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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Trabalho de Campo de Sistema de Informação Geográfica

TEMA: EROSÃO DO SOLO E APLICAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO


GEOGRÁFICA

NOME: MARIANA CLEMÊNCIA MAURÍCIO

Os Tutores: Prof. Eufrasio Nhongo & Dr Armando Massuanganhe

Pemba, 13 de Junho de 2021


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Nome do estudante: Mariana Clemência Maurício Ano de frequência: 3º

Especialização: Gestão Ambiental Turma: B

Trabalho de campo de: Sistema de Informação Código do Estudante: 91190193


Geográfica
Dirigido pelos Tutores: Prof. Eufrasio Nhongo & Dr Número de páginas: 16
Armando Massuanganhe
Confirmado pelo responsável do ISCED Data de entrega: 13/06/2021

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORREÇÃO: Cotação Cotação

INTRODUÇÃO: exposição e delimitação do assunto


em análise.

Desenvolvimento:
Fundamentação teórica (definição de conceitos e
termos e apresentação dos pontos de vista dos
autores).
Interligação entre teoria e prática (argumentos/ contra
argumentos e exemplificação)
Clareza expositiva

Citações bibliográficas (directas e indirectas)

Conclusão

Referências bibliográficas (normas APA)

Cotação Total:

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:

Índice
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Introdução......................................................................................................................4

1. Erosão.....................................................................................................................5

1.2. Tipos de erosão...................................................................................................5

1.3. Causas da erosão.................................................................................................6

1.4. Prejuízos à humanidade......................................................................................8

1.5. Formas de evitar..................................................................................................8

2. Sistema de Informação Geográfica........................................................................8

3. Erosão em Pemba.................................................................................................13

Conclusão.....................................................................................................................15

Bibliografia..................................................................................................................16

Introdução

Em Moçambique, a erosão é um dos problemas ambientais que é agravado pelos níveis


elevados de pobreza em que vive a maioria da população rural e peri-urbana do país. O
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efeito combinado da falta de recursos e a necessidade de satisfação das exigências


básicas de sobrevivência conduz à sobre exploração ou utilização indevida dos recursos
disponíveis com implicações graves para o ambiente.

As experiências existentes de combate ou mitigação dos problemas de erosão no país,


mostram que as acções implementadas são frequentemente de carácter correctivo, sendo
poucos os casos de medidas implementadas para prevenir o fenómeno. Nestas
intervenções, é comum atacar-se o problema onde ele mais se manifesta sendo poucas
as vezes em que é atacado na origem através da identificação e minimização das causas
que o originaram.

A ausência de um programa claro sobre como atacar o problema da erosão no país é tão
generalizado que conduz a situações em que a infra-estrutura de habitação, de
reassentamento da população ou mesmo de aproveitamento do solo é implantada em
zonas com elevado risco de erosão.

A necessidade de formulação de um plano para prevenção e controlo de erosão surge da


constatação de uma evolução perigosa do fenómeno sobre o qual, as intervenções
preventivas e/ou controlo são feitas de forma esporádica, resultando muitas vezes em
insucessos e/ou no agravamento da situação. Elaborar e implementar um plano de
prevenção e controlo da erosão em Moçambique, pressupõe a interligação das medidas
estruturais, preventivas e/ou controlo, legislativas, educativas, e disseminação de
soluções locais/tradicionais.

1. Erosão
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A Erosão é um processo de transformação dos solos oriundo das ações dos agentes
externos ou exógenos que consiste no desgaste na superfície terrestre, prosseguido pelo
transporte e deposição de sedimentos. Trata-se de um procedimento natural, entretanto,
a acção humana contribui para a sua intensificação.

O processo descontrolado de erosão traz grandes prejuízos para o meio ambiente, pois
actua no desgaste do solo, dificulta a manutenção de espécies de animais e vegetais,
além de atrapalhar as actividades humanas.

As erosões possuem vários estágios, dependendo do nível de profundidade e da


gravidade de sua ocorrência. Geralmente, elas se iniciam com o processo de lavagem
superficial dos solos, também chamado de lixiviação ou erosão laminar; depois, elas se
intensificam com o processo de acção das chuvas e dos ventos, surgindo alguns buracos
e “linhas” marcadas sobre a terra, as erosões em sulcos ou sulcos erosivos.

Quando os agentes modeladores continuam actuando na intensificação desse processo,


ocorre a formação de ravinas (erosões mais profundas) e voçorocas (quando a erosão
atinge o lençol freático ou é extremamente profunda).

