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Curso de 2ª Fase para o

XXVII Concurso da DPERJ

PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
Prof. Felippe Borring Rocha
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Blog: Processo Civil em Movimento
TEORIA GERAL DO
PROCEDIMENTO

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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ESPÉCIES DE PROCESSO
 

a) Processo de conhecimento (tutela


cognitiva);
b) Processo de execução (tutela
executiva).

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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PROCESSO E PROCEDIMENTO
 

Em razão de vários fatores (qualidade


da parte, valor da causa,
indisponibilidade do direito etc) a
forma com que o processo se
desenvolve em juízo assume feições
diferentes. Nesse sentido, o
procedimento é a exteriorização da
relação processual e, por isso, PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
representa o modo e a forma porque Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
se movem os atos no processo;
No âmbito do processo de
conhecimento, o rito pode ser comum
ou especial. O procedimento comum é
o que se aplica a todas as causas para
as quais a lei processual não haja
instituído um rito próprio ou
específico (art. 318 do CPC). Seu
âmbito é, portanto, delimitado por
exclusão (residual);
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Especiais são os ritos próprios para o
processamento de determinadas
causas, seleciona das pelo legislador
no CPC e em leis extravagantes
(Juizados Especiais, Locações, CDC etc)
para ter uma tramitação diferenciada
em relação ao rito comum. A razão da
diferenciação pode ser a urgência, o
direito material envolvido, as partes
etc; PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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CONCEITO DE PROCEDIMENTO
Inicialmente, o procedimento pode ser
visto como o conjunto de regras que
vai disciplinar o desenvolvimento da
relação jurídica processual em juízo.
Numa visão mais estrita, o
procedimento representa a ordem em
que os atos processuais serão
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
praticados para permitir a prestação Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
da tutela jurisdicional deflagrada pelo
exercício do direito de ação;
O que diferencia o procedimento
judicial dos demais procedimentos é,
além do seu locus e da natureza das
normas que vão determina-lo, a sua
estrutura dialética (Higel). Assim, o
procedimento pode ser identificado
como um conjunto complexo de atos
encadeados em sequência lógica com
vistas à produção de um resultado
(“sentença” ou melhor, a tutela PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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jurisdicional). É assim o aspecto
externo do processo.
PROCEDIMENTO ESPECIAL E TUTELA
DIFERENCIADA
A tutela ordinária (paradigma da TGP)
é aquela de natureza cognitiva,
contenciosa, sentencial e exauriente,
prestada por meio do rito comum.
Assim, um rito especial que se afaste
dessas características pode ser PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
considerado como um instrumento de Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
uma tutela diferenciada.
ADEQUAÇÃO DO PROCEDIMENTO
 
A previsão de um rito especial envolve
matéria de ordem pública, pelo que
não há liberdade de escolha (salvo no
caso dos Juizados Especiais e da
Monitória). No entanto, diante da
eventual irregularidade, incumbe ao
juiz verificar se é possível a adaptação
ao rito correto, a convalidação do rito PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
adotado ou a repetição dos atos Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
processuais;
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO
PROCEDIMENTO COMUM

O rito comum funciona como a base


estruturante de todos os ritos
especiais. Assim, naquilo que o rito
especial não regular deve ser aplicado
subsidiariamente as regras referentes
ao rito comum. A compatibilização PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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entre essas regras, no entanto, por
vezes não é harmônica.
CUMULABILIDADE DE DEMANDAS
SUJEITAS A RITOS DIFERENTES

Apesar do art. 327, § 2º, admitir a


cumulação de demandas com ritos
diferentes, mediante a adoção do rito
comum, abriu a possibilidade de que
sejam aplicadas técnicas próprias do
rito especial desconsiderado; PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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Obs.: Existem procedimentos que são
tão especiais (p. ex., inventário e
partilha) ou estão inseridos em
microssistemas (p. ex., Juizados
Especiais), que não admitem
cumulação com outros
procedimentos. São ritos “infungíveis”
ou “irredutíveis ao rito comum”. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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AS NATUREZA DAS REGRAS SOBRE
PROCEDIMENTOS
Note-se que não há clareza quanto à
distinção entre normas de
procedimento e de processo. Isso é
relevante, para estabelecer os limites
da competência legislativa, já que as
normas de processo são editadas
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
exclusivamente pelo Congresso (art. Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
22, I, da CF) e as normas de
procedimento, por este e pelas
Assembleias (art. 24, XI, da CF).
A CRIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS

Nos primórdios do direito processual,


todos os ritos eram especiais (voltados
a regular uma determinada ação).
Com o passar do tempo e o aumento
da complexidade das relações sociais,
foi necessário criar um rito provisório PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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(tampão) para dar conta das novas
questões surgidas. Assim nasceu o rito
comum, para ser usado até que fosse
criado um rito especial;
Com a afirmação científica do direito
processual, a lógica foi alterada. Os ritos
especiais passaram a ser construídos a
partir da estrutura montada para o rito
comum. Assim, na maioria das vezes, o
rito especial regula apenas aquilo em
que difere do rito comum. Com isso,
foram desenvolvidas técnicas para
criação de ritos especiais: sumarização, PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
ampliação, inclusão de uma fase liminar Prof. Dr. Felippe Borring Rocha

ou de uma audiência prévia ou


justificação, monitória, provisória etc.
FLEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL
Todo rito tem uma flexibilidade
intrínseca (p. ex., se não há prova oral
a ser produzida, não precisa de AIJ). O
Novo CPC, no entanto, ampliou as
hipóteses onde as partes (arts. 191 e
357, § 2º) e o juiz (art. 139, VI) podem
modificar a estrutura do
procedimento (comum ou especial),
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
para melhor adequá-lo à colheita de Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
provas ou à resolução da causa;
PROCEDIMENTOS
EM ESPÉCIE

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
a) Procedimentos especiais do CPC
(não afetos à áreas específicas);
b) Procedimentos especiais da
legislação estravagante (não afetos à
áreas específicas);

