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Exames Complementares

2021
Resolução n. 831 de 14 julho de 2006 – Necessidade de médico veterinário em
laboratórios clínicos.

LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO


• Regulamento técnico
✓ ANVISA - RDC 50/2002 – Regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde
✓ ANVISA - RDC 302/2005 – Regulamento técnico para funcionamento de
laboratórios de análises clínicas – Usado para laboratórios humanos, não existe
especifico para laboratórios veterinários.
✓ Exemplo de decretos estaduais: Governo do Estado de São Paulo - Decreto
40.400/1995 - Norma técnica especial relativa à instalação de estabelecimentos
veterinários
✓ ANVISA - RDC 306/2004 – Regulamento técnico para gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde
✓ CONAMA - Resolução 358/2005 – Tratamento e disposição final dos resíduos
dos serviços de saúde
✓ Ministério do Trabalho e Previdência Social - NR 6 – Equipamento de
proteção individual – EPI
✓ Ministério do Trabalho e Previdência Social - NR 32 – Segurança e saúde no
trabalho em serviços de saúde

ANVISA - RDC 302/2005 - RESUMIDA

Condições Gerais
✓ Organização
- Alvará
- Veterinário responsável
- Instruções escritas e atualizadas das rotinas técnicas
✓ Recursos humanos
- Registro da formação e qualificação dos funcionários
- Treinamento de funcionários
- Vacinação de funcionários
✓ Infraestrutura - Conforme RDC 50/2002

✓Equipamentos e instrumentos
- Equipamentos adequados à complexidade de serviços
- Instruções escritas referentes aos equipamentos e disponíveis para os
trabalhadores. Funcionário assinar documento falando que leu as instruções e que
não tem dúvida.
- Registrar manutenções preventivas e corretivas – Tudo deve ser documentado
- Verificar calibração de equipamentos
✓Produtos para diagnóstico in vitro
- Registrar a aquisição de produtos para diagnóstico
- Documentar as metodologias utilizadas
✓Descarte de resíduos e rejeitos
- Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – RDC 306/2004
✓ Biossegurança
- Instruções escritas de biossegurança
- Documentar o nível de biossegurança dos ambientes
✓ Limpeza, desinfecção e esterilização
- Instruções de limpeza, desinfecção e esterilização das superfícies, instalações,
equipamentos e materiais
- Esses protocolos devem ser atualizados o tempo todo.
* Tudo dentro de um laboratório assim como dentro de uma clínica veterinária
deve ser documentado.

Níveis de Biossegurança – Classificação de risco que depende de qual


microorganismo nos podemos nos deparar. Esses níveis de 1 a 4 são baseados no
Grupo de Risco pelo qual esse laboratório trabalha.

Nível de Biossegurança 1 (NB1) - GRUPO DE RISCO 1


RISCOS: INDIVIDUAL E COMUNITÁRIO BAIXOS
MICRORGANISMOS QUE TÊM PROBABILIDADE NULA OU BAIXA DE
PROVOCAR DOENÇAS PARA O HOMEM E QUE NÃO CONSTITUEM RISCO
PARA O MEIO AMBIENTE. Ex. Lactobacillus spp
Significa que a pessoa que está trabalhando com esses micro-organismos não vai
adoecer. A segurança é alta. Lugar onde menos se adota medidas de controle
para esses micro-organismos.

Nível de Biossegurança 2 (NB2) - GRUPO DE RISCO 2


RISCOS: INDIVIDUAL MODERADO E COMUNITÁRIO LIMITADO
MICRORGANISMOS que são PATOGÊNICOS, mas que não são fatais para os
seres humanos PODE PROVOCAR INFECÇÕES ou que sabemos tratar, já temos
medidas profiláticas, de tratamento ADEQUADAS e por isso é considerado um
risco Moderado. RISCO DE PROPAGAÇÃO LIMITADO OU REDUZIDO RISCOS
BIOLÓGICOS
Ex: Staphylococcus aureus subespécie aureus e anaerobius
Laboratórios de análises clínicas - a maioria é de nível 2

Nivel de Biossegurança 3 (NB3) - GRUPO DE RISCO 3


RISCOS: INDIVIDUAL ALTO E COMUNITÁRIO LIMITADO MICRORGANISMOS
PATOGÊNICOS QUE COSTUMAM PROVOCAR DOENÇAS GRAVES, PROPAGADA
DE UM HOSPEDEIRO INFECTADO AO OUTRO. NÃO EXISTEM MEDIDAS
PROFILÁTICAS E DE TRATAMENTO BEM ESTABELECIDAS RISCOS
BIOLÓGICOS
Ex: Brucella abortus (cultivo*)

Nivel de Biossegurança 4 (NB4) - GRUPO DE RISCO 4


RISCOS: INDIVIDUAL E COMUNITÁRIO ELEVADOS AGENTES INFECCIOSOS
PATOGÊNICOS QUE GERALMENTE CAUSAM DOENÇAS GRAVES, SENDO
FACILMENTE TRANSMITIDAS E NA MAIORIA DOS CASOS NÃO SE CONHECE
TRATAMENTO EFICAZ E AS MEDIDAS PROFILÁTICAS NÃO ESTÃO BEM
ESTABELECIDAS RISCOS BIOLÓGICOS
Ex: Vírus Ebola

Implementação de qualidade laboratorial


Processos Operacionais

❖ Fase Pré-Analítica
 Disponibilizar aos veterinários instruções escritas dos procedimentos para
coleta, armazenamento e transporte de amostras
 Disponibilizar aos proprietários de animais instruções escritas dos
procedimentos para transporte de amostras
 Solicitar documentos dos proprietários e dados dos animais para cadastro
 Definir por escrito os critérios de aceitação ou rejeição de amostras
 Identificar a amostra no momento da coleta ou de sua entrega, quando
coletada por terceiros

MANUAL DE COLETA - AMOSTRA CONGELADA

“As amostras devem chegar congeladas ao laboratório. Acondicionar em


recipientes
Isotérmicos preferencialmente com gelo seco. Na falta deste, acondicionar em
recipiente isotérmico com a adição de gelo reciclável composto de material que
congele a temperaturas inferiores a 0ºC, preferencialmente a -18ºC, que sejam
suficientes para manter o congelamento. Providências deverão ser tomadas para
que o tempo decorrido entre a colheita da amostra e sua chegada ao laboratório
seja o mais breve possível, recomendando-se que seja evitada a utilização de
mecanismos que impliquem estocagem intermediária entre o ponto de colheita e
o laboratório Amostras que chegarem ao laboratório em embalagem inadequada,
descongeladas, com vazamentos, indícios de contaminação ou indícios de violação
devem ser descartadas.”

❖ Fase Analítica
 Instruções escritas, disponíveis e atualizadas para todos os procedimentos
 Disponibilizar, por escrito, a relação identificadora dos exames realizados
 Monitorar a fase analítica por meio de controle interno e externo da
qualidade

❖ Fase Pós-Analítica
 Instruções descritas para emissão de laudo
 Laudos devem conter:
(1) número de registro do veterinário Responsável no CRMV;
(2) número de registro do laboratório no CRMV;
(3) identificação do animal e do proprietário;
(4) data da coleta;
(5) data de emissão do laudo;
(6) nome, tipo de exame, método analítico;
(7) resultados; valores de referência o
Arquivar cópias dos laudos e de os dados brutos por 5 anos

❖ Controle Interno de Qualidade


 Monitoramento do processo analítico pelas análises das amostras controle
 Registro e análises dos resultados obtidos
 Liberação ou rejeição das análises após a avaliação dos resultados das
amostras controle
 Amostras controle devem ser analisadas como se fossem amostras de
pacientes

❖ Controle Externo da Qualidade


 Deve-se participar de ensaios de proficiência para todos os exames
realizados
 Registrar os resultados do CEQ, inadequação, investigação e ações tomadas
para resultados rejeitados
HEMATOLOGIA

Sangue me dá
 Visão geral sobre o estado do paciente
 Visão instantânea sobre o sistema hematopoiético (momento específico) –
sistema que produz lá na Medula Óssea, predominantemente, mas
também no baço, essas células, tanto os leucócitos, quanto as hemácias,
quanto as plaquetas.
 Sangue Periférico que coletamos temos uma Visão geral de tudo que está
acontecendo
 Plaquetas – Agregação para estancar o sangue, coagulação sanguínea
 Células-Tronco – também chamadas de células pluripotentes ou células
pluripotenciais que servem como precursoras de todas essas células que
estão presentes no sangue. Lembrando que predominantemente na Medula
Óssea.
 Células Mieloides – que vão originar plaquetas, hemácias e alguns
leucócitos, como por exemplo, basófilo, eosinófilo, monócito e neutrófilo.
 Células que são conhecidas como Precursores Linfoides – que vão dar
origem aos precursores linfócitos – linfócitos B, linfócitos T, células NK
que são as natural killer. Essas células precursoras são todas células
nucleadas que vão se diferenciando para formar cada uma célula dessas que
são totalmente distintas, então p. ex. Um eritrócito não tem núcleo,
então essa célula vai perdendo núcleo ganhando hemoglobina até formar
um eritrócito como nós conhecemos.

Hemograma Completo

- Exame básico que deve ser feito para todos os procedimentos cirúrgicos como
uma - Avaliação pré-anestésica
 Paciente anestesiado pode ter vários efeitos colaterais, um deles é
chamado hipoxia que vem devido a uma hipotensão, animal anestesiado
geral tem uma bradicardia, hipotensão arterial e tudo isso influência
diretamente na qualidade da oxigenação dos tecidos. Se ele já tiver um
problema prévio como anemia ou desidratação pode potencializar o efeito
colateral e inclusive ser a causa da morte do animal.

