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15/02/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

1. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS

O novo Código de Processo Civil (Lei n° 13.105/15) cria diversos mecanismos para uma
mudança da cultura processual no Brasil. Um desses desafios é a valorização dos precedentes
jurisprudenciais, como forma de atender o princípio da segurança jurídica, da celeridade e da
razoável duração do processo.

Instrumentos como os julgamentos de recursos especiais e extraordinários repetitivos e o


incidente de assunção de competência, dentre outros, são mecanismos que visam uma
uniformização da aplicação das leis federais pelos juízes e tribunais com muito mais segurança
jurídica e igualdade na aplicação da lei para todos os cidadãos.

Com o intuito de valorizar a jurisprudência o Novo CPC estabelece expressamente que “os
tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente” (art.
926). Ou seja, os tribunais não devem permitir divergências internas sobre questões jurídicas
idênticas, como se cada magistrado ou turma julgadora não fizesse parte de um mesmo sistema.

O papel do STJ e do STF sai reforçado na nova sistemática processual tendo em vista que
suas súmulas ou acórdãos proferidos em julgamento de recursos extraordinário e especial
repetitivos vincularão todos os juízes que não poderão ignorar a existência desses precedentes
(art. 927).

O novo estatuto processual traz outras novidades, tais como a criação do Incidente de
Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR),
como forma de valorizar a jurisprudência dos tribunais estaduais e os tribunais regionais federais.
O IAC será utilizado quando estiver em julgamento relevante questão de direito, com grande
repercussão social e sem múltipla repetição (art. 947). Se houver múltiplas repetições, será o
caso de utilização do IRDR (art. 976).

Ademais, o Novo CPC reforça o papel do relator nos tribunais que por decisões
monocráticas poderão decidir processos, sem a necessidade de julgamento colegiado, nas ações
cujo tema já tiverem jurisprudência consolidada (art. 932, IV e V).

A valoração dos precedentes jurisprudenciais é garantia do princípio da isonomia tendo em


vista que casos iguais serão julgados de forma igual.

O sistema de precedentes já existia no nosso ordenamento jurídico desde 1993, quando foi
inserido o parágrafo 2º ao art. 102 da Constituição Federal, estabelecendo que “as decisões
definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
inconstitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração publica direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal”. Outro exemplo que se pode invocar são as sumulas vinculantes e os
acórdãos proferidos em julgamento de casos repetitivos pelo STJ e STF. Contudo, apesar de já
haver resquícios do sistema híbrido anterior ao Novo CPC, é óbvio que o sistema de precedentes
sai agora muito mais fortalecido pelas novas regras insculpidas no CPC/15.

Assim, o Novo Código de Processo Civil ao dar tratamento privilegiado aos precedentes
Judiciais faz um mescla entre o nosso tradicional sistema jurídico, baseado fundamentalmente no
“civil law”, para acolher fragmentos do “common law”. Há uma visível mudança de paradigma,

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pois saímos do estágio em que a lei era a fonte primária do direito (CPC/73), para admitir a
jurisprudência como fonte relevante do direito (CPC/2015).

Inaugura-se uma nova era em que o resultado de uma demanda pode ter alguma
previsibilidade. O processo tende a deixar de ser um típico “jogo de loteria” onde ninguém pode
ter, a priori, nenhuma certeza de qual resultado se pode esperar da demanda. Para casos iguais,
já será possível antever a decisão em face dos precedentes eventualmente existentes.

2. EMBARGOS INFRINGENTES DE OFICIO (incidente de colegialidade)

Muito se falou sobre o fim dos embargos infringentes no Novo CPC, porém o que vemos é a
sua sobrevivência sob uma nova roupagem e com outra finalidade, vejamos.

O art. 942 contém a previsão de que se o resultado do julgamento da apelação não for
unânime, o julgamento deverá ter prosseguimento, na mesma sessão ou em outra a ser
designada, com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente
definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão
do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente
suas razões perante os novos julgadores.

Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a


rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior
composição previsto no regimento interno; bem como no julgamento de agravo de instrumento,
quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito (art. 942, § 3°).

De outro lado, o legislador fez uma ressalva para estabelecer que não se aplica esta técnica
de julgamento para nos casos envolvendo o incidente de assunção de competência e ao de
resolução de demandas repetitivas, bem como quanto tratar-se de remessa necessária e nos
resultados não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial (art. 942, §
4°).