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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DO CPC
Ação para emissão de declaração de
vontade
“Após a realização de diversas
diligências infrutíferas para a
localização do endereço do cônjuge da
autora, houve a citação por edital,
tendo o prazo para contestar
transcorrido sem manifestação, razão
pela qual os autos foram remetidos à PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Curadoria Especial, para a Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
apresentação de defesa,
aperfeiçoando-se, portanto, o
litisconsórcio passivo necessário...
A autora, casada pelo regime da
comunhão parcial de bens, tem direito
à lavratura da Escritura Pública de
Doação com Encargo do Distrito
Federal, referente a imóvel adquirido
por meio de habilitação em Programa
Habitacional de baixa renda, tanto em
seu nome, como do seu cônjuge, cuja
ausência, por abandono do lar
conjugal, por longo lapso temporal, e
respectiva declaração de vontade, é PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
suprida judicialmente, com respaldo Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
no artigo 501, do Código de Processo
Civil” (TJDF – 6ª Turma Cível – AC
0036545-87.2016.8.07.0018 – Rel.
Des. Esdras Neves, j. em 12/06/2019)
Ação de consignação em pagamento
“A consignação em pagamento visa
exonerar o devedor de sua obrigação,
mediante o depósito da quantia ou da
coisa devida, e só poderá ter força de
pagamento se concorrerem ’em
relação às pessoas, ao objeto, modo e
tempo, todos os requisitos sem os
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
quais não é válido o pagamento’ Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
(artigo 336 do NCC)”. (STJ – 4ª Turma –
REsp 1.194.264/PR – Rel. Min. Luís
Felipe Salomão, j. em 04/03/2011);
“Em ação consignatória, a
insuficiência do depósito realizado
pelo devedor conduz ao julgamento
de improcedência do pedido, pois o
pagamento parcial da dívida
não extingue o vínculo obrigacional”
(STJ – Tema 967).

