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As Novas/velhas Políticas de Planejamento: o Passado No Presente Do Campo Maranhense
As Novas/velhas Políticas de Planejamento: o Passado No Presente Do Campo Maranhense
(Orgs.)
Bacabal – MA
29 a 31 de outubro de 2019
© Copyright 2020 by UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA UEMA.
CONSELHO EDITORIAL
Revisão
Os autores
Edição
Prof. Dr. Itaan de Jesus Pastor Santos (PPDSR / UEMA)
Prof. Dr. Evaristo José de Lima Neto (CHBA/UFMA)
Capa e Diagramação
Lucas de Souza Lima
617 p.
ISBN: 978-65-00-05734-8
EDITORA UEMA
Cidade Universitária Paulo VI - CP 09 Tirirical
CEP - 65055-970 São Luís – MA
www.editorauema.uema.br – editora@uema.br
SUMÁRIO
Resumo: Em termos de Brasil, a agricultura é considerada uma das práticas internas que
acompanha desde antes do período do “descobrimento”. O Estado é parte fundamental na
manutenção ou na mudança desta configuração agrária que se perpetua, e isto, nos
possibilita o debate acerca do campo maranhense, onde é receptor das políticas de
planejamento macroeconômicas e intensifica as relações conflituosas entre os grandes e
pequenos produtores. A partir disto, o objetivo deste artigo é analisar as configurações
históricas do campo maranhense e suas correlações com a atualidade, onde nos direciona
a discutir as ações voltadas para o campo brasileiro nos períodos influentes na
modernização da agricultura e da criação do Programa Nacional de Apoio e
Fortalecimento à Agricultura familiar (PRONAF). A importância de entendermos a
atuação do Estado capitalista nos possibilita refletirmos as formulações das políticas de
planejamento direcionadas à agricultura.
Abstract: In terms of Brazil, the agriculture is considered one of the internal practices
that has been following since before the “discovery” period. The State is a fundamental
parto f maintaining or changing this perpetual agrarian configuration, and this enables us
to debate the Maranhão countryside, where it is the recipient of macroeconomic planning
policies and intensifies conflicting relations between large and small producers. From
this, the objective of this article is to analyze the historical configurations of the Maranhão
countryside and its correlations with the present time, where it directs us to discuss the
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actions directed to the brazilian countryside during the influential periods in the
modernization of agriculture and the creation of the National Program to Strengthen
Family Farming (PRONAF). The importance of understanding the performance of the
capitalist State enables us to reflect the formulations of planning policies directed to
agriculture.
1- INTRODUÇÃO
Os tempos recentes da política brasileira nos mostra um cenário permeado de
incertezas no que se refere à manutenção ou até as modificações nas estruturas de
conformação de políticas públicas, bem como modelações em suas diretrizes. Pensar a
configuração do campo brasileiro atualmente nos remonta a detalhar os principais fatores
para que se estabeleça as relações do Estado para com a agricultura empresarial e para
com a agricultura familiar.
É bem verdade que em termos de Brasil, a agricultura é considerada uma das práticas
internas que acompanha desde antes do período do “descobrimento”. Ainda que ao passar
da colonização, os modelos, os produtos e as relações de trabalho mudassem; a agricultura
sempre teve papel ativo no setor econômico do país. Mas, isto não torna o Brasil como
fator preponderante nem tampouco precursor por esta dedicação ao setor agrícola.
O propósito de discussão neste artigo parte, não apenas do Brasil direcionar suas
políticas para o campo, mas como o campo brasileiro em nada mudou, sistematicamente,
nos atributos da agroexportação e nas tratativas da agricultura empresarial (grande
produtor) e a agricultura familiar (pequeno produtor). O Estado é parte fundamental na
manutenção ou na mudança desta configuração agrária que se perpetua, como lembra
Nakatani, Faleiros e Vargas (2012) onde destacam o Brasil como um dos poucos países
senão o único país (dentro do contexto capitalista de categorias como: desenvolvido e em
desenvolvimento), que não promoveu mudanças substanciais na mudança de propriedade
fundiária independentemente dos períodos de crescimento e de decrescimentos
econômicos, se assim podemos falar para tratar de crises.
