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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

Dimensionamento De Uma Vassoura Mecânica Para Auxiliar No Processo


De Limpeza De Estradas E Passeios. Caso De Estudo: Conselho Municipal
Da Cidade De Nampula.

Autor: Narcisio Silva Jackson


Supervisor: Teófilo Zemaoge, Eng.º
Co-supervisores: Lourenço Matandire, Eng.º

Pemba, 2022
Universidade Lúrio
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica

Dimensionamento De Uma Vassoura Mecânica Para Auxiliar No Processo


De Limpeza De Estradas E Passeios. Caso De Estudo: Conselho Municipal
Da Cidade De Nampula.

Projecto apresentado ao Curso Licenciatura


em Engenharia Mecânica da Universidade
Lúrio, como cumprimento Do Requisito
Obrigatório Para Obtenção Do Grau De
Licenciado Em Engenharia Mecânica.

Autor:
_________________________________
(Narcisio Silva Jackson)

Supervisor:
_________________________________
(Teófilo Zemaoge, Eng.º)

Co-supervisor:
_________________________________
(Lourenço Matandire, Eng.º)

Pemba, 2022

ii
PENSAMENTO

"O homem não vive como ele quer, por isso é obrigado a manter o
equilíbrio entre a mente e coração " (Manuel Fonbe).

iii
PÁGINA DE ACEITAÇÃO

_________________________________________

Presidente do Júri

_________________________________________

Secretário

_________________________________________

Vogal

Cidade e data:

iv
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, declaro por minha honra que esta monografia, é resultado do meu próprio esforço e
empenho. Está sendo submetido ao Departamento de Engenharia Mecânica para efeitos de
avaliação e defesa.

Declaro ainda que, são verdadeiras todas as informações que constam neste projecto.

Assinatura: ____________________________________________

Data: _________________________

v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por, mais uma vez, me proporcionar esse momento de buscar novos
conhecimentos, de ter-me dado forças nos momentos mais difíceis desta caminhada, e por me
conceder a graça da vida.

Ao meu irmão Adriano Eliseu Chicra, minha avó Filomena Samuel e meu tio Raimundo
Adriano, que com muita paciência, compreenderam os momentos em que tiveram que me
auxiliar nesta etapa, para superar as dificuldades.

Aos amigos, colegas e docentes, pelas oportunidades de compartilhar conhecimentos e


experiências, trocando ideias e sugestões que auxiliaram no desenvolvimento do trabalho.

Agradecer de coração aos meus docentes Teófilo Zemaoge e Lourenço Matandire que com
competências e extraordinárias capacidades buscaram sempre me auxiliar em todos os
momentos e me proporcionaram muitas lições e desafios que contribuiu para o
desenvolvimento do trabalho até aqui.

vi
DEDICATÓRIA
Em um primeiro momento dedico este trabalho a minha família, que me inspiraram a
compreender melhor os desafios que temos que enfrentar e visualizar o melhor caminho a ser
trilhado, com valores e princípios que nos dão sustentação para sermos o mais justo possível,
em especial aos meus pais Silva Jackson Mucheliua e Ana Maria Adriano dos Santos, e que
Deus lhes dê eterno descanso.

vii
Lista de siglas e abreviaturas

viii
RESUMO

ix
ABSTRACT

x
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização
Falar de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos - GRSU é algo relativamente novo para
Moçambique, um país que conquistou sua independência política e administrativa em 1975.
Pois questão da GRSU nas cidades de Moçambique é ainda um grande desafio, assim como
em muitas cidades Áfricas. O lixo em Moçambique não é só um problema ambiental, mas
muitas vezes uma combinação de problemas sociais, económicos (Mertanen, Langa &
Ferrari, 2013).

De acordo com censo 2017 estima – se que na cidade de Nampula, vivem mais de 743 125
habitantes, segundo a Dra. Guilhermina Faria responsável pela Direcção Municipal de Gestão
de Resíduos Sólidos e Salubridade na cidade de Nampula em média cada munícipe produz
por dia cerca de 1 kg de lixo e somente cerca de 247,71 toneladas, são depositadas nas
lixeiras, e o restante em muitas vezes é depositado em locais inadequados. Segundo Técnico
Jaime Perandio um dos supervisores dos colaboradores de limpeza do Conselho Municipal da
Cidade de Nampula (CMCN), das 495,42 toneladas que correspondem à 89% do total de lixo
produzido diariamente, encontram-se nas principais ruas. Assim os principais resíduos que
são descartados nas ruas da cidade, correspondem a: restos de comida, plásticos, papéis,
vidros e areia a beira da estrada. O método actual de remoção dos resíduos sólidos nas ruas
consiste em um processo de retirada manual do lixo fazendo-se o uso de materiais como:
vassoura, carrinhas, ancinhos, pás, entre outros. E este processo é efectuado por
funcionários/colaboradores do CMCN.

Com o projecto pretende-se dimensionar uma vassoura mecânica que será fabricada
utilizando material de fácil aquisição local tais como: rodas, chapas, tubos metálicos, eixos,
correntes, engrenagens e escovas de limpeza. Será operada de uma maneira simples, na qual
prevê-se que o motor eléctrico de corrente continua (DC), accione um eixo na qual é fixado
um par de rodas, o eixo fará com que as rodas sejam movidas para uma posição desejada,
provocando o accionamento da corrente que é conectado às engrenagens em ambos os lados.
A corrente é movida de acordo com a roda e engrenagem fazendo assim a escova movendo-
se na direcção oposta das rodas com isso escova rasteja os resíduos presentes no chão para
caixa de chapa metálica (colector de lixo) caixa é removida para despejar os resíduos nos

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locais apropriados. Fornecendo uma limpeza fácil, eficiente em pouco tempo, e reduzindo os
esforços humanos.

1.2. Problematização
Dos numerosos problemas ambientais existentes, o dos resíduos sólidos tornou-se um dos
maiores desafios da actualidade (Gutmann & Kristen, 2012). Com o crescimento da
população, houve um aumento na produção de bens e alimentos. Estes, por sua vez, à medida
que são produzidos e consumidos, acarretam uma geração cada vez maior de resíduos
sólidos, os quais, dispostos inadequadamente, trazem significativos impactos à saúde pública
e ao meio ambiente.

A poluição do ar é um dos problemas emergente e exponencialmente crescente. Segundo a


Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos principais contribuintes da poluição do ar é
partícula da poeira do solo prejudicial. Essas partículas de poeiras são formadas pela areia a
beira da estrada através dos resíduos rodoviários (lamas nos pneus, sapatos entre outros).

O conselho municipal da cidade de Nampula (CMCN) tem a responsabilidade de efectuar a


limpeza nas estradas e passeios, por possuir áreas de ocupação muito grande as vassouras
tornam o processo muito lento e trabalhoso. Segundo um dos supervisores dos colaboradores
de limpeza, técnico Jaime Perandio normalmente este processo não atrai colaboradores
jovens segundo CMCN na sua maioria os colaboradores são do género feminino e a idade dos
colaboradores estão na faixa dos 30 á 45 anos de idade. Os colaboradores são distribuídos em
grupos no mínimo 15 e um máximo de 50 elementos como tentativa de suprir área de
demanda porem na realidade o cenário é diferente, por exemplo para avenida do trabalho é
necessário 122 colaboradores que é um número significativamente grande. As actividades
iniciam 4h30min terminam as 7h tendo 2h30min para o trabalho e ainda assim temos
visualizados acima da hora prevista os colaboradores efectuando o processo e perturbando
assim a movimentação dos munícipes. Pois esse processo manual causa cansaço as mãos e
até pode causar danos ao ombro, por ser um processo contínuo, produz fadiga, é um processo
demorado e trabalhoso. Portanto

Como reduzir o tempo e esforço dos colaboradores do Conselho Municipal Cidade de


Nampula no processo de limpeza das estradas e passeios e os custos inerentes ao
processo?

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1.3. Justificativa
Este estudo torna-se importante e justificável porque, com esta vassoura além de definir um
método alternativo de limpeza das estradas e passeios permite dar um avanço tecnológico
neste sector, a vassoura mecânica funciona no princípio simples do movimento centrífugo de
escova cilíndrica jogando resíduos sólidos na superfície da estrada para o recipiente (colector
de lixo), reduzindo assim os acessórios utilizados tais como: baldes, carrinhas, tambores, etc.
utilizara materiais de aquisição local, e é eficiente.

Como na sua maioria são idosos com esta vassoura mecânica reduzirá o esforço deles, o
tempo de operação, e também o número de elementos dos grupos de limpeza pois um
colaborador pode monitorar dois mecanismos. A escova cilíndrica é mais consistente em
relação as actuais, reduzindo assim os custos periódicos de compra de matérias de limpeza
tais como: vassouras, pás, carinhas entre outros. Com redução do números dos elementos nos
grupos haverá a possibilidade dos colaboradores efectuarem escalas, dando-lhes descansos
longos, bem como o conselho municipal da cidade de Nampula pode reduzir o número de
colaboradores neste sector reduzindo assim os gastos totais neste processo.

Espera-se que este projecto, cujos objectivos são expostos a seguir, possa auxiliar os gestores
da área em causa no conselho municipal da cidade de Nampula no planeamento estratégico
dos SLUs ajudando a definir novos objectivos, avaliar resultados, estabelecer e quantificar
novas metas.

13
1.4. Delimitação Do Tema
A presente pesquisa irá focar no dimensionamento da vassoura mecânica que pode se aplicar
em diversos locais como estradas, estações ferroviárias, aeroportos, hospitais, faculdades etc.
porem foco da aplicação da vassoura é no auxílio para os colaboradores/funcionários do
Conselho Municipal da Cidade de Nampula responsáveis na limpeza de ruas da cidade. A
área definida para o estudo é a cidade de Nampula situa-se, aproximadamente, no centro do
espaço geográfico do distrito que leva o mesmo nome (distrito de Nampula), um pouco
deslocada para NE, e ocupa uma área de 404 km2. Nampula é a cidade capital da província do
mesmo nome, em Moçambique, também é conhecida como a Capital do Norte.
Administrativamente, a Cidade de Nampula é um município, tendo um governo local eleito.
O Município de Nampula, Possui uma Superfície total de 404 km², com 6 Postos
Administrativos Municipais e 18 Bairros e tem 743 125 Habitantes (Censo, 2017).

Fig. 1: Cidade de Nampula. Fonte: (Felio, 2014)


A vassoura será aplicada nas estradas e passeios da cidade de Nampula, priorizando – se as
vias mais movimentadas tais como:

 Rua Paulo Samuel Kancomba: CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique) á HCN


(Hospital Central de Nampula);
 Avenida 25 de Setembro: Praça dos Heróis á Total;
 Avenida 3 de Fevereiro: Praça da Retunda á Belenenses;
 Avenida do Trabalho: Faina á Rex;
 Rua dos sem medo: Prédio Carvalheira á Igreja São José.
Na fase do balanço económico vamos seleccionar uma das ruas para efectuar uma análise
financeira dos gastos inerentes a rua escolhida com método actual e com a hipotética
implementação da vassoura mecânica.

14
1.5. Objectivos

1.5.1. Objectivo geral:


Dimensionar uma vassoura mecânica para auxiliar no processo de limpeza de estradas e
passeios.

1.5.2. Objectivos específicos:


 Contextualizar limpeza em zonas urbanas;
 Identificar o método actual de limpeza das estradas e passeios da cidade de Nampula;
 Descrever os componentes utilizados na vassoura mecânica;
 Demostrar os cálculos do dimensionamento dos elementos da vassoura mecânica;
 Ilustrar o layout da vassoura mecânica;
 Analisar o estudo de viabilidade do projecto;
 Apresentar o orçamento geral do projecto e de manutenção.

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CAPÍTULO II: Fundamentação Teórica

2. Conceitos básicos
No que tange os lixos urbanos não é um conteúdo novo, pois mesmo nas mais simples
actividades humanas produzimos lixo. Isto se dá tanto na preparação como ao fim da vida útil
daquilo que é processado. Ao prepararmos nossos alimentos, por exemplo, sobram cascas,
folhas, peles, etc. e, ao final, ossos, sementes e etc. Tanto o lixo como os dejectos devem ser
segregados e destinados a locais onde não criem problemas para as actividades comunitárias.

