Você está na página 1de 37

Comentários e Observações sobre o Cap.

21 de A Grande Síntese

A LEI DO DEVENIR

    Antes de comentarmos este capítulo, eis algumas definições de termos aqui empregados:
DEVENIR:(Filos.) Transformação incessante e permanente pela qual as coisas se constroem e
se dissolvem noutras coisas; devir, vir-a-ser.
MECÂNICO: (Filos.) Relativo a processo em que cada momento é determinado por condições
antecedentes invariáveis. Estes antecedentes invariáveis são os princípios ou leis que regem o
fenômeno.

    Como já vimos anteriormente, o aspecto estático da substância divina se refere as formas


que o ser assume momentaneamente (num átimo do tempo) e sucessivamente no
deslocamento evolutivo. A sua fórmula é:

(a = b = g) = w

    O aspecto dinâmico se refere a evolução (devenir), ou seja, a transformação das formas do
ser ao longo do tempo, cuja equação é:

w=a®b®g®b®a

     Estas formas do ser e suas transformações obedecem uma trajetória determinística pois são
governadas por uma lei única e invariável. Este é o chamado aspecto mecânico que nada mais é
que o principio regulador de qualquer fenômeno. Embora, possa existir oscilação entre avanços
e recuos no caminhar evolutivo, os fenômenos se desenvolvem ao longo de uma espiral.
Veremos, mais adiante, que apesar da aparente caminho aleatório tomado pelo movimento
evolutivo, no entanto, ele segue uma rota espiralóide pré-fixada. matematicamente exata,
qualquer que seja a grandeza do fenômeno considerado, seja ele do microcosmo ou do
macrocosmo.

     Ubaldi, muito apropriadamente, denomina esta linha de matriz do transformismo universal o
que nos leva a concluir que podemos examinar todos os fenômenos de qualquer natureza
(físicos, dinâmicos ou morais) com a mesma metodologia de pesquisa. Quando o mundo
científico "descobrir" os conceitos d' A Grande Síntese sobre o universo, haverá um gigantesco
salto na pesquisa, no progresso científico e, também, como não poderia deixar de ser, no
aprimoramento moral da humanidade.

Comentários e Observações sobre o Cap. 22 de A Grande Síntese


ASPECTO MECÂNICO DO UNIVERSO - FENOMENOGENIA

     Ao abordar o aspecto mecânico do universo, Ubaldi denomina de trajetória típica dos
movimentos fenomênicos a linha descrita por qualquer fenômeno no seu transformismo
evolutivo. Como veremos adiante, este transformismo pode ser representado graficamente pelo
abrir e fechar de uma espiral.
    Para bem compreender os conceitos apresentados neste capítulo é necessário ter em mente as
definições de alguns conceitos expressos no início, ou seja, as definições de evolução, tempo e
fenômeno.

    Ubaldi define evolução como o transformismo da substância desde a fase g até ás fases b e a.
Nos revela também que este transformismo vai além de a, o que significa que existem outras
fases além das mencionadas: g, b e a. Em virtude deste transformismo da substância divina
original, as formas individuais (lembre-se que tudo é individuado no universo!) se modificam ao
atravessarem essas fases.

     Sobre o tempo ele nos dá a conhecer que existem dois tipos de tempo: um tempo restrito e
um tempo universal.

    Tempo universal é o ritmo que existe onde haja um fenômeno e subsiste em


todos os níveis evolutivos do ser como o passo que assinala o caminho da eterna
transmutação do todo. O tempo universal marca com seu ritmo o transformismo
(involutivo-evolutivo) e desaparecerá quando terminar a grande marcha evolutiva,
isto é, quando a fração cindida do Anti-Sistema for reabsorvida pelo Sistema,
reconstituindo-se em unidade no absoluto: "A eternidade, despedaçada no tempo,
se refaz no uno imóvel, integro, indiviso, e nela a corrida de transformismo,
lançada em busca da perfeição, se detém diante da perfeição atingida. Então o
tempo volta a ser imóvel, sem mais transformismo, e se faz eternidade (P. Ubaldi -
Deus e Universo)".

    Tempo restrito "é a medida de vosso universo físico e dinâmico que desaparece
no nível a". O tempo restrito se refere a uma dimensão conceitual, é uma
consciência que sabe apenas do seu progredir no tempo universal. É uma
consciência ainda primitiva que não se eleva a julgamentos porque ainda não
percebe a existência de outros fenômenos paralelos. Este tipo de consciência é
propriedade das forças que têm conhecimento apenas do seu transformismo. Na
dimensão seguinte (a, a consciência) (razão), o tempo restrito começa a desaparecer
ao ser dominado e absorvido pela consciência. Embora o pensamento analítico
ainda seja seqüencial no tempo, podemos pensar em termos de passado, presente e
futuro. Como seres pertencentes a um universo trifásico ( g, b, a) não podemos
viajar fisicamente ( g ) no tempo (b) mas podemos dominá-lo através do
pensamento (a). Nos capítulos 35, 36 e 37 Ubaldi aprofunda estes conceitos ao
abordar o tema da Evolução das Dimensões e a Lei dos Limites Dimensionais.

