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FECAS

CURSO MAGIA VURDA


MODULO II

As Filhas da Floresta

Tel: 21 981562644 / 99667-8823


e-mail vleleone@gmail.com

Proibida a reprodução sem autorização por escrito do seu autor

PARTE I

1.Os Quatro Pilares da Magia


2.Formas de Limpezas Energéticas

3.O Círculo

PARTE II

1.Abertura do Portal Lunar

2.Escolhendo Favas e Sementes

3.As Senhoras da Floresta

4.Honrando os Espíritos das Florestas

O RITUAL DOS QUATRO ELEMENTOS

PARTE I

1.

Os Quatro Pilares da Magia

"Para chegar-se ao Sanctum Regnum, isto é, à ciência e ao poder dos magos, quatro coisas
são indispensáveis: uma inteligência esclarecida pelo estudo, uma audácia que nada faz parar,
uma vontade que nada quebra e uma discrição que nada pode corromper ou embebedar.

Saber, Ousar, Querer e Calar - eis os quatro verbos do mago que estão escritos nas quatro
formas simbólicas da esfinge. Estes quatro verbos podem combinar-se mutuamente de quatro
modos e se explicam quatro vezes uns pelos outros."

Um pilar simboliza o eixo do mundo, sustentação, coluna vertebral. Representa a firmeza de


uma estrutura.

Conhecer, Ousar, Querer e Calar são os quatro pilares principais da magia, portanto, do
macrocosmo e do microcosmo sobre os quais foi erigida a sagrada ciência da magia.

Relativamente aos quatro elementos, são estas as características básicas que todo Vurda deve
possuir se quiser alcançar o grau mais elevado.

Em magia fala-se muito no termo "Saber, querer, ousar, calar". Sabe-se que ele tem um motivo
para existir, é nesta máxima que se encontra o fundamento primordial da magia.

Estes termos não se referem a algo comum, mas em como agir quando trabalhamos
magisticamente.

E sim, sugere que cada pilar pode ser associado a um elemento. Aqui, faço essa associação
simbólica.

SABER é o primeiro pilar.

Podemos associar o Saber ao elemento Ar.


O passo inicial para que o estudante alcance o Saber é um estudo intenso e bastante reflexão
sobre as Leis universais, meditar a respeito dos mecanismos do macrocosmo (o universo) e
também sua analogia com o microcosmo (ele próprio).

Tal conhecimento, aliado com a experiência, que só pode ser adquirida através da prática, o
levará gradativamente até a sabedoria.

O SABER mágico é preciso e imprescindível antes de realizarmos qualquer magia. Não apenas
o saber sobre o que se está fazendo, mas também o saber sobre si próprio, sobre seu
microcosmo. Esse SABER abrange não só o que diz respeito a magia que você está prestes a
realizar, mas também nos alerta a sobre o que acontece com você, pois o 'saber interior' é
muito importante e, com certeza, irá interferir em qualquer prática realizada em caso de risco
iminente. Realizar alguma magia sem ter NENHUM conhecimento é muito perigoso e pode
trazer resultados não desejados.

Existem pessoas que recebem insights sobre ritos etc, e não gostam muito de verificar se
aquilo que ''veio'' tem fundamento ou não, mas devemos lembrar que nem todas as intuições
que temos vem de alguma fonte ''benigna''. Imaginemos que você está lá no seu sofá e intui
que deve se cortar e oferecer seu sangue à Lua e só depois descobre que não era Selene que
falava pela sua intuição e sim uma entidade maligna...

Então, por via das dúvidas, o melhor mesmo é procurar o saber, a não ser que você tenha
certeza absoluta de que seguir aquela intuição lhe será benéfico.

Saber também o que você quer, por que você quer, quais são seus motivos, medir e avaliar
estes motivos, ver também se vai interferir na vida de alguém, enfim, você deve, antes de
qualquer coisa, buscar o SABER.

QUERER é o segundo pilar, sendo um aspecto da vontade.

Este pilar é associado ao elemento Fogo.

O Vurda, cultivando a tenacidade, a persistência e a determinação, desenvolverá sua vontade.

O Querer liga-se ao inabalável desejo de superar os obstáculos do caminho. É a habilidade de


invocar a sensação de absoluta certeza de que a vontade é concreta.

O Querer pode ser cultivado com a prática e é extremamente importante quando se usam
afirmações e a imaginação.

Quem pretende levar a sério o caminho de magia que está trilhando, precisará de uma
vontade inquebrantável.

O QUERER é muito mais pessoal. Não adiante saber o feitiço para ganhar na mega sena se
você não estiver disposto a fazer todo aquele ritual, se você não desenvolver corretamente o
querer. O querer é algo também muito importante porquê mexe muito com nosso self.

Acreditar é um dos obstáculos que enfrentamos quando se fala em querer. Se eu sei de algo,
porém não acredito ou tenho dúvida que aquilo que estou a fazer funcionará, o trabalho não
funcionará. É como eu procurar peixe no deserto, não tem como achar.

É por isso que a verdadeira vontade é tão difícil de se achar, porque falta o querer que
aconteça, a crença em nós mesmos e nas energias com as quais estamos lidando; se na hora
de um ritual eu acredito, por um segundo, que aquilo é idiotice ou que só estou a perder tempo,
aquele pensamento irá interferir no sucesso da prática e você não obterá êxito.

Não basta nada saber, não basta nada ter vários acessórios de magia, se você não tiver o
querer trabalhado, não conseguir impor sua vontade verdadeira.

OUSAR é o terceiro pilar.

Associado ao elemento Terra.

Ousar significa manter seu objetivo sempre à frente e não vacilar. Lançar-se de cabeça nas
suas práticas, ignorando tanto o fracasso quanto o sucesso.

Ousar é vencer o medo - não o ignorar, mas vencê-lo. É ser corajoso para realizar uma
introspecção profunda e contemplar seus defeitos sem recuar, e sem temer provocar as
mudanças necessárias.

O OUSAR é um desafio também de grande porte. Ousadia não é impulso, a diferença é que
ousar é ter atitude - mas uma atitude sábia. Se caso você domine todo o tema, você domine o
saber e também domine o querer então o próximo passo será ousar, pois ousar é ter coragem;
impulso é fazer algo sem pensar, mas o ousar, pelo contrário, é uma ação pensada.

Se soubermos, quisermos e não ousarmos não adiantará de nada, vamos ficar cheios de
conhecimentos, cheios de vontade e não vamos ousar, não vamos colocar estes
conhecimentos em prática, não adiantará de nada!

Ao ousar colocamos a figura da Vurda em ação, nos tornamos pessoas de ação, e ao colocar
nossos conhecimentos e vontade em prática, conseguimos notar se estamos
acertando/errando e o porquê disto. Só na prática é que melhoramos, só na ousadia de tentar é
que conseguimos evoluir.

A ousadia também entra em testar seus conhecimentos e inovar, fazer o desconhecido, ousar
fazer algo que ninguém nunca tentou com seu conhecimento e sua vontade. É quando
mudamos a percepção de mundo que temos, é quando ousamos fazer um ritual novo, é
quando ousamos mudar nosso estilo de vida, é fazer acontecer!

CALAR é o quarto pilar.

O último verbo é associado ao elemento Água.

Calar é uma regra de ouro. O falar descontrolado é realmente o ego se exibindo. O Vurda
deve calar-se para submeter o seu ego.

De fato, quanto mais o Vurda se calar sobre as próprias experiências e conhecimentos, tanto
mais poderes obterá da fonte primordial.

O CALAR é o mais importante dos pilares supracitados. Esse calar não é o calar de ficar
calado, com raiva ou triste, esse calar é o calar espiritual e também fala muito ao nosso interior.
É quando ouvimos uma opinião diferente da nossa, mas nos calamos por sabermos que não é
preciso intrometer-se e discutir. É quando alguém nos xinga e ficamos calados por saber que
aquelas palavras só afetam a quem as pronunciou.

É quando nos calamos frente a uma situação em que é preciso pensar e autoanalisarmo-nos.
Mas este calar também não foge de forma alguma do contexto de trabalhos mágicos. Muitas
pessoas questionam sobre o porquê de muitas ordens esotéricas fazerem tanto segredo em
relação a suas práticas e seus encontros, e parece que nunca questionaram o contrário:
Porquê tornar público?

A Magia é a ciência mais sagrada que existe, é o conhecer do Todo e se você quiser dominar
esta ciência, que a busque. O silêncio das ordens em relação às práticas é por motivo de
seleção. Ou ninguém saberia do conteúdo. Mas muitos 'escolhidos' sabem. Lembremos que o
Ocultismo (da palavra em latim occultus: "clandestino, escondido, secreto").nos ensina que a
magia é a ciência dos escolhidos, e que até mesmo quem entra passa pelos ditos 'testes'.

Calar também é importante nas práticas realizadas por nós, justamente por ser tão sagrado. Do
que adianta andar com um pingente gigantesco de pentagrama dizendo a todos que você é a
reencarnação de Tutancâmon? Você vai crescer com isso? Vai evoluir? Pense bem. Do que
adianta?

Muito melhor fazer suas práticas solitariamente (ou em grupo) sem que ninguém saiba. Isso é o
calar.

Ficar falando a todo mundo sobre os trabalhos mágicos que você realizou só faz sua prática
ficar mais mundana (o mesmo serve contar a qualquer pessoa que você faz parte de tal ordem,
(a menos que seja preciso), menos sagrada. Isso só piora seu trabalho. Só por ficar falando
sempre sobre suas práticas com todos, ela perde a essência de oculta e divina e, a menos que
esse seja seu objetivo, ela quase sempre falhará.

Também podemos pensar que a palavra em si é importante e tem seu poder. Falar e falar tudo
que vem à cabeça foge um pouco da prática mágica, porquê sabemos o poder deste ato: falar.
Então selecionar o que se fala também entra nesta parte. Se nossa fala não é respeitada aqui,
não será em nenhum outro mundo. Então só fale quando o que for falar for de proveito,
selecione seu vocabulário, não fale palavras ruins e passe um tempo calado, pois quando você
for falar, todos, não importando a dimensão, vão prestar atenção.

