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Redemat: Ufop - Cetec - Uemg
Redemat: Ufop - Cetec - Uemg
Dissertação de Mestrado
Setembro de 2008
REDEMAT
REDE TEMÁTICA EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
Em especial agradeço:
À minha família, base de tudo, pelo apoio, esforço, dedicação e incentivo. Meus
pais, Hamilton e Rosângela, pelo amor incondicional e minhas queridas irmãs,
Melissa e Milena pela amizade fraterna;
Ao meu orientador Prof. Dr. Cláudio Gouvêa dos Santos, que acreditou em
mim, me motivou, apoiou e esteve sempre disponível nas diversas horas de
aperto;
Ao meu co-orientador Prof. Eduardo Bauzer que, mesmo com a distância, foi
muito importante para a conclusão deste trabalho;
1
Abstract
and movie theaters, cause a lot of nuisance these days, both in residential and
identify the main causes of theses problems and evaluate solutions that have
been used to solve them. It was observed that some factors, such as
therefore, must be used according specific procedures for each type of material.
measurements.
2
Capítulo 1 – Introdução
sem harmonia.
3
A origem desse incômodo é quase sempre o próprio prédio. Sendo assim, o
tipo de situação.
privacidade.
desempenho acústico dos materiais a serem aplicados. Para se ter uma idéia
estágio mais avançado do que na fase de projeto, o custo pode chegar a 15%
zona residencial, zona mista entre outras), bem como a sistematização dos
(SILVA, 2002).
4
Considerando-se a importância cada vez maior da redução do ruído nas
isolantes acústicos tem assumido um papel cada vez mais relevante. Este
5
Capítulo 2 – Objetivos
de impedância acústica.
6
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica
3.1 - Generalidades
História da acústica
A acústica como estudo do som remonta ao tempo dos filósofos gregos, que
qual dois sons estão em harmonia se a relação entre suas freqüências for igual
à razão entre dois números inteiros pequenos. Foi somente no final do século
7
chamamos níveis de som ou de ruído os diversos graus dessa amplitude
(SILVA, 2002).
sabe-se que qualquer som originado das proximidades, como o vento, veículos
perturbações fora da faixa audível. A faixa dos sons audíveis tem freqüência
limitada pelos valores entre cerca de 16Hz a 20.000Hz. Sons com freqüência
8
Sabe-se que o som puro, Figura 3.1(a) é um som em uma única freqüência, o
ilustrado na Figura 3.2(b). Esse é caracterizado por cobrir uma ampla faixa de
2006).
Figura 3.1 – Imagem ilustrativa mostrando a freqüência. (a) forma da onda de um tom
puro na freqüência f; (b) espectro sonoro do tom puro. Fonte: BISTAFA, 2006.
Figura 3.2 – Imagem ilustrativa mostrando a freqüência. (a) forma de onda de um ruído;
(b) espectro sonoro do ruído. Fonte: BISTAFA, 2006.
9
Segundo Silva (2002) o termo barulho define qualquer som que não é
que deve permitir a vibração, pode ser sólido, liquido ou gasoso. A propagação
material (Figura 3.5). A absorção quando causada por atrito, ocorre quando a
10
denomina coeficiente de absorção, sendo que a absorção é maior para
freqüências agudas.
Um material será considerado tão bom absorvente de som quanto maior for a
movimentação das moléculas em seu interior, uma vez que o som se dissipa e
influenciam.
11
A velocidade de propagação do som é função da densidade do meio em que
Quanto mais polida a superfície mais refletora ela será. A onda incide sobre a
temos:
12
comprimento de onda, maior será a difração. Se a superfície é pequena
propagação.
da fonte, e sendo absorvido até atingir um nível que não pode mais ser ouvido.
13
Mecanismos de transmissão
homem.
2005):
pisos e aberturas.
14
diferente da maneira utilizada para combater os sons de impacto (SILVA,
2002).
som perde ao passar de um lado para o outro de uma estrutura. Quanto maior
com a freqüência.
O som por ser uma sensação sonora captada pelos nossos ouvidos causa
nosso ouvido, devemos levar em conta que o mesmo pode nos influenciar de
faz com que o ruído seja considerado fator de stress generalizado. Os efeitos
agentes passivos, vítimas do som produzido por outros agentes ativos. Apesar
uma vez que os transtornos gerados pelo ruído são impostos pelo ambiente.