- Avaliação animal doente


- Check up de pacientes geriátricos
- Avaliação pós-tratamento – Para saber se o tratamento funcionou ou não.
O sangue –
 A filtração do sangue pelo rim serve para tirar subprodutos que foram
resultantes do metabolismo, assim como o CO2 que é um metabolito que
nós precisamos eliminar, como ureia e creatinina, que só são eliminados
pelo rim.
 Tudo que precisa sair de um lugar e chegar no outro depende do sangue.
Secreções endócrinas, Hormônios, água – vem la do intestino precisa
chegar nos tecidos.
 Termorregulação – a perda de calor ou a manutenção de calor depende do
sistema cardiovascular, depende do sangue

- Qualquer alteração hematológica tem um reflexo clínico importante, se tem


uma redução de hemácias, de leucócitos ou o que quer que seja.

 Centrifugação do Sangue
- Hemácias ou Eritrócitos – Vermelho – embaixo
- Plaquetas ou Glóbulos Brancos – branco – no meio
- Plasma 60% aproximadamente – a maior parte – translúcida ou levemente
amarelada - em cima - nele estão dissolvidos fatores de coagulação, as proteínas,
os minerais - cálcio, potássio, sódio, e por ai vai. Apesar dele ser composto
basicamente por água, ele tem funções extremamente importantes na
distribuição de fluidos corporais e acaba tendo relação direta quando vou fazer
uma contagem de célula – contagem de hemácia, gl. Brancos se tenho variação
do vol. plasmático isso pode influenciar diretamente a contagem dessas hemácias.
Camada leucocitária - Os glóbulos brancos, ou leucócitos, que garantem a defesa
do organismo, maiores e menos numerosos do que as hemácias. São os
responsáveis pelo sistema de combate a diferentes agentes tóxicos e infecciosos,
ao lado de células teciduais derivadas dos leucócitos

Composição Sanguínea
Camada plaquetária
- As plaquetas, ou trombócitos, que desempenham uma função importante na
hemostasia primária. Têm origem na fragmentação do citoplasma dos
megacariócitos na medula óssea.
- As plaquetas são formadas a partir de megacariócitos portanto não são
consideradas células propriamente ditas mas fragmentos de células tem também
função fundamental.
Camada inferior (45%), um líquido turvo e de cor vermelho-escuro, composto
pelas hemácias (ou eritrócitos).
Colheita X Coleta
Colheita – tudo aquilo que você vai lá e retira. Colheita de sangue
Coleta – ideia de reunir. Coletar fezes. (no chão)

Contenção física
Contenção química – a base de fármaco – Anestésicos gerais e tranquilizantes
podem e vão interferir nos padrões hematológicos – hemácias reduzem de
tamanho quando o animal é sedado. Então se eu sedo um animal eu preciso
estar ciente que seu eu tiver leves alterações em alguns casos alterações pra
menos na quantidade de hemácias pode não ser uma anemia mas sim porque a
hemácia reduz de tamanho quando o animal é sedado com algum desses
fármacos.
Material de Colheita – Agulha e seringa / Vacooteiner

Tipos de tubos diferentes – Cor das Tampas/Rótulos


Tampas Anticoagulante Uso Material

Roxa EDTA Hematologia Vidro ou Plástico


(anticoagulante)

Amarela Gel separador com Sorologia e Vidro ou Plástico


ativador de coágulo Bioquímica

Azul Citrato de sódio Hematologia Vidro


(Coagulograma)

Vermelha Siliconizado em Sorologia e Vidro ou Plástico


anticoagulante Bioquímica

Verde: Heparina Sódica Bioquímica e Vidro


Imunologia

Branca Fluoreto de Sódio + Bioquímica Vidro ou Plástico


EDTA

*Citrato de Sódio – Coagulograma – tempo de coagulação, esse tipo de coisa


*Heparina – Também é um anticoagulante mas não seve muito para Hematologia
porque ele altera a morfologia das células então ele atrapalha o equipamento a
fazer a leitura.
 Locais de Colheita de sangue (Cães e Gatos)
 Agulhas – varia o calibre para cada situação.
 Veia Jugular – melhor veia, mas se você pega um cachorro agressivo você
não consegue;
 Cefálicas – são as dos membros anteriores
 Safenas – são as dos membros posteriores

Cada agulha é classificada de acordo com o tamanho, tanto o tamanho da agulha


propriamente dito (o cumprimento dela) quanto o tamanho da abertura interna
que ela possui. Então quando fala 40x16 o primeiro número é o tamanho dela
em mm (40mm = 4cm), e o 16 significa 1,6mm de abertura, quanto maior esse
segundo número, mais calibrosas as agulhas.
Escala de Gauge – Quanto mais alta menor a agulha. É só uma referência.
Para hematologia não servem nem as menos calibrosas nem as mais grossas
(canhão verde e preto 21G e 22G). Escolher a agulha certa é fundamental, se
eu escolho a agulha muito fina eu posso promover uma coagulação dentro da
seringa antes mesmo de colocar no tubo ou deposição de fibrina o que causa uma
alteração nas proteínas plasmáticas que pode ser ruim.
Ruminantes – a base da cauda é bem fácil de colher sangue.

 Se o animal tem pelo longo ou muito pelo fazer tricotomia na região.


 Realizar antissepsia local
 Fazer o garrote ou pressão com o dedo sobre o vaso sanguíneo a ser
puncionado para melhorar o calibre da veia
 Introduzir a agulha na pele e retirar o garrote
 Ao retirar a agulha pressionar a região puncionada com algodão embebido
em álcool.
 Antes de colocar o sangue dentro do tubo – tirar a agulha da seringa
porque quando coloco o sangue com aquele jato de uma vez posso causar
uma hemolise e uma agregação plaquetária. A outra coisa é pode haver
depósito de fibrina ou ativação da fibrina.

Tem uma proteína no sangue chama Fibrinogênio e quando vai haver o processo
de coagulação ela é ativada para dar origem a Fibrina que vai ajudar no processo
de estancamento do sangue. E uma das coisas que se faz no hemograma é
contagem ou quantificação proteica, de proteínas plasmáticas – se faço um
procedimento em que tenho uma situação que vou promover a agregação ou a
coagulação dessa Fibrina eu acabo levando a um resultado errado do Hemograma.
 Não pode colocar o sangue rápido a ponto de criar espuma mas também
não é devagar demais.
 Homogeneização por inversão

ERITROGRAMA
Exame para quantificar as hemácias

Os glóbulos vermelhos, também denominados eritrócitos ou hemácias, que


transportam o oxigênio e o gás carbônico através da hemoglobina.

HEMÁCIAS
São células anucleadas, em formato de discos bicôncavos, que tem no seu
interior umas proteínas - as hemoglobinas que são responsáveis por ao portarem
moléculas de Ferro transportarem oxigênio para do pulmão para os tecidos. Essa
é a função primordial da hemácia. O número médio de hemácias varia de acordo
com a espécie animal, mas também varia de acordo com as condições que aquele
animal foi submetido.

Eritropoietina
 Aumento secreção eritropoietina
 Transporte insuficiente O2 (tecidos)
 Andrógenos e hormônios tireoidianos (aumento uso O2)
 Rim é a única fonte de eritropoietina no cão

Eritropoetina – é um hormônio secretado pelos rins em todas as espécies, no


caso dos cães é o único lugar que é produzido, em outras espécies como gatos e
ruminantes também é produzido no fígado.
É um hormônio que sinaliza para a medula óssea que ela precisa produzir mais ou
menos hemácias. Quando o sangue chega no rim com uma oxigenação baixa e o
rim detecta isso a medula renal produz eritropoetina e joga na circulação
sanguínea – Ela terá ação na Medula Óssea que é o local onde ocorre o processo
de produção e maturação das células sanguíneas.

1º Estimula uma Diferenciação das Células Precursoras de Eritrócitos –


então aquelas células nucleadas que são precursoras de hemácias elas começam a
sofrer uma diferenciação muito mais rápida porque ha uma redução no tempo de
maturação e elas darão origem a hemácias de uma forma um pouco mais rápida
do que o normal. Uma hemácia para ficar pronta demora de 5 a 7 dias
aproximadamente, eles aceleram esse processo porque o oxigênio está baixo.

2° Tem uma aceleração das Mitoses das Células Eritróides – Ainda assim
se continua a aumentar a Eritropoietina e se as células entendem que precisa
soltar ainda mais hemácias ...

3º Liberação de Células Jovens entre elas os Reticulócitos para o sangue


periférico – Que é a última etapa antes da formação da hemácia propriamente
dita. Libera células jovens que não são tão eficazes na liberação do Oxigênio, mas
como o rim está pedindo célula, o corpo dá. Isso acontece em uma situação
Patológica, em uma situação ambiental (mudança de altitude – por isso
jogadores vão uma semana antes para lugares de altitude diferente, porque
hemácia leva 5 a 7 dias para se formarem).
Suplementação de andrógeno e estrógeno – consumo de esteroides
aumenta o consumo de oxigênio porque aumenta o metabolismo, nesses casos,
também pode ter aumento na produção de hemácias porque aumenta oxigenação,
não significa anemia.

Eritropoiese
Eritropoietina:
 Medula renal (na forma de eritropoietina ativa e pró eritropoietina)
 Células Kupfer: molécula precursora (ativada por fator renal)
 Fator estimulante para produção de eritrócitos
 Hormônio atua na medula óssea
 Determina divisão celular e produção UFCe
 Amadurecimento da célula-tronco e precursora

Células Sanguíneas: Gênese


Na medula óssea existem elementos celulares, Células-tronco hematopoiéticas
pluripotenciais, das quais derivam-se todas as células do sangue circulante. A
produção de hemácias é regulada pela Oxigenação Tecidual, que pode estar
diminuída por Anemia e pela permanência em Altitudes elevadas.
A Eritropoetina, hormônio circulante formado nos rins e fígado, é o principal
fator estimulante da produção de hemácias, em resposta à hipóxia tecidual.
A maturação final das hemácias depende da presença das vitaminas B12 e
ácido fólico.A, Minerais (ferro, cobre, cobalto)

• Mitoses das Células Eritroides


• Redução do Tempo de Maturação
• Liberação de reticulócitos e Células Jovens para o Sangue Periférico

VIDA MÉDIA das HEMÁCIAS – Hemácias não são eternas, tem uma vida
média e depois é tirada de circulação pelo BAÇO, ele tira de circulação as
hemácias que não servem mais para nada. Ele desmancha ela e reutiliza todos os
seus componentes.
As hemácias são recicladas o tempo inteiro, todos os componentes serão
reutilizados para a formação de uma nova hemácia. Quando há a aceleração do
processo de síntese começa a aparecer hemácias com um monte de pontinhos –
os reticulócitos – que são a etapa imediatamente anterior a maturação de uma
hemácia – quando vejo isso no sangue de cães isso é considerado normal.
Até 1% das hemácias estarem desse jeito ainda é normal, passou disso entra
em um quadro chamado – RETICULOCITOSE que significa que tem muita célula
jovem jogada no sangue, a medula está trabalhando mais acelerada para liberar ali
hemácias que não estão prontas.