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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Ação de exigir contas
“APELAÇÃO. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS.
ALIMENTOS. Improcedência em
primeiro grau. Inconformismo.
Acolhimento. Inteligência do art.
1.583 do CC. Direito do genitor de
obter informações sobre a
administração e destino dos valores
pagos a título de alimentos. Interesse
no processamento da ação, ainda que PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
os alimentos sejam irrepetíveis e que Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
não se exija forma contábil e descrição
exata dos gastos, mostrando-se
suficiente a comprovação dos
principais dispêndios...
Observância do artigo 551 e
parágrafos do CPC/2015. Providência
que prestigia o melhor interesse do
menor. Primeira fase do
procedimento que se encerra por
meio de decisão interlocutória, sendo
descabida a fixação de verba
sucumbencial” (TJSP – 2ª Câmara de
Direito Privado – AC 1042007-
03.2018.8.26.0602 – Rel. Des.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Rosangela Telles, j. em 18/03/2020); Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Com o início de vigência do CPC/15, a
discussão quanto à possibilidade
jurídica do pedido deixou de ser causa
de extinção do processo sem
resolução de mérito. A rigor, a
apreciação comporta a análise do
mérito e, se no curso da 1ª etapa da
ação de exigir contas, essa tese foi
rejeitada, trata-se de decisão de
mérito, recorrível de imediato, por
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meio de agravo de instrumento, nos Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
termos do art. 1.015, II, do CPC (STJ –
3ª Turma – RESP 1757123/SP – Rel.
Min. Nancy Andrighi, j. em
13/08/2019)
Ação possessória
“A Defensoria Pública possui
legitimidade para recorrer de
sentença proferida em ação
possessória na qual figure no polo
passivo grande número de pessoas,
acaso afira-se a existência de pessoas
em situação de hipossuficiência
econômica, como custus vulnerabilis,
nos termos do artigo 554, § 1º, do PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Código de Processo Civil. (...) Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Embora, de maneira geral, não se exerça
posse sobre bem público, mas mera
detenção, nas disputas travadas entre
particulares, é possível a concessão de
proteção possessória àquele que
demonstra o preenchimento dos
requisitos dispostos em lei. A alegação
de nulidade da sentença por ausência
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
de audiência de mediação, já tendo sido Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
apreciada anteriormente, não pode ser
reagitada, uma vez que preclusa....
Não se vislumbrando interesse público
imediato que atraia a competência da
Vara do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Urbano e Fundiário,
nos termos da Lei de Organização
Judiciária do Distrito Federal (artigo 34,
da Lei nº 11.697/2008) e da Resolução
TJDFT nº 3/2009 (artigo 2º, inciso IV), não
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
há nulidade pelo julgamento da demanda Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
pelo Juízo a quo” (TJDF – 6ª Turma Cível –
AC 0702620-39.2018.8.07.0002 – Rel.
Des. Esdras Neves, j. em 22/01/2020)
Ação de inventário e da partilha
“INVENTARIO. ARBITRAMENTO DE
ALUGUEL. PROCEDIMENTO INCIDENTAL.
DISPENSA DE CITAÇÃO. CERCEAMENTO DE
DEFESA. INEXISTÊNCIA. INVENTÁRIO -
LITÍGIO ENTRE HERDEIROS ARBITRAMENTO
DE TAXA DE OCUPAÇÃO DE IMÓVEL
PROCEDIMENTO INCIDENTAL NOS AUTOS
DE INVENTÁRIO DISPENSA DE CITAÇÃO - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO (TJRJ – 17ª
Câmara Cível – AI 2008.002.00801 – Rel.
Des. Edson Vasconcelos, j. em 05/03/2008);
“Falecimento de herdeiro no curso do
inventário de seus pais. Pedido de
distribuição por dependência.
Testamento do herdeiro pós morto
indicando como inventariante pessoa
diversa daquelas que poderão exercer o
cargo no inventário primitivo.
Impossibilidade de haver
inventariantes diferentes em um
mesmo procedimento de inventário, na
forma do § 1º do art. 1043 do CPC.
Necessidade de se processar o PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
testamento do herdeiro, para após Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
prosseguir com seu inventário” (TJRJ –
6ª Câmara Cível – AI 2007.002.30862 –
Rel. Des. Marco Aurélio Froes, j. em
09/01/2008);
“De acordo com a relatora, o credor
pode habilitar seu crédito e requerer
a reserva de bens do espólio com a
finalidade de assegurar que haverá
patrimônio suficiente para a quitação
das dívidas do falecido. Ocorre que, se
o credor, por outros meios, logrou
obter penhora, o crédito se encontra
perfeitamente garantido mesmo que
os bens gravados já tenham sido
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
transferidos aos herdeiros” (STJ – RESP Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
703.884 – Rel. Min. Nancy Andrighi, j.
em 6/12/2007).
Ação de embargos de terceiro
“O juízo deprecado, na execução por
carta, é o competente para julgar os
embargos de terceiro, salvo se o bem
apreendido foi indicado pelo juízo
deprecante” (Súmula 33 TRF);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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“Somente quem não participa do
processo possui legitimidade ativa
para questionar uma eventual
constrição judicial por meio de
embargos de terceiros (artigo 674 do
Código de Processo Civil)” (TJGO – 6ª
Câmara Cível – AC
00568261220178090006 – Rel. Des.
Fausto Moreira Diniz, j. em PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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22/08/2018);
“A suspensão do curso de todo o
processo principal deve ocorrer
quando os embargos versarem sobre
todos os bens; do contrário, a
suspensão versará apenas sobre os
bens embargados’ (TJRJ – 6ª Câmara
Cível – AI 00558785620108190000 –
Rel. Des. Benedicto Abicair, j. em
02/02/2011). PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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Regras sobre as ações de família
“Cumulação de pedidos. Ação de
regulamentação de visitas cumulada
com oferta de alimentos.
Determinada a emenda da inicial, para
excluir um dos pedidos.
Inconformismo manifestado.
Descabimento. art. 693 do CPC. Pleito
alimentar disciplinado por rito
especial. Ademais, diversidade das
partes. Separação dos pedidos que
favorece os genitores e a filha menor” PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
(TJSP – 6ª Câmara de Direito Privado – Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
AI 2097317-66.2020.8.26.0000 – Rel.
Des. Vito Guglielmi, j. em
24/08/2020).
Ação monitória
“Em ação monitória fundada em
cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao
negócio jurídico subjacente à emissão
da cártula” (Súmula 531 do STJ);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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“AÇÃO MONITÓRIA. CHEQUE-
GARANTIA. AGIOTAGEM. A prova
escrita de existência da dívida é
requisito previsto no art. 700 do CPC
que adotou a ação monitória na
espécie documental. O cheque sem
força executiva é apto à ação
monitória, mas autoriza discussão
acerca da prática de agiotagem” (TJRS
– 18ª Câmara Cível – AC 70081084063 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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– Rel. Des. João Moreno Pomar, j. em
25/04/2019).
Regras sobre as ações de jurisdição
voluntária
“2. O propósito recursal é definir se é
cabível a reconvenção na presente ação de
autorização judicial para alienação de
imóvel comum. 3. A presente ação, não
obstante ajuizada com lastro em
dispositivos legais que dispõem acerca de
procedimento especial de jurisdição
voluntária, converteu-se em processo de
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
jurisdição contenciosa, constatada com o
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oferecimento de contestação e
reconvenção, realização de audiência de
conciliação, bem como de provas
periciais para a avaliação do imóvel...
4. Inegável a transmutação do
procedimento especial de jurisdição
voluntária em verdadeiro processo de
jurisdição contenciosa, motivo pelo
qual a ele devem ser aplicados os seus
princípios, admitindo-se a
reconvenção apresentada” (STJ – 3ª
Turma – RESP 1.453.193/DF – Rel.
Min. Nancy Andrighi, j. em
15/08/2017); PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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“I. A extinção de condomínio de coisa
indivisível, quando não há consenso
quando à sua adjudicação a um dos
condôminos, representa direito
potestativo que se implementa por
meio da alienação e divisão
proporcional do preço obtido, nos
termos do artigo 1.322 do Código
Civil...
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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II. A ‘alienação da coisa comum’,
mecanismo da dissolução
condominial, é realizada mediante
procedimento especial de jurisdição
voluntária, a teor do que prescrevem
os artigos 725, inciso IV, e 730 do
Código de Processo Civil. III. A
reconvenção é incompatível com
procedimento de jurisdição
voluntária” (TJDF– 4ª Turma Cível – AC PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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0023693-29.2014.8.07.0009 – Rel.
James Eduardo Oliveira, j. em
03/09/2020)./
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DA
LEGISLAÇÃO ESTRAVAGANTE
Ações locatícias
“Agravo de instrumento. Ação de
manutenção de posse e consignação
em pagamento. Indeferimento em
sede liminar da consignação dos
aluguéis. inconformismo do autor.
Decisão que não comporta reparos.
possibilidade de cumulação de PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
pedidos de procedimento diverso. Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
inteligência do art. 327, § 2º, do CPC”
(TJPR – 18ª Câmara Cível – AI
0012353-90.2019.8.16.0000 – Rel.
Des. Péricles Pereira, j. em
31/07/2019)
Ações de alimentos (inter vivos e
gravídicos)
“Descabe decretar a revelia do
demandado, com fundamento no art. 7º
da Lei n.º 5.478/68, quando ele,
devidamente citado para comparecer à
audiência de conciliação designada com
base no art. 695 do CPC, esteve presente PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
na solenidade e apresentou contestação Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
no prazo previsto na lei processual civil
(art. 335, inc. I, do CPC)...
Nesse contexto, é evidente que
descabe decretar a revelia do requerido
e aplicar a pena de confissão ficta em
decorrência do não comparecimento à
audiência posteriormente designada
pelo Juízo de origem, até mesmo
porque, na espécie, não foi
estritamente observado o rito especial
previsto na Lei de Alimentos. Impõe-se,
assim, a desconstituição da sentença,
com a reabertura da fase instrutória,
devendo o teor da contestação juntada PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
aos autos ser apreciada pelo Juízo de Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
origem” (TJRS – 8ª Câmara Cível – AC
70082120486 – Rel. Des, Luiz Felipe
Brasil Santos, j. em 07/11/2019);
“Com o nascimento da filha,
prejudicado o pleito de fixação de
alimentos gravídicos provisórios em
favor da agravante. Alimentos
provisórios que são devidos desde a
sua fixação, até mesmo porque o artigo
4º da Lei n. 5.478/1968 preconiza que
‘ao despachar o pedido, o juiz fixará
desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
credor expressamente declarar que Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
deles não necessita’, restando
descartado eventual deferimento
retroativo da verba alimentar...
Precedentes do STJ e desta Corte. II. A
ação de alimentos gravídicos não se
extingue ou perde seu objeto com o
nascimento da criança, pois os
referidos alimentos ficam convertidos
em pensão alimentícia, sendo que a
medida, que se dá automaticamente,
sem que, para tanto, seja necessário
pronunciamento judicial ou pedido
expresso da parte, nos termos do PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
parágrafo único do artigo 6º da Lei n.
11.804/2008” (TJRS – 8ª Câmara Cível
– AI 70081190746 – Rel. Des. José
Antônio Cezar, j. em 27/06/2019)
Ações relativas à filiação
A lei 14.138/2021, que acrescentou
um § 2º ao art. 2º-A da lei 8.560/1992
(Lei de Investigação de Paternidade),
prevendo que os parentes
consanguíneos do suposto pai tem o
dever de se submeter ao exame de
DNA, sob pena de ser considerada
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
presumida a paternidade.  Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
 