O quaternário também simboliza os quatro animais do Apocalipse ou a Esfinge


Tetramorfa (do grego: quatro formas), de garras de Leão, asas de Águia, corpo de Touro
e rosto de Homem, que é SABER, QUERER, OUSAR E CALAR.

O Iniciado deve SABER com Sabedoria (Homem); QUERER com ardor (Leão); OUSAR com
Audácia (Águia) e CALAR com força (Touro).

Vejamos agora a relação destes preceitos.

Não há CALAR sem o OUSAR.

Não há OUSAR sem o QUERER.

Não há QUERER sem o SABER.

Não há SABER sem o CALAR.

Um não anda separado do outro, estão interligados e seguir esta máxima é algo muito bom
quando se fala em prática mágica.
2.

Formas de Limpezas Energéticas

Física

Sempre estar com o ambiente limpo e organizado antes de fazer qualquer magia ou ritual.

Uma casa suja é o mesmo que um corpo sujo, que um ambiente espiritual sujo. A fava de
baunilha é um excelente adstringente.

Banhos

Os banhos são de grande importância, em suas fases de Iniciação ou Liturgias, depende do


conhecimento e uso das ervas ou raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que
devem entrar na composição.

No banho de limpeza utilizar as ervas com essa finalidade.

Cromoterápica

Visualiza-se uma luz violeta fluindo e limpando todo ambiente e a vc próprio.

Visualiza-se uma luz uma luz branca para energizar;

Visualiza-se uma luz dourada para selar o cômodo contra vibrações negativas vindas do
exterior.

Defumação

A defumação serve para afastar seres de baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam
um ambiente, tornando-o pesado.

Use o defumador (ervas de limpeza) limpando o ambiente passando em todos os cantos do


cômodo de dentro para fora da casa.

Incenso

Use incenso de ervas (limpeza) ou ananda para limpar o ambiente;

Passe o incenso em todos os cantos do cômodo visualizando todas as energias nocivas se


dissipando.

Conjuração

ORAÇÃO DA CONSAGRAÇÃO DO RECINTO

Dentro do círculo infinito da divina presença que me envolve inteiramente, eu afirmo: Quem
quer que aqui entre sentirá as vibrações da Divina Harmonia.

Há só uma presença aqui, é a presença do amor. Deus é o amor que envolve todos os seres
num só sentimento de unidade. Este recinto está cheio da presença do amor. No amor eu vivo
me movo e existo. Quem quer que entre aqui sentirá a pura e santa presença do amor. Há só
uma presença aqui, é a presença da Verdade. Quem quer que entre aqui sentirá a presença da
Verdade. Tudo que aqui se sente, tudo que aqui se fala, tudo que aqui se pensa é a pura
expressão da verdade. Quem quer que entre aqui sentira a presença da verdade. Há só uma
presença aqui, é a presença da justiça. A justiça reina neste recinto Todos os atos aqui
praticados são inspirados e regidos na justiça. Quem quer que aqui entre sentirá a presença da
justiça. Há só uma presença aqui, é a presença de Deus, o Bem. Nenhum mal pode entrar
aqui. Não há mal em Deus. Deus o Bem reside aqui. Quem quer que aqui entre sentirá a divina
presença do Bem. Há só uma presença aqui, é a presença de deus, a Vida. Deus é a Vida
essencial de todos os seres, e é a saúde do corpo e da mente. Há só uma presença aqui, é a
presença da vida e da saúde. Há uma só presença aqui, é a presença de Deus a Prosperidade.
Deus é prosperidade pois faz tudo crescer e prosperar. Deus se expressa na prosperidade de
tudo o que aqui é empreendimento em seu nome. Há só uma presença aqui, é a presença da
prosperidade e da abundância. Pelo símbolo esotérico das Asas Divinas estou em harmonia
com as correntes universais da sabedoria, do poder e da alegria. A presença da divina
sabedoria manifesta-se aqui a presença da alegria divina é profundamente sentida por todos
que entram aqui na mais perfeita comunhão entre minha alma, meu eu inferior e meu eu
superior que é Deus em mim. Eu consagro este recinto à perfeita expressão de todas as
qualidades divinas que há em mim e em todos os seres. Agradeço-te Deus porque este recinto
está repleto da tua presença, agradeço porque vivo e me movo por ti agradeço porque vivo em
ti vida, saúde, prosperidade, paz, alegria, sabedoria e amor porque estou em harmonia com o
amor, a verdade e a justiça junto com todos os seres

Vassoura

Limpe o ambiente com a vassoura visualizando as energias nocivas se dissipando. Tenha uma
vassoura de limpeza energética. O galho do salgueiro é o ideal para a vassoura mágica que o
Vurda for fabricar. Caso compre, escreva nela um sigilo.

Filtro Radiestésico
Limpe bem uma garrafa de 2 litros;
Coloque dentro da garrafa, 2 colheres de sopa de amoníaco;
Junte a isso 4 tabletes de cânfora;
Adicione uma garrafa de álcool de cereais;
Tampe e sacuda suavemente, até que se dissolvam completamente;
Algumas pessoas adicionam um ramo de arruda à receita. Neste caso, para maior eficiência,
deixe a mistura descansar durante 24 horas.
Coloque um pouco da mistura num pulverizador manual de plantas;
Pulverize as paredes, o assoalho e o teto. Dê atenção especial aos cantos, pois a energia
densa costuma se acumular neles.
Quando for borrifar o líquido faça em sentindo anti-horário.

3.

O Círculo

O círculo mágico é uma das mais básicas ferramentas ritualísticas e extremamente necessárias
para praticamente todos os sistemas de invocação/evocação. É um portal de conexão direta
com o mundo astral, onde você garante a integridade física e espiritual durante os trabalhos
com Magia o protegendo de energias externas e mantendo as energias internas eu seu lugar.
Ele cria um espaço de alta energia onde você pode realizar com segurança seus rituais de
Magia.
O círculo garantirá que suas experiências não sofram com interferência de qualquer influência
negativa ou nociva, que possa ser atraída pelas suas energias durante rituais.
O primeiro passo é determinar o local onde você criará seu círculo.
Se você já possui um espaço especial em casa com um altar, pode utilizar este mesmo local
para traçar seu círculo.O importante é que seja um lugar onde não haja perturbações, em que
você possa se concentrar e trabalhar com tranquilidade.
Muitas pessoas preferem criar seus círculos na natureza, mas nem sempre isso é possível,
devido a muitos fatores, especialmente para aqueles que moram nas grandes metrópoles.
Mas se você sente que precisa estar em contato com a natureza durante suas práticas dentro
do círculo, sugiro que tenha um pequeno jardim. Um ambiente cercado com verde. Uma boa
opção é ter plantas em vasos de cerâmica, podem ser ervas, flores e outras com as quais se
identifique ou utilize na Magia. Vasos de proteção, de harmonização e fartura.
Não é necessário marcar o seu círculo, mas alguns gostam de fazê-lo para se sentirem mais
protegidos. Isso na verdade atua no psicológico da pessoa, que pode estar muito ansiosa, ou
não consegue concentração suficiente para lança-lo mentalmente e visualiza-lo.
Algumas formas de marcar este espaço são:

● Com cristais e pedras


● Com sal grosso
● Folhas e galhos de plantas
● Velas

Não existe um tamanho padrão para um círculo. Mas o ideal é que seja grande o suficiente
para que você possa se mexer com facilidade, e que abrigue todos os seus instrumentos,
ingredientes para feitiços etc.

Se você já possui um altar e quer leva-lo para dentro de um Círculo Mágico, o correto é que ele
esteja no centro e se colocar voltado para um dos pontos cardeais dependendo do ritual a ser
executado.

É pessoal e opcional utilizar ferramentas como Varinha Mágica ou Athame Ritualístico na


abertura do Círculo, bem como em qualquer outra prática. Alguns praticantes se sentem mais
seguros para direcionar a energia. Contudo é preciso lembrar, que estes instrumentos são
apenas a extensão da Vurda.

O espaço utilizado para o círculo Mágico deve estar limpo fisicamente e organizado. Não pode
haver lixo próximo, água parada ou de esgoto.
Utilize o Círculo Mágico sempre que precisar, independentemente de ser para um feitiço ou
ritual (exemplo para meditar).
Tenha cuidado com a proximidade com velas, acenda de modo que fiquem distante de suas
roupas ou objetos.
O Círculo envolve não apenas o espaço ao seu redor, ele funciona como um globo. Então
visualize-o como uma esfera que te envolve completamente.

O que pouca gente sabe e que não está escrito de forma clara, porém, está nas entrelinhas de
toda a literatura sobre este assunto - indiferente à religião - é que o círculo lhe torna um com o
seu conteúdo. O que isso quer dizer? Simples, dentro do círculo está uma representação do
microcosmo e do macrocosmo sendo uma conexão com uma forma divina de proteção.
Nenhuma entidade pode desobedecer à ordem de não entrar no círculo, por isso é um
instrumento de proteção tão grande e poderoso e muitas pessoas não sabem disso, e apenas
tratam o círculo como um simples instrumento de proteção, não tirando total proveito de seus
efeitos. Para alguém entrar em seu círculo deverá ser formalmente "convidado" e traduzido
pela sua mão direita.

O círculo representa o infinito, uma forma sem pontas nem vértices, sendo o símbolo de
representação mais comum. Sendo assim, o círculo acaba por se tornar a forma padrão para
representar o infinito do universo.
"Desenhar um cırculo mágico significa simbolizar o divino na sua perfeição, para obter contato
com ele. Acontece, acima de tudo, no momento que o mago está no centro do cırculo mágico,
pois por este ato o contato com a divindade está demonstrado graficamente. É o contato do
mago com o microcosmo em seu “maior passo” de consciência. (Franz Bardon)"

Mas como proceder na criação de um destes círculos de proteção? Depende da religião, culto
ou sistema mágico que está utilizando. Existem várias formas de se criar um círculo mágico,
alguns com símbolos hebraicos, outros com estrelas e outros com símbolos hindus. Isso se
deve ao fato de que normalmente o executor deste ritual é um fiel de alguma religião e quer
agregar a proteção de sua entidade deus ou figura religiosa a sua proteção. Também podemos
criar apenas um círculo simples, porém energizado.

