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see eee eee eee eee FILOSOFIA DO DIREITO psi #edipao FUNDAGAO CALOUSTE GULBENKIAN SERCO DE EDLCAGKO E BOLEAS {6.0 recoimeso apés a Segunda Guerra Mundial ‘A experitcia hist mostra que tanto ax doutinas cldsicas o dreito natural como o posiivismo jurco lissica falbram © creito natural, com o sea sistema igo de normas, pe funcio- ‘rem soredades com eotuturas muito slmples, mas nlo € suf lexi nas hipecompleras sociedades moderna com un sistoma ‘cootmicoallamente sense. O positive juaico, por se lado, ‘rofuza com efeto as grandes obra legiltvas do iaio do stealo| ax porque o legsiador de ent aindn se condazia por ma forte ‘comeldocs orl, peasupono ete que porém jénlo se vero ‘msditaduras do nosso tempo; a5 "es ignominasa” dedxaram de st ‘eos exemplot teadénicos« lomaram-te realdade,O conceit 36 ei prameate formal facessara®. 1) 0 “renascinento do dreit natural”, Apso monstrsoso ¢- ‘bitiio dominio nacional socialist, em que odio fol perverido| 16 se tomar ireconhecfvel®, muitos pensaram de facto, 19¢0 08 hor zero apéea Segunda Guerra Mindlal, que devinm regres no- ‘vamente ao ito oar. 14 Jean-Poul Gasca: cada masea cada {pvers desenesdelam novos deli natural, Maso que deve os ‘Sbonais, na misérinjriea daqueles anos, fazer de divers, que ‘ao oss reagir xo Esto neciona-scialista com bate em consi eres “jsnatraistas”e, recosendo a aplicaplo de normas legals Frnt att nes tht tee ae 2d ith ud cs puma plas pina) ONG Wp ahem a ‘Sts maps tne pe ms poe Senta Ns SRADSa cet cas Ue ea Serta oe See gs og Sa occ ey ‘statis orem pS om mr os ge) ‘Rann an rin Nan DOM epungee Ue ‘Spann Meno TM Mme ne ee ‘Gent mp tee sce tee Pee me Fee Scams Cn wp. 7 1 pn oe et ee ‘Shemp ne ee pl Divi ee ahr, {njostas, ow que pelo menos assim hes pareiam, decidir cso com invocagto dm “direito esencil supeposiive"? Ete “rene. mento do dreito natural fi muito elleado, e de facto tambée. ‘io fol um reascimento da ractonalidadee do bom senso mas a tea atinge propriamente a citci, especialmente «flowin do di ‘ito, que ao ina de todo prepared a jareprudncia pare of meno da “njostga legal”. Tem pois que se desculpr as eibunie (odo estes dees "jusmatraias” Ete “Yenascimento do dreito natura” fo episéico, Mas ago restou. Certmente jf no Se encontam Ine, pelo menos do pont Ae vsia da linguagem, decisbesjuicas tio monstruoas come © acérdao do pleno das secede pena do Tribunal Federal alemi, de 17 de Feverio de 19549, sobre a ide da reais sere tente olives. O Pleo iavocou aguas “norma dat moral” ai fearecterizadas: “a soa (ote) vincolatviade (por oposigao 8 “faca ‘incalativiade” dos ‘meros costumes’, dt “eras convengi 1 Side na orem de vale preexistents¢recoahecids eno pinetpios Go dever que regem a vida humana commit las Valo inde Dendentemente de os sous destination ss obuervrem © aceite ‘no; o sou conta nfo pode pols maificarse plo mero facto ese alterrem as opines acerea do que vale ‘Uma erica do resultado a que o Trnwnl Federal agi chego (js relies entzenoiveevilam a lei moral objetivae lo pr iso actos impédicos) pode hoje dspensir-se. Mas duas coisa deve f- ‘ar astentes: 1. Aoi moral” ~nouta eminolopia: 0 “dria nats- sal” ou simplemente, o “Dizelto” (gor opsio 8 lei postiva) que 6 agul invocada, € algo substancia,inempore,sypraposivo, € algo que estfacabado, umn ent, um estido. 2. Patindo desta “eh Te pm a De Nereemncs e a ‘ert nese oe Ress ape Og. | Ein tas Gcndapce np tae ume fa Sa me ‘ene iu sre mh uf arog er ee Sage {Sp Cone tenet om inte A, ‘Teg totter a 197.90 Secs incr aone up y Ce ee ee mora” 03 “dito supreposiva” podem infers, deforma pura- Imere dedutva, cxigenins concieas, decisSes julcas, podem “iabeumine a{simagées defacto Bum raclocthio subsuntive de care ontolipleo-rubstancal Nao se val lem iso. 1) 0 neopasitvamo Jurdco. O neopestvsme, do fat dos anos cingent, nfo des ano ested, rejeitou qualquer ides darn ‘isto sipraposivo, mas as eeutoras de pensamento era 380 files mesmas que a doting do detonate Isto pode explic- fare em tennos gras, A dootrina do dizeito nator (etenda-se a “isle: adourins do dito natural ebsoluist e racials) © ‘ positiviso legals dsingsemse,¢ exo, do pono de vst da ‘atologia eubjacent, pla concepyao sobre arzso de sr, avalide {Go Dieito:aguela 6 "stuera do bomen” predeterinada em tlvel neste € contingatte"vortae do leisadae” devinelada de (taiquer oom naturel previamentesubsstente. Do pono de vista {esrico e metodol6pea, guslam-re ma compreensto do procesto de ‘eterinaglo do dre tegendo a doutrina do