Entre as acções humanas que causam a formação de processos erosivos destaca-se a


retirada das vegetações, que exercem a função de conter a força das águas e dos ventos
(actuando como uma espécie de obstáculo) e ajudam a manter a firmeza do solo, através
de suas raízes.

No meio urbano, as erosões acontecem em razão da falta de planeamento, com a


formação de ruas que ocupam verticalmente toda uma vertente, por exemplo. Durante as
chuvas, a enxurrada desce a vertente com muita velocidade, formando buracos em seu
percurso e formando ravinas e voçorocas na porção inferior das vertentes, geralmente
próximas a cursos d’água.

1.2. Tipos de erosão

Existem vários tipos de erosão, que são classificadas conforme os seus princípios
causadores.
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Erosão por gravidade: quando ocorre o transporte e deposição de sedimentos da


superfície em virtude da acção da gravidade, com a queda de partículas e rochas.
Acontece, principalmente, em regiões montanhosas e com alta declividade.

Erosão fluvial: erosão causada pela acção das águas dos rios sobre as superfícies dos
cursos d’água e de encostas. Actuam também no desgaste do solo durante enchentes
periódicas ou períodos de cheias. É intensificada com a retirada das matas ciliares, ou
seja, as vegetações localizadas nas margens dos rios.

Erosão pluvial:  ocorre em razão da acção das águas das chuvas, que desgastam a
superfície e transportam sedimentos. Esse processo actua também na lavagem dos solos
e, quando as águas da chuva encontram um solo sem vegetação, passam a ser
responsáveis pela formação de graves tipos de erosão.

Erosão marinha: causada pelas águas dos mares e oceanos, actua na modelagem da
morfologia litorânea, contribuindo para a formação de praia e encostas através da
degradação das rochas.

Erosão eólica: ocorre em virtude da acção dos ventos sobre a superfície, actuando no
transporte dos sedimentos e partículas menores e degradando lentamente formações
rochosas, conferindo a elas formas bastante peculiares.

Erosão glacial: ocorre graças aos movimentos abruptos das geleiras (como as
avalanches). Também actuam no transporte de sedimentos, através de congelamento e
movimentação.

1.3. Causas da erosão

Todos sabemos o que é erosão mas vamos deixar um pouco mais claro que são os
causadores e algumas dicas de como evitá-las.

A erosão é um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície e pode


ocorrer por acção de fenómenos naturais ou dos fenómenos antropogénicos (causados
pelo homem).

A principal causa natural é a água!


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No que se refere às acções da natureza, podemos citar as chuvas como a principal


causadora. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações
e mudanças na consistência do terreno. Desta forma, provoca o deslocamento de terra.

O vento e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão.

Nos países onde existem vulcões, quando um entra em erupção quase sempre ocorre um
processo de erosão, pois a quantidade de terra e rochas deslocadas é grande.

A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão, pois


perdemos a grande diversidade biológica que existe no solo, que é fundamental para que
o solo se agregue e mantenha-se firme.

A principal causa artificial é a intervenção humana na alteração do solo

O ser humano geralmente é o mais importante agente provocador das erosões. Ao retirar
a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que antes era
absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a correr sobre o solo. Esta água em
velocidade causa a instabilidade e consequente erosão do solo.

Actividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão. Ao


retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos
podem perder sua estrutura de sustentação, por isso, quando você for comprar algum
mineral, como areia, saibro, sempre consulte o licenciamento ambiental do extractor
deste precioso recurso.

Nas cidades, a urbanização é um factor de grande degradação, pois a conversão de uso


do solo em zonas urbanas, impermeabiliza o solo com a colocação de ruas, telhados e
áreas impermeabilizadas.

Em Sorocaba, o Plano Director (Lei que define como deve ser o uso do solo no
município) prevê que pele menos 20% das áreas dos terrenos sejam permeáveis, ou seja,
cobertas com jardins, que permitem a infiltração de água no solo, alimentando nossos
lençóis freáticos.
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1.4. Prejuízos à humanidade

A erosão tem provocado vários problemas para o ser humano. Constantemente, ocorrem
deslizamentos de terra em regiões habitadas, principalmente em regiões carentes,
provocando o soterramento de casas e mortes de pessoas.

Os prejuízos económicos também são significativos, pois é comum as erosões


provocarem fechamento de rodovias, ferrovias e outras vias de transporte.

A erosão causa a perda da fertilidade do solo, tornando áreas agricultáveis em áreas


estéreis.

