 Também é um indicador global de resultados corretos, variando de zero a 1;


 É obtido pela fórmula [(a/a+c) + (d/b+d) – 1], variando de zero a 1;
 Ou então, pela fórmula (sensibilidade + especificidade – 100), nesse caso,
expresso em porcentagem
Y= Sensibilidade + Especificidade - 100
Índice Kappa (k)

 Em muitas circunstâncias, é difícil estabelecer a verdadeira condição de saúde


dos indivíduos que serão usados na avaliação do teste. Nessa situação, quando
um novo teste é desenvolvido, seus resultados costumam ser comparados com os
resultados de outro teste;
 Expressa a confiabilidade de um teste;
 Expressa a concordância entre dois métodos, testes ou observadores;
 Seu valor varia de "menos 1" (completo desacordo) a "mais 1" (concordância
total);
 Se a medida concorda mais frequentemente do que seria esperado pela chance,
então o índice k é positivo;
 Se a concordância é completa k = 1;
 Zero indica o mesmo que leituras feitas ao acaso.
 Esse resultado leva em consideração apenas a proporção de resultados
concordantes;
 Observados, e, por isso, uma forma mais adequada para avaliar a concordância
entre dois testes é por meio do indicador kappa, o qual é calculado com base na
fórmula que segue:

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