Gato: 70 dias Cão:120 dias Vaca: 160 dias Cavalo: 150 dias

Reticulócitos
✓Cavalos e ruminantes sadios
- Não são achadas na circulação
- Maturação ocorre dentro medula
✓Suínos sadios - Observa-se cerca de 2%
✓Gatos e cães sadios: Observa-se entre 0,5 - 1% respectivamente
Retic agregados (gatos): indicadores eritrogênese
Reticulócitos pontilhados resposta de semanas atrás

- Avaliação laboratorial (hemácias):


Contagem de hemácias: unidade 1012/L
Método manual: Método hemocitômetro - Câmara de Neubauer
Automáticos: Aparelhos fotoelétricos, eletrônicos ou laser (erros de até 5%)

- Todas as avaliações hematológicas podem sofrer interferência


1º Espécie
2º Idade – filhotes normalmente tem parâmetros menores
3º Sexo – fêmeas – parâmetros menores
4º Gestação – Aumento volume plasmático – menores padrões hematológicos
Aumento dos Padrões hematológicos Diminuição dos parâmetros
hematológicos

Desidratação – Se o animal perde água - Anemia - Porque o animal perdeu


pode dar um aumento do padrão sangue ou porque houve um
hematológico, nas contagens de parasitismo p.ex
hemácias - Estágio avançado de gestação –
- Altitude – falta oxigênio o corpo diminuição se dá porque há uma
produz mais hemácias retenção de líquidos então há um
- Esteroides, Anabolizantes – todos aumento do volume plasmático
aumentam o consumo de oxigênio – - Hemolise antes e durante a colheita
elevam o número de hemácias – pessoa colhe e não tem pressa para
- Medo, excitação, choque, atividade levar para laboratório
intensa, Tranquilização e anestesia – que acaba
- Hipertiroidismo (aumento do reduzindo o volume das hemácias dando
metabolismo) falsa sensação de que a quantidade de
- Tumores renais – que mantêm hemácias está diminuído -
aumentadas as secreções de acepromazina, clorpromazina, acetato
eritropoitina de alfaxalona e hidrocloreto de
- Distúrbios endócrinos, desvio cardíaco, cetamina, barbitúricos
doença alveolar crônica, - Excesso de anticoagulante – no tubo
para 2ml você tem que colher 2ml, no
de 4ml tem que colher 4ml, porque
senão dá alteração.

Hematócrito - Percentual de quantos por cento do sangue está composto por


hemácias (glóbulos vermelhos). Volume em percentual que as hemácias ocupam
naquele sangue.
Volume Globular

Hemoglobina
Formação da Hemoglobina
- Outra coisa que temos no hemograma é a HEMOGLOBINA. Ele é produzido na
medula óssea, durante o processo de maturação da hemácia.
- A síntese de Hb começa no proeritroblasto e segue até alguns dias após o
reticulócito sair da medula óssea e passarem à corrente sanguínea.
- A quantidade média de Hb é de 15 g 100 ml de sangue, capaz de se combinar
com 1 4 ml de O 2 tendo cada 100 ml de sangue 20 ml de O2.
- A molécula de Hb é constituída por 4 cadeias hemoglobínicas formadas cada
uma, pelo agrupamento heme que contém um átomo de Ferro combinado com a
globina um polipeptídeo estando as 4 ligadas frouxamente, capazes de
transportar 4 moléculas de Oxigênio.
- O Oxigênio anda quase que 98% dele ligado ao Ferro. Dosar hemoglobina
também significa dosar Ferro, mas o Ferro até chegar aqui é absorvido na forma
de Transferrina e Ferritina que são 2 parâmetros que também avaliamos no
sangue.
- O Fe (4 - 5 g) é primordial à Hb, é absorvido no intestino. Para a
Hemoglobina ser feita ela precisa de Ferro. Para o Ferro chegar na hemoglobina,
lá na Medula Óssea, ela precisa ser transportada na forma de Transferrina.
 Transferrina – forma como o Fe é transportado e chega até a Medula
Óssea e é armazenado.
 Ferritina sérica – forma como o Fe é Armazenado.
- O Fe é um metal e é tóxico por isso ele não fica muito bem sozinho no
sangue então ele precisa de proteínas que carreguem ele e mantenham ele
circulante para na hora que a medula precisar ele vai lá e faz a atividade dele.
Sacou?
- A hemoglobina é produzida dentro das hemácias, mas as hemácias têm uma
vida útil e quando a hemácia fica velha ou doente, ela é desfeita, ocorre meio
que um desmanche.
- A hemoglobina está dentro das hemácias e o sistema fagocítico mononuclear,
sobretudo o BAÇO começa a retirar de circulação essas hemácias que estão ali
velhas ou doentes – BAÇO é a Vila Canaã das Hemácias – temos dentro da
hemácia o grupamento Heme, compondo a hemoglobina temos a Globina que é
uma proteína composta de vários aminoácidos, temos o Fe. O Baço separa esses
componentes.
Catabolismo da hemoglobina
O Fe à Transferrina que a forma que promove o trânsito do Ferro dentro do
organismo A Globina à Aminoácidos – A Globina que é uma proteína formada de
aminoácidos que é fundamental para a síntese proteica então ele quebra aquela
proteína inteira em aminoácidos livres que serão usados para diversas funções
metabólicas no organismo.
Heme à Biliverdina à Bilirrubina + Albumina à Bile
O agrupamento heme vai ser desfeito passando por Biliverdina ate formar a
Bilirrubina. A Bilirrubina dá aquele pigmento amarelo e transita pelo sangue
ligada a Albumina. A Bilirrubina sai do Baço se liga a uma Albumina e vai ser
transportada até o fígado, porque é no fígado que a Bilirrubina é eliminada na
forma de Bile.
Bile faz a emulsificação da gordura (digestão) e Descarte
Nós temos 2 principais lugares que eliminam coisas que não precisamos mais –
RIM E FIGADO. O Figado elimina pela Bile e como a Bile vai parar no intestino,
ele joga tudo que não presta pra lá.
E quando a Bilirrubina está sobrando? Já usou o que precisava para produzir
hemácia e ainda assim está sobrando – Jogar fora mas temos patologias que
aumentam esse processo e o corpo não consegue eliminar, por isso temos a
Ictericia em casos de Leptospirose, Babesiose – desenvolve coloração amarelada
porque esse processo é aumentado tanto que os hepatócitos não conseguem
eliminar, então eles começam a acumular nas mucosas, nas serosas, no próprio
plasma
* Tem patógenos como a Babésia que não deixa a hemácia chegar até o Baço
para ser destruída, em alguns casos como no caso da Babésia a Hemácia é
destruída dentro do vaso sanguíneo e ai a “reciclagem” (o reaproveitamento das
hemácias ruins) não ocorre e não ocorrendo, a hemoglobina se armazena no
sangue – por isso o plasma sanguíneo pode ficar avermelhado

AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA – AULA 3

- Contagem total de Hemácias


- Determinação de hematócrito – volume que aquelas hemácias ocupam em
relação a toda composição sanguínea
- Avaliação teor hemoglobina – porque existem alterações que a hemácia está
presente mas ela não tem hemoglobina porque a medula liberou antes da hora.

Cálculo índices hemantimétricos


 Volume celular médio (VCM) – volume que a hemácia possui
 Hemoglobina celular média (HCM) – o quanto vejo de hemoglobina nas
células em %
 Concentração hemoglobina celular média (CHCM)

INTERPRETAÇÃO DO ERITOGRAMA

Importância
 Orientação diagnóstica
 Orientação para prescrição do tratamento
 Confirmar ou descartar provável diagnóstico
 Avaliação pré anestésica
A partir dos valores de hemácias, hemoglobina e hematócrito
Normal: Valores de He, Hg e Ht estão normais
Policitemia: Valores aumentados de He, Hg e Ht
Anemia: Valores diminuídos de He, Hg e Ht

Policitemia
Aumento do número de hemácias, hematócrito e hemoglobina
Relativa  Ingestão diminuída de líquido
(hemoconcentração)  Perdas de água (desidratação)
Geralmente  Vômitos, diarreia
relacionada a redução  Coleta de sangue (garrote mal-feito)
da quantidade de  Equino com cólica ou tétano
água.  Choque

 Redistribuição eritrócitos na circulação


Transitória  Diminuição oxigênio
(Contração esplênica)  Emoção
 Algumas drogas (ex.: corticoides)
 Hemorragias agudas
 Redistribuição eritrócitos na circulação

 Aumento do número total de células


Absoluta  Absoluta
(eritrocitose)  Presença anormal de pigmentos
 Recém-nascidos
 Deficiente saturação O2 no sangue
 Transtornos circulatórios

Policitemia Transitória – o Baço

Anemia
 Todos os valores abaixo do normal
 Sinais clínicos da anemia
 Dispneia, baixa tolerância a exercícios,
 Palidez das mucosas, taquicardia,
 às vezes sopro sistólico,
 Depressão e
 Desmaios.
Anemia
• Ht (%)
• Hb (g/dL)
• Hemácias (/mL)