1.5. Formas de evitar


 Não retirar a cobertura vegetal dos solos. Plante árvores!
 Planejar qualquer tipo de construção (rodovias, prédios, túneis, etc) para que não
ocorra, no momento ou futuramente, o deslocamento de terra;
 Monitorar as mudanças que ocorrem no solo;
 Realizar o reflorestamento de áreas abertas, principalmente em regiões próximas
à rios, lagos e nascentes.
 Não impermeabilize seu quintal! Mantenha um bom gramado e um lindo jardim!
 No seu condomínio ou loteamento, acompanhe frequentemente as saídas da
drenagem urbana, que geralmente ocorre nas matas. Quanto maior o volume e
velocidade que a agua chega, maior a possibilidade de impactar as matas e áreas
naturais.

2. Sistema de Informação Geográfica

Geoinformática, Geotecnologias, Geoprocessamento, Sistemas de Informação


Geográfica, são muitos nomes e suas definições por vezes se confundem, como já
explicamos no artigo sobre as diferenças entre Geoprocessamento, Geotecnologias e
Geoinformática.

Neste mesmo artigo abordamos de forma sucinta sobre os Sistemas de Informação


Geográfica (SIGs) e outras Geotecnologias, como Sensoriamento Remoto, Cartografia
Digital e Fotogrametria.
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Os SIGs compõem uma das Geotecnologias mais utilizadas e completas da actualidade,


sendo utilizado por diferentes profissionais ligados às áreas de meio ambiente, saúde,
transportes, demografia, engenharias e várias outros. Por isso preparamos este artigo
que mostra as principais características desse grande instrumento de análise espacial.

As primeiras tentativas de automatizar parte do processamento de dados com


características espaciais aconteceram na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos anos 50.
Os primeiros Sistemas de Informação Geográfica, em inglês Geographic Information
System (GIS), surgiram na década de 60, no Canadá, como parte de um programa
governamental para criar um inventário de recursos naturais. Ao longo dos anos 70
foram desenvolvidos novos e mais acessíveis recursos de hardware, tornando viável o
desenvolvimento de sistemas comerciais.

A década de 80 representou o momento em que a tecnologia de sistemas de informação


geográfica iniciou um período de acelerado crescimento, que perdura até os dias actuais.

Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa
específica sobre o tema, os SIGs se beneficiaram grandemente da massificação causada
pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o
assunto.

Um SIG não é apenas um software, mas um sistema composto por dados,  hardware,


pessoas,  metodologias, e, obviamente, o software.

Todos esses componentes se integram nos permitindo armazenar, manipular e analisar


uma riqueza de dados e informações espaciais.

Dados: Os dados são registos de fenómenos com referência espacial. A localização é


um atributo particular que os diferencia dos demais tipos de dados. São divididos em
dados espaciais e dados de atributo.

Hardware: O componente hardware consiste em elementos físicos que dão suporte ao


funcionamento do sistema, como processador, memória, dispositivos de
armazenamento, scanners, impressoras, estação total, equipamentos GPS, dentre outros.

Pessoas: As pessoas são compostas de desenvolvedores, operadores e administradores


do sistema, aplicam as diversas funções do SIG na resolução de problemas do mundo
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real, desenvolvem novas ferramentas e o conhecimento científico a ser utilizado no SIG.


As pessoas precisam adquirir o conhecimento técnico para operar esse tipo de sistema.

Metodologia: A metodologia consiste no conjunto de procedimentos que cada usuário


constrói em um SIG, visando atingir um objectivo. A análise espacial com mapas de
Kernel é um exemplo de procedimento que pode ser realizado em um SIG, muito útil
quando se quer evidenciar a concentração ou dispersão de eventos pontuais no espaço.

Software: O software é o elemento mais conhecido de um SIG. A partir dele é possível


manipular as ferramentas e funções para geração da informação geográfica. Existem
diversos softwares de SIG,

Tipos de dados em um SIG

Todo software SIG abrange um sistema de gerenciamento de banco de dados capaz de


manipular e integrar dois tipos de dados: os dados espaciais e dados de atributos,
permitindo criar informações e facilitar a análise. Essa é uma vantagem desse sistema
em relação a outros tipos de sistemas informatizados.

Os dados espaciais podem ser representados de forma vectorial ou matricial, já os dados


de atributo são compostos por códigos alfanuméricos, armazenados em tabelas.

Veja um exemplo de dado espacial, de representação vectorial (shapefile) e de dado


alfanumérico, integrados no software de SIG QGIS.

Estrutura de um Sistema de Informação Geográfica

Um SIG, enquanto ambiente computacional, é composto pela seguinte estrutura


hierárquica:  interface com usuário;  entrada e integração de dados; funções de consulta
e análise espacial; visualização e plotagem; e a gerência de dados espaciais
(armazenamento e recuperação de dados).

