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TCC-Narcsio Jackson (Versao2.1)
TCC-Narcsio Jackson (Versao2.1)
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica
Pemba, 2022
Universidade Lúrio
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica
Autor:
_________________________________
(Narcisio Silva Jackson)
Supervisor:
_________________________________
(Teófilo Zemaoge, Eng.º)
Co-supervisor:
_________________________________
(Lourenço Matandire, Eng.º)
Pemba, 2022
ii
PENSAMENTO
"O homem não vive como ele quer, por isso é obrigado a manter o
equilíbrio entre a mente e coração " (Manuel Fonbe).
iii
PÁGINA DE ACEITAÇÃO
_________________________________________
Presidente do Júri
_________________________________________
Secretário
_________________________________________
Vogal
Cidade e data:
iv
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, declaro por minha honra que esta monografia, é resultado do meu próprio esforço e
empenho. Está sendo submetido ao Departamento de Engenharia Mecânica para efeitos de
avaliação e defesa.
Declaro ainda que, são verdadeiras todas as informações que constam neste projecto.
Assinatura: ____________________________________________
Data: _________________________
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por, mais uma vez, me proporcionar esse momento de buscar novos
conhecimentos, de ter-me dado forças nos momentos mais difíceis desta caminhada, e por me
conceder a graça da vida.
Ao meu irmão Adriano Eliseu Chicra, minha avó Filomena Samuel e meu tio Raimundo
Adriano, que com muita paciência, compreenderam os momentos em que tiveram que me
auxiliar nesta etapa, para superar as dificuldades.
Agradecer de coração aos meus docentes Teófilo Zemaoge e Lourenço Matandire que com
competências e extraordinárias capacidades buscaram sempre me auxiliar em todos os
momentos e me proporcionaram muitas lições e desafios que contribuiu para o
desenvolvimento do trabalho até aqui.
vi
DEDICATÓRIA
Em um primeiro momento dedico este trabalho a minha família, que me inspiraram a
compreender melhor os desafios que temos que enfrentar e visualizar o melhor caminho a ser
trilhado, com valores e princípios que nos dão sustentação para sermos o mais justo possível,
em especial aos meus pais Silva Jackson Mucheliua e Ana Maria Adriano dos Santos, e que
Deus lhes dê eterno descanso.
vii
Lista de siglas e abreviaturas
viii
RESUMO
ix
ABSTRACT
x
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Falar de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos - GRSU é algo relativamente novo para
Moçambique, um país que conquistou sua independência política e administrativa em 1975.
Pois questão da GRSU nas cidades de Moçambique é ainda um grande desafio, assim como
em muitas cidades Áfricas. O lixo em Moçambique não é só um problema ambiental, mas
muitas vezes uma combinação de problemas sociais, económicos (Mertanen, Langa &
Ferrari, 2013).
De acordo com censo 2017 estima – se que na cidade de Nampula, vivem mais de 743 125
habitantes, segundo a Dra. Guilhermina Faria responsável pela Direcção Municipal de Gestão
de Resíduos Sólidos e Salubridade na cidade de Nampula em média cada munícipe produz
por dia cerca de 1 kg de lixo e somente cerca de 247,71 toneladas, são depositadas nas
lixeiras, e o restante em muitas vezes é depositado em locais inadequados. Segundo Técnico
Jaime Perandio um dos supervisores dos colaboradores de limpeza do Conselho Municipal da
Cidade de Nampula (CMCN), das 495,42 toneladas que correspondem à 89% do total de lixo
produzido diariamente, encontram-se nas principais ruas. Assim os principais resíduos que
são descartados nas ruas da cidade, correspondem a: restos de comida, plásticos, papéis,
vidros e areia a beira da estrada. O método actual de remoção dos resíduos sólidos nas ruas
consiste em um processo de retirada manual do lixo fazendo-se o uso de materiais como:
vassoura, carrinhas, ancinhos, pás, entre outros. E este processo é efectuado por
funcionários/colaboradores do CMCN.
Com o projecto pretende-se dimensionar uma vassoura mecânica que será fabricada
utilizando material de fácil aquisição local tais como: rodas, chapas, tubos metálicos, eixos,
correntes, engrenagens e escovas de limpeza. Será operada de uma maneira simples, na qual
prevê-se que o motor eléctrico de corrente continua (DC), accione um eixo na qual é fixado
um par de rodas, o eixo fará com que as rodas sejam movidas para uma posição desejada,
provocando o accionamento da corrente que é conectado às engrenagens em ambos os lados.
A corrente é movida de acordo com a roda e engrenagem fazendo assim a escova movendo-
se na direcção oposta das rodas com isso escova rasteja os resíduos presentes no chão para
caixa de chapa metálica (colector de lixo) caixa é removida para despejar os resíduos nos
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locais apropriados. Fornecendo uma limpeza fácil, eficiente em pouco tempo, e reduzindo os
esforços humanos.
1.2. Problematização
Dos numerosos problemas ambientais existentes, o dos resíduos sólidos tornou-se um dos
maiores desafios da actualidade (Gutmann & Kristen, 2012). Com o crescimento da
população, houve um aumento na produção de bens e alimentos. Estes, por sua vez, à medida
que são produzidos e consumidos, acarretam uma geração cada vez maior de resíduos
sólidos, os quais, dispostos inadequadamente, trazem significativos impactos à saúde pública
e ao meio ambiente.
12
1.3. Justificativa
Este estudo torna-se importante e justificável porque, com esta vassoura além de definir um
método alternativo de limpeza das estradas e passeios permite dar um avanço tecnológico
neste sector, a vassoura mecânica funciona no princípio simples do movimento centrífugo de
escova cilíndrica jogando resíduos sólidos na superfície da estrada para o recipiente (colector
de lixo), reduzindo assim os acessórios utilizados tais como: baldes, carrinhas, tambores, etc.
utilizara materiais de aquisição local, e é eficiente.
Como na sua maioria são idosos com esta vassoura mecânica reduzirá o esforço deles, o
tempo de operação, e também o número de elementos dos grupos de limpeza pois um
colaborador pode monitorar dois mecanismos. A escova cilíndrica é mais consistente em
relação as actuais, reduzindo assim os custos periódicos de compra de matérias de limpeza
tais como: vassouras, pás, carinhas entre outros. Com redução do números dos elementos nos
grupos haverá a possibilidade dos colaboradores efectuarem escalas, dando-lhes descansos
longos, bem como o conselho municipal da cidade de Nampula pode reduzir o número de
colaboradores neste sector reduzindo assim os gastos totais neste processo.
