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Relatório - Educação Digital - Desenho Curricular Flexível PDF
Relatório - Educação Digital - Desenho Curricular Flexível PDF
curricular flexível
Norteador para o trabalho pedagógico das escolas
da Bahema Educação
setembro 2022
EDUCAÇÃO DIGITAL
INTRODUÇÃO
Trata-se do ponto de partida para um processo de elaboração coletiva que deve envolver
todos os ecossistemas da Bahema Educação, e que se desenvolverá por meio de idas e
vindas entre as equipes das escolas e este núcleo, o qual processará as validações
sucessivas, questionamentos, proposições e alternativas visando a construção de um
texto representativo, mas também norteador, do trabalho pedagógico que todas as
escolas devem buscar realizar nos próximos cinco anos.
Esta iniciativa busca igualmente mapear as ações pedagógicas bem sucedidas, que se
desenvolvem nas escolas, e criar a possibilidade de trocas e expansão das boas práticas
pedagógicas, sem no entanto homogeneizar o currículo
EQUIPES E ETAPAS
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Esta composição é flexível e nas etapas subsequentes outros profissionais serão
chamados à participação direta. Para facilitar a identificação dos agentes envolvidos
neste processo, vamos nos referir aos diferentes grupos da seguinte forma:
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O encontro de setembro de 2022 contou com a presença dos seguintes profissionais: Luciana
Salles, Lanqui Ribeiro, Adriana Torres, Roberta Fernandes (Escola Parque); João Pires, Cristina
Maher, Luiza Moraes, Ricardo Buzzo (Escola Da Vila), Tiago Carturani (Escola Autonomia),
Graziella Mattarazzo (Escola Castanheiras), Laiza Gomes, Günther Mittermayer (Escola Mais) e
coordenado por Sonia Barreira e Helena Mendonça.
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2.Mapeamento inicial 4) As equipes das escolas realizam o mapeamento inicial a
das práticas partir do documento. ( até maio de 2023)
pedagógicas
5) O mapeamento é revisado pelo grupo de TE, e em
parceria com a diretoria pedagógica e com os critérios
de validação do Núcleo Central (junho)
Avaliação de Projeto 10) A equipe das escolas será convidada a gerar uma
de Formação Digital avaliação da escola, neste campo, mediante
instrumentos comuns que visam o suporte para planos
de ação e definição de metas
VALIDADE E ABRANGÊNCIA
Este projeto visa oferecer o desenho curricular com o mapeamento de boas práticas para
que as escolas possam elaborar seus planos de ação e se alinharem às diretrizes e
objetivos formativos em função da sua atual maturidade neste campo de atuação. O
processo de elaboração se estende até julho de 2023 e contará com avaliação
permanente.
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Uma ampla revisão deve ocorrer em 2025 com a devida atualização fruto da análise das
práticas mas também da evolução da área e das respectivas demandas sociais.
VISÃO DA ÁREA
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criatividade e fantasia convergem, assim como o pensamento
crítico, informação, comunicação e colaboração, sendo essas
categorias entendidas como um todo integrado. (Competências de
Educación Digital, 2017)
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lógica que está por trás de uma determinada prática social. Esta prática pode ter foco no
uso de uma tecnologia, nas práticas sociais que a envolvem ou ainda no trabalho com os
meios digitais nas práticas de estudo. A formação do professor então, deve se
caracterizar por uma formação em trabalho ou a reflexão sobre a prática em ação. O
trabalho formativo do professor deve ser contextualizado na sua própria prática. As
dinâmicas de produção colaborativas, as diferentes formas de registro, as modalidades
de trabalho que alternam entre o analógico e o digital, também alteram profundamente a
avaliação. Neste sentido, um exemplo de ação de formação seria a exploração e reflexão
sobre como o registro dos estudantes, na sua diversidade, pode ser usado como evidência
sobre as aprendizagens e como contribuição para a metacognição.
No que diz respeito ao uso dos ambientes virtuais e recursos digitais é importante
salientar a organização do armazenamento dos registros dos professores e estudantes,
importantes evidências do percurso educacional. Estes registros podem ser chamados de
dados em meio digital, e por serem bytes e não átomos, podem ser armazenados,
reorganizados, filtrados e manipulados de diversas maneiras e com diferentes
finalidades. A natureza deste formato viabiliza então a observação de aspectos
importantes da aprendizagem, exigindo o que tem sido chamado de letramento crítico de
dados (BUZATO, 2017). Para que isto seja possível, é fundamental que os dados das
diversas plataformas estejam em formato aberto (não proprietário) e que seu uso esteja
autorizado pelos indivíduos que os geraram (estudantes e professores), levando em
consideração a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados2, e outras leis em vigor.
As ideias apresentadas nos parágrafos anteriores abordam apenas alguns dos
conceitos que revelam a mudança de paradigma que implica a emergência da cultura
digital, que surge de uma sociedade cada vez mais organizada em redes, dinâmica,
aberta e suscetível à mudanças. O papel da educação é essencial para que os estudantes
conheçam e se apropriem das práticas culturais relevantes. Não se propõe apenas o
acesso à tecnologia digital, mas o conhecimento de como utilizá-la de acordo com as
diferentes necessidades e interesses.