Intensidade Cão Felino/Ruminante Equino

Ht (%) Ht (%) Ht (%)


Leve 30 - 37 20 - 26 30 - 33
Moderada 20 - 29 14 - 19 20 - 29
Intensa 13 - 19 10 - 13 13 – 19
Muito intensa <13 <10 <13

Anemia: classificação patofisiológica

Perda de sangue Destruição / hemólise

• Hemorragias pelo TGI • Mecânica


• Trauma, cirurgia • Imunomediada
• Distúrbios hemostáticos • Infecções, Toxinas
• Alt. congênitas

• Anemia das doenças inflamatórias


• Aplasia /hipoplasia medular
Deficiência na produção
• Neoplasias
• Doenças endócrinas e metabólicas
• Deficiências nutricionais

Durante a Fase Aguda de Hematócrito Normal Perda de plasma +


Hemorragia Células

Anemia
Após a Hemorragia Hematócrito Baixo Normocítica
(primeiras horas) Normocrômica
Hipoproteinemia
Fase de Recuperação Esfregaço sanguíneo Anemia Macrocítica
de Hemorragia Hipocrômica
Reticulocitose

INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA
Associar os valores de Proteína Plasmática e hematócrito

Hematócrito Proteínas Possíveis causas

Aumento Desidratação

Aumentado Normal Policitemia absoluta ou desidratação mascarada


por hipoproteinemia

Diminuição Hipoproteinemia com contração esplênica,


enteropatia ou nefropatia com perda de proteína

Normal Aumento Anemia mascarada por desidratação ou


hiperglobulinemia

Diminuição Aumento da perda de proteínas pelos rins e/ou


trato gastrointestinal ou diminuição da síntese
proteica devido a distúrbios hepáticos

Diminuído Aumento Anemia associado a desidratação ou anemia


causada por inflamação crônica

Normal Hemólise; diminuição da eritrogênese ou perda de


sangue crônica

Diminuição Hiperidratação ou anemia causada por


hemorragia.

Anemia – Classificação Morfológica

• TAMANHO (VCM) COR (CHCM)


• Normocrômica Normocítica
• Macrocítica Hipocrômica
• Microcítica

CÁLCULO DOS ÍNDICES HEMANTIMÉTRICOS

IMPORTÂNCIA
 Classificação das anemias
 Guia de determinação do tratamento
 Monitoração do paciente

Volume Celular Médio (VCM)


 Determina tamanho dos eritrócitos
 Representa o volume médio ocupado por cada eritrócito
VCM = Hematócrito x 10 / número de hemácias (10-6)

Indica se o tamanho das hemácias está:


 Normal (normocítica),
 Aumentado (macrocítica)
 Diminuído (microcítica)

Concentração Hemoglobina Celular Média (CHCM)


CHCM = Hemoglobina x 100 / Hematócrito

Indica se a quantidade de hemoglobina nos eritrócitos está:


 Normal (normocrômica),
 Aumentada (hipercrômica)
 Diminuída (hipocrômica)

Hemoglobina Celular Média (HCM)


HCM = Hemoglobina x 10 / número de hemácias (10-6) - Pouco valor prático!!

Indica se a quantidade de hemoglobina nos eritrócitos está:


 Normal (normocrômica),
 Aumentada (hipercrômica)
 Diminuída (hipocrômica)

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS


VCM CHCM Características

Sempre regenerativas
MACROCÍTICA HIPOCRÔMICA Perda aguda de
sangue/anemia hemolítica

MACROCÍTICA NORMOCRÔMICA Def. vit.B12, ác.


fólico, niacina,cobalto

Defic. de Ferro por


perda:
- Perda crônica de
HIPOCRÔMICA
MICROCÍTICA sangue: tumores, úlceras
- Parasitas: Ancylostoma,
Haemonchus
Defic. de ferro por
fatores que atuam no seu
uso:
- Piridoxina, riboflavina,
Cobre

MICROCÍTICA NORMOCRÔMICA Doença infecc. crônica


Nefrite com uremia
Hemorragia sem resposta

NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA Leucemias: invasão da


med. óssea
Anemias hipoplásticas:
radiação, antibióticos

HIPOCRÔMICA Intoxicação: Chumbo,


drogas

RESPOSTA MEDULAR

Regenerativas - anemia hemolítica e perda sanguínea aguda (reticulócito, VCM)


 Metarrubrócitos
 Howell-Jolly
 Anisocitose / policromasia
 Hiperplasia eritróide (mielograma)

Arregenerativas - anemias depressivas - diminuição da produção de eritropoietina,


REGENERATIVA ARREGENERATIVA

- Perda sanguínea Doença renal crônica


Traumas ou cirurgias Neoplasias crônicas e/ou
Intoxicação por dicumarol metastáticas
CID Leucemias
- Hemólise Erlichiose
Hemoparasitas: Tristeza parasitária Panleucopenia felina
Anemia autoimune Hiperestrogenismo
Linfossarcoma

Anemia regenerativa
PPT normal ou elevada – Anemia Hemolítica
PPT diminuida – Perda de sangue – Hemorragia evidente – perda de aguda
- Ausência de hemorragia - Anemia microcítica hipocrômica e Diminuição do Ferro
sérico
ê
Perda crônica - Úlcera, neoplasia, coagulopatias, parasitas

RESUMINDO
1.• A primeira pergunta que você tem que responder aqui é se o paciente tem
ou não anemia
• Anemia pode ser definida como uma situação em que a massa total eritroide
no sangue periférico se encontra abaixo dos valores de referência para aquele
paciente
• Então Precisamos encontrar
- Ht ou VG %
- HG
- Eritrócitos

2.Defina qual o tipo de anemia


v REGENERATIVA ou v ARREGENERATIVA

LEUCOGRAMA – AULA 4

HEMOGRAMA
ERITROGRAMA LEUCOGRAMA

Hemácias Contagem Total de Leucócitos


Hemoglobina Contagem Diferencial de Leucócitos
Hematócrito
CHCM
HCM
VCM

LEUCÓCITOS
²Linhagem branca de células do sangue;
²Valor prognóstico, mas não diagnóstico;
²Pode ser sugestivo;
²Importância de entender LEUCOCITOSE e LEUCOPENIA:
²Animal doente: Importante observar as alterações
²Não se faz transfusão de leucócitos: Moléculas antigênicas na superfície.

LEUCOCITOSE LEUCOPENIA

²Comum achado de doenças bacterianas ²Doenças virais Destroem muitos


²Pode ocorrerem doenças virais com linfócitos
infecção bacteriana; ²Doenças bacterianas com migração de
²Doenças mieloproliferativas (Leucemia); leucócitos para o sítio de infecção (Ex.:
²Inflamação severa; Casos evoluídos de Piometra)
²Não somente causado por patologia: ²Drogas e químicos tóxicos
- Vacinação ²A leucopenia pode gerar o óbito do
- Medo, animal (ausência de defesa)
- Estresse

TIPOS DE LEUCÓCITOS
AGRANULÓCITOS GRANULÓCITOS

Linfócitos Eosinófilos

Monócitos Basófilos

Segmentados (Neutrófilos)

NEUTRÓFILOS
MIELOBLASTO – PROMIELÓCITO – MIELÓCITO – METAMIELÓCITO –
BASTONETE – SEGMENTADOS

Sistema de células tronco


ê
Compartimento de proliferação = Mieloblasto – Promielócito – Mielócito
ê
Compartimento de estocagem e Maturação = Metamielócito – Bastonetes –
Segmentados
ê
Compartimento Circulante = Sangue
ê
Compartimento Marginal à Tecidos

Neutrófilo segmentado é o neutrófilo Maduro


Hipersegmentado é o neutrófilo Velho
Neutrofilia significa que tem Infecção Bacteriana

Neutrofilia

a.Fisiológia b.Reativa c.Proliferativas

Adrenalina (medo, Infecções estabelecidas Leucemia mielóide aguda


excitação) local ou sistêmica ou crônica
Glicocorticóides endógenos (bacteriana, viral, fúngica,
e exógenos (trauma, dor, parasitária)
hiperadrenocorticismo, Necrose tecidual
estresse crônico severo) Doenças imuno-mediadas
(inflamatória: artrite
reumatoide e não
inflamatória: anemia
hemolítica autoimune)
Tumores
Toxicidade por estrógeno
(inicial)
Neutropenia

a. Sobrevivência diminuída b. Produção diminuída c. Granulopoieses ineficaz


aumentada

Infecção Bacteriana aguda Infecções agudas Virus da leucemia felina


Septicemia (bacteriana, viral e Mieloptise
Toxemia riquetsias como Ehrlichia) Leucemia mielóide ou
Anafilaxia Drogas e químicos tóxicos linfóide
Esplenomegalia (estrógeno)
Radiação
Leucemia mielóide ou
linfóide
Hematopoieses cíclica
canina

OS DESVIOS
Os desvios servem como parâmetro para avaliar a resposta medular

Medula óssea RESPONSIVA


Mielócito /
Metamielócito / Segmentado Hipersegmentado
Bastonete

JOVENS MADURO (vai para a VELHO


Guerra)

Aumento de Células Aumento de Células


Jovens Velhas

Desvio à Esquerda Desvio à Direita

Regenerativo
Degenerativo

*Os desvios são classificados de acordo com o grupo que está aumentado

DESVIO A ESQUERDA
□Aumento na concentração de neutrófilos imaturos no sangue acima do
Aumento na concentração de neutrófilos imaturos no sangue acima do valor de
referência valor de referência
□Bastonetes, metamielócitos e formas mais jovens
□Neutrofilia e neutropenia (mais grave)
□Desvio ordenadamente
□Sugere estímulo inflamatório

✓Classificação segundo o número de células jovens em relação ao número de


células maduras
²Regenerativo: número de células jovens (bastões, metamielócitos,…)não excede o
número de células maduras
²Degenerativo: aumento do número de células jovens, sem aumento e até com
diminuição de neutrófilos maduros. Bastonetes superam segmentados..
➢Há um aumento na velocidade de destruição dos neutrófilos (degeneração)