Espera-se que este projecto, cujos objectivos são expostos a seguir, possa auxiliar os gestores
da área em causa no conselho municipal da cidade de Nampula no planeamento estratégico
dos SLUs ajudando a definir novos objectivos, avaliar resultados, estabelecer e quantificar
novas metas.
13
1.4. Delimitação Do Tema
A presente pesquisa irá focar no dimensionamento da vassoura mecânica que pode se aplicar
em diversos locais como estradas, estações ferroviárias, aeroportos, hospitais, faculdades etc.
porem foco da aplicação da vassoura é no auxílio para os colaboradores/funcionários do
Conselho Municipal da Cidade de Nampula responsáveis na limpeza de ruas da cidade. A
área definida para o estudo é a cidade de Nampula situa-se, aproximadamente, no centro do
espaço geográfico do distrito que leva o mesmo nome (distrito de Nampula), um pouco
deslocada para NE, e ocupa uma área de 404 km2. Nampula é a cidade capital da província do
mesmo nome, em Moçambique, também é conhecida como a Capital do Norte.
Administrativamente, a Cidade de Nampula é um município, tendo um governo local eleito.
O Município de Nampula, Possui uma Superfície total de 404 km², com 6 Postos
Administrativos Municipais e 18 Bairros e tem 743 125 Habitantes (Censo, 2017).
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1.5. Objectivos
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CAPÍTULO II: Fundamentação Teórica
2. Conceitos básicos
No que tange os lixos urbanos não é um conteúdo novo, pois mesmo nas mais simples
actividades humanas produzimos lixo. Isto se dá tanto na preparação como ao fim da vida útil
daquilo que é processado. Ao prepararmos nossos alimentos, por exemplo, sobram cascas,
folhas, peles, etc. e, ao final, ossos, sementes e etc. Tanto o lixo como os dejectos devem ser
segregados e destinados a locais onde não criem problemas para as actividades comunitárias.
Os Sistemas de Limpeza Urbanos (SLUs), diz para melhor percepção das vantagens e
desvantagens dos resíduos sólidos é necessário uma percepção dos seguintes termos:
Com todas as definições acima da – nos a perceber que o impacto negativo dos resíduos
sólidos afecta diversas áreas de um país (Económica, Ambiental e Social). Para Moçambique
assim como muitos países africanos a Gestão dos Resíduos Sólidos ainda é uma realidade a
ser vencida e a solução efectiva desse problema não será da noite por dia, porem a cada dia
surgem novas sugestões para ultrapassarmos este problema. Portanto o projecto pretende
dimensionar uma vassoura para auxiliar no processo de limpeza de ruas caso de estudo
Cidade Nampula.
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2.1.3. Resíduos Comportamentais
A principal fonte de resíduos é o lixo jogado pelos munícipes e resíduos domésticos ou
comerciais varridos ou jogados fora de instalações privadas em vez de ser colocado no
recipiente adequado para o efeito.
Com o projecto pretende – se efectuar limpeza dos resíduos das categorias comportamentais e
naturais. Pois são os resíduos sólidos mais frequentes nas ruas da cidade de Nampula de
acordo com os dados obtidos no CMCN (ver Anexo 17).
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Se observarmos esse processo, então podemos encontrar as seguintes limitações que são
dadas abaixo de:
Por exemplo a rua Dar es Salaam enfrente do restaurante português esta sendo instinta como
ilustra a figura abaixo.
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2.3. Descrição Dos Matérias Da Vassoura Mecânica
2.3.1. Eixos
De acordo com Gordo e Ferreira (2013, p197) "Eixos são elementos mecânicos utilizados
para articular um ou mais elementos de máquinas, quando móveis, os eixos transmitem
potência por meio do movimento de rotação".
Segundo Franceschi e Antonello (2014) eixos são elementos de máquinas utilizados para
suportarem componentes rotativos e ou transmitir potência ou movimento rotativo ou axial,
os eixos trabalham em condições extremamente variáveis de carregamento. Apresentam
normalmente forma cilíndrica (existem excepções). Podendo apresentar perfis lisos e
compostos, bem como se apresentarem com seções cheias ou vazadas, com grande variedade
de tamanhos, consequentemente podendo ser utilizados em diversos campos de aplicação na
engenharia.
Tendo como base as duas definições podemos dizer que eixo é uma haste cilíndrica que
transmite movimento.
a) Eixos maciços
Apresentam a seção transversal circular e maciça, com degraus ou apoios para ajuste das
peças montadas sobre eles. Suas extremidades são chanfradas para evitar o rebarbamento e
suas arestas internas são arredondadas para evitar a concentração de esforços localizados.
20
Fig. 5:Eixo Maciço. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).
b) Eixos vazados
São mais resistentes aos esforços de torção e flexão que os maciços. Empregam-se esses
eixos quando há necessidade de sistemas mais leves e resistentes, como os motores de aviões.
c) Eixos cónicos
Devem ser ajustados num componente que possua furo de encaixe cónico. A parte ajustável
tem formato cónico e é firmemente fixada por meio de uma porca. Uma chaveta é utilizada
para evitar a rotação relativa.
21
Fig. 8: Eixo Roscado. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).
e) Eixos ranhurados
Apresentam uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. As ranhuras
engrenam-se com os sulcos correspondentes das peças a serem montadas neles. Os eixos
ranhurados são utilizados quando é necessário transmitir grandes esforços.
O eixo que será utilizado no projecto é o eixo maciço, pois as características dele são as mais
adequadas para o trabalho que se pretende desempenhar.
2.3.2. Correntes
Segundo Franceschi e Antonello (2014, p.78) Correntes são elementos de máquinas
destinadas a transmitir movimentos e potência onde as engrenagens e correias não podem ser
utilizadas.
"As correntes transmitem força e movimento e fazem com que a rotação do eixo ocorra nos
sentidos horário e anti-horário, para isso, as engrenagens devem estar num mesmo plano. Os
22
eixos de sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano" (Gordo & Ferreira
2013, p.212).
Portanto podemos dizer que correntes são elementos mecânicos, que tem finalidade de
transmitir potência de um eixo para outro.
a) Corrente de roletes
A corrente de roletes é semelhante à corrente de bicicleta. Ela pode possuir roletes
equidistantes e roletes gémeos, e é aplicada em transmissões quando não são necessárias
rotações muito elevadas.
Fig. 13: Corrente de elos livre. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).
Fig. 14: Corrente comum ou cadeia de elos. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).
A corrente que será utilizada no projecto é a corrente de roletes.