Mandado de segurança
O STF declarou a
inconstitucionalidade dos arts. 7º, §
2º, e 22, § 2º, da Lei do Mandado de
Segurança (Lei 12.016/09);

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Com isso, foram invalidades as regra que
proibiam a concessão de liminar “que
tenha por objeto a compensação de
créditos tributários, a entrega de
mercadorias e bens provenientes do
exterior, a reclassificação ou equiparação
de servidores públicos e a concessão de
aumento ou a extensão de vantagens ou
pagamento de qualquer natureza” e a
que exigia a oitiva prévia do
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
representante da pessoa jurídica de Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
direito público como condição para a
concessão de liminar em ação coletiva,
por restringir o poder geral de cautela do
magistrado (Adin 4296).
Mandado de injunção
“Situação em que restou conferida eficácia
erga omnes a outro mandado de injunção
objetivando o reconhecimento de omissão
legislativa condizente ao dever de
regulamentação, pela autoridade
impetrada, do comando previsto no art.
37, inciso X, da Constituição Federal,
referente à revisão geral anual das
remunerações dos servidores do Poder
Executivo, a ensejar a perda de objeto e, PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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consequentemente, a extinção do feito
sem resolução do mérito” (TJRS – Pleno –
MI 70078743713 – Rel. Tasso Delabary, j.
em 14/05/2019);
“O mandado de injunção é remédio
constitucional cabível quando a falta
de norma regulamentadora tornar
inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à
cidadania (inciso LXXI do artigo 5º da
CF). No caso, a norma constitucional
que garante o direito ao adicional de PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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férias e 13º salário é autoaplicável.
Interpretação sistemática das regras
constitucionais...
Questão pacificada pelo STF, que
reconheceu a compatibilidade do
pagamento de terço de férias e
décimo terceiro salário aos detentores
de mandato eletivo – Aplicação da
norma constitucional que independe
de regulamentação local” (TJSP – 5ª
Câmara de Direito Público – MI
2106643-84.2019.8.26.0000 – Rel.
Des. Maria Laura Tavares, j. em PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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11/09/2019);
“AÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃO
COLETIVO. DEFENSORIA PÚBLICA DO
ESTADO DE MINAS GERAIS.
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM
PRESENTE. LEI ESTADUAL Nº 13.604, DE
2000. REGULAMENTAÇÃO INEXISTENTE.
OMISSÃO LEGISLATIVA. INJUNÇÃO
CONCEDIDA. 1. O legitimado para a
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
causa é aquele que integra a lide como Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
possível credor ou como obrigado
mesmo não fazendo parte da relação
jurídica material...
2. A Defensoria Pública é parte ativa
legítima para promover mandado de
injunção coletivo quando a tutela
requerida for relevante para a
promoção dos direitos humanos e a
defesa dos direitos individuais e
coletivos dos necessitados” (TJMG - MI:
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
10000170050546000 MG, Relator: Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Caetano Levi Lopes, Data de
Julgamento: 20/12/2017, Data de
Publicação: 26/01/2018)////////////
ANÁLISE DAS QUESTÕES DA PROVA
PRELIMINAR

• Questões baseadas em dispositivos


legais ou decisões dos tribunais
superiores.
• Questões excessivamente longas.
• Falhas que podem ensejar a anulação
de questões.