O controle do ruído era visto mais como ônus do que como benefício. Há até
16
fator importante na decisão de compra. Níveis de ruído estão sendo incluídos
incômodo não pode ser, cientificamente medido para uma determinada pessoa.
Segundo Silva (2002) o som não precisa ser muito alto para incomodar, o
nosso ouvido é mais sensível às variações dos sons de baixa freqüência que
ruído não dependem somente do seu nível de amplitude, mas também do seu
85dB(A) 8h
90dB(A) 4h
95dB(A) 2h
100dB(A) 1h
105dB(A) 0,5h
110dB(A) 0,25h
Fonte: Silva, 2002.
17
Quando nos submetemos à influência de um som de alta amplitude, cujo nível
maior e pode até romper o tímpano. Esse efeito passa de psicológico a efeito
governos de vários países têm estabelecido normas para o controle nos níveis
18
acústico em ambientes diversos. Nessa norma, as curvas NC são
denominadas curvas de avaliação de ruído (BISTAFA, 2006).
Tabela 3.2: Nível de critério de avaliação de NCA para ambientes externos, em dB(A)
Tipos de áreas Diurno Noturno
Locais para
Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas 45-60 40-55
esporte
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10152:1987.
19
Têm-se ainda a Norma NR-15 do Ministério do Trabalho. Essa determina que o
incômodo comunitário.
O problema causado pelos ruídos tem sido abordado com uma importância
inferior. Esse problema pode ser resolvido pelo "tratamento acústico‖, na fase
20
Todos os materiais têm características acústicas que podem ser desejadas, ou
não. Como exemplo típico, tem-se o ar como acústico, pois é através dele que
comportando como isolante acústico, uma vez que este não permite a
concreto maciça, com alto índice de redução sonora e também com elevados
Nas paredes, pode ser facilmente verificado se o som foi transmitido de uma
sala a outra via ar ou via parede. Se a transmissão ocorre via corpo, uma fonte
escrever praticamente não existe, mas esta poderia ser substituída por um
isolantes.
21
Absorventes: Tem grandes coeficientes de absorção, não deixam o som
madeira).
relacionado ao peso próprio de cada material: quanto mais pesado, maior será
seu poder de isolação (tijolo maciço, pedra lisa, concreto, gesso, drywall,
22
Tratamento acústico
receptor. Segundo Silva (2002) isso pode ser alcançado com três
procedimentos:
ambiente.
como ―sanduíches‖. Estes materiais são compostos por uma mistura entre um
Quando mais distante a fonte de ruído, menor será o nível deste ruído. A
isolação sonora é medida através da perda por transmissão (PT ou TL), sendo
23
utilizada para impedir que o ruído de um recinto se transmita para um recinto
A perda por transmissão de uma parede pode ser bem melhorada se a parede
é dupla e internamente estes dois planos são separados por um espaço de ar.
material, apesar de atravessar com alguma perda. Para que o isolamento seja
contribuir para o isolamento sonoro. Isso é mais evidente com sons de baixa
Ao incidir sobre o material, a onda sonora faz com que o ar nele contido
24
Se o ambiente isolado acusticamente for utilizado para alguma finalidade que
gere ruídos, como home theater, guitarra, bateria, etc, deve-se utilizar
que não permitem o ar atravessá-lo, são ineficazes, assim como aqueles que
energia que incide sobre ele, por meio da transformação da energia mecânica
A Figura 3.6 ilustra os efeitos produzidos por uma barreira entre a fonte de
25
material isolante não é usado no mesmo recinto da fonte sonora, mostra-se
sons
refletidos
sons
tratamento
propagados
acustico
por via
aérea
sons
absorvidos
por
materiais
acusticos
sons propagados
pela estrutura
Figura 3.6 – Esquema mostrando a isolação e a absorção sonora e como ela auxilia no
tratamento acústico. Fonte: Akustik
Aplicaçao 1 Aplicaçao 2
base
massa
absorçao/mola
base
divisoria
acabamento
divisoria
massa
fonte fonte mola
26
Isolamento acústico
isto é, a capacidade de voltar a sua forma original quando uma força deixa de
agir. A propriedade física que define essa capacidade é a sua rigidez, que é a
2002).