O mais importante do círculo é que ele deve ser energizado por qualquer método que conheça,
um exemplo é a energização por mentalização. Mentalizando a energia de sua aura saiibdi do
corpo formando uma grande esfera à sua volta. Quando tiver a certeza de que ela está lá e
bem energizada o círculo estará pronto.

Pratique muito e sempre antes de executar qualquer ritual, levante um bom círculo de proteção.
Com o tempo fica cada vez mais fácil.

De fato, dentro do círculo o Vurda é Deus Absoluto e único. O círculo é usado para afirmar e
caracterizar a natureza da obra a ser executada e é por excelência o campo de atuação da
vontade do Vurda.

O círculo é, portanto, uma representação simbólica do universo, ao traçar o círculo, o2 Vurda


traça o seu espaço infinito, dentro do próprio infinito, o todo dentro de tudo em sua
manifestação mais óbvia. O Círculo anuncia a Natureza da Grande Obra.

Exercício com círculo mágico

Monte um círculo mágico como preferir: com um simples risco, com pedras, com flores ou com
qualquer outra coisa, menos com a visualização, pois será com ela que iremos trabalhar.
Sente-se no meio do círculo, observe-o bem e então feche os olhos. Enquanto está de olhos
fechados, comece a tentar lembrar-se do círculo a sua volta. Agora comece a tornar essa
imagem em apenas luzes. Veja-se sentado com um círculo de luz ao seu redor! Este é o círculo
mágico. Neste momento você estará projetando-o, tornando sua magia real. Abra os olhos.
Desfaça o círculo completamente. Agora sente-se novamente no mesmo local, agora sem nada
delimitando o círculo de forma física. Feche os olhos novamente e tente visualizar o círculo.

Apenas luz circundando você e o espaço que você decidir.

Quanto mais praticar, maior será a área que conseguirá cobrir com seu círculo e maior será o
tempo que conseguirá mantê-lo. Treine sempre que puder e o tempo irá recompensá-lo.

PARTE II

1.
Abertura do Portal Lunar

O Vurda utiliza círculos de proteção à sua energia e àquelas que serão evocadas para dentro
dele para a prática mágica.

A evocação será baseada em quadrantes, elementos e portais… a magia vurda utiliza o portal
lunar para a maioria de suas práticas mágicas, mesmo sendo feitas de dia.

O portal lunar está localizado no quadrante oculto, e deverá ser evocado das 21hs às 12hs do
dia seguinte. É importante que o praticante conheça bem os quadrantes e os elementos
correspondentes a cada um deles para que possa não só identificar como para abrir o portal
lunar.

O pentagrama nos identifica os quatro elementos e o famoso éter definido pela teoria científica
como meio de propagação da luz, assim como o ar é o meio de propagação do som.

Segundo Aristóteles, o mundo é composto de 5 elementos básicos.

a Água, como Tales de Mileto,


o Ar, como Anaxímenes,
o Fogo como Heráclito,
a Terra,
e um hipotético 5º elemento, o éter, também chamado de quinta-essência ou quintessência,
presente no cosmo.

Este misterioso elemento Éter seria uma substância não palpável, o contrário dos outros
elementos, mais de acordo com o princípio do Mundo das Ideias, de Platão.

O mundo das idéias como já foi dito acima, é o mundo da magia… é onde a intenção supera
os elementos utilizados… é onde está a força VURDA. Assim, entendemos que é a partir da
abertura do portal lunar que a magia Vurda vai acontecer.

O praticante precisa ter total entrosamento e controle dos pilares acima citados… precisa saber
a hora e a confluência planetária, precisa querer profundamente o resultado, precisa ousar
lançar o encantamento e precisa calar a voz do ego tagarela e focar plenamente na sua
intenção.

A prática desta abertura de portal poderá ser feita de duas formas…. Pela meditação dentro
do círculo: sentado com os quatro elementos posicionados e visualizando o quinto elemento ao
seu redor preenchendo o círculo de energia eterica (clara ou escura) ou pela visualização do
pentagrama: de pé com braços e pernas abertos e invocando para si próprio (para sua
cabeça) o quinto elemento. É importante nesse momento ter a mente livre e o espírito liberto
para que outras energias não interfiram nessa abertura de portal, pois o praticante corre o sério
risco de confusão mental, já que estará invocando para sua própria cabeça toda energia do
cosmos.

2.

Escolhendo Favas e Sementes

FAVAS

A fava simboliza o sol mineral, o embrião. Evoca o enxofre aprisionado na matéria.


As favas fazem parte dos frutos que compõem as oferendas rituais. Elas representam os
filhos-homens esperados; numerosas tradições confirmam e explicam essa aproximação.
Segundo Plínio, a fava era usada no culto dos mortos por acreditar-se que continha a alma dos
mortos. As favas, na qualidade de símbolos dos mortos e de sua prosperidade, pertencem ao
grupo dos Deuses protetores.
No sacrifício que se costumava realizar na primavera, elas representavam a primeira dádiva
vinda de baixo da terra, a primeria oferenda dos mortos aos vivos, o signo de sua fecundidade,
ou seja de sua encarnação. E isso leva-nos a compreender as razões da proibição
estabelecida por Orfeu e Pitágoras para os quais comer favas era o equivalente a comer a
cabeça dos próprios pais, a partilhar do alimento dos mortos e, graças a isso, permanecer
dentro do ciclo das reencarnações e sujeitar-se aos poderes da matéria. No entanto fora do
âmbito dessa teoria, as favas constituem, ao contrário, o elemento essencial da comunhão
como os Deuses, no ápice dos rituais.
Em resumo as favas são as primícias da terra, o símbolo de todas as benfeitorias proveniente
dos Deuses que habitam debaixo da terra.

O "campo de favas" - denominação que os egípcios usavam com sentido simbólico, era o lugar
onde os defuntos aguardavam a reencarnação. O que confirma a interpretação simbólica geral
dessa leguminosa.

Dentro do cultos dos Voduns/Orixas/inkices e outros, a fava representa e confirma a


ancestralidade dos Deuses.

Em nossos rituais, fazemos uso tanto da fava inteira como ralada, em forma de pó. O pó, assim
como a cinza é comparado ao sêmen, ao pólen das flores, à posteridade.

Inversamente, por vezes é signo da morte.

Fazer uso da fava e do pó da fava representa perpetuarmos nossa ancestralidade, as primícias


da terra e dos Deuses.

FAVAS PRINCIPAIS

1 - FAVA DE ABRE-CAMINHO
2 - BEJERECUM
3 - FAVA DE EXÚ
4 - GARRA DE EXU
5 - FAVA DE OBALUAYE
6 - DANDA DA COSTA
7 - IKIN
8 - FAVA DE OGUM
9 - FAVA TONCA
10 - FAVA DE JATOBA
11 - OROBO
12 - FAVA DE XANGO - ALIBÉ
13 - PIXURIN
14 - AMENDOIM
15 - COCO DO DENDE
16 - NOZ NOSCADA
17 - ATARÉ
18 - FAVA DE IANSÃ
19 - ARIDAN
20 - FAVA DE OXALÁ
21 - FAVA ARIO
22 - FAVA DE OXUM
23 - FAVA DE AGUÉ
24 - FAVA CUMARU
25 - FAVA OFA
26 - LELECUN
27 - FAVA DE LOGUN
28 - FAVA DE OBALUAYE
29 - FAVA DE OSAIN
30 - FAVA DE OXOSSI
31 - FAVA DE KARITE

Fava da Oxum
Nome popular – Andiroba, Fava-de-Oxum, Andiroba-saruba, Iandirova, Iandiroba, Carapá,
Carapa e Nandiroba, no Brasil; Cachipou e Noix de Crab, na Guiana Francesa; Carapa Tree,
em inglês; Carapo, na ilha de Trindade.

Considerações: A Andiroba é comum nas várzeas da Amazônia. Velha conhecida dos


indígenas, dos caboclos e dos madeireiros, começa a ganhar fama internacional pela
comprovação científica de algo que os nativos sabem há muitas gerações: o bagaço da
castanha, quando queimado, solta uma fumaça que tem o poder de repelir mosquitos. Alguns
produtos sob a forma de vela estão sendo comercializados como um repelente natural.
Desde a época do Descobrimento do Brasil, o óleo de andiroba era empregado pelos índios
Mundurukús como ingrediente na mumificação das cabeças dos inimigos, que serviam de
troféus de guerra. Hoje, o óleo é medicamento usado para muitos males, principalmente como
linimento contra pancadas e anti-inflamatório, contra dores de garganta.
As sementes privadas das cascas produzem 70% de óleo amargo e concreto, amarelo-escuro
e muito espesso.

Uso Ritualístico: Planta associada a Oxum. As sementes são utilizadas em assentamentos e


em jogos de búzios por algumas pessoas. As folhas são utilizadas em banhos e sacudimentos.

Elementos: Água / Masculino

Uso em Ifá; É apenas citada como planta de Ifá.

Àrìdan
Nome popular – Fava de aridan

Uso Ritualístico: Pertence ao Orixá Ossayn. Os frutos do aridan são favas utilizadas nas casas
de candomblé, no àgbo do iniciado, em assentamentos de Exu, Ogun, Omolu, Oxun e Xangô
Baru, e na preparação de pó usado para combater feitiços . Certamente, o fato de colocar as
favas de aridan dentro dos assentamentos dos Orixás denota uma preocupação em manter-se
resguardado contra qualquer tipo de magia nefasta que tenha por objetivo prejudicar a casa e
as pessoas que zelam por tais objetos. Com a mesma finalidade é comum encontrar-se favas
penduradas atrás de portas, que, sugando alguns, emitem uma luz “quando alguém manda
algum feitiço”.

