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REVISTA VERDE DE AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

GRUPO VERDE DE AGRICULTURA ALTERNATIVA (GVAA) ISSN 1981-8203


Artigo Cientifico

MÉTODOS DE QUEBRA DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE JUCÁ


(Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea)

Jarina Idália Avelino,


Aluna de Graduação do Curso de Agronomia – UFERSA, Caixa Postal 137, CEP 59625-900, Mossoró, RN.
E-mail: jarinaidalia_@hotmail.com

Jailma Suerda Silva de Lima,


Enga Agra, Dra., Profa. Dept. Ciências Vegetais, UFERSA, Caixa Postal 137, CEP 59625-900. Mossoró, RN;
E-mail:jailma.suerda@gmail.com.

Maria Clarete Cardoso Ribeiro,


Enga Agra, Dra., Profa. Adjunto, Dept. Ciências Vegetais, UFERSA, Caixa Postal 137, CEP 59625-900. Mossoró, RN;
E-mail: clarete@ufersa.edu.br

Aridênia Peixoto Chaves,


Aluna de Graduação do Curso de Agronomia – UFERSA, Caixa Postal 137, CEP 59625-900, Mossoró, RN.
E-mail: aridenia.peixoto@hotmail.com

Gardênia Silvana de Oliveira Rodrigues


Aluna de Pós-Graduação em Fitotecnia – UFERSA, Caixa Postal 137, CEP 59625-900, Mossoró, RN.
E-mail: gardeniavg@yahoo.com.br

RESUMO – Visando promover o método mais eficiente para superação da dormência em sementes de jucá, espécie
com grande potencial madeireiro, medicinal e ornamental, foi conduzido um experimento em casa de vegetação na
Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, em Mossoró, RN. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado com quatro repetições de 25 sementes cada. Os tratamentos utilizados foram: 1 - Testemunha
(sementes não escarificadas), 2 - sementes intactas colocadas em embebição por 24 horas, 3 - escarificação mecânica
por 5 min., 4 - escarificação mecânica seguida de embebição por 24 horas, 5 - água quente à 80º C por 5 min., 6 - água
quente à 80º C por 5 min. seguida de embebição por 24 horas, 7- escarificação química com ácido sulfúrico por 5 min.
e 8- escarificação química com ácido sulfúrico por 5 min. seguida de embebição por 24 horas. As características
avaliadas no jucá foram: percentagens de emergência, índice de velocidade de emergência, altura de plantas,
comprimento de raiz e massa seca da parte aérea. Os resultados mais promissores a emergência e ao desenvolvimento
inicial das plântulas de jucá foram escarificação mecânica e química.

Palavras-chaves: Caesalpinia férrea, propagação, germinação, arborização

DORMANCY OVERCOMING METHODS IN JUCÁ (Caesalpinia ferrea Mart.


ex Tul. var. ferrea) SEEDS
ABSTRACT – Aiming to define the most efficient method of overcoming dormancy in Brazilian ironwood
(Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea) seeds, species with great timber, medicinal, and ornamental potential,
an experiment was conducted in a greenhouse in the Federal University of Semiarid – UFERSA, located in Mossoro,
state of Rio Grande do Norte. The experimental design was completely randomized with four replications of 25 seeds
each. The treatments used were: 1 – Control (non-scarified seeds), 2 – intact seeds soaked for 24 hours, 3 –
mechanical scarification for 5 minutes, 4 - mechanical scarification for 5 minutes followed by soaking for 24 hours, 5
– hot water at 80°C for 5 minutes, 6 - hot water at 80°C for 5 minutes followed by soaking for 24 hours, 7 – chemical
scarification with sulfuric acid for 5 minutes, and 8 – chemical scarification with sulfuric acid for 5 minutes followed
by soaking for 24 hours. The properties evaluated in the Brazilian ironwood were: percentages of emergence,
emergence speed index, seedling height, root length, and dry mass of shoots. The most promising results to the
emergence and early growth of Brazilian ironwood seedlings were mechanical and chemical scarification.

