Você está na página 1de 2

Resumo do Livro Ideias para Adiar o Fim do Mundo

Aluno: Alexandre Freire - 20210049942

‘Ideias para Adiar o Fim do Mundo’ o título do livro, antes uma palestra, surgiu de uma maneira
inusitada e leve para uma palestra na UnB. Chovendo como sempre em Brasília, Krenak pensou:
“Que ótimo não vai aparecer ninguém.” Ele não esperava encontrar uma turma cheia, muito menos
como responder como atrasar o Fim do Mundo. Contudo, ao encontrar aquela multidão e conversar
com eles foi onde ele refletiu sobre a ‘ideia de uma humanidade’, ‘o mito da sustentabilidade’ e o
que seria ‘O Fim do Mundo’.

A obra de Krenak tem como um plano central a ‘ideia de uma humanidade’ e seu questionamento de
se ‘Somos mesmo uma Humanidade’. Ele exemplifica a utilização de uma ideia de ser humano
‘Europeu e esclarecido’ como uma justificativa para o uso da violência ao longo dos séculos numa
cruzada de levar a luz do esclarecimento a uma ‘humanidade obscurecida’. Aliás a humanidade
moderna seria um ‘Liquidificador Humano’, aonde pessoas tem que abandonar suas terras para
morarem em cúbicos humanos nas áreas periféricas das cidades. Se as pessoas não tem vínculos
ancestrais de suas memórias, como elas vão conseguir se identificar nesse mundo louco?

Cada vez mais distante de suas origens, empresas vão tomando cada vez mais tomando conta da
Terra, enquanto isso elas nos fornecem quinquilharias alienantes e um ambiente artificial seguro
num escambo em que corporações levam Rios, Florestas, Montanhas e Lagos. Enquanto isso
acontece, os humanos são afastados cada vez mais da Terra e sua identidade ligada a ela. Com isso
os recursos naturais são drenados no planeta para manter sociedade consumista aonde como diz
Mujica “Criamos consumidores, invés de cidadãos.”. A ideia de humanidade se tornou tão
intrinsecada no consumo que Krenak a compara com ‘Zumbis’, para ele o apego ao terreno vai de
encontro com a liberdade de uma cosmovisão dos povos indígenas de “Tudo é natureza. O Cosmos
é natureza.”

A natureza estando na nossa vida, o que seria a sustentabilidade? Aqui Krenak questiona sobre o
‘Mito da sustentabilidade’ sobre o planeta que herdamos dos nossos antepassados, mas ainda sobre
o mundo que nossos filhos e netos encontrarão. Para ele a sustentabilidade é uma narrativa criado
pelas grandes corporações para justificar o seu avanço predatório aos recursos naturais, ignorando
as relações existentes entre os povos locais e a Terra, exemplificando o caso do Rio Doce. O povo
Krenak e o Rio Doce, Wantu ou Avô, tem uma relação familiar que a humanidade não reconhece
que aquele ser que está em ‘Coma’ seja um parente para os Krenak. Vivemos numa era do
Antropoceno, algo tão impactante para caracterizar uma era, aonde para a existência da humanidade
se de com o exaurimento das fontes de vida que permitiram prosperarmos.

Tanto como condicionado sobre a ideia de humanidade consumista e a existência, se esse padrão
fosse quebrado o quão profundo iriamos cair? Quando sairmos desse ‘Estado de Prazer’ que planeta
encontraremos depois de anos de um antropoceno que gerou ‘Uma ideia fixa de paisagem da Terra e
de humanidade’. Seria esse o Fim do Mundo?

Contudo, mas qual fim do mundo seria? Para os povos das Américas e áfricas ele veio séculos atrás
através de um processo civilizatório violento quando dezenas de mundos desapareceram e a
memória deles foram quase todas apagadas. Assim como sinais de fim do mundo, se desenrolaram
na Guerra Fria quando muros foram erguidos e mundos divididos sobre o medo do iminente
‘Apertar o gatilho’. Ou talvez o fim esteja apenas na interrupção desse ‘Estado de Prazer’.

Posto isso como Adiar o Fim do Mundo talvez esteja algo mais ligada a nossa ideia de resiliência, a
qualidade de resistirmos assim como os povos indígenas resistem desde a chegada do homem
branco e como até hoje mantém e resgatam os mundos que lhes foram tirados. Para Krenak, a
sociedade consumista oferecida não permite tanto prazer, ou fruição de vida. Por causa disso, eles
vendem a ideia de fim do mundo ‘para fazer a gente desistir dos nossos próprios sonhos. E a minha
provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se
pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim.’

Você também pode gostar