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Questão 14 da Prova Amarela
Ao participar de um processo seletivo,
Renata recebeu informação de que seu
CPF se encontra suspenso em razão de
determinação da Secretaria da Receita
Federal.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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Assim, procura o referido órgão público para
tentar resolver a questão e descobre que
consta como sócia da empresa XX Ltda.
que se localiza no interior do Estado,
empresa essa que figurava como executada
em diversas execuções fiscais relativas a
tributos federais. Renata nunca ouviu falar
dessa empresa. Ela trabalha como caixa de
supermercado, recebendo a quantia de 1
salário mínimo por mês, e procura o Núcleo PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
da Defensoria Pública da Comarca em que Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
reside
O(A) Defensor(a) Publico(a) que lá atua
obtém o contrato social da empresa XX
Ltda. e verifica que Renata consta como
sócia, junto com Marcos, Henrique e
Guilherme (pessoas que também não
conhece), havendo, inclusive, uma
assinatura não reconhecida por Renata no
contrato social. A Comarca em questão é de
juízo único e não há sede da Justiça Federal
na localidade, somente a 50 quilômetros de PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
distância. Para solucionar a questão relativa Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
à suspensão do CPF de Renata, o(a)
Defensor(a) Público(a) deverá ajuizar ação:
(A) sob o procedimento comum, perante
a Justiça Estadual, em face da empresa
XX Ltda., objetivando que seja declarada
a inexistência de relação jurídica entre
Renata e a empresa;
(B) sob o procedimento especial, perante a
Justiça Estadual, em face de Marcos,
Henrique e Guilherme, objetivando a
dissolução da sociedade;
(C) sob o procedimento comum, perante a PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Justiça Federal, objetivando a declaração Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
de inexistência de débito entre Renata e a
União Federal;
(D) sob o procedimento comum, perante a
Justiça Estadual, objetivando que Marcos,
Henrique e Guilherme sejam condenados
ao pagamento do tributo em questão;
(E) perante o Juizado Especial Cível na
Justiça Estadual, em face da empresa XX
Ltda., objetivando que seja declarada a
nulidade do contrato social da empresa em
razão de manifesta fraude. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Questão 15 da Prova Amarela
A sociedade Crescer Ltda., proprietária de
um grande terreno na Comarca de Japeri,
ajuizou, em 2003, ação reivindicatória em
face de 15 famílias que ocupavam o
terreno, transitando em julgado a sentença
de procedência em julho de 2019. Em
virtude da morte do seu principal sócio,
somente em fevereiro de 2021 a sociedade
deu início ao cumprimento de sentença,
percebendo então que, além dos réus PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
originais, várias outras famílias haviam se Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
estabelecido no em local.
A requerimento da empresa, o juiz
determinou a expedição de mandado para
que todos desocupassem o imóvel,
inclusive os que não residiam no local na
época do ajuizamento da demanda.
Marcos, um desses moradores, recebeu
ordem para sair do imóvel em 10 dias, sob
pena de desalijo forçado. Muito assustado,
ele compareceu à Defensoria com a
intimação e também com cópia da sentença
criminal, proferida em janeiro de 2020, que PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
reconhecia a falsidade do título de Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
propriedade apresentado pela sociedade
questão Crescer Ltda. para fundamentar a
demanda reivindicatória. Em relação à
situação descrita, é correto afirmar que:
(A) Marcos não possui legitimidade para
interpor agravo de instrumento, eis que não
foi parte no processo anterior;
(B) a Defensoria Pública poderá ajuizar, em
nome próprio, ação de usucapião coletivo
para a defesa do direito dos moradores;
(C) a sentença é nula em relação às novas
famílias que foram residir no local, sendo
cabível ação rescisória;
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
(D) é cabível a oposição de embargos de
terceiro em favor de Marcos;
(E) em caso de litígios coletivos pela posse
ou propriedade de imóvel, quando o
esbulho ou turbação tiver ocorrido há
menos de ano e dia, o juiz, antes de
apreciar o pedido de concessão da liminar,
deverá marcar audiência de mediação.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Questão 17 da Prova Amarela
Foi ajuizada ação de investigação de
paternidade por um menor impúbere em
face do suposto pai, que, citado por oficial
de justiça em janeiro de 2019, apresentou
contestação, alegando dúvida acerca da
paternidade. Diante do teor da contestação,
o juiz, acolhendo requerimento das partes,
designou a realização de exame de DNA. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Sobrevindo o resultado do exame em Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
março de 2020, foi definido que haveria
mais de 99% de chance de ser o réu o pai
do autor.
Após a intimação das partes acerca do
laudo, o juiz, em julgamento parcial do
mérito, declarou a paternidade do réu e
fixou alimentos provisórios, a despeito da
inexistência de pedido a respeito na petição
inicial, designando audiência de instrução e
julgamento para a fixação de alimentos
definitivos. Diante do caso hipotético, é
correto afirmar que:

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
(A) ao despachar a petição inicial, é vedado
ao juiz designar audiência de conciliação ou
mediação, já que a filiação é direito que não
admite autocomposição;

(B) do pronunciamento judicial que fixou os


alimentos provisórios, poderá ser conhecido
e provido recurso de agravo de instrumento
alegando que a decisão é extra petita;
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
(C) a prova da capacidade econômica do Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
réu pode ser feita também, por meio de
publicações obtidas através de redes
sociais, documentadas por ata notarial;
(D) os alimentos provisórios são devidos
desde a citação e poderão ser objeto de
cumprimento de sentença pelo rito da
prisão civil (Art. 528, do CPC), admitindo-se
a cobrança do valor integral;