Qualificação da ação: a que brilha

Elementos: Terra/Masculino
Pimenta da costa

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Ossayn. Embora atribuída a Exu, este tipo de pimenta
tem várias utilizadas nos rituais dos Orixás, sendo utilizada no borí, nos assentamentos de
alguns Orixás, nos rituais de Ossayn e para fazer pós e ebós. È um vegetal ambíguo, pois
presta-se também para trabalhos maléficos. Todavia, tem destaque no culto, uma vez que é
prestigiado no ritual da sassanha com um korin ewé próprio. È comumente mastigada pelos
sacerdotes quando dirigem suas súplicas e desejos aos Orixás, pois acreditam que tem o
poder de purificar o hálito.

Elementos: Fogo/Masculino

Olho-de-gato
Nome popular – Olho-de-gato, ariós, carniça, junquerionamo, silva-da-prata.

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Orumilá e Oxossi. Apenas a semente é conhecida e
utilizada juntamente com uma pequena pedra de rio (seixo), em jogos divinatórios, chamados
de “amarração de ibo”.

Conhecida popularmente como “fava da vidência”, a planta toda está associada a Èxù e a
Orúnmìlà. Pertence ao compartimento Terra com característica gún
Elementos: Terra/Masculino

Pimenta-de-macaco
Nome popular – Pimenta-de-macaco, pimenta-de-negro, pimenta-da-guiné, pindaíba, biriba

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Ossayn e Ogun. Bejerekun é o nome dado nas
comunidades religiosas jêje-nagôs, aos frutos desta e de outras espécies similares de
annonaceas. Seu uso é extensivo a diversos orixás, e entra na composição do àgbo, em alguns
“assentamentos”, para plantar o àse do terreiro, na iniciação dos filhos-de-santo e no preparo
de atin (pó) com fim benéfico. É uma das sete árvores sagradas onde habitam as Yamins.

Elementos: Terra/Masculino

Dandá da Costa - Tiririca


Nome popular – Tiririca, Junquinho, tiririca-amarela, junça, Tiririca-mansa, Três-quinas

A Raiz
Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Exu, Ogun, Oxossy e Ossayn. Dandá é o nome dado
aos tubérculos dessa cyperacae, que são muito utillizados com diversas finalidades, entre eles,
defumação, pós e amuletos para boa sorte. Ainda hoje, alguns Zeladores confeccionam
amuletos com este tubérculo, para “proteger pessoas contra bandidos e maus policiais”.
Pulverizada, é utilizada na sacralização de “assentamentos” de diversos Orixás.O dandá é
anulador imediato de energias negativas. Afasta espíritos obssessores. Poderoso contra
magias negativas intensas e complexas.

Elementos : Terra/Masculino

Folha
Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Exu, Ogun, Oxossy e Ossayn. Planta muito utilizada
no culto com diversas finalidades. È comum mascarem seus tubérculos, que também são
chamados de Dandá-da-costa, com a finalidade de afastar os espíritos dos mortos. As folhas
podem ser usadas em agbo.
Qualificação da ação: folha que corta como uma faca

Elementos: Água/Masculino

Amendoim
Nome popular- Amendoim

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Oxumaré e Oxum. Os grãos do amendoim são
utilizados em oferendas a Oxumaré; pulverizados, para Oxun; entretanto, seu consumo é
proibido aos filhos de Oxalá. Mas também é utilizado na comida de Oxossy o Axoxo. Também
são muito utiilzados em trabalhos para conseguir a proteção das Ìyàmi.

Elementos: Água/Masculino

Fava Divina

Nome popular – Fava Divina, Guapuruvu

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Oxum. Suas semente são utilizadas popularmente para
“simpatia” em crianças para aflorar a dentição. Causa dormência.

Elementos: Terra / Masculino


Fava-de-omolú
Nome popular – Fava-de-omolú, Seringueira

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. As favas são utilizadas em trabalhos e


assentamentos deste Orixá.

Elementos: Terra / Masculino

Garra do Diabo
Nome popular – Garra do Diabo, Garra de Exú, Unha de Exú

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Exu. Muito apreciada pelos adeptos da religião de Matriz
Africana .... para pós, fundamentos e etc…

Elementos: Terra / Feminino

Imbaúba
Nome popular – Umbaúba, Imbaúba, Árvore-da-preguiça, Umbaíba, Embaúba, Baúna

Uso Ritualistico:
Pertence aos Orisàs Ossayn, Iyemonjà, nanã, xangô, oyá. Quando se vai coletar ervas nas
matas, deve-se colocar sob a imbaúba oferendas de vinho moscatel, aguardente, fumo de rolo
picado, mel, moedas e búzios, com a finalidade de agradar Ossayn, para que este permita que
os vegetais que procuramos sejam encontrados, caso contrário, passaremos várias vezes pela
planta procurada e não a veremos.
São utilizadas em rituais e banhos de purificação. Pode-se colocar oferendas de frutos para
Ossayn sobre esta folha. Utilizada nos rituais de iniciação, entra no omiero do orisa sango, dos
seus brotos e feito uma comida para este orisa nas ocasião do ritual de asese em seu troco
existem furos onde mora uma espécie de formiga, que é feito etutu nos caminho do orisa
obaluaye, existem tradições em que esta ewe também pertence ao orisa Nana, e seus talos
são usado em determinados ebos de ancestralidades.

Elementos: Terra/Feminino

Cará-moela
Nome popular – Cará-moela, cará-do-ar, cará-de-corda, cará-de-sapateiro

Uso Ritualistico: Pertencente ao Orixá Oxalá. Utilizado no preparo de um pó (atín) para boa
sorte, segundo uma formula conhecida em algumas casas de santo. “Em uma vasilha de barro
nova e seca, deposita-se um bife de carne de boi, pequeno e fino, deixa-se a carne criar larvas,
colocando-se a vasilha sobre um telhado. Quando a carne estiver completamente seca,
tritura-se até tomar a consistência de um pó. Rala-se um cará-moela e mistura-se à carne
pulverizada, torra-se tudo, adiciona-se efun, peneira-se até que obtenha um pó fino usa-se em
casa e no trabalho para obter prosperidade"

Elementos: Terra/Feminino

Sabugueiro
Nome popular- Sabugueiro

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. Suas folhas são empregadas nos rituais de
iniciação, oferendas e banhos purificatórios dos filhos de Omolú, ligado ao odu iwori.

Qualificação da ação: vara de fogo


Elementos: Fogo/Masculino

Erva-de-Bicho
Nome popular- Erva-de-Bicho

Uso Ritualístico:Pertence ao Orixá Oxalá. Folha considerada eró (de calma) . Sendo uma das
ervas mais utilizadas no culto a Oxalá, é empregada nos rituais de todos os Orixás. Usada nos
rituais de iniciação, sacralização dos assentamentos dos orixás, àgbo, banhos e diversos
trabalhos. Utilizada com a finalidade de se adquirir boa saúde, prosperidade e acalmar a
cabeça intranqüila. “Apreciada pelo igbin (caracol) como alimento, daí ser chamada pelo
"povo-de-santo” de eró igbin, sendo que este nome significa "a calma ou o segredo do caracol”
. (Barros & Napoleão 1999:137)

Elementos: Água/Masculino

Lelekun

Nome popular – Grãos do paraíso, pepre nengrekondre, pimenta jacaré, grãos da guiné,
graines de paradis, atar, korner Paradies, Grani de Meleguetta, korrels Paradijs, paraíso Grana,
poivre de Guinée, malaguette, Malagettapfeffer, Grani de paradiso

Uso Ritualístico: Pertencentes a Obatalá, seus grãos possuem um sabor bastante picante, por
isso seu costumeiro uso em alguns pratos da Tradicional Culinária afro-baiana, já no que se
refere ao uso litúrgico, devido as propriedades que possui, é usada para conquistas em geral. e
banhos, seus grãos tem a propriedade de ativar a inteligência [Yèyé para Òyé].
Elementos: Terra / Masculino

Erva-moura, Maria-preta
Nome popular – Erva-moura, Maria-preta, Pimenta-de-Galinha, Erva-mocó, caraxixu

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. Utilizada em banhos de proteção para os filhos
de Omolú, e em sacudimentos. Usada na iniciação dos filhos de Obaluaiyé e Nàná e, na
consagração de seus objetos rituais e sacudimentos.
Planta consagrada a Obaluaiyé, associada ao elemento Terra. Propriedade gún e característica
masculina.
Em Cuba, é conhecida pelos nomes lucumi atoré e efodá e atribuida a Ògún e Yemanjá
(Cabrera 1992:562).

Elementos: Terra / Masculino

Vitória-régia
Nome popular – Vitória-régia, rainha-dos-lagos, milho-d'água, rainha-dos-lagos,
rainha-dos-nenúfares, forno-d'água, forno-de-jaçanã, nanpé, jaçanã, aguapé-assú, cará-d'água

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Obá. Além de ser empregada nos rituais de iniciação e
nos banhos purificatórios desta deusa, serve também par cobrir seu assentamento, pois
acredita-se que ela não gosta de ter seus objetos expostos.
Não vamos confundir a Vitória-Régia com o Oshibatá, são ewé parecidas, mas com usos
diferentes.

Osibata

Osibata é uma das poucas ewé que são definidos pela cor da flor, isso porque temos:
- A de flor Branca - dedicado a Osala Iyemonja e algumas qualidades de Sango em
fundamento com esses Orisas sitados.
- A de Flor Amarela- Dedicado a Osun
- A de Flor Vermelha dedicado a Oya e Obá
- A de flor Lilás - Dedicado a Nanã

Trombeta-roxa
Nome popular – Trombeta-roxa, datura, manto-de-cristo, metel, trombeteira, trombeta-cheirosa,
cartucho-roxo, zambumba-roxa, saia-roxa, nogueira-de-metel, anágua-de-viúva

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Ossayn, Oyá e Exú. Utilizada em banhos, sempre
misturada com outras folhas, a trombeteira é também usada em trabalhos com Exu. É verdade
aos adeptos a aproximação desta planta, que muitas vezes modificam seu caminho quando
encontram este arbusto; por isso, apenas sacerdotes mais qualificados podem coletá-la. Tanto
as folhas quanto as sementes possuem propriedades tóxicas em alta escala. Associada ao
elemento Fogo, suas folhas são gún. O nome apikán significa “matar formiga branca” (Verger
1967:23). Remédio conhecido como buscopan

Elementos: Fogo/Feminino
Algodão

Uso liturgico

Esta ligado a Orunmilá

Elementos: Ar/Feminino e é uma Folha quente.

