64º Congresso Nacional de Botânica Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
TESTE DE ESTRESSE SALINO DE Cryptostegia madagascariensis
(APOCYNACEAE) CULTIVADAS EM DIFERENTES SUBSTRATOS. 1 1 1 1, 1 Luan de A. Sousa *, Oriel H. Bonilla , João M. Pompeu , Luana L. Guimarães Ane T. Reis . 1 Universidade Estadual do Ceará - UECE. E-mail: *luan_alencar_sousa@hotmail.com
tratamento de 5 mM NaCl (TCR de 0,067cm/cm/dia). As
Introdução mudanças no metabolismo e seus efeitos no crescimento e desenvolvimento da planta dependem das interações que ocorrem entre as características do estresse e as As invasões biológicas são uma das principais causas de características do vegetal que está sendo submetido ao perda de biodiversidade nos ecossistemas tropicais, estresse [6]. Observou-se também que em areia as causando também grandes perdas econômicas e sociais plantas cresceram menos (0.047 cm/cm/dia), mas não [1]. Cryptostegia madagascariensis, conhecida morreram, mostrando que a planta apresenta ajustes popularmente como unha-do-cão, é uma planta originária fisiológicos que resultam em tolerância ou da ilha de Madagascar, na África e provavelmente foi susceptibilidade ao estresse. trazida ao Brasil com fins de ornamentação devido a sua bela flor lilás [2]. É uma planta bastante agressiva na Conclusões ocupação dos espaços, elimina as demais espécies por competição e sombreamento, impedindo a fotossíntese e pode dizimar em curto espaço de tempo grandes Houve 100% de sobrevivência das plantas de C. extensões de palmeiras de carnaúbas (Copernicia madagascariensis sob estresse neste experimento. prunifera), quando não controlada. A planta apresenta Os maiores crescimentos observados se deram no dispersão de sementes do tipo anemocórica, possuindo substrato de vermiculita, seguido do adubo e da areia as mesmas, grande poder germinativo [3]. As plântulas respectivamente. nascidas em ambientes naturais instalam-se È necessário realizar novos testes com salinidades principalmente em solos de aluvião, junto as margens de maiores que as testadas para verificar a máxima rios e corpos de água superficial no Nordeste do Brasil. tolerância salina desta planta invasora. Esta pesquisa consistiu em realizar teste de estresse salino, onde mudas de C. madagascariensis, foram submetidas a diferentes níveis de concentração de NaCl Agradecimentos em três tipos de substrato para verificar o seu crescimento em altura e o acúmulo de biomassa. Agradeço a Fundação Caatinga e ao Banco do Nordeste pelo patrocínio que possibilitou a execução do projeto. Metodologia Referências Bibliográficas Sementes de C. madagascariensis foram coletadas e postas para germinar por trinta dias e uma semeadeira de [1] Ziller, S. R. 2001. Os processos de degradação ambiental isopor com vermiculita. Após os trinta dias as plantas originados por plantas exóticas invasoras. Disponível em: foram transplantadas para os vasos de 500g, o qual teve http://www.institutohorus.org.br/download/midia/ambbr2.htm. um delineamento inteiramente casualizado, com (Acesso em 23/04/2008). esquema fatorial 5 x 3 sendo o primeiro fator [2] Starr, F.; Starr, K.; Looper, L. 2003. Cryptostegia spp: correspondente aos tratamentos salinos (0 mM, 5 mM, 10 Rubber vine, Asclepiadaceae. Disponível em: mM e 15 mM e 20 mM) e o segundo aos três tipos de http://www.hear.org/starr/hiplants/reports/pdf/cryptostegia_spp.pd substratos (areia, vermiculita e húmus), com 10 f (Acesso em 21/01/2008). repetições. As plantas foram irrigadas diariamente [3] Da Silva, J. L.; Barreto, R. W. ; Pereira, O. L. 2008. durante 60 dias com solução nutritiva. Durante os 60 dias, Pseudocercospora cryptostegia-madagascariensis sp. nov. on a altura das plantas foram medidas no intervalo de seis Cryptostegia madagascariensis, an Exotic vine involved in Major em seis dias. As medias dessas alturas foram usadas Biological Invasions in Northest Brazil. Mycopathologia 166: 87- 91. para calcular a taxa de crescimento relativo (TCR) é a [4] Samuelson, M. E.; Eliason, L. ; Larson, C. M. 1992. Nitrate - taxa de crescimento absoluto (TCA) de cada tratamento regulated growth and cytokinin responses in seminal roots of salino em cada substrato [4]. barley. Plant Physiology 98: 309-315. [5] Läuchli, A. & Grattan, S. R. 2007. Plant growth and Resultados e Discussão development under salinity stress. Pp. 1–32. In: Jenks, M. A.; Hasegawa, P. M.; Jain, S. M. (Ed.). Advances in molecular breeding toward droughtand salt tolerant crops. Dordrecht: Durante o experimento observou-se que todas as plantas Springer. [6] Munns, R. ; Tester, M. 2008. Mechanisms of salinity cresceram e sobreviveram nos três substratos e em todos tolerance. Annual Review of Plant Biology 59: 651-681. os tratamentos salinos, porém, no tratamento de areia elas cresceram 33% menos em relação aos outros substratos (húmus e vermiculita). Isto mostra que no seu metabolismo, as plantas de C. madagascariensis apresentam algum processo de ajuste osmótico, pois a salinidade possui dois componentes que são responsáveis pelo estresse: um osmótico e outro iônico, sendo este último responsável pelo balanceamento nutritivo e pela diminuição dos efeitos tóxicos dos íons no vegetal [5]. A espécie cresceu mais em vermiculita no
Avaliação dos Descritores Morfoagronômico e Morfoanatomia da Lâmina Foliar de Pilocarpus: Microphyllus Stapf ex Wardleworth – Rutaceae, Ananas Comosus Var. Erectifolius (L. B. Smith) Coppens & F. Leal – Bromeliacea e Psychotria Ipecacuanha (Brot.) Stokes