Keywords: Caesalpinia ferrea, propagation, germination, tree planting

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INTRODUÇÃO Entre os diversos tratamentos utilizados com


sucesso para superação da dormência, está a
O Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. escarificaçao, mecânica e química e os tratamentos físicos
ferrea), é uma planta arbórea, de ampla dispersão e baixa (CARVALHO & NAKAGUAWA, 2000). Diversos
densidade populacional, formando copa arredondada, trabalhos mostram que sementes recém-coletadas de jucá,
fechada e densa. Possui porte que varia de 10 a 15 m e apresentaram dormência imposta pela impermeabilidade
tronco curto de 40 a 60 cm de diâmetro, com bifurcações do tegumento à água, sendo que a escarificação mecânica
quando isolada. Casca externamente acinzentada, lisa e do tegumento da semente com lixa é considerado um
fina, com manchas brancas irregulares, que se contrasta método eficiente para a superação da dormência. Oliveira
com partes mais escuras, as quais, se renovam et al., (2010), observaram que a escarificação mecânica
anualmente, proporcionando belo efeito decorativo. Suas seguida de embebição em sementes de flamboyant-mirim
folhas são compostas, bipinadas, apresenta flores são os métodos mais eficientes na superação da
amarelas e brilhantes, pequenas, reunidas em panícula dormência para esta espécie. Alves et al., (2007)
terminal de até 20 cm de comprimento. Seu fruto é um trabalhando com superação de dormência de sementes de
legume, indeiscente, chato, que ao amadurecer torna-se braúna (Schinopsis brasiliense) obteve melhor resultado
negro e chocalhante, porque as sementes se soltam da ao utilizar a escarificação mecânica.
vagem mais permanecem dentro do lóculo. Cada fruto Coelho et al. (2010), confirmam a presença de
contém 2 a 10 sementes elipsóides, amarelas ou marrons dormência tegumentar em jucá, bem como, constataram
de consistência bastante dura (LORENZI, 2002). que a escarificação mecânica na extremidade oposta ao
Por apresentar copa bem distribuída, ampla, hilo, ou próxima à região deste, proporciona a superação
flores e frutos pequenos e leves, com tronco atrativo pela da dormência desta espécie. Trabalho realizado por Alves
sua beleza, resistente a ação mecânica e crescimento lento et al. (2009), mostraram que a eficiência do tratamento
a partir de 5 a 7m, é recomendada para arborização de químico com ácido sulfúrico concentrado depende do
praças, parques, canteiros centrais de vias públicas e período de imersão, sendo a faixa de 19 a 25 minutos a
estacionamentos (MACHADO et al., 2006). mais adequada para proporcionar maiores porcentagens e
As áreas verdes urbanas proporcionam melhorias uniformidades de emergência e de vigor.
no ambiente excessivamente impactado das cidades e Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi de
benefícios para seus habitantes, além de proporcionar um identificar os tratamentos pré-germinativos mais
verdadeiro refúgio à flora e a fauna com sua função promissores a superação de dormência em sementes de
ecológica. Estas áreas também possuem outras jucá.
importâncias, como a função social, que está intimamente
relacionada a possibilidade de lazer e de sociabilidade à MATERIAL E MÉTODOS
população, a função estética, diz respeito à paisagem
construída e o embelezamento que a mesma promove na O experimento foi conduzido na casa de
cidade, ornamentando suas praças, jardins, escolas, vegetação do Horto de Plantas Medicinais do
hospitais, ruas e avenidas, a função psicológica, sentida Departamento de Ciências Vegetais da Universidade
quando as pessoas, estão em contato com os elementos Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, situada no
naturais dessas áreas, relaxam, tendo um efeito de anti- município de Mossoró-RN, a 5º 11´ de latitude sul e 37º
estresse, aspecto este relacionado com o exercício do lazer 20´ de longitude oeste, com altitude média de 18 m. As
e da recreação, assim como, sua função educativa, sementes de jucá foram coletadas no campus da
vinculada à imensa possibilidade destas áreas ao UFERSA, descascadas, em seguidas submetidas aos
desenvolvimento de atividades extra-classe e de tratamentos para a quebra da dormência.
programas de Educação Ambiental (GUZZO, 2010). O delineamento experimental utilizado foi o
Umas das maiores dificuldades em produzir inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro
mudas de espécies florestais da família das leguminosas repetições de 25 sementes cada. Os tratamentos utilizados
são ocasionadas pelo controle da entrada de água, foram: 1 - Testemunha (sementes não escarificadas), 2 -
desempenhado pela casca, que é recoberta ou, constituída, sementes intactas colocadas em embebição por 24 horas,
de substancias que impede a entrada de água, impedindo 3 - escarificação mecânica por 5 min., 4 - escarificação
sua germinação. Associado a isso está associado a falta de mecânica seguida de embebição por 24 horas, 5 - água
conhecimento sobre qual método usar na hora de quebrar quente à 80º C por 5 min., 6 - água quente à 80º C por 5
este tipo de dormência retardando o processo de produção min., seguida de embebição por 24 horas, 7- escarificação
de mudas. química com ácido sulfúrico por 5 min. e 8 - escarificação

