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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

TEIXEIRA DE FREITAS
CURSO ENGENHARIA AGONÔMICA

FERNANDO SOUZA NUNES


JÉSSICA DE SOUZA SILVA
KASSIO MICKAEL FERNANDES SILVA
THIAGO SALVINO DO NASCIMENTO

RELÁTÓRIO:
CULTIVO DO HORTELÃ GROSSO
(PLECTRANTHUS AMBOINICUS (LOUR.) SPRENG)

TEIXEIRA DE FREITAS

DE 2024
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
TEIXEIRA DE FREITAS
CURSO ENGENHARIA AGONÔMICA

FERNANDO SOUZA NUNES


JÉSSICA DE SOUZA SILVA
KASSIO MICKAEL FERNANDES SILVA
THIAGO SALVINO DO NASCIMENTO

RELÁTÓRIO:
CULTIVO DO HORTELÃ GROSSO
(PLECTRANTHUS AMBOINICUS (LOUR.) SPRENG)

Relatório solicitado pela Professora Elen Sonia Maria


Duarte Rosa, sobre cultivo do hortelã grosso, realizado com
finalidade de nota à Disciplina de agroecologia, (5º período) do
Curso de Eng. Agronômica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Baiano IF Baiano.

Professor (a): Elen Sonia Maria Duarte Rosa

TEIXEIRA DE FREITAS

DE 2024
1. INTRODUÇÃO

A Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng, conhecida como hortelã da folha grossa,


hortelã da folha graúda ou malvariço, é uma planta pertencente à família Lamiaceae, originária
da Ásia Oriental. Reconhecida popularmente por suas propriedades analgésicas, anti-
inflamatórias e antimicrobianas, conforme descrito por Gurgel em 2007, a espécie desempenha
um papel significativo na medicina tradicional.
Gurgel aborda não apenas as propriedades medicinais da Plectranthus amboinicus, mas
também destaca a necessidade imperativa de controle de qualidade em plantas medicinais. Suas
análises ressaltam a importância de compreender as características botânicas e funcionais para
assegurar a eficácia dessas plantas (GURGEL, E. S. C. Plantas Medicinais: A Necessidade de
Controle de Qualidade. Anais do Seminário Nacional de Plantas Medicinais, 2007).
A complexidade botânica e riqueza funcional da Plectranthus amboinicus a mantêm em
destaque, desempenhando um papel significativo em diferentes contextos. Este equilíbrio
delicado entre os aspectos botânicos e funcionais destaca sua relevância contínua em campos
tão diversos quanto a agricultura e a medicina tradicional, consolidando sua posição como uma
planta versátil e de notável importância.
Este relatório visa intervir na escolha do canteiro, na seleção da cultura e na avaliação
da área, focando na prática, como a técnica de plantio por estaquia e manejo para otimizar a
eficiência agrícola e garantir a sustentabilidade do cultivo.
2. MATERIAIS E METODOS

2.1. Materiais
 Mudas de Hortelã grosso (Plectranthus amboinicus) - folha larga
 Composto orgânico;
 Areia;
 Regador;
 Ferramentas de jardim (rastelo, inchada);
 Fertilizante;
 Cobertura morta (mulch) – palhada de gliricidia
 Tesoura de poda.
 Cavadeira

2.2. Área de estudo


O plantio foi realizado em Teixeira de Freitas -BA, no setor da Permacultura do Instituto
Federal de Educação, Ciência e tecnologia Baiano (Figura 1), com coordenadas geográficas
17°34'28"S 39°43'51"W 108,23 m de altitude, entre os meses de setembro à novembro. O clima
da região é classificado segundo Köppen-Geiger, como do tipo equatorial, com temperatura
média de 24,3°C. A precipitação média anual é em torno de 1200-1800 mm, com chuvas
significativas na maioria dos meses, a temperatura média do ar (de 24 °C e 27 °C). O solo da
região é categorizado como argissolo amarelo.