DESVIO PARA DIREITA


➢Manutenção dos neutrófilos na corrente sanguínea por mais do que o tempo
do que o esperado.
➢Continuam sofrendo segmentação nuclear,
➢ 6 ou mais segmentos nucleares
➢Células envelhecidas – não têm boa função,
➢Processos inflamatórios de longa duração (esgotamento da medula) uso de
corticoides (estabilidade da membrana das neutrófilos, ficam mais tempo
circulante)

OUTRAS ALTERAÇÕES DO LEUCOGRAMA

 EOSINOFILIA aumento do número absoluto de eosinófilos no sangue, pode


ocorrer em casos de parasitismo ou hipersensibilidade
 EOSINOPENIA diminuição na contagem absoluta do número de eosinófilos,
é raro mas pode ser ligada a resposta de glicocorticoides
 LINFOCITOSE aumento absoluto no número de linfócitos no sangue, tem
causas fisiológicas (EX idade, estresse, etc
 LINFOPENIA diminuição do número de linfócitos no sangue, resposta de
corticosteroides, infecções virais, infecções graves, drogas
imunossupressoras ou radiação
 MONOCITOSE aumento do número de monócitos no sangue, tem como
causa a fase de recuperação das inflamações, efeito esteroides,
desnutrição, inflamações crônicas inespecíficas, leucemia, necrose tecidual e
protozoários
 MONOCITOPENIA diminuição de monócitos no sangue, não tem significado
clínico
 BASOFILIA aumento do número absoluto de basófilos no sangue, é raro e
pode ter relação com doenças mieloproliferativas crônicas
 BASOPENIA não tem relevância pois maioria dos animais não apresentam
basófilos normalmente, sem significado clínico

PLAQUETOGRAMA

Redução na produção de Mieloptise, radiações, destruição


TROMBOCITOPENIA plaquetas, destruição ou imunomediada, insuficiência
perda renal, uso de alguma droga,
erliquiose, PIV, babesiose,
leptospirose, esplenomegalia

Proliferação neoplásica Estimulação da medula óssea,


TROMBOCITOSE dos precursores doenças inflamatórias, anemias
plaquetários aumentando regenerativas
número de plaquetas

FUNÇÃO HEPÁTICA, LESÃO HEPÁTICA e COLESTASE - Aula 5

Sistema Porta Hepático


vCerca de 75% do suprimento sanguíneo que perfunde o fígado originam se da
veia porta que drena o TGI O restante do aporte sanguíneo entra pela artéria
hepática sendo rico em oxigênio
vO sangue venoso dos capilares do trato intestinal drena na veia porta que ao
invés de levar o sangue de volta ao coração, leva o ao fígado isso permite que
esse órgão receba nutrientes que foram extraídos da alimentação
vA veia hepática é responsável pela drenagem venosa do fígado, que desemboca
na veia cava inferior e daí segue para o coração

FUNÇÕES DO FÍGADO NORMAL

CICLO DA UREIA
Metabolismo de proteínas e outros compostos nitrogenados
AMÔNIA - FÍGADO - URÉIA - RIM - URINA

1.EXCREÇÃO
 BILE (auxiliar na digestão)

2. ARMAZENAMENTO
 Glicogênio
 Triglicerídeos
ü Ferro
 Cobre

3. REMOÇÃO LIMPEZA
 Sistema fagocitário mononuclear - Células de Kupffer são os macrófagos
hepáticos – As Células de Kupffer – Servem como uma proteção para o fígado.
Localizado no endotélio dos vasos;
 Remoção de células danificadas (eritrócitos, leucócitos, plaquetas),
microrganismos e endotoxinas do sangue;
Metabolismo e excreção de drogas;

Figado – Veia Porta

Síntese do Glicogênio -
Glicogênio – composto de Glicose

Colestase -

Albumina – ajuda a manter a água dentro dos vasos. Se falta o animal vai ter
EDEMA.
Pressão Osmótica -

2. Síntese da Ureia -
Baixa quantidade de Ureia pode sugerir problemas hepáticos

Alta quantidade de Ureia pode sugerir problemas hepáticos

Em condições normais o fígado pega

3. Excreção da Bile
AVALIAÇÃO DO FÍGADO

INSUFICIÊNCIA DISFUNÇÃO • AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA


• Albumina, Ureia, Glicemia, Tempo de
coagulação, Bilirrubina, Ácidos biliares

DOENÇA Lesão • Mensuração de enzimas de extravasamento


Hepatócito (lesão em hepatócitos)
• ALANINA-AMINOTRANSFERASE (ALT) e
ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST)

COLESTASE • Mensuração de enzimas de indução


(Paralisação • GAMA GLUTAMILTRANFERASE (GGT) e
da excreção Fosfatase Alcalina
da bile)

ENZIMOLOGIA DIAGNÓSTICA

Enzima – Catalisador Metabólico


Diferentes enzimas
❖Em alguns casos, apenas poucos órgãos ou tecidos contém determinada enzima
❖ Essa enzima “tecido específica” tende a ser útil com teste diagnóstico
❖O aumento dessa substância sugere lesão das células de origem ou estimulação
dessas células para maior produção
❖ As enzimas de extravasamento saem da célula por causa das alterações na
membrana plasmática.
❖ Algumas enzimas de extravasamento como a AST também estão presentes em
organelas.
❖ Para o extravasamento dessas enzimas de organelas, há necessidade de lesão
mais grave.
❖O aumento da atividade sérica das enzimas de indução deve-se, em parte, a
maior produção dessas enzimas com subsequente aumento de secreção.
❖Esse aumento de secreção é provocado por algum tipo de indutor.

LESÃO - ENZIMAS DE EXTRAVASAMENTO

ALT
AST
Lesão e Inflamação
ALT – ALANINA-AMINOTRASFERASE

❖Não totalmente hepato específica


❖Doença muscular grave leva ao seu aumento
❖Como diferenciar da lesão muscular?
 Dosagem de CK (Creatininakinase)
❖Ter bom senso na interpretação dos dados clínicos
❖ALT é mais hepato específica do que a AST
❖Sua concentração em hepatócitos de equinos e bovinos é baixa
❖Em lesões agudas graves a ALT aumenta em 1-2 dias
❖Meia vida de 17 a 60 horas
❖Níveis normais não excluem doença hepática – associar com a clínica
❖Uso de corticoides e anticonvulsivantes alteram ALT (alteração de membrana
do hepatócito ou aumento de produção da enzima?)

AST – ASPARTATO-AMINOTRANSFERASE

❖Menos hepato específica que ALT


❖80 % no citoplasma e 20% na mitocôndria
❖Meia vida em cães de 5 horas (curta) – monitora melhor evolução lesão
hepática
❖Hepatócitos e células musculares (grande quantidade de AST nas células
musculares)
❖Importante em bovinos e equinos Células musculares esquelética e cardíaca
possuem AST

CAUSAS DE AUMENTO DE ALT E AST

CAUSAS EXEMPLOS

LESÕES DEGENERATIVAS Hipóxia (anemia) ou congestão

ALTERAÇÕES METABÓLICAS Lipidose hepática (felinos)

NEOPLASIAS Linfoma, carcinoma hepático,


Metástases no fígado

INFECCIOSAS Leptospirose, PIF, abscessos hepáticos

TÓXICAS Anestésicos, antibióticos,


anti-inflamatórios, plantas tóxicas,
Toxinas fúngicas

TRAUMÁTICAS Atropelamento, trauma abdominal


– Lesão muscular ou hepática?
Cuidado. Dosar CK

ENZIMAS DE INDUÇÃO – COLESTASE

GGT (gama glutamil transferase)


FA (fosfatase alcalina)
✓Induzidas pela estase biliar ou por substâncias que são excretadas pelo sistema
Biliar
✓Colestase = estase biliar
✓Vesícula é um Sistema extra-hepático – acumula bile no hepatócito

FOSFATASE ALCALINA

Sintetizada no fígado, osteoblastos, rim, intestino e na placenta Meia


vida da fosfatase alcalina renal, intestinal e transplacentária é de 6 minutos
- Fosfatase Alcalina alterada sugerindo Hepatite crônica, ruptura da
vesícula biliar, pancreatite e doenças virais (Leishmaniose)
Produção exacerbada por osteoblastos (filhotes), colestase e induzida por
medicamentos
COLESTASE – comprometimento do fluxo biliar induz aumento na
produção.
O sequestro de sais biliares solubiliza as moléculas de fosfatase aderidas a
membrana celular
ATIVIDADE OSTEOBLÁSTICA – em animais jovens em fase de
crescimento. Nos adultos osteossarcomas e outas neoplasias ósseas
MEDICAMENTOS - Corticosteróides e anticonvuslivantes induzem maior
produção de fosfatase alcalina pelos hepatócitos em cães

GGT – GAMA-GLUTAMILTRANSFERASE

❖ Produzida principalmente nos rins, células pancreáticas e fígado


❖ Sugere uma lesão hepática
❖ Rins – urina, células pancreáticas – ductos pancreáticos
❖ A maior parte da GGT presente no soro é oriunda do fígado
❖ COLESTASE – maior produção da enzima e solubilização da GGT aderida à
membrana
❖ Fosfatase alcalina e GGT devem ter mensuração concomitante para diagnóstico
de doença hepatobiliar

DISFUNÇÃO – SUBSTÂNCIAS SINTETIZADAS OU REMOVIDAS DO SANGUE

❑ Albumina
❑ Ureia
❑ Glicemia
❑ Tempo de coagulação
❑ Bilirrubina
❑ Ácidos biliares

METABOLISMO NORMAL DA BILIRRUBINA

CAUSAS DE ICTERÍCIA

 Pré hepática HEMÓLISE INTRA E EXTRAVASCULAR


Destruição acelerada

 Hepática • MEDICAMENTOS
• HEPATITE
• LIPIDOSE
• DOENÇAS SISTÊMICAS COM ACOMETIMENTO HEPÁTICO
Menor absorção ou conjugação nos hepatócitos

 Pós hepática • Obstrução do ducto biliar


• Pancreatite
• Neoplasia
• Colelitíase
Menor excreção de bilirrubina – retorno ao sangue

COLESTASE - HIPERBILIRRUBINEMIA
AUMENTO DE FOSFATASE ALCALINA E GGT CONCOMITANTE

ALBUMINA

❖Fígado é o local de síntese de toda a albumina


❖Hipoalbuminemia – precisa perder de 60 a 80 % da função hepática
❖60% dos cães com insuficiência hepática apresentam hipoalbuminemia
❖Fatores extra-hepáticos podem influenciar na concentração de albumina

“DOENÇAS QUE ACOMETEM PRIMEIRAMENTE O PARÊNQUIMA HEPÁTICO


TAMBÉM PODEM RESULTAR EM COLESTASE POR CAUSAREM TUMEFAÇÃO
DE
HEPATÓCITOS, O QUE PROVOCA OBSTRUÇÃO DE PEQUENOS CANALÍCULOS
BILIARES E IMPEDE O FLUXO BILIAR NORMAL.”

