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Isabel Castella
Aos que me apoiaram e me marcaram de alguma forma.
Direitos autorais © 2020 Isabel Castella de Magalhães
Revisão:
Amanda Gomes e Gabriela Capistrano
Boa leitura! -b
Introdução
Posso não escrever coisas
Sobre romance clichê
Que te tira o ar
Sempre que você assiste.
- O vazio me consome.
IV
Eu me acostumei com rotina
De te ter sempre comigo
Mas me desacostumei logo depois
que você foi embora.
As vezes penso em te dizer oi
Ainda me lembro do seu rosto
Mas, um passo em falso
e você me fode outra vez.
Não posso me permitir
Sofrer novamente
Ficar sem ti
Nunca foi uma opção
Mas hoje
Essa é minha realidade.
V
Nos meus rascunhos tem sempre você.
Que me feriu, que me fodeu.
Sempre te guardei com carinho,
Até nos meus escritos mais tristes.
Minhas linhas estão sujas
Das canetas podres que você me fez usar
Meus versos estão vastos
De promessas vazias que você propôs.
Você partiu
Pouco te importa o que sobrou de mim
Bom, eu vou te contar
Eu virei poeira, sem amor
Sim, dá para viver sem amor
Principalmente sem um amor de merda.
VI
Falta uma parte de mim
que está dividida entre
as pessoas mal-agradecidas.
Eu não me reconheço
Em frases poucas
Que reproduzem
Falas repetidas.
Eu não me reconheço
Em noites calmas
Dormidas as dez
Sem um pouco de ação.
Eu não me reconheço
No segundo em que acordo
Esperando novidade
E me deparo com mais do mesmo.
IX
O som das lágrimas sai sereno
A gota do meu sangue
Sai preta como a cor
Dessa tinta que te escrevo
O sentimento de vazio
Tomou conta de mim por inteiro
Nem da cama levanto mais,
Por não me sentir sorteiro.
Sofro.
Meus sentimentos me guiam
E eu sinto o peso de ser
Um ser que sente.
Distante de mim
Aceito metades
E distante de mim eu percebo
A importância de me ter por perto.
XIII
A cada palavra
Uma parte morre
E não entende
Você.
O peito arde
Sem um porque
Talvez seja apenas
Um talvez.
XIV
Mas se eu te cantar
Aquela música tranquila
Te acalmaria e te faria acreditar
Que está tudo bem cá no meu mar.
XV
O sufoco me consome
Me vejo sem respirar
Hoje é meu último dia
A trabalhar nesse mar.
Lágrimas escorrem
O peso me leva para baixo
Preciso de amparo
Se não, fico no chão.
O amor fácil,
Que te encanta num olhar
Te leva as alturas
Sem nem precisar falar.
O amor sereno,
Que te leva nas ondas,
O balançar que te acalma
Fazendo tudo melhorar.
O amor difícil,
Que além do sentimento
Há tanta complicação
Que ele só não se sustenta.
- O amor próprio.
II
Numa tarde de verão
Vejo o sol se pôr e
Sinto falta de segurar
Sua mão.
O estranho é que eu
Nunca segurei sua mão
Num pôr do sol
Em uma tarde de verão.
Teu sorriso atraí o meu olhar.
Faz meu coração sair pela boca.
Quando você me vê,
Sinto todo o seu amor.
III
Esse é um poema sobre amor
Mas sobre o amor que dói
E que você perdoa,
Mas volta atrás.
Ficar sozinha
Nunca te fez tão bem
Me disseram depois de um tempo
Que eu o deixei.
A verdade é que
Eu me sentia tão amada
E tão viva,
Como nunca antes.
Eu descobri
Algo renovador,
Você também deveria experimentar,
O amor por mim.
IV
O canto que
Tu cantas
Encanta
Cada canto
Onde tu
Se propôs
A cantar.
A rima que
Tu dita
Combina
Com a minha sina
E me ensina
Sobre ti
E sobre o canto
Que rima
Com o meu ser.
V
Com o tempo eu aprendi
A me fazer tão feliz
A ponto de não precisar
Do teu medíocre amor.
Não me sentia eu
Me sentia tua escrava
Tentando sempre te agradar
Para você me fazer feliz
Me propus a te amar
Vou me dedicar
Ditar meu canto, mostrar meu pranto
Se você desabar.
O brilho da lua
Causa em mim uma certeza
Traz para mim a leveza
De te carregar.
Me dispus a olhar
Vou te amar
Mostrar meu canto, chorar teu pranto
Para te segurar.
VII
Dei meus primeiros passos
No segundo em que te vi
Indo embora
Naquela tarde de segunda feira.
Respirei fundo
Pois não sabia o que fazer,
Nunca andei sozinha antes
Sempre te tive como apoio.
Me virei em direção
A um lugar qualquer e fui
Tentando não tropeçar
Na vontade de te ter de volta.
Me mantenho em versos
Não abaixo a cabeça
Meu caos me envolve num abraço
E eu aceito essa dança.
Aquele momento
Que eu julgava qualquer
Se tornou uma rotina
Nos dias que se seguiram.
Eu acordava às 10h
Sem me preocupar
Com as mensagens não lidas
No meu celular.