Uso Medicinal: A planta toda tem muitas aplicações na medicina doméstica.

Folhas: empregam-se. Por infusão, para os seguintes casos: catarros, disenteria, diarréia,
enterite. O sumo da folhas cura feridas. As folhas machucadas, postas sobre queimaduras,
proporcionam alivio imediato.

Flores: Usam-se para os mesmos fins que as folhas.

Raiz: A casca da raiz fresca, por decocção, emprega-se nas afecções das vias urinárias. Tem
propriedades diuréticas. Pelo seu poder e contratilidade das fibras musculares lisas, produz
contrações uterinas.

Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas metrorragias.

Parte usada: Toda a planta.

Dose: 10 gramas em um litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.

Panaceia

Nomes Populares: Panaceia, Azougue de Pobre

Algumas nações como, Ketu, nagò ou jeje utilizam-na para Sango, outras para Obalwuaiye...Na
Angola é utilizada no culto de Nzazi ligado à justiça, ao fogo e de natureza arrojada.
Mitologicamente cavalga os céus com seus 12 cães (raios) e executa a justiça. Neste caminho
também anda Sango dos Yorubás.
Também muito usada na Umbanda.

Entra nas obrigações de ori e nos banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como
poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada
também no tratamento das doenças de pele, e ainda debelar o reumatismo, em banhos.
Panaceia - Crescimento

Semin-Semin

Nomes popupares: Vassourinha de Osun, Vassourinha doce, Vassourinha benta, Vassourinha,


Tapixaba

Encontrada em Todo território nacional, nativa da America Tropical, é conhecido como


Vassourinha de Osun tendo diversas finalidade, dentre elas banhos purificatórios e
sacudimentos.
Seus galhos dentro do jogo de buzios aumentam a claravidência e purificam o ambiente,
puverizados podem agir na influência para com as pessoas.
Na liturgia Iyorubá, sob o nome de Òmísínmísín gogoro, merénmesèn gogoro, Olómù Yìnrín,
Bímobímo e Màyìnmàyìn, empregada em receitas de persuasão entre outros cita Verger.
Na fitoterapia é tida no combate de gripe, bronquite, catarro pulmonar, hemorroida e dores de
ouvido, bastante eficaz. Mas também é quista como Emoliente, diurética, tônico do estomago e
antifebril.

Elemento: Água/feminino

Brilhantina
Nome popular – Brilhantina

Esta planta tem flores femininas e masculinas, sendo que estas ao amadurecerem explodem
literalmente, jogando para o ar uma nuvem de pólen para a fertilização das flores femininas, daí
o nome singular de planta-artilheira, nome por que é conhecida na América do Norte. Esta
planta tem caráter invasivo e costuma surgir em lugares inesperados, como no meio de matas
e em vasos de orquídeas.

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Oxalá e Oxun. Embora encontrada com facilidade, seu
uso é pouco freqüente; porém, é utilizada na composição de “banhos de proteção juntamente
com outras ervas”, sendo comum a reafirmação de não usa-la isoladamente, provavelmente
pelo fato de tratar-se de uma urticácea.
Elementos: Água/Feminino

Dormideira
Nome popular – Dormideira, sensitiva, malícia de mulher, Maria-fecha-porta, juquiri-rasteiro,
dorme-dorme, não-me-toques, erva-viva, malícia

Uso Ritualistico: Pertencente aos Orixás Exu e Oyá. Esta folha associada a outras, compõe
uma mistura ritual que é utilizada com a finalidade de tirar a consciência mediúnica dos
filhos-de-santo, porém, em outras ocasiões é utilizada para assentar Exu e em trabalhos com
este Orixá, e no preparo de atin (pó) com a finalidade de afastar de casa pessoas
inconvenientes.
Em Cuba, tem os nomes lucumi eran kumi, eran loyó, omimi e yaránimó é utilizada na iniciação
de pessoas de Ewá. Usada, também, para despertar a sensibilidade do iniciado e, em trabalhos
amorosos (Cabreira 1992:543). Seu nome (apèjè) significa “Matando o sangue”(Verger
1967:23).
É uma folha ewe ero importantíssima no culto do orisa ode, em alguns seguimento é usado
para exu e oxumaré
É uma ewe muito usada no culto de ifá, depois de torrada e misturada com sabão da costa e
outros elementos.
A colheita desta ewe deve-se ter muito cuidado ao retira suas folhas, horário e posição que a
sombra é formada pelo sol, para que não traga resultados negativos para o seu uso.
Suas flores são rosa e muito delicadas.

Um dos seus nomes nas terras iorubás é ewé ápèjé, que pode significar folha de axé/força.
Esse aspecto pode ser constatado em um dos seus nomes populares sensitiva.. Por isso
costuma ser utilizada para aumentar a sensibilidade de médiuns, ou ainda, para induzir o
transe e permitir a chegada do orixá.
Costuma ser associada a Senhora das Tempestades (Oyá) e Iyewá a Senhora dos Disfarces. É
interessante observarmos que, quando associada a Oyá, costuma ser utilizada em trabalhos
amorosos (de amarração), não devemos esquecer que Oyá é a Senhora das Paixões, aquela
que chega colocando fogo nos nossos corações.
Sua ligação com Iewá pode ser evidenciada a partir da personalidade desse orixá, que está
ligada a tudo que ainda não foi utilizado, a virgindade, ao mistério. Lembram do seu nome,
pudica?.. Outro nome popular dessa planta é "não me toque". Iyewá também não costuma se
mostrar para qualquer um, e também é capaz de turvar a nossa visão quando não deseja ser
vista.
Como folha de força é utilizada para o Senhor Elegbará (possuidor do poder (agbará)), fato que
justifica sua utilização nos assentamentos desse orixá. Segundo relatos ela seria confundida
com outra espécie muito parecida (Mimosa hostilis), que nós aqui conhecemos como folha da
Jurema. Foi observado que seu uso embora não necessariamente provoque alucinações, pode
promover sonolência. O que já é o suficiente para classificá-la como ewé eró.
Quem observa as flores e folhas da dormideira não deve se enganar com relação a sua
fragilidade aparente.. É uma planta extremamente resistente, suportando altas temperaturas e
condições de solo nem sempre favoráveis. Seu caule esconde espinhos que cortam e ferem a
pele dos desavisados.

Assim como a natureza de Iyewá, não adianta chegar e pegar um galho ou arrancar um pé na
rua para plantar em casa, geralmente ela seca e morre. Seu cultivo é fácil, mas costuma dar
mais certo quando são utilizadas suas sementes. É até engraçado, pois é considerada uma
planta invasora.
A dormideira é uma planta de porte arbustivo originária da América Tropical (regiões quentes),
pertencente à família das Leguminosas (Mimosacea), mesma do tento/wérénjéjé (Abrus
precatorius). Foram isolados de suas folhas e raízes um alcalóide tóxico, a mimosina, além de
tanino, cristais de oxalato de cálcio, galactose, manose e uma substancia semelhante a
adrenalina. Sua utilização na medicina popular é feita em casos de dores de cabeça e dor de
dente. Alguns estudos clínicos indicam a utilização do extrato aquoso das raízes em distúrbios
uterinos, muito freqüentes nas filhas de Oyá.

Qualificação da ação: quando chamada funciona

Elementos: Fogo/Masculino

Baunilha de Nicuri, Baunilha-da-bahia

Nome popular- Baunilha de Nicuri, Baunilha-da-bahia, baunilha-silvestre, Baunilha e


Baunilheira, em português; Vanille, na Alemanha; Vainilla e Vanilla, em espanhol; Vanillier, na
França; Banilje, na Holanda; Vanilla e Husk, em inglês; Vaniglia, na Itália; Tlilxochtil, em maia.

Uso Ritualístico:
Utilizada nos rituais de iniciação, banhos purificatórios e na sacralização dos objetos rituais do
Orixá. Pertence ao Orixá Ossain.
A baunilha , assim como outras orquídeas estão vinculadas ao culto votivo à Euá.
Tanto suas folhas como principalmente sua perfumada fava entram junto a outras folhas , como
o cróton, nas ritualidades desta senhora.

Elementos: Terra / Masculino / Erò


3.
As senhoras da floresta

As Moiras, também chamadas de Senhoras da Floresta, são três bruxas que viveriam em uma
cabana nos pântanos de Velen.

O povo deu a elas os nomes de Alquimista, Sibilante e Tecelã.

Elas não são apenas velhas, são literalmente anciãs, tendo vivido ali provavelmente desde o
reinado dos primeiros reis humanos e possivelmente até mesmo desde a vinda dos elfos ao
planeta terra.

Os cantos isolados do mundo abrigam criaturas mais velhas que os humanos. As Moiras do
Pântano são umas das tais criaturas. Ninguém sabe seus verdadeiros nomes, nem a raça que
de fato são.

As pessoas comuns têm dado a estas três irmãs os nomes de Alquimista, Sibilante e Tecelã, e
chamam o trio de "Senhoras da Floresta" ou simplesmente "Boas Senhoras".

As Moiras agem como verdadeiras soberanas de Velen, elas ajudam os habitantes da região a
sobreviver em tempos difíceis, em troca de inquestionável obediência. Elas exercem uma
poderosa magia, mas uma diferente da dos magos. Elas extraem energia a partir da água, da
terra e estão vinculadas à terra em que vivem. As Moiras podem ouvir tudo o que acontece em
suas florestas, podem prever o futuro, tecem os fios de vidas humanas e trazem bênçãos ao
povo, assim como maldições.

As senhoras da floresta…. As Moiras nada mais são que uma versão atualizada das Nornes…
as três anciãs nórdicas fiandeiras do destino tanto dos humanos quanto dos deuses do panteão
de Odin… e seus guerreiros.

As Moiras seriam imortais, livres de envelhecimento que permite que elas assumam a
aparência de mulheres jovens. Preparam elixires e seus laços místicos para com os pântanos
em que vivem, que também dão-lhes força sobrenatural e vitalidade destas senhoras da
floresta, ligadas ao elemento água, nasceram as curandeiras… as Vurdas Curandeiras,
práticas em elixires e beberagens.