Os Sistemas de Limpeza Urbanos (SLUs), diz para melhor percepção das vantagens e
desvantagens dos resíduos sólidos é necessário uma percepção dos seguintes termos:

 Colecta: principal actividade, corresponde a remoção dos resíduos produzidos na área


urbana dos municípios. Segundo JARDIM (1995), a colecta e o transporte para o local
de tratamento/disposição final são acções de grande visibilidade para a população,
tendo como objectivo impedir o desenvolvimento de vectores transmissores de
doenças, os quais encontram alimento e abrigo no lixo.
 Limpeza de ruas: é vista predominantemente como factor de embelezamento das
vias públicas, essa actividade consiste na remoção de resíduos e dejectos em lugares
públicos bem como sua destinação final apropriada, com objectivo de eliminação de
focos transmissores de doenças e à preservação do meio ambiente.
 Transporte: é uma actividade distinta da colecta quando as distâncias de remoção até
os pontos de destinação final passam a ser longas. Quando as distâncias a serem
vencidas até o local de disposição final são grandes recomenda-se o uso de estações
de transferência ou de transbordo que limitam o percurso dos veículos colectores,
gerando maior economia e permitindo o transporte dos resíduos sólidos em veículos
com capacidade entre 40 e 60 m3 com custos unitários de transporte usualmente
reduzidos (JARDIM, 1995).
 Tratamento/disposição final dos resíduos sólidos: normalmente, esta operação é
efetuada imediatamente após a colecta. Quando o processamento tem por objectivo
fundamental a diminuição dos inconvenientes sanitários ao homem e ao meio
ambiente e o reaproveitamento de materiais e energia, diz-se então que os resíduos
sólidos foram submetidos a um tratamento. A disposição final corresponde a última
fase de um serviço de limpeza urbana.
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 Serviços complementares: por exemplo, limpeza do sistema de captação de águas
pluviais, limpeza de monumentos, túneis, escadarias, abrigos, feiras, hospitais, capina,
entre outros.
Os problemas de saneamento não é uma abordagem recente pois é sabido que desde o início
da humanidade que é um dos grandes desafios de muitas populações em todo o mundo
principalmente em países subdesenvolvidos e Moçambique é um deles.

Com todas as definições acima da – nos a perceber que o impacto negativo dos resíduos
sólidos afecta diversas áreas de um país (Económica, Ambiental e Social). Para Moçambique
assim como muitos países africanos a Gestão dos Resíduos Sólidos ainda é uma realidade a
ser vencida e a solução efectiva desse problema não será da noite por dia, porem a cada dia
surgem novas sugestões para ultrapassarmos este problema. Portanto o projecto pretende
dimensionar uma vassoura para auxiliar no processo de limpeza de ruas caso de estudo
Cidade Nampula.

2.1. Fontes de Resíduos Sólidos Nas Estradas


Segundo o Feldmann (2012), os resíduos sólidos das ruas dividem – se em quatro categorias
principais:

2.1.1. Resíduos Naturais


Estes incluem poeira soprada de áreas a beira da estrada, às vezes de dentro da cidade e às
vezes de uma grande distância, e vegetação em decomposição, como folhas caídas, flores e
sementes que originam árvores e plantas na cidade. Os resíduos naturais não podem ser
evitados, mas podem ser controlados por medidas como a selecção criteriosa dos tipos de
árvores plantadas na cidade.

2.1.2. Resíduos do Trânsito Rodoviário


Veículos automotores depositam óleo, borracha e lama, além disso, há às vezes,
derramamento acidental da carga de um veículo. Animais puxando veículos depositam
excrementos na superfície da estrada. Os resíduos de trânsito são em grande parte inevitáveis,
mas algum controle legislativo é possível nos casos de derramamento de carga e canteiros de
obras.

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2.1.3. Resíduos Comportamentais
A principal fonte de resíduos é o lixo jogado pelos munícipes e resíduos domésticos ou
comerciais varridos ou jogados fora de instalações privadas em vez de ser colocado no
recipiente adequado para o efeito.

2.1.4. Resíduos Humano


A saliva e os excrementos de animais domésticos também se enquadram nesta categoria e
juntos oferecem risco à saúde, que surge de resíduos de rua devido à inalação de poeira
contaminada por saliva e excrementos secos.

Com o projecto pretende – se efectuar limpeza dos resíduos das categorias comportamentais e
naturais. Pois são os resíduos sólidos mais frequentes nas ruas da cidade de Nampula de
acordo com os dados obtidos no CMCN (ver Anexo 17).

2.2. Processo Actual de limpeza das ruas no município de Nampula


O método actual de limpeza da sujeira nas ruas da cidade de Nampula é um processo manual.
No processo, a limpeza é feita com a ajuda de uma vassoura para limpar a sujeira e areia.
Uma pessoa continuamente faz uma acção de deslizar a vassoura no chão e a mesma pessoa
depois de acumular o lixo, recolhe com as próprias mãos para o balde até terminar a sua área
de ocupação, como mostrado na figura abaixo. Por vezes esse processo é feito em grupo
usando carrinhos de mão.

Fig. 2: Processo de Limpeza actual. Fonte (Autor).

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Se observarmos esse processo, então podemos encontrar as seguintes limitações que são
dadas abaixo de:

 Este processo cansa a mão e até causar danos ao ombro;


 Por ser um processo contínuo, produz fadiga e perigoso para a saúde do varredor;
 É um processo demorado e trabalhoso.
 As partículas de poeira presentes na estrada, quando misturadas com a neblina e
forma smog, isso diminuem a visibilidade na estrada, o que resulta em manuseio
incorrecto e acidentes fatais.
 O contacto entre a superfície da estrada e a superfície de pneu reduz devido à
presença de camada de partículas de poeira entre eles, durante a travagem e viragem
do veículo, causa o problema como derrapagem.
 Partícula de poeira estranhas ao entrar nos olhos do condutor ou peão causa
desconforto e irritação que é um problema crítico ao dirigir ou andar em uma estrada
movimentada.
Devidas as limitações por vezes não há aquele rigor no processo (não terminando no tempo
estabelecido ou por vezes não cumprindo a demanda).

Por exemplo a rua Dar es Salaam enfrente do restaurante português esta sendo instinta como
ilustra a figura abaixo.

Fig. 3: Situação Critica. Fonte: (Autor)


Com a facilidade que a vassoura a ser dimensionada trará, as ruas poderão ser constantemente
varridas, em um curto tempo sem muito esforço isso evitara esses episódios.

19
2.3. Descrição Dos Matérias Da Vassoura Mecânica
2.3.1. Eixos
De acordo com Gordo e Ferreira (2013, p197) "Eixos são elementos mecânicos utilizados
para articular um ou mais elementos de máquinas, quando móveis, os eixos transmitem
potência por meio do movimento de rotação".

Segundo Franceschi e Antonello (2014) eixos são elementos de máquinas utilizados para
suportarem componentes rotativos e ou transmitir potência ou movimento rotativo ou axial,
os eixos trabalham em condições extremamente variáveis de carregamento. Apresentam
normalmente forma cilíndrica (existem excepções). Podendo apresentar perfis lisos e
compostos, bem como se apresentarem com seções cheias ou vazadas, com grande variedade
de tamanhos, consequentemente podendo ser utilizados em diversos campos de aplicação na
engenharia.

Tendo como base as duas definições podemos dizer que eixo é uma haste cilíndrica que
transmite movimento.

Fig. 4: Eixo De Transmissão. Fonte: (https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images).


2.3.1.1. Constituição Dos Eixos
A maioria dos eixos são construídos de aço com baixo e médios teores de carbono. Os eixos
com médio teor de carbono exigem um tratamento térmico superficial, pois estarão em
contacto permanente com buchas, rolamentos e materiais de vedação. Existem eixos
fabricados com aços-liga, altamente resistentes (Gordo & Ferreira 2013).

2.3.1.2. Classificação Dos Eixos


De acordo com Gordo e Ferreira (2013) quanto à seção transversal, os eixos são circulares e
podem ser maciços, vazados, cónicos, roscados, ranhurados ou flexíveis.

a) Eixos maciços
Apresentam a seção transversal circular e maciça, com degraus ou apoios para ajuste das
peças montadas sobre eles. Suas extremidades são chanfradas para evitar o rebarbamento e
suas arestas internas são arredondadas para evitar a concentração de esforços localizados.
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Fig. 5:Eixo Maciço. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).
b) Eixos vazados
São mais resistentes aos esforços de torção e flexão que os maciços. Empregam-se esses
eixos quando há necessidade de sistemas mais leves e resistentes, como os motores de aviões.

Fig. 6: Eixo Vazado. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).

c) Eixos cónicos
Devem ser ajustados num componente que possua furo de encaixe cónico. A parte ajustável
tem formato cónico e é firmemente fixada por meio de uma porca. Uma chaveta é utilizada
para evitar a rotação relativa.

Fig. 7: Eixo Cónico. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).


d) Eixos roscados
Possuem algumas partes roscadas que podem receber porcas capazes de prenderem outros
componentes ao conjunto.

21
Fig. 8: Eixo Roscado. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).

e) Eixos ranhurados
Apresentam uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. As ranhuras
engrenam-se com os sulcos correspondentes das peças a serem montadas neles. Os eixos
ranhurados são utilizados quando é necessário transmitir grandes esforços.

Fig. 9: Eixo Ranhurado. Fonte: (Gordo & Ferreira 2013).


f) Eixos flexíveis
Consistem em uma série de camadas de arame de aço enrolado alternadamente em sentidos
opostos e apertado fortemente. O conjunto é protegido por meio de um tubo flexível, e a
união com o motor é feita com uma braçadeira especial munida de rosca. Os eixos flexíveis
são empregados para transmitir movimento a ferramentas portáteis que operam com grandes
velocidades e com esforços não muito intensos.

O eixo que será utilizado no projecto é o eixo maciço, pois as características dele são as mais
adequadas para o trabalho que se pretende desempenhar.

2.3.2. Correntes
Segundo Franceschi e Antonello (2014, p.78) Correntes são elementos de máquinas
destinadas a transmitir movimentos e potência onde as engrenagens e correias não podem ser
utilizadas.

"As correntes transmitem força e movimento e fazem com que a rotação do eixo ocorra nos
sentidos horário e anti-horário, para isso, as engrenagens devem estar num mesmo plano. Os

22
eixos de sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano" (Gordo & Ferreira
2013, p.212).

Portanto podemos dizer que correntes são elementos mecânicos, que tem finalidade de
transmitir potência de um eixo para outro.

Fig. 10: Corrente de Transmissão. Fonte: (http://yilmazfreze.com/wp-content/gallery/resim-


galerisi/yilmaz11.jpg).
A transmissão ocorre por meio do acoplamento dos elos da corrente com os dentes da
engrenagem. A junção desses elementos gera uma pequena oscilação durante o movimento.
O rendimento da transmissão de força e de movimento vai depender directamente da posição
das engrenagens e do sentido da rotação.

2.3.2.1. Tipos De Correntes


Segundo Gordo e Ferreira (2013) os tipos de correntes de transmissão mais utilizados são:
corrente de roletes, corrente de elos livres, corrente comum ou cadeia de elos.

a) Corrente de roletes
A corrente de roletes é semelhante à corrente de bicicleta. Ela pode possuir roletes
equidistantes e roletes gémeos, e é aplicada em transmissões quando não são necessárias
rotações muito elevadas.

Fig. 11: Corrente de Rolete. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).


b) Corrente de dentes
A corrente de dentes é usada para transmissões de altas rotações, superiores às permitidas nas
correntes de rolete.
23
Fig. 12: Corrente de Dentes. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).

c) Corrente de elos livre


A corrente de elos livres é uma corrente especial, usada em esteiras transportadoras. Só pode
ser empregada quando os esforços forem pequenos.

Fig. 13: Corrente de elos livre. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).

d) Corrente comum ou cadeia de elos


A corrente comum ou cadeia de elos possui elos formados de vergalhões redondos soldados.
Esse tipo de corrente é usado para a suspensão de cargas pesadas.

Fig. 14: Corrente comum ou cadeia de elos. Fonte: (Gordo & Ferreira, 2013).
A corrente que será utilizada no projecto é a corrente de roletes.

2.3.3. Engrenagens

São rodas com dentes padronizados internos ou externos, utilizados para transmitir
movimento e força entre dois eixos. Sendo muitas vezes usadas quando se deseja variar o

24
número de rotações e ou sentido da rotação de um eixo para outro. A transmissão de
movimento tem normalmente como finalidade aproveitar o máximo de potência gerada em
trabalho mecânico útil (Antonello & Franceschi, 2014).