Como percebemos os embargos infringentes não mais existem da forma como era previsto
no CPC/73, porém ganhou uma sobrevida com outro nome: agora poderão ser chamados de
“embargos infringentes de ofício” ou, quem sabe, de “julgamento ampliado de votação não
unânime” ou talvez de “remessa necessária de votação não unânime” ou mesmo “incidente de
colegialidade”.

Cumpre esclarecer que os embargos infringentes regulados no CPC/73, só chegava ao


tribunal por iniciativa da parte que pretendesse submeter a decisão não unânime ao colegiado.
Pela sistemática do Novo CPC a iniciativa é da lei e é impositiva e independente de qualquer
vontade, implicando dizer que qualquer julgamento de apelação não unânime terá que ser
submetido ao colegiado para reexame. Significa dizer que o julgamento não unânime obrigará o
presidente da turma a convocar novos membros (que não participaram o primeiro julgamento),
para, em número suficiente para que o resultado possa ser reformado, promova um outro
julgamento na mesma ou em futura sessão.

Vejamos outro detalhe importante. No disciplinamento do CPC/73, os embargos infringentes


só seriam cabíveis contra decisão não unânime que tivesse reformado sentença de mérito. Pelo
Novo CPC caberá a remessa em todo e qualquer julgamento de apelação que não seja unânime.
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Em conclusão: considerando que o julgamento da apelação é realizado por três


desembargadores (relator, revisor e terceiro juiz), implica dizer que qualquer julgamento por dois
a um, implicará na divergência que impõe ao presidente da turma a obrigatoriedade de prorrogar
o julgamento, através da convocação de outros julgadores para, em número suficiente para
garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial.

Os defensores da sobrevivência dos embargos infringentes dizem que é importante a


sistemática adotada tendo em vista que as decisões dos tribunais não sendo unânimes, poderiam
suscitar dúvidas no jurisdicionado sobre quem de fato estará certo, razão porque o julgamento
ampliado evitará que permaneça qualquer dúvida no ar.

3. CONFLITO DE COMPETÊNCIA

Cumpre esclarecer desde logo que ocorre conflito de competência quando dois ou mais
juízes se declaram competente para conhecer de um determinado processo (conflito positivo);
ou, ao reverso disso, quando dois ou mais juízes se declaram incompetentes para o mesmo
processo (conflito negativo).

Quando o conflito é suscitado entre juízes vinculados ao mesmo tribunal, não há maiores
problemas porquanto este será o órgão competente para julgar e processar o incidente. O
problema surge quando são envolvidos juízes de tribunais diferentes (um juiz federal e outro
estadual, por exemplo). Nessa circunstância é preciso verificar as disposições constitucionais
aplicáveis à espécie (ver CF, art. 201, I e art. 105, I, letra d).

Para solucionar a questão o Novo CPC prevê a instauração do incidente processual chamado
de conflito de competência cujo regramento está previsto nos arts. 951 a 958.

Diz o Código que o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes,
pelo Ministério Público ou pelo juiz. Diferentemente do CPC/73, o Ministério Público somente
atuará nos processos previstos no art. 178, mas terá qualidade de parte nos conflitos que
suscitar (ver art. 941 e parágrafo único).

Por uma questão de lealdade e boa-fé a lei processual não permite seja suscitado o conflito
pela parte que, no processo, arguiu incompetência relativa, contudo nada obsta que a parte que
não o arguiu suscite a incompetência (art. 952).

O conflito de competência deverá ser suscitado diretamente no tribunal competente. Se for


suscitado pelo juiz, isto deverá ser processado mediante oficio. Se for pelas partes ou pelo
Ministério Público, deverá ser provocado por petição e, em ambos os casos, instruídos com os
documentos necessários a comprovação do conflito (art. 953).

Depois de distribuído o incidente no tribunal, o relator determinará a oitiva dos juízes em


conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado. As informações deverão ser
prestadas no prazo assinalado pelo relator (art. 954).

No caso de conflito positivo de competência, o relator poderá, de ofício ou a requerimento


de qualquer das partes, determinar o sobrestamento do processo e, nesse caso, bem como no de
conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas
urgentes (art. 955).
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Autoriza o CPC que o relator possa julgar monocraticamente o incidente quando sua decisão
se fundar em súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio
tribunal; ou ainda, se for baseada em tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
incidente de assunção de competência (art. 955, parágrafo único).