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Diferente do que ocorre em outros países que são referência no tema, como Alemanha e a Nova Zelândia,
são ainda muito recentes as leis que regulamentam o uso de dados no Brasil. Tivemos o Marco Civil da
Internet em 2014 e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que consiste na Lei n.º 13.709/18 e que só entrou
em vigor em 18 de setembro de 2020. Esses são marcos legais que impactam diretamente o uso de dados nas
escolas porque definem limites para que um dado seja considerado sensível - como é o caso de e-mails, por
exemplo - além de também delimitar quando e em quais circunstâncias uma criança ou estudante
adolescente pode ou não registrar uma conta em um ambiente digital ou site externo.
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PREMISSAS QUE DEVEM PAUTAR A EDUCAÇÃO DIGITAL
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A discussão sobre ajuda ajustada (ONRUBIA, 2009) é um dos aspectos centrais das práticas construtivistas
e como estas atribuem importância à mediação dos professores e também às mídias que os estudantes
acessam. De grosso modo, implica considerarmos o que é preciso oferecer para um estudante de modo que
ele possa tomar o professor e seus saberes como referência, mas também fazer uso adequado do que já sabe
e conhece. Quando a aplicamos à educação digital, cabe considerar como os ambientes virtuais de
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personalização4 das aprendizagens, interações de diversas ordens. Por isso elas
devem ser pensadas como práticas sociais e como ferramentas de ordem
pedagógica, quando a intencionalidade educativa é mais determinante que o
recurso tecnológico em si.
Eixos de Organização
Campos de Trabalho Pedagógico Descrição e propósitos formativos
Curricular
1. Algoritmo, aprendizado de
Refere-se à habilidade de compreender, analisar definir,
máquina, inteligência artificial modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e
2. Lógica e resolução de suas soluções de forma metódica e sistemática, através
problemas do desenvolvimento da capacidade de criar e adaptar
algoritmos, aplicando fundamentos da computação para
3. Organização e classificação de alavancar e aprimorar a aprendizagem e o pensamento
I. Pensamento dados criativo e crítico nas diversas áreas do conhecimento.
Computacional 4. Representação do mundo físico Procura explorar conceitos relacionados com o
pensamento computacional e a internet das coisas, como
e prototipagem
aprendizagem de máquina, inteligência artificial e outras
5. Programação tecnologias emergentes que surgem da programação e
6. Vida e sociedade dos pilares do PC que são a decomposição, o
7. Computação desplugada reconhecimento de padrões, a abstração e a
sequenciação de instruções ou os algoritmos.
aprendizagem e outros recursos educacionais abertos podem favorecer uma aprendizagem mais autônoma
do estudante, fazendo com que ele recebe, por exemplo, em tempo real, feedbacks sobre suas respostas que o
ajudem a autorregular os próprios estudos.
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De modo geral, em educação digital, costuma-se associar o termo personalização à ideia de customização da
aprendizagem, como se o professor pudesse oferecer, em sua turma, uma lição específica para a necessidade
de cada um de seus estudantes. Dessa forma, confunde-se personalização com individualização da
aprendizagem. O nível de personalização que as práticas digitais oferecem, no entanto, se relacionaria mais
às novas ecologias de informação e aprendizagem (BARRON, 2006) e à possibilidade de propiciar ao
estudante espaços para que ele possa dar um significado pessoal ao que aprende. (COLL, 2013).
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Este eixo explora a compreensão do funcionamento dos
espaços digitais públicos e privados, considerando
limites, adequações, inadequações, códigos e regras de
convivência democrática. Aborda questões relacionadas
1. Ética com a segurança e a privacidade nas redes, os rastros
digitais, as políticas de organização das redes, o direito
III.Comunidade autoral, os mecanismos de engajamento das redes
2. Segurança e privacidade
Digital sociais, as leis de proteção vigentes no Brasil com relação
à proteção de dados e aos direitos relacionados ao
3. Convivência digital acesso seguro à internet, etc.
A convivência digital aborda temas contemporâneos
como o fenômeno das fake news e a interação entre
comunicação de massa, segmentação de mercado e uso
dos dados pessoais pelas grandes plataformas.
I. Pensamento Computacional
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de modo individual ou cooperativo. Nesse contexto, é necessário que dominem recursos
para fazer parte de comunidades digitais cooperativas e reconheçam a importância
dessas comunidades como espaço fundamental de circulação e produção de saberes.
MAPEAMENTO
Seminário Ed realizado
Digital
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Seminário Ed Junho
Digital
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Atividade 3 - Mapeamento Apresenta-se o Usar o tempo de uma
mapeamento ao grupo e reunião para que a equipe
Tempo: 1 encontro todos buscam dar um em duplas ou
exemplo individualmente participe
do mapeamento
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REFERÊNCIAS
BUZATO, M.E.K. Critical Data Literacies: going beyond words to challenge the illusion of a
literal world. In: TAKAKI, N. H.; MONTE MÓR, W. (Eds.). Construções de sentido e
letramento digital crítico na área de línguas e linguagem. Campinas, SP: Pontes Editores,
2017. p. 119–142.
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PUNIE, Y. and BRECKO, B., editor(s), FERRARI, A., DIGCOMP: A Framework for
Developing and Understanding Digital Competence in Europe. , EUR 26035, Publications
Office of the European Union, Luxembourg, 2013, ISBN 978-92-79-31465-0,
doi:10.2788/52966, JRC83167. Disponível em
https://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/handle/JRC83167 . Acesso em 28 set.2022.
SBC. Diretrizes para o Ensino de Computação na Educação Básica, 2018a. Disponível em:
https://www.sbc.org.br/educacao/diretrizes-para-ensino-de-computacao-na-educacao-bas
ica . Acesso em 28 set.2022.
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