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química com ácido sulfúrico por 5 min., seguida de (BRASIL, 2009), índice de velocidade de emergência de
embebição por 24 horas. plântulas (IVE) - obtido pelo somatório do número de
A escarificação mecânica foi realizada sementes emergidas (G1, G2, G3,..,Gn) a cada dia,
manualmente com lixa de papel nº 100, desgastando-se o dividido pelo número de dias decorridos (N1, N2,
tegumento dos dois lados das sementes. No tratamento da N3,...Nn) da semeadura até o último dia da observação da
escarificação química com o ácido sulfúrico concentrado, emergência das plântulas (MAGUIRE, 1962), altura das
as sementes foram postas em placas de petri e imersas plântulas – medida com o auxílio de uma régua graduada,
com o ácido sulfúrico durante 5 min e posteriormente tomando como base o colo da plântula e o ápice da maior
lavadas em água corrente para retirar completamente o folha, comprimento de raiz – medida com o auxílio de
produto seguida de embebição por 12 horas, com uma régua graduada, tomando como base o colo da
posterior semeadura. No processo físico, as sementes plântula até a ponta da raiz principal e massa seca da
foram colocadas dentro de água a 80 ºC por 5 min, parte aérea da plântula – obtida em estufa de circulação
transcorrido esse período, foram retiradas e lavadas em forçada de ar a 70 °C por 72 horas.
água corrente para estabilizá-las a temperatura ambiente. Os dados foram submetidos a análises de
Logo após terem sido realizados cada tratamento as variância, utilizando-se o software Sisvar (FERREIRA,
sementes foram levadas a casa de vegetação onde foram 2003) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey
semeadas. ao nível de 5% de probabilidade.
A semeadura foi realizada em bandejas plásticas,
com dimensões 33 cm, 23 cm, 4,5 cm (comprimento,
largura e altura) respectivamente, previamente lavadas e
esterilizadas com água sanitária a 10%. Como substrato
utilizou-se 3kg de areia lavada e esterilizada em RESULTADOS E DISCUSSÃO
autoclave à 121ºC por 1 hora, em seguida umedecida com
2,5 vezes o peso da areia seca (BRASIL, 2009). As Os resultados obtidos para as características
bandejas foram mantidas em casa de vegetação sob porcentagem de emergência, índice de velocidade de
sombra e temperatura ambiente. Durante a condução do emergência, altura de plantas, comprimento de raiz e
experimento foram realizadas irrigações diárias para massa seca da parte aérea, em função de diferentes
manter a umidade adequada à emergência das sementes. métodos de quebra de dormência, encontram-se na Tabela
As características avaliadas foram: porcentagem 1. Podemos observar que houve diferença significativa
de emergência, tendo sido considerada germinada a para todas as características avaliadas, com exceção do
semente que apresentaram radícula maior que 2 mm comprimento da raiz.

