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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA

DE DIVINÓPOLIS/MG
(Autos 500589-50.2018.8.13.0232)

ALIRIO MAGALHAES ZENITH e IRIS MARY DE CARVALHO ZENITH,


doravante denominados em conjunto “Réus”, ambos já devidamente qualificados nos
autos em epígrafe, em que contendem com JOAQUIM SILVA FERREIRA, doravante
denominado “Autor”, vêm, por seu procurador infra-assinado (procuração anexa – doc.
01), respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, com base
nos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

1. Primeiramente, cumpre salientar que os Réus fazem jus aos benefícios da


assistência judiciária gratuita, nos termos da legislação aplicável à espécie (Lei nº
1.060/50, CPC e CF). Frise-se, ademais, que os Réus não poderão custear eventuais
despesas processuais ou honorários advocatícios sem que isso lhes cause prejuízo para o
próprio sustento, conforme Declarações de Hipossuficiência firmadas (docs. 02 e 03).

2. Para comprovar referida alegação, aproveitam os Réus para demonstrar que


a Ré Iris Mary de Carvalho Zenith, por ser idosa, desempregada e sem aposentadoria e
que, dúvida não há de que faz jus à benesse da Justiça Gratuita, nos termos da lei.

3. Dessa forma, os Réus requerem, desde já, seja-lhes deferida a isenção de


custas, taxas e despesas processuais e eventuais ônus sucumbenciais, nos termos do art.
98 e ss. do CPC, concedendo-lhes assim a assistência judiciária gratuita.

II – DA SÍNTESE DOS FATOS

4. Trata-se de Ação de Cobrança ajuizada pelo Autor, em face dos Réus, Alírio
Magalhães Zenith e Iris Mary de Carvalho Zenith, sob o fundamento de que estes são
Avalistas da Ré CLAUDIANA FERREIRA GONTIJO / Portadora do CNPJ Nº
31.594.853/0001-22 – residente e domiciliada à RUA TOPÁZIO, nº 88 – Bairro Niteroi,
CEP 35500-215, também com endereço comercial na Rua TEODORO JOSÉ DE
LACERDA, nº 140 – Bairro Nações, nesta Comarca. E, para se chegar à decisão final a
ser prolatada, alguns fatos e situações muito importantes devem ser sobrelevadas,
como se passa a demonstrar.

Em sede preliminar, é importante ressaltar que, muitos dos fatos a serem


doravante narrados, não levam ao mérito da demanda mas que o nobre Magistrado,
com a perspicácia; com o senso de humanidade; e costumeiro a aplicar a verdadeira
justiça, vão levá-lo em consideração para o deslinde da ação que se pretende finalizar.

Destarte, antes de se adentrar no mérito propriamente dito do feito e das


demais matérias de defesa, há que se levar em conta que, a Ré Iris Mary de Carvalho
Zenith é tia e madrinha do companheiro de Claudiana, ANDERSON VIEIRA CARVALHO,
residente e domiciliado à RUA DAMASCO – Nº 1410, Bairro São Luiz, também com
endereço comercial à RUA DOLORES DE AGUIAR RABELO – Nº 361, Bairro Interlagos.
Quando ocorreu o nascimento de Anderson, ele teve a bacia quebrada e a
mãe dele – Maria da Glória Vieira o levou para fazer tratamento no Hospital da Baleia
em Belo Horizonte e, todas as despesas; hospedagens; consultas; medicamentos;
compras de equipamentos ortopédicos e quetais correram às custas do casal Alírio e Iris,
ora também réus na presente ação, que tinham residência na Capital àquela época.
Por não serem casados e não terem contraído o matrimônio nesta
Comarca, o Bispado de Divinópolis recusou-se a proceder ao batismo de Anderson aqui
na sua jurisdição e, como sói acontecer, os padrinhos Iris e Alírio, mais uma vez,
custearam todos e meios necessários para que fosse realizado o batismo do ora
companheiro da Ré Claudiana em Belo Horizonte, na Igreja de São Cristóvão, no Bairro
Lagoinha na capital mineira com toda a logística e hospedagens novamente custeados
pelos réus Alírio e Iris.