E isto, nos possibilita o debate acerca do campo maranhense, onde é receptor das
políticas de planejamento macroeconômicas e intensifica as relações conflituosas entre
141
os grandes e pequenos produtores. Estas ações apenas refletem o que se direciona da
escala nacional, as formas de planejamento perante um Estado capitalista com diversas
formas assumidas politicamente, tais como: neodesenvolvimentista, neoliberalista,
populista, desenvolvimentista, autoritário, ultraliberalista (atualmente), etc., coloca-nos
as possibilidades de análises para entender como a agricultura pode ser permeada pela
ação do Estado, seja como benefícios para a agroexportação, seja como fornecimento de
crédito agrícola para os agricultores familiares.
Nesta perspectiva, o objetivo deste artigo está centrado em analisar as
configurações histórias do campo maranhense e suas correlações com a atualidade, onde
nos direciona a discutir as ações voltadas para o campo brasileiro nos períodos influentes
na modernização da agricultura e da criação do Programa Nacional de Apoio e
Fortalecimento da Agricultura familiar (PRONAF). Assim, para essa análise, baseamo-
nos no materialismo histórico-dialético pois, entendemos que as configurações históricas
do campo brasileiro e, especialmente o maranhense estão condicionadas as (re)produções
do capital. Ou seja, abordar apenas o modo agrícola não seria suficiente para identificar
as contradições que permeiam as práticas agrícolas, enquanto atividade importante,
historicamente, para a economia brasileira.
Adicionando a essa estrutura, utilizamos também as leituras acerca das relações
do Estado, planejamento e a modernização agrícola, bem como a efetuação de programas
compensatórios para os pequenos produtores a partir de Delgado (2005), Gaboardi Junior
(2013) e Mesquita (2011), além de análises históricas do campo maranhense e suas
conotações atuais em Ferreira (2008), Gomes (1981), Corrêa (1993) e Mesquita, Silva e
Paula (2010). Com isto, com base nestas leituras construímos nossa reflexão.
142
Perante esta dinâmica agrária nos permite ponderar acerca do quantitativo da produção
de alimentos, uma vez que, segundo Gaboardi Junior (2013):
143
Ainda assim:
144
da segunda metade da década de 1990, quando se agrava uma conjuntura de tensões
sociais no campo e é criado o PRONAF.
No âmbito destas mudanças estruturais nas estratégias de formulações de
políticas pelo Estado, o PRONAF surge enquanto estratégia direcionada ao pequeno
agricultor, tendo em vista que, os grandes proprietários e detentores do agronegócio
conseguem se manter e aumentar a sua produtividade a partir de seus pacotes tecnológicos
sem a presença de um Estado intervencionista. Embora, a criação do PRONAF revela-se
apenas como uma medida de compensação para atender a agricultura familiar por meio
de uma outra política compensatória de implantação de assentamentos rurais. Na verdade,
o PRONAF apenas apaziguou as discussões da concentração fundiária com esta
democratização ínfima de acesso à terra, ou seja, o problema estrutural agrário de
concentração jamais fora enfrentado e sempre se manteve postergado (MESQUITA,
2011).
É importante destacarmos que nesta reflexão não desmerecemos a aplicabilidade
do PRONAF, tendo em vista que a criação deste programa impulsionou a produção de
alimentos da agricultura familiar com este crédito especial e isto resultou, conforme
Gaboardi Junior (2013) na agricultura familiar ser responsável pela produção de 70% dos
alimentos, ocupando 74% da mão de obra no campo e é responsável por 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) do país, a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento Social
(MDS).
O montante de recursos dos Plano Safra destinados a agricultura empresarial e a
agricultura familiar, conforme pode ser observado no Gráfico 02, mostra uma histórica
seletividade do Estado por um modelo de desenvolvimento rural pautado na lucratividade,
resguardando ao Brasil a posição de país agroexportador.
