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Quarta, 08 de Janeiro de 2014 08h15

CONSULTAS JURÍDICAS MARCUS VINÍCIUS DRUMOND REZENDE: Procurador Federal; Subprocurador da Procuradoria Federal no Estado de
Minas Gerais; Especialista em Direito Processual pela PUC/MG.
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ISSN - 1984-0454

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A crise do processo de execução e as reformas do Código de Processo Civil de
Jurisprudências 1973: da Lei Nº 8.952/1994 a Lei nº 11.232/2005, seus fundamentos e objetivos
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O Código de Processo Civil brasileiro de 1973, na esteira das legislações e códigos europeus de seu tempo -
Publicações Oficiais
sobretudo da Itália (art. 474), da Alemanha (§§ 704 e 794), de Portugal (art. 46) e da Lei de Execuções da Áustria
Súmulas Organizadas
(§1o), influenciados pelo direito francês - unificou os processos de execução de título judicial e de título extrajudicial
Vade Mecum Brasileiro
previstos em seu antecessor de 1939.
Vade Mecum Estrangeiro

CONCURSOS PÚBLICOS A unificação foi assim justificada por Buzaid (2002), no item 21 da exposição de motivos do projeto de lei, que
Apostilas e Resumos se converteu no Código de 1973:
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O projeto segue essa orientação porque, na verdade, a ação executiva nada mais é do
Questões Comentadas que uma espécie da execução geral; e assim parece aconselhável reunir os títulos executivos
SERVIÇOS judiciais e extrajudiciais. Sob o aspecto prático são evidentes as vantagens que resultam
SEJA ASSINANTE dessa unificação, pois o projeto suprime a ação executiva e o executivo fiscal como ações
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O novo diploma processual consagrou uma rígida separação entre cognição e execução, inclusive tratando
desses processos autônomos em livros distintos. Nitidamente influenciado pelo processo romano, para o qual
“deviam conhecer-se as razões das partes antes de fazer-se a execução” (THEODORO JÚNIOR ,1989, p. 02); e
pela doutrina processual civil da época, especialmente representada pelo pensamento de Liebman (1968), para
quem:

A função jurisdicional consta fundamentalmente de duas espécies de atividades, muito


diferentes entre si: de um lado, o exame da lide proposta em juízo, para o fim de descobrir e
formular a regra jurídica concreta que deve regular o caso; de outro lado, as operações
práticas necessárias para efetuar o conteúdo daquela regra, para modificar os fatos da
realidade de modo que se realize a coincidência entre as regras e os fatos.

Assim, para o pensamento jurídico que influenciou a elaboração do CPC de 1973, tanto a primeira atividade -
que “se preocupa em conhecer a situação das partes” (THEODORO JÚNIOR, 2000, p. 04) e realiza-se através
processo de conhecimento -, quanto a segunda - que “busca realizar concretamente o direito de uma delas”
(THEODORO JÚNIOR, 2000, p. 04) e se desenvolve no processo de execução, têm configurações técnicas
distintas, atuando o órgão jurisdicional em cada uma delas de forma bastante diversa, o que justificaria a
dicotomia.

Como expõe, com clareza, Baumöhl (2006):

Essa terceira concepção, liderada por Enrico Túlio Liebman, parte da premissa lançada
anteriormente por Chiovenda – separação entre o momento de verificação do direito e o de
atuação do direito – para extrair dela a noção de que a sentença condenatória tem o condão
de criar nova relação jurídica, antes inexistente no plano do direito material, ensejando uma
nova ação. Como se vê, essa teoria põe em destaque a eficácia constitutiva da sentença de
condenação, levando às raias do fundamentalismo a separação entre cognição e execução,
fenômenos jurisdicionais que, de acordo com esta visão, devem ser objeto de relações
processuais distintas.
Em síntese, apesar de ter unificado os processos de execução, o Código de Processo Civil de 1973
consagrou uma absoluta separação entre conhecimento e execução, confinados cada um em seu processo próprio
e que, ao menos em princípio, não se misturavam.

Nas palavras de Carmona (2006), vê-se com clareza “o envelhecimento do Livro II do Código de Processo
Civil” de 1973, que não foi capaz de atender a sua função precípua: a realização concreta do direito acertado, de
modo especial no que concerne à execução dos títulos executivos judiciais.