dreitonatural (r- ‘onalis) podem deduzin-se ax normas judas positivas de prae- is éicojridicosabsolsts e depos, a parr daquelas as conce- {es deisoes rics sepa o postviamo logalista(sormasivists) podem ober, coma ajuda da dvctivas do legisladr *mateiis Tngisltvor, ax decides jaficas concreas de forma puramente dedutiva, © poste sentido “entarente logis, sem coniderao pela experince, -natrnente sempre necesélo ter em conta 8 ‘ipeatncia, mat Seto ao fo, em 6, reflecido. Assi, 0 direlo Eoncret-ponive & de acd com ambos os modelos 6 pensi- tno aige de rigid, entabelecido a prion. ste parenteszo de dls ‘posites to decarados come 0 dieto nar « 9 postive pode puccer supreeaderts mas fem raxOesfnasecas Arbos se fentam axomatcamente, «ambos subjaz pensumentocodfia- fore. sobre, sho ambos tibairioe da Slosafiasstemtica do ‘cionlismo, que tempor fim ergi um sistema fecado conbe- Cimento ceioe © exact "Bem ve a colts, © neopostvismo tina fundamentalist pens um argument se favor &insasesabiidade de doting do dicta natural Qu, conrequontemente, 0 positvismo tvesse rat, $6 seca forgoso se «alternative dito natral x. posit- ‘iano fosseexclndents o que ol do como evident, dee que It meméria, de forma completamente series. Una fundamenta: (0 Mlosofica do postivismo, como s apeseataa por exemplo Ss Hone Keen nas Teoria Pura do Dist, eficsente seem. Contra hoje. vse postvet por resignagio céptin. Carectevaticn So eapsto do tempo, 6a forma como Hans-Ulrch Evers rion 4s davidonanconcepyes dos postvistas do fim do edule: "mest {tls reprovavel ondem juries” dir ele tem canoer obrigat@- ‘o.", oie também ela garane ada “um minim de protecgta™ vido a esta fungtofem ainda validde..independentomente 4p seo contenido" ‘Ainda que esta concepodo sea de algum modo compceensvel, la alo € de modo nenim tims repost aos problemas que no lo postosactusimente. O regresuo 2 “anes de Kan”, 0 Tenaei- ‘mento do dizeito natural, fou. Mas nfo menos fala o egress 0 “antes da perversto do dreito pela ditadura mai". O que se nos txige& «Kmitgso da srbitariedade na fea eaplicago da le Para tl, no existe ua respostssatisTatiia enquanto se inistic ‘ns alteratva: os drsit ntiral ou positive, trun non dat i muito que reflexto sobre esta ateraivaconduzin a ume apo ria, Allis, 2 diseusto do pés-guerra demonstoa isso ad oculs. “Todos couhecem oe; mil teas invocadoe, aipisenton © coOta-tt {gomenos, as nnn ent em sands fer pert fae sua opnid, porno lograr Fundamentar de forma convin- ‘zm a saa prépria posi. ©) Ateoria finconalea do dete. Tbe ss chops sm 20 ris quando se contpor, a0 dria natural ootlégio-sobst=nca, fms concept funcionlist do direito, como a defenaiéa sobre. tudo por Nill Lutmann. Segundo este funcionalsno 8 ite. ‘sta gue o dito gj uso (asim, nlp exit leo como “sigs” 01 “indisponiilidade” que sto mess simbelos, om que © eonve- “Kose use i Lepimn ten, 92 cam boas intengBes decisivo, mums sociedade altamente com: plora, 6 apenas que o dein funcione “Teduzindo a complexidade” listo j€ 6 cermence algo, mas asim 0 dito toms-se complet ‘mente fungived). cero que 0 “iadispoatve”nio pode reir uma “natreoa” rigid clsiicada, perifeada ¢ atcadida onolico- -substaeialmente; também no fem de ser algo “precise” como 0 logos, ots divnum os a naturessracional do homem bo sentido fo antigo drito natural Mar sto ilo 6 argumentoalgum a favor tf nto Sxstencna de sndsponives no Laret, & ceto que Kent ‘eroe 2 ontolopa substancialista. Mas fol Charles S. Peirce quem feu o grande pusso das substincins para as simardese relapdes, tendo soperdo a Igicaastotlia eKantiana, que apenas coahecit predicados quaiicadore, pra wim l6giea das relagbes™. Ese paso ‘tomer (Sgn ra By ag earn ot goa ei | | a apenas admitem justo de sudo ow nada, entra mumerosos once {os ordensdores que edmitem umn compromisso de mais ou menoe™, (& onde se segue que nio hé uma s6 nica solo correct, rh vias eologbet“conecs, Isto ¢, “defensive, plausvee, £0 Tepiveis de consenso, Pode aguardarse com expetitive o modo oma s ir informatie (ao $6 pura case coment, nas abn para “hard case) eata ies (que de acordo com extendimento Endicional nfo 6 fica neahums). Mis 6 adientimos de mae Ne tee or ere Vik pre le a vt ara ontoldgico-rubstancialsta ¢ do postiviomo legal funcionaisa (0 impalso para ssuperalo da fatal goera de poigSes ene eas des campo deu-o Gusta Radbrach. Considerando a plobatidade ta sua obra, tornage claro que a soa posigoextava pra além do Giveito naturale do positvimo. Mas no proximo capil diee-& ‘ig do male preciso acerca disso. "2 Outre