De acordo com Gordo e Ferreira (2013, p.234) "Engrenagens são rodas com dentes
padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos, muitas vezes, as
engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo
para o outro".

Logo podemos afirmar que engrenagem é uma ligação de duas ou mais rodas dentadas, com
objectivo de gerar trabalho mecânico.

Fig. 15:Rodas Dentadas e Engrenagem. (http://yilmazfreze.com/wp-content/gallery/resim-


galerisi/yilmaz11.jpg).
Dentre as maneiras mais comuns de movimentação de peças, o processo por meio de
engrenamento são os que apresentam o melhor rendimento. O processo de engrenamento
possibilita a transmissão do movimento entre eixos paralelos, cruzados ou a 90º, assim como
a redução ou ampliação de rotações com uma perda de potência muito reduzida.

O movimento de rotação entre as engrenagens ocorre quando as rodas (engrenagens) estão


engrenadas, ou seja, em contacto por meio de seus dentes, permitindo que haja rotação. As
engrenagens de um mesmo conjunto podem ter tamanhos diferentes, de forma que, quando
um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior chama-se
coroa, e a menor de pinhão. Os materiais mais usados na fabricação de engrenagens são: aço-
liga-fundido, ferro fundido, cromo níquel, alumínio, bronze fosforoso, náilon (Antonello &
Franceschi, 2014).

Engrenamento – é o processo através do qual é possível accionar rodas dentadas e gerar


trabalho mecânico útil (Antonello & Franceschi, 2014, p.91).

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Existe um sistema de transmissão composto pela coroa e pelo parafuso com rosca sem-fim
muito utilizado na mecânica, principalmente em casos em que é necessária a redução de
velocidade ou um acréscimo de força. Neste caso, temos como exemplos, os redutores de
velocidade, as talhas e as pontes rolantes. As engrenagens podem ser manufacturadas em
máquinas especiais e também nas fresadoras, onde as engrenagens são usinadas com fresas de
perfil constante denominadas fresas módulo.

2.3.3.1. Classificação Das Engrenagens


Os principais tipos de engrenagens empregadas na indústria e em equipamentos são:
engrenagens cilíndricas de dentes rectos ou frontais, engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais e engrenagens cónicas.

a) Engrenagens Cilíndricas De Dentes Rectos Ou Frontais


São engrenagens que apresentam dentados paralelos ao eixo geométrico da roda, sendo
empregadas para transmitir potências médias, com rotação variada. A engrenagem cilíndrica
de dentes rectos é considerada o tipo mais comum. A seguir estão dispostos, conforme as
Figuras 23 e 24, as partes de uma engrenagem de dentes rectos. Os dentes de uma
engrenagem são considerados a parte mais importante.

26
Fig. 16: Partes de uma Engrenagem de Dentes Rectos. Fonte: (Antonello & Franceschi,
2014).

Fig. 17: Altura do Dente de uma Engrenagem de Dentes Rectos. Fonte: (Antonello &
Franceschi, 2014).
Cremalheira – é uma barra provida de dentes, destinada a engrenar uma roda dentada.
Através desse sistema, pode-se transformar movimento de rotação em movimento rectilíneo e
vice-versa (Antonello & Franceschi, 2014, p.94).

Há dois tipos de cremalheira, as cremalheiras de dentes inclinados que acoplam-se a rodas


helicoidais e as de dentes perpendiculares que engrenam-se com as rodas de dentes rectos.

b) Engrenagens Cilíndricas De Dentes Helicoidais


Estas engrenagens se caracterizam pela inclinação do dentado em relação ao eixo geométrico
da roda, tendo como vantagens a alta resistência e trabalho silencioso. São utilizadas quando
há necessidade de grandes esforços como em caixa de redução, de câmbio, etc. Além disso,
permitem transmitir potências maiores com rotação variada. Entre as engrenagens helicoidais,
a aplicação da engrenagem para rosca sem fim se destaca quando se deseja uma redução de
velocidade na transmissão do movimento. As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais
possuem como característica a transmissão de rotação entre eixos diversos (não paralelos),
além de apresentarem um ruído menor do que as engrenagens cilíndricas com dentes rectos.

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Fig. 18: Engrenagem Cilíndrica de Dentes Helicoidais. Fonte: (https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images).

c) Engrenagens Cónicas
As engrenagens cónicas apresentam a forma de tronco de cone, e podem ter dentes retos ou
helicoidais, porém apresentam uma grande característica que é a transmissão de movimento
entre eixos ortogonais. Nestas engrenagens, o dente apresenta espessura variada decrescendo
da periferia para o centro da engrenagem.

Fig. 19: Engrenagem Cónica de Dentes Helicoidais. Fonte: (http://yilmazfreze.com/wp-


content/gallery/resim-galerisi/yilmaz11.jpg).
As engrenagens que serão utilizadas no projecto serão as engrenagens de cilíndricas de dentes
rectos ou frontais, pois se empregam melhor para o tipo de transmissão de potência e número
de rotações.

2.3.3.2. Padronização das Engrenagens


As engrenagens, hoje em dia, são altamente padronizadas com relação à forma do dente e ao
tamanho. Diversas entidades de padronização estabelecem normas e directrizes, dentre estas
se destaca a AGMA – American Gear Manufacturers Association, ABNT e a DIN.

2.3.3.3. Materiais Para As Engrenagens


Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes na produção de engrenagens tais como
o aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente, Ferro fundido nodular, Bronze
e aço inoxidável. Dentro os principais aços padrão SAE/AISI utilizados, estão o 1020, 1040,
1050, 3145, 3150, 4320, 4340, 8620 e 8640.

28
2.3.4. Chapas Metálicas
Aço é uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono (de 0,002% m/m até
2,14% m/m, aproximadamente), obtida pelo refino de ferro-gusa em equipamentos
apropriados, com propriedades específicas, sobretudo de resistência e ductilidade (DIAS,
1998).

Os aços diferenciam-se entre si pela forma, tamanho e uniformidade dos grãos que o
compõem e, é claro, por sua composição química. Em sua composição, o aço contém certos
elementos residuais (enxofre, silício, fósforo, etc.) resultantes do processo de fabricação e
também outros elementos de liga, como manganês, cromo, níquel, propositadamente
adicionados à liga ferro-carbono para alcançar propriedades especiais (PARANHOS, 2010).

Chapas Metálicas são amplamente utilizadas no universo metalomecânica, geralmente usadas


como invólucros de componentes ou para oferecer suporte a outros componentes, o objectivo
das chapas é especificar as funcionalidades dos recursos específicos, realiza a transição entre
duas geometrias utilizando chapa as configurações de chapas metálicas (Andrede, 2015).

Normalmente são feitos de zinco, níquel, aços possuem diversas configurações.

Fig. 20: Chapas Metálicas. Fonte: (b_SAND40-250-SANDRINI-METALLI-269842-


rel7fd97e8c).
As chapas serão escolhidas de acordo com a espessura adequada e facilidade no mercado.

As chapas metálicas se caracterizam por sua estrutura plana, e espessuras variadas. Elas estão
disponíveis no mercado a partir de diversos metais ou ligas metálicas, cada matéria-prima
com uma finalidade específica (Paranhos, 2010; Asamura, 1998).

2.3.4.1. Tipos De Chapas Metálicas


Segundo Schaeffer, Nunes e Brito (2017), os tipos de chapas estão listadas a seguir:

29
a) Chapa de aço carbono ou chapa de Ferro
Bastante utilizadas para diversas fabricações em que não há tanta preocupação com a
corrosão. Muito comum no segmento de automóveis e carroceiras para as estruturas (nesse
caso, são geralmente cobertas com uma tinta que protege contra a oxidação). A vantagem
competitiva oferecida por essas chapas de metal está na sua resistência à tracção, superior ao
do cobre e do alumínio.

b) Chapa de aço galvanizado


Dentro da categoria de chapa de aço carbono, está a chapa de aço galvanizado. Trata-se de
uma estrutura feita de aço carbono que passou por um processo de galvanização. No
processo, o óxido de zinco é revestido na superfície externa do aço criando desta forma um
produto resistente à ferrugem. Esse tipo de material costuma ser utilizado para peças
automotivos e produtos que ficam expostos à água como baldes, equipamentos para estufas,
tubos de irrigação, embarcações marítimas, entre outros.

c) Chapa de aço inox


Muito comum também para diversas aplicações, trata-se de uma chapa metálica bastante
resistente à corrosão, pois, tem elementos de outras ligas incorporadas a sua estrutura (o que
lhe garante um preço maior e mais vantagens em comparação às chapas de metal citadas
anteriormente). O inox também pode estar associado a fins estéticos, como por exemplo, na
aplicação de electrodomésticos, contudo, não para por aí. Esse componente é muito utilizado
para construções de alta complexidade, como motores aeroespaciais, embarcações e
estruturas marítimas de alto desempenho. Os segmentos farmacêuticos e alimentícios também
costumam fazer uso do aço inox por ser de fácil higienização e não acumular organismos
causadores de doenças.

d) Chapa de alumínio
A chapa de alumínio é um material muito mais leve e menos espesso, contendo
aproximadamente 50% da densidade do aço. Por essa razão, é muito procurada para projectos
que exigem leveza e durabilidade. Um exemplo prático é o uso de chapas de alumínio na
construção de automóveis mais sustentáveis que tem o objectivo de reduzir o consumo de
combustível.

e) Chapa de cobre

30
O cobre é um material famoso especialmente por seu alto potencial de condutividade
eléctrica, apelo estético e flexibilidade para diversas aplicações. Por essa razão, suas chapas
podem ser utilizadas para peças de trabalho, equipamentos de solda, sistemas de bateria e na
decoração de interiores.

f) Chapa de bronze
Com alta resistência a corrosão, dureza elevada, bem como um alto ponto de fusão, as chapas
de bronze são predominantemente compostas por cobre e estanho. São ideais para a indústria
naval e aplicações diversas em projectos que sofrem com variações de temperatura. Outra
aplicação cada vez mais comum é seu uso em segmentos hospitalares, visto que o bronze
oferece uma condição em que vírus e bactérias são incapazes de sobreviver.

g) Chapa de latão
O latão é uma peça brilhante obtida através da fusão entre o cobre e o zinco. Por ser bastante
maleável e resistente, as chapas de latão são muito utilizadas em diversos segmentos. Graças
a sua composição conter cobre, o latão possui elevada condutibilidade térmica e eléctrica,
bem como uma resistência elevada. Sua aplicação pode ser relacionada com caldeiras,
condutores de água, engrenagens, rolamentos, entre outros.

A chapa que será utilizada no projecto é a chapa de ferro, pois possui as condições adequadas
para onde será empregada, pois com a chapa pretende – se construir o colector de lixo onde
os resíduos serão depositados.

2.3.5. Tubos Metálicos


Segundo a NBR 5580 os Tubos Industriais, como o próprio nome diz, são usados em
processos industriais, principalmente na distribuição de gases, óleos, vapores, lubrificantes e
líquidos. Os modelos mais usados são constituídos de materiais de ferro, como o tubo de aço
carbono, podendo variar de diâmetro, espessura de parede e comprimento. Com o avanço da
tecnologia, houve um aprimoramento na fabricação dos Tubos Industriais, isso trouxe
resultados positivos nas estruturas das obras de construções metálicas.

31
Fig. 21: Tubos Metálicos. Fonte:
(http://yilmazfreze.com/wp-content/gallery/resim-galerisi/yilmaz11.jpg).
Tubos Industriais proporcionam redução de pilares e fundações, ganho de espaço através de
grandes vãos livres, facilitam a administração devido a um sistema de montagem industrial de
alta precisão e diminuem significativamente os desperdícios, reduzem os prazos de
construção, os custos de gerenciamento do canteiro de obras e antecipam o retorno de capital
(Thomazi & Neto, 2007).

Esses tubos, geralmente, são feitos de aço carbono ou aço inox, podendo ser galvanizados ou
não. São fornecidos em diversos formatos como, por exemplo: redondo, quadrado e
rectangular, além de possuírem variadas bitolas, são diversas as vantagens que os Tubos
Industriais oferecem, entre as principais podemos mencionar:

 Alta resistência;
 Aspecto moderno;
 Bom custo-benefício;
 Fácil manuseio;
 Leveza;
 Versatilidade; e
 Sustentabilidade.
Também são aplicados em estruturas metálicas, andaimes, colunas, estacas de fundação,
edificações industriais, comerciais e residenciais, shopping centers, aeroportos, pontes,
passarelas, instalações desportivas e de exposições, galpões, centros de distribuição, obras de
mobilidade urbana, torres de transmissão/telecomunicações, dentre muitos outros.

