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Súmulas STF e STJ : Direito

Constitucional

MATERIAL DE
APOIO
CPF: 018.442.323-60
Súmulas STF e STJ : Direito Constitucional

Organizadas por assunto

DIREITO CONSTITUCIONAL

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

DIREITOS POLÍTICOS

TRIBUNAL DE CONTAS

PODER LEGISLATIVO

PROCESSO LEGISLATIVO

COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS

PODER JUDICIÁRIO

MINISTÉRIO PÚBLICO

DEFENSORIA PÚBLICA

ORDEM ECONÔMICA

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Súmula Vinculante 10 do STF: Viola a cláusula de reserva de plenário


(CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora
não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

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Súmula 360 do STF (superada): Não há prazo de decadência para a
representação de inconstitucionalidade prevista no art. 8º, parágrafo único,
da Constituição Federal.

Editada na vigência da Constituição de 1946.

Súmula 496 do STF: São válidos, porque salvaguardados pelas


disposições constitucionais transitórias da Constituição Federal de
1967, os Decretos-Leis expedidos entre 24 de janeiro e 15 de março de
1967.

Súmula 614 do STF: Somente o Procurador-Geral da Justiça tem


legitimidade para propor ação direta interventiva por
inconstitucionalidade de lei municipal.

Súmula 642 do STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de


lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa
municipal.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Súmula Vinculante 1 do STF: Ofende a garantia constitucional do ato


jurídico perfeito a decisão que, sem ponderar as circunstâncias do caso
concreto, desconsidera a validez e a eficácia de acordo constante de
termo de adesão instituído pela Lei Complementar nº 110/2001.

Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel,


qualquer que seja a modalidade do depósito.

Súmula 568 do STF (superada): A identificação criminal não constitui


constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado
civilmente.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.

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Súmula 619 do STF (revogada): A prisão do depositário judicial pode ser
decretada no próprio processo em que se constituiu o encargo,
independentemente da propositura de ação de depósito.

Súmula 654 do STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art.


5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade
estatal que a tenha editado.

Súmula 2 do STJ : Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, letra “a” )
se não houve recusa de informações por parte da autoridade
administrativa.

Súmula 280 do STJ : O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, que


estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos LXI e
LXVII do art. 5° da Constituição Federal de 1988.

Súmula 304 do STJ (superada): É ilegal a decretação da prisão civil


daquele que não assume expressamente o encargo de depositário judicial.

Vide súmula vinculante 25 do STF.

Súmula 403 do STJ : Independe de prova do prejuízo a indenização pela


publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos
ou empresariais.

Súmula 419 do STJ: Descabe a prisão civil do depositário infiel.

DIREITOS POLÍTICOS

Súmula Vinculante 18 do STF: A dissolução da sociedade ou do vínculo


conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no
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§ 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

TRIBUNAL DE CONTAS

Súmula Vinculante 3 do STF: Nos processos perante o Tribunal de


Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando
da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

Exceção! Quando transcorrido prazo superior a 05 anos da submissão do


ato ao Tribunal de Contas e a sua decisão, mesmo se tratando de ato inicial
de registro da aposentadoria, reforma ou pensão – já que são atos
administrativos complexos, ou seja, necessitam de manifestação de vontade
de dois ou mais órgãos -, devem ser observadas a ampla defesa e o
contraditório. O STF, portanto, mitigou o entendimento exarado na súmula.
Vejamos:

“4. Anoto, ademais, que o entendimento inicialmente firmado por esta Corte
foi no sentido de que o TCU sequer se submetia aos princípios do
contraditório e da ampla defesa na apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão (Súmula Vinculante 3),
já que a concessão de benefício constitui ato complexo, no qual não é
assegurada a participação do interessado. 5. Somente a partir do
julgamento dos MSs 25.116 e 25.403, o Supremo Tribunal Federal, em
homenagem aos princípios da boa-fé e da segurança jurídica, mitigou
esse entendimento, apenas para o fim de assegurar o contraditório e a
ampla defesa quando ultrapassados mais de cinco anos entre a
chegada do processo no TCU e a decisão da Corte de Contas.” (MS
26069 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, julgamento
em 24.2.2017, DJe de 13.3.2017)

Súmula 6 do STF: A revogação ou anulação, pelo poder executivo, de


aposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas,
não produz efeitos antes de aprovada por aquele tribunal, ressalvada a
competência revisora do judiciário.

Súmula 7 do STF (superada): Sem prejuízo de recurso para o Congresso,


não é exequível contrato administrativo a que o Tribunal de Contas houver

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negado registro.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.