     Ubaldi define fenômeno como uma das infinitas formas individuadas da substância, o seu
devenir e a lei do seu devenir, isto é, fenômeno é tudo o que se possa manifestar no espaço e no
tempo, regido por uma lei única que, no capítulo anterior, foi chamada de matriz do
transformismo universal. Em resumo: fenômeno é qualquer coisa vinculada a uma forma que se
modifica no tempo sob a ação de uma lei universal. Assim, um objeto material, um tipo de
energia (ex.: a eletricidade), um tipo de pensamento abstrato (ex.: a matemática) são fenômenos
em seus três aspectos: estático, dinâmico e mecânico. Como vivemos num universo em perpétua
transformação não existe a imobilidade fenomênica, tudo está em eterno devenir como afirma
Ubaldi.

     A partir do ciclo involutivo/evolutivo podemos traçar um gráfico cartesiano tempo X


evolução que representa a progressão involutiva-evolutiva em sua mais simples expressão
retilínea do curso do fenômeno no tempo. Ubaldi apesar de afirmar que a linha traçada OX,
deve ser precedida por uma linha oposta, desenhou apenas a parte do diagrama referente ao
semiciclo evolutivo, por isso acrescentamos o semiciclo involutivo.

     OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Segundo Ubaldi, estes gráficos e os demais que os


seguirão tem um significado universal, O gráfico acima e os seguintes representam o projeto
genético do cosmo, o caso máximo da progressão evolutiva. Para a representação dos casos
menores é necessário adequar as coordenadas tempo e evolução ao fenômeno em estudo.
Portanto, respeitada as proporções, a formatação do gráfico sempre será a mesma, variando
apenas os graus particulares de evolução e a velocidade de progressão.

    Neste ponto, Ubaldi amplia nossa visão sobre o Universo ao descrever que a,b e g são apenas
as fases que estruturam o nosso universo concebível, além destas fases existem outras em
universos que precedem e sucedem ao nosso. Assim a figura 2 representa com mais precisão a
linha da evolução. As coordenadas tempo e evolução se estendem de

-¥ a +¥
    Desta forma existem fases que desconhecemos -x, -y, -z etc. em universos que antecedem ao
nosso e, fases +x, +y, +z etc. em universos mais evoluídos que o nosso. O ciclo a,b, g é apenas
um ciclo menor que faz parte de um ciclo maior e este de um ciclo ainda maior e assim
sucessivamente até o infinito nos dois sentidos (-¥ e+¥ ). Começa-se, deste modo, pouco a
pouco, a delinear na nossa mente a idéia de que a linha espiral pode traduzir com mais precisão
a trajetória típica dos movimentos fenomênicos. É isto o que veremos nos próximos capítulos.
Comentários e Observações sobre o Cap. 23 de A Grande Síntese
FÓRMULA DA PROGRESSÃO EVOLUTIVA - ANÁLISE DA PROGRESSÃO
EM SEUS PERÍODOS

   A fórmula do ciclo fechado a ® b ® g ® b ® a não pode ser a representação completa de


todos os fenômenos que ocorrem no Universo. Esta é uma fórmula apenas aproximada, relativa
ao nosso universo perceptível, empregada didaticamente por Ubaldi como um primeiro degrau
de uma concepção muito mais vasta. Se o ciclo involutivo-evolutivo fosse realmente fechado
seria como um caminhar sem sair do lugar, não haveria o progresso, não teria se desenvolvido a
civilização. Ainda estaríamos vivendo em cavernas repetindo ad eternum o mesmo ciclo.
Apesar do aparente caótico entrechoque de forças e interesses opostos, que no momento
histórico chegam próximo ao ponto de destruir a completamente a civilização, vemos o
ressurgir das forças construtivas com redobrado vigor. Há, portanto, a médio e a longo prazo,
uma preponderância das forças evolutivas sobre as forças involutivas, indicando que o ciclo
não é fechado, embora os movimentos fenomênicos retornem sobre si mesmos. As figuras
abaixo esclarecem a questão.

  ®

  É necessário observar na figura do ciclo aberto que as letras (g , b , a , +x, +y) representam os
vértices de cada fase e as setas ® indicam as transformações de uma fase em outra. Assim no
primeiro ciclo w1e na passagem para o segundo ciclo w2 as transformações g ® b ® a ® b ® a
na realidade acontecem da seguinte forma: g ® b ® a ® (-a) ® (-b ) ® b ® a . As fases (-a) e ( -
b) não são representadas no gráfico porque não há transposição de fase entre a e (-a ) e nem
entre (-b ) e b . O Sinal negativo indica que a fase está sendo percorrida em sentido contrário,
isto é, em direção involutiva.

   Desta forma a tabela dos ciclos construida por Ubaldi:

A fórmula do ciclo aberto estende-se também para o

negativo que é dada pela seguinte expressão:


 
1º ciclo ... -y  ®  -x  ®  g   ®    -x
2º ciclo    -x  ®   g  ®  b   ®     g
3º ciclo     g  ®   b  ®  a   ®     b
4º ciclo     b  ®   a  ®  +x   ®     a
5º ciclo     a  ®  +x  