27
A capacidade de absorção representa o quanto o material pode dissipar a
ondas sonoras, embora com diferentes eficácias. Um material que tem grande
isolante este material será. E quanto mais denso, compacto e rígido, mais
plásticos leves e impermeáveis), pois são de baixa densidade e não tem poros
abertos.
Como não existe um material que resolva todos os problemas acústicos, cada
28
do som, como também aquelas que melhor satisfaçam as exigências
Fibra de Vidro
as paredes pesadas, uma vez que dificulta a transmissão dos sons devido a
contato, devendo na maior parte das vezes ser protegida por meio de resinas
o IsoSound Glass Fabrics (Figura 3.8 e Figura 3.9), produzido pela ISOVER
teto.
29
Figura 3.8 –Isosound Glass Fabrics,
comercializados pela ISOVER. Fonte: ISOVER.
1,0
0,8
Isosound
0,6
Absorçao
0,4
0,2
0,0
0 1000 2000 3000
Frequência
Figura 3.9 –Gráfico com Variação do coeficiente de absorção em função da freqüência para o
Isosound® Glass Fabrics, comercializados pela ISOVER. Fonte: ISOVER.
30
Lã de Rocha
Figura 3.10 – Imagem ilustrativa Painéis PS, comercializados pela Rockfibras. Fonte:
Rockfibras.
31
1,4
1,2
1,0
PSL - 32 (10)
0,6 PSE - 64 (5)
PSE - 64 (10)
0,4 PSR - 80 (5)
PSR - 80 (10)
0,2
0,0
0 1000 2000 3000 4000
Frequência
Gesso Acartonado
miolo, o que confere uma acústica melhor além de alta resistência mecânica.
32
Essa configuração, segundo Sales (2001), faz com que estruturas e vedações
fiquem mais leves. Por este motivo, oferecem uma significativa redução no
peso da estrutura, além de um aumento da área útil dos ambientes por causa
Gesso acartonado ou simplesmente drywall, tem esse nome por não necessitar
convencional.
Dependendo da sua finalidade, a parede pode ser montada com perfis mais
largos, receber mais de uma chapa de cada lado e ainda ser complementada
a temperatura.
33
O drywall, fabricado pela Lafarge GYPSUM , segundo o próprio fabricante,
chama em sua fórmula, sendo indicadas para uso em áreas especiais (saídas
Figura 3.12 – Imagem ilustrativa de Drywall, comercializados pela Knauf. Fonte: Isar.
34
Espumas Acústicas
4).
Figura 3.13 – Imagem ilustrativa de Sonex, comercializados pela Ilbruck. Fonte: Ilbruck.
35
1,0
0,8
20/35
Absorçao
0,6
27/35
35/35
0,4 42/35
50/75
66/75
0,2
75/125
0,0
0 1000 2000 3000 4000
Frequência
36
Capítulo 4 – Projeto Acústico
genéricas para projetos acústicos. O que se pode ser feito é uma combinação
ao incômodo causado pelo som dos passos e quedas de objetos sobre lajes. O
adequado.
Para solucionar problemas com ruídos deve-se buscar a fonte deste, que
podem ser aéreos ou de impacto. Os ruídos externos são na maioria das vezes
seja, quando as freqüências são mais baixas, ocorre irritabilidade. Porém, para
37
freqüências mais altas, como equipamentos e automóveis, dependendo da
(LOTURCO, 2005).
pelo vizinho de baixo. Como resultado de uma eficiente excitação por contato,
redução de som aéreo varia com a espessura, mas o de impacto depende mais
Cada tipo de revestimento usado no piso, como carpete, madeira, granito, tem
som de impacto, mas pouco influencia quando a transmissão é por via aérea. O
38
Como já foi dito anteriormente, em aberturas, o ruído atravessa e trafega por
qualquer orifício, por menor que seja. Mais especificamente no caso de janela,
externo e do ambiente.
externas. As portas devem ser mais espessas e vedadas para ambientes como
quartos e home theater. De maneira geral, em áreas nas quais se espera uma
privacidade maior, devem ser usadas portas mais espessas e pesadas. Alguns
portas acústicas.