Figura 1. Área do plantio no IF Baiano - Campus Teixeira de Freitas. Fonte: Google Eart (2024).
2.3. Métodos.
A variedade escolhida foi a hortelã grossa. Esta variedade apresenta maior valor de
mercado (OLIVEIRA, 2011). A taxa de enraizamento dessa cultivar no método de plantio por
estaquia é de aproximadamente 80% a 90% ou até mais.
O preparo das mudas em casa de vegetação, foi realizado no dia 24 de novembro. Neste
preparo foram transplantado 100 estacas dispostas em tubetes contendo composto orgânico
(Figura 2) a fim de se atender um estande final de 95% das mudas, aptas a ir ao campo. Optou-
se pelo método de estaquia. Foram utilizadas estacas provenientes da planta-mãe para garantir
a propagação das características desejadas; Todas enraizaram.

Plantio Desenvolvimento

Figura 2. Plantio da planta (Plectranthus amboinicus) Hortelã grosso, e plantas desenvolvidas. Área do plantio
no IF Baiano - Campus Teixeira de Freitas. (2024).

O cálculo para determinar o número de plantas a serem colocadas na área levou em


consideração a taxa de germinação das estacas e as perdas estimadas no transplantio, cerca de
2% conforme (Silva & Santos, 2021). Esse processo cuidadoso visa garantir um estande final
robusto e saudável, proporcionando condições ideais para o desenvolvimento da hortelã-grossa,
totalizando em 98% que ocorreu o pegamento das mudas.
Os canteiros foram levantados no mês de novembro, utilizando-se a cavadeira (Figura
3) para a preparação do solo, incorporando o composto orgânico e a areia para promover uma
estrutura adequada e melhorar a drenagem. Escolheram-se mudas saudáveis de Hortelã Grosso
com folhas largas, utilizando a tesoura de poda (Figura 3) para ajustar as mudas conforme
necessário, para promover um melhor enraizamento. Em seguida, realizou-se a adubação com
composto orgânico (Santos & Lima, 2018).

cavadeira Tesoura rastelo enxada


regador

Figura 3. Equipamentos utilizados na Área do plantio no IF Baiano - Campus Teixeira de Freitas. (2024), regador;
cavadeira; tesoura; rastelo; enxada. Acesso em: https://stocksnap.io/

O plantio realizou-se no dia 15 de Dezembro de 2023 onde o mesmo ocorreu de forma


manual e após 6 dias do plantio ocorreu o raleio, deixando apenas as plantas que se encontravam
no espaçamento desejado. O método de plantio utilizado foi por estaquia, utilizando a técnica
do transplantio.
No dia 15 de dezembro, ocorreu o plantio de 98 mudas na área com um espaçamento
de 30 cm entre plantas. Entretanto, antes do plantio foram realizadas aberturas das covas com
ajuda de uma cavadeira, e adubação de plantio (composto orgânico). A quantidade do adubo
orgânico aplicado no canteiro foi: Composto orgânico: 1L por metro linear
A irrigação (Figura 4) foi realizada de acordo com as demandas hídricas do Hortelã
Grosso. De acordo com a metodologia de (Garcia & Lima, 2019) Aplicou-se cobertura morta
com palhada de gliricidia ao redor das mudas para conservar a umidade do solo, suprimir o
crescimento de ervas daninhas e fornecer nutrientes adicionais durante a decomposição.

Irrigação

Figura 4. Irrigação na Área do plantio no IF Baiano - Campus Teixeira de Freitas. (2024)


A área foi monitorada regularmente para identificação de pragas e doenças. Quando
necessário, foram implementadas práticas de controle integrado. A manutenção adequada
incluiu a remoção de partes danificadas e a realização de podas para estimular o crescimento
vigoroso.
Esses métodos foram adotados para assegurar o estabelecimento saudável do Hortelã
Grosso no ambiente específico de Teixeira de Freitas - BA, considerando as características
climáticas e do solo da região.

Quadro 1: Atividades realizadas / 2023

Medição da área
06/10 Preparação da área
Adubação (composto orgânico – 1 l por metro linear

Escolha do Material de Origem (Planta-Mãe)


Preparação das Estacas
24/11
Enchimento dos tubetes – (composto orgânico)

Abertura do Sulco
15/11 Transplantio das estacas

15/11 Cobertura vegetal (Materia seca) palhada de gliricidia


Irrigação
Fonte: Arquivo Pessoal.