Nós somos as Vurdas filhas das florestas, descendentes das Moiras

4.
Honrando os espíritos das florestas
As antigas tradições espirituais nos recordam que há uma energia de amor oculta e patente em
todo o universo. A terra não é só mercadoria e chão para fornecer riquezas ao ser humano. A
água não é apenas o recurso hídrico e não deve ser comercializada. A floresta é a proteção
natural dos morros, encostas e vales e ali moram as energias protetoras da vida que os índios
chamam de “espíritos da mata”, os fiéis dos Orixás chamam de Oxossi e na Bíblia é
simplesmente o Espírito de Deus que, como diz o livro da Sabedoria: “preenche com seu amor
o universo e está presente e atuante em toda criatura” (Cf. Sb 1, 7). e para reencontrar o
espírito das florestas – fonte e força da vida, mais precioso do que toda a riqueza material que
um desmatamento pode provocar.

Então sim, poderemos compreender o Cântico das Criaturas entoado por São Francisco de
Assis no Século 13 e com ele cantar: “Bendito sejas meu Senhor pela irmã terra e por tudo
quanto ela encerra e pela irmã água, casta e preciosa, que nos dá vida e nos refresca. Bendito
sejas meu Senhor”.

A Vurda, e sua magia de cura da humanidade, tem também como objetivo honrar o Espírito da
Floresta, cuidar para que cada pedaço de chão sagrado seja respeitado. Que cada folha
arrancada seja utilizada em benefício de alguém, que a água seja reverenciada e que todos os
seres que habitem as florestas sejam preservados… porque é deste conjunto perfeito de
energias que sairão as poções, as favas, as sementes, os sumos, os banhos, as defumacões
…. Enfim todo arsenal energético necessário à prática da magia. VURDA ou não, o iniciante
precisa honrar o espírito da Floresta que é quem, ao lado de seu próprio espírito, transformará
situações e produzirá alquimia.

O Vurda cuida e honra o espírito da floresta como cuida e honra seu próprio corpo: com
respeito, equilíbrio, amor e harmonia… acenda um incenso e lembre que ali está um pedaço
deste espírito… e agradeça pelo aroma que veio da planta, pela fumaça que veio do fogo, pela
tranquilidade que veio da energia da Floresta. Abençoe um copo d'água lembrando da fonte
original da agua. Acenda uma vela visualizado todo o processo de fabricação da cera, olhe
oara um cristal ou pedra e lembre sua origem…

Faça a reverência aos quatro elementos e estará honrando o espírito da Floresta.

O RITUAL DOS QUATRO ELEMENTOS

20/3 – Início do Outono. Marca o equinócio de março (Por definição, o dia e a noite
durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração).

RITUAL DE INCIAÇÃO AOS QUATRO ELEMENTOS


O que representam os 4 elementos na nossa vida – Os Poderes Elementais
Descobrindo qual seu elemento mentor.
O que são elementares e como podem nos ajudar no nosso dia a a dia.
Visualização dos elementares.
Ritual do Ar – elfos, silfos e todos os que voam na floresta.

​PODERES ELEMENTAIS
Vamos examinar um fator que afeta a alquimia de nossa personalidade - Os Poderes
Elementais e as substâncias primarias de que nós somos compostos e que nos afeta
emocionalmente, fisicamente, mentalmente e espiritualmente.
O místico considera a matéria como uma energia invisível condensada e solidificada
até a visibilidade através de Substâncias Elementais (elementos químicos naturais) e
direcionada pela inteligência através dos Poderes Elementais. O invisível era deste
modo manifestado e mantido no ser por dirigir a inteligência dentro do Todo. Assim
como nós entendemos que individualmente, células e orgãos do corpo humano são
mantidas pela inteligência dentro dele, e as funções vitais do corpo são controladas
pelo subconsciente ou inconsciente, o místico diz que a natureza opera similarmente,
mas que é quando o Grande Espírito se manifesta.
A ciência pode dizer que a matéria é composta por oxigênio, nitrogênio, hidrogênio,
carbono, etc. O místico simplifica e expressa o entendimento de maneira mais
poéticamente, dizendo que os quatro elementos (fogo, agua, terra e ar) existem em
todas as coisas, e são derivadas de um quinto que é a Respiração do Invisível, que
chega até nós.
A respiração Invisível, pode ser chamada de elemento éter ou quinto elemento ou
como vazio, vacuidade, que podemos definir como Espaço. Não o Espaço fora, mas
Dentro de Tudo. Para qualquer coisa nascer ou se manifestar é necessário um
Espaço.
A Respiração do Invisível é uma forma para descrever a ativação da Força de Vida. A
Respiração do Invisível, Éter, ou Vazio, o Quinto Elemento é o lugar do centro da
Roda Medicinal, é a fonte dos Quatro Elementos. A sua presença se manifesta no
Círculo Inteiro, porque ela está em Tudo. É o Espaço do Universo, assim como o
Espaço do Átomo.
QUAL O SEU ELEMENTO MENTOR (?)
Os 4 Elementos estão em todas as manifestações, não somente em sua matéria
física, estados da matéria. O Ar refere-se a todos os gases, o Fogo a todos os pontos
luminosos e fenômenos elétricos, Água a todos os fluídos, a Terra todos os sólidos.
O Ar pode ser descrito como o princípio do movimento . É associado com o Norte na
Roda Medicinal, porque o índio observava que os mais fortes ventos chegavam do
Norte. Afetam a condição humana no Plano Mental, o reino dos pensamentos e da
intelectualidade, da sabedoria - o que podemos perceber com a Mente.
O Fogo pode ser descrito como o princípio da expansão e transmutação. O Fogo é
associado com o Sol, a grande bola de fogo, que fornece luz/energia para o sistema
solar inteiro. Por nascer no Leste, o Elemento Fogo e simbolizado pelo Leste na
Roda Medicinal. Afeta a condição humana no Plano Espiritual, que é percebido no
nosso coração. O Plano Espiritual é percebido através do amor de dar e receber, é o
relacionamento com a essência da vida, com o próximo, com todas as nossas
relações.
A Água pode ser descrita como o princípio da fluidez. Aguas fluem e contornam todas
as formas, e fazem seu próprio nível. Andando no sentido horário na Roda Medicinal
a água fica no Sul. Afeta a condição humana, no plano dos desejos, que é percebida
através dos sentimentos e das emoções.

A Terra pode ser descrita como o princípio da inércia ou estabilidade. Ela faz a forma
mostrar solidez. A Terra é representada no Oeste da Roda Medicinal. Afeta a
condição humana no plano ordinário da realidade de cada dia, o mundo da matéria
que é percebido através dos cincos sentidos (audição, visão, olfato, tato, paladar)
O conceito dos 4 elementos pode ajudar-nos a entendermos o amor:
A terra é relacionada com o amor físico, a atração física - a água o amor sexual,
desejo emergente - o ar com o amor platônico, o amor fraternal, ou por um amigo - o
fogo o amor espiritual, o amor próprio, o amor sem possessão que é eterno, porque é
verdadeiro.
1. A Terra é relacionada com o corpo físico, e associada com as sensações.
2. A Água é relacionada com a alma e com as emoções e sentimentos.
3. O ar é relacionado com a mente e associada ao pensamentos e idéias.
4. O fogo é relacionado com o espírito e associado a consciência, a iluminação.
Para que você consiga entender sua relação com seu elemento mentor, basta
reconhecer o quanto o elemento, de acordo com as caraterísticas acima descritas,
movimenta sua vida.
Por exemplo, se você é uma pessoa voltada para o corpo físico, para as sensações,
com tudo aquilo onde a atuação do corpo é fundamental, você então tem como
elemento mentor a terra. Se no entanto é mais voltado para as coisas da alma, das
emoções, então seu elemento mentor é a água. Se sua mente e seus pensamentos
são os dominantes em sua vida, seu elemento mentor é o ar (mesmo que sejam ideias
e pensamentos menos positivos). Aqueles que são do fogo são aqueles cujo espírito e
consciência – o auto desenvolvimento – são os fundamentos de vida.

O QUE SÃO ELEMENTARES E COMO PODEM NOS AJUDAR NO NOSSO DIA A


DIA

Definição de elementar:
Elementares são no ocultismo, herdando o antiquíssimo Animismo e Politeismo,
termo que designa os pretendidos “espíritos da natureza”. Deles se diz que possuiriam
pouca inteligência, mas que teriam grande poder no seu elemento natural.
Ocasionalmente, no Espiritismo, emprega-se este termo também para designar uma
Entidade ou Espírito de morto com baixa inteligência. Também pode designar,
segundo alguns espíritas e outros ocultistas, um invólucro astral com que eles
explicam a Fantasmogênese e mesmo outros fenômenos parapsicológicos mais
simples. Geralmente logo após a morte, este invólucro astral se desintegraria, embora
permanecendo mais tempo nas entidades malvadas.
Definição de Elemental:
Elementais é o nome dado a todo e qualquer espírito existente na natureza. Todo
princípio divino, após emanar-se do "Absoluto", deve iniciar seu processo de
desenvolvimento incorporando-se à matéria. Essa incorporação, segundo os princípios
platônicos da metempsicose acontece consoante a uma ordem estabelecida. Os
princípios divinos devem iniciar sua jornada no mundo material incorporando-se
inicialmente ao reino mineral. Após o aprendizado neste reino, o princípio divino deve
passar ao seguinte estágio, ou seja, ao reino vegetal. Após concluir o aprendizado do
reino vegetal, o princípio divino deve passar ao estado animal, e, posteriormente, ao
estado humano.
Também são conhecidos como personagens fictícios, que representam seres da
natureza e que seriam capazes de controlar os elementos e os representar. São eles:

1. Silfos - os elementais do ar
2. Salamandras - os elementais do fogo
3. Ondinas - os elementais da água
4. Gnomos - os elementais da terra.