2.3.3. Engrenagens
São rodas com dentes padronizados internos ou externos, utilizados para transmitir
movimento e força entre dois eixos. Sendo muitas vezes usadas quando se deseja variar o
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número de rotações e ou sentido da rotação de um eixo para outro. A transmissão de
movimento tem normalmente como finalidade aproveitar o máximo de potência gerada em
trabalho mecânico útil (Antonello & Franceschi, 2014).
De acordo com Gordo e Ferreira (2013, p.234) "Engrenagens são rodas com dentes
padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos, muitas vezes, as
engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo
para o outro".
Logo podemos afirmar que engrenagem é uma ligação de duas ou mais rodas dentadas, com
objectivo de gerar trabalho mecânico.
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Existe um sistema de transmissão composto pela coroa e pelo parafuso com rosca sem-fim
muito utilizado na mecânica, principalmente em casos em que é necessária a redução de
velocidade ou um acréscimo de força. Neste caso, temos como exemplos, os redutores de
velocidade, as talhas e as pontes rolantes. As engrenagens podem ser manufacturadas em
máquinas especiais e também nas fresadoras, onde as engrenagens são usinadas com fresas de
perfil constante denominadas fresas módulo.
26
Fig. 16: Partes de uma Engrenagem de Dentes Rectos. Fonte: (Antonello & Franceschi,
2014).
Fig. 17: Altura do Dente de uma Engrenagem de Dentes Rectos. Fonte: (Antonello &
Franceschi, 2014).
Cremalheira – é uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada.
Através desse sistema, pode-se transformar movimento de rotação em movimento rectilíneo e
vice-versa (Antonello & Franceschi, 2014, p.94).
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Fig. 18: Engrenagem Cilíndrica de Dentes Helicoidais. Fonte: (https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images).
c) Engrenagens Cónicas
As engrenagens cónicas apresentam a forma de tronco de cone, e podem ter dentes retos ou
helicoidais, porém apresentam uma grande característica que é a transmissão de movimento
entre eixos ortogonais. Nestas engrenagens, o dente apresenta espessura variada decrescendo
da periferia para o centro da engrenagem.
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2.3.4. Chapas Metálicas
Aço é uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono (de 0,002% m/m até
2,14% m/m, aproximadamente), obtida pelo refino de ferro-gusa em equipamentos
apropriados, com propriedades específicas, sobretudo de resistência e ductilidade (DIAS,
1998).
Os aços diferenciam-se entre si pela forma, tamanho e uniformidade dos grãos que o
compõem e, é claro, por sua composição química. Em sua composição, o aço contém certos
elementos residuais (enxofre, silício, fósforo, etc.) resultantes do processo de fabricação e
também outros elementos de liga, como manganês, cromo, níquel, propositadamente
adicionados à liga ferro-carbono para alcançar propriedades especiais (PARANHOS, 2010).
As chapas metálicas se caracterizam por sua estrutura plana, e espessuras variadas. Elas estão
disponíveis no mercado a partir de diversos metais ou ligas metálicas, cada matéria-prima
com uma finalidade específica (Paranhos, 2010; Asamura, 1998).
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a) Chapa de aço carbono ou chapa de Ferro
Bastante utilizadas para diversas fabricações em que não há tanta preocupação com a
corrosão. Muito comum no segmento de automóveis e carroceiras para as estruturas (nesse
caso, são geralmente cobertas com uma tinta que protege contra a oxidação). A vantagem
competitiva oferecida por essas chapas de metal está na sua resistência à tracção, superior ao
do cobre e do alumínio.
d) Chapa de alumínio
A chapa de alumínio é um material muito mais leve e menos espesso, contendo
aproximadamente 50% da densidade do aço. Por essa razão, é muito procurada para projectos
que exigem leveza e durabilidade. Um exemplo prático é o uso de chapas de alumínio na
construção de automóveis mais sustentáveis que tem o objectivo de reduzir o consumo de
combustível.
e) Chapa de cobre
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O cobre é um material famoso especialmente por seu alto potencial de condutividade
eléctrica, apelo estético e flexibilidade para diversas aplicações. Por essa razão, suas chapas
podem ser utilizadas para peças de trabalho, equipamentos de solda, sistemas de bateria e na
decoração de interiores.
f) Chapa de bronze
Com alta resistência a corrosão, dureza elevada, bem como um alto ponto de fusão, as chapas
de bronze são predominantemente compostas por cobre e estanho. São ideais para a indústria
naval e aplicações diversas em projectos que sofrem com variações de temperatura. Outra
aplicação cada vez mais comum é seu uso em segmentos hospitalares, visto que o bronze
oferece uma condição em que vírus e bactérias são incapazes de sobreviver.
g) Chapa de latão
O latão é uma peça brilhante obtida através da fusão entre o cobre e o zinco. Por ser bastante
maleável e resistente, as chapas de latão são muito utilizadas em diversos segmentos. Graças
a sua composição conter cobre, o latão possui elevada condutibilidade térmica e eléctrica,
bem como uma resistência elevada. Sua aplicação pode ser relacionada com caldeiras,
condutores de água, engrenagens, rolamentos, entre outros.
A chapa que será utilizada no projecto é a chapa de ferro, pois possui as condições adequadas
para onde será empregada, pois com a chapa pretende – se construir o colector de lixo onde
os resíduos serão depositados.
31
Fig. 21: Tubos Metálicos. Fonte:
(http://yilmazfreze.com/wp-content/gallery/resim-galerisi/yilmaz11.jpg).
Tubos Industriais proporcionam redução de pilares e fundações, ganho de espaço através de
grandes vãos livres, facilitam a administração devido a um sistema de montagem industrial de
alta precisão e diminuem significativamente os desperdícios, reduzem os prazos de
construção, os custos de gerenciamento do canteiro de obras e antecipam o retorno de capital
(Thomazi & Neto, 2007).
Esses tubos, geralmente, são feitos de aço carbono ou aço inox, podendo ser galvanizados ou
não. São fornecidos em diversos formatos como, por exemplo: redondo, quadrado e
rectangular, além de possuírem variadas bitolas, são diversas as vantagens que os Tubos
Industriais oferecem, entre as principais podemos mencionar:
Alta resistência;
Aspecto moderno;
Bom custo-benefício;
Fácil manuseio;
Leveza;
Versatilidade; e
Sustentabilidade.
Também são aplicados em estruturas metálicas, andaimes, colunas, estacas de fundação,
edificações industriais, comerciais e residenciais, shopping centers, aeroportos, pontes,
passarelas, instalações desportivas e de exposições, galpões, centros de distribuição, obras de
mobilidade urbana, torres de transmissão/telecomunicações, dentre muitos outros.