Vale ressaltar que em todas as negociações comerciais até hoje realizadas


por Anderson e Claudiana, estes sempre encontraram o apoio, o amparo e o empurrão
financeiro por parte do Réu Alírio, que, sempre que era procurado por Anderson, não
lhe negava apoio, ora “trocando cheques; emprestando dinheiro; utilizando-se do
prestígio e do bom nome que o ora réu tem junto à Caixa Econômica Federal para
penhorar jóias (ouro) e que, utilizando-se do CPF do peticionário, não suportou os juros
pactuados entre a instituição financeira e o legítimo dono das jóias – Anderson, sendo
certo que este causou ao peticionário um prejuízo de mais de R$ 10.000,00 (Dez mil
reais) quando deixou de pagar os juros e débitos do penhor avençado, deixando de
quitar as despesas e ônus e que, mais uma vez, foram suportados pelo ora réu, quitando
todas as obrigações.

Há que se ressaltar, ainda, que o peticionário trocou vários cheques


(conforme cópias anexas) para a titular de uma conta corrente - Claudiana, em benefício
do sobrinho Anderson que, sendo um péssimo administrador de negócios, “sujou o
nome de vários parentes” e provocou o encerramento de contas bancárias de vários
deles, a saber: sua irmã MAIARA; CLAUDIANA; NATASHA (filha deste peticionário) e teve
sérios problemas com os chamados “agiotas” e que ele, Anderson, sempre que
precisava, se socorria dos parentes e amigos para ‘SALVÁ-LO”, especificamente estes
peticionários.

São incontáveis os prejuízos e dissabores sofridos pelos réus


peticionários em relação a Anderson e que, por último, ele se revoltou quando este
peticionário foi procurado para uma negociação amigável por parte da filha do
proprietário do imóvel, JOANA, que sugeriu a este peticionário para que procedesse ao
pedido de EXONERAÇÃO DE FIANÇA por parte dos réus, o que foi feito e que nunca
aceito por Anderson, como se os peticionários fossem obrigados a serem seu avalista
por anos a fio e que, tal desiderato teria provocado e produzido o PEDIDO DE DESPEJO
engendrado pelo autor, como se um simples avalista como este peticionário teria o
poder para requerer o despejo de alguém e isto o irritou muito. Quando a filha do
proprietário Joana foi procurar Claudiana para uma composição amigável, o que se tem
notícia é que esta verdadeira Ré gritou, proferiu impropérios e quase a agrediu, não
chegando às vias de fato por recusa e por temer as grosserias e atitudes agressivas da
verdadeira Ré, que diante da sua destemperança, teve que “bater em retirada” para
evitar um mal maior.

I I I - DO MÉRITO – DAS RAZÕES DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO –

5. Passadas essas preliminares, no mérito da questão que a tanto se


pretende chegar – o que se admite apenas para argumentar, percebe-se que os pedidos
autorais deverão ser julgados totalmente improcedentes em face dos peticionários e,
ao final e ao cabo, sejam suportados tão somente por parte de Claudiana que, segundo
se sabe, possui veículo automotor para trabalhar e se locomover, em sua residência e
domicílio com endereço na RUA TOPÁZIO, Nº 88, Bairro Niterói, bem como se utiliza
dos veículos de placas BZP – 6952 (Furgão) PARA COMPRA E VENDA E COLETA DE
METAIS RECICLÁVEIS, e outro, de placa GYW1E40 (Adventure – Marca Fiat), ambos
pilotados por Anderson Vieira Carvalho (que se intitula sim como proprietário)
amplamente demonstrado com cópia de fotografia dos mesmos anexados aos autos,
os quais deverão suportar o pagamento da totalidade dos débitos contraídos pela Ré
Claudiana e seu companheiro Anderson, perante o locador para solver e satisfazer a
dívida, pondo-se, assim, um ponto final na conturbada contenda.
6.