Seres humanos também são elementais pois podem ser classificados externamente
com um elemento químico (na aparência física) e internamente com 3 elementos
químicos (a musculatura, personalidade, essência da pessoa), o elemento externo é o
mais fácil: com que elemento a pessoa parece ser?, olhando apenas o aspecto
exterior, e depois para olhar o aspecto interior deve-se enumerar 3 elementos em
ordem de importância, um primeiro mais abundante que representaria a estrutura
óssea/muscular, um segundo elemento um pouco menos abundante que representaria
o metabolismo e outros aspectos internos do corpo, e por fim um terceiro elemento
pouco abundante que representaria pequenos detalhes do corpo, pintas, pelagem,
alguma diferença de tamanho entre um particular dedo e outro.

Os Silfos ou Sílfides são seres mitológicos da tradição ocidental. O termo provém de


Paracelso, que os descreve como elementais que reinam no ar, nos ventos, tanto que,
são fadas, fadas do vento, assemelhando-se as vezes a anjos. Têm uma capacidade
intelectual sensível, chegando a favorecer o homem na sua imaginação.
São reconhecidamente belos, assumindo vários tons de violeta e de rosa. As lendas
contam que são os silfos que modelam as nuvens com as suas brincadeiras, para
embelezar o dia-a-dia do homem na Terra. Além de tudo, podem ser nocivos, pois se
um individuo humano souber demais sobre a natureza e usá-la para o mal, os seres
poderão puni-lo. Raramente se enganam por acharem também o grande
conhecimento.
As Salamandras, ou Espíritos do fogo, vivem no éter atenuado e espiritual que é O
invisível elemento do fogo. Sem elas, o fogo material não pode existir.
Elas reinam no fogo com o poder de transformar e desencadear tanto emoções
positivas quanto negativas. As Salamandras, segundo os especialistas, parecem bolas
de fogo que podem atingir até seis metros de altura.
Suas expressões, quando percebidas, são rígidas e severas. Dentro de todas as
formas energéticas (o fogo, a água e o mineral), estes seres adquirem formas capazes
de desenvolver pensamentos e emoções.

Esta capacidade derivou do contato direto com o homem e da presença deles em seu
cotidiano. Por tal motivo, as Salamandras desenvolveram forças positivas, capazes de
bloquear vibrações negativas ou não produtivas, permitindo um clima de bem estar ao
homem. O homem é incapaz de se comunicar adequadamente com as Salamandras,
pois elas reduzem a cinzas tudo aquilo de que se aproximem. Muitos místicos antigos,
preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados,
pudessem provocar um vapor especial e assim formar em seus rolos a figura de uma
Salamandra, podendo assim sentirem sua presença.

Ondina ou ondim é um espírito da natureza que vive em rios, lagos e mares. São
elementais da água. É uma espécie de sereia ou tágide, um gênio do amor, uma figura
da imaginação poética.

Sereia (do grego — Σειρῆνας) é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou
pássaro, segundo vários escritores e poetas antigos). É provável que o mito tenha tido
origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que,
mais tarde foram classificados como sirénios.
Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore. Não confundir as Sereias com Hárpias.
Habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e
cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por
ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da
Odisseia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus
marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder
aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a
sensualidade.
Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados
como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa
ilha isolada. Se assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e
uma beleza única.
Algumas das sereias citadas na literatura clássica são:
1. Pisinoe(Controladora de Mentes),
2. Thelxiepia (Cantora que Enfeitiça),
3. Ligeia(Doce Sonoridade),
4. Aglaope,
5. Leucosia,
6. Parténope.

Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do
que ela. As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto:
seu silêncio.

Os gnomos são espíritos de pequena estatura amplamente conhecidos e descritos


entre os seres elementais da terra. A origem das lendas dos gnomos terá muito
provavelmente sido no oriente e influenciado de forma decisiva a cultura antiga da
Escandinávia. Com a evolução dos contos, o gnomo tornou-se na imaginação popular
um anão, senão um ser muito pequeno com poucos centímetros de altura.
É comum serem representados como seres mágicos não só protetores da natureza e
dos seus segredos como dos jardins, aparecendo como ornamento. Usam barretes
vermelhos e barbas brancas, trajando por vezes túnicas azuis ou de cores suaves. Na
mitologia nórdica, os gnomos confundem-se com a tradição dos anões, pelo que não é
invulgar associa-los a seres que habitam as cavernas ou grutas escuras e não
suportam a luz do sol. No conceito geral, têm a capacidade de penetrar
em todos os poros de terra e até de se introduzirem nas raízes das montanhas,
explorando os mais ricos minérios ocultos e trabalhando-os com intenso e delicado
labor. Como são difíceis de ver, simbolizam o ser invisível que através do inconsciente
ou da imaginação e visão onírica tornam visíveis os objectos e materiais desejados
pela cobiça humana. São os guardiões de tesouros íntimos da humanidade. Por vezes
um gnomo capturado pode conceder desejos a um humano que o capture, mas a
maioria das vezes o desejo realizado pode acabar por se tornar uma maldição. Tal
atitude deve-se ao fato que um gnomo castiga com ardis o ser que odeia e, por isso,
na imaginação popular da cultura europeia mediterrânea o gnomo é feio, disforme e
malicioso.
As formas demoníacas: a forma mais conhecida pelos continentes ocidentais é a
forma humanoide deformada, com cores cinzas e negras. Dizem as lendas que é um
ótimo lutador e faz estragos que podem até matar. As formas amigáveis: é a forma
conhecida também por duende, ele é famoso por se amigo de Papai Noel em sua
fábrica de brinquedos. Amigável, usa touquinhas, tem a forma humanóide pequena, do
tamanho de um menino de seis anos.

VISUALIZAÇÃO DOS ELEMENTOS & ELEMENTAIS


No xamanismo conhecí uma camada vibratória, que quando acessada permite a
entrada num campo onde podemos nos comunicar com todos os tipos de criaturas,
sejam elementais, pedras, plantas animais e etc. Essa comunicação é não verbal, é
simbólica, telepática.
Fazer magia natural, é poder acessar esse campo, e a condição para tal é estar em
harmonia com todas as manifestações da natureza, saber honrar a cada ser, cada
entidade, cada espírito elemental e principalmente, clareza de intenções. Atualmente
várias pessoas relatam o contato com gnomos, fadas, silfos, outros expõem seus
corpos ao contato direto com o fogo sem sofrer queimaduras, enfim o tema não é novo
para os buscadores atuais.
Uma boa parte dos nativos americanos se conectam com elementos através dos Clãs;
da Tartaruga, representando o Elemento Terra; do Sapo, representando o Elemento
Água; do Pássaro Trovão ou do Falcão, representando o Elemento Fogo e da
Borboleta, representando o elemento Ar. Cada Elemento tem seus próprios talentos, e
os colocam à serviço da Mãe-Terra e do Universo
Nos rituais da Umbanda e do Candomblé também são reconhecidos e manifestados
através dos Poderoso Espíritos da Natureza, os Orixás. Na Mitologia Grega cada Deus
era responsável por uma manifestação da Natureza.
O mundo real era considerado como o resultado de uma situação em que nenhuma
das forças era vencedora. Os quatro elementos, sempre presentes em qualquer corpo,
apareciam combinados parcialmente podendo então representar as situações naturais
que ocorrem na natureza, como rios, vulcões e demais objetos. Por exemplo,
considerava que o osso era composto de duas partes de terra, duas de água e quatro
de fogo.
Um aspecto interessante de sua teoria da matéria era que nada é criado e nada é
destruido mas tudo se transforma dependendo da relação uns com os outros dos
quatro elementos básicos constituintes. Esta idéia de conservação da matéria só
voltou a ser afirmada por Lavoisier cerca de dois mil e duzentos anos mais tarde com
o aparecimento da química.
O filósofo e fisiolologista Empedocles (490a.C.-430 a.C) considerava que a matéria era
constituida por esses quatro elementos e podiam ser submetidas ao amor, para uní-los
e a discordia, para separá-los. O alquimista frances, Francis Barret colocava que os
quatro elementos, formam a base original de todas as coisas, compondo o corpo não
por aglutinação, mas por transformação e união.
Os elementos podem ser transformados um no outro. Se a Terra é por demais irrigada,
dissolve-se transformando-se em líquido (Água) . A Água endurecida e condensada
transforma-se em Terra. Quando a água é evaporada por aquecimento, transforma-se
em Ar. Se a àgua é queimada, transforma-se em Fogo. O Fogo quando se apaga vira
Terra, e assim vai seguindo, nada perdendo e sim se transformando.
Na Astrologia, os elementos simbolizam uma função psíquica. Fogo, percepção, que
significa perceber o que ocorre ao seu lado sem necessidade de raciocínio; Terra,
sensação, sentir o que acontece na vida e como suportar esses acontecimentos; Ar,
pensamento, comunicar e analisar seus pensamentos; Água, sentimento, como lidar
com os sentimentos e emoções.
Os doze signos do zodíaco são divididos em quatro temperamentos:
1. Signos de Fogo : ardentes, românticos, espontâneos, auto-suficientes
2. Signos de Terra : práticos, conservadores, sensuais, prudentes e realistas
3. Signos de Ar : comunicadores, idealistas, sem preconceitos
4. Signos de Água : emocionais, intuitívos, sensíveis, profundos.
As forças elementais buscam expressar-se de 3 formas no ciclo de atividade.
1. O Caminho de Criação e Iniciação
2. O Caminho de Preservação ou Consolidação
3. O Caminho de Transição ou Mudança
O primeiro estágio do ciclo de atividade é a iniciação. Eles pegam coisas para
aplicarem energia. ( Fogo) O segundo estágio é para assegurar que o início está indo
de forma segura e permanente, tem que ter um bom início para ser consolidado. A
estabilidade da Terra é aplicada.
A ação do Fogo na sólida Terra, produz gases (Ar) que através da condensação,
torna-se Água. Então a mistura desses dois estágios iniciais produzem mudança.
O terceiro estágio, então, é Mudança, ou a transição de uma condição para a outra..
Agua, portanto, acompanha o ar neste ciclo de geração.
A sequência dos Elementos neste ciclo de geração com a roda é o seguinte : Fogo,
Terra, Ar e Água, e a sequencia dos tres caminhos de expressão é Criando -
Consolidando e Mudando. Cada elemento busca, portanto, expressão em cada um
dos tres caminhos, através de uma sequência de geração em sincronia com os 12
segmentos de tempo da Terra na Roda Medicinal, e também são as 12 expressões de
personalidade.
O Fogo busca expressão por meio das idéias, por iniciar novas idéias, consolidando e
aceitando idéias, e por fazer mudanças nas idéias e encontrar refresco nas
circunstâncias.
O Ar busca expressão por meio da comunicação, por colocar numa forma aquilo que
já está sendo comunicado e por mudar os métodos de comunicação.
A Água busca expressão por meio dos ideais, por formular e estabelece-los ou por
modifica-los para ajustá-los aos tempos.
A Terra busca expressão por meio do trabalho, e nos tres caminhos de atividade pelo
trabalho de iniciação, por completar um trabalho, ou por mudar a forma de trabalho.