(E) se o julgamento do agravo de


instrumento acerca dos alimentos
provisórios perante o Tribunal de Justiça
confirmar a decisão por maioria de votos, o PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
julgamento deverá prosseguir em sessão
seguinte com a presença de mais dois
desembargadores.
1ª Questão
João propôs, por intermédio da Defensoria Pública, ação
de arrolamento para adjudicar os bens do seu falecido pai,
por ser herdeiro único dos bens por ele deixado. Assim,
responda:
a) A Fazenda Pública pode exigir o pagamento do tributo
de transmissão incidente antes da prolação da sentença?
b) Na sentença, o juiz poderia declarar a isenção de João
ao pagamento do tributo de transmissão incidente?
c) Se forem localizados outros bens pertencentes ao de
cujus, após o trânsito em julgado da sentença, o que pode
ser feito em favor de João? Qual o juízo competente? PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
d) Se for identificado um novo herdeiro, com 3 anos de
idade, omitido dolosamente por João, após o trânsito em
julgado da sentença, o que pode ser feito em favor deste
novo herdeiro? Qual o juízo competente?
Resposta
“A Segunda Turma desta Corte possui o entendimento de
que somente após a expedição do formal de partilha ou
da carta de adjudicação, a Fazenda Pública será
intimada para providenciar o lançamento
administrativo do imposto, supostamente devido” (STJ
– 2ª Turma – AgInt AREsp 1343032/DF – Rel. Min. Og
Fernandes, j. em 01/06/2020);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“Inventario. Imposto sobre a transmissão de bens (causa
mortis). Gratuidade de Justiça. Competência do juiz da
causa. Agravo de instrumento. Declaração de isenção de
imposto de transmissão causa mortis aos herdeiros,
beneficiários da gratuidade de Justiça, com apoio no
entendimento do eg. STJ. Competência do juiz
inventariante para declarar a isenção do mencionado
imposto” (TJRJ – 7ª Câmara Cível – AI 2008.002.03437
– Rel. Des. Jose Mota Filho, j. em 21/02/2008);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“Conflito de competência. Sobrepartilha. Compete ao
juízo que processou e julgou inventário processar e
julgar ação de sobrepartilha” (STJ – 2ª Seção – nº não
divulgado);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“A decisão agravada determinou a apresentação de nova
partilha, para fins de aditamento do formal. Ocorre que,
após o trânsito em julgado, a sentença torna-se
incontestável, o que impede a reanálise do plano de
partilha. Outrossim, não se aplica ao caso o disposto no
artigo 656 do Código de Processo Civil, uma vez que a
decisão agravada determina retificação substancial
daquilo que foi decidido, implicando em modificação da
distribuição dos quinhões dos herdeiros” (TJSP – 10ª
Câmara de Direito Privado – AI 2232259-
40.2017.8.26.0000 – Rel. Des. Paula Lima, j. em
31/07/2018); PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“AÇÃO RESCISÓRIA. Sentença meramente
homologatória de partilha em inventário que contém
suposto erro no cálculo dos quinhões em cláusula de
substituição testamentária. Descabimento de ação
rescisória para desconstituir sentença homologatória
de negócio jurídico de partilha, a teor do art. 966,
parágrafo 4º. e 657 do CPC. Partilha amigável e não
judicial. Cabimento em tese de ação de nulidade da
sentença, na forma do art. 657 do CPC. Ação anulatória a
ser ajuizada em Primeiro Grau” (TJSP – 1ª Câmara de
Direito Privado – AR 2045930-75.2021.8.26.0000 – Rel.
Des. Francisco Loureiro, j. em 23/03/2021); PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA
HOMOLOGATORIA DE PARTILHA EM
INVENTARIO. PARTILHA INICIALMENTE
AMIGÁVEL, MAS QUE SE TORNA LITIGIOSA EM
FUNÇÃO DE PRETERIÇÃO DE HERDEIRO E
MEEIRA. HÁ DE SER RESCINDIDA A SENTENÇA
QUE HOMOLOGA ESBOÇO DE PARTILHA QUE
NÃO CONTEMPLA TODOS OS HERDEIROS, EM
FLAGRANTE VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO
DE LEI, QUAIS SEJAM OS DISPOSITIVOS QUE
TRATAM DO DIREITO DE SUCEDER...
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
1. Hipótese em que as autoras propõem ação rescisória
alegando que a partilha amigável tornou-se litigiosa no
curso do processo e que o juiz de piso homologou o
esboço sem observar que as requerentes não foram
contempladas. 2. O procedimento de arrolamento se
tornou manifestamente contencioso, razão por que a
sentença que o homologa delibera a respeito, deixando de
ser meramente homologatória. 3. A sentença assim
prolatada fica sujeita a ação rescisória. 4. Ação rescisória
procedente, por restarem caracterizadas as hipóteses
legais de cabimento alegadas, consoante parecer
ministerial” (TJPI – Câmaras Reunidas Cíveis – AR PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
00071084719988180140 – Rel. Des. José Ribamar Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Oliveira, j. em 17/05/2019);
Resposta
“AÇÃO RESCISÓRIA. ARROLAMENTO.
PRETENSÃO DE RESCINDIR SENTENÇA
HOMOLOGATÓRIA DE PARTILHA. HERDEIRO
MENOR. PARTILHA JUDICIAL. POSSIBILIDADE.
RESCISÃO AUTORIZADA (ART. 1030, III, DO CPC). -
A prova demonstra que a viúva do "de cujus" e ré nesta
ação requereu o arrolamento de imóvel por ele deixado,
relacionando-o para ser partilhado entre si e os herdeiros
maiores frutos do primeiro casamento, além do menor
advindo de seu relacionamento com o falecido.
Apresentou formal de partilha qualificando-se como
meeira, através do qual o imóvel foi partilhado da PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
seguinte forma: 50% para a viúva e o restante dividido Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
entre os quatro herdeiros, inclusive o menor....
Resposta
É evidente a impossibilidade de prevalecer a partilha, uma
vez que à requerida, segunda esposa do falecido, não
assiste qualquer direito sobre o imóvel adquirido pelo
autor da herança em data anterior ao segundo casamento,
que foi celebrado sob o regime de comunhão parcial de
bens. - Pedido julgado procedente para desconstituir a
partilha e determinar a realização de nova, com exclusão
da ré” (TJMG – 7ª Câmara Cível – AR
10000130112188000 – Rel. Des. Wander Marotta, j. em
03/09/2013);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“AÇÃO RESCISÓRIA - AÇÃO DE INVENTÁRIO -
OMISSÃO DE HERDEIROS - DOLO -
OCORRÊNCIA - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO
RESCISÓRIO. 1. Configura o dolo processual que leva a
rescisão da sentença que julga a partilha apresentada nos
autos do inventário, para os fins rescisórios do art. 485,
inc. III, do Código de Processo Civil, o não
relacionamento de todos os irmãos do autor da herança”
(TJMG – 8ª Câmara Cível – AR 10000100448893000 –
Rel. Des. Edgard Penna Amorim, j. em 09/05/2013) ////

