CALDA NO CONTROLE DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) NA CULTURA DO MILHO Mozzaquatro, Gabriel A.1(IC); Durigon, Angelica.1(O); Stefanello, Leonardo S.1(IC); Santana,Vilmar F.K.1(IC); Linassi, Giovani1(IC); Da Silva, Débora1(IC); Peralta, Diego E. P.1(PG) 1 AgroLab - Laboratório de Agrometeorologia Aplicada, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Maria
A cultura do milho (Zea mays) é de grande importância econômica para o Brasil,
porém a Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), lagarta-do- cartucho, ocasiona grandes perdas de produtividade, tornando essencial a maximização da efetividade dos produtos defensivos. Para reduzir as perdas são realizadas aplicações de inseticidas químicos nos quais a eficácia varia conforme as condições meteorológicas nas aplicações e com o volume de calda utilizado. O objetivo deste estudo foi determinar quais são os efeitos da condição meteorológica e do volume de calda no controle de Spodoptera frugiperda em milho. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria, RS, durante a safra 2019/2020 com o híbrido Refúgio Max RR, semeado no dia 17 de dezembro de 2019. O delineamento experimental foi em blocos aleatórios com dez tratamentos e quatro repetições. Cada bloco foi constituído por 20 linhas de semeadura com espaçamento de 0,5 m, com 10 m de comprimento. As duas linhas laterais e 1,0 m no início e no final de cada bloco foram utilizadas como bordadura. Os fatores avaliados foram: a) a condição meteorológica em três horários de aplicação (8, 14 e 18 h) e b) três volumes de calda (200, 300 e 400 L/ha). Os volumes de calda foram atingidos mudando a velocidade de caminhamento do aplicador. O inseticida utilizado foi o Espinetoram na dose de 12 g i. a./ha. As aplicações foram realizadas com um pulverizador pressurizado a CO2, com barra de 3,0 m, equipado com 6 bicos com pontas de jato tipo leque distanciados a 0,5 m. As datas de aplicação foram nos dias 7, 14 e 24 de janeiro. A nota de dano foi avaliada de forma aleatória e nas linhas centrais (10 plantas por repetição) seguindo a escala de Davis et al. (1992) nos dias 6 (prévia), 13, 23 e 31 de janeiro e 6 de fevereiro. Os dados obtidos foram comparados ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade pelo software SASM-Agri. A eficácia de controle relativa (EC, %) foi calculada pela equação de Abbott (1925). Em todas as avaliações as notas de dano apresentaram diferença estatística significativa. Na avaliação prévia, as notas de dano média variaram entre 6,95 e 7,33, mostrando alta infestação da lagarta nas plantas. Após a primeira aplicação, as plantas do tratamento das 18 h com 400 L/ha apresentaram as menores notas de dano. A partir da terceira avaliação, como a aplicação de 14 de janeiro não foi realizada no tratamento citado anteriormente, as notas de dano aumentaram em relação aos tratamentos das 8 e 14 h, se aproximando das notas de dano da testemunha. A eficácia de controle ficou abaixo de 40% em todas as aplicações das 18 h, e para as demais o controle ficou próxima e entre 62 e 73% na última avaliação, com a condição meteorológica mostrando pouco efeito nas aplicações em função da semelhança nas condições nos diferentes dias e horários. Estes resultados preliminares mostram a importância da condição meteorológica e sua relação com a eficácia dos produtos de controle. Trabalho apoiado pelo programa PIBIC-CNPq.
35ª Jornada Acadêmica Integrada - JAI
Universidade Federal de Santa Maria,19 a 23 de outubro de 2020