Os tubos serão usados para construir o volante e a estrutura base onde os demais elementos
serão montados. É importante saber que as normas técnicas são diferentes para cada tipo de
tubo, devidas as características e aplicação deles.
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2.3.5.1. Tipos de Tubos Industriais
Segundo Queiroz (2003), os Tubos Industriais são itens essenciais e estão divididos em dois
tipos diferentes: os tubos metálicos e plásticos. De destacar os metálicos pois os tubos
metálicos podem ser ferrosos e não ferrosos. Os ferrosos são: o aço carbono; aço-liga;
inoxidável; fundido; forjado; ligado e modular. E os não ferrosos são os tubos de cobre;
latões; níquel; alumínio; metal; chumbo; titânio e zircónio (este tipo de tubo é menos
utilizado devido ao seu custo).
Os Tubos de Aço são produtos muito resistentes e versáteis. São frequentemente usados na
construção civil, em processos de fabricação de produtos, obras arquitectónicas, decoração de
casas, entre muitos outros. São utilizados ainda em diferentes estruturas de galpões e
telhados. Os principais modelos, são:
Tubo Redondo;
Tubo Schedule;
Tubo Quadrado/Metalon; e
Tubo Rectangular.
Os tubos que serão utlizados serão de secção quadrada, pois especificações e estética para
oque se pretende construir.
2.3.5.2. Aplicações
Na indústria em geral, estruturas, móveis, aparelhos de ginástica, utensílios domésticos,
brinquedos, autopeças, construção civil, equipamentos agrícolas, serralheira, entre outros.
2.3.5.3. Apresentação
Comprimento padrão de 6.000 mm, embalados em pacotes de 500 kg ou 1.000 kg.
33
Fig. 23: Perfis De Tubos Metálicos. Fonte: (Catalogo_Tubos Industriais
Mecanicos_WEB_VFINAL_9AGO17).
2.3.6. Rodas
A roda é um elemento mecânico de forma circular, destinado a mover-se em volta de um eixo
e que é usado com diversos fins, em particular para ser instalado em diversos tipos de
equipamento, tendo em vista facilitar a sua movimentação (Tellure, 2007, p.23).
De acordo com a Calson Group a roda é um elemento mecânico simples com vastas
aplicações no transporte e em máquinas mecânicas, caracterizada pelo movimento rotativo no
seu interior. A roda transmite de maneira amplificada para o eixo de rotação qualquer força
aplicada na sua borda, reduzindo a transmissão tanto da velocidade quanto da distância que
foram aplicadas. Similarmente, a roda transmite de maneira reduzida para a borda qualquer
força aplicada no seu eixo de rotação, amplificando a transmissão tanto da velocidade quanto
da distância que foram aplicadas.
Então podemos dizer que roda é um nome genérico dado, em componentes ou elementos, à
parte circular que se move em volta de um eixo, e que, mais ou menos directamente, serve
para imprimir movimento.
34
Fig. 25: Roda Série 62AL Poliuretano e Alumínio. Fonte: Tellure Rota S.p.A (Italia).
A roda que será utilizada serão as rodas de piso ou rasgo resiliente, pois como os solos da
cidade em estudo são irregulares elas se adequam melhor.
2.5.6.2. Constituição
As rodas (Fig. 36) são constituídas pelo rasto, a parte da roda que contacta com o pavimento,
e pelo núcleo, a parte da roda que suporta o rasto e possui, na sua parte central, o cubo, o qual
possui o orifício por onde vai passar o eixo de suporte e onde pode ser instalado um órgão de
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rolamento (um rolamento de esferas ou de rolos cilíndricos, por exemplo). Quando as rodas
são fabricadas num único material, são designadas por rodas monolíticas.
Fig. 26: a) Constituição de uma Roda Traseira. Fonte: Tellure Roota S.p.A (Italia). b)
Constituição de uma roda frontal. Fonte: RODIMAG equipamentos industriais LTDA.
2.3.6.1. Como Seleccionar Uma Roda De Acordo Com Schioppa
Para a melhor escolha na selecção das rodas ou rodízios Schioppa, obtendo óptima
resistência, durabilidade, ergonomia, suavidade e segurança na movimentação, informamos
abaixo os cuidados que devem ser tomados.
P e + Pmc
C= ∙ S (1)
N
Onde:
36
S = Coeficiente de segurança (ver a tabela em anexo A7)
O valor do coeficiente de segurança “S” deve ser entre 1,0 a 2,0 dependendo das condições
da aplicação.
b) Condições do Ambiente
O segundo passo é avaliar as condições do ambiente de trabalho das rodas ou rodízios, tais
como as temperaturas máximas e mínimas e a presença de produtos químicos que possam
provocar contaminações. Para auxiliar na escolha do material ideal para a roda, nas páginas
11 e 12 do guião prático do catálogo da Schioppa (no projecto anexos 9 e 10) temos tabelas
que mostram diversos tipos de produtos químicos e alguns dos materiais utilizados na
fabricação dos produtos Schioppa. Rodízios montados com garfos de aço inoxidável
proporcionam excelente vida útil em ambientes húmidos e com produtos químicos
agressivos.
c) Condições do Piso
É fundamental fazer uma análise do tipo e das condições do piso, identificar as
irregularidades da superfície e a presença de obstáculos. Deve se escolher a roda com o
material mais adequado para não danificar o piso, e com resistência para suportar a
agressividade da superfície, os choques e superar com facilidade os obstáculos. Para que o
nível de ruídos e as vibrações durante as movimentações sejam menores escolha rodas macias
e rodízios com molas.
d) Tipos de Rodagem
Partimos agora para o terceiro passo que é escolher o tipo de rodagem ideal. As rodas podem
ser fornecidas com cinco tipos de rodagens, que exercem grande influência na sua
performance.
37
Fig. 27: Três Giratórios. Fonte (catalogo da Schioppa).
b) Dois giratórios e dois fixos
É o sistema mais utilizado. Proporciona boa movimentação, tanto para distâncias curtas como
longas. Dica: Os rodízios giratórios devem ser montados no lado onde a força é aplicada no
equipamento.
Fig. 30: Dois Fixos Centrais e Dois Giratórios. Fonte (catalogo da Schioppa).
38
e) Quatro giratórios e dois fixos
Usado em carrinhos de comprimento longo e cargas volumosas. Os rodízios fixos
proporcionam a redução e a distribuição da carga nos giratórios. Oferecem um bom controle
em deslocamento linear, e realizam manobras precisas em áreas restritas.
