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Centro de Engenharia Elétrica e Informá ca

Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica


Disciplina: Equipamentos Elétricos
Professores: Edson Guedes/Ronimack Trajano

Atividade Experimental com Dsijuntor de Média Tensão

1 INTRODUÇÃO

O estado operacional do disjuntor é determinante para denir a conabilidade do sistema de pro-


teção de uma subestação ou rede de distribuição ou linha de transmissão. Os disjuntores podem
ser operados de forma manual (comando manual no circuito elétrico de fechamento/abertura) ou
automática (relé de proteção elétrica). Quando na ocorrência de uma falha no circuito ao qual
o disjuntor está associado, os relés de proteção previamente ajustados, enviam um comando para
abertura dos contatos do disjuntor, ocorrendo assim, o seccionamento do circuito. Um disjuntor
instalado sem um relé de proteção resume-se simplesmente a uma chave de manobra, sem qualquer
característica de proteção elétrica.
A parte mecânica do disjuntor requer cuidados especiais, pois dela depende o bom desempenho
do disjuntor. Para se avaliar a condição mecânica do disjuntor, partes móveis do equipamento são
avaliadas periodicamente, com intuito de observar se o comportamento mecânico está dentro de
limites pré-estabelecido.
Na avaliação mecânica no equipamento são realizados principalmente, os seguintes testes:
ˆ tempo de abertura dos contatos (intervalo de tempo desde o início do comando até a separação
galvânica dos contatos em todos os pólos);
ˆ sincronização da operação dos contatos;

ˆ testes de vibração em serviço e durante operações de abertura e fechamento do disjuntor.

ˆ Tempo de fechamento dos contatos (intervalo de tempo desde o início do comando até ocorrer
o contato galvânico em todos os pólos);
ˆ Avaliação dos contatos.

Os instrumentos de medição conectados ao secundário devem apresentam elevada impedância, tais


como: voltímetros, relés de tensão, medidores de energia, entre outros. O primário do TP sempre
é ligado em "paralelo"com a rede ou circuito elétrico e o secundário é ligado a bobina de potencial
do instrumento de medição de potencial.

2 OBJETIVOS

O objetivo deste experimento é familiarizar os alunos com os disjuntores de média tensão, os quais
constituem elementos essenciais nos circuitos de proteção e controle dos sistemas elétricos de po-
tência. Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de identicar as partes constituintes de
um disjuntor de média tensão, de conectar estes equipamentos em circuitos elétricos e de realizar
ensaios elétricos.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Observações

ˆ Antes de iniciar as montagens, assimile a distribuição dos componentes (fontes, instrumentos


de medição, Disjuntor, etc), a localização deles no circuito e a respectiva polaridade;
ˆ Antes de energizar o circuito, solicite ao professor analisar o arranjo de montagem.

3.1 Sincronismo entre os polos na abertura

O tempo de sincronismo entre os polos é denido como o intervalo de tempo de abertura entre os
polo do disjuntor. Em sistemas trifásicos, todos os polos devem operar ao mesmo tempo. Todos
os contatos devem ser sincronizados, com uma certa tolerância limite. Uma recomendação é que o
sincronismo entre os polos do disjuntor durante uma operação de abertura não deve exceder 1/6 da
frequência nominal (2,78 ms em 60 Hz) e durante o fechamento não deve exceder 1/4 da frequência
nominal (4,17 ms em 60 Hz).

ˆ 1º Passo : Para medir o sincronismo entre os contatos durante a abertura, considere o arranjo
da Figura 1 estando os contatos do disjuntor fechados. Aplique uma tensão contínua de 12 V
no terminal inferior de cada um dos polos do disjuntor. Neste caso, a diferença de potencial
entre os terminas do disjuntor será zero, visto que o contato está fechado e não há corrente
circulando entre os contatos.
ˆ 2º Passo : Com o auxílio de um osciloscópio meça a tensão entre os terminais de entrada e
de saída de cada polo do disjuntor. Ajuste a função trigger do osciloscópio para medição dos
tempos de abertura de cada um dos contatos.
ˆ 3º Passo : Proceda uma operação de abertura dos contatos do disjuntor.
ˆ 4º Passo: Observe na tela do osciloscópio o instante de abertura de cada polo do disjuntor
e meça a diferença de tempo entre os polos.

3.2 Sincronismo entre os contatos no fechamento

ˆ 1º Passo : Para medir o sincronismo entre os contatos durante o fechamento, considere o


arranjo da Figura 1 estando os contatos do disjuntor abertos. Aplique uma tensão contínua
de 12 V no terminal inferior de cada um dos polos do disjuntor. Neste caso, a diferença de
potencial entre os terminas do disjuntor será 12 V, visto que o contato está aberto.
ˆ 2º Passo : Com o auxílio de um osciloscópio meça a tensão entre os terminais de entrada e
de saída de cada polo do disjuntor. Ajuste a função trigger do osciloscópio para medição dos
tempos de fechamento de cada um dos contatos.
ˆ 3º Passo : Proceda uma operação de fechamento dos contatos do disjuntor.
ˆ 4º Passo : Observe na tela do osciloscópio o instante de fechamento de cada polo do disjuntor
e meça a diferença de tempo entre os polos.
Figura 1: Arranjo para avaliação do sincronismo entre os contatos.