AVALIAÇÃO RENAL - AULA 6

FUNÇÕES DE UM RIM
1. Regulação de líquidos
2. Regulação de eletrólitos
3. Regulação do pH
4. Excreção de Substâncias
5. Produção de Substancias – produz hormônios como eritropoetina

AVALIAÇÃO RENAL
 Conseguimos avaliar se tem uma Insuficiência renal, se tem uma destruição
dos néfrons, através de várias Alterações laboratoriais – grande parte dos
néfrons lesionados e os remanescentes sobrecarregados (tardia)
 Taxa de filtração glomerular – em que é possível estimar o quão rápido ou
o quão eficaz o rim está sendo no processo de filtração. Mesmo não
sendo muito utilizado, é um teste muito confiável. Método mais preciso
para avaliar a função renal.
 Avaliação da depuração ou clearence (liberação)
 Principais métodos são os Métodos indiretos – são os mais utilizados em
usamos o Histórico do animal (anorexia, vômito, diarreia, letargia,
tremores musculares, convulsões, perda de peso e hálito urêmico); Perfil
bioquímico (soro – 2 parâmetros importantes Ureia e Creatinina) e
análise da urina
 Imagem - Ultrassom, Raio-X (Presença ou não de cálculos)

FISIOLOGIA DO RIM
 Capsula renal – capsula que recobre e protege o rim
 Córtex renal – presença dos glomérulos, uma parte do néfron que fica
localizada na região mais periférica do rim
 Medula Renal – Na parte de dentro, onde estão os túbulos para formação
da urina. A urina é predominantemente formada na Medula renal onde
todos os túbulos vão caminhar desembocar e trazer o filtrado para a
Pelve Renal. Então quando chegar na Pelve a urina está formada, até
chegar na Pelve não temos urina.

 Porque? o nosso NEFRON (que é a unidade funcional do rim) inicia o


processo de filtração no glomérulo, chega ali um monte de sangue com
uma pressão alta (por isso o rim precisa se regular) – e o sangue que
chega ali é pressionado contra a parede dos capilares que servem como
uma espécie de peneira muito fininha, onde vão passar toda água, glicose,
eletrolitos, ureia, creatinina, tudo que tem no sangue que é muito
pequeno, vai passar direto e vai cair dentro de uma estrutura chamada
CAPSULA DE BOWMAN – Isso é o que chamamos de Filtrado glomerular.

 Depois disso quando esse fluido começa a caminhar pelos túbulos


(TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL) ele já começa, ele já começa a
mudar de conformação – que é que chamamos de FILTRADO TUBULAR ou
FLUIDO TUBULAR – reabsorção da glicose, aminoácidos, eletrolitos, cálcio,
magnésio ALÇA DE HEINLE (ramo ascendente) reabsorção de água e
secreção de ureia. Eu já tenho ureia no filtrado que está dentro dos
túbulos e mais ureia vai sendo jogada dentro dos túbulos, como eles são
entremeados, misturados em um monte de capilar, isso favorece o
trânsito de substâncias de um lado para o outro, então a água que está
em maior quantidade dentro do túbulo começa a voltar para o capilar, a
ureia que está em grande quantidade dentro do capilar começa a passar a
ser secretada para dentro do túbulo.

 Túbulo Distal e Ducto Coletor – Secreção dos íons de hidrogênio de


potássio e reabsorção de sódio que vai atuar na bomba de sódio e
potássio; secreção de bicarbonato e reabsorção de água. A maior
reabsorção de água vai acontecer no túbulo distal e no ducto coletor que
é onde a urina é concentrada.

 O rim recebe aproximadamente 20% do débito cardíaco, ou seja, mais ou


menos 20% de tudo aquilo que sai do coração, de todo sangue que sai do
coração, passa pelo rim e isso é necessário porque essa filtração para que
ela ocorra o sangue tem que chegar em quantidade e pressão adequada e
se não tem isso começa a ter um problema de filtração, uma redução na
taxa de filtração glomerular, uma lesão renal por falta de sangue.
 Se o animal está desidratado, está hipotenso ou qualquer outro problema
que diminua a perfusão no rim essa filtragem será comprometida.

 Cães – 300 a 700 mil néfrons


 Gatos – 175 mil néfrons

Rins - Nem todo volume sanguíneo que chega no rim é filtrado (passa
pelos túbulos)
• 20 a 30% do fluxo plasmático renal – filtrado glomerular
• Tamanho molecular (raio < ou = 2nm) – tudo que não for muito
pequeno não passa, então hemácias não passam, proteínas como albumina,
plaquetas em condições normais – Se tem essas coisas na urina tem problema na
peneira, o Glomérulo está com problema.
• Carga elétrica negativa na parede dos capilares glomerulares – negativo e
negativo se repelem, então as proteínas têm carga negativa, então elas são
repelidas dos capilares e não conseguem passar mesmo as muito pequenas
 1% do filtrado glomerular é eliminado
• Reabsorção tubular
• TCP – segmento onde ocorre maior taxa de reabsorção
• Regulação do equilíbrio ácido básico – Túbulo Distal quando elimina
hidrogênio iônico, bicarbonato que dependendo da situação é necessário maior ou
menor quantidade saindo da urina para preservar o pH sanguíneo
• H+, P, K, Bicarbonato, Na, Ca, Mg – Túbulo Proximal é quem +
reabsorve

AZOTEMIA

Principais alterações laboratoriais UREIA E CREATININA – AMÔNIA


(tóxica e se acumula muito pouco)
• Azotemia – quando há o acúmulo desses compostos nitrogenados no
sangue isso é chamado de AZOTEMIA. É aumento na concentração sanguínea de
compostos que possuem nitrogênio, mas que não são proteínas (75% dos néfrons
comprometidos)
Isso é importante porque nosso organismo recicla proteínas o tempo todo.
Toda proteína que é metabolizada para produção energética principalmente pelo
fígado tem como consequência a liberação de compostos nitrogenados
• Toda azotemia significa comprometimento de grande quantidade de néfrons?
• Lembrar que existem causas pré renais, renais e pós renais
Nitrogênio ureico (Ureia) e Creatinina = São subprodutos do metabolismo
do Nitrogênio, excretados por filtração glomerular.
 O Nitrogênio na forma de Amônia NH3 é tóxico não consegue ficar em
grande quantidade no sangue, então o fígado produz UREIA e o próprio fígado
quando quer disponibilizar cadeias de carbonos vindas de proteínas para produção
de energia p. ex. Lá no músculo, ele libera essa cadeia de carbono como
CREATINA e quando ela chega no músculo que o músculo a usa como produção
de energia, ela produz a CREATINA, que é uma espécie de eliminação de
Nitrogênio.

- Creatinina – tem 3Nitrogenios fruto de proteína muscular


- Ureia – produzida pelo Figado
Ambos são completamente eliminados pela urina, se eu tenho aumento
no sangue significa que tenho uma <TFG (Menor Taxa de Filtração Glomerular).
Se os valores estiverem aumentados posso supor que existe um problema renal.

Causas Pré-renal (antes de chegar no rim)


Diminuição da perfusão renal (o sangue não está chegando lá) e
retenção dos produtos do catabolismo do nitrogênio:
Pode ser uso de muita quantidade de proteína? Dificilmente, se o rim
está funcionando normalmente mesmo que coma mais proteína para produzir
mais compostos nitrogenados o rim vai conseguir eliminar normalmente.
• Depleção de volume: desidratação e hemorragia
Se tem Desidratação, Hemorragia, Insuficiência Cardíaca que impede que
o sangue chegue em quantidade e pressão adequadas no rim, eu começo a
observar aumento não só de Ureia, mas também de Creatinina – Neste caso, não
seria uma causa renal é um problema sistêmico cardiovascular ou uma
desidratação que leva a um menor fluxo sanguíneo nos rins. Se não chega sangue
nos rins é menos sangue que vai ser filtrado consequentemente é menos ureia e
creatinina que vai ser eliminado e começa a se acumular no organismo do animal.
 Insuficiência cardíaca: doença valvar mitral

Causas Renal – Quando a causa é Renal é devido a alguma lesão.


