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CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT

UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA – UAF


CURSO: Engenharia Civil
DOCENTE: Laerson Duarte da Silva
GRUPO: - Francisco de Assis Correia Diniz Filho (120110764)
- Onildo Batista de Almeida Filho (120110660)
- Thalita Farias Hernesto do Rêgo (120111518)

RELATÓRIO III – DIFRAÇÃO DA LUZ

CAMPINA GRANDE,
Junho de 2022
1. INTRODUÇÃO

A natureza ondulatória da onda pode ser entendida por meio dos fenômenos de
difração e interferência. A primeira é comum a todo movimento ondulatório e consiste
basicamente no desvio sofrido por uma parte de frente de onda ao passar por fendas e
encontrar obstáculos com dimensões que se aproximam do seu comprimento.
Basicamente, permite que uma onda atravesse orifícios e contorne obstáculos atingindo
regiões onde, caso seguisse a propagação retilínea da luz, não conseguiria chegar.

Esse fenômeno é explicado pelo princípio de Huygens que afirma que quando os
pontos de uma abertura ou de algum obstáculo são atingidos pela frente, tornam-se fontes
de ondas secundárias que mudam a direção de propagação da onda principal, atravessando
a abertura e contornando o possível obstáculo.

Já a interferência é um processo que consiste na combinação de ondas na mesma


região do espaço. Observa-se na luz e no sim o fenômeno de interferência, entretanto, é
necessário verificar algumas condições:

- Fontes monocromáticas: que possuam apenas uma única frequência;

- Fontes de luz coerentes: que as suas frequências sejam iguais.

Ao combinar essas fontes, é possível observar interferência construtiva em todos


os instantes. Quem primeiro mostrou experimentalmente o fenômeno da interferência
para as ondas luminosas foi Thomas Young, em 1801. Contudo, o primeiro passo para
estudar o fenômeno é compreender o Princípio de Huygens.
Princípio de Huygens: É uma construção geométrica onde todos os pontos do
espaço onde chega uma determinada onda são como pontos que produzem novas ondas
secundárias esféricas, que se propagam pelo meio, com uma velocidade característica
desse meio. Após um determinado período de tempo, a nova posição da frente de onda é
tangente às ondas originadas.

Polarização da Luz

A polarização da luz mostra o seu caráter ondulatório. Alguns cristais têm a


propriedade de polarizar a luz: só deixam passar a parte da onda que oscila num
determinado plano. A luz que atravessa um filtro polarizador oscila num único plano.

Colocando um segundo filtro polarizador a seguir ao primeiro e os planos de


polarização dos dois filtros coincidirem, a luz atravessará os dois filtros, ficando
polarizada nesse plano. Mas se os planos dos dois filtros forem perpendiculares,
nenhuma parte da luz polarizada pelo primeiro filtro conseguirá passar através do
segundo (não se consegue ver nenhuma imagem através dos filtros).

A luz também é polarizada quando é refletida numa superfície. Se observamos a


luz refletida numa superfície através de um filtro polarizador, o reflexo desaparecerá
se o plano de polarização do filtro for perpendicular à superfície refletora. Os cristais
líquidos podem mudar o seu eixo de polarização quando por eles circula corrente
eléctrica. Esse é o princípio usado nos écrans de calculadoras e de telemóveis.

Esse fenômeno é explicado facilmente admitindo que a luz é uma onda


transversal, ou seja, oscila em planos perpendiculares à direção de propagação.
2. MATERIAL UTILIZADO

- Fonte de luz branca 12V – 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e


sistema de posicionamento do filamento; base metálica 8 x 70 x 3cm com
duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm;

- Lente de vidro convergente biconvexa com Ø = 50mm, DF = 50mm, em


moldura plástica com fixação magnética; lente de vidro biconvexa Ø = 50mm, DF =
100mm, em moldura plástica com fixação magnética;

- 3 diafragmas de uma fenda;

- 12 cavaleiros metálicos;

- Uma rede de difração 500 fendas/mm em moldura plástica com fixação


magnética;

- Uma trena de 2m; anteparo para projeção com fixador magnético e régua
milimetrada de ± 150mm.

- Uma lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm,


em moldura plástica com fixação magnética;

- Dois anteparos para projeção com fixador magnético;

- 4 polaroides em moldura plástica com fixação magnética;

- Um disco giratório Ø = 23cm com escala angular e subdivisões de 1°;

- Um suporte para disco giratório;


3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.1 Determinação do Comprimento de Onda da Luz

Após a montagem do equipamento para realizar o experimento, foi colocado na


frente da fonte luminosa e à 4cm, uma lente convergente de distância focal f = 5cm.
Essa lente foi utilizada para iluminar a fenda. Em seguida, colocou-se na frente da
lente o diafragma com uma fenda e foi utilizada uma lente convergente de distância
focal f = 10cm para projetar a fenda no anteparo. Ajustou-se a posição da lente para
que a fenda projetada fique bem nítida e foi colocada a rede de difração na frente da
lente e ajustar para que o espectro fique bem nítido. Por último, foi ajustada a
posição da rede de difração para que fique a 14cm (a = 0,140m) do anteparo de
projeção.

3.2 Polarização da Luz


Depois que o equipamento foi montado, colocou-se sobre a base metálica um
cavaleiro metálico com lente convergente de distância focal 12cm e fixado no cavaleiro
o diafragma com uma fenda. Em seguida, foi colocado na extremidade da base metálica
um anteparo para projeção e ligar a fonte de luz, além de um polaroide fixo no cavaleiro
e a 10cm da lente sobre a base metálica. Realizou-se o ajuste da posição da lente para que
a fenda projetada fique bem nítida e observou-se a projeção luminosa, por fim, foi
colocado sobre a base metálica o segundo polaroide e a 10cm do primeiro polaroide.