corentes, eo de sop considera sind algumas ‘ectativas que se orientaram também sentido de superar a mista jjtidiea herds do nacional socalismo, combatendo 0 mbitio no Pensimeato jardin stavés da ideia dum indispontel mo Diet. “Tratavace a erpre dei ou mesmo sper orativsmo wo- ‘Bgico defendid piacpslmente por Max Weber e Gustay Rauch ‘s) Um impulso extecial pra 2 reaovagto da filosofia do di ito vem da fonomenologa de Edmund Huser (1858-1938). (Ano- tével isipala de Hussrl, que se converte 8 1 calc, a jada “Edlth Sten, 4 nesssnada em Auschoitz em 1942; do su lgado forgiv em 1991 usna“Latrdugtot Filosofia”) De acordo com ateo- fia fenomenolégion dover a eedacias em si mesmas Ser epresen— {ads em “soto ideainantes” eaves da "redo fenomenopea” ie Ts aoa wk Oh a AGA LF ee ee ee eee ee | © “eid on da “concentago de todos of “eoeficenes cans So existene” em ideins ras e, certamente de forma integrate, {seate deer © adequada: Quem se quiseresclaece cere deste al- tumente complexo modo de conbecimeno, lela 8 Phanomnologie {dy Shuher (Benomenclogia dos Sapatos) de. Gerhart assert (1894-1975); 0 exemplo ¢slueidasve, pois o metodo da eno fologa fnciona evidentemente apenas em objects estrurados de rma simples, no em algo io complera e azn dase normative, Como €o Duct. Os exforgos de Gerhart Musser!» Adolf Reinack (083-1917) no setide de encontrar lementos aprorsticos do Dini, que olegitador tem de repli, se quiserlograr uma re {emeatasio arialmente usta "ooiaaprioistiea do det”), 250 foram coreaos de Exit. 5) Ovta douttnsbasein-se na verso lgica da teria fenome- nolégica do comherimento, de que € primero gerante Mar Scheler (41874-1928), Nel se ispzaram sobretudo Hans Welz! (1904-1977) ‘co seu dsipalo Gunther Seratenwerh (nae. 1929) De acorda eam Ss tua doutinas odiseto na soa totlidade 6 perpassado por “estro- {ara lgicomaleriat" como ejam as esuras da aogfo humans, 40 dol, da relagde autor prtiipane, que vinculam a regusmenta- {20 legal, sempre su so ate de rola ests elidades™ cc) Uma terceira comes argumenta com 4 "aaturezn das coe ss" Ble focando indubitavelmente 4 flosofa do direto mals e- Gente o que farsbém se documenta na incbarcévelbibliograia. 1 Rdbrach tisha tetado a renovas4ojurticassseate na “ature is coins, que entediacontudo, no sentido do neoksotsmo, como tnera "fornia de pensamento”, por tio da qual 0 & por i antes “efenddo, also mutdioo etre ere dover pode ser atenado s onion nono ese Radic tke fae toa ~natreza ds cole Ise ff, poi, por Wer ter Mahofr (are. 191) goo on tia a flea sao {de Martin ifedegger (1889-1976), concee a "naturezn das oles” ‘ome sutatcn fone de deo 20 saiso Gum “are nar i) Aina vei oo para rr. Cancion todavia com cat cue Shor oto a pti oes ft Seta prt Sk Binder (1870-1959, Walter Schinfld (18981958) e Ker! Tare (1903-1992), Visto qu 0 nehegtianoma mca 1p ‘no ove tens nen ilcldades econ pe 8 ‘ocads dl nzimo par a eaovago do Dito, or oto In, ele Curve por aber fncinente explvels (woe etoticn Bo {atc eavlvio no destin do nacional ssi, deal mose que { invocag do "penament da conc orem juin? (Car ‘Sch eo “conceit ives conereto (Lares prea ‘lo dgna de cedto, por muita pradécia qu af haves 1) Corentr gnatotglas. Que tls ets exoros ex bossa SStnnr numa congrudncia de furdamentos (aio sendo de exit ‘Sauraramente& pinto de lgons autores, um sistema fechado) © ibe Reoeminet aon ‘hematin tae en a eam ae ry en seme eee eee eee eee eee eee 100 os conhecmentos tn de ser verfedves (0 que nfo significa que \Gcham do oot Iogicamente aocessrios; nas lncias nonmalvas & \ercagzo surge no dlscureo qe, por ero, nem sempre cond 20 ‘onsenso con mos tebricos do discurso pensam, mas pode pelo henos contac a uma valldade imersubjectiva, ma susceptibil- dade de consense. avert eatio nas cnc normarivas aueticos cohecimen- tos Fat esto évivutente dscatia.Alguns por exemplo Kart ‘Popper, que apena nite ¢ modo dedutvo ~negam pats ess ‘lesmente a possibildade de conbecimentos noemativer atl se fas averia“opaies, Ontos, plo contri, no viem qualquer {dfereng cote o conbecimento @= vermelho e 4 = bom; fl com site uma prove por observa, também exisira uma prova dos ‘Valores. Que las fe posse sustentar sabre pano de funda da ox tice de conhetimente de Kan, parece maito davidoso; segundo le née apenas temo coniecimentos puro das formas da sesiiidade do pensumeate, nfo dos conte ~ abstaindo da matemscs © fds cdocas nate (), em que havesa (Kant considers iso ev ‘ente) juizoe intcos 2 prion (sto , juts que, diferenemente, ‘os tnalfticos, ampli o oso saber © #0 nocessrios, porque nfo ttm origem mu experiencia tensive ®,O corecto sed dizer que para {aa teen (@ que poss ex saber) Valem outascategorias © Iodidades ~ “Yorgceo”, “nocesscio", impossivel” ~ diferentes (dn da rao prticn (0 que devo eu fazer?) ~ “plausivel”, “ade ‘guaco" “efensivel”~ , no estan, também nas mas so pos Sfvelsconbesimentosfundsdos, obtdes metodicameatee veific- ‘is, B condo de reconbecer gue as cignelas exacts 6a natrezt sto mais protimat do ideal de clenficidade do que as ciéacas| ‘onmatvas Por fi, 2a jrdia no éepeaas citnca mas ax ‘bem uma ste, Vjetioe mais em pormenor 0 processo de detemnins- 0 do dito aesim caraceid, | k i CAPITULO 6 INTRODUGAO A LOGICA E A METODOLOGIA DA CIENCIA DO DIREITO - 0 PROCESSO DO CONHECIMENTO JURIDICO igri: Ao, Die spent vrcn Laces ~ Typeset ona Beptapicon eh Fr) Sutpetigel Femct [Sree 1995 3 Bert, lon Signi se nx Si. genie Recrui, 1997; Jere, Bk nd Ge ‘iad ot ton Om oe ta woe Kauai et Oe ‘ett st en Gog ~ er wes We nF 10 ‘Gem Poneunle Than der Oaecpat 9S, Men, Oe Gees, ila precarentne Racphongtan 198 Ree, Wat Ge Rebs 2" 19; Rvber W (og), Messer woe Te {31996 om cota fe 0 Pmanar eee HS, em tots op Ose" or Ma Do ee tar ae “eongstnce 1505, Rane, era Gone ~ ial wl Gree poh Hie Sean Ko) Tenn et Geshe ‘Sine ope Wits Be Reais br Ore Lampe (BY, Retro 197: Lae Rica Rec Gri et Resieaat 17% eet, Bet Cla Mk deh Nivea, "Set anany 1, Goes mn echyanen de meen Gel ‘hone R972 18 tam De rant Ft al Nam, ‘Si Atarseden 3, Boop. Se ac Rin fe Nad Ge ‘gin 10, ied 1 Ghosh 6s buezy Ramen ‘Se agua ees Ganga, va: rage Wp), pt St ‘Smageces no St vo Tecnu a Ccnafsenra St {uo a 4, ie p95 solo A. oto Rete is lls (ne), Spite ae ar Reerbeod n Reaan. i 190 p15 os i Clana, lS Seed Ug) Cae ‘ak tehaghpnabe Hate 18 (or Pre en Rata (Glathapsopn: Hate, 198: Papago KS nd Sal At ‘Se Wop cer re ete ra 194; een, Over ce (th ht cing ee ak ‘3 Geeks Gols 5" eto ei) 190, tem, ecg as ‘nee ee, On 17h day Dae er leche Liv, 19505 ‘ena ‘ace es Vues chen Barges Sat D8; Schwere ‘tere nt Memento Univesinapec er esc Ss rtm der men Poop, 15%, pened GD Glee Rep lt ‘esta ec: Puch ity gpd 96, 9.491 sage enchighi, in al Ass, 198; Smear, We wih i Om ‘eget a ig Ft or) Spee: Foch Acer ‘tan 190, p39 os Tome, Recto nae {dom Tide er Goch, 177 tem, a Pte Gr ts ioe: Dn A Oba gage cps er Resherca 1S Mika Bf, Seen er Gancapte Bi Pasye i Fa sn Orig (Gr ty tbs Wat fy Nati und male Gag 4a 1962 (See 98: Wonnacott ey on seri nts, 198, Woon May, Veatpeng Sar Menor, "fee Se nay ane sso 196, Zaher Ath a ‘Stipe Mapa aon venzichefr LAIDEIA DE DIREITO End sind por eslarecer 0 que devemos entender por idein de Dine, Ser ela algo rel ou (apenas) ideal? Ser ela umn axioms, tama hipétese, uma noma fondamental, um pnctpo reglaivo 0 ‘ane conti wanscendettal do Direlto? Fim mins opiaito, nto d= veda coloearse a ideia de Dirsito demasiado alto, © sim com- ‘reendéIa como “models” da daa de Homem masts pla conti [uaplo:¢ home como ser euténomo (como exiador do Dieito), ‘tomer como fim do secmundo (e portant também do Dirt) €0 hhomem como sr beteruomo Gato 6 vineulado ao Dire), (© es- ‘que no te neoesteriamente que sr ldo “a partic de cima”, Sod mais epopriads a lelture “a pat de haixo™ o principal € 6 lomesn, dela de Diet ¢ secundssa).De qualquer modo existe tum consensoalargad no seatdo de que a iets de Diet €o mai ‘leva valor do Direito Beste mais clevado valor é Justia. © que Sead entfo a Justia? ‘O que an Justia nfo 6 algo que se possa dizer ~e menos sinda do que o conceit de disto~ mma exacts e conclusva defi- ‘ipo. A justiga € um conceto fundamental, absolutamenteiredui- ‘el da cn, da flosota sociale jurdica, bem como da vida plt- tice, social, rligionae juridica. A justiea surge no entendimento ‘laoticoe teaipcn come a segunda das quatro virudeseardinss: ‘prodenci, justia, commgem e temperance (ressopondo sempre 8s ‘ius soguines ne atecedentes). Mito em expetal a Jemocracia 226 cst igada forma fendainental da Justa: pinto da igualade Sigua sua mus elovada ideia directive. A igualdade 6 0 thar ~ ‘Sediemocrnia, Pease se nos elisioos do penssmento democrico, ‘Péreles, Sion, Toque “Taiiogamente dsingee-se: 1. a justipa object enquanto sais clevadoprineipo de justiiapto das ordens normative, das ‘ntitaigies ¢ sistemas sociais (Direito, Bstado, Beonomis, Fart ie; 2a jut subjection enganto vue express na formal {0 ici romano e do Cicero: “Tosttia est constans ot perpeths ‘otantas sum euiquetibuens"! — No qu se segue ttamos em Primeir links da Justia objective, "k pecgunts © qu € «Joss