145
Gráfico 02: Recursos do Plano Safra em Bilhões (R$) (2001 – 2019)
200
150
100
50
146
3- AS POLÍTICAS DE PLANEJAMENTO NO CAMPO MARANHENSE
Ao passo de refletirmos o cenário no campo brasileiro e das diferentes ações
direcionadas pelos governos, entender o Maranhão somente por estas breves análises de
governos recentes, ou seja, a partir da era Vargas nos mostra um caminho tortuoso, onde
perguntas podem ficar sem respostas. É ilusório também, compreender o Maranhão
somente pela Lei “Sarney” de Terras de 1969, ainda que seja um marco na história do
estado onde gerou impactos profundos na dinâmica do campo.
Assim, abordar historicamente o estado do Maranhão nos faz destacar que este
sempre obteve uma parcela maior de atividades agrícolas concentradas em sua economia,
tal fato este nos remonta ao pensamento de que os franceses, a partir do “reconhecimento
da terra” direcionaram em 1613 suas expedições para o interior do continente partindo de
São Luís, isto representou uma forma de conhecer o território, mas principalmente
explorar economicamente a partir de plantações de algodão, tabaco, pimenta entre outras
variedades (FERREIRA, 2008).
Paralelamente a estas atividades de produção, existia a relação de dominantes e
dominados, ou seja, aqueles que de origem europeia ocuparam o Maranhão por um
determinado período (franceses e portugueses) exerciam a função de dominantes e os
dominados como sendo os indígenas e os negros, ambos escravizados e, posteriormente,
dentro de um contexto nacional, os imigrantes. Embora, destacar o Maranhão colonial,
suas tipificações de mão-de-obra e suas principais atividades agrícolas não nos mostra
um Maranhão progressivo economicamente pois, naquela época a “escravidão branca”
dos indígenas (efetivada antes da chegada dos negros africanos) representou o baixo
desempenho da economia maranhense no século XVII (GOMES, 1981).
Nesta perspectiva, o Maranhão não prospera economicamente paralelamente ao
ciclo canavieiro aplicado no restante do Brasil. Assim, a necessidade da substituição da
mão-de-obra escrava indígena pela escrava negra africana, principalmente em termos
quantitativos revelam um Maranhão economicamente forte no cultivo do algodão e claro,
fomentado pela segunda Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão
(CGCGPM)1 com insumos agrícolas e crédito aos produtores (GOMES, 1981). Apesar
do algodão ter esse destaque no estado, o arroz também fora um dos principais produtos
destinados à exportação favorecido pela CGCGPM.
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Para tanto, abordar o Maranhão Colônia e o Maranhão Imperial economicamente
nos faz estreitar produtos e modos de produção semelhantes que levaram a certos
momentos de piques produtivos na escala nacional e até internacional. Abrir o comércio
maranhense ao mercado externo, de fato, proporcionou oscilações econômicas e uma
direcionada decadência por conta dos fatores externos, ainda que o algodão, em 1869
voltara a superar o pique de produção obtido em 1854, por conta de novos fatores
externos: as guerras internas nos Estados Unidos e a guerra Brasil-Paraguai (GOMES,
1981).
² A partir de Gomes (1981) a região Sul do Brasil praticamente equilibra a substituição da mão-de-obra
pois, ao passo que se tem a escassez do braço escravo negro, a imigração europeia para o Brasil é
estimulada a partir do processo de modernização econômica na Europa, assim substitui o trabalho na
produção, em contrapartida, o Maranhão não se beneficiou desse fluxo por motivos de ordem climática e
econômica.
³ Segundo Gomes (1981) a abolição representou uma transformação radical nas relações de trabalho
pois,vai de encontro com senhores e escravos despreparados para esta mudança
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como sempre atrelada aos ciclos econômicos executados no restante do Brasil, como por
exemplo: o cultivo do algodão, do arroz e do babaçu4, essas tendo um destaque maior,
pois atendiam ao modelo da agroexportação. É nesse contexto que, historicamente, o
Maranhão conviveu/convive com as disputas por terras, onde poucos concentram a
grande quantidade de terras objetivando a agroexportação e muitos lutam por uma
pequena parcela de terra para exercer suas atividades sociais, econômicas, políticas e
culturais, ou seja, viver em seu território e preservando sua identidade histórica.