Os tubos serão usados para construir o volante e a estrutura base onde os demais elementos
serão montados. É importante saber que as normas técnicas são diferentes para cada tipo de
tubo, devidas as características e aplicação deles.

32
2.3.5.1. Tipos de Tubos Industriais
Segundo Queiroz (2003), os Tubos Industriais são itens essenciais e estão divididos em dois
tipos diferentes: os tubos metálicos e plásticos. De destacar os metálicos pois os tubos
metálicos podem ser ferrosos e não ferrosos. Os ferrosos são: o aço carbono; aço-liga;
inoxidável; fundido; forjado; ligado e modular. E os não ferrosos são os tubos de cobre;
latões; níquel; alumínio; metal; chumbo; titânio e zircónio (este tipo de tubo é menos
utilizado devido ao seu custo).

Fig. 22: Tubos Metálicos. Fonte: (Catalogo_Tubos Industriais


Mecanicos_WEB_VFINAL_9AGO17).
Tubos Metálicos de Aço

Os Tubos de Aço são produtos muito resistentes e versáteis. São frequentemente usados na
construção civil, em processos de fabricação de produtos, obras arquitectónicas, decoração de
casas, entre muitos outros. São utilizados ainda em diferentes estruturas de galpões e
telhados. Os principais modelos, são:

 Tubo Redondo;
 Tubo Schedule;
 Tubo Quadrado/Metalon; e
 Tubo Rectangular.
Os tubos que serão utlizados serão de secção quadrada, pois especificações e estética para
oque se pretende construir.

2.3.5.2. Aplicações
Na indústria em geral, estruturas, móveis, aparelhos de ginástica, utensílios domésticos,
brinquedos, autopeças, construção civil, equipamentos agrícolas, serralheira, entre outros.

2.3.5.3. Apresentação
Comprimento padrão de 6.000 mm, embalados em pacotes de 500 kg ou 1.000 kg.

33
Fig. 23: Perfis De Tubos Metálicos. Fonte: (Catalogo_Tubos Industriais
Mecanicos_WEB_VFINAL_9AGO17).
2.3.6. Rodas
A roda é um elemento mecânico de forma circular, destinado a mover-se em volta de um eixo
e que é usado com diversos fins, em particular para ser instalado em diversos tipos de
equipamento, tendo em vista facilitar a sua movimentação (Tellure, 2007, p.23).

Fig. 24: rodas nylon. Fonte: (catalogo-rodas-e-rodizios da RODIMAG).

De acordo com a Calson Group a roda é um elemento mecânico simples com vastas
aplicações no transporte e em máquinas mecânicas, caracterizada pelo movimento rotativo no
seu interior. A roda transmite de maneira amplificada para o eixo de rotação qualquer força
aplicada na sua borda, reduzindo a transmissão tanto da velocidade quanto da distância que
foram aplicadas. Similarmente, a roda transmite de maneira reduzida para a borda qualquer
força aplicada no seu eixo de rotação, amplificando a transmissão tanto da velocidade quanto
da distância que foram aplicadas.

Então podemos dizer que roda é um nome genérico dado, em componentes ou elementos, à
parte circular que se move em volta de um eixo, e que, mais ou menos directamente, serve
para imprimir movimento.

34
Fig. 25: Roda Série 62AL Poliuretano e Alumínio. Fonte: Tellure Rota S.p.A (Italia).

2.5.6.1. Classificação Das Rodas


De acordo com a RODIMAG a podemos classificar as Rodas em dois tipos básicos, de
acordo com o tipo de material que constitui o rasto: rodas com rastos resilientes, e rodas com
rastos duros.

a) As rodas de piso resiliente (ou rodas macias)


são por regra fabricadas com compostos com base em elastómeros. São rodas silenciosas e
que não causam quaisquer danos nos pavimentos. Oferecem também condições de um
transporte mais suave. Apresentam o contra de exigirem um maior esforço de tracção
(possuem uma maior resistência ao rolamento – rolling resistance), o qual pode chegar a ser
3 vezes o esforço necessário para mover equipamentos com rodas de rasto duro, com igual
diâmetro e largura.

b) As Rodas de Rasto Duro


Apresentam uma baixa resistência ao rolamento e são, portanto, bem mais fáceis de
movimentar. Apresentam o contra de serem mais ruidosas e de, face à sua dureza, poderem
causar algum desgaste ou danos (riscos, por exemplo) nos pavimentos e de proporcionarem
uma condição de transporte pouco ou mesmo nada suave.

A roda que será utilizada serão as rodas de piso ou rasgo resiliente, pois como os solos da
cidade em estudo são irregulares elas se adequam melhor.

2.5.6.2. Constituição
As rodas (Fig. 36) são constituídas pelo rasto, a parte da roda que contacta com o pavimento,
e pelo núcleo, a parte da roda que suporta o rasto e possui, na sua parte central, o cubo, o qual
possui o orifício por onde vai passar o eixo de suporte e onde pode ser instalado um órgão de

35
rolamento (um rolamento de esferas ou de rolos cilíndricos, por exemplo). Quando as rodas
são fabricadas num único material, são designadas por rodas monolíticas.

Fig. 26: a) Constituição de uma Roda Traseira. Fonte: Tellure Roota S.p.A (Italia). b)
Constituição de uma roda frontal. Fonte: RODIMAG equipamentos industriais LTDA.
2.3.6.1. Como Seleccionar Uma Roda De Acordo Com Schioppa
Para a melhor escolha na selecção das rodas ou rodízios Schioppa, obtendo óptima
resistência, durabilidade, ergonomia, suavidade e segurança na movimentação, informamos
abaixo os cuidados que devem ser tomados.

a) Cálculo da carga por roda


O primeiro passo é determinar correctamente a carga sobre cada roda ou rodízio, de acordo
com o projecto e as condições de uso do equipamento onde serão montados. Evitar exceder
os limites das capacidades de carga dos rodízios e rodas mostradas no catálogo é importante
para se conseguir a melhor performance dos produtos. A fórmula abaixo permite calcular a
carga sobre cada roda ou rodízio considerando alguns dos factores mais importantes.

P e + Pmc
C= ∙ S (1)
N

Onde:

C = Carga por roda ou rodízio (kg)

Pe = Peso do equipamento, carrinho ou estrutura (kg)

Pmc = Peso Máximo da carga a ser transportada (kg)

N = Número de rodas ou rodízios

36
S = Coeficiente de segurança (ver a tabela em anexo A7)

O valor do coeficiente de segurança “S” deve ser entre 1,0 a 2,0 dependendo das condições
da aplicação.

b) Condições do Ambiente
O segundo passo é avaliar as condições do ambiente de trabalho das rodas ou rodízios, tais
como as temperaturas máximas e mínimas e a presença de produtos químicos que possam
provocar contaminações. Para auxiliar na escolha do material ideal para a roda, nas páginas
11 e 12 do guião prático do catálogo da Schioppa (no projecto anexos 9 e 10) temos tabelas
que mostram diversos tipos de produtos químicos e alguns dos materiais utilizados na
fabricação dos produtos Schioppa. Rodízios montados com garfos de aço inoxidável
proporcionam excelente vida útil em ambientes húmidos e com produtos químicos
agressivos.

c) Condições do Piso
É fundamental fazer uma análise do tipo e das condições do piso, identificar as
irregularidades da superfície e a presença de obstáculos. Deve se escolher a roda com o
material mais adequado para não danificar o piso, e com resistência para suportar a
agressividade da superfície, os choques e superar com facilidade os obstáculos. Para que o
nível de ruídos e as vibrações durante as movimentações sejam menores escolha rodas macias
e rodízios com molas.

d) Tipos de Rodagem
Partimos agora para o terceiro passo que é escolher o tipo de rodagem ideal. As rodas podem
ser fornecidas com cinco tipos de rodagens, que exercem grande influência na sua
performance.

2.3.6.2. Combinações das Montagens Mais Utilizadas


a) Três giratórios
Utilizados em carrinhos de tambores e pequenas máquinas portáteis. Oferece excelente
manuseio em espaços reduzidos.

37
Fig. 27: Três Giratórios. Fonte (catalogo da Schioppa).
b) Dois giratórios e dois fixos
É o sistema mais utilizado. Proporciona boa movimentação, tanto para distâncias curtas como
longas. Dica: Os rodízios giratórios devem ser montados no lado onde a força é aplicada no
equipamento.

Fig. 28: Dois Giratórios e Dois Fixos. Fonte (catalogo da Schioppa).


c) Quatro fixos
É a montagem que apresenta menor custo. Requer, porém, um espaço maior para
movimentação. A utilização de quatro fixos não é recomendada para trajectos com rampas.

Fig. 29: Quatro Fixos. Fonte (catalogo da Schioppa).

d) Dois fixos centrais e dois giratórios


Este sistema oferece, como principal vantagem, o giro suave e manobras precisas em
pequenos espaços. Atua com mais eficiência quando o rodízio fixo é mais alto que o
giratório.

Fig. 30: Dois Fixos Centrais e Dois Giratórios. Fonte (catalogo da Schioppa).

38
e) Quatro giratórios e dois fixos
Usado em carrinhos de comprimento longo e cargas volumosas. Os rodízios fixos
proporcionam a redução e a distribuição da carga nos giratórios. Oferecem um bom controle
em deslocamento linear, e realizam manobras precisas em áreas restritas.

Fig. 31: Quatro Giratórios e Dois Fixos. Fonte (catalogo da Schioppa).


f) Quatro giratórios
Utilizado principalmente para a movimentação lateral. Dica: Para uma melhor performance
do carrinho, é imprescindível que o rodízio tenha bloqueio de giro direccional, o que
proporciona uma movimentação linear.

Fig. 32: Quatro Giratórios. Fonte: (catalogo da Schioppa).


No projecto iremos usar a combinação da alínea b, dois giratórios e dois fixos, pois de acordo
com as rodas seleccionadas a combinação dará melhor facilidade de manuseio e ergonomia.

2.3.7. Escovas Industriais


As escovas industriais têm – se mostrado uma ferramenta eficiente em vários sectores da
indústria. Com inúmeras possibilidades de aplicação, essas ferramentas têm feito cada vez
mais parte do dia-a-dia das empresas do sector industrial, As escovas industriais são
ferramentas comummente usadas para acabamento de superfícies (Sacema, 2020).

Portanto escovas não é um termo novo podemos dizer que é um utensílio que ajuda o Homem
nas diversas actividades no nosso dia – a – dia tais como pentear, limpeza dos dentes e dos
resíduos sólidos.

39
Fig. 33: Escovas Cilíndricas. Fonte (M&S Escovas Industriais).
Das inúmeras funções, essas ferramentas são largamente utilizadas para: Remoção de
rebarbas, Limpeza, e Acabamento.

No projecto a escova será empregada para o processo de Limpeza ou remoção dos resíduos
sólidos nas ruas.

2.3.7.1. Tipos De Escova Industriais Cilíndrica Segundo A M&S Escovas Industriais


As Escovas Industriais Cilíndricas podem ser desenvolvidas nas seguintes bases: PEAD
(Polietileno de Alta Densidade), Nylon e Sisal para Polimento.

PEAD (Polietileno de Alta Densidade)


Segundo Sacema (2020) as escovas industriais PEAD são ferramentas muito utilizadas para
acabamento de superfícies. Uma opção cada vez mais comum nas linhas de produção das
indústrias, podendo ser utilizadas manualmente ou atreladas a máquinas. Isso porque essas
ferramentas apresentam muita eficiência em trabalhos como limpeza (em geral), filtragem ou
composição de maquinarias.

Fig. 34: Escova Cilíndrica De Polietileno De Alta Densidade. Fonte:


(http://www.madmoura.com.br/imagens/uploads/produto/1/5Jv.jpg).
Existem vários modelos das escovas PEAD, de acordo com M&S Escovas Industriais os mais
comuns são:
40
 Trançadas;
 Rotativas;
 Tubulares;
 Chapéu-Chinês;
 Tipo Pincel;
 Onduladas;
 Manuais;
 Especiais e outros.
A escova PEAD de aço é, no geral, fabricada em fio de aço carbono, inox ou latão e se
destacam por realizar o movimento de rotação em volta de seu eixo principal. Ideal para
escovar, limpar e tirar ferrugem, a escova de aço pode ser aplicada em: Serviços de rebarba,
Preparação e polimento de superfícies e Remoção de tinta e ferrugem.