responde-se equentemeate: Jus tiga €' sea cere igucdade, Mas ao justin € essencalmente Tualdade, isso signifi também, como € dbvio, que justia no & ponte iguadade: Pocem, na epoca posterior a Kant, xpecalments o potviame a jstiga fo edazideexcosivamente ao principio da igueldade, ito 6 4 proporqso segundo a qual 0 igual dove ser te thdo de forma igual eo diferente de modo proporsionlmente dife- ene, Apenes este principio totalmente formal era io porcini ‘ements seguro, cr canted da Justia, 20 inves, no podria ser Sbjecton da ibecin, mae petenceriam, como sobremdo Kelsen esi tosh pollen, Caracteriatica 6a pergonia etccn de Kel: O que ‘alustya? ~rlo o sebemos aem nunca osaberemos®, A flsoia do ‘inelo, doutsna da Susie, imitava-se 20 formal. ‘Corn Guay Radbruck dt-se ma mato, le Won Mow ‘ur sore conteddos. Mas também lo Radbrach eu necks — lpenes consierava segura as afrmagoes sobre forms, No quer- ‘elt aon contetidor efendia © reatvimo jurdio flssbe0 ou rioogico: cere das diferentes vertentese dimenstis da ieia Direto (vee eaquens 5, pigina 229) e das suas relagbesrecfprocas [Bio Bf, segundo Redorach, conhecimentos ras apenas cormicrdes (Gis coacinmente a lena deve mostrar quals slo as proposits Top pe: Ceo De tin em a rt ema pte infor fev dean, Som cs Teese ac ope 208 -acionaleate passives, por exemplo sob 0 conteios da Jute, proper las pars a diet). De inkio, Radbruch flava expense ‘Deeds “atinomins da dela de Drei". Tuber egundo Rad Bruch a jasga€igsaldae, Mas ee fo se dina Sar por . Vio ‘que opinepo da igualdade tem uma natureza merament formal, ‘cet um principio tateral, que Radbruch cotudo no conee- bia como imnente a Fustig, mats ante colocsva, sob a designe the "adequazso", ao lado da jstiga ed soguranga jerdica~ que fe toma nvessra dado que a adequagio materi apeans vale rel ‘Gvament st, por ito, dependent do poder que exabelece 0 ge hbo pode ser leatificamente extabeleido, Mais tarde Radbruch mo- {dio a sua doutrina sabre iia de Dizeto de foams nfo ie evant, carctriando a jorga(igualdae), x adequaso © a seg0- nga jriica como "ots faces da ieia de drt que “dominam ‘onjunlamente odieito cm todas ax suns vertentes” ecu contre ticbes fo se devem entender atnomicamente mas anes como Um ‘Soni dajsticaconsigo mesma partir dag RadBruch viv-e ‘compelide apreseaar ta “ordem de prevalacia dos valores ds ia de deito™* ‘Como ela do que fi dito edo que se pote ver no exquems 5, jig (em aio amp) tems vette: iqualdade sia em fentideexte), 2 adequapo (segundo cura terminclogi: usin feclal on do te coms) a segurangjuridia pus juice). Na Sgaldade eth em causa aforma da justia, na adegugto, conte justia an segura Julia, a furo do ji, ‘Deve, em consoqutneia set revirio 0 que acm se dis. A if capa enue forma, contedoe fngSo da Tustga sada ns neces Glade de anise stemaicn das diferentes verentes da Joga. Ni 7th oo GRA 9D I ‘Sig see" O07. so aa ela a a ob memo See ee ere Thee fo cig emis wre Hote EEL fire Lee rea steam tpn ne Spee ne early om utr oot pore semen id ga eg mere G01 6"163 sem i i ii i 20 Sole at teoias processuis da justiga, tems central da. actu ‘slosofia do ieito,falarse-4 mais er pormenor no expiulo 18 ‘Osianse também as rfertcia feitas na “intodu0") 2. Tausldade, semetbanga, equiparasso © principio da igualdade 6, como se viv, antes de mais purt- mente foumal. Ele afm o-somente o igual deve ser taiado de ans igrl eo diferente de todo proporcionalmente diferente. NSO iz o que 6 igual on dierente (0 que 6 importante para aconfiguca- ‘Go das proviees legis) nem como te dever trata o que 6 gual ox teeete @ que importa sober pars s determina das conse ‘gotocias juries) Orn acontece que nada no mundo & absolut Imente igual ou diferent, sendo sempre apenas, por refertocia um {ermo de compara (etiam comparatonis, porventara a ratio lars”), rais on menos zemelhance edistemethane (por i906 sem ‘re logicamente posfel em Vex da analogia a conchustoe conra- Fo). Aigualdade 6 sbetraceio da dfercngae esta, por sua ver, €sbs- ‘taoglo de igualdade Nao bd uma frontira gia entre igualdade © fernelhang, a iusldade material 6 sempre apenas semelhanga por teferéoca = “Ads, igualdade 6 sempre um acto de equjparapdo este acto fo aseata apenas 20 conhecimentoraconal,implicando sempre, © {abelece por fore da sua autordade que, em elapo 8 capacidade de txerefco, a anys deadeo mascimento a6 aos sete anos e dade, ts dos sete at aoe Genito anos © os maiores a partir dos dezoito anos ‘Se Kdade sto sompre iguais ene si, apesar do uma cianga de sete laos se diferencias por regra considerevelmente dum menor de de- Zasote ance; ena dingo ene estes tts prupos também se veri- ficam desiguaidades: usa poston de dezasste anos wm din anes © = ‘um outs de dezoito anos um dia depois de fazerem dezato anos ‘so legalmente diferenciadss. Ou: nenhum assassino 6 igual x cao, ‘mas todos so equiparads co serem punldos com priso perpétan, (Oe mais um exemplo: false hoje muito dos “ieitos da ateza™ fe em eapecil dos mimais; em que medida e sob que perspective (orventur, acapacidade de otimento) so e animals (equals xi ‘mais semebntes ou disermethantes do Homem?