“No nível mais próximo ao usuário, a interface homem-máquina define como o sistema
é operado e controlado. No nível intermediário, um SIG deve ter mecanismos de
processamento de dados espaciais (entrada, edição, análise, visualização e saída). No
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nível mais interno do sistema, um sistema de gerência de bancos de dados geográficos


oferece armazenamento e recuperação dos dados espaciais e seus atributos”.

Abordagens de utilização de um SIG

Existem três abordagens de utilização de um SIG: a abordagem da aplicação, a


abordagem do desenvolvedor e a abordagem científica.

Abordagem de aplicação

Considera um Sistema de Informação Geográfica principalmente como uma ferramenta,


usado para responder a perguntas, apoiar a tomada de decisões, manter um inventário de
dados geográficos e informações e, claro, elaborar mapas.

Abordagem do desenvolvedor

Está preocupada com o desenvolvimento do SIG como plataforma de software ou


tecnologia. Está preocupada com a melhoria, refinação e extensão da ferramenta e
tecnologia em si. O SIG QGIS, por exemplo, possui uma grande comunidade de
desenvolvedores de diferentes países, como Brasil, Suíça, Alemanha, Dinamarca,
Suécia e Portugal.

Abordagem científica

Frequentemente referida como Ciência da Informação Geográfica (em inglês,


GIScience), procura integrar diferentes disciplinas estudando métodos e técnicas de
tratamento de informações espaciais. A abordagem científica também está interessada
nas consequências e implicações sociais do uso e difusão da tecnologia SIG.

Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica

Um SIG pode ser utilizado como ferramenta para produção de mapas, como suporte
para análise espacial de fenómenos e como um banco de dados geográficos, com
funções de armazenamento e recuperação de informação espacial.
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O SIG é a aplicação do Geoprocessamento, entendido como um conjunto de técnicas


matemáticas e computacionais para transformar o dado espacial em informação
espacial.

Portanto, sempre que o “Onde” aparece dentre as questões e problemas que precisam ser
resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade para considerar a
adopção de um SIG.

Vamos ver alguns exemplos de aplicação do SIG:

Análise do uso e cobertura da terra

Um Sistema de Informação Geográfica com funções de Processamento Digital de


Imagens é uma ferramenta útil no planeamento ambiental.

A partir da classificação de imagens de satélite é possível obter mapas de uso e


cobertura da terra de determinada área, propiciando a análise das mudanças que
ocorreram ao longo do tempo, como diminuição da vegetação.

Análise espacial em saúde pública

Como dito anteriormente, os mapas de Kernel ou mapas de calor são bastante úteis para
espacializar a intensidade de eventos pontuais. Na saúde pública eles possuem um
grande potencial, pois permitem, por exemplo, analisar as áreas de maior concentração
de determinada doença a partir de dados espaciais inseridos em um SIG.

Geomarketing

O Geomarketing, também conhecido como inteligência geográfica de mercado, é uma


metodologia que “proporciona a elaboração de estratégias efetivas para vender mais,
reduzir custos e elevar resultados, por meio de informações georreferenciadas”.

A Geocodificação é uma das várias técnicas utilizadas no Geomarketing que permite,


por exemplo, encontrar áreas com maior concentração de clientes, a partir da
transformação de endereços em pontos georreferenciados. Ela pode ser executada em
softwares de SIG.
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3. Erosão em Pemba

A erosão e um problema geral em toda a cidade de Pemba, mas a situação e considerada


grave nos subúrbios da baía, onde algumas vias de acesso estão interrompidas, e várias
casas incluindo escolas correm risco de cair devido a forca das águas da chuva.

Entretanto, o município também esta preocupado com o problema, mas o edil Tagir
Carimo, diz que ainda não há dinheiro para travar a erosão. "São necessários 50 milhões
de dólares, estamos a trabalhar com áreas da Direcção Provincial de Obras Públicas e
Recursos Hídricos, por forma a encontrar diversos parceiros para construção de um
sistema de drenagem de águas fluviais", disse Carimo.

A erosão e um problema antigo na cidade de Pemba, e cada dia que passa a situação
tende a piorar devido a queda excessiva de chuvas registadas nos últimos tempos.

Por outro lado, o município de Pemba esta a reabilitar cerca de um quilómetro de


estrada na histórica cidade velha.

Avaliada em cerca de 55 milhões de meticais, as obras foram financiadas pelo Fundo de


Estradas.

Segundo Tagir Carimo, as obras deverão ser concluídas em Fevereiro próximo, mas o
asfalto poderá ser colocado ainda este ano.

Com 700 metros de comprimento e duas faixas com 5 metros de largura, a rua Jerónimo
Romero foi construída há mais de 50 anos, e esta é a primeira reabilitação da principal
via da histórica cidade velha de Pemba.

