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I.7 Dialeticidade
Em obediência ao princípio da dialeticidade o recorrente deve
demonstrar o fundamento recursal, que se refere à causa de
pedir (seja error in judicando e error in procedendo) e ao
pedido. Em outras palavras, além do pedido de reforma,
anulação, complemento da decisão judicial, é necessário que o
recorrente demonstre as razões recursais sobre as quais se
fundamenta, para que seja possibilitada à parte contrária o
exercício do contraditório. Sobre o tema:
A doutrina costuma mencionar a existência de um princípio
da dialeticidade dos recursos. De acordo com este princípio,
exige-se que todo recurso seja formulado por meio de petição
pela qual a parte não apenas manifeste sua inconformidade
com o ato judicial impugnado, mas, também e
necessariamente, indique os motivos de fato e de direito pelos
quais requer o novo julgamento da questão nele cogitada.
Rigorosamente, não é um princípio: trata-se de exigência que
decorre do princípio do contraditório, pois a exposição das
razões de recorrer é indispensável para que a parte recorrida
possa defender-se.( NERY JR., Nelson., 2004, p. 176-178).
I.8 Fungibilidade
O princípio da fungibilidade assegura o recebimento de um
determinado tipo de recurso em detrimento de outro.
Inicialmente tal ideia pode parecer contraditória com o que
apregoa o princípio da singularidade, vez que para cada
decisão caberá um recurso específico e, em regra, a
interposição de recurso errôneo ocasiona o seu não
conhecimento.