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
2ª Questão
Paula propôs, por meio da Defensoria Pública, ação
monitória visando compelir Marco a firmar a escritura
definitiva de um contrato de compra e venda, por ter
cumprido todas as obrigações que lhe cabiam, ajustadas
no contrato de promessa de compra e venda celebrado
entre as partes, referente ao imóvel localizado na cidade
de Niterói. Citado, Marcos ofereceu embargos monitórios
alegando, em síntese, duas questões preliminares: a) que o
pedido seria juridicamente impossível, pois o contrato de
promessa de compra e venda não havia sido registrado no
competente cartório de registro imobiliário; b) que o meio
processual era inadequado, pois a pretensão autoral PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
deveria ser apresentada por meio de ação de adjudicação Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
compulsória. Sem redigir peça, diga o que deveria ser
feito em favor de Paula.
Resposta
Apresentaria réplica aos embargos monitórios:
“Ação monitória. Cheque prescrito. Irresignação contra
decisão que, após apresentação dos embargos monitórios
e réplica, revoga decisão anterior e determina a emenda
da inicial, adaptando-a ao rito comum, na forma do § 5º
do art. 700 do CPC/2015. Desprovimento. O código
processual não dispõe acerca do momento em que a
adaptação ao procedimento comum deverá ser feita, do
que se infere que o juiz do feito poderá determiná-la a
qualquer tempo, desde que antes da prolação da sentença”
(TJRJ – 10ª Câmara Cível – AI 00533417220198190000
– Rel. Des. Pedro Saraiva de Andrade Lemos, j. em PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
25/11/2019); Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Diria que a falta de registro não obsta a concessão da
tutela jurisdicional:
“O direito à adjudicação compulsória não se
condiciona ao registro do compromisso de compra e
venda no cartório de imóveis” (Súmula 239 do STJ);

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
O CPC ampliou o objeto da ação monitória para nela
incluir a possibilidade de implementar obrigação de
fazer ou de não fazer (art. 700, III). Assim, como a
obrigação de emitir declaração de vontade é típica
obrigação de fazer (Barbosa Moreira e Humberto
Theodoro Júnior), a ação monitória pode ser empregada
para fins de obtenção do provimento jurisdicional
substitutivo da declaração de vontade não emitida (art.
501 do CPC), à luz do direito fundamental à tutela
jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva (art. 5º,
XXXV, LV, e LXXVIII, da CF e arts. 4º e 6º do CPC)...
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Isso porque, dentre as medidas que asseguram “a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente”
inclui-se a técnica processual positivada no art. 501 do
CPC. Por isso, o comando previsto no art. 501 do CPC
pode ser aplicado à ação monitória, nos termos do art.
327, §2º, do CPC. Com isso, obtido o título executivo
judicial a partir da ação monitória, o atendimento da
pretensão do credor não mais dependerá de qualquer
atuação do devedor. A própria sentença, uma vez
transitada em julgado, substituirá a declaração não
emitida, produzindo todos os efeitos jurídicos a que esta
se destinava.///////// PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
3ª Questão
Maria propôs ação de despejo, por falta de pagamento, em
face de José, na qual postulou pela concessão de tutela
provisória liminar, determinando o despejo imediato do
réu, com fulcro no art. 59, § 1º, IX, da Lei do Inquilinato
(Lei nº 8.245/1991). Recebida a exordial, o juiz
determinou: a) a citação do réu da demanda proposta; b) a
intimação do réu para comparecer na audiência preliminar
do art. 334 do CPC, sob as penas da lei; c) a intimação do
réu para oferecer justificação prévia escrita, no prazo de 5
dias, sobre o pedido de tutela provisória requerida pela
autora. Sem redigir peça, sabendo-se que Maria não é a
única locadora do imóvel e que José entregou o valor PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
correspondente a 3 aluguéis no início da locação, diga: Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Qual a natureza jurídica da tutela provisória requerida
pela autora?
O que poderia se feito, em favor de José, uma vez
ocorrida a citação e as intimações determinadas pelo
juízo?
Resposta
O art. 79 da Lei nº 8.245/91 autoriza a aplicação
subsidiária do CPC, assim como o art. 1.046, § 2º, do
CPC, determina a sua aplicação aos procedimentos
especiais previstos na legislação extravagante. Diante da
sistemática prevista no CPC para a tutela provisória, o
pedido formulado pela autora, com base no art. 59, § 1º,
IX, da Lei do Inquilinato, pode ser identificado como
tutela de evidência, pois não exige a urgência para sua
concessão;

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Apresentaria justificação prévia, nos termos do art. 300,
§ 1º, do CPC.
Alegaria que as questões deveriam ser interpretadas de
forma restritiva, pois a locação residencial exerce
relevante função social, de natureza constitucional.
Alegaria ilegitimidade ativa, em razão da ausência de
litisconsórcio ativo necessário, com fundamento no art.
2º da Lei nº 8.245/1991, que afirmar existir
solidariedade entre os múltiplos locadores ou os
múltiplos locatários de um imóvel, se o contrato não
dispuser em sentido contrário: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
“AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE
DESPEJO C/C COBRANÇA. EMENDA À INICIAL
APÓS CITAÇÃO. POSSIBILIDADE, DESDE QUE
INEXISTENTE ALTERAÇÃO DO PEDIDO OU DA
CAUSA DE PEDIR” (STJ – ARESP 1541747/SC – Rel.
Min. Marco Aurélio Bellizze, j. em 13/09/2019)

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Destacaria, no entanto, que quando existem diversos
locatários para um mesmo imóvel, a jurisprudência do
STJ entende que há litisconsórcio passivo necessário, e
todos eles devem ser citados na ação de despejo para que
possam ser alcançados pelos efeitos da sentença. Por
outro lado, o mesmo tribunal entende que não subsistem
os motivos que levam à necessidade de formação de
litisconsórcio, quando se trata de imóvel com múltiplos
locadores, em razão da potencial ofensa ao direito
constitucional de ação e de acesso à Justiça. Assim, a
questão deveria seguir a regra do art. 1.314 do CC, a qual
estabelece que cada coproprietário, entre outras PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
prerrogativas, pode reivindicar a coisa de terceiro e Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
exercer todos os direitos compatíveis com o caráter
indivisível do condomínio (STJ – 3ª Turma – RESP
1737476/SP – Rel. Min. Nancy Andrighi, j. em
04/02/2020)
Resposta
Alegaria que o pedido de liminar não poderia ser
deferido, em razão do contrato estar garantido pelo
depósito inicial:
“1. Não se admite o despejo liminar quando o contrato
está assegurado por uma das garantias previstas no art. 37
da Lei n. 8.245/91, dentre as quais está a caução,
conforme expressamente previsto no art. 59, § 1º, IX, da
mencionada norma. 2. A alegação de que os débitos do
locatário superam o valor da caução prestada não
autorizam o deferimento da liminar” (TJDF – 3ª Turma
Cível – AI 0726777-48.2019.8.07.0000 – Rel. Roberto
Freitas, j. em 17/06/2020) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
 