Aquele que busca a atuação jurisdicional através do processo, em regra, não quer uma sentença
condenatória, ou um título executivo judicial, nem muito menos o direito de dar início a mais um novo processo: o
de execução. Na verdade quer, concretamente, este ou aquele bem da vida. No entanto, o que se percebe quanto
ao processo de execução, na redação original do Código de 1973, é que:

a execução transformou-se em tormento a que o credor é submetido impiedosamente,


sujeitando-se a toda sorte de azares, mortificações e incidentes que eternizam o processo e
fazem retardar a tutela jurisdicional. Quando o olhar repousa sobre a execução calcada em
título executivo judicial, torna-se ainda mais evidente que, mantido o sistema preconizado
pelo legislador de 1973, seria impossível garantir a duração razoável do processo
(CARMONA, 2006, p. XII).

Por essa razão, na última década do século passado e no início deste, o legislador pátrio realizou uma série
de reformas no Código de Processo Civil, por meio de diversas leis, cujo principal foco foi a execução. Essas
reformas, muito influenciadas pelo pensamento da escola instrumentalista do processo, bem como por outras
destacadas vozes da doutrina processual civil brasileira, fundam-se numa mudança do enfoque do direito
processual civil dos conceitos e categorias para funcionalidade e efetividade do sistema processual.

Sem desprezar a autonomia científica conquistada no século XIX e consolidada na


primeira metade do século XX, esse importante ramo do direito público concentrou-se,
finalmente, na meta da instrumentalidade e, sobretudo, da efetividade (THEODORO JÚNIOR,
2006, p. 269).

Na busca da efetividade, compreendida no conceito de acesso à “justiça”, encontra-se a idéia de duração


razoável do processo - consagrada expressamente desde 1969, no artigo 8º, número 1, da Convenção Americana
de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica), em vigor no Brasil por força do Decreto nº 678, de 09 de
novembro de 1992[1], e inserida como garantia fundamental no art. 5º, LXXVIII, da Constituição da República pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004[2].

Destarte, objetivando dar maior efetividade ao processo na busca por sua duração razoável, as reformas do
Código de Processo Civil - realizadas em quatro etapas de 1994 a 2005 - buscaram pôr fim à rígida separação
entre processo de conhecimento e processo de execução, tese defendida há algum tempo por nomes de relevo na
doutrina processual brasileira.

O primeiro passo foi proceder à introdução do instituto da antecipação dos efeitos da tutela em nosso
ordenamento jurídico, pela Lei nº 8.952/1994, que alterou o art. 273 do CPC[3], acrescendo-lhe diversos
parágrafos. A antecipação de tutela foi uma verdadeira revolução no sistema processual civil brasileiro, uma vez
que criou a possibilidade de obtenção de medidas executivas no curso do processo de conhecimento, mesmo
antes da prolação da sentença.

Segundo Theodoro Júnior (2006), com a incorporação ao processo civil brasileiro do instituto da antecipação
da tutela “fraturou-se, em profundidade, o sistema dualístico que, até então, separava por sólida barreira o
processo de conhecimento e o processo de execução, e confinava cada um deles em compartimentos estanques”.

O segundo importante momento da reforma ocorreu com a alteração do artigo 461[4], também pela Lei nº
8.952/1994, com a inserção da execução indireta (ou por coerção), realizada sine intervalo, com o objetivo de
promover a tutela específica nas obrigações de fazer e não fazer. Trata-se de uma “execução ligada a
mandamentalidade das sentenças e regida pelo art. 461, a qual não se faz em um processo executivo, mas em
continuação ao conhecimento” (DINAMARCO, 2002, p. 252), ou melhor, que se faz num único processo, que pode
ser nomeado “sincrético” (ASSIS, 2006, p. 06), pois reúne em si cognição e execução.

Além de promover alterações nos artigos reformados pela Lei nº 8.952/1994, a Lei nº 10.444, de 2002, na
terceira etapa das reformas, inseriu o artigo 461-A no CPC[5], incluindo as obrigações de entregar coisa no âmbito
da execução indireta. Restou a execução direta (ou por sub-rogação) como subsidiária, nos casos em que tais
medidas se tornem infrutíferas[6].