Portanto escovas não é um termo novo podemos dizer que é um utensílio que ajuda o Homem
nas diversas actividades no nosso dia – a – dia tais como pentear, limpeza dos dentes e dos
resíduos sólidos.
39
Fig. 33: Escovas Cilíndricas. Fonte (M&S Escovas Industriais).
Das inúmeras funções, essas ferramentas são largamente utilizadas para: Remoção de
rebarbas, Limpeza, e Acabamento.
No projecto a escova será empregada para o processo de Limpeza ou remoção dos resíduos
sólidos nas ruas.
Nylon
A escova de Nylon padrão é composta por uma base de plástico ou aço que serve de apoio
para as cerdas de nylon que são fixadas na mesma. Este tipo de escova é padrão e
comoventemente vista em supermercados e lojas armarinhos (Sacema, 2020).
As escovas feitas com cerdas de Nylon são populares para higienização de quase todos os
utensílios domésticos. Essa grande fama se deve ao facto da escova de Nylon conseguir
realizar com exactidão o processo de limpeza.
41
Fig. 35: Escova Cianídrica Nylon. Fonte: (M&S Escovas Industriais).
De acordo com M&S Escovas Industriais, essas escovas são um sucesso de vendas,
independente do seu formato, e essa grande demanda se deve ao seu baixíssimo desgaste
natural, pois esses produtos que usam o Nylon como sua matéria-prima, tem uma baixa
absorção da água, garantem um excelente desempenho tanto em ambientes secos ou
molhados, além de ter a sua vida útil bem longa.
42
Fig. 36: Escova De Sisal Para Polimento. Fonte: (Escotet Escovas Industriais).
A escova industrial de sisal para polimento é dirigida nas situações em que as pessoas
necessitam realizar um procedimento para desenferrujar itens e equipamentos ou fazer algum
método de revestimento. Pois, a escova de sisal para polimento elimina, sem dificuldades,
numerosas imperfeições da superfície dos objectos, tais como:
Riscos;
Ranhuras;
Manchas;
Falhas;
Contornos.
A escova ideal para o projecto é escova cilíndrica de cerdas de Nylon o diâmetro do furo da
escova deve estar de acordo com o diâmetro do eixo que será dimensionado.
43
2.3.7.3. Características E Vantagens Das Escovas Industriais Cilíndricas Segundo A
M&S Escovas Industriais
As escovas industriais cilíndricas oferecem muitas opções de tamanhos e suporte central.
Outro detalhe é a fabricação das cerdas das escovas industriais cilíndricas, que podem ser
fabricadas em materiais de alta durabilidade, tais como a crina e o nylon. Já a principal
vantagem das escovas industriais cilíndricas é a simplicidade no ato de acoplá-las e
desacoplá-las. Além disso, a facilidade de limpeza e lavagem são bons diferenciais.
Em grandes industriais a rotina de limpeza industrial com uma escova cilíndrica faz grande
diferença no momento de realizar todo o processo de higienização. Sendo altamente
procurada para funções como limpeza de esteiras, lixamento, remoção de rebarbas, e em
alguns casos é utilizada para a higienização de pisos.
44
2.3.8. Motor de Corrente Contínua
As máquinas de corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto como
gerador. Porém, uma vez que as fontes rectificadoras de potência podem gerar tensão
contínua de maneira controlada a partir da rede alternada, pode-se considerar que,
actualmente, a operação como gerador fica limitada aos instantes de frenagem e reversão de
um motor (Lobosco & Dias, 2006). Considere abaixo na qual uma bobina, alojada em um
rotor confeccionado com material ferromagnético, se move com velocidade angular Ω [rd/s].
Admita ainda que há duas bobinas ligadas em série na parte fixa do dispositivo. Este conjunto
de bobinas é denominados enrolamentos de campo ou enrolamento de excitação. A parte fixa
é usualmente denominada estator e a parte móvel rotor.
Fig. 37: Bobina do Rotor Imersa em Região Magnetizada. Fonte: (Moura, 2014).
45
Fig. 38: Princípio de Funcionamento. Fonte: (Moura, 2014).
2.3.8.1. Aspectos Construtivos
O motor de corrente contínua é composto de duas estruturas magnéticas: Estator
(enrolamento de campo ou íman permanente), Rotor (enrolamento de armadura).
a) O estator
Estator é composto de uma estrutura ferromagnética com pólos salientes aos quais são
enroladas as bobinas que formam o campo, ou de um íman permanente (Lobosco & Dias,
2006).
Fig. 39: Desenho (a) e Foto (b) de um Motor CC de 2 pólos. Fonte: (Lobosco & Dias, 2006).
a) Rotor
46
Fig. 40: Rotor. Fonte: (Lobosco & Dias, 2006).
b) Escovas e Comutador
Quando a armadura de um motor DC gira dentro do campo do estator, é criada uma tensão
induzida no enrolamento da armadura. Num motor de corrente contínua, este efeito é
denominado por Força Contra-electromotriz (fcem). Usando a Lei de Faraday é possível
calcular a tensão gerada por esta força. O circuito de excitação e o circuito da armadura são
totalmente separados. A corrente de efeito de campo é fornecida a partir de uma fonte de
alimentação diferente da usada para a alimentação da armadura. A Figura 3 apresenta o
diagrama eléctrico de um motor de excitação separada.
47
Fig. 41: Motor de Excitação Separada. Fonte (Moura, 2014).
b) Motor De Excitação Em Série
Nos motores de excitação em série o circuito de excitação está directamente ligado à fonte de
alimentação e em série com a armadura do motor. Na Figura 4 é possível verificar que a
corrente da armadura passa através do enrolamento de efeito de campo, sendo assim
responsável pelo fluxo gerado. A velocidade do motor diminui de forma inversamente
proporcional à intensidade de corrente na armadura.
Nos motores de excitação em paralelo o circuito de excitação está directamente ligado à fonte
de alimentação e em paralelo com a armadura do motor. Nesta configuração, é apenas
necessário uma fonte de alimentação para ambos os circuitos, respectivamente, o circuito de
armadura e o circuito de efeito de campo, pois ambos se encontram em paralelo. Como o
enrolamento de efeito campo está em paralelo com o circuito da armadura, é possível utilizar
o mesmo tipo de condutor como no caso da excitação independente. A velocidade deste tipo
de motor poderá ser controlada mais facilmente, através da variação de tensão aplicada ao
enrolamento de efeito de campo. A Figura 49 apresenta o diagrama eléctrico de um motor de
excitação em paralelo.