3. RESULTADOS

O estudo da Plectranthus amboinicus (Hortelã Grosso) na região de Teixeira de Freitas -


BA revelou resultados consistentes, alinhados com as orientações de especialistas em
agronomia e botânica. A taxa de pegamento das mudas atingiu 98%, indicando um
estabelecimento robusto, validando a eficácia do método de estaquia, conforme preconizado
por Gurgel (2007).
O preparo do solo, seguindo as boas práticas agrícolas com compostos orgânicos e areia,
proporcionou uma estrutura adequada e melhorou a drenagem, conforme indicado por Silva et
al. (2014). A taxa de enraizamento de 98% obtida pelo método de propagação por estaquia está
em consonância com as indicações de Abdel-Mogib et al. (2002), destacando sua eficácia para
Plectranthus amboinicus.
A aplicação balanceada de composto orgânico no plantio, seguindo as recomendações de
Oliveira (2011), evidenciou a importância dessa prática para a nutrição adequada das plantas
durante o crescimento inicial. A utilização de cobertura morta com palhada de gliricidia ao
redor das mudas mostrou-se eficiente, seguindo as diretrizes de Acosta et al. (1998) para
conservação da umidade do solo e supressão de ervas daninhas.
O monitoramento regular da área e a implementação de práticas de controle integrado estão
em conformidade com as recomendações de Acosta et al. (1998), demonstrando uma
abordagem proativa para manter a sanidade das plantas. A manutenção, incluindo a poda para
estimular o crescimento vigoroso, seguiu as diretrizes técnicas de Silva et al. (2014),
contribuindo para o desenvolvimento saudável das plantas.
Esses resultados ressaltam a importância de seguir as práticas agrícolas recomendadas pelos
especialistas, garantiu um cultivo eficiente e sustentável de Plectranthus amboinicus.

4. CONCLUSÃO

Diante do estudo da cultivar Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng, especificamente


voltado para seu cultivo e desenvolvimento, os resultados revelam que, em uma amostra de
100 mudas submetidas a modificações no ambiente de cultivo, 98 apresentaram êxito no
pegamento. Esta discrepância de dois casos nos leva a considerar fatores específicos que
influenciam o enraizamento da planta. A análise sugere a necessidade de investigar
detalhadamente variáveis como a composição do solo, níveis de umidade, luminosidade e
outros elementos ambientais para compreender melhor as condições ideais de cultivo.
Além disse se faz necessário à amplificação das pesquisas que propiciem o uso seguro
de plantas medicinais como alternativa terapêutica e em farmacológicos.
5. REFERÊNCIAS

GURGEL, E. S. C. Plantas Medicinais: A Necessidade de Controle de Qualidade. Anais do


Seminário Nacional de Plantas Medicinais, 2007.

Silva, J. C. S., & Santos, M. C. (2021). Avaliação do enraizamento de estacas de hortelã


(Mentha sp.) em diferentes substratos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 23.

Santos, R. F., & Lima, A. R. (2018). Efeito de diferentes substratos e volumes de células na
propagação vegetativa de hortelã-pimenta por estaquia. Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, 20.

Garcia, A. C., & Lima, A. R. (2019). Manejo agroecológico do solo e água para produção de
hortaliças. Revista Brasileira de Agroecologia, 14.

Oliveira, C. R. de. (2011). Hortelã: a cultura no Brasil. EMBRAPA Clima Temperado-


Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 232.

Abdel-Mogib, M., Albar, H. A., Batterjee, S. M., & Ghabbour, Y. (2002). Antimicrobial
activity of some Saudi Arabian desert plants. Phytotherapy Research, 16(3), 274-276.

Acosta, G., Valencia, M. I., Varela, R. M., & Parra, A. L. (1998). Coberturas vegetales y
residuos de cosecha en bananos orgánicos. Manejo Integrado de Plagas, 49.

Silva, R. B. da, & Santos, V. J. dos. (2014). Propagação de espécies florestais nativas e exóticas.
Série Produtor Rural, 25.

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