Com o objetivo de promover maior efetividade à execução nos termos fixados pelas reformas, diversas
possibilidades (“poderes”) foram conferidas ao juiz, para que, atuando de ofício, se faça cumprir o que restou
fixado na sentença. Entre elas destacam-se: a fixação de multa, busca e apreensão, remoção de pessoas e
coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.
Em todas as hipóteses, pode o magistrado substituir uma por outra, majorar ou diminuir multas,
independentemente de requerimento das partes, nos termos dos §§5º e 6º do artigo 461, do Código de Processo
Civil.[7]

Aprofundou-se, pois, de forma gradativa, o fim da separação entre processo de cognição e processo de
execução e, conseqüentemente, da ação autônoma de execução de sentença. Deu-se, paulatinamente, cada vez
mais relevância às forças mandamental (artigos 461 e 461-A) e executiva (artigos 475-I a 475-R) – por alguns
chamada “executiva lato sensu” – das sentenças, em detrimento da força condenatória, nos termos da
classificação quíntupla proposta por Pontes de Miranda[8].

Por fim, chegou a seu ponto máximo a abolição da ação autônoma de execução de sentença com a reforma
da execução por quantia certa, nos termos da Lei nº 11.232/2005. Esta incluiu no Livro I, Título VIII, além do
Capítulo IX - que trata do procedimento incidental (e não mais processo) de “liquidação da sentença”, o Capítulo X
(artigos 475-I a 475-R) - que regula o que se chamou de “cumprimento da sentença”, que nada mais é que uma
execução per officium iudicis. Ou seja, execução por simples ordem de cumprimento por ato judicial num único
processo, após mero requerimento do credor[9], que não se caracteriza como exercício do direito de ação e não
inicia novo processo.

Inexiste, pois, agora, após o trânsito em julgado da sentença, a necessidade de: a) processo de liquidação de
sentença que passou a ser mero incidente; b) processo de execução que segue como continuação em nova fase
sem necessidade de petição inicial ou citação; e c) de processo de embargos à execução, substituído por simples
impugnação - incidente bem mais simples de cuja decisão cabe agravo de instrumento, em regra sem efeito
suspensivo[10], não impedindo o prosseguimento da execução.

Sobre as denominações utilizadas pelo legislador nos artigos reformados vale destacar a abalizada lição de
Assis (2006), para quem “o emprego de outra palavra, em lugar do termo clássico“execução”, como cumprimento,
efetivação ou atuação, em muito pouco altera a natureza da respectiva operação”.

Destarte, o “cumprimento da sentença” é a execução da sentença, todavia, sem a necessidade de novo


processo. Abandonando o sistema que fixava uma aparente insuperável, mas injustificável, separação entre a
cognição e a execução. “Extirpando reminiscências de romanismo anacrônico, que não correspondem,
evidentemente, aos atuais anseios de maior valorização e mais presteza da atuação jurisdicional” (THEODORO
JÚNIOR, 2006, p. 266), com a consagração do processo sincrético no ordenamento jurídico brasileiro.

Também o processo monitório - introduzido no Código de Processo Civil pela Lei nº 9.079/95 - merece
destaque na superação da injustificada dicotomia processual construída ao longo da história do processo civil
brasileiro. Tratada, nas palavras de Carnelutti (Apud THEODORO JÚNIOR, 2006, p. 277), de “um tertium genus
que se coloca como intermediário entre a cognição e a execução forçada”.

Consumado, dessa forma, na busca pela efetividade e pela duração razoável do processo, o fim do
processo de execução de sentença, salvo na execução contra a Fazenda Pública (artigo 730 do CPC).
Retornando, portanto, o processo civil brasileiro ao modelo que consagra, basicamente, duas espécies de
execução: uma de títulos extrajudiciais, realizada em processo executivo autônomo, regulado pelo Livro II do CPC;
outra de títulos judiciais, como mero prosseguimento do processo de conhecimento, nos termos do Livro I do CPC,
num processo sincrético que reúne em si cognição e execução.[11]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

BAUMÖHL, Débora Inês Kram. A Nova Execução Civil: a desestruturação do processo de execução. Coleção
Atlas de Processo Civil. São Paulo: Atlas, 2006.

