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MENSAGEM DO PROF. LEONARDO BRANCO SOBRE ESTE CURSO
Eu resolvi disponibilizar integralmente um semestre inteiro de curso porque achei errado manter em meu computador aulas
que poderiam, por meio da Internet, chegar a mais pessoas e ajudar a divulgação científica do Direito Tributário no Brasil.
Apesar de ser professor, e viver do Direito, viver de dar aulas, cobrando justamente para compartilhar o conhecimento, eu não quis receber
nem um centavo por este conteúdo porque eu percebi que, assim, eu poderia levar estas aulas para mais pessoas e, sobretudo, para quem não
tem condições de pagar por um curso como este.
Decidi fazer isso, sobretudo, pensando no S. que me escreveu dizendo que havia perdido o emprego na pandemia e que por isso precisaria
trancar a faculdade. Mas eu quero dizer que este curso, feito da maneira como eu gostaria de ter sido apresentado ao Direito Tributário, é para
muitas pessoas.
É para o aluno que faltou naquele dia na Faculdade e quer repor a aula. É para quem não entendeu um ponto que o professor explicou e quer
ver de novo a explicação do tema. É para quem estava na aula, pensando na namorada ou no namorado. É para quem entendeu tudo, mas tem
vontade de conhecer outro ponto de vista. É para o aluno estudioso que quer aprofundar a matéria. É para o aluno exibido que quer adiantar o
tema da aula para responder todas as perguntas assim que perguntado. É para rever acelerando o vídeo 2x antes do dia da prova. É para revisar
a matéria antes de um concurso público. É para um jovem professor de direito tributário que vai dar aula pela primeira vez e que está morrendo
de medo da sala, de descobrirem que ele não sabe algum artigo do código tributário, e quer ver como se monta uma aula. É para o jovem
advogado que quer fazer de novo um curso de tributário nas horas que pode porque não teve um bom curso na faculdade. É para o excelente
tributarista que não lembra mais dos conceitos fundamentais, da diferença entre taxa de serviço e de poder de polícia. É para o estagiário que
quer fazer a diferença na entrevista de emprego. É para os meus professores, para que tenham orgulho ao verem que o aluno deles hoje dá aula
para fazer dos jovens de agora os professores de direito tributário das salas de aula de amanhã.
Esse curso é dedicado para você.
ESPÉCIES OU FAMÍLIAS: TAXONOMIA TRIBUTÁRIA

2.1. Taxas
Art. 145 CR
Justificação: alguém causou uma despesa estatal
Princípio da equivalência: sinalagma
Prestação estatal que demanda recursos financeiros
Roque Carrazza: retributividade
Luciano Amaro: uso potencial de um serviço
Lapatza: princípio da provocação - provocado o custo, gera-se a obrigação de pagar

Schoueri: princípio da cobertura dos custos. A taxa não se justifica pelo benefício, mas por equivalência.
Valor limitado a cobrir os custos (BC possível)

Cameralismo: contraprestação como base de validade


Só paga o tributo aquele que provoca prestação estatal

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Benefício: vantagem individual decorrente da atuação estatal. Limite é o valor da utilidade.
Há taxas que não trazem vantagem (eg.: poder de polícia, como concessão de alvará).

BC: art. 145 §2º CR


Não pode ter BC própria de impostos (capacidade contributiva)
Taxa: não forçar toda a coletividade a suportar um gasto que pode ser individualizado. Relação BC e custo.

Art. 146 III a: LC define espécies tributárias


CTN: arts. 77 a 80

Taxas: (i) poder de polícia; (ii) serviço público divisível e específico

BC QUANTIFICA A ATIVIDADE ESTATAL QUE A JUSTIFICA

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2.1.a. Taxa de polícia

CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder.

Atividade do administrador público voltada para o bem comum


§ú: deve ser reglar o exercício, sem desvio

Poder de polícia: (i) limita, (ii) fiscaliza, e (iii) sanciona particulares em favor do interesse público
São cobradas para remunerar atividades de Estado contra o interesse do particular (limitam liberdade e até mesmo
propriedade em benefício do coletivo)

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2.1.b. Taxa de serviço público

Específicos e divisíveis uti singuli

"Serviço público": atividade material de oferecimento de utilidades e comodidades ensejadoras de benefícios


particulares a cada usuário prestada pelo Estado

Assim: serviço público uti universi (inespecífico/indivisível) não pode ser tributado por taxa e nem dado em concessão,
pois voltados à coletividade (remunerados por impostos) - exemplo de serviço uti universi: limpeza e conservação de
logradouros (varrição de ruas), saúde, educação.

Questão: show com multidão que demanda presença da polícia.

Não é passível de taxa de segurança, pois viola o art. 145 II CR: não é específico/divisível.

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CTN - Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização
compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Serviços prestados ou postos à disposição


"Potencial": cabe mesmo se não houver uso do serviço
(eg.: taxa de esgoto: o contribuinte não pode alegar que jogou os dejetos em praça pública)

Específico Divisível

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Competência anexa: art. 80 CTN
Art. 145 CR: admite que qualquer ente pode instituir taxa
A competência para a atividade define a competência da taxa

Taxa vs. Tarifa/Preço Público


STJ (RESP 1.330.195-RJ, j. 06/12/2012, Rel. Min. Castro Meira)
Prestação de serviço estatal por meio de concessionários/permissionários confere à cobrança natureza não tributária de tarifa

Tarifas: serviço postal, fornecimento de energia elétrica, transporte de passageiros

Exemplos de taxas:
•Taxa de fornecimento de água
•Taxa judiciária
•Emolumentos pagos a cartórios extrajudiciais
•Telefonia fixa

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