Para a escolha do material deve-se levar em conta se este será usado para
evitam que o ruído gerado em um ambiente passe para outro, podendo refletir
39
de ocupação flutuantes, podendo variar a taxa de absorção acústica média do
Divisórias tipo piso-teto bloqueiam a transmissão sonora, sendo por isso, bons
baixa freqüência, a transmissão é maior do que para sons agudos, com altas
Quanto mais denso, maior tenderá a ser sua isolação sonora. Qualquer
abertura, por menor que seja, pode prejudicar este efeito, uma vez que sabe-se
40
Para melhorar o desempenho de portas e esquadrias, essas apresentam o
Escolha da estrutura
A estrutura deve ser feita com materiais diferentes, uma vez que as estruturas
estrutura.
acústica para valores acima de 50dB, deve-se construir parede dupla (com ou
41
curtos-circuitos ou passagem direta do som, da laje para a parede. Para isso,
piso
acabado
contrapiso
EPS
laje
Figura 4.1 – Imagem ilustrativa de piso flutuante, EPS, comercializados pela Abrapex.
Fonte: Abrapex.
independentes ou solidarizadas.
face.
42
Paredes de altas performances mecânicas - Esta parede possui pelo
espessura é variável.
acústico.
Escolha de revestimentos
Segundo Silva (2002) este tipo de revestimento pode ser classificado em três
categorias:
a 0,75.
43
Os revestimentos devem ser escolhidos de modo que a média dos coeficientes
de absorção para halls, corredores, caixas de escada, etc., não seja inferior a
e paredes comuns são suficientes para isolar o ruído. Porém, para índices
incomoda mais. Para estas situações, as janelas deverão ser herméticas, com
44
No caso de estruturas homogêneas, os cuidados com o piso deverão ser muito
faz com que a transmissão do ruído por impacto seja integral. Uma solução
Segundo Silva (2002), o projeto acústico deve seguir um roteiro para qualquer
de redução acústica;
superfícies interiores);
45
5. Detalhes (estrutura; tetos e forros; divisões internas; aberturas; outros
elementos);
máquinas em geral.
Para cada tipo de uso, deve-se previamente fixar o seu nível médio de ruído
vibrações.
46
absorventes, para dificultar a transmissão dos sons a distância, que geram
ecos palpitantes.
Auditórios
O teto deve ser com material refletor nas proximidades do palco e material
proximidades devem ser refletores como o teto, para que o som seja dirigido a
divergência, para se evitar reflexões nocivas. A parede de fundo não pode ser
isolamento especial.
47
Escolas
ser feitos em locais mais tranqüilos, afastando-os sempre das ruas ou estradas
de seu uso, deve receber um tratamento característico e que lhe seja próprio.
Ambientes como salas de aula e laboratórios devem ser isolados dos ruídos
Um local que exige um cuidado especial nas escolas são as bibliotecas, além
Estabelecimentos comerciais
ruas, estes ambientes tem um grave problema que é reduzir o nível de ruído.
48
Dentro dos recintos a aglomeração de pessoas já é o suficiente para gerar um
ruído próprio. Para estes casos, o tratamento acústico não só reduz o nível
melhorar as condições internas de temperatura, pois, quase todos eles são, ate
certo ponto, bons isolantes térmicos (SILVA, 2002). Um novo tipo de telha,
telha dupla, tem sido amplamente utilizada em construções deste porte. Estas
Residências
os seus salões, suas salas de estar, os seus halls e os seus corredores devem
isoladas para que não haja transmissão dos ruídos de impacto, o piso flutuante
49
Templos Religiosos
perfeito possível.
acústico. Para templos para mais de 10³ pessoas, o projeto acústico deverá ser
amplificação sonora.
Estúdios
Segundo Silva (2002) o projeto tem que ser o mais perfeito. O aparelhamento
sons.
50
materiais absorventes do som, que possibilitam a variação das superfícies de
absorção.
Para isolar os sons nos estúdios deve-se inicialmente, deve-se usar paredes
impedir tanto a entrada dos sons externos como a saída dos sons internos. Em
para que grande parte da energia sonora seja absorvida e não atravesse para
o outro lado.
Hospitais
acústica nestes casos age como corretivo, uma vez que quase sempre se
51
Os materiais empregados deverão assegurar boas condições de higiene,
deverão ser cobertos com passadeiras de borracha, sobre base flutuante, para
carrinhos de serviço.
Indústrias
estudo de fontes de ruído e níveis sonoros vizinhos, uma vez que as indústrias
indústria, bem como contra a saída do seu próprio ruído para o exterior.
seguintes cuidados:
52
Deve-se admitir o nível máximo de ruído igual a 85dB(A) no interior do
estabelecimento;
fonte sonora.