BUZAID, Alfredo. Exposição de Motivos do Código de Processo Civil. In BRASIL. Código de Processo Civil.
32. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 01/18.

CARMONA, Carlos Alberto. Apresentação. In: BAUMÖHL, Débora Inês Kram. A Nova Execução Civil: a
desestruturação do processo de execução. Coleção Atlas de Processo Civil. São Paulo: Atlas, 2006, p. XIII-XIV.

DINAMARCO, Cândido Rangel. A Reforma da Reforma. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.

LIEBMAN, Enrico Túlio. Processo de Execução. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1968.

SILVA, Ovídio A. Baptista; e GOMES, Fábio. Teoria Geral do Processo Civil. 3. ed. revista e atualizada. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de Execução. 13. ed. São Paulo: Edição Universitária de Direito,
1989.

_____. Curso de Direito Processual Civil. 28. ed. v. II. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

_____. Cumprimento da Sentença e a Garantia do Devido Processo Legal: antecedente histórico da reforma
da execução de sentença ultimada pela lei 11.232 de 22.12.2005. 2. ed. Belo Horizonte: Melhoramentos, 2006.

Notas:

[1]1.Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por
um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de
qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil,
trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza (grifamos).

[2] LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

[3] Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela
pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação
e:
I- haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II- fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.

[4] Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz
concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem
o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

[5] Art. 461- A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará
o prazo para o cumprimento da obrigação.

[6] Art.461. (...) §1º A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

[7] §5º Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de
ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como, a imposição de multa por tempo de
atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade
nociva, se necessário com requisição de força policial.
§6º O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou
insuficiente ou excessiva.

[8] “Pontes de Miranda, que se dedicou ao estudo da classificação das ações e sentenças (de procedência), e
a quem se deve a demonstração da existência das duas espécies de ações distintas das três integrantes do
processo de conhecimento, quais sejam, as executivas e as mandamentais, por haver concebido e exposto na
doutrina aos em que nosso direito processual não separava, como agora, a jurisdição contenciosa em processo de
conhecimento e processo de execução, igualmente não as separou, tratando-as como se todas elas pertencessem
ao processo civil contencioso, sem ter presente a dicotomia aceita por nosso direito” (SILVA; e GOMES. 2002. p.
263/264). Nessa classificação configuram-se com ação executiva a “pretensão a haver coisa a respeito da qual se
litiga, portanto, uma pretensão real, e não como ocorre com a condenatória, uma pretensão obrigacional”. (SILVA;
GOMES, 2002, p. 265). Após sentença executiva inexiste novo processo, devendo ocorrer o comprimento no curso
do processo, como exemplo: a ação de despejo. Por seu turno, nas mandamentais, as sentenças, ao invés de
apenas condenar o réu, para que se promova a execução em outro processo como nas condenatórias, “desde
logo, torna efetiva a pretensão formulada pelo autor vitorioso, independentemente também de um processo
subseqüente de execução forçada”. (SILVA; GOMES, 2002, p. 267/268). Todavia, difere-se da sentença executiva
por conter em si não uma simples condenação, mas uma ordem no sentido de o vencido adotar um determinado
comportamento.

Para mais detalhes sobre a classificação quíntupla poposta por PONTES DE MIRANDA vide: SILVA; GOMES
2002, p. 250/271.

[9]Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o
efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por
cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado
de penhora e avaliação.
§1º Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado
(arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio,
podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.
[10]Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que
relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao
executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
§1º Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer o prosseguimento da
execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos.
§2º Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário,
em autos apartados.
§3º A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar
extinção da execução, caso em que caberá apelação.

[11] As recentes alterações promovidas no Livro II do Código de Processo Civil pela Lei nº 11.382/2006, em
nada modificam as conclusões formuladas, pois não afetam a autonomia do processo de execução de título
extrajudicial. Ao contrário, apenas reforçam a consagração de duas espécies distintas de execução no processo
civil brasileiro.

Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado
da seguinte forma: REZENDE, Marcus Vinícius Drumond. A crise do processo de execução e as reformas do Código de Processo Civil de 1973: da Lei
Nº 8.952/1994 a Lei nº 11.232/2005, seus fundamentos e objetivos. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 08 jan. 2014. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.46608&seo=1>. Acesso em: 06 ago. 2017.

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