3.3 Polarização da Luz por reflexão

Após a montagem do experimento, foi colocado na frente da fonte de luz um


cavaleiro metálico com uma lente convergente de distância focal 12cm e o
diafragma com uma fenda, ligada a fonte de luz e ajustado o raio luminoso bem no
centro do transferidor. Em seguida, foi colocado o semicírculo no disco ótico,
conforme foto e ajustado no disco ótico de tal modo que o ângulo de incidência seja
igual à 0°, o ângulo de refração também 0°. Em um cavaleiro metálico, foi fixado um
polaroide e em outro cavaleiro o anteparo de projeção.

Vale salientar que o disco óptico e o polaroide foram girados nas seguintes
condições, repetindo esses procedimentos para os ângulos entre 50º e 60º e encontrando
o ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a projeção desapareça.

- O disco ótico foi girado a 20° e observou-se o raio refletido, depois foi
colocado na mesma direção do raio refletido o polaroide e projetou-se o feixe
refletido no anteparo a 10cm do polaroide;
- O polaroide foi girado a 90° e observou-se a projeção do feixe luminoso, depois
o polaroide retornou para a mesma posição;

- O disco ótico foi girado a 40° e foi observado o raio refletido, reposicionado o
conjunto polaroide e anteparo de projeção;

- O polaroide foi girado a 90° e foi observado a projeção do feixe luminoso, depois
o polaroide retornou para a mesma posição;
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Determinação do Comprimento de Onda da Luz


A distância X e a para a radiação vermelha equivalem, respectivamente à X =
4,7 cm e a = 14,0 cm. A constante da rede de difração que tem 1000 linhas / mm pode ser
calculada através da fórmula:

E utilizando,

A radiação que tem maior comprimento de onda é a vermelha, enquanto a que


tem a maior frequência é a violeta. Além disso, a que sofre interferência construtiva
mais afastada da raia central é a verde, conforme mostra a tabela abaixo.

COR A (m) X (m λ (10-9 m)

Vermelho,14 0,14 0,047 636,52


Laranja 0,14 0,043 587,21
Amarelo 0,14 0,041 562,10
Verde 0,14 0,037 511,02
Azul 0,14 0,033 458,85
Violeta 0,14 0,031 432,38

Tabela de cores e comprimentos de onda:

COR Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta


(nm) 620 – 760 585 – 620 550 – 585 510 – 550 450 – 510 380 – 450

Os resultados acima encontrados foram esperados, caso sejam comparados com


a tabela de cores e comprimentos de onda mostrada logo em seguida, tendo em vista que
se aproximaram bastante dos valores de referência.
4.2 Polarização da Luz
Foi possível observar que a projeção luminosa sobre o anteparo de projeção não
se alterou, e que quando os polaroides estavam ajustados a um mesmo ângulo o
feixe de luz foi projetado nitidamente no anteparo. Quando os polaroides foram
ajustados com uma diferença de 90° nenhuma luz chegou ao anteparo.

Além disso, quando os polaroides estavam ajustados a um mesmo ângulo o feixe


de luz foi projetado nitidamente no anteparo, mas quando os polaroides foram
ajustados com uma diferença de 90° nenhuma luz chegou ao anteparo.

4.3 Polarização da Luz por reflexão


O valor encontrado para o ângulo α de incidência que tem a luz polarizada, foi
θB = 55° (simulado). O ângulo entre o raio refletido e o raio refratado é de 55°. A direção
da polarização da luz depende da direção imposta pelo polaroide.

Dos dados coletados, tem-se o ângulo de incidência que tem a luz polarizada é
θB = 55° e o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado é = 90°. Sabendo que a tan
θB = 1,43 e considerando o índice de refração do experimento anterior n = 1,5, obtém-se
um erro de 6,28%.
5. CONCLUSÃO

A realização dos experimentos além de garantir que consigamos ter mais


propriedade a respeito do assunto que está sendo estudado, também permite que sejam
tiradas as seguintes conclusões pessoais:

- Dado o primeiro experimento, observa-se que quando os valores obtidos e


calculados são comparados, permanecem na faixa dos valores de referência de
comprimentos de onda das cores que estão na tabela.

- Já no segundo experimento, a diferença na posição do polaroide interfere


diretamente na quantidade de luz que consegue chegar no anteparo, assim como ficou
provado ao girá-lo até 90º e não o girar.

- Por fim, no terceiro experimento, observa-se que a posição do anteparo implica


novamente, em seu resultado, já que a direção da polarização da luz depende da direção
imposta pelo polaroide.

Em suma, conclui-se que os fenômenos e situações envolvendo a difração e


polarização da luz podem ser estudados e comprovados através das suas luz e
considerando a luz como sendo uma onda de natureza eletromagnética.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NASCIMENTO, P. L. N.; SILVA, L. D.; GAMA, M. J. A.; CURI, W. F. C.;


GAMA, A. J. A.; CALDAS, A. J. C. Laboratório de Óptica, Eletricidade e
Magnetismo – Física Experimental II.pdf; Universidade Federal de Campina Grande
– Centro de Ciências e Tecnologia, Unidade Acadêmica de Física. Acesso em:
21/05/2022.

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