6- IV - DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DOS RÉUS PELO


ADIMPLEMENTO DAS COBRANÇAS PLEITEADAS NA REFERIDA AÇÃO

No mérito, o primeiro ponto a salientar é a ausência de


responsabilidade dos Réus ALÍRIO e IRIS no referido feito pois, como se pode aduzir,
eles não são formalmente os usuários e proprietários do espaço alugado do autor e
proprietário Joaquim, e que, na verdade, são utilizados pela Ré CLAUDIANA FERREIRA
GONTIJO e seu COMPANHEIRO ANDERSON VIEIRA CARVALHO no comércio, quiçá
ilegal, de compra de materiais recicláveis; sucatas; baterias; alumínios e o mais valioso
objeto do seu comércio: o cobiçado “COBRE MEL” que tem alto valor no mercado e que
eles sempre têm e tiveram os fornecedores já bem delineados em grande escala para
os abastecer. Aqui cabe uma pergunta, ilustre Magistrado: “quem tem em seu poder e
que possa estar fornecendo e vendendo cobre – um metal tão escasso e valioso para os
abastecer ??? Ora, assim sendo, os empresários CLAUDIANA e seu companheiro
ANDERSON ao demonstrarem tanto poderio e situação econômica invejáveis, precisam
provar a licitude das compras do referido metal, que os faz enriquecer da noite para o
dia e os faz ostentar a aquisição tão rápida de bens valiosos como carros, jet-ski e
outros bens que fogem à alçada dos réus ora peticionários questionar, cabendo
exclusiva e tão somente ao ilustre magistrado para aquilatar e avaliar a gravidade e a
ilicitude de referidas transações e negociatas. É bom que se frise que não se trata de
alegações levianas mas o mais ignóbil mortal sabe que o metal mais valioso comprado e
adquirido por eles de terceiros, está escasso no mercado e só as grandes empresas que
trabalham com CABEAMENTO, tais como CEMIG, COPASA, PREFEITURA E EMPRESAS
DE TELEFONIA E TV A CABO, etc) dispõem de grande aporte e poder aquisitivo para
atender as demandas da população e que chegam muito facilmente pelos seus
fornecedores e abastecedores do mercado, às mãos dos compradores ora citados.

7- V - DOS PEDIDOS -

Diante desses contextos, verifica-se a total ausência de responsabilidade


dos ora Réus pelos débitos apontados pelo Autor, razão pela qual os pedidos iniciais
devem ser julgados improcedentes em relação a estes e que recaiam sobre a Ré
CLAUDIANA FERREIRA GONTIJO, juntamente com seu companheiro ANDERSON VIEIRA
CARVALHO, para que o mesmo, sendo seu companheiro e o verdadeiro gestor dos negócios e
empreendimentos, seja CHAMADO À LIDE para que possam suportar os ônus e os débitos
advindos dos aluguéis do imóvel do proprietário, possuindo meios financeiros para o
pagamento conforme demonstrado e alardeado por Anderson em postagens
exibicionistas nas redes sociais e áudios enviados aos peticionários.
Portanto, passados todos esses tópicos, verifica-se que, mesmo que não
sejam acolhidas as preliminares e as questões prejudiciais de mérito, ainda assim, os
pedidos autorais não merecem prosperar, de modo que a demanda deve ser julgada
improcedente em relação aos Réus ALÍRIO E SUA ESPOSA IRIS, sendo ainda o Autor
condenado nos honorários advocatícios e demais ônus sucumbenciais decorrentes.

8- VI – CONCLUSÃO

Ante o exposto, os Réus requerem a Vossa Excelência, pela ordem, o


seguinte: sejam concedidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita aos Réus
Alírio Magalhães Zenith e Iris Mary de Carvalho Zenith, isentando-os das custas e taxas
judiciárias, emolumentos, ônus sucumbenciais e quaisquer outras despesas processuais
existentes, nos termos da Lei 1.060/50, do CPC, e da CF;

a) preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva dos Réus para figurar no


polo passivo da lide, sendo assim extinto o presente processo sem resolução de mérito
em relação a eles, nos termos do art. 485, inc. VI, do CPC, em virtude da ausência de
uma das condições da ação, qual seja, a ilegitimidade passiva da parte;

b) no mérito, sejam julgados totalmente improcedentes os pedidos formulados pelo


Autor, condenando-o nos ônus sucumbenciais da demanda, notadamente os
honorários advocatícios sucumbenciais; e

c) sucessivamente, se a tanto chegar, sejam os autos arquivados para que se faça a mais
lídima J U S T I Ç A e em tais termos, pedem a aguardam deferimento.

Divinópolis/MG,. Em .......................
ALÍRIO MAGALHÃES ZENITH CPF 154 543 126 – 49

IRIS MARY DE CARVALHO ZENITH CPF 995 995 206 – 10

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