Decorrido o prazo para prestação de informações, tendo elas ocorrido ou não, será aberto
prazo de 5 (cinco) dias ao Ministério Público e, em seguida, o incidente será levado a julgamento
(art. 956).

Com o julgamento monocrático ou colegiadamente, o tribunal declarará qual o juízo será


competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juízo incompetente (art.
957).

Por fim trata a lei processual dos conflitos entre órgãos fracionários de um mesmo tribunal,
estabelecendo que o julgamento deverá ser conforme dispuser o regimento interno do tribunal
em questão (art. 958).

4. INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDA REPETITIVAS (IRDR)

Esta é mais uma novidade do Novo CPC com a finalidade uniformizar decisões sobre
mesma questão, evitando com isso a insegurança jurídica até outrora reinante de decisões
diferentes para casos exatamente iguais.

Muitos têm argumentado que o novo CPC acabou com o chamado “livre convencimento
motivado” que era albergado expressamente no CPC/73 (art. 131). Outros doutrinadores
entendem que não.

Veja-se que independente de permanecer sob o critério do juiz a valoração da prova (art.
371 do CPC/15), é certo que a liberdade do julgador foi bastante reduzida na exata medida em
que nenhum julgador poderá ignorar os precedentes jurisprudenciais existentes (art. 927 do
CPC/15), bem como não poderá utilizar fundamentos genéricos para suas decisões ou mesmo
ignorar os argumentos das partes, sob pena de nulidade (art. 489, § 1°do CPC/15).

Nessa linha de proceder é que ressalta a importância do IRDR como garantia de,
independente de qual juiz vai julgar a causa, o resultado será igual por vinculação de todos os
juízes aos precedentes já firmados pelo seu tribunal.

Em breve síntese: o objetivo do IRDR é uniformizar entendimento sobre questões da vida


prática que se repetem nos tribunais. Escolhe-se um caso, utiliza-se ele como paradigma,
processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada a todos os processos em
andamento e a todos os processos futuros que venham a ser proposto naquela base territorial.

O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de
tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas partes, Ministério
Público ou Defensoria Pública, através de petição (art. 977).

Os requisitos para a instauração do incidente são os seguintes (art. 976):

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a. existência de vários processos com a mesma controvérsia sobre a mesma questão


unicamente de direito;
b. risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica com decisões divergentes sobre o mesmo
tema;
c. inexistência nos tribunais superiores de recurso afetado para definição de tese sobre
questão de direito material ou processual repetitiva.

É importante frisar ainda que os tribunais deverão dar ampla divulgação à existência de
processos pendentes de julgamento por esta sistemática para com isso possibilitar a todos os
interessados que acompanhem e participem, se for o caso, do julgamento (art. 983).

5. DA RECLAMAÇÃO

O instituto da reclamação já existia no nosso ordenamento jurídico por determinação


constitucional, tanto com relação ao STF (CF, art. 102, I, letra l e art. 103-A, § 3°) quanto com
relação ao STJ (CF, art. 105, I, letra f).

O novo CPC ampliou sua aplicação estendendo sua aplicação para todos os tribunais
brasileiro, com a finalidade de preservar a competência do tribunal; garantir a autoridade das
decisões do tribunal; garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e
de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir
a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência; e finalmente, garantir a
observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de incidente de assunção de competência (art. 988, I a IV).

O incidente pode ser provocado pela parte interessada ou pelo Ministério Público (art. 988,
caput). Mesmo não sendo provocado pelo Ministério Público, este participará do processo como
custos legis, tendo vista do processo por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para
informações e para o oferecimento da contestação pelo beneficiário do ato impugnado (art. 991).

O relator ao despachar a reclamação poderá requisitar informações à autoridade contra a


qual foi imputado a prática do ato e, se necessário, determinará a suspensão do processo ou do
ato impugnado para evitar dano irreparável. Além disso, mandará citar a parte beneficiária da
decisão impugnada que poderá apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias (art. 989).

Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado


ou determinará medida adequada à solução da controvérsia e, através de ordem expedida pelo
presidente do tribunal, a decisão deverá ser cumprida imediatamente, independentemente da
lavratura do respectivo acórdão (arts. 992 e 993).

