35ª Jornada Acadêmica Integrada

CRESCIMENTO DO FEIJÃO EM DIFERENTES ARRANJOS

AGROFLORESTAIS

Silva, P. B.1(IC); Caron, B. O.1(O); Storck, A.1(IC); Silva M. D.1(IC); Silva A. F.1(IC);
Sartori, K. A.1(IC); Nardini, C.2(IC)
1
Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais, Universidade Federal de Santa
Maria campus Frederico Westphalen; 2Departamento de Engenharia Florestal,
Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen

Os sistemas agroflorestais (Safs) baseiam se na sinergia entre seus componentes,

que são consórcios de plantas lenhosas com culturas agrícolas e/ou animais. Nestes
existem interações ecológicas entre os diferentes componentes. O cultivo de feijão
(Phaseolus vulgaris) nesse sistema é muito relevante, pois além dessas interações este é
uma planta que possui características nutricionais essenciais, tendo grande importância
para a alimentação humana. Nesse cenário de importância da cultura do feijão e a procura
por sistemas de cultivo mais sustentáveis, o trabalho teve por objetivo avaliar o
crescimento do feijão sob diferentes arranjos agroflorestais. O estudo foi conduzido na área
experimental do Laboratório de Agroclimatologia da Universidade Federal de Santa Maria
campus de Frederico Westphalen – RS durante o ano agrícola 2017/2018. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, dispostos em esquema fatorial 2 × 1 com
tratamento adicional, caracterizado por dois arranjos agroflorestais: Sistema I (6 x 1,5 m) e
Sistema II (12 x 3 m) uma espécie florestal; híbrido Eucalyptus urophylla ST Blake
× Eucalyptus grandis Hill ex Maiden, designado ( E. urograndis ); e monocultivo, com
seis repetições. A semeadura do feijão foi realizada no dia 21 de setembro de 2017, com
espaçamento nas fileiras de 0,45 m e 14 plantas por metro. Para determinação de altura de
planta e diâmetro de caule, realizaram-se avaliações de crescimento quinzenalmente a
partir da data de emergência. As plantas coletadas a campo foram levadas a laboratório,
onde com o auxilio de um paquímetro digital foi feito a determinação de diâmetro e com
um metro as alturas de plantas, considerando altura até a última inserção de folha.
Observou-se que os dois arranjos agroflorestais e o monocultivo tiveram o mesmo
comportamento em ambas as variáveis (altura e diâmetro), crescendo até os 75 dias após
emergência (DAE), no entanto o monucultivo obteve os maiores alturas e diâmetros
durante todo o ciclo diferindo estatisticamente dos dois arranjos agroflorestais. Entre os 60
DAE e 75 DAE, o crescimento quase estabilizou em função que a planta já está no estádio
R6 período final de enchimento de grãos para o R7 inicio da maturação fisiológica. Os
resultados apresentados evidenciam que a altura e diâmetro do feijão são alterados quando
cultivados em sistemas agroflorestais, podendo essas ser influenciadas pela menor
disponibilidade de radiação no sub-bosque. Sendo que a radiação é fonte primária de
energia responsável pelos processos fotossintéticos. Desta forma plantas cultivadas em
sistemas agroflorestais tendem a se adaptar ao ambiente que são cultivadas como,
alterando sua altura como diâmetro de caule. Sobretudo são necessários mais estudos sobre
o assunto, pois os sistemas agroflorestais visam maximiza o uso do solo de forma mais
sustentável.

Trabalho apoiado pelo programa PIBIC-CNPq

35ª Jornada Acadêmica Integrada - JAI

Universidade Federal de Santa Maria,19 a 23 de Outubro de 2020