53
Capítulo 5 – Metodologia
usado para corrigir, reduzir ou eliminar ruídos. Qualquer material, desde que
Estes parâmetros fazem com que a onda sonora seja dissipada (perca energia)
em seu interior, quanto mais poros houver, e quanto mais tortuoso estes forem,
denso, mais isolante o material será. E quanto mais rígido, mais ele irá
transmitir.
Espumas de poliuretano
Segundo Callister (2006) as espumas são materiais plásticos que contêm uma
54
materiais termoplásticos quanto os materiais termofixos podem ser usados
uma estrutura tal qual a de uma esponja. O mesmo efeito é produzido pelo
terminais.
55
originais. Em um estado sem tensões, um elastômero será amorfo e composto
Tabela 5.1.
56
Tabela 5.1: Especificação das Espumas de Poliuretano
Espuma de PU
Densidade
Espessura Marca Preço/m²*
1cm Delsolo R$16,30
2cm Ortobom R$30,10
D33
5cm Ortobom R$75,20
1,5cm Ortobom R$15,75
3cm Ortobom R$49,10
D28 5cm Ortobom R$63,80
5cm soft Ortoflex R$50,00
5cm perfilada Ortoflex R$50,00
D20 3cm Delsolo R$15,70
2cm Delsolo R$16,43
D23
5cm Delsolo R$24,65
* os preços citados acima foram atualizados em maio de 2008.
Poliestireno
O poliestireno é um polímero sintético orgânico, que pode ser fundido e
57
Gesso
O gesso é uma substância, normalmente vendida sob a forma de um pó
gesso é considerado como isolador térmico, retira umidade do ar, quando esta
em sua estrutura química. O BET foi feito para avaliar a porosidade, importante
58
Medidas de impedância acústica também foram feitas, a fim de fazer um
59
5.2 – Métodos
1995).
60
Os espectros foram obtidos em um espectrômetro FTIR-Nicolet, modelo Impact
5.1).
BET
61
A Figura 5.2 ilustra o aparelho NOVA 1000, da Quantachrome, da UFOP. O
cada amostra.
62
Figura 5.3 – Imagem do picnômetro.
Impedância Acústica
63
Figura 5.4 – Imagem do aparelho de Impedância Acústica. Fonte: BRUEL & KJAER, 2004.
microfone
fonte
sonora onda plana
amplificador
Pi
Pr
amostra
64
Para se obter o resultado, é feito um cálculo a partir da leitura feita, com a
diferença entre os dois valores, dados pelos dois microfones, com o valor da
que não é absorvida pela amostra se propaga como onda plana pelo tubo,
freqüência (com amostras de diâmetro menor 30mm) (Bruel & Kjaer, 2004).
65
Capítulo 6 – Resultados e Discussões
sistema polimérico.
(3) e também entre 580 e 670 cm-1 (4). A presença da hidroxila devido à água
66
transmitância. A análise desses espectros permite então, a identificação dos
50
40
%Transmitância
30
2
20
1
10
4
0
3
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de onda (cm )
67
feitas. As bandas centradas em 3450 cm-1 (1) correspondem a vibrações de
grupo –NCO– aparecem próximo a 2270 cm-1 (3). Na região entre 1750-1400
cm-1 aparecem várias bandas que não são facilmente distinguíveis; entretanto
torno de 1700 cm-1, seja uma delas (4). Essa região também é típica das
45
40
3
% Transmitância
35
4
2
30
1
25
20
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de Onda (cm )
68
45
40
% Transmitância
35
3 4
30
2
1
25
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de Onda (cm )
69
6.2 – BET
70
aumentada. Ou seja, a absorção será melhor em materiais cuja densidade é
O mesmo para a porosidade, (Tabela 6.4) quanto mais poroso o material, mais
ele irá absorver, uma vez que a onda sonora penetra nos poros. Porém, se o
poros reduzem a área da seção reta através da qual uma carga é aplicada, e
a flexão. Uma observação que também pode ser feita a partir da Tabela 6.4 é
Porém, deve-se levar em conta que os poros reduzem a área da seção reta
71
6.3 – Impedância Acústica
1,0
0,8
0,6
Absorção
PU - D28 (5)
PU - D28 (3)
0,4 PU - D28 (1,5)
PU - D28 soft (5)
PU - D28 perf. (5)
0,2
0,0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Frequência
Figura 6.4 - Gráfico com resultados de impedância obtidos para diferentes amostras de
PU D28.