Infecção (leishmaniose)
Medicamentos – Intoxicação, Anti-inflamatórios não asteroidais
toxinas fúngicas, diclostridium
Leptospirose, pielonefrite (pelve renal), glomerulonefrite (glomérulo)
Isquemia e nefrotoxicidade
Causas Pós-renal – obstrução do trato urinário. O sangue chega certinho
no rim, é filtrado, forma a urina e na hora da urina sair tem algum problema.
Tumor
• Obstrução do trato urinário (cálculo renal), Cálculo vesical, cálculo
uretral, hiperplasia prostática
• Ruptura uretral, ureteral, vesical

CONSEQUÊNCIAS – UREMIA
 Uma consequência dessa grande quantidade de ureia e creatinina dentro do
sangue acumulada numa lesão renal pode levar ao que chamamos de
UREMIA.
 Neste caso teremos uma intoxicação que pode levar não só uma
intoxicação que pode levar a uma anorexia, fraqueza, diarreia, vômitos,
pelame opaco, perda de peso, desidratação, halitose, petéquias, equimose.
 Como também Úlceras Orais – o animal que tem muita ureia, muita
creatinina, muita amônia, começa a ter na cavidade oral a conversão de
ureia em amônia pelas bactérias da cavidade oral e isso acaba como a
amônia é citotóxica ela acaba levando a formação de várias lesões ulceradas
semelhantes a aftas que podem infeccionar, além de um odor amoniacal
característico (aquele odor de urina bem forte esse odor começa a fazer
parte da respiração do animal)

CONCENTRAÇÃO DE CREATININA

Após filtrada é eliminada direto, ela não é secretada na maioria das


vezes, ela passa o que tem que passar ali pelo Glomérulo, o que é filtrado vai
ser eliminado pela urina – não há reabsorção tubular de forma alguma e não há
secreções.

• Provém da conversão de creatina e do fosfato de creatina no músculo


• Elevação após perda de ¾ da massa renal
• Pouco influenciada por fatores extrarrenais
• Seus níveis são relativamente constantes

 Devemos tomar muito cuidados com Animais idosos, caquéticos, esses


animais têm pouca massa muscular normalmente, e se eu sei que a
creatinina é um composto produzido no metabolismo muscular e esses
animais possuem menos músculo não seria normal eles terem um exame
com valores normais de Ureia e Creatinina!
 Porque as vezes eu tenho um animal que eu sei que tem problema renal
ou eu suponho que ele tenha e os exames estão com valores normais ou
perto dos valores considerados normais para aquela espécie, mas para a
quantidade de músculo que o animal tem os valores são elevados.
 Então tenho que tomar cuidado. Ureia deu aumentada e a Creatinina
normal – Não posso excluir que isso seja uma AZOTEMIA
 Lembre-se: valores subestimados de creatinina devido a íntima relação com
a massa muscular
 Outra coisa que pode Aumentar a Ureia e Creatinina – uso de
antimicrobianos principalmente Cefalosporinas, aminoglicosídeos e tudo
mais. Se ele não tem nenhum sinal de lesão renal e tem histórico de uso
de antibiótico isso pode ser por conta do antibiótico.

1. Animais idosos e caquéticos mesmo que produzam muita ureia e creatinina


podem ter valores diminuídos
2. Animais que usaram antibióticos – valores aumentados

CONCENTRAÇÃO DO NITROGÊNIO UREICO (UN) ou UREIA

• Produzido no fígado a partir da amônia


• Limitantes
• Elevação após perda de ¾ da função renal
• Menos específico que a creatinina

 Níveis Elevados de ureia: Dieta a base de proteína, pós-prandial,


elevação do catabolismo proteico (febre, traumas etc.), dieta muito restritiva
(passando fome), hemorragias intestinais perdendo fluidos perdendo componentes
importantes está absorvendo menos coisa e o organismo começa a gastar energia
de proteína.

 Diminuição da ureia: níveis baixos de proteína na dieta, doença hepática

Quando é Renal  Ureia e Creatinina estão aumentados – AZOTEMIA

AZOTEMIA

Leve 1,5 2,0 mg/dL em cães 1,6 3,0 mg/dL em gatos

Moderada 2,0 5,0 mg/dL em cães 3,0 5,0 mg/dL em gatos

Grave Superior a 5,0 mg/dL em Superior a 5,0 mg/dL em


cães gatos

Valores extremos >10 mg/dL Hipovolemia sobreposta a


causas renais ou pós renais.

TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR

 Considerado como o mais sensível teste para avaliação da função renal.


Teste em que se avalia a capacidade do rim de fazer a filtração. Não é comum
na rotina por ser um método caro e demorado. Inocula na veia do animal uma
substância que não é absorvida nem metabolizada pelo animal, ou seja, é uma
substância inerte, coloca na veia e ela vai sair igual entrou pela urina.
 Deve se utilizar substâncias específicas iohexol, manitol, etc. O mais
utilizado é o manitol e é feita uma infusão constante. E vai colhendo amostra
sequencial o tempo inteiro para saber o quanto tempo demora para esse
composto sair na urina e ao mesmo tempo o quanto dessa substância é eliminada
pela urina por minuto
 Manter o animal com uma sonda vesical, infundir constantemente uma
substância pela veia por via intravenosa e ficar monitorando isso o tempo
inteiro.

 Valores diminuídos indicam presença da doença renal


Significado: volume do plasma filtrado pela cápsula de Bowman do capilar
glomerular por unidade de tempo

TENTAR IDENTIFICAR A ORIGEM … Tem aumento de Ureia e Creatinina?


• Hipovolemia
Pré renal • Desidratação
• Insuficiência cardíaca

Renal • Lesão em glomérulo, túbulo, pelve renal ou vasos sanguíneos

• Obstrução em qualquer lugar após o néfron


Pós renal • Ruptura de estruturas do sistema urinário

URINÁLISE
Análise de amostras de urina
Colheita da amostra
1.Micção espontânea – contaminação bacteriana
2.Cateterismo
- Cateterismo vesical,
- Sondas apropriadas (espécie, sexo e tamanho animal) – pode ferir o animal
- Indicado quando há necessidade rápida de colheita.

3.Cistocentese – seringa colhe direto na vesícula urinaria


- Adequada para animais de pequeno porte
- Indicada para a obtenção de amostras destinadas à cultura bacteriana e
antibiograma.

- Análise de olho se está turva ou não, se está amarelo


ou Vermelho
- Volume – canino 25 a 60 ml/kg 0,04 a 2 litros)
Análise Física felino 20 a 40 ml/kg 0, 1 a 0, 6 litros)
- Cor: Amarelo = urocromo
- Odor = sui generis
- Aspecto = geralmente límpido

Análise Bioquímica

Análise do sedimento Em condições normais na urina quase não tem


urinário sedimentos então não é para encontrar nada nem
bactéria, nem leucócitos, nem hemácias, nada.

Em condições de saúde.
Volume é inversamente proporcional a densidade.

Não patológico Patológico


(transitório)
Poliúria (˂ densidade) Ingestão excessiva de água - Diabetes mellitus
Volume alto Terapêutica diurética - Diabetes insipidus
Densidade baixa Fluido terapia IRA IRC, hipoplasia renal
Adm. ACTH + Corticoides - Pielonefrite
- Piometra
- Hepatopatias
- Hiperadrenocorticismo

Oligúria Menor ingestão de água Desidratação


(Maior densidade) Temperatura elevada Febre
Menor Volume Hiperventilação
Alta atividade física

**Diabetes – bebe muita água porque faz muito xixi


Na produção da urina a Glicose é filtrada. O rim está preparado para absorver
10gr/glicose por minuto e chega la 50gr/min ele não consegue absorver tudo, ai
ela é excreta na urina. Urina doce, bem preguenta.
Osmose – Qdo tenho migração ou transporte de fluidos através de uma
membrana semipermeável de um meio menos concentrado para um meio mais
concentrado.
Então se tenho um túbulo lotado de glicose, altamente concentrado, a água vai
começar a ser secretada para o fluido = a H2O saindo do meio Hipotônico, que é
o sangue e indo para o meio mais concentrado = Hipertônico que é o túbulo,
nisso o animal vai fazer muito mais urina e muito mais quantidade de urina.
Poliuria e Polidipsia, ou seja, ele bebe muito mais água que o normal, a água que
ele bebe é para tentar compensar a água que ele elimina pela urina e não o
contrário.

VARIAÇÕES DE COR DA URINA

• Alimentação Come beterraba e faz xixi vermelho p. ex. Ossinho ou


petisco com algum corante

• Presença – Azul de metileno (verde ou azulada)


DE medicamentos – Fenotiazínicos (coloração avermelhada).
– Presença de outros pigmentos e concentração da urina

• Amarela – Urocromos
– Urobilina (amarelada)
– Uroetrina (avermelhada) nos casos de exercícios e
febre

• Amarelo citrino: – Pigmentos normais (urocromos);

• Amarelo claro: – Urina diluída (poucos pigmentos normais);


– Casos de poliúria ou diabetes;

• Amarelo escuro – Pigmentos normais/anormais aumentados;


Urina concentrada – Casos de febre, diarreia, vômitos, sudorese e
desidratação;

• Vermelho a vinho: – Sangue, hemoglobina = Hemoglobinúrias – (Babesia –


hemolise intravascular)
– Porfirinas, medicamentos = Porfirinúrias
– Hematúrias – hemácias

• Alaranjado Eliminação medicamentos e tóxicos;

• Alaranjado âmbar - Bilirrubinúria (Tristeza parasitaria bovina, problema


Amarelo esverdeado hepático, anaplasma)
Espuma ao agitar: Espuma urina amarelada indica presença de bilirrubina;
Espuma esverdeada - Presença de biliverdina
Ambos indicam estase biliar.