® ‘Alnda oje Livro V da “Btca« Nicémaco” de Ariséelar & 0 onto de pars para qualquer flo sri sobre a questo ca us- tiga O cere da jontipa & ensinava ele igualdade. Mas eaquanto ‘mito mais tao (por exenplo Kan?) ninésconcabeu a jutiga como tigo formal e numéro (Kant “se assassinon, tem ée more... “ssl o exige a justia enguanto ideia do poder judicial segundo leis peraisfundadas a priort"), Aries comprecadew-, mito mais adequadamente, como algo proporcioal, geomético, nalé- ‘co. O igual é um meio termo e portant justi € 0 proparcional ‘A proporgio exige conido um critco; a analogs, um termo de ‘compara, Ariséeler chamou x este cio “valor”. 8 claro que om isso se convacod o pont cardi, mas também toda a probe tia da questo da justia’. ‘A igualdade € porto ama igualdade de eagSes, uma corres ponitecia uma analogia O eareter anlGgico dose (que nfo se funds nocessriamente na dovtsna tol6pien da analgia enis = problema de Deas) éo pressuposto para que possamos aleangr ums ‘rem no noseo saber e nas nossa eagBes. Se tudo fosse dtc, ‘= nfo houvesse qualaquer dferegas, ext sein desproposita, eno mesto imposevel, formar difereates palavras © diferentes ‘norms, Senko houvesseconcxes entre as coisas ent eas de forum nome especifiog para cada coisa eum norma espectica para Zt fc ace et Ftc ae Spi 12, 2 sn tim Sr en hp He ro SS avalos tan eee ele 2 ‘a ago, $6 existe ordem com ase mt slog do ser, gue & algo Inenmio entre Sdentdade edierenga, ene absolva iguldsde «| abvoln diveridads (felemibemrse mis wma Yer ar palevae do Goethe sterormente cada ma pagina 119) 3.05 tpas de Justis 34 Avinéeles distinguia, como sinda hoje se fa, doi pos do Justi om que a igualdade se manifestava de duns formas diversas A justipacomudariva (usta commuaatia)e a justia diributva (Gusta disrasng). Aqua 6 justia ene os Sesiguis por nat ‘ena, ma igus pean le ela pena sbsota isla entre resi e coutrapreasSo, entre squilo que a lei consider eq ‘Valea Gmereadoria prog, dino ¢indermizagio). Eta, por se Jao, exig aiguldade propocional no watamento de uma plural dade de pesos: a repaigso de dzeits e deveres de aco com (dice de merecimento, capacidade, ecenidade, cpa (Aen ‘como 6:3 = 42, também oassssaio cst para o furto eome & pent Ae pristo perpetua pra a prsso tempor). A jstigacemibativa€ «forma primordial da justga, pis jostsa comutatva do dieto ivado pressupe um sco pblcn da justigadstbativs, por exer loa attbuigo de um status eopecifion como sejum a pesonaidade Judea ou epacidade de exerico. Por so, «fms "na cle {que trberé™ nao pode ser enendida de corso com tm igual ‘smo utformizace nfo signa, 2 todos omesmo, ma ad ‘0 que € seo nto 6, a oportnidads de se trzar naguilo que em ‘i de pouiiidades posttvas, Toms de Aquino complete o sistema atstorico com uma er xia forma de justia: a Jug legal (asta legals), que pe em selevo 0 dever no inividuo em face do todos por exetplo dever de vote, deveesJodiciais,dever de uso socal da propiedac. Hs ‘eum os aes tlpos de asia iqualdade) nos exquemas 6€ 7 (ps lnas 234 e 255) Como ae depreende do eequema 2 justia dist butva €peépris do diet pablico e a jastigacemtativa€ papa ini Sr ages 1.5 oir rte. Em sos tg ¢ vin jut eg, © ‘mesmo sucedendo duma forms espeeffica no diveito social. ke "Ua pala and oe prio sm calc ere le st nite laced coun impor apc ee ‘naj, com o mandoneno de lenin «ws aaa ak ‘roma ttm Gea don po sorcon, Aarts, fi og, cage cte one ino paca uses {tsi to tenon coast aroun oC tas ‘eto afinagto do serps pro tm dee ‘tear or tr gue com So Tro saves © lose io siplemede« 6 costo to aa como o pga nants do thetic Deve dcnarso0 cot. ‘io pal wero gue 6 cra Cetus, i spec ove srrepesalizao comets pres cma pro. eu tbl pore? ca em eee ersoninen “ora dora ge sada os de ver ain como “era do normal), por exe ages ge tm ‘Stee homenerais smo suo como a, uncon es {onl enna coo roa TIL JUSTICA E EQUIDADE Avisatte tame refleta tobee a rlago entre justia © gs dade, c com grande acer. A equidade€ apreseatada como “justi: ‘to easo conereto"l Na pitica ea desempenta um papel io neh fg20cidvel. No dzetoanglo-americano, que 6 redomioantemeste Adsitocasustico © nto dieio legal, a Jurispmdénca da equdade \esenvolven- como un institu de enorme impertinela no in terior da ordem juriicaglbal ( problema esd ento em saber come & ques eqsidade pode sr ‘oloeads em campo conta a justia sendo a justia o valor urdice in, ise 7 4 Oe ae = . Se i ae a ma ees —— eee eee sais elevado ~ ou seré gue afinal nfo o €2 ArisitelesGeparou-se com ete dilema. Forum lado, a equidad seia melhor Go que d- ‘it legal, ms, pr outro ad, nto owen no tentido de perencer ‘um géaeo divers. Vejam-e aq iteramente as passagens dec Sivas: "A azo da difculade ett em que a equidade,apest de er iret, nfo € direito legal, mas sim a sua correogo. Esta pode justi ‘ease plo facto de toda a el ser gerl e fo se possivel, em mui tos cats, obter ma donc ata arte ima tegen Bera Po we 22s, €necessirio que se estabeloga uma regra gral, que nto poder ‘Ser sempre jsta, pois apenss considera a maloria dos cass, © que If significa que ae fgnorem ar omisces decrrentes dese proce ‘mento. Eta procedimeato no dela de ser correco. Pois as om ‘es no esultam naz delet sem do leglladoe, mas éa nturera do aso, Assim, quando aise promuncia de forma gel e,segui ‘dameate, surge un caso particular aque essa regra eral lo se ade us, é jst, visto que o legslador, promunclando-se de forma peal, ‘Bo eve em vst este caso eo ignorou, suri tl emis, tl como © proprio legislador teria feito se tivesse o caso diane de ie, tendo ‘omao coshecimento dele, o Uvescecontemplad na lei”, "Nilo 6 ponanto ceo dizer que a equidade € a “jstiga do caso ‘concrete. Teds norma tem de generalizar™, Ua “nora” indi ‘fatizante, uma “norma” especficamente para ete aguele ou aque, outro cas ¢ uma autoconradigso, no € ume norma. B evdente que seuerlizago pode te diferente amplitude, a norma ao em de Jer sempre para todas as pessoa, mas sim para todos os menores, ira todos ds comercants, para todos os assassnos.E neste ponto Sedistinguem jusiga eequidade. E uma dferenga de pont devia, Si paenapntarn canon! a amenietlleamypegrapair seem eeeeeeees ewww Vw eee eee psradigmaticamente do posto de visa do legslader, por um lado, tf pont de vista do jus, por ou lado: aque parte de norma pe. sal ara o caso concreto (Gedugfo}, este, do caso consreo aa 8 ‘orma gral Gindoss0). “Tumbém a equldade no pode poramto considers ¢vslorar usa resultado singular, uma pessoa individual ttamente or i S6\¢ oder 0 arbirio e~parsdoxalmente—a grap na qual jatign € Sfocdvamente sopemda, pois a grapa deixa soa Tur bar da fear forma se uote injsto,enqsants a justga © alo me fos equ, tim de repartiro que @ de cada um em rego aot ‘outros como que se confirma mals uma vez aide do carter re- Tacional do diet). IV. EXCURSO: A PENA JUSTA, ‘Sobce a "Justa em geal” podeia sinda dizerse algo mais, scado cero gu tats deunvolvanetos seme iam wm consider ‘el gaa de shsracgSo. Hm vez de continua em este tipo de cons ‘eragies, ie, para trina iar, através den exemplo, © modo ‘amo se intetigamas formas de juste. Escalhooexempl da “pena jst pois por mito diferentes que as diversas eons. da pena pos ‘unser, todas convergem ma tenttiva de fundameatar a "pena just" ‘Alén disso pode explictarse atavés dest exemplo de forma espe- ‘Galmente inpessva, a dowtina clisia a jag. No se dave com ‘do entender isto como te Aristétels Uvese jt resolvido todos 06 hosts actus problems. Pletal ako € verdad. Mas esses modelos ‘lsslcos podem eventsimenteservr para ordenar os arguentos © ‘ontreargumentor das millpls discusses quotidian, termando ‘aro par cada um epara op outos, que nivel se eta arguments ‘As considergdesreguntesnio constnoem uma solo magica para tocos ox problemas, mas poder, endo pent, tazer Inz A actual scans sobre as feoras da pena. A base esti no esquema 8 (pr ‘ima piping), que se pode compreender em maioresexplicaées. ‘Como oleitor sabe, Kan’ ainda conceber a igualdade de modo formal e aunérso, © pontanto no espa do principio de tlio. pit oe se ee aod ie (igual tem de ser reuibufdo com algo exactamente gua: cho por fle, dente por Gente ~ "Se maou, eatio deve moner; no exe faq qualquer our possiblldade que suisfaza a asses” Sobre {iso Aviles vera una conceprao muito diferent © mas jor tad da jstiga como igualdade: nto 6 igualdade mumécin quer Tova deciaivments mas sim a igeldade peoperionl, geoméice, ‘elaconal™ igual € umn meio, diz le, um mei term exe o ex- ess oa falta. E vst que ial € algo