Atenção: não é admissível reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão


reclamada; ou ainda, proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário
com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos
extraordinário ou especial repetitivos, quando ainda não esgotadas as instâncias ordinárias (art.
988, § 5°).

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6. DA REMESSA NECESSÁRIA

É importante esclarecer por primeiro que a remessa necessária não é um recurso, mas a
reapreciação da sentença por força de imposição legal. Tanto é assim que não está sujeito a
preparo ou a prazo, não comporta razões ou contra-razões das partes, nem mesmo recurso
adesivo, apesar de submeter a sentença proferida em primeiro grau a reexame pela instância
superior, podendo a sentença ser reformada e substituída pelo acórdão, se o tribunal tiver outro
entendimento no tocante ao objeto da lide, exatamente como se fosse um recurso (mas não é).

O sistema legislativo brasileiro sempre previu a existência desse instituto como um


benefício em favor da Fazenda Pública, pois funciona como uma espécie de duplo grau de
jurisdição obrigatório, submetendo a decisão proferida em primeiro grau a um novo julgamento,
mesmo que o ente público não tenha recorrido.

Quer dizer, mesmo que a Fazenda Pública não interponha apelação contra a decisão de
primeiro grau que lhe foi desfavorável, o juiz está obrigado a remeter os autos ao tribunal ao
qual esteja vinculado, para que sua decisão seja, por assim dizer, validada (art. 496).

Podemos dizer que a remessa necessária tem efeito suspensivo tendo em vista a dicção da
lei ao dizer claramente que a sentença só produzirá efeitos depois de confirmada pelo tribunal
(art. 496, caput).

Em razão do valor da condenação ou do proveito econômico obtido contra a Fazenda


Pública, excetua-se dessa obrigatoriedade a sentença que versar sobre valor inferior a:

a. 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de


direito público;
b. 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos
Estados;
c. 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e
fundações de direito público.

Deixa de existir também a obrigatoriedade da remessa necessária quando a sentença,


independente de valor envolvido, estiver em conformidade com:

a. súmula de tribunal superior;


b. acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência;
d. entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

Embora o instituto da remessa necessária tenha sofrido muitas críticas ao longo do tempo,
ele permanece no regramento do novo CPC, ainda que mitigado.

A justificativa para a permanência deste instituto, reprise-se, está no propósito de ofertar à


Fazenda Pública maior proteção, pois ao defender e garantir mais segurança as decisões contra
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os entes públicos, ainda que por vias tortas estar-se-ia protegendo a própria coletividade.

Exercício 1:

Com o intuito de valorizar o sistema de precedentes jurisprudenciais o Novo CPC disciplina vários
institutos e dentre estes:

(I) incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR)

(II) incidente de assunção de competência (IAC)

(III) incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPS).

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 2:

O conflito de competência pode ser suscitado:

(I) por qualquer das partes.

(II) pelo membro do Ministério Público.

(III) pelo próprio juiz.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 3:

O Novo CPC acabou com os embargos infringentes e criou em seu lugar outra figura muito
assemelhada que está sendo denominado pela doutrina de “embargos infringentes de ofício” ou
mesmo “incidente de colegialidade”. Nesse sentido, leia as proposituras abaixo e assinale a
resposta correta:

(I) quando o julgamento da apelação não for unânime, o julgamento deverá ter prosseguimento,
na mesma sessão ou em outra a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão
em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado
às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos
julgadores.

(II) Assim também quando houver votação não unânime no incidente de resolução de demandas
repetitivas e nos casos de assunção de competência.

(III) Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a
rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior
composição previsto no regimento interno.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (III) estão corretas.

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E)

Todas estão corretas

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Exercício 4:

Dentre outras hipóteses, deixa de existir a obrigatoriedade da remessa necessária quando a


sentença, independente de valor envolvido, estiver em conformidade com:

(I) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;

(II) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de


competência;

(III) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do


próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

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E)

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Exercício 5:

Acerca do instituto da reclamação, leia as proposições abaixo e assinale a opção correta:

A)

Cabe embargo infringente de ofício (incidente de colegialidade) contra decisão não-unânime


proferida em ação de reclamação.

B)

O procedimento da reclamação prevê a concessão de medida preventiva pelo relator, que, para
evitar dano irreparável, determinará a suspensão do processo ou do ato impugnado.