Tabela 1. Valores médios de percentagem de emergência (% E), índice de velocidade de emergência (IVE), altura de
plantas (AP), comprimento de raiz (CR) e massa seca da parte aérea (MS) em função de métodos de quebra de
dormência em sementes de jucá. Mossoró-RN, 2010.

Tratamentos Características avaliadas


E (%) IVE AP (cm) CR (cm) MS (g)
SNE 29 cd 3,10 d 9,34 bc 11,21 a 4,77 c
SNE + EMB 59 ab 18,35 ab 10,92 ab 12,70 a 5,60 ab
EM 66 a 24,35 a 10,94 ab 10,78 a 5,67 a
EM + EMB 43 bc 11,52 bc 10,93 ab 11,40 a 5,07 bc
HQ 34 cd 4,70 cd 8,98 c 10,82 a 5,05 bc
HQ + EMB 24 d 4,13 d 8,84 c 10,87 a 4,76 c
EQ 68 a 22,22 a 11,32 a 13,43 a 5,61 ab
EQ + EMB 59 ab 22,18 a 11,73 a 13,47 a 5,77 a
CV(%) 21,23 16,58 7,27 18,38 4,74
SNE = Sementes não escarificadas; SN + BEM = Sementes não escarificadas + embebição por 24 horas; EM = Escarificação
mecânica; EM + BEM = Escarificação mecânica + embebição por 24 horas; HQ = Água quente à 80º C por 5 min; HQ + BEM =
Água quente à 80º C por 5 min + embebição por 24 horas; EQ = Escarificação química e EQ + BEM = Escarificação química +
embebição por 24 horas. *Médias seguidas pela mesma letra na coluna não difere entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.

Com relação à emergência de plântulas verificou-se que mecânica e química, apresentando 66 e 68 % de


as maiores médias foram obtidas com a escarificação emergência, respectivamente. Esse resultado assemelha-