inermédio, ambéen 0 i- ‘eto algo immo « potants algo proporcona "Para Arisdteles a forma decsiva Ga jusiga € «Justia dst ‘rua eaquanto igualdade proporcional no teatsmento duma pla- falidade de pessoa: arepatcao de direitos edeveres segundo um, ‘Grteco de merecimeno, capacidade, ecessidade... A unig di ‘eibuiva € por outras palavras o principio suum culgue tibuere. la € forma psimordlal da justia. Concordanto com Arstteles em que no dito ext essencal- mente em causa a jstign datebtiva portato a igualdade propor- ‘Goal (hi rgumentoe de peso nese sentido), o principal fim da pena seria preven expecale, dentro desta, em primeic iba a Fessocializagio. Ao agente é abutdo “o su”, aguilo de que precisa Dern que posse fanuramenteviver ns comunidade uric, par que so velcidn. "Nemo pradens punt, quia peceatim est sednepecce- tues em Seneca; todos 0s jurists conhecem esta Sse, mas ‘poucossaberto que Plato tna antes dito 0 mesmo". Necessé- Fo pee a sua esocilizgo pode ser precisumente uma renocia & ‘pena ov pelo menos A sua execugto, o que sob o pont de vista da Jona (Ga setibuigdo) parecerdinjsto e portanto inudmissvel. ‘Kant acentuon aise so com odo Ens. 20 ioe palavra de oem 6 “estabitizapdo da sociedad”. Com {ato fcamos dante da juriga legal que Arstvles Gaba penado {itegrada na jstiga ditutiv. A son sutonomizacfo tor con- {nd claro 0 momenta da vincalagSo do individuo em face do todo: 2 propiniade € disponiel, mas tambén vinculads. Sem dvida {que quem viola oditeito tem também devers em face da cemtai- {Eid devendo soporte encargos que, sob © ponto de vista da £0- Gelizapdo, se oonram demnecnsedsios ov alé mesmo manifest mente preudiciais ‘O elhor pars &resocalizagé do deinguente peo seré muito ‘requnfemente una pena moserads nfo Taras veres deitt-lo reamo em iberade, Mas isto nlo pode rer assim, plo menos, nos (mcs mis graves. Af a sociedadenio compactoa,O sentiment de {fcsidade a delta das pessoas cumpridorascorompense-ia coma shuoligo ou poigso ligt, diz-e por iso devem “para defesa (onder rca” (6647 I, 5, IL, 659, 1, todos do Codigo Pena), impor também aqulas pense mesmo penas muito Severs, qbe tm perspective do agente mo #80 necesdras ou soa prejdicias (ChrovensSo perl pita"). Mas © que rcomenda ago “eq {hao"? Precistmene a olgndiaexigencta de uma propor: tanto tte virtue eecompensa com eae delitoe pena. Pos €precist- nents “o que eg 2 justi. de scordo com les gemis nda prior. Esta fae de Kané™ msntén a sa Valiade, anda que 280 ‘im rgorosismo com que ele «peas. encemos ands um car pelo exqueme da pégina 238, A pena cm pines liaha um acto asia disibuia: deve abuse ‘toageste “0 se", nul que Ie & necersro. Mas ete no pode Ser 6 nico principio, po o agente existe solo e€ sempre mem- tro dams comtnidado, Por so, a pen tem ann de ter em ons (lero ail que €neceastro& comunidad ustga leg), amulo ‘que € neces, nomeadamente para a ansengioeestailiza- (io da confanga jurdca, € antes de mais corteza de qb, 20 TA0 ulpével,€aplicada a “corespondente” pena Gots coma) Ta iii 9.36 | | | ‘Para scomunidade 6 necesiio, como diem as palawras de Kant, ‘he “se sotie em elago too de acord com o alr dos seas ac ths" Por iso, agile qve ds "preven geal pasta” prtence A jsiga gal, chamara eu antes “reparapao sot", pols ssi fen ‘ais lame expresto que e agente dove isso 8 sociedad. Tendo fc cont que a “prevenpa ger postive” um acto da jutigaco- ‘mutate, nfo veo nena razio para nfo ila «expresso ta ‘clonal rebigso™ ( peacipal fm ds pena 6 porto preven especial, © pa ticelarmente a essocilzag. A cla atescem os ouros ins da pens: reriiigdo(compensasio a cups) ereparacao soa delimlando ‘ modificando(podemos dear de partes itmidneo). A tutela do bens urios, qe est funamentalmente sempre em astm pen ‘ion, io & um fim autSeomo ao lado dos outos 8, nilo & um ‘pectn paca da pena, send antes o ressltado dma sreulgs0 ‘ptimscnte ost ine da pens. ‘Uma des numerosascontequéacis poltico-criminas que resu- tm do que fl dio reepeita & pena de pesto prpétua O problem ‘etal €0 de saber se um pena, quedo pont de vista da preven- {0 foci mnea se jstficaris, pode ada considerar-se defensi- elem nome ds estbilizapto da sociedad. Tayex teubamos que Tesponder afirmtivamente rbur sf stants isto 6 n0 quae de Feitgbessetalmen existent, Mas ceramente cheparé dia em ‘Stsino com pis perpétua. Tabs a “pena js” tem um me- ‘ida his. Ela tem de sec consanementeredfiida. Todavia, ‘sem.um ponte de orienta ca-aefaciimente no efémero e devin. cal, a at en Ta 38

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