48
Fig. 43: Motor de Excitação Em Paralelo. Fonte: (Moura, 2014).
d) Motor De Excitação Composta
O motor composto apresenta uma melhor resposta para cargas mais elevadas do que motor de
excitação em paralelo, isto deve-se ao aumento da corrente através dos enrolamentos de
efeito de campo em série. Devido ao enrolamento em série a intensidade do efeito de campo
aumenta, proporcionando um torque e velocidade mais elevados. O enrolamento adicionado
em paralelo irá limitar a velocidade máxima que o motor de excitação série tende a
ultrapassar para pequenas cargas e desta forma elimina a hipótese deste se auto destruir.
O campo magnético de excitação dos motores de ímanes permanentes é gerado, como o nome
indica, por ímanes permanentes, desta forma não é necessário fornecer energia para gerar este
campo magnético. O fluxo magnético do estator permanece, essencialmente, constante para
qualquer valor de corrente na armadura e, por consequência, a relação entre a velocidade e
49
binário do motor é sensivelmente linear. A Figura 51 apresenta o diagrama do circuito
eléctrico, equivalente, do motor DC.
Fig. 45: Diagrama do circuito eléctrico do motor DC. Fonte: (Moura, 2014).
O projecto ira usar motores de ímanes permanentes pelas vantagens que ele oferece.
Fig. 46: nomenclatura das engrenagens. Fonte: (Antonello & Franceschi, 2014).
a) Engrenagens Cilíndricas De Dentes Rectos:
São as engrenagens mais utilizadas, devido a sua facilidade de construção.
50
Fig. 47: características geométricas de uma engrenagem de dentes rectos. Fonte: (DIN 862).
O formulário das características geométricas também pode ser encontrado em (anexo A1).
Existem dois tipos de critérios para dimensionamento das engrenagens. Quanto ao desgaste e
quanto a resistência a flexão do pé de dente.
5 Mt i± 1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 ∙ ∙ ∙ φ(2)
Padm 2
i ±0,14
Onde:
5,72.105 é uma pressão absoluta (Pa em N/mm²) pode estar escrita Pa= 5,72.1011
N/m²;
b-Largura do dente [m],[mm];
d0-diâmetro primitivo [m],[mm];
Mt-Torque ou momento torsor [N.m],[N.mm];
Padm-pressão admissível [Pa=N/m²],[N/mm²];
i - Relação de transmissão Z2/Z1, d02/d01, n1/n2 [adimensional]
fs ouφ -factor de serviço (Tabelado ver anexo→A2) [adimensional]
a) Torque ou momento torsor:
51
3
30 ∙ 10 P
Mt= ∙ ; [ N ∙ mm ] ( 3 )
π n
Onde:
P – potencia desejada[ CV ou W ];
n – numero de rotações [ rpm ] ;
b) Relação de transmissão:
Z 2 d 02 n1
i= = = (4)
Z 1 d 01 n2
Onde:
Onde:
d) Factor de Durabilidade:
60 ∙ n p ∙ h
W= 6
( 6)
10
Onde:
52
Fig. 48: Engrenagem Biapoiada. Fonte: (Norma DIN862).
Em Balanço:
A tensão actuante no pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material
indicado. Pois se isto não ocorrer haverá falha do material devido ao sub-dimensionamento.
F t ∙q ∙ φ
σ max= ≤ σ material (7)
b ∙m n
Onde:
σ material – tensão máxima admissível das engrenagens de dentes rectos (ver anexo A5)
M t 2∙ M t
F t= = (8)
r0 d0
Onde:
M t -Torque [N.mm]
Fig. 50: forças actuantes no pé do dente das engrenagens. Fonte: (Antonello & Franceschi,
2014)
b) Carga Radial (Fr):
Atua na direcção radial da engrenagem. É determinada por meio da tangente do ângulo de
pressão α :
Fr
tgα= → F r =Ft ∙ tgα (9)
Ft
54
Onde:
F n=√ Ft + F r (10)
2 2
d min ≥ 2,17 ∙
√
3 b ∙ Mi
σ fadm
(11)
Onde:
55
1
b=
( )
4
Caso 2: d∫ do pinhao → Para eixos vazados;
1−
d ext do pinhao
√ ( )
2
2 a ∙ Mt
M i= M r + (12)
2
Onde:
c) Momento resultante ( M r ):
As cargas em eixos de transmissão de rotação é predominantemente dois tipos:
Essas cargas normalmente ocorrem em combinação, porque, o torque transmitido pode estar
associado com forças nos dentes das engrenagens ou de catracas fixadas aos eixos. O carácter
de ambas as cargas pode ser fixo (constante) ou variar no tempo.
A teoria para o cálculo do momento resultante é o mesmo da teoria das vigas, para obter
determinamos os esforços internos e construímos os respectivos diagramas (força cortante e o
momento flector) porem tem duas particularidades:
56
M r= √ M radial 2 + M tangencial2 ( 13 )
d) Coeficiente de Bach (a )
σ fadm
a= ( 14 )
τ tadm
Onde:
Ambos os valores são extraídos da tabela devido o tipo de material na qual o eixo foi
fabricado.
Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente: são os mais usuais,
devido ao facto de apresentar elevado módulo de elasticidade. Quando utilizados com
mancais de deslizamento, devem ser endurecidos superficialmente (total ou parcial);
Ferro fundido nodular: empregado principalmente quando há engrenagens ou junções
integralmente fundidas ao eixo;
Bronze e aço inoxidável: utilizados em ambientes corrosivos ou marítimos
57
Fonte: (Andrade, 2020)
2.4.3. Dimensionamento das Correntes Segundo A Norma GOST-URSS
O desgaste é o principal critério que deve ser levado em conta nas transmissões por correntes.
Os valores encontrados para a roda dentada e a corrente nesse critério asseguram o perfeito
funcionamento da transmissão. Considera-se a transmissão desgastada quando ocorrer
alongamento provocado pelo estiramento das talas e o desgaste das articulações, no momento
em que alongamento atingir aproximadamente 3% do comprimento original. Deve
dimensionar o número adequado de dentes para que a transmissão funcione adequadamente,
caso isto não ocorra, a transmissão pode ser comprometida ou o ruído pode aumentar
sensivelmente. Para que a corrente seja adequada numa transmissão segundo a norma verifica
– se:
58
Utiliza – se uma tabela que determina o número máximo de dentes da engrenagem menor
(pinhão) por meio da relação de transmissão.
Rolos: Zmin ≥ 9
Silenciosas Zmin ≥ 13
Número máximo de dentes:
b) Velocidade da corrente (V c )
V c =Z 1 ∙ t ∙ n1 (15)
c) Passo (t)
Passo da Corrente – quanto menor melhor será a transmissão ver anexo (A6).