CONCENTRE-SE E CENTRE-SE
Feche os olhos e vamos à jornada. A partir deste momento, você com todas as
informações recebidas hoje, já sabe o que são, como atuam, como se manifestam os
quatro elementos. Através dos elementares – que poderão ser seus roteiristas ou
guias na jornada – vão visualizar seu elemento mentor.
Você tem em suas mãos um copo com água, outro com terra, o incenso e a vela. Cada
um destes pequenos pedaços representa a grandeza e a potência dos elementos
naturais. De acordo com a roda medicinal, vamos começar visualizando o ar. Sinta o
aroma do incenso, pense nos Silfos do Ar. Agora visualizando o fogo através da
chama da vela. Pense nas Salamandras do fogo. Agora visualizando a água, através
do copo dágua. Pense nas Ondinas e nas Sereias. Finalmente a terra através do sal
grosso. Pense nos gnomos e em todos os seres que habitam a terra. Sinta agora seu
elemento mentor. Ele é aquele que você pode além de ver e entender, de sentir na sua
alma e no seu corpo.

Iniciando Caminho Mágico


Quem porventura pensa em encontrar só uma coleção de receitas com as
quais poderá alcançar fama, riqueza e poder sem nenhum esforço, ou então
tenciona derrotar seus inimigos, com certeza vai se decepcionar e desistir de
praticar.

Muitas seitas e escolas espirituais veem no termo "magia" nada além de


simples feitiçaria a pactos com os poderes obscuros. Por isso não é de se
admirar quando a simples menção da palavra já provoca uma espécie de
horror em certas pessoas. Os prestidigitadores, mágicos de palco, charlatães,
ou como são chamados, fazem um mau uso do conceito de magia, o que até
hoje contribuiu muito para que esse conhecimento mágico fosse sempre
tratado com um certo desdém.
Já nos tempos antigos os magos eram considerados grandes iniciados; até a
palavra "magia" provém deles. Os assim chamados "mágicos" não são
iniciados, mas só forjadores de mistérios que geralmente se aproveitam da
ignorância e da credulidade de um indivíduo, ou de todo um povo, para
alcançar seus objetivos egoístas através da farsa e da mentira. Na realidade a
magia é uma ciência divina. Na verdadeira acepção da palavra, ela é o
conhecimento de todos os conhecimentos, pois nos ensina como conhecer e
utilizar as leis universais.

Não há diferença entre magia a misticismo, ou qualquer outro conceito com


esse nome, quando se trata da verdadeira iniciação. Sem se considerar o
nome que essa ou aquela visão de mundo lhe dá, ela deve ser realizada
seguindo as mesmas bases, as mesmas leis universais. Levando em conta as
leis universais da polaridade entre o bem e o mal, ativo e passivo, luz e
sombra, toda ciência pode ser aplicada para objetivos maléficos ou benéficos.
Como uma faca que normalmente só deve ser utilizada para cortar o pão, nas
mãos de um assassino pode transformar-se numa arma perigosa. As
determinantes são sempre as particularidades do caráter de cada indivíduo.
Essa afirmação vale também para todos os âmbitos do conhecimento secreto.
Como símbolo da iniciação a do conhecimento mais elevado, a denominação
"magia". Muitos sabem que o tarô não é só um jogo de cartas destinado à
adivinhação, mas sim um livro simbólico iniciático que contém grandes
segredos. A primeira carta desse livro representa o mago, que configura o
domínio dos elementos e apresenta a chave para o primeiro arcano, o mistério
cujo nome é impronunciável, o "Tetragrammaton", o JOD-HE-VAU-HE
cabalístico. É por isso que a porta da iniciação é o mago.
O GRANDE SEGREDO DO TETRAGRAMMATON
ou O JOD-HE-VAU-HE Cabalístico.
"O que está em cima é também o que está embaixo".
- Hermes Trismegisto
" Tudo o que foi criado, o macrocosmo e o microcosmo, portanto o grande e o
pequeno mundos, formaram-se através dos elementos."

Ritual de dedicação
O ritual de dedicação não pretende transformá-lo em uma Vurda. Isto acontece
com o tempo e devoção e não por meio de cerimônias iniciáticas. Ele é num
senso místico, um passo dado em direção à conexão de suas energias com a
Magia. É um ato verdadeiramente mágico que, quando efetuado de forma
correta, pode alterar sua vida para sempre. Esta dedicação é simplesmente um
ritual formal assinalando sua decisão consciente de embarcar num novo modo
de vida. Isto significa estudo contínuo.

É difícil para o iniciante da Arte encontrar referências que sirvam como base à
procedimentos rituais como a dedicação.

Sozinho, medite sobre o que espera atingir com a Magia Vurda. Isto pode
englobar realizações espirituais, um relacionamento mais profundo com as
Deidades e Divindades, percepção de seu espaço no mundo, poder para
ordenar sua existência, habilidade para sintonizar-se com as estações e com a
Terra.
Ritual
Vá até o quadrante leste e a partir desse ponto, caminhe três vezes ao redor do
templo, em sentido horário. Visualizando criando um círculo de luz.

Ritual Menor do Pentagrama


1.Tocando a Fronte, diga Ateh (A Ti).
2. Tocando o peito, diga Malkuth (O Reino).
3. Tocando o ombro direito, diga Ve-Geburah (e o Poder).
4. Tocando o ombro esquerdo, diga Ve-Gedulah (e a Glória).
5. Apertando as mãos sobre o peito, diga Le-Olahm, Amen (para toda a
Eternidade, Amén).

A visualização que acompanha a cruz cabalística consiste em visualizar e


sentir uma luz branca e brilhante que desce das alturas e atravessa sua
cabeça, chegando aos pés, e prossegue até o centro da Terra, e depois um
feixe de luz igual, de um ombro ao outro, chegando até os horizontes.
6. Volte-se para o leste e, com o dedo apontado, faça um pentagrama. Diga
(vibrando) IHVH (Ye-ho-vau).
7. Volte-se para o sul e, com o dedo apontado, faça um pentagrama. Diga
(vibrando) ADNI (Adonai).
8. Volte-se para o oeste e, com o dedo apontado, faça um pentagrama. Diga
(vibrando) AHIH (Eheieh).
9. Volte-se para o norte e, com o dedo apontado, faça um pentagrama. Diga
(vibrando) AGLA (Agla).

Tradicionalmente se utiliza um pentagrama (estrela de cinco pontas) como


lacre astral em cada quadrante. Nesse contexto o número cinco é importante,
pois representa o homem dominando os quatro elementos (o homem
espiritual).
10. Estendendo os braços na forma de uma cruz, diga:
11. Diante de mim, Rafael;
12. Atrás de mim, Gabriel;
13. Á minha direita, Michael;
14. Á minha esquerda, Uriel;
15. pois ao meu redor brilham os Pentagramas,
16. E acima e abaixo de mim, se encontra a Estrela de Seis Raios.
17.Tocando a Fronte, diga Ateh (A Ti).
18. Tocando o peito, diga Malkuth (O Reino).
19. Tocando o ombro direito, diga Ve-Geburah (e o Poder).
20. Tocando o ombro esquerdo, diga Ve-Gedulah (e a Glória).
21. Apertando as mãos sobre o peito, diga Le-Olahm, Amen (para toda a
Eternidade, Amén).
"Eu declaro este templo aberto nos mistérios das Vurdas. ”
Oh Antigos do Norte, antigos do norte, antigos do norte
Oh Antigos do Norte,
Todos os alados, anjos e arcanjos, todas as fadas e os silfos
Todos aqueles que nasceram no ar, viveram no ar e do ar tiram as suas
reservas,
Eu vos invoco.

Oh Antigos do Leste, antigos do leste, antigos do leste


Oh Antigos do Leste,
Todas as salamandras
Todos aqueles que nasceram no fogo, viveram no fogo e do fogo tiram as suas
reservas
Eu vos invoco.

Oh Antigos do Sul, antigos do sul, antigos do sul


Oh Antigos do Sul,
Todas as ondinas e sereias
Todos aqueles que nasceram na agua, viveram na agua e da agua tiram as
suas reservas
Eu vos invoco.

Oh Antigos do Oeste, antigos do oeste, antigos do oeste


Oh Antigos do Oeste,
Todos os gnomos, elfos e anões
Todos aqueles que nasceram na terra, viveram na terra e da terra tiram as suas
reservas
Eu vos invoco.

Neste local de poder estou aberto a sua Essência.


Neste momento e local eu me transformo;
Daqui por diante sigo o caminho das Vurdas.
Dedico-me a Vocês, Vurdas.
Eu inalo suas energias em meu corpo, mesclando, misturando,
Unindo-as à minha,
Para que eu perceba o divino na natureza,
A natureza no divino,
E a divindade dentro de mim.
Torne-me um em Sua essência
Torne-me um em Sua essência
Torne-me um em Sua essência.
Que assim seja, porque assim é e assim será!
" Vamos fechar o templo. Agradecemos as Vurdas, cuja sabedoria nos assistiu
e cujo poder nos protegeu."
Que o Espírito Guardião esteja sempre presente orientando sua jornada.

Vera Lucia Eleone

Equinocio de março: dia 20 de setembro: dia 23


Solsticio de junho: dia 21 de dezembro: dia 21

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