Nylon
A escova de Nylon padrão é composta por uma base de plástico ou aço que serve de apoio
para as cerdas de nylon que são fixadas na mesma. Este tipo de escova é padrão e
comoventemente vista em supermercados e lojas armarinhos (Sacema, 2020).

As escovas feitas com cerdas de Nylon são populares para higienização de quase todos os
utensílios domésticos. Essa grande fama se deve ao facto da escova de Nylon conseguir
realizar com exactidão o processo de limpeza.

41
Fig. 35: Escova Cianídrica Nylon. Fonte: (M&S Escovas Industriais).
De acordo com M&S Escovas Industriais, essas escovas são um sucesso de vendas,
independente do seu formato, e essa grande demanda se deve ao seu baixíssimo desgaste
natural, pois esses produtos que usam o Nylon como sua matéria-prima, tem uma baixa
absorção da água, garantem um excelente desempenho tanto em ambientes secos ou
molhados, além de ter a sua vida útil bem longa.

2.3.7.2. Aplicações Das Escovas Nylon


De acordo com a M&S Escovas Industriais a escova de Nylon pode ter infinitas maneiras de
ser utilizada. Exemplos de sua utilidade:

 Acoplá-la a máquinas de variados tamanhos e formatos;


 Ser manuseada separadamente a fim de limpar cantos.
 Por produzirmos qualquer tipo de escova, procuramos saber qual é a real necessidade
do cliente em escova de nylon abrasiva e, desta forma, criamos uma peça sob medida
para que ela desempenhe seu papel de um jeito totalmente satisfatório.

Escova de sisal para polimento


A escova de sisal para polimento é um acessório vantajoso para melhorar os equipamentos
usados por vários sectores que desenvolvem diversificados tipos de produtos. Assim, a
escova de sisal para polimento realiza um trabalho de primeira categoria nos equipamentos
feitos com a utilização de matérias-primas, como metais ferrosos e não ferrosos, aço inox,
ferro, cobre, latão e até mesmo o alumínio.

42
Fig. 36: Escova De Sisal Para Polimento. Fonte: (Escotet Escovas Industriais).
A escova industrial de sisal para polimento é dirigida nas situações em que as pessoas
necessitam realizar um procedimento para desenferrujar itens e equipamentos ou fazer algum
método de revestimento. Pois, a escova de sisal para polimento elimina, sem dificuldades,
numerosas imperfeições da superfície dos objectos, tais como:

 Riscos;
 Ranhuras;
 Manchas;
 Falhas;
 Contornos.
A escova ideal para o projecto é escova cilíndrica de cerdas de Nylon o diâmetro do furo da
escova deve estar de acordo com o diâmetro do eixo que será dimensionado.

2.5.7.1. Como Escolher Uma Escova M&S Escovas Industriais


Aplicadas para diferentes fins, escolher com precisão uma escova requer atenção nos
seguintes aspectos:

 Tipo de núcleo das escovas;


 Finalidade de uso;
 De que tipo de material as escovas são feitas.
As escovas industriais cilíndricas fazem parte de um grupo de escovas especiais. Isso
acontece porque essas escovas podem ser fabricadas de acordo com as especificações
fornecidas, conforme um projecto e propósito específico de uso.

43
2.3.7.3. Características E Vantagens Das Escovas Industriais Cilíndricas Segundo A
M&S Escovas Industriais
As escovas industriais cilíndricas oferecem muitas opções de tamanhos e suporte central.
Outro detalhe é a fabricação das cerdas das escovas industriais cilíndricas, que podem ser
fabricadas em materiais de alta durabilidade, tais como a crina e o nylon. Já a principal
vantagem das escovas industriais cilíndricas é a simplicidade no ato de acoplá-las e
desacoplá-las. Além disso, a facilidade de limpeza e lavagem são bons diferenciais.

Em grandes industriais a rotina de limpeza industrial com uma escova cilíndrica faz grande
diferença no momento de realizar todo o processo de higienização. Sendo altamente
procurada para funções como limpeza de esteiras, lixamento, remoção de rebarbas, e em
alguns casos é utilizada para a higienização de pisos.

a) Alta resistência: Independente do tipo da matéria-prima utilizada para a fabricação, a


qualidade do material é garantida, de modo que não haja rupturas quando a utilização
for excessiva e nem uma queda no desempenho da função.
b) O melhor desempenho: É facto que cada cliente procura um produto que melhor se
adequa a suas necessidades. Segundo a M&S Escovas Industriais tem como vantagem
da escova cilíndrica uma vida útil prolongada no qual o desempenho do produto não
se perca com a sua utilização.
c) Materiais de qualidade: os materiais são desenvolvidos por profissionais altamente
capacitados que sempre fazem as melhores escolhas para quem quer o melhor dos
produtos desenvolvidos.
d) Exclusividade: a exclusividade é uma das características que mais atraem os nossos
clientes. Dando a possibilidade para aqueles que procuram nossos serviços, escolher a
sua escova cilíndrica e a forma como ela será fabricada desde o tipo de material usado
nas cerdas até as medidas. A exclusividade, além de garantir um produto único,
assegura exactamente o desempenho que os clientes necessitam.
e) Versatilidade: existe grande variedade de escovas cilíndricas quanto ao material de
fabricação na M&S Escovas Industriais. Isso possibilita maior versatilidade quando se
adquire o produto. Independente das funções desejadas para a escova cilíndrica, a
M&S tem uma que irá se enquadrar perfeitamente em seus padrões de exigência.

44
2.3.8. Motor de Corrente Contínua
As máquinas de corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto como
gerador. Porém, uma vez que as fontes rectificadoras de potência podem gerar tensão
contínua de maneira controlada a partir da rede alternada, pode-se considerar que,
actualmente, a operação como gerador fica limitada aos instantes de frenagem e reversão de
um motor (Lobosco & Dias, 2006). Considere abaixo na qual uma bobina, alojada em um
rotor confeccionado com material ferromagnético, se move com velocidade angular Ω [rd/s].
Admita ainda que há duas bobinas ligadas em série na parte fixa do dispositivo. Este conjunto
de bobinas é denominados enrolamentos de campo ou enrolamento de excitação. A parte fixa
é usualmente denominada estator e a parte móvel rotor.

Fig. 37: Bobina do Rotor Imersa em Região Magnetizada. Fonte: (Moura, 2014).

2.5.8.1. Princípio De Funcionamento


Quando a bobina é alimentada, a corrente que a percorre, gera um campo magnético em torno
da armadura, e os ímanes do estator atraem ou repelem o rotor magnetizado, criando assim
um binário de rotação (ver Figura 45). No momento em que ocorre o alinhamento do rotor
com o íman permanente, o comutador inverte o sentido da corrente na bobina fazendo com
que esta seja repelida pelo estator.

45
Fig. 38: Princípio de Funcionamento. Fonte: (Moura, 2014).
2.3.8.1. Aspectos Construtivos
O motor de corrente contínua é composto de duas estruturas magnéticas: Estator
(enrolamento de campo ou íman permanente), Rotor (enrolamento de armadura).

a) O estator
Estator é composto de uma estrutura ferromagnética com pólos salientes aos quais são
enroladas as bobinas que formam o campo, ou de um íman permanente (Lobosco & Dias,
2006).

Fig. 39: Desenho (a) e Foto (b) de um Motor CC de 2 pólos. Fonte: (Lobosco & Dias, 2006).
a) Rotor

O rotor, também designado por amadura, é constituído por um ou mais enrolamentos.


Quando estes enrolamentos são conectados a uma fonte de alimentação é gerado um campo
magnético. Os pólos, do campo magnético, do rotor são atraídos pelos pólos opostos gerados
pelo estator, originando uma rotação no rotor. À medida que o motor gira, a alimentação nos
enrolamentos é invertida constantemente para que os pólos magnéticos gerados pelo rotor não
se alinhem com os do estator, permitindo assim uma rotação contínua. Esta inversão na
alimentação é denominada por comutação (Cogdell, 2006).

46
Fig. 40: Rotor. Fonte: (Lobosco & Dias, 2006).
b) Escovas e Comutador

Ao contrário de outros tipos de motores eléctricos (ex., DC sem escovas, AC de indução), os


motores DC com escovas não necessitam de um controlador para alternar a corrente dos
enrolamentos. Em vez disso, a comutação dos enrolamentos deste tipo de motor é efetuada
mecanicamente. Enquanto o motor gira, as escovas deslizam sobre o comutador, entrando em
contacto com diferentes segmentos do mesmo. Os segmentos são conectados a diferentes
enrolamentos do rotor e, por conseguinte, é gerado um campo magnético, dinâmico, no
interior do motor, desde que uma tensão seja aplicada através das escovas do motor.

2.5.8.2. Tipos De Motores DC


Segundo o Polidri (2009), os motores de corrente (DC) contínua são:

a) Motor De Excitação Separada

Quando a armadura de um motor DC gira dentro do campo do estator, é criada uma tensão
induzida no enrolamento da armadura. Num motor de corrente contínua, este efeito é
denominado por Força Contra-electromotriz (fcem). Usando a Lei de Faraday é possível
calcular a tensão gerada por esta força. O circuito de excitação e o circuito da armadura são
totalmente separados. A corrente de efeito de campo é fornecida a partir de uma fonte de
alimentação diferente da usada para a alimentação da armadura. A Figura 3 apresenta o
diagrama eléctrico de um motor de excitação separada.

47
Fig. 41: Motor de Excitação Separada. Fonte (Moura, 2014).
b) Motor De Excitação Em Série

Nos motores de excitação em série o circuito de excitação está directamente ligado à fonte de
alimentação e em série com a armadura do motor. Na Figura 4 é possível verificar que a
corrente da armadura passa através do enrolamento de efeito de campo, sendo assim
responsável pelo fluxo gerado. A velocidade do motor diminui de forma inversamente
proporcional à intensidade de corrente na armadura.

Fig. 42: Motor de Excitação Em Série. Fonte: (Moura, 2014).


c) Motor De Excitação Em Paralelo

Nos motores de excitação em paralelo o circuito de excitação está directamente ligado à fonte
de alimentação e em paralelo com a armadura do motor. Nesta configuração, é apenas
necessário uma fonte de alimentação para ambos os circuitos, respectivamente, o circuito de
armadura e o circuito de efeito de campo, pois ambos se encontram em paralelo. Como o
enrolamento de efeito campo está em paralelo com o circuito da armadura, é possível utilizar
o mesmo tipo de condutor como no caso da excitação independente. A velocidade deste tipo
de motor poderá ser controlada mais facilmente, através da variação de tensão aplicada ao
enrolamento de efeito de campo. A Figura 49 apresenta o diagrama eléctrico de um motor de
excitação em paralelo.

48
Fig. 43: Motor de Excitação Em Paralelo. Fonte: (Moura, 2014).
d) Motor De Excitação Composta

Relativamente às vantagens de ambos os motores, o motor de excitação em série tem uma


maior capacidade de torque, enquanto o motor de excitação paralela tem uma velocidade que
é mais facilmente controlável e mais estável para uma maior gama de cargas aplicadas. Estas
duas vantagens podem ser incluídas num único motor, utilizando ambas as formas de
excitação, em série e em paralelo, no mesmo motor, dando origem ao motor de excitação
composta. A Figura abaixo apresenta o diagrama eléctrico de um motor de excitação
composta.

O motor composto apresenta uma melhor resposta para cargas mais elevadas do que motor de
excitação em paralelo, isto deve-se ao aumento da corrente através dos enrolamentos de
efeito de campo em série. Devido ao enrolamento em série a intensidade do efeito de campo
aumenta, proporcionando um torque e velocidade mais elevados. O enrolamento adicionado
em paralelo irá limitar a velocidade máxima que o motor de excitação série tende a
ultrapassar para pequenas cargas e desta forma elimina a hipótese deste se auto destruir.

Fig. 44: Motor de Excitação Composta. Fonte: (Moura, 2014).


e) Motor De Ímanes Permanentes

O campo magnético de excitação dos motores de ímanes permanentes é gerado, como o nome
indica, por ímanes permanentes, desta forma não é necessário fornecer energia para gerar este
campo magnético. O fluxo magnético do estator permanece, essencialmente, constante para
qualquer valor de corrente na armadura e, por consequência, a relação entre a velocidade e
49
binário do motor é sensivelmente linear. A Figura 51 apresenta o diagrama do circuito
eléctrico, equivalente, do motor DC.