Esta ascensão ao poder, promoveu a influência do Sarneysmo durante 50 anos e que ainda
exerce influência política atualmente, o poder oligárquico de Sarney proporcionou ao
estado do Maranhão dois fatores bastante conhecidos historicamente no Brasil, o
desenvolvimento capitalista e a injustiça social, nesse pensamento, os grandes
proprietários continuam sendo beneficiados, ainda mais com a promulgação da Lei de
terras de 17 de junho de 1969 (Lei nº 2.979) ou comumente chamada de “Lei Sarney de
terras” que, segundo Sodré (2015, p. 51) “[...] dava respaldo à privatização das terras
públicas do Maranhão com incentivo a instalação e expansão de grandes projetos
agropecuários e agroindustriais” e ainda ressalta algumas das várias empresas que se
instalaram no Maranhão por conta desta lei, como por exemplo: a Varig, Cacique,
SANBRA, Sharp, Mesbla e Pão de açúcar (SODRÉ, 2015).
Mediante estas breves elucidações dos governos de Vitorino Freire e José Sarney
voltadas para o campo maranhense, não podemos isolar estas ações do cenário nacional
4
Segundo Gomes (1981) os fatores de reativação econômica das primeiras décadas até a Independência
consistiram no aproveitamento do babaçu e o incremento da demanda e dos preços internacionais do
algodão e dos tecidos indústria local, condicionados pela I Guerra Mundial.
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pois, como dialogamos anteriormente no Gráfico 01 deste artigo, o cenário maranhense
naquela época está alinhado ao Estado brasileiro desenvolvimentista em transição para
um Regime Militar5 de caráter autoritário e ideais desenvolvimentistas também. Assim,
a atração de grandes projetos agropecuários e agroindustriais para o Maranhão faz jus à
lógica nacional de inserção do capital no campo justificado politicamente pela
modernização do campo.
Esta compreensão da estruturação das políticas públicas partindo da
modernização apenas nos mostra a afirmação das autoras Nascimento, Rodrigues e Santos
(2013) quando evidenciam as reflexões de Marx para entender que esta modernização
apenas surge da necessidade de se controlar socialmente a natureza objetivando-se sua
transformação como sendo instrumento e objeto de trabalho a serviço do capital. Esta
reflexão não pode ser vista apenas teoricamente pois, a acumulação do capital por meio
de grandes projetos tidos como desenvolvimentistas ao campo maranhense intensifica as
lutas entre os grandes e os pequenos proprietários, sendo os primeiros caracterizados
como propulsores do desenvolvimento amparados pelo Estado; e os segundos compostos
por agricultores, as comunidades quilombolas, comunidades ribeirinhas e as comunidades
indígenas, estas que perdem o seu território para essas grandes instalações e ascende a
mobilização por meio dos movimentos sociais e que tem um Estado conivente com esta
situação.
Com isto, no Maranhão, o quantitativo de assentamentos rurais (Mapa 01) na
lógica de desterritorialização e territorialização da população rural que luta pelo seu
território e que passa a ser “beneficiada” pelo Estado para a sua realocação por meio de
uma política de apaziguamento e que não objetiva o confronto com os “promotores do
desenvolvimento”.
5
Segundo Mesquita, Paula e Silva (2010, p. 5) “[...] intensificou a penetração do capitalismo no campo,
ao estimular a constituição dos conglomerados agroindustriais coordenados pelo capital financeiro,
viabilizando o movimento de fusão e integração de capitais inter-setoriais, que repercutiu na expansão de
culturas capazes de, por um lado, gerar divisas no mercado internacional (soja, laranja, complexo,
sucroalcooleiro) e, por outro lado, aumentar a oferta de alimentos processados para abastecimento do
mercado urbano nacional em ascensão, com objetivo explícito de combater a inflação”.