Rolos – Vp =12m/s;
59
Dentadas – Vp =16m/s;
e) Factor de operação – K
K=ks ∙ kl ∙ kpo (17 )
60
CAPÍTULO III: Metodologias
A metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender e
avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa académica. Em um
nível aplicado, a metodologia examina, descreve e avalia os métodos e as técnicas de
pesquisa que possibilitam a colecta e o processamento de informações, visando ao
encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação (Freitas &
Prodanov, 2013, p.14).
Quanto a natureza da pesquisa Como trata-se de uma aplicação prática e o projecto criou,
estendeu novos conhecimentos, deu um esclarecimento de algumas teorias já existentes, e
como o projecto visa dimensionar uma vassoura e com isso dar melhoria no processo de
limpeza de ruas resolvendo assim alguns problemas, portanto quanto a natureza encaixa – se
na pesquisa aplicada.
Quanto aos objectivos empregou-se a pesquisa exploratória, uma vez que ajudou –nos na
colecta de dados preliminares para a realização do projecto e de modo a delimitar o campo de
pesquisa, para tal foi feita uma leitura bibliográfica em livros e Web sites cujas fontes
constam nas bibliografias do projecto. Foi também feita uma conversa directa com os
funcionários do CMCN da área de limpeza durante a colecta de dados (fotos dos
colaboradores para o projecto e aquisição das respostas do questionário em anexo).
Quanto aos procedimentos usou-se uma pesquisa bibliográfica, uma vez que o projecto foi
desenvolvido com base em material já elaborado como livros, artigos científicos, e catálogos
e com um caso de estudo único que é o Conselho Municipal da Cidade de Nampula.
Foram usadas três normas com base no objectivo do projecto, que são:
61
DIN 862 e 867 (Deutsches Institut für Normung) – A Norma foi usada para poder
seleccionar melhor as engrenagens ideais.
DIN 1611 (Deutsches Institut für Normung) – esta norma foi desenvolvida com o objectivo
de seleccionar melhor os eixos de transmissão.
Gost – URSS (Gost Union of Siviet Socialista Republics) – Assim a norma foi usada para o
dimensionamento de correntes de transmissão para o mecanismo.
Foram usados também suportes tecnológicos para realização do projecto destacando o uso
dos softwares Ftool e o Solidworks.
O software Solidworks é muito usado nos projectos de Engenharia, não sendo excepção
neste projecto, o software foi usado para a representação do Layout da vassoura mecânica
proposta, representando todos os componentes que serão interligados.
O Ftool é um software de cálculo estrutural que se destaca pela sua simplicidade e vertente
prática. Para o projecto nos permite a análise de estruturas pois poderemos obter diagramas
dos esforços e momentos assim como as forças e momentos máximos para o
dimensionamento dos eixos.
62
CAPÍTULO IV: Apresentação de resultados
O layout da vassoura mecânica apresenta diversos componentes, e de forma geral. Neste
capítulo iremos seleccionar os componentes de maneira que vassoura exerça com eficiência
oque foi projectada, assim com a devida manutenção dando – lhe uma vida útil longa.
a) Velocidade em vazio
120 ∙ f 120 ∙60
Ns= = =1800rpm
P 4
b) Torque
T =0,001 ∙ mtotal ∙ g=0,001∙ 20 ∙ 10=0,2 Nm
c) Potencia teórica necessária
Pselecionada ≥ P teorica necessaria
Pselecionada ≥ 360W
Segundo a WEG Standard Product Catalog pág. 19, e de acordo com a potência o motor CC
seleccionado é o motor escovado de íman permanente com capacidade de 370W 24V DC
3600 RPM.
O tempo de autonomia de carga da vassoura foi estimado em 5 horas, pois acredita-se que
dentro deste intervalo de tempo em condições normais é possível fazer a limpeza.
Como a tensão máxima do motor seleccionado é da ordem dos 24 V, vamos definir uma
tensão do sistema de 36 V pois é um valor de tensão de bateria que pode ser encontrado no
mercado, e ao mesmo tempo será suficiente para suprir as necessidades gerais.
Capacidade da Bateria
A capacidade de uma bateria é definida pela multiplicação da corrente necessária pelo tempo
de autonomia de carga da bateria assim:
A bateria seleccionada encontra – se no Ossuman Yacub, pelo seu baixo custo e abundância
no mercado e apresenta as seguintes características técnicas:
Modelo 36 xV 45 Ah
Tensão 36 V
Capacidade 50 Ah
Dimensão 85x190x70
Peso 2 kg
5 h … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … ., , … … … .29 Ah
t bateria emfuncionamento … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … 45 Ah
5 ∙ 45
t bateria emfuncionamento= =7,76 h=7 horas e 46 min
29
64
4.1.2. Dimensionamento das Engrenagens
Seguindo os passo a passo da norma DIN 862 e 867 iremos determinar o diâmetro primitivo
do pinhão para seleccionar o par de engrenagens à partir dos catálogos do diâmetro primitivo
escolhido deve ser maior ou igual ao calculado, utilizando a Eq. 2 Temos:
5 Mt i± 1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 ∙ ∙ ∙φ
Padm
2
i ±0,14
Dados extraídos do motor: Pmotor =370 W ; n motor=3600 rpm ; i=2. Assumindo que material de
fabricação das engrenagens é o SAE 1020.Utilizando o A3 extraiu – se o valor da Dureza
Brinell, HB = 1400 – 1750 (ver anexo 3). Utilizaremos o valor médio que é HB = 1575
N/mm2;
h é duração do par esta padronizado varia de 104 a 106 horas, assumindo 104 h;
60 ∙ nm ∙ h 60 ∙ 3600 ∙10
4
W= 6
= 6
=2160
10 10
Como o engrenamento é externo utiliza –se o sinal positivo (+), com o anexo A2 factor de
serviço é 1:
981,46 2+1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 5 ∙ ∙ ∙1
213,36 2+0,14
2
5
b ∙ d 0=0,173 ∙ 10
Como será Biapoiada a relação da largura e diâmetro primitivo da engrenagem tem –se:
65
b
≤ 1,2
do
{
b ∙ d o=0,173 ∙10 5
{
5
↔ b ∙ d o=0,173∙ 10 ↔ ¿
b
=1,2 b=1,2 d o
do
Com o diâmetro primitivo do pinhão, vamos ao catálogo geral de engrenagens da norma ASA
e DIN para correntes de transmissão linha standard pag. 3, para seleccionar o par de
engrenagens com diâmetro igual ou superior em relação ao calculado. (ver anexo A11).