Fig. 45: Diagrama do circuito eléctrico do motor DC. Fonte: (Moura, 2014).
O projecto ira usar motores de ímanes permanentes pelas vantagens que ele oferece.

2.4. Fórmulas do Dimensionamento dos Elementos da Vassoura Mecânica

2.4.1. Dimensionamento das Engrenagem segundo a norma DIN 862 e 867


A razão da velocidade angular é igual à razão do raio de referência (primitivo) da
engrenagem de entrada para aquela da engrenagem de saída. Esta é chamada a Lei
Fundamental do Engrenamento.

Fig. 46: nomenclatura das engrenagens. Fonte: (Antonello & Franceschi, 2014).
a) Engrenagens Cilíndricas De Dentes Rectos:
São as engrenagens mais utilizadas, devido a sua facilidade de construção.

50
Fig. 47: características geométricas de uma engrenagem de dentes rectos. Fonte: (DIN 862).
O formulário das características geométricas também pode ser encontrado em (anexo A1).

Existem dois tipos de critérios para dimensionamento das engrenagens. Quanto ao desgaste e
quanto a resistência a flexão do pé de dente.

2.4.1.1. Critério De Desgaste


A expressão seguinte deve ser utilizada no dimensionamento de pinhões e engrenagens pelo
método de pressão (desgaste).

5 Mt i± 1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 ∙ ∙ ∙ φ(2)
Padm 2
i ±0,14

Sinal + é utilizado em engrenamentos externos.

Sinal – é utilizado em engrenamentos internos (planetários).

Onde:

 5,72.105 é uma pressão absoluta (Pa em N/mm²) pode estar escrita Pa= 5,72.1011
N/m²;
 b-Largura do dente [m],[mm];
 d0-diâmetro primitivo [m],[mm];
 Mt-Torque ou momento torsor [N.m],[N.mm];
 Padm-pressão admissível [Pa=N/m²],[N/mm²];
 i - Relação de transmissão Z2/Z1, d02/d01, n1/n2 [adimensional]
 fs ouφ -factor de serviço (Tabelado ver anexo→A2) [adimensional]
a) Torque ou momento torsor:

51
3
30 ∙ 10 P
Mt= ∙ ; [ N ∙ mm ] ( 3 )
π n
Onde:
P – potencia desejada[ CV ou W ];
n – numero de rotações [ rpm ] ;
b) Relação de transmissão:
Z 2 d 02 n1
i= = = (4)
Z 1 d 01 n2

Onde:

Z – número de dentes (1 – pinhão, 2 – coroa);

d 0 – Diâmetro primitivo (1 – pinhão, 2 – coroa);

n – numero de rotações (1 – pinhão, 2 – coroa);

c) Pressão Admissível ( Padm):


0,487 ∙ HB
Padm = 1
(5)
W 6

Onde:

HB-dureza Brinell (tabelado ver anexo→A3) [N/m²],[N/mm²];

W-factor de durabilidade [adimensional];

d) Factor de Durabilidade:
60 ∙ n p ∙ h
W= 6
( 6)
10

Onde:

n1-rotação do pinhão [rpm]

h-duração do par [horas] – (Normalmente entre 104 a 105 horas)

e) Relação entre a largura da engrenagem e o diâmetro primitivo (b/d0):


Biapoiada:

52
Fig. 48: Engrenagem Biapoiada. Fonte: (Norma DIN862).
Em Balanço:

Fig. 49: Engrenagem em Balanço Fonte: (Norma DIN862).

2.4.1.2. Critério De Resistência A Flexão No Pé Do Dente


Somente o dimensionamento ao critério de desgaste é insuficiente para se projectar uma
engrenagem. É necessário que seja verificada à flexão no pé do dente. A engrenagem estará
apta para suportar os esforços da transmissão, quando a tensão actuante no pé do dente for
menor ou igual à tensão admissível do material indicado.

Tensão de Flexão no Pé do Dente (σ max)

A tensão actuante no pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material
indicado. Pois se isto não ocorrer haverá falha do material devido ao sub-dimensionamento.

A formula que determina a intensidade da tensão é a que segue:

F t ∙q ∙ φ
σ max= ≤ σ material (7)
b ∙m n

Onde:

σ max-Tensão máxima actuante na base do dente [Pa=N/m²],[N/mm²]

F t – Força tangencial [N]

mn – Módulo normalizado [m],[mm]

b – Largura do dente [m],[mm]

φ -Factor de serviço (Tabelado ver anexo → A2) [adimensional]


53
q – Factor de forma (Tabelado ver anexo → A4) [adimensional]

σ material – tensão máxima admissível das engrenagens de dentes rectos (ver anexo A5)

a) Carga Tangencial (Ft):


A carga tangencial é responsável pelo movimento das engrenagens, sendo também a carga
que origina momento flector, tendendo a romper por flexão o pé do dente.

M t 2∙ M t
F t= = (8)
r0 d0

Onde:

Ft-Força tangencial [N]

M t -Torque [N.mm]

r0-raio primitivo [mm]

d0-diâmetro primitivo [mm]

Fig. 50: forças actuantes no pé do dente das engrenagens. Fonte: (Antonello & Franceschi,
2014)
b) Carga Radial (Fr):
Atua na direcção radial da engrenagem. É determinada por meio da tangente do ângulo de
pressão α :

Fr
tgα= → F r =Ft ∙ tgα (9)
Ft

54
Onde:

Fr-Força radial [N]

Ft-Força tangencial [N]

α -ângulo de pressão [graus]

c) Carga Resultante (Fn):


Consiste na resultante das cargas radial e tangencial, sendo determinada por meio de
Pitágoras, como segue:

F n=√ Ft + F r (10)
2 2

d) Factor de Forma (q):


Este factor é obtido em função do tipo de engrenamento e do número de dentes ver anexo A4.
Muitas vezes é necessário utilizar a interpolação para se determinar o valor de q para um
valor intermediário de dentes.

2.4.2. Dimensionamento dos Eixos Segundo A Norma DIN 1611


O estudo e dimensionamento dos eixos é relativamente complexo. Isto acontece porque,
normalmente há uma grande quantidade de solicitações que este elemento pode sofrer. Por
exemplo, torções, flexões, esforços cortantes e esforços normais. Não há de forma
contundente uma única rotina que pode ser empregada para tal trabalho. Porem a escolhida
foi segundo a norma DIN 1611, porem um bom conhecimento na área de Mecânica (estática
e dinâmica) e Resistência dos Materiais é indispensável. Para o dimensionamento dos eixos
determina – se o diâmetro mínimo do eixo a partir da equação seguinte:

d min ≥ 2,17 ∙

3 b ∙ Mi
σ fadm
(11)

Onde:

d min – Diâmetro mínimo do eixo [mm, m];

a) Factor de forma para os eixos (b):


Os factores de forma são obtidos a partir do tipo do eixo, existem dois casos:

Caso 1: b=1 → Para eixos maciços;

55
1
b=

( )
4
Caso 2: d∫ do pinhao → Para eixos vazados;
1−
d ext do pinhao

b) Momento ideal ( M i):

√ ( )
2
2 a ∙ Mt
M i= M r + (12)
2

Onde:

M t – é o momento torsor determina – se a partir da Eq. 2;

c) Momento resultante ( M r ):
As cargas em eixos de transmissão de rotação é predominantemente dois tipos:

 Torção devido ao torque transmitido a chamada Força Radial ( F r) que é determinada


a partir da Eq. 9;
 Flexão devido às cargas transversais em engrenagens, polias e catracas a chamada
Força Tangencial ( F t) que é determinada a partir da Eq. 8;
Calculando-se a carga resultante.

Essas cargas normalmente ocorrem em combinação, porque, o torque transmitido pode estar
associado com forças nos dentes das engrenagens ou de catracas fixadas aos eixos. O carácter
de ambas as cargas pode ser fixo (constante) ou variar no tempo.

A teoria para o cálculo do momento resultante é o mesmo da teoria das vigas, para obter
determinamos os esforços internos e construímos os respectivos diagramas (força cortante e o
momento flector) porem tem duas particularidades:

Caso 1: quando o eixo possui um único par de engrenagens: determina – se os esforços


internos e os diagramas a partir da carga resultante obtida a partir da Eq. 10, e assim obtém –
se o momento resultante ( M r ).

Caso 2: quando o eixo possui um sistema de engrenagens interligadas: determina – se os


esforços internos e os diagramas a partir de dois planos, plano horizontal (devido a força
tangencial Ft) e plano vertical (devido a força radial Fr). Posteriormente determinar o
momento resultante ( M r ) a partir do momento resultante vertical e horizontal.

56
M r= √ M radial 2 + M tangencial2 ( 13 )

d) Coeficiente de Bach (a )
σ fadm
a= ( 14 )
τ tadm

Onde:

σ fadm – tensão de ruptura ou tensão de flexão admissível;

τ tadm – tensão de escoamento ou tensão de torsão admissível.

Ambos os valores são extraídos da tabela devido o tipo de material na qual o eixo foi
fabricado.

e) Materiais Para Os Eixos


Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes na produção de eixos tais como:

 Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente: são os mais usuais,
devido ao facto de apresentar elevado módulo de elasticidade. Quando utilizados com
mancais de deslizamento, devem ser endurecidos superficialmente (total ou parcial);
 Ferro fundido nodular: empregado principalmente quando há engrenagens ou junções
integralmente fundidas ao eixo;
 Bronze e aço inoxidável: utilizados em ambientes corrosivos ou marítimos

Fonte: (Andrade, 2020)

57
Fonte: (Andrade, 2020)
2.4.3. Dimensionamento das Correntes Segundo A Norma GOST-URSS
O desgaste é o principal critério que deve ser levado em conta nas transmissões por correntes.
Os valores encontrados para a roda dentada e a corrente nesse critério asseguram o perfeito
funcionamento da transmissão. Considera-se a transmissão desgastada quando ocorrer
alongamento provocado pelo estiramento das talas e o desgaste das articulações, no momento
em que alongamento atingir aproximadamente 3% do comprimento original. Deve
dimensionar o número adequado de dentes para que a transmissão funcione adequadamente,
caso isto não ocorra, a transmissão pode ser comprometida ou o ruído pode aumentar
sensivelmente. Para que a corrente seja adequada numa transmissão segundo a norma verifica
– se:

 Numero máximo de dentes na qual a corrente seja empregada;


 Velocidade periférica da transmissão;
 Resistência mínima a tracção.

a) Número de dentes da Engrenagem menor (Pinhão)

58
Utiliza – se uma tabela que determina o número máximo de dentes da engrenagem menor
(pinhão) por meio da relação de transmissão.

Fonte: (Andrade, 2020)


Número mínimo de dentes:

 Rolos: Zmin ≥ 9
 Silenciosas Zmin ≥ 13
Número máximo de dentes:

 Rolos: Zmax ≤ 120


 Silenciosas Zmax ≤ 140
No caso do projecto iremos usar correntes de rolos.

b) Velocidade da corrente (V c )

V c =Z 1 ∙ t ∙ n1 (15)

c) Passo (t)
Passo da Corrente – quanto menor melhor será a transmissão ver anexo (A6).

Rotação máxima (correias dentadas)

Tabela 1: Passos das correntes


Passo 1,3mm 1,6mm 1,9mm 2,5mm 3,2mm
rpm (max) 3300 2750 2200 1650 1300
Fonte: (Andrade, 2020)
Velocidade periférica (não exceder)

 Rolos – Vp =12m/s;

59
 Dentadas – Vp =16m/s;

d) Carga de Ruptura ( F rup)


F rup=F t ∙ ns ∙ K (16)

e) Factor de operação – K
K=ks ∙ kl ∙ kpo (17 )

Tabela 2: Factor de serviço


Ks Constante Moderados Fortes
1,0 1,3 1,5
Fonte: (Andrade, 2020)
Tabela 3: Factor de lubrificação
Kl Contínua Periódica
1,0 1,2
Fonte: (Andrade, 2020)
Tabela 4: Factor de posição
Kpo Horizontal Inclinada
1,0 1,3
Fonte: (Andrade, 2020)

60
CAPÍTULO III: Metodologias
A metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender e
avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa académica. Em um
nível aplicado, a metodologia examina, descreve e avalia os métodos e as técnicas de
pesquisa que possibilitam a colecta e o processamento de informações, visando ao
encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação (Freitas &
Prodanov, 2013, p.14).