Súmula 42 do STF: É legítima a equiparação de juízes do Tribunal de


Contas, em direitos e garantias, aos membros do Poder Judiciário.

Súmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas


atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do
Poder Público.

Súmula 653 do STF: No Tribunal de Contas estadual, composto por sete


conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa
e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar
um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e
um terceiro a sua livre escolha.

PODER LEGISLATIVO

Súmula 3 do STF (superada): A imunidade concedida a Deputados


Estaduais é restrita à justiça do estado.

Com o advento da Constituição de 1988 (art. 27, § 1º), que tornou aplicáveis,
sem restrições, aos membros das Assembleias Legislativas dos Estados e
do Distrito Federal, as normas sobre imunidades parlamentares dos
integrantes do Congresso Nacional, ficou superada a tese da Súmula
3/STF, que tem por suporte necessário que o reconhecimento aos deputados
estaduais das imunidades dos congressistas não derivava necessariamente
da Constituição Federal, mas decorreria de decisão autônoma do constituinte
local.

Súmula 4 do STF (cancelada): Não perde a imunidade parlamentar o


congressista nomeado Ministro de Estado.

O afastamento do deputado ou senador do exercício do mandato, para


investir-se nos cargos permitidos pela Constituição suspende-lhes a

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imunidade formal .

Súmula 245 do STF: A imunidade parlamentar não se estende ao corréu


sem essa prerrogativa.

A doutrina majoritária, por todos Luiz Flávio Gomes, defende que este
entendimento só se aplica quando estiver em jogo a imunidade formal, qual
seja aquela relacionada à prisão e ao processo instaurado contra
parlamentares.

Em contrapartida, quando se tratar de imunidade material, ou seja, a


inviolabilidade civil e penal por opiniões, palavras e votos proferidos em
razão de funções parlamentares, esta se estenderia ao corréu sem
prerrogativa.

Súmula 397 do STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do


Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências,
compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado
e a realização do inquérito.

PROCESSO LEGISLATIVO

Súmula 5 do STF (superada): A sanção do projeto supre a falta de iniciativa


do Poder Executivo.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.

Súmula Vinculante 54 do STF: A medida provisória não apreciada pelo


congresso nacional podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser
reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os
efeitos de lei desde a primeira edição.

O texto originário da Constituição Federal de 1988 previa um prazo de


eficácia para as medidas provisórias de 30 dias, sendo silente quanto o
número máximo de prorrogação. Assim, o STF passou a entender que era
possível a reedição, se dentro do seu prazo de eficácia, sem limitar quantas
vezes seria possível reeditá-la.

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Com a EC 32/2001 o prazo de eficácia das MP’s foi alargado para 60 dias,
sendo permitida uma única reedição.

Súmula 651 do STF: A medida provisória não apreciada pelo Congresso


Nacional podia, até a Emenda Constitucional nº 32/2001, ser reeditada
dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei
desde a primeira edição.

COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS

Súmula Vinculante 2 do STF: É inconstitucional a lei ou ato normativo


estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e
sorteios, inclusive bingos e loterias.

Súmula Vinculante 38 do STF: È competente o Município para fixar o


horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

Como exceção a esta súmula, tanto o STF, quanto o STJ , entendem que é
de competência da União fixar o horário de funcionamento das
instituições financeiras, por existir interesse nacional, já que afeta as
transações comerciais em diferentes estados e regiões.

Súmula Vinculante 39 do STF: Compete privativamente à União legislar


sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo
de bombeiros militar do Distrito Federal.

Súmula Vinculante 46 do STF: A definição dos crimes de


responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de
processo e julgamento são de competência legislativa privativa da
União.

Súmula 419 do STF: Os municípios têm competência para regular o


horário do comércio local, desde que não infrinjam leis estaduais ou
federais válidas.

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Atenção! A parte final, referente a “leis estaduais”, encontra-se superada, já
que não compete aos Estados legislar sobre o tema.

Súmula 440 do STF (superada): Os benefícios da legislação federal de


serviços de guerra não são exigíveis dos estados, sem que a lei estadual
assim disponha.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.

Súmula 645 do STF: É competente o Município para fixar o horário de


funcionamento de estabelecimento comercial.

Súmula 647 do STF: Compete privativamente à União legislar sobre


vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito
Federal.

Súmula 722 do STF: São da competência legislativa da União a


definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das
respectivas normas de processo e julgamento.