C)

A legitimidade ativa para propor reclamação contra ato judicial ou administrativo que atentar
contra a competência do STF ou do STJ ou que descumprir o conteúdo dos julgados proferidos
por esses tribunais é exclusiva do procurador geral da República.

D)

A reclamação é cabível somente contra decisão de segundo grau de jurisdição, para assegurar o
efeito vinculante das decisões proferidas no recurso extraordinário ou especial repetitivo.

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E)

Julgada procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão impugnada para preservar a sua
competência ou para garantir a autoridade das suas decisões, mesmo que o ato impugnado já
tenha transitado em julgado.

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Exercício 6:

Com relação ao incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), leias as proposituras


abaixo e assinale a resposta correta.

(I) o objetivo do incidente é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se
repetem nos tribunais.

(II) É escolhido um caso representativo daqueles que existem em repetição, utiliza-se ele como
paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada apenas aos
processos que estejam em andamento no tribunal.

(III) O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de
tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas partes, Ministério
Público ou Defensoria Pública, através de petição

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

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D)

Somente (I) e (III) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 7:

No que diz respeito ao incidente denominado “embargos infringentes de ofício”, o legislador do


Novo CPC deixou claro que não se aplica este incidente às hipóteses de:

(I) nos casos envolvendo o incidente de assunção de competência e ao de resolução de


demandas repetitivas.

(II) também quando tratar-se de remessa necessária.

(III) nos julgamento não unânime realizado pelo plenário ou pela corte especial.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

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D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 8:

Considerando as assertivas abaixo, tratando da remessa necessária, se pode afirmar:

(I) Não se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em entendimento
firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.

(II) Aplica-se a remessa necessária mesmo que a sentença esteja fundada em entendimento
coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público,
consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

(III) Não se aplica a remessa necessária para a confirmação de sentença proferida contra
fundações de direito público estaduais quando a condenação ou o proveito econômico obtido na
causa for inferior a 500 (quinhentos) salários-mínimos.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.


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D)

Somente (I) e (III) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 9:

O incidente de resolução de demandas repetitivas é cabível quando:

(I) existem vários processos com a mesma controvérsia sobre a mesma questão unicamente de
direito;

(II) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica com decisões divergentes sobre o mesmo
tema;

(III) inexiste nos tribunais superiores de recurso afetado para definição de tese sobre questão de
direito material ou processual repetitiva.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

Somente (III) está correta.

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D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 10:

Com relação ao conflito e competência é correto afirmar:

(I) depois de distribuído o incidente no tribunal, o relator determinará a oitiva dos juízes em
conflito ou, se um deles for suscitante, apenas do suscitado.

(II) o relator poderá julgar monocraticamente o incidente quando sua decisão se fundar em
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; ou
ainda, se for baseada em tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de
assunção de competência.

(III) com o julgamento monocrático ou colegiadamente, o tribunal declarará qual o juízo será
competente, cabendo ao juiz competente quais atos praticados pela anterior poderá ser
considerados válidos.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

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C)

Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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Exercício 11:

Com relação ao instituto da reclamação, podemos afirmar que é cabível, exceto:

A)

para preservar a competência do tribunal;

B)

garantir a autoridade das decisões do tribunal;

C)

garantir que todas as decisões de primeiro e segundo grau sigam um mesmo padrão de
julgamento tendo em vista que, embora existam juízes e tribunais diferentes, o direito brasileiro
é um só, não se admitindo decisões dispares.

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D)

garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de


constitucionalidade;

E)

garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal


Federal em controle concentrado de constitucionalidade

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Exercício 12:

O Novo CPC prestigia os chamados precedentes jurisprudenciais. Nesse sentido leia as


proposituras abaixo e assinale qual resposta é a correta.

(I) Acórdãos proferidos em Incidente de Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de


Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), pelos tribunais estaduais e regionais federais.

(II) Os acórdãos proferidos nos julgamentos de recursos especiais e extraordinários pelo STJ e
STF respectivamente.

(III) Esse sistema de privilegiar os precedentes inaugurado pelo Novo Código de Processo Civil
transforma o nosso sistema jurídico de “civil law” para “common law”.

A)

Somente (I) está correta.

B)

Somente (II) está correta.

C)

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Somente (III) está correta.

D)

Somente (I) e (II) estão corretas.

E)

Todas estão corretas

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