Existem diferentes tipos de métodos científicos e tipos de pesquisa, para a realização de um


projecto. Para este projecto, será usada a metodologia comparativa, uma vez que existe um
processo de limpeza de estradas actualmente que é feita pelos colaboradores da área em
estudo do conselho municipal da cidade de Nampula. Com a proposta aponta como sendo a
estratégia mais adequada pelas vantagens que ela trás, entretanto, não se está dizer que o
método actual não são aplicáveis. Porem com uso da vassoura mecânica o processo será mais
viável, além disso, esta metodologia foi usada para analisar a viabilidade da vassoura
mecânica.

Quanto a natureza da pesquisa Como trata-se de uma aplicação prática e o projecto criou,
estendeu novos conhecimentos, deu um esclarecimento de algumas teorias já existentes, e
como o projecto visa dimensionar uma vassoura e com isso dar melhoria no processo de
limpeza de ruas resolvendo assim alguns problemas, portanto quanto a natureza encaixa – se
na pesquisa aplicada.

Quanto aos objectivos empregou-se a pesquisa exploratória, uma vez que ajudou –nos na
colecta de dados preliminares para a realização do projecto e de modo a delimitar o campo de
pesquisa, para tal foi feita uma leitura bibliográfica em livros e Web sites cujas fontes
constam nas bibliografias do projecto. Foi também feita uma conversa directa com os
funcionários do CMCN da área de limpeza durante a colecta de dados (fotos dos
colaboradores para o projecto e aquisição das respostas do questionário em anexo).

Quanto aos procedimentos usou-se uma pesquisa bibliográfica, uma vez que o projecto foi
desenvolvido com base em material já elaborado como livros, artigos científicos, e catálogos
e com um caso de estudo único que é o Conselho Municipal da Cidade de Nampula.

Foram usadas três normas com base no objectivo do projecto, que são:

61
DIN 862 e 867 (Deutsches Institut für Normung) – A Norma foi usada para poder
seleccionar melhor as engrenagens ideais.

DIN 1611 (Deutsches Institut für Normung) – esta norma foi desenvolvida com o objectivo
de seleccionar melhor os eixos de transmissão.

Gost – URSS (Gost Union of Siviet Socialista Republics) – Assim a norma foi usada para o
dimensionamento de correntes de transmissão para o mecanismo.

Catálogo WEG: para seleccionar motor.

Catálogo Cerello: para seleccionar corrente de transmissão.

Catálogo-Geral-ADR-Eixos-Brasil: para seleccionar o eixo.

Catálogo Arcelor Mittal: para seleccionar Tubos Estruturais.

Catálogo M&S Escovas Industriais: para seleccionar a escova cilíndrica.

Catálogo Schioppa rodas e rodízios: para seleccionar roda e rodízios.

Foram usados também suportes tecnológicos para realização do projecto destacando o uso
dos softwares Ftool e o Solidworks.

O software Solidworks é muito usado nos projectos de Engenharia, não sendo excepção
neste projecto, o software foi usado para a representação do Layout da vassoura mecânica
proposta, representando todos os componentes que serão interligados.

O Ftool é um software de cálculo estrutural que se destaca pela sua simplicidade e vertente
prática. Para o projecto nos permite a análise de estruturas pois poderemos obter diagramas
dos esforços e momentos assim como as forças e momentos máximos para o
dimensionamento dos eixos.

O pacote da Microsoft para edição do projecto.

62
CAPÍTULO IV: Apresentação de resultados
O layout da vassoura mecânica apresenta diversos componentes, e de forma geral. Neste
capítulo iremos seleccionar os componentes de maneira que vassoura exerça com eficiência
oque foi projectada, assim com a devida manutenção dando – lhe uma vida útil longa.

Tendo como base os pressupostos do Capítulo II para o dimensionamento dos componentes


da vassoura mecânica.

4.1. Dimensionamento Da Vassoura Mecânica


4.1.1. Escolha do Motor Eléctrico CC e Bateria
Para seleccionar o motor devemos calcular a potência teórica necessária, a potência
seleccionada deve ser igual ou maior de acordo com o catálogo da WEG:

Assumindo frequência da rede 60 hz e 4 polos:

a) Velocidade em vazio
120 ∙ f 120 ∙60
Ns= = =1800rpm
P 4

b) Torque
T =0,001 ∙ mtotal ∙ g=0,001∙ 20 ∙ 10=0,2 Nm
c) Potencia teórica necessária
Pselecionada ≥ P teorica necessaria

Pteorica necessaria =T ∙ N s=0,2∙ 1800=360 W

Pselecionada ≥ 360W

Segundo a WEG Standard Product Catalog pág. 19, e de acordo com a potência o motor CC
seleccionado é o motor escovado de íman permanente com capacidade de 370W 24V DC
3600 RPM.

Tabela 5: Especificações Do Motor


Estilo Motor Escovado de Íman Permanente
Tensão de Alimentação 24V
Consumo de corrente (nominal) 5,8 A
Torque Nominal (constante) 0,19 N.M
Eficiência Superior a 75%
Peso 2,30 Kg
Número do catálogo 2536ES1BW56-S

NB: os dados da tabela acima foram extraídos do anexo A15.


63
Selecção da Bateria
Para a selecção da bateria vamos primeiro definir alguns parâmetros:

Tempo de autonomia de carga (h)

O tempo de autonomia de carga da vassoura foi estimado em 5 horas, pois acredita-se que
dentro deste intervalo de tempo em condições normais é possível fazer a limpeza.

Tensão Necessária (V)

Como a tensão máxima do motor seleccionado é da ordem dos 24 V, vamos definir uma
tensão do sistema de 36 V pois é um valor de tensão de bateria que pode ser encontrado no
mercado, e ao mesmo tempo será suficiente para suprir as necessidades gerais.

Corrente Necessária (A)

A corrente máxima do motor é da ordem dos 16 A.

Capacidade da Bateria

A capacidade de uma bateria é definida pela multiplicação da corrente necessária pelo tempo
de autonomia de carga da bateria assim:

C bateria=I ∙ t=5,8 ∙5=29 Ah

A bateria seleccionada encontra – se no Ossuman Yacub, pelo seu baixo custo e abundância
no mercado e apresenta as seguintes características técnicas:

Modelo 36 xV 45 Ah
Tensão 36 V
Capacidade 50 Ah
Dimensão 85x190x70
Peso 2 kg
5 h … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … ., , … … … .29 Ah

t bateria emfuncionamento … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … 45 Ah

5 ∙ 45
t bateria emfuncionamento= =7,76 h=7 horas e 46 min
29

A bateria seleccionada tem 7h e 46 minutos antes de descarregar.

64
4.1.2. Dimensionamento das Engrenagens
Seguindo os passo a passo da norma DIN 862 e 867 iremos determinar o diâmetro primitivo
do pinhão para seleccionar o par de engrenagens à partir dos catálogos do diâmetro primitivo
escolhido deve ser maior ou igual ao calculado, utilizando a Eq. 2 Temos:
5 Mt i± 1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 ∙ ∙ ∙φ
Padm
2
i ±0,14

Dados extraídos do motor: Pmotor =370 W ; n motor=3600 rpm ; i=2. Assumindo que material de
fabricação das engrenagens é o SAE 1020.Utilizando o A3 extraiu – se o valor da Dureza
Brinell, HB = 1400 – 1750 (ver anexo 3). Utilizaremos o valor médio que é HB = 1575
N/mm2;

Utilizando a Eq. 3: Momento torsor:

30 ∙ 103 P 30∙ 103 370


Mt= ∙ = ∙ =981,46 N ∙ mm;
π n π 3600

Utilizando Eq.6: Factor de Durabilidade:

h é duração do par esta padronizado varia de 104 a 106 horas, assumindo 104 h;

60 ∙ nm ∙ h 60 ∙ 3600 ∙10
4
W= 6
= 6
=2160
10 10

Utilizando Eq.5: Pressão admissível:

0,487 ∙ HB 0,487 ∙ 1575 2


Padm = 1
=Padm= 1
=213,36 N /mm
W 6
1650 6

Utilizando Eq.2: diâmetro primitivo:

Como o engrenamento é externo utiliza –se o sinal positivo (+), com o anexo A2 factor de
serviço é 1:

981,46 2+1
b ∙ d 0=5,72 ∙10 5 ∙ ∙ ∙1
213,36 2+0,14
2

5
b ∙ d 0=0,173 ∙ 10

Como será Biapoiada a relação da largura e diâmetro primitivo da engrenagem tem –se:

65
b
≤ 1,2
do

Então resolvendo o sistema de equações temos:

{
b ∙ d o=0,173 ∙10 5
{
5
↔ b ∙ d o=0,173∙ 10 ↔ ¿
b
=1,2 b=1,2 d o
do

Com o diâmetro primitivo do pinhão, vamos ao catálogo geral de engrenagens da norma ASA
e DIN para correntes de transmissão linha standard pag. 3, para seleccionar o par de
engrenagens com diâmetro igual ou superior em relação ao calculado. (ver anexo A11).

Tabela 6: Especificação do par de engrenagem escolhido.


Pinhão Material Aço SAE 1020
Massa 0,425 Kg
do1 121,4 mm
d externo 126,0 mm
Espessura 3 mm
No de dentes (Z1) 40
Passo 9,525 mm ou 3/8"
Coroa Material Aço SAE 1020
Massa 0,4 Kg
do2 242,61 mm
d externo 245,65 mm
Espessura 3 mm

Verificação de segurança

Critério de Resistência a Flexão no pé do dente, segundo a norma diz: "A tensão actuante no
pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material indicado."

A fórmula que determina a intensidade da tensão é a fórmula 7 que segue:

F t ∙q ∙ φ
σ max= ≤ σ material
b ∙m n

Com base no material de fabricação extraímos a tensão admissível do material indicado


conforme o anexo A10 σ material =90 MPa;

Utilizando a Eq. 8: Forca Tangencial, temos:

66
M t 2∙ M t 2∙ 981,46
F t= = = =16,2 N
r 01 d 01 121,4

Como o engrenamento é externo e No de dentes do pinhão é 40 logo q=2,9 conforme o anexo


A4.

De acordo com o anexo A1 características geométricas das engrenagens o módulo da


engrenagem é:

d o 1 121,4
m= = =3,035
Z1 40

Como se encontra no intervalo de 1 a 4 (ver anexo A10), temos o incremento de 0,25 para
obtermos modulo normalizado: mn=m+0,25=3,035+0,25=3,285 mm. Assumindo b=2 mm.

σ max ≤ σ material

F t ∙ q ∙φ
↔ ≤ σ material
b ∙ mn

16,2 ∙2,9 ∙ 1
↔ ≤ 90 MPa
2∙ 3,285

7,15 MPa ≤90 MPa

De acordo com os cálculos verifica a segurança, então podemos utilizar o par acima
seleccionado.

4.1.3. Dimensionamento da corrente


O projecto irá utilizar correntes de Rolos, com base nas características do pinhão, coroa e
motor iremos seleccionar a corrente adequada:
Z1 =40 ; Z 2=80 ;i =2;n motor =3600rpm e F t =16,2 N .

Para poder seleccionar a corrente adequada segundo a Norma primeiramente iremos calcular
a carga máxima de ruptura, a partir da Eq. 16.

F rup=F t ∙ ns ∙ K

Através da tabela 3 com o No de rotações (3600 rpm) extraímos o passo p = 1,3mm, então a
partir do anexo A11 para correntes de rolos temos o factor de serviço temos: ns=13,2.

67
Com a Eq. 17: Factor de operação, temos: K=ks ∙ kl ∙ kpo.

Através das tabelas 4, 5, e 6, assumindo regime de serviço forte, lubrificação continua e


posição horizontal temos:

K=1,5∙ 1∙ 1=1,5

Então: F rup=F t ∙ ns ∙ K=16,2 ∙13,2 ∙1,5=320,76 N=32,1 kgf

Com a carga máxima de ruptura da corrente vamos seleccionar a corrente adequada a partir
do catálogo de produtos da DIN 8081 (ver anexo A 5).