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se foram encontrados por Câmara et al. (2008), transformação e de suprimento de reservas dos tecidos de
trabalhando com esta mesma espécie, obteve 67% com armazenamento e da maior incorporação destes pelo eixo
imersão das sementes em vinagre branco. Já Alves et al. embrionário. Maiores alturas de plântulas que os
(2009), observaram germinação de 53% com imersão de observados nesse trabalho foram obtidos por Alves et al.,
sementes de jucá em acido sulfúrico por 5 minutos. Bruno (2009), com a escarificação química com ácido sulfúrico
et al. (2001) com sementes de Mimosa caesalpiniaefolina por 19,11 minutos em sementes de jucá, 17,8 cm por
constatou resultados superiores na germinação de planta.
plantulas quando utilizou o ácido sulfúrico. Por outro Com relação ao comprimento da raiz, não houve
lado, Nogueira et al. (2010), analisando a posição de diferença estatística entre todos os tratamentos realizados
semeadura em sementes de jucá, obteve uma baixa nas sementes de jucá. Diferente deste resultado, Coelho et
porcentagem de germinação, variando de 4 a 17%, al. (2010) constataram variação no comprimento das
utilizando para a quebra da dormência ácido sulfúrico por raízes em relação aos tratamentos utilizados, obtendo os
10 minutos, obtendo valor bem inferior ao constatado maiores comprimentos quando a escarificação mecânica
nesse trabalho. foi realizada junto ao hilo e com a imersão em água a 100
Existe uma variação da profundidade de ºC por um minuto, bem como o pior desenvolvimento
dormência entre sementes da mesma planta e entre observado na testemunha.
plantas diferentes, como resultado da influência do Para a massa seca das plântulas, a escarificação
genótipo, da desuniformidade de maturação e das mecânica e escarificação química mais 24 horas de
alterações, das condições climáticas durante esse período embebição, destacaram-se com os melhores em
(MARCOS FILHO, 2005), o que explica essa baixa detrimento aos demais, apresentando massa seca por
germinação apresentada pela espécie, mesmo planta de 5,67 e 5,77 g por planta, respectivamente.
considerando os melhores resultados obtidos pelos Câmara et al. (2008), observaram que o tratamento de
tratamentos de quebra de dormência. imersão das sementes em vinagre branco promoveu o
Analisando o índice de velocidade de maior acúmulo de massa seca das plântulas aos 7 dias
emergência, podemos verificar comportamento após a germinação.
semelhante a percentagem de emergência, onde as
sementes escarificadas mecanicamente e com a
escarificaçao química, apresentaram os maiores valores
24,35 e 22,22, respectivamente, seguidos pela
CONCLUSÃO
escarificação química mais embebição por 24 horas,
obtendo um índice de 22,18. Santana at al. (2011) Os métodos mais promissores na superação da
também em jucá obteve maior índice de velocidade de dormência em sementes de jucá, foram escarificação
germinação (40,60) com a escarificação manual das mecânica e a escarificação química.
extremidades das sementes com lixa nº 120. Benedito et
al. (2008) com sementes de catanduva (Piptadenia REFERÊNCIAS
moniliformis Benth.) obteve os maiores índices de
velocidade de emergência quando se utilizou o ácido ALVES, A.F; ALVES, A.F; GUERRA, M.E.C.;
sulfúrico por 15 minutos. Para Coelho et al. (2010), os MEDEIROS FILHO, S. Superação de dormência de
maiores índices de emergência foram obtidos nas sementes de braúna (Schinopsis brasiliense Engl.).
sementes escarificadas na posição oposta ao hilo, Revista Ciência Agronômica, v.38, n.1, p.74-77, 2007.
possivelmente por permitir maior absorção de água e não
ter causado danos ao embrião das sementes. Podemos ALVES, E.U.; BRUNO, R.L.A.; OLIVEIRA, A.P.;
observar que quanto maior o valor obtido, no índice de ALVES, A.U.; ALVES, A.U. Escarificação ácida na
velocidade de emergência, maior foi à velocidade de superação de dormência de sementes de pau ferro
emergência, consequentemente, esta planta apresenta (Caesalpinia ferrea Mart. ex. Tu. var. leiostachya
melhor vigor e superior capacidade de sobrevivência com Benth.). Revista Caatinga, Mossoró, RN, v.22, n.1, p.37-
relação às demais (VIEIRA & KRZYZANOWISKI, 47, 2009.
1999).
No tocante à altura da planta, observa-se que as BENEDITO, C.P.;TORRES, S.B.;RIBEIRO, M.C.C.;
plantas que atingiram as maiores alturas foram NUNES, T.A. Superação da dormência de sementes de
submetidas aos tratamentos de escarificação química e catanduva (Piptadenia moniliformis Benth.). Revista
escarificação química seguida de embebição por 24 horas, Ciências Agronômica, v. 39, n. 01, p. 90-93, Jan.- Mar.,
com valores de 11,32 e 11,37 cm, respectivamente, 2008.
indicando serem mais vigorosas, apresentando maiores
taxas de crescimento, apresentando maior capacidade de

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frutos e sementes e superação de dormência de jucá Revista Verde, v.6, n.1, p. 225 – 229, 11.
(Caesalpinia férrea Mart. ex Tul (Leguminosae –
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FUNEP, 2000. 422p.
Recebido em 12 07 2011
COELHO, M. F. B., MAIA, S.S.S., OLIVEIRA, A., Aceito em 22 03 2012
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