Salientaria que o tema é controvertido, pois existem
decisões no sentido de que a inadimplência absorveria a
caução prestada pelo locatário:
Resposta
“Contrato de locação residencial com prestação de caução
locatícia (depósito-caução de aluguel de três meses).
Locatária que permanece mais de dez meses inadimplente,
de modo que o montante do débito acumulado
ultrapassa drasticamente o valor da caução
originalmente prestada, já tendo alcançado o quádruplo
do valor da garantia ao tempo do ajuizamento da ação.
Ação de despejo movida pelos locadores, com pedido
liminar de desocupação, nos termos do artigo 59, § 1º, IX
da Lei do Inquilinato. Indeferimento do pedido liminar
pelo d. juízo de origem, ao argumento de que, tendo
havido prestação de garantia contratual, não é cabível a PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
liminar de desocupação... Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Decisão que merece reforma, diante do entendimento
jurisprudencial pacífico no sentido de que, ultrapassando
o débito o montante prestado a título de caução, esta deve
ser considerada extinta para fins de autorizar a liminar de
desocupação. Precedentes da Câmara. Concessão de
liminar para desocupação do imóvel no prazo de 15 dias,
mediante o prévio depósito de caução judicial pelos
locadores (nos termos do artigo 59, § 1º da Lei do
Inquilinato), conforme já haviam requerido no momento
que formularam o pedido de despejo” (TJRJ – 23ª Câmara
Cível – AI 00335420920208190000 – Rel. Des. Celso
Silva Filho, j. em 21/07/2020) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Alegaria que a tutela provisória pleiteada não poderia
ser concedida, caso não tenha sido oferecida a caução
prevista no art. 59, §1º, IX, da Lei n. 8.245/1991:
“O art. 59, §1º, IX, da Lei n. 8.245/1991, dispõe que
nas ações de despejo que tiverem por fundamento
exclusivo a falta de pagamento de aluguel e acessórios da
locação no vencimento, será concedida liminar para
desocupação desde que prestada caução no valor
equivalente a três meses de aluguel. 2. Exclui-se a
possibilidade de deferimento da medida liminar se o
contrato estiver assegurado por uma das garantias
previstas no art. 37 da mencionada lei, dentre as quais está PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
a caução. 3. O fato de o débito locatício ser superior ao Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
valor da caução, equivalente a três meses de aluguel,
tornando-a insubsistente, não autoriza a concessão
da liminar de despejo pretendida” (TJDF – 1ª Turma Cível
– AC 07180795320198070000 – Rel. Des. Hector
Valverde, j. em 11/12/2019)
Resposta
Salientaria que o tema não é pacífico, pois existem
decisões que sustentam que o fato do réu estar
inadimplente afastaria a necessidade do caucionamento
pelo autor:
“Todavia, conquanto se considere, no caso concreto,
haver caução contratual prestada, isto é, existir garantia da
avença, e em que pese a questão não esteja pacificada na
jurisprudência e doutrina pátrias, inclino-me em favor do
posicionamento de que se o somatório dos valores
inadimplidos for maior do que a garantia existente, tem-
se, então, uma espécie de extinção da fonte garantidora,
resultando, por consequência, no cabimento do pedido de PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
desocupação. Sobre o assunto, bem disserta Sylvio Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Capanema de Souza:
Resposta
‘Imaginemos, então, que o locatário já esteja em
mora, não pagando os aluguéis há cinco meses. Sob a
alegação de que já teria se esvaído a garantia de apenas
três meses, poderia o locador invocar a regra em exame,
prevista no artigo 59, inciso IX, alegando que já não mais
estaria garantido o contrato? A pergunta é das mais
instigantes e tem suscitado acesas controvérsias. Já há
decisões concedendo a liminar, acolhendo o raciocínio, e
outras repelindo a pretensão, sob o argumento de que a
concessão da liminar só se justifica quando o contrato não
ostenta qualquer garantia, desde o nascedouro, e não no
decorrer de sua vida... PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
Resposta
Preferimos acolher a primeira vertente, diante da própria
redação do inciso IX, que alude a estar o contrato
desprovido de qualquer das garantias previstas no artigo
37, 'por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou
pedido de exoneração dela, independente de motivo’. A
interpretação teleológica nos convence que, já estando o
locatário a dever mais do que o valor da caução, a
garantia está extinta, enquadrando-se, então, a hipótese na
regra do inciso IX do art. 59, § 1º. Parece-nos que ela se
equivale à exoneração da fiança, a que logo em seguida
alude o dispositivo em comento’ (A Lei do
Inquilinato Comentada: artigo por artigo. 12 ed. Rio de PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Janeiro: Forense, 2020. p. 317-318)” (TJSC – 5ª Câmara Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
de Direito Civil – AI 5044021-35.2020.8.24.0000 – Rel.
Des. Luiz Cézar Medeiros, j. em 13/04/2021);
Resposta
Por fim, diria que apesar do silencio do Lei do
Inquilinado, caso determinado o despejo liminar, ele
deveria ser precedido de um prazo de 15 a 30 dias para
desocupação voluntária, por aplicação analógica do art. 63
da Lei do Inquilinato, que trata da sentença de despejo:
“Magistrado que deferiu a liminar, concedendo-se à
ré/agravante o prazo de 15 (quinze) dias para desocupação
voluntária do imóvel objeto da locação, sob pena
expedição de mandado de despejo – Razoabilidade”
(TJSP – 34ª Câmara de Direito Privado – AI 2046867-
85.2021.8.26.0000 – Rel. Des. Lígia Araújo Bisogni, j. em
05/05/2021) ////////////////////////////// PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Prof. Dr. Felippe Borring Rocha
FIM DA
APRESENTAÇÃO

MUITO OBRIGADO!!!!

BOA SORTE!!!! PROCEDIMENTOS ESPECIAIS


Prof. Dr. Felippe Borring Rocha

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