• Escuro ou negro: Hemoglobina, melanina (Babesiose, Leptospirose –


Parecendo Coca Cola)

- Hemoglobina, mioglobina
• Marrom: - Equinos: normalmente após certo tempo de colheita -
reação enzimática
- Oxidação por pirocatequina

• Verde azulado: - Medicação pelo azul de metileno

• Branco leitoso: - Glóbulos graxos, pus


- Lipúria – Alimentação com muita gordura
- Piúria
- Fosfatúria – Alimentação com muito fosfato

Babesiose e Leptospirose – hemolise intravascular


Anaplasmose – hemolise extravascular – ictericia

ASPECTO

• Límpido
• Ligeiramente turvo - 1a urina do dia geralmente está ligeiramente turva

• Turvo  Fosfatos, uratos, cristais,


 Espermatozoides, bactérias,
 Piúria, hematúria,
 Cilindrúria, descamação epitelial e outros

• Equinos  Turvo (presença carbonato de cálcio e muco)


Normal urina mais turva

 Hemoglobina – Límpida e escura


 Hemácia – Escura e Turva

 A urina tem uma densidade maior do que a densidade do plasma


 Densidade plasma: 1008 - 1012
 Cão: 1015 1045
 Gato: 1020 1040

 Diminuída: IRC, D. Insipudus, hiperadrenocortismo, piometra, polidipsia,


psicógena, corticosteroides
 Aumentada: Febre, desidratação, D. mellitus, vomito, diarreia, hemorragia

EXAME QUÍMICO

Bilirrubina

Urobilinogenio

Corpos Cetônicos

Ácido Ascórbico

Glicose

Proteína

Sangue

pH

Nitrito
pH – Cada animal tem um pH adaptado ao tipo de alimentação que aquele
animal tem
 Carnívoros – 5,0 a 7,0 (pH mais baixos porque tem uma digestão
predominantemente proteica, e a digestão enzimática requer a secreção de
muito íon de H+ no estômago – estômago químico, unicavitário onde os
animais secretam o tempo inteiro muito ácido clorídrico e esse ácido
começa a ser reabsorvido no intestino e quando está sobrando muito vai
ser eliminado pela urina).
 Herbívoros – 7,5 a 8,5 (digestão fermentativa – tendo muito mais
bicarbonato sendo produzido pelo rumem, pela saliva do ruminante e até
no intestino tem muito bicarbonato sendo produzido para tentar
neutralizar os ácidos graxos voláteis que são produzidos pelas bactérias,
leveduras no trato digestório, então isso acaba alcalinizando a urina
porque mais bicarbonato é absorvido, mais bicarbonato vai ser eliminado
pela urina.

> 8,5 está ALCALINO ÁCIDO


- Acidose – Metabólica ou principalmente
– Cistite respiratória, vai levar a muita eliminação de H+
– Urina velha (Hidrogênio iônico)
– Retenção urinária – Vômitos intensos
– Alcalose metabólica – Cetoacidose
– Diarreia
– Azotemia – Ureia, Creatinina e Amônia
aumentados
– Febre
– Dieta hiperproteica – pode estar diretamente
relacionado a Azotemia

Proteinúria – Normalmente não temos proteína na urina porque além delas


serem grandes e não passarem pelo glomérulo, elas têm carga negativa então elas
são repelidas, não passam pelo glomérulo.
- Se tem o animal está tendo problema na filtração e pode ser uma
Glomerulonefrite ou não.
- Glomerulonefrite – - inflamação no rim que altera a capacidade do glomérulo
em fazer uma filtragem adequada. Leptospirose causa muita glomerulonefrite.
Pré Renal Renal Pôs Renal

Hemoglobina Nefrite P.I. inferior


ICC, febre, exercício Nefrose Obstruções
Mioglobinúria Glomerulonefrite Urolitíase – Cristal
Bence-Jones Hematúria

- Proteína na urina normalmente sugere ou uma lesão renal ou pode sugerir


qualquer outra alteração como p.ex exercício intenso – cavalo que faz uma
cavalgada ele pode ter mais lesão nas células musculares produzir mais mioglobina
(mioglobinúria) e essa mioglobina vai se depositar lá na urina ou ainda a própria
hemoglobina também seria proteinuria porque a hemoglobina é uma proteína.

- Urolitíase – formação de cristais – Pode obstruir o trato urinário inferior e


levar a um acúmulo de proteínas por células de descamação, por conta de
hemácias que são depositadas ali formação (as hemácias têm muita proteína).

Glicosúria – pode ser só um problema renal, mas também pode ser um diabetes.
Glicosúria deve ser analisada em relação a glicemia. Se a urina tem muita glicose
e o sangue tem muita glicose quer dizer que a perda de glicose não é um
problema renal mas sim um problema de glicose em excesso no sangue =
Hiperglicemia e isso sugere – Diabetes.
Se no sangue está tudo normal e na urina está saindo, provavelmente tenho
uma Glomerulonefrite (talvez) causada por uma bactéria (talvez), causada por
um medicamento (talvez) que destruiu aqueles túbulos renais.
GLICOSÚRIA sem HIPERGLICEMIA - Doenças renais com comprometimento da
porção tubular proximal.

GLICOSÚRIA + HIPERGLICEMIA
(cães glicose sanguínea > 180mg/dl e glicosúria)
DIABETES MELLITUS → hiperglicemia, glicosúria e cetose

Acetona (Corpos Cetônicos) – Subprodutos do catabolismo das gorduras. Causas


de Cetonúria
 Jejum
 Hepatopatias
Diabetes mellitus
Cetose em vacas leiteiras, por desbalanço energético
Cetose em ovelhas prenhes, associada à hipoglicemia
Bilirrubina - Causas de Bilirrubinúria
Hepatopatias: hepatite infecciosa canina, leptospirose, neoplasias
Obstrução das vias biliares: colestases
• Bilirrubina
– Cão: baixo limiar de excreção (1+)
– Gato: normalmente ausente
– Elevada na hepatopatias e colestases

EXAME DO SEDIMENTO URINÁRIO

Infecção urinária ou
Piúria Infecção bacteriana
Bactérias sistêmica (leptospirose)
que está sendo
depositada na urina

Hemácias (<2-3 p/c)

Leucócitos (0-1 p/c) Infecção ou pelo menos


uma Inflamação

Células (descamação do trato Normal estarem


urogenital) presentes na urina

Cilindros
(estruturas mucóides)

Cristais (Estão relacionados Cristalúria Cálculos renais


com alimentação) (presença de cristais)

Outros

Prognostico é o que eu posso esperar com relação a recuperação do animal


- Prognostico pode ser Bom ou Favorável quando é uma doença que eu sei que
fácil de tratar, que o animal não corre risco de morte nem nada disso.
- Prognóstico Reservado – Quando eu não sei muito bem o que eu posso esperar
daquele animal
- Prognostico desfavorável – quando corre risco de morte – hematócrito abaixo
de 10%
Exames complementares no diagnóstico dermatológico em animais
A pele
• Maior órgão de um organismo dá características as raças, mantém o
recobrimento piloso;
• Barreira anatômica e fisiológica entre organismo e ambiente proteção
contra lesão física, química e microbiológica;
• Exposição agressões;
• Grande número de casos dermatológicos (30 a 75% clínica de
pequenos).
• Epiderme cinco camadas (basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea),
queratinócitos (85%), melanócitos (5%);
• Derme vascularizada, inervada, glândulas sebáceas e sudoríparas;
• Hipoderme tecido adiposo (adipócitos), união da pele a órgãos
profundos;
• “Espelho do organismo”

• Fâneros
• Pelos, penas
• Unhas, garras cascos
• Coxins
• Bico

• Funções
• Proteção contra perdas de água, eletrólitos e macromoléculas
• Proteção contra lesões externas físicas, químicas, microbiológicas
• Termorregulação
• Reservatório: acúmulo de ácidos graxos, água, eletrólitos, etc.
• Secreção: lubrificação do recobrimento piloso, termorregulação,
determinação de odores, etc.

EXAME DA PELE
Identificação Anamnese
• Espécie • Queixa principal
• Idade • Antecedentes
• Raça • Tempo de evolução
• Sexo • Início do quadro
• Coloração do pelame • Tratamentos efetuados
• Resultados dos tratamentos
• Ambiente, manejo, hábitos
• Contactantes
• Ectoparasitas

PRURIDO
• Avaliação da presença do prurido quanto e como se coça
• Intensidade do prurido leve, moderado e grave; 1 a 10
• Manifestação do prurido trauma com membros, lamber, roçar em
paredes
• Localização do prurido local mais traumatizado
QUANDO O ANIMAL SE COÇA ACIMA DE 30% DO TEMPO DISPONÍVEL
OU MAIS, CONSIDERA SE UM CASO DE PRURIDO PATOLÓGICO

Exame da pele físico


• Palpação volume, consistência, umidade, prurido
• Olfação conhecer o odor exalado pela enfermidade
• Inspeção direta observação detalhada das lesões cutâneas em ambiente
iluminado
• Inspeção indireta exames subsidiários

Microrganismos que podem estar envolvidos nas lesões de pele

MORFOLOGIA

 BACTÉRIAS
 São unicelulares
 Material genético não envolto por membrana nuclear (procariotos)
 Apresentam várias formas (bastonetes, cocos, espiraladas)
 Podem apresentar arranjos: pares, cadeias, cachos.

BACTÉRIAS
FORMAS BÁSICAS
 Esféricas à cocos
 Cilíndricas (forma de bastão) à bacilos
 Espiraladas ou helicoidais:
o bastão curvo, em forma de vírgula à vibrião
o espiral longa, espessa e rígida à espirilo
o espiral longa, fina e flexível à espiroqueta

FUNGOS

 São organismos eucariotos (membrana nuclear)


 Podem ser macroscópicos ou microscópicos
 Podem ser multicelulares: fungos filamentosos ou bolores
 formam longos filamentos (hifas) que se ramificam e expandem
massa visível Chamada Micélio
 Unicelulares : leveduras .

O que são fungos?


Crescimento inicial
Leveduras: formam brotamento
Filamentosas: extensões em forma de tubos, também chamadas de hifas
(micélios).

Exame micológico
• Indicação I - Dermatofitoses
• Infecções fúngicas de tecidos corneificados, como epiderme, pelos e unhas
• Principais agentes para cães e gatos: Microsporum canis, Trichophyton
mentagrophytes
• Descamação, eritema, hiperpigmentação e prurido variáveis – amplo
espectro de apresentação
• Lesões circulares, bordas eritematosas, centro descamativo (humanos,
felinos)
• Cães – pelagem de má qualidade, áreas de hipotricose, lesões alopécicas
e crostosas
• Caráter zoonótico – diagnóstico laboratorial oferece confiabilidade

Lesões dermatofitose
 Lesões causadas por Microsporum canis em cão e gato
 Manchas circulares de alopecia

Alopecia circular, descamativa, revestimento crostoso.


Etiologia: Trichophyton verrucosum

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