Súmula 19 do STJ: A fixação do horário bancário, para atendimento ao


público, é da competência da União.

PODER JUDICIÁRIO

Súmula 40 do STF: A elevação da entrância da comarca não promove


automaticamente o juiz, mas não interrompe o exercício de suas
funções na mesma comarca.

Súmula 41 do STF (superada): Juízes preparadores ou substitutos não têm


direito aos vencimentos da atividade fora dos períodos de exercício.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.


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Súmula 46 do STF: Desmembramento de serventia de justiça não viola
o princípio de vitaliciedade do serventuário.

Súmula 478 do STF (superada): O provimento em cargos de juízes


substitutos do trabalho deve ser feito independentemente de lista tríplice, na
ordem de classificação dos candidatos.

Não encontra ressonância na ordem constitucional vigente.

Súmula 627 do STF: No mandado de segurança contra a nomeação de


magistrado da competência do Presidente da República, este é
considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração
seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento.

Súmula 628 do STF: Integrante de lista de candidatos a determinada


vaga da composição de tribunal é parte legítima para impugnar a
validade da nomeação de concorrente.

Súmula 649 do STF: É inconstitucional a criação, por Constituição


Estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do
qual participem representantes de outros poderes ou entidades.

Súmula 731 do STF: Para fim da competência originária do Supremo


Tribunal Federal, é de interesse geral da magistratura a questão de
saber se, em face da lei orgânica da magistratura nacional, os juízes
têm direito à licença-prêmio.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Súmula 99 do STJ: O Ministério Público tem legitimidade para recorrer


no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja
recurso da parte.

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Súmula 116 do STJ: A Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo
em dobro para interpor agravo regimental no Superior Tribunal de
Justiça.

Súmula 189 do STJ : É desnecessária a intervenção do Ministério


Público nas execuções fiscais.

Súmula 226 do STJ : O Ministério Público tem legitimidade para recorrer


na ação de acidente do trabalho, ainda que o segurado esteja assistido
por advogado.

Súmula 234 do STJ : A participação de membro do Ministério Público na


fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou
suspeição para o oferecimento da denúncia.

Súmula 329 do STJ : O Ministério Público tem legitimidade para propor


ação civil pública em defesa do patrimônio público.

Súmula 470 do STJ (cancelada): O Ministério Público não tem legitimidade


para pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do DPVAT em
benefício do segurado.

Súmula 594 do STJ : O Ministério Público tem legitimidade ativa para


ajuizar ação de alimentos em proveito de crianças e adolescentes
independentemente do exercício do poder familiar dos pais ou do fato
de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no artigo 98
do ECA ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência
ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.

Súmula 601 do STJ : O Ministério Público tem legitimidade ativa para

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atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos
dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço
público.

Súmula 604 do STJ : O mandado de segurança não se presta para


atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério
Público.

Súmula 643 do STF: O Ministério Público tem legitimidade para


promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de
reajuste de mensalidades escolares.

Súmula 701 do STF: No mandado de segurança impetrado pelo


Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é
obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.

DEFENSORIA PÚBLICA

Súmula 421 do STJ : Os honorários advocatícios não são devidos à


Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito
público à qual pertença.

Atenção! O STF, no julgamento da Ação Rescisória 1937, divergiu nos


seguintes termos: “Após as Emendas Constitucionais 45/2004, 74/2013 e
80/2014, houve mudança da legislação correlata à Defensoria Pública da
União, permitindo a condenação da União em honorários advocatícios
em demandas patrocinadas por aquela instituição de âmbito federal,
diante de sua autonomia funcional, administrativa e orçamentária, cuja
constitucionalidade foi reconhecida”.

No julgado, o Supremo apreciou caso envolvendo a Defensoria Pública da


União, mas o mesmo raciocínio vale para as ações patrocinadas por
Defensorias Públicas Estaduais contra os seus respectivos Estados-
membro.

Logo, atenção! Em matéria de honorários, até que o STJ revise seu


entendimento, teremos dois posicionamentos distintos:

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Poder Público sucumbente em ação patrocinada pela
Defensoria Pública

STF STJ

São devidos honorários Não são devidos honorários


advocatícios em favor da DP. advocatícios em favor da DP.
(STF. AR 1937, Plenário) (Súmula 421)

ORDEM ECONÔMICA

Súmula Vinculante 49 do STF: Ofende o princípio da livre concorrência


lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais
do mesmo ramo em determinada área.

Súmula 646 do STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei


municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do
mesmo ramo em determinada área.

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