Tabela 7: Especificação da Corrente escolhida


Referência T C ∅ rolo L Peso
ANSI e ISO: 25-1 6,35 mm 7,8 mm 3,30 mm 6,8 mm 0,11 kg
ABNT: 04B-1

Verificação de segurança

a) Quanto ao número de dentes


De acordo com a norma o número de dentes da engrenagem que serão acopladas a corrente
de rolos vária: 9 ≤ Z ≤120

Z2 =i∙ Z 1=2 ∙ 40=80 Dentes, logo verifica a segurança quanto a número máximo de dentes
das engrenagens.

b) Quanto a velocidade da corrente


Segundo a norma a máxima velocidade periférica das correntes de rolos não devem
ultrapassar a á 12 m/s ( V max =12 m/ s).

Z1 ∙t ∙n motor
V c= ≤ V max
60000

40 ∙1,3 ∙ 3600
≤ 12 m/ s
60000

m m
3,12 ≤ 12
s s

Quanto a velocidade também verifica, portanto como ambas condições foram satisfeitas a
correte de rolos acima seleccionadas é adequada.
68
4.1.4. Dimensionamento dos Eixos
Segundo a norma para seleccionar o eixo adequado determina-se o diâmetro mínimo do eixo
de acordo com Eq. 11:

d min ≥ 2,17 ∙

3 b ∙ Mi
σ fadm

Para determinarmos o diâmetro mínimo dos eixos temos como os dados de entrada:
Pmotor =370 W ; Z 1=40 ; Z 2=80 ; n motor=3600 rpm e F t=16,2 N . Assumindo o material de
fabricação dos eixos aço ABNT 1025 (ST4211), com recurso ao anexo A12 extraímos:
o
σ fadm=50 MPa ; τ tadm=23 MPa ; Dureza Brinell HB=( 120−140 ) MPa ; e angulo de pressao α=20
.

Utilizando a Eq. 9 Iremos calcular a força radial exercida no eixo:

F r=F t ∙tgα =16,2∙ tg 20 o=6 N

Para obter o momento ideal iremos utilizar a Eq. 12, com o recurso ao software FTOOL
vamos extrair os valores dos momentos máximos das duas forças, concretamente da força
tangencial e radial acrescentando o peso da engrenagem.

{ Ft 1=Ft + Pengrenagem=16,2+ ( 10 ∙ 0,425 )=20,45 N


Fr 1=Fr + Pengrenag em =6+ ( 10 ∙ 0,425 )=10,25 N

69
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:

M r 1= √ M radial + M tangencial =√ 0,5872 +1,1718 =1,311 N ∙ m=1311 N ∙ mm


2 2 2 2

Uma vez encontrado o momento resultante, e o momento torsor já foi anteriormente


calculado na Eq. 3 no dimensionamento das engrenagens. Podemos determinar o momento
ideal a partir da Eq. 12:

O coeficiente de Bach é encontrado a partir do material de fabricação (ver Eq. 14).

70
σ fadm 50 MPa
a= = =2,174
τ tadm 23 MPa

√ a∙ Mt 2
( ) √ ( )
2
2 2 2,174 ∙ 981,46
M i= M r + = 1311 + =1690,23 N ∙ mm
2 2

Sabendo que o eixo é maciço (b=1), portanto o diâmetro mínimo é:

d min ≥ 2,17 ∙

3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙1690,23
50
=2,17 ∙ √3 93,42=7 mm

Para o segundo eixo possuirá duas engrenagens (pinhão e corroa) portanto as forças vão
alterar assim como o momento resultante, logo:

{ Ft 2=Ft + Pengrenagem=16.2+10 ( 0,4+ 0,425 )=24,45 N


F r 2 =F r + P engrenagem=6+10 ( 0,4 +0,425 )=14,25 N

71
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:

M r 1= √ M radial 2+ M tangencial 2=√ 0,60812 +1,19242=1,34 N ∙ m=1340 N ∙mm

Uma vez encontrado o momento resultante, e o momento torsor já foi anteriormente


calculado na Eq. 3 no dimensionamento das engrenagens. Podemos determinar o momento
ideal a partir da Eq. 12:

√ ( a∙ Mt 2
) √ ( )
2
2 2 2,174 ∙ 981,46
M i= M r + = 1340 + =1712,82 N ∙ mm
2 2

Sabendo que o eixo é maciço (b=1), portanto o diâmetro mínimo é:

d min ≥ 2,17 ∙

3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙1712,82
50
=2,17 ∙ √3 111,2=7 mm

Para o terceiro eixo possuirá pinhão e a escova industrial cilíndrica portanto as forças vão
alterar assim como o momento resultante, logo:

72
{ F t 3 =Ft + P engr enagem + Pescova=20+10 ( 0,425+1,2∙ 0,5 )=30,25 N
Fr 3 =Fr + P engrenagem + Pescova=7,28+ 10 ( 0,425+ 1,2∙ 0,5 )=17,53 N

73
Com os diagramas extraímos os valores dos momentos máximos das duas forças, para poder
calcular o momento resultante, utilizando a Eq. 13, temos:

M r 1= √ M radial + M tangencial =√ 1,1007 +1,5101 =1.869 N ∙m=1869 N ∙ mm


2 2 2 2

Uma vez encontrado o momento resultante, e o momento torsor já foi anteriormente


calculado na Eq. 3 no dimensionamento das engrenagens. Podemos determinar o momento
ideal a partir da Eq. 12:

√ ( ) √
2

( )
a∙ Mt2 2,174 ∙ 981,46
2
M i= M r + = 18692 + =2152,1 N ∙ mm
2 2

Sabendo que o eixo é maciço (b=1), portanto o diâmetro mínimo é:

d min ≥ 2,17 ∙

3 b ∙ Mi
σ fadm √
=2,17 ∙ 3
1 ∙2152,1
50
=7,6 mm ≈ 8 mm

Como dos três eixos o maior diâmetro é o terceiro eixo, então vamos na pág. 24 do catálogo
geral dos eixos ADR Brasil, (ver anexo A) para seleccionar o eixo com diâmetro mínimo
maior ou igual aos calculados.

Tabela 8: Especificações do eixo


Código ∅ eixo ¿Pol) ∅ eixo (mm) CAPACIDADE INSTALAÇÃO
(kg) Ataque
p.c.d.
S60KAX00 1 12 NC ∅ A (mm) ∅ B (mm)
2∙
4
2000 1750 6 109 152,4
M16

4.1.5. Escolha da escova industrial cilíndrica


A escova adequada é são as escovas industriais cilíndricas Nylon devido as vantagens
dispostas no Capítulo 2.5.7.3, na alínea b, de acordo com o diâmetro do eixo que será
acoplada escova, extraímos as especificações com o fornecedor online M&S escovas
indústrias.

Tabela 9: Especificações da escova seleccionada:


Anel de escova Material Aço maciço
Anel de escova Diâmetro externo 125 mm
74
Diâmetro interno 62,5 mm
Espessura da barra plana 10 mm
Largura da barra lateral 10 mm
Comprimento da barra lateral 10 mm
Diâmetro do furo 12 mm
Material Nylon
Escova Espessamento 2 mm
Material Fibras de nylon
Comprimento da base do 500 mm
pincel
Peso da escova 1,2 kg

4.1.6. Escolha da chapa metálica (colector de lixo)


O recipiente é usado para colectar o lixo da superfície das ruas lançadas pela escova
cilíndrica. As duas pegas são fornecidas para facilitar o manuseia do recipiente (colector de
lixo) para despejar num lugar próprio o lixo colectado. Também possui uma placa vertical na
frente do recipiente que facilita a entrada dos lixos a beira da estrada. Com isso
seleccionamos a chapa 2500*1250*3 mm, com as seguintes características:

Tabela 10: Especificações da chapa


Espessura Peso Espessura
Pol Mm Pol
1/8,5 0,3 1/8,5

Cálculos dos parâmetros do colector de lixo:

Dados Resolução
C=0,5 m=500 mm Área do colector de lixo:
L=0,75m=750mm Ac =C ∙ L=500∙ 750=375000 mm
2

h=0 , 3 m=300 mm Ac =3750 cm


2

Pchapa =3,8 kg /cm2 Volume do colector de lixo:


V c= A c ∙ h

75
V c =3750 ∙ 30=112500 cm 3
Massa do colector
n
mc =∑ A c ∙ P chapa
i=1

mc =(0,375∙ 2+0,075 ∙ 2+ 0,1125)∙ 3,8=3,8475 kg

4.1.7. Escolha dos tubos metálicos (estrutura base e volante)


A estrutura da base é um dos principais componentes em que os outros, como eixos, escovas,
recipiente (colector de lixo) e mais serão montados. A estrutura carrega a carga máxima
devido a vários componentes acoplados a ela. Os materiais para a estrutura da base foram
seleccionados de forma a fornecer a movimentação de carga e facilidade. Com isso utilizou
os tubos metálicos quadrados 25 * 25* 1,5 mm, laminados a frio ou galvanizados.

4.1.8. Escolha das rodas


De acordo com a Eq. 1. Obtemos:

P e + Pmc
C= ∙S
N
a) Peso do equipamento, carrinho ou estrutura (kg)
Pe =Pmotor + P bateria+ P acessorios

Pacessorios =Pengrenagens + Pcorrente + P escova + Pcolector e estrutura

Pacessorios =2,1+0,01164 +1,2+3,8475=7,2 kg

Pe =3,3+2,8+7,2=13,3 kg

b) Peso Máximo da carga a ser transportada (kg)


Segundo Luz, a Densidade media dos Resíduos Sólidos é 123kg/m 3, a quantidade de
lixo a transportar é de Pmc =V c ∙ ρ=0,1125 ∙83=9,34 kg. por questões de segurança,
aconselhamos a utilizar 7 kg. Assim temos: Pmc =7 kg .

c) Número de rodas ou rodízios


N=4 rodas , duas rodas giratórias e duas fixas.
d) Coeficiente de segurança (ver a tabela em anexo A6)
Como serão utilizados em pisos irregulares extraímos da tabela o S=1,5.

76
Calculando a carga por roda em kg para podermos seleccionar, teremos:

13,3+ 9,34
C= ∙1,5=8,49 kg
4

Com a capacidade de 8,49 kg, escolhemos as rodas no catálogo da ROD-CAR página 06, (ver
anexo A7).

Tabela 11: Especificações das rodas:


Revestiment Referencia Kg Altura Raio da Face da Diâmetro Tipo de Cubo
o da roda da roda roda roda da roda rolante da roda
(mm) (mm)
GEL R210GEL 3 70 49 3/4" 2" ou 50 1/4" 28
mm

4.2. Orçamento do Projecto


Designação Descrição Quantidade Valor Unitário Total
Bateria 50Ah 1 un 5450, 00 Mzn 5450, 00 Mzn
Motor 370W 24V DC 1 un 17963, 00 Mzn 17963, 00 Mzn
Rodas dentadas Pinhão 3 697, 40 Mzn 2826, 12 Mzn
Coroa 1 733, 92 Mzn
Eixos 12 mm 3 un 730, 00 Mzn 2 160, 00 Mzn
Escova Nylon 1 un 4380, 00 Mzn 4380,00 Mzn
Chapa 2500 x 1250 x 1 un 7 300, 00 Mzn 7 300, 00 Mzn
1,5 mm
Tubos 25x25x1,5 mm 1un 720, 00 Mzn 720, 00 Mzn
Rodas Fixas 2 un 389,53 3116,11
Giratórias 2 un 194,5
Correte Transmissão 1un 215,20 Mzn 215,20 Mzn
Total 44 130,43 Mzn
NOTA: todas as facturas encontram-se nos anexos 18.

CAPÍTULO V: Análise e Discussão de Resultados

77
CAPÍTULO VI: Conclusão

78
6.1. Recomendações

79
6.2. Referências Bibliográficas

80
6.3. Anexos
A1: Características Geométricas DIN 862 e 867

81
A2: factor de serviço

82
A3: Tabela de dureza Brinell dos matérias mais utilizados na fabricação de engrenagens

A4: Factor de forma

A5: Padronização das dimensões das correntes de Rolos

83
A6: Coeficiente de segurança para as rodas

A7: Referencias das rodas

A8: Material de fabricação das engrenagens de dentes rectos

84
A9: página 3 do catálogo geral das engrenagens da norma DIN

85
A10: Módulos Normalizados (m) DIN 780:

A11: Coeficiente de segurança (ns)

A12: material de fabricação dos eixos

86
A13: Características das chapas metálicas:

A14: Características dos tubos metálicas:

87
A15: catálogo da WEG

88
A16: Catalogo Geral dos Eixos ADR Brasil

A17: Inquérito do CMCN

89
A18: Facturas

90
91
92
93

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