Dancei sozinha
A minha música favorita
O som do blues
Causa em mim uma paz desconcertante.
O tempo voa,
Não passe seus dias tentando agradar
Não permaneça onde tem pouco
Fique apenas se te fizer transbordar.
Seja firme.
Dê um passo de cada vez
No final do arco íris
Há sempre um potinho de ouro.
-Nesse pote há todas as coisas que você deixou de fazer por anos.
XI
O meu caminho
Sente falta de não
Te ver passar por aqui,
Então fique.
Da minha voz
Esperam grosserias
Em um tom doce
Ou ácido.
Do meu toque
Esperam carinho
E as vezes saem machucados
Como se tivessem tocado numa lâmina qualquer.
De mim
Esperam coisas que jamais darei
Porque eu vivo para mim
Não para os outros.
XIII
Hoje me sinto eu
Me sento na cama
E te assisto dançar
Mesmo em meio ao caos.
No desânimo do desamor
Eu desejo o sabor
Do teu beijo amador
No nosso cobertor.
A força do vento
Arrasta o que
Sobra de mim
E eu me refaço.
Comigo,
Só um pedaço
Contigo,
Um jardim inteiro.
XV
O afeto é teu
O amor sou eu
Somos intensos da mesma forma
Como você me ensinou a ser.
XVI
Eu conquistei o meu espaço
Linha após linha
E de texto em texto
Fui sendo capaz de me encontrar.
Apesar da distância
Te desenho de forma simples
E com uma rosa na mão
Eu memorizei cada detalhe teu.
XIX
A inocência do teu toque
A felicidade em beijar
Os meus lábios e
A vontade de me ter em você
Teu olhar me cativa
Tuas lágrimas
Provocam em mim
Sentimentos inexplicáveis
Mas isso tudo não é paixão,
É carinho, respeito e
Vontade de fazer seu mundo melhor.
XX
O amor é como a brisa
Na beira da praia
Assistindo o sol nascer
Numa manhã de domingo.
O tempo para
O sol aquece nossas almas
Enquanto elas se encontram
No horizonte.
As gaivotas no céu
Dançam a coreografia mais bonita
Para eternizar nosso momento
Enquanto encerramos mais um ciclo.
No dia seguinte
Você esqueceu da nossa briga
E preferiu ficar
Minha opinião não te importava.
Na semana seguinte
Eu já havia me esquecido
Aquilo era normal
Em relacionamentos, não era?
Um mês depois
Num domingo à tarde
Eu decidi ir embora mas
Cedi quando me pediu para ficar.
O teu caos
Se misturou com o meu
Você não deveria ter feito isso
Cada um precisa cuidar de si.
No teu olhar
Eu vejo doçura e amor
Mas sempre por quem
Não merece recebê-los.
Hoje eu sonhei
Com o dia em que você foi embora
No céu, o degradê era de se admirar
Mas eu só consegui o ignorar.
Eu já te tive
Em tantos lugares
E hoje só penso
Que você se foi.
A naturalidade
Com o que tudo aconteceu
Me choca até agora,
Nunca foi difícil para nós.
Para se acertar,
Para terminar,
Tudo sempre fácil
Menos quando eu te vi indo embora.
V
Independente de tempo
De raiva, de rancor ou decepção
A gente resiste a isso
Você sempre terá o seu espaço.
Esse será
O último que eu te escrevo
Para você perceber
A falta que não me faz.
A tormenta passou
Por aqui está tudo calmo
Encontrei a minha paz
Deixando você para trás.
VII
Mesmo aqui de longe
Eu acompanho seus passos
Torço pela sua vitória
E fico feliz por você.
Se desprender de amarras
Que te feriram tanto
Traz uma sensação
De renascimento.
Fui deixando
Seus pedaços para trás
Pouco a pouco
De mês em mês.
Sofri calada
Com a sua ausência
Mas escrever me libertou
De toda aquela escurião.
Eu me desconheci
No momento em que minha mão
Tocou na sua
Naquele dia chuvoso.
No final de tudo
Não tenho como te explicar
Porque eu parti
Não deve ter sido fácil para você.
Coração na boca
Seus olhos nos meus
Suas mãos pelo meu corpo
E nossas almas juntas.
Eu sempre te achei
Suficiente para mim
Mas você se fez
Insuficiente.
É difícil enxergar
O que é verdade
Eu me fiz presente
E você, ausente.
Me disseram
Que o amor basta
Mas deixa eu te contar um segredo...
Eu fui embora.
XV
O nosso fim foi
O mais bonito para mim
Ali, rodeados por aquele mar de gente
Você me presenteou com
O seu último adeus
Meu coração aquece
Com a forma natural que tudo foi
Seu toque sempre foi poesia para mim
Que no final tudo rima
E você sempre será minha sina
Sabe, estou marcada para a vida inteira
Você me mudou e
Mesmo que eu te negue
Nossa melodia foi a mais bonita
Que eu compus.
XVI
Eu te deixei para trás
Porque precisava encontrar o amor
O encontro dos nossos caminhos
Me fez o desencontrar.
Mas contigo
Só existiu um tipo de amor
O seu
Que me fez esquecer do meu.
Não se preocupe,
De ti guardo apenas boas lembranças
As ruins eu guardei junto
Com a faca que cravou em mim.