Verificação de segurança
Critério de Resistência a Flexão no pé do dente, segundo a norma diz: "A tensão actuante no
pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material indicado."
F t ∙q ∙ φ
σ max= ≤ σ material
b ∙m n
66
M t 2∙ M t 2∙ 981,46
F t= = = =16,2 N
r 01 d 01 121,4
d o 1 121,4
m= = =3,035
Z1 40
Como se encontra no intervalo de 1 a 4 (ver anexo A10), temos o incremento de 0,25 para
obtermos modulo normalizado: mn=m+0,25=3,035+0,25=3,285 mm. Assumindo b=2 mm.
σ max ≤ σ material
F t ∙ q ∙φ
↔ ≤ σ material
b ∙ mn
16,2 ∙2,9 ∙ 1
↔ ≤ 90 MPa
2∙ 3,285
De acordo com os cálculos verifica a segurança, então podemos utilizar o par acima
seleccionado.
Para poder seleccionar a corrente adequada segundo a Norma primeiramente iremos calcular
a carga máxima de ruptura, a partir da Eq. 16.
F rup=F t ∙ ns ∙ K
Através da tabela 3 com o No de rotações (3600 rpm) extraímos o passo p = 1,3mm, então a
partir do anexo A11 para correntes de rolos temos o factor de serviço temos: ns=13,2.
67
Com a Eq. 17: Factor de operação, temos: K=ks ∙ kl ∙ kpo.
K=1,5∙ 1∙ 1=1,5
Com a carga máxima de ruptura da corrente vamos seleccionar a corrente adequada a partir
do catálogo de produtos da DIN 8081 (ver anexo A 5).
Verificação de segurança
Z2 =i∙ Z 1=2 ∙ 40=80 Dentes, logo verifica a segurança quanto a número máximo de dentes
das engrenagens.
Z1 ∙t ∙n motor
V c= ≤ V max
60000
40 ∙1,3 ∙ 3600
≤ 12 m/ s
60000
m m
3,12 ≤ 12
s s
Quanto a velocidade também verifica, portanto como ambas condições foram satisfeitas a
correte de rolos acima seleccionadas é adequada.
68
4.1.4. Dimensionamento dos Eixos
Segundo a norma para seleccionar o eixo adequado determina-se o diâmetro mínimo do eixo
de acordo com Eq. 11:
d min ≥ 2,17 ∙
√
3 b ∙ Mi
σ fadm
Para determinarmos o diâmetro mínimo dos eixos temos como os dados de entrada:
Pmotor =370 W ; Z 1=40 ; Z 2=80 ; n motor=3600 rpm e F t=16,2 N . Assumindo o material de
fabricação dos eixos aço ABNT 1025 (ST4211), com recurso ao anexo A12 extraímos:
o
σ fadm=50 MPa ; τ tadm=23 MPa ; Dureza Brinell HB=( 120−140 ) MPa ; e angulo de pressao α=20
.
Para obter o momento ideal iremos utilizar a Eq. 12, com o recurso ao software FTOOL
vamos extrair os valores dos momentos máximos das duas forças, concretamente da força
tangencial e radial acrescentando o peso da engrenagem.
69
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:
70
σ fadm 50 MPa
a= = =2,174
τ tadm 23 MPa
√ a∙ Mt 2
( ) √ ( )
2
2 2 2,174 ∙ 981,46
M i= M r + = 1311 + =1690,23 N ∙ mm
2 2
d min ≥ 2,17 ∙
√
3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙1690,23
50
=2,17 ∙ √3 93,42=7 mm
Para o segundo eixo possuirá duas engrenagens (pinhão e corroa) portanto as forças vão
alterar assim como o momento resultante, logo:
71
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:
√ ( a∙ Mt 2
) √ ( )
2
2 2 2,174 ∙ 981,46
M i= M r + = 1340 + =1712,82 N ∙ mm
2 2
d min ≥ 2,17 ∙
√
3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙1712,82
50
=2,17 ∙ √3 111,2=7 mm
Para o terceiro eixo possuirá pinhão e a escova industrial cilíndrica portanto as forças vão
alterar assim como o momento resultante, logo:
72
{ F t 3 =Ft + P engr enagem + Pescova=20+10 ( 0,425+1,2∙ 0,5 )=30,25 N
Fr 3 =Fr + P engrenagem + Pescova=7,28+ 10 ( 0,425+ 1,2∙ 0,5 )=17,53 N
73
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:
√ ( ) √
2
( )
a∙ Mt2 2,174 ∙ 981,46
2
M i= M r + = 18692 + =2152,1 N ∙ mm
2 2
d min ≥ 2,17 ∙
√
3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙2152,1
50
=7,6 mm ≈ 8 mm
Como dos três eixos o maior diâmetro é o terceiro eixo, então vamos na pág. 24 do catálogo
geral dos eixos ADR Brasil, (ver anexo A) para seleccionar o eixo com diâmetro mínimo
maior ou igual aos calculados.
Dados Resolução
C=0,5 m=500 mm Área do colector de lixo:
L=0,75m=750mm Ac =C ∙ L=500∙ 750=375000 mm
2
75
V c =3750 ∙ 30=112500 cm 3
Massa do colector
n
mc =∑ A c ∙ P chapa
i=1
P e + Pmc
C= ∙S
N
a) Peso do equipamento, carrinho ou estrutura (kg)
Pe =Pmotor + P bateria+ P acessorios
Pe =3,3+2,8+7,2=13,3 kg
76
Calculando a carga por roda em kg para podermos seleccionar, teremos:
13,3+ 9,34
C= ∙1,5=8,49 kg
4
Com a capacidade de 8,49 kg, escolhemos as rodas no catálogo da ROD-CAR página 06, (ver
anexo A7).
77
CAPÍTULO VI: Conclusão
78
6.1. Recomendações
79
6.2. Referências Bibliográficas
80
6.3. Anexos
A1: Características Geométricas DIN 862 e 867
81
A2: factor de serviço
82
A3: Tabela de dureza Brinell dos matérias mais utilizados na fabricação de engrenagens
83
A6: Coeficiente de segurança para as rodas
84
A9: página 3 do catálogo geral das engrenagens da norma DIN
85
A10: Módulos Normalizados (m) DIN 780:
86
A13: Características das chapas metálicas:
87
A15: catálogo da WEG
88
A16: Catalogo Geral dos Eixos ADR Brasil
89
A18: Facturas
90
91
92
93