3.3 Tempo de fechamento dos contatos

O tempo de fechamento dos contatos é denido como o intervalo de tempo desde o início do
comando (com relé ou botoeira), até ocorrer a conexão galvânica entre os contatos em todos os
pólos.

ˆ 1º Passo : Para medir o tempo de fechamento entre os contatos, considere o arranjo da


Figura 2. Estando os contatos do disjuntor abertos, aplique uma tensão contínua de 12 V
no terminal inferior de cada um dos polos do disjuntor. Neste caso, a diferença de potencial
entre os terminas do disjuntor será 12 V, visto que o contato está aberto.
ˆ 2º Passo : Com o auxílio de um osciloscópio meça a tensão entre os terminais de entrada e
de saída de cada polo do disjuntor. Ajuste a função trigger do osciloscópio para medição do
instante de fechamento de cada um dos contatos.
ˆ 3º Passo : Proceda uma operação de fechamento dos contatos do disjuntor com auxílio da
botoeira de fechamento.
ˆ 4º Passo : Observe na tela do osciloscópio o instante de fechamento de cada polo do disjuntor
e meça a diferença de tempo entre o acionamento da botoeira de fechamento e o último polo
a fechar os contatos.

3.4 Tempo de abertura dos contatos

O tempo de abertura dos contatos é denido como o intervalo de tempo desde o início do comando
(com relé ou botoeira), até ocorrer a separação galvânica entre os contatos em todos os pólos.

ˆ 1º Passo : Para medir o tempo de abertura entre os contatos, considere o arranjo da Figura 3.
Estando os contatos do disjuntor fechados, aplique uma tensão contínua de 12 V no terminal
Fechamento

Abertura

Figura 2: Arranjo para avaliação do tempos de fechamento entre os contatos.

inferior de cada um dos polos do disjuntor. Neste caso, a diferença de potencial entre os
terminas do disjuntor será zero, visto que o contato está fechado.
ˆ 2º Passo : Com o auxílio de um osciloscópio meça a tensão entre os terminais de entrada e
de saída de cada polo do disjuntor. Ajuste a função trigger do osciloscópio para medição do
instante de abertura de cada um dos contatos.
ˆ 3º Passo : Proceda uma operação de abertura dos contatos do disjuntor com auxílio da
botoeira de abertura.
ˆ 4º Passo : Observe na tela do osciloscópio o instante de abertura de cada polo do disjuntor
e meça a diferença de tempo entre o acionamento da botoeira de abertura e o último polo a
abrir os contatos.

3.5 Resistência de contato

Na análise do estado operational dos disjuntores, um dos elementos avaliados são os contatos
principal e de arco nas câmaras de extinção de arco. Atualmente, a avaliação do estado dos contatos
nas câmaras de extinção de arco é feita por meio da medição da resistência estática de contato
(MRE). No entanto, a resistência estática é determinada com os contatos do disjuntor na posição
fechada, e não dá qualquer indicação do estado dos contatos de arco. Uma alternativa é o ensaio da
Medição de Resistência Dinâmica (MRD), no qual as resistências dos contatos principal e de arco
são avaliadas individualmente, o que permite uma estimativa do nível de desgaste de cada contato.

ˆ 1º Passo : Para o arranjo da Figura 4, com os contatos de cada polo fechados, aplique uma
corrente contínua superior a 20 A entre os terminais 1 e 2 de cada um dos polos do disjuntor.
Com o auxílio de um sensor de corrente, meça a corrente que circula entre os contados do
disjuntor. Com o auxílio de um osciloscópio, meça a diferença de potencial entre os terminais
1 e 2 do disjuntor. OBS.: Adote um resistor (R = 0,2 Ω) para limitar a corrente da bateria.
Fechamento

Abertura

Figura 3: Arranjo para avaliação do tempos de abertura entre os contatos.

ˆ 2º Passo : Ajuste a função trigger do osciloscópio para medição da queda de tensão entre os
terminais durante o processo de abertura de cada um dos contatos.
ˆ 3º Passo : Proceda uma operação de abertura dos contatos do disjuntor com auxílio da
botoeira de abertura ou no botão de abertura do próprio disjuntor.
ˆ 4º Passo : Observe na tela do osciloscópio a variação de tensão entre os terminais 1 e 2
durante a operação de abertura.
ˆ 5º Passo : Repita os passos 1 a 4 para cada um dos polos do disjuntor.

R 2

Figura 4: Arranjo para avaliação da resistência de contato.

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