Em 2020, a TV Miramar fez uma reportagem que dava conta que a EPC Samora Machel
e habitações nas redondezas estão em risco de desabar devido a abertura de uma cratera
enorme no bairro de Metula, na cidade de Pemba. A situação que foi provocada pelas
chuvas que caem naquela região, colocando em perigo os moradores do bairro,
principalmente os alunos.

É um perigo à vista, principalmente para os meninos que frequentam esta Escola


Primária Completa Samora Machel localizada no bairro de Metula, na cidade de Pemba.
A cratera enorme para além de ter destruído este muro da escola, ameaça também o
equilíbrio de muitas residências da zona.
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Alguns alunos ouvidos pela nossa equipa de reportagem mostram o nível de


preocupação com este fenómeno que ameaça contra a sua integridade física.

A directora da escola conta aos microfones da Miramar que é um desafio enorme para o
seu elenco garantir a segurança dos alunos com particular destaque para os mais novos.

Para além de já ter iniciado a destruir esta escola popular receiam que a cratera venha a
demolir as suas residências.

Cadre Yassine é morador deste bairro e teme pela segurança dos seus filhos por isso
implora as autoridades municipais um a solução urgente antes que o pior aconteça.

Cenários de erosão na cidade de Pemba são comuns, por isso uma chamada de atenção
especial as autoridades para colocar um travão sob o risco de ver a Terceira Maior baía
do Mundo desaparecida.

Situação de erosão no País

Grande parte do território nacional enfrenta problemas sérios de erosão em particular a


zona costeira. As razões para a ocorrência de erosão de solos são diversas destacando-se
a disposição do relevo (em forma de escadaria), actividade humana (maiores
aglomerados populacionais que se localizam ao longo da faixa costeira), localização
geográfica do país (susceptível aos eventos extremos), queimadas descontroladas,
prática de agricultura e uso de terra para outros fins em locais susceptíveis à erosão,
entre outras. Tendo em conta que a erosão constitui processo dinâmico, a situação
nacional em termos de tipos de erosão carece de actualização permanente dos dados
com vista a definição de acções prioritárias para áreas de risco.
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Conclusão

A erosão remove a capa superior do solo, reduz os níveis de matéria orgânica e


contribui para a ruptura da estrutura do solo criando um ambiente não favorável para o
crescimento da planta.

Nos solos que têm restrições para o crescimento das raízes, a erosão diminui a camada
do solo disponível para enraizamento da planta, diminui a quantidade de água, ar e
nutrientes disponíveis para as plantas.

A erosão remove também o solo superficial, que frequentemente possui a maior


actividade biológica e maior quantidade de matéria orgânica. Isto causa a perda de
nutrientes e frequentemente cria um ambiente menos favorável para o crescimento da
planta.

Os nutrientes que são removidos pela erosão não estarão mais disponíveis para dar
sustento ao crescimento da planta no local, mas poderão estar acumulados na água
gerando outros problemas como floração de algas e eutrofização de lagos.

Depósito dos materiais erodidos podem destruir estradas, obstruir caminhos, canais de
drenagem, acumular nos reservatórios reduzindo sua vida útil e a geração de energia. O
sedimento pode danificar o habitat dos peixes e degradar a qualidade da água em
riachos, rios e lagos.

O pó provocado pelo vento pode afectar a saúde humana e criar riscos a segurança
pública.
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Bibliografia

BARROS, J. B. “Mudanças na paisagem e agricultura tecnificada no município de


Ipanguaçu/RN”. Monografia (Bacharel em Geografia) – UFRN. Natal, 2014.

CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. (Org.). “Introdução à Ciência da


Geoinformação”. INPE.

CARVALHO, R. M.; NASCIMENTO, Luiz F. C. “Spatial distribution of dengue in the


city of Cruzeiro, São Paulo state, Brazil: use of geoprocessing tools”. Rev. Inst. Med.
Trop. Sao Paulo, 2012.

COMUNIDADE QGISBrasil. “Comunidade QGISBrasil agora é Patrocinadora Bronze


do Projeto QGIS Internacional”.

FITZ, P. R. “Geoprocessamento sem complicação”. São Paulo: Oficina de Textos,


2008.

GEOFUSION. “O que é Geomarketing? Saiba tudo neste infográfico”.

https://miramar.co.mz/noticias/erosao-em-pemba/ - Acessado no dia 12/06/2021.

HUISMAN, O.; BY, R. A. de. “Principles of Geographic Information Systems”. ITC.


2009.

SHIN, M; CAMPBELL, J. “Essentials to Geographic Information Systems”.

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