linha de cor azul claro) é bem parecido com as citadas acima, porém,
deslocada para a direita, ou seja, ela demora um pouco mais para absorver. Só
72
quando a freqüência atinge 1500Hz é que o coeficiente de absorção fica
tem seu pico entre 3000Hz e 3500Hz de freqüência a 0,9. E este logo decai
1,0
0,8
0,6
Absorção
0,4
0,0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Frequência
Figura 6.5 - Gráfico com resultados de impedância obtidos para diferentes amostras de
PU D33.
73
A Figura 6.5 apresenta os resultados do ensaio de impedância obtido para
verde) e o pró (no gráfico, representado na linha de cor preta) e ainda o de 2cm
superiores a 0,6.
74
1,0
0,8
0,6
Absorção
PU - D23 (5)
PU - D23 (2)
0,4
0,2
0,0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Frequência
Figura 6.6 - Gráfico com resultados de impedância obtidos para diferentes amostras de
PU D23.
Índice que aumenta para 0,2 a uma freqüência acima de 1500Hz. O poliuretano
75
1,0
0,8
0,6
Absorção
0,4 PS (5)
0,2
0,0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Frequência
Figura 6.7 - Gráfico com resultados de impedância obtidos para diferentes amostras de
PS.
76
1,0
0,8 Thermatex
0,6
Absorçao
0,4
0,2
0,0
0 1000 2000 3000 4000
Frequência
A impedância relativa usada como referência nos testes para comparação foi o
Com base nos gráficos acima, podemos afirmar que, dentre as amostras
absorção 0,6 foram a amostra de poliuretano D28 soft com 5cm de espessura
(representada na Figura 6.4 pela linha de cor azul claro), com índice de
espessura (Figura 6.4, representada pela linha de cor verde), ambas com
que as amostras de poliuretano da classe D33 com espessura 2cm (Figura 6.5,
linha de cor azul), 5cm (Figura 6.5, linha de cor verde) e 5cm pró (Figura 6.5,
linha de cor preta) atingiram índices próximos a 0,6, mesmo índice do produto
THERMATEX.
THERMATEX 0,98.
De modo geral, pode-se observar através das Figuras 6.4 a 6.6, para o
será. Podemos observar também que quanto mais for a espessura do material,
78
Finalmente, cabe acrescentar que existe um limite de ―saturação‖ para cada
79
Capítulo 7 – Conclusões
material. Isto reforça o conceito de que os projetos devem ser feitos por
A partir dos ensaios realizados, pode-se confirmar que a técnica de BET é uma
A densidade real, também obtida no ensaio de BET, uma vez que se encontra
como o poliuretano.
D23, com 5cm de espessura (Capítulo 6, Figura 6.6, representada pela linha de
cor preta), uma vez, que esta apresentou o melhor resultado de porosidade e
80
também um bom desempenho no ensaio de impedância, e seu custo é baixo,
R$49,10/m².
81
Capítulo 8 – Sugestões para Trabalhos Futuros
mecânicas.
produção e aplicação.
82
Capítulo 9 – Referências
COSTA, E. C. Acústica técnica. 1a ed., São Paulo: Edgard Blücher, 2003. 127p.
EVEREST, F. A. The master handbook of acoustics. 4th ed., TAB Books, 2000.
615p.
83
LAFARGE BRASIL: Banco de dados da Lafarge Brasil. Disponível em:
www.gypsum.com.br. Acesso em 25 Mar 2007.
84
ANEXOS
ANEXO 1
20 50 41 33 26 22 19 17 16
25 54 44 37 31 27 24 22 21
30 57 48 41 36 31 29 28 27
35 60 52 45 40 36 34 33 32
40 64 57 50 45 41 39 38 37
45 67 60 54 49 46 44 43 42
50 71 64 58 54 51 49 48 47
55 74 67 62 58 56 54 53 52
60 77 71 67 63 61 59 58 57
65 80 75 71 68 66 64 63 62
70 83 79 75 72 71 70 69 69
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10152:1987.
85
Curva de Avaliação de ruído (NC), NBR 10152/1987 da ABNT. Fonte: Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
86
ANEXO 2
ANEXO 3
ANEXO 4
87