150
Mapa 01
151
(CARNEIRO, 2013). Este é o fato principal pelo Maranhão apresentar o maior
quantitativo de assentamentos criados nos governos Collor/Itamar Franco e Fernando
Henrique Cardoso, segundo Carneiro (2013) é neste período onde os processos de
desapropriação para fins de reforma agrária executado pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) tiveram seu melhor desempenho.
É importante destacarmos também que é sob a égide neoliberal a partir da década
de 1990, onde se intensifica a concorrência por áreas para a expansão da agricultura
empresarial e a compressão das áreas da agricultura familiar, ou seja, é com a liberação
comercial e financeira que se observa direções e resultados opostos por estes dois
movimentos. Assim, podemos observar no Gráfico 03 esta expansão de áreas da
agricultura empresarial, tendo recorte somente para o produto da soja e em comparação
aos alimentos básicos provenientes da agricultura familiar.
1%
Soja Soja
27% 23%
35%
64%
Alimentos 50% Alimentos
básicos básicos
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quantitativo pequeno em termos de áreas de produção (em comparação à agricultura
empresarial) e formas de comercialização para outros programas, como por exemplo: o
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE).
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história da agricultura e a sua relevância para a humanidade não apenas
destaca uma relação de ser humano e uma forma de subsistência, há muitas variantes
permeando esta correlação. Estas variantes conduzem essas relações por diversos
caminhos ao longo da história, o fato da agricultura estar ao alcance dos objetivos
capitalistas nos mostra o quão este setor econômico pode ser importante para a
consolidação ou mudanças nas estruturas produtivas, ou seja, a divisão do trabalho
assume uma característica importante de representar os dominantes e os dominados. A
relação de dominantes e dominados não é exclusiva do Brasil, nem tampouco do
Maranhão, mas a dissolução feudal e a ascensão do capital levaram estas relações para
vários cantos do mundo. Lembrar o Maranhão Colônia e equipará-lo com o Maranhão
atual pode parecer, à primeira vista, que os tempos mudaram e sua configuração,
principalmente no campo, teve modificações impulsionadas por grandes projetos.
A agroexportação ou o agronegócio promovido pela agricultura empresarial não
é fato novo ou revolucionário nas práticas capitalistas de mercado, é talvez surpreendente
a forma de como as relações de produção, espaço e tempo são encurtadas pela tecnologia,
mas as suas práticas comerciais e de instalação são velhas conhecidas do Brasil. Abastecer
mercados internacionais exportando matérias-primas, onde se apenas substitui os
produtos a serem produzidos a partir da demanda internacional, mostra um Estado que
sucessivamente deixa às margens do mercado o pequeno produtor.
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planejamento como instrumento do Estado, mas ele é antes de tudo num sistema
capitalista, a forma de racionalização da reprodução ampliada do capital.
REFERÊNCIAS
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______. Grundrisse: Manuscritos e econômicos de 1857 - 1858 : Esboços da crítica da
economia política. São Paulo: Boitempo, 2011. 792 p
MESQUITA, Benjamin Alvino de; SILVA, José de Ribamar Sá; PAULA, Ricardo
Zimbrão Affonso de. FATORES PROPULSORES DA EXPANSAO RECENTE DA
AGRICULTURA CAPITALISTA NO MARANHÃO. In: IV JORNADA
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<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/8_agricultura/fatores-propulsores-
da-expansao-recente-da-agricultura-capitalista-no-maranhao.pdf>. Acesso em: 16 dez.
2018.
SMITH, Neil. Desenvolvimento Desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988. 250 p
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______. As (re)formas da questão agrária maranhense: multiplicidades e
singularidades nos assentamentos Cigana e Cristina Alves - Itapecuru-Mirim - MA.
2015. 97 f. TCC (Graduação) - Curso de Geografia, Universidade Estadual do
Maranhão, São Luís, 2015.
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