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Teologia escolástica

1. Origem do nome escolástica

O período conhecido como escolástica perdurou até o fim da idade média e tem


seu nome derivado da palavra latina "scholasticus", que significa "aquele que pertence a uma
escola".

2. As fases da escolástica
A teologia escolástica medieval atravessou oito (8) séculos, três (3) fases importantes: A
dialéctica (Sto. Anselmo) a grande escolástica e a escolástica tardia.

1) Fase – A teologia se limita a leitura e comentário da Palavra de Deus. Pouco a pouco (VIII –
X) esta maneira de fazer teologia é influenciada pelas mudanças significativas verificadas na
sociedade e na igreja.

O surgimento de associações, corporações, ordens religiosas, movimento das ordens


mendicantes e também universidades vai influenciar positivamente a maneira de fazer teologia.

2) Fase- Do século X – XII, mas concretamente de 1120-1160, o pensamento de Aristóteles é


redescoberto e sua metodologia é posta em relevo – usa-se a sua dialéctica (“ Sicet nom”) =
recolhem-se argumentos aparentemente contraditórios, discute-se a questão e depois se tiram
conclusões. Santo Anselmo (1033- 1109) une a teologia monástica agostiniana, favorável a
absoluta suficiência de fé, ao pensamento especulativo dialéctico. Trabalha para transformar a
verdade criada em verdade sabida, pensada e expressa. A fé em busca da inteligência (fides
quarens intellectum) conclusões deduzíveis.
Em 1054, temos o primeiro grande cisma Ocidente/Oriente com Miguel Cerulário. A
teologia Oriental não assimila a dialética, ela conserva o aspeto contemplativo e simbólico,
privilegiando a dimensão apofática, misteriosa, o silêncio da teologia.

A figura mais alta da escolástica é Tomás de Aquino combina rigor teórico, criatividade e
ousadia. Desenvolve uma teologia obediente à revelação que responde às exigências da
epistemologia de Aristóteles e por conseguinte ela é chamada ciência. A suma teologia durante
séculos foi texto base da elaboração teológica.
3) Fase-Com Tomás de Aquino saímos do credere- crer para compreender (da patrística) e
passamos ao crer e compreender. A elaboração sistematizante do pensamento é feita por via da
relação afirmação, negação e síntese – o movimento de pensamento é uma elipse e não um
círculo. Temos um duplo foco da teologia: ciência que Deus comunica e ciência que o homem
alcança pela reflexão autónoma, ela conjuga o ponto de vista de Deus e o ponto de vista do
homem, concilia fé e razão.

3. Diferença entre Patrística e escolástica


Sendo assim, a Patrística focou na disseminação dos dogmas associados ao Cristianismo, por
exemplo, defendendo a religião cristã e refutando o paganismo. Já a Escolástica, através do
racionalismo, tentou explicar a existência de Deus, do céu e do inferno, bem como as relações
entre o homem, a razão e a fé.

4. Qual foi o objectivo da escolástica

A Escolástica tinha como objetivo conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento


racional, especialmente o da filosofia grega (razão aristotélica e platônica). Colocando ênfase na
dialética para ampliar o conhecimento por inferência e resolver contradições.

5. O representante da escolástica

O maior representante da Escolástica foi o teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino


conhecido como “Príncipe da Escolástica”.

6. Principais características da teologia escolástica

As principais características da escolástica são a sua dedicação à criação de


uma filosofia cristã, deixando de lado, em partes, o caráter propriamente teológico da
doutrinação, centrando-se no ensino e na valorização da filosofia. ... Muitos filósofos cristãos
dessa escola estudaram obras dos gregos, por exemplo.

A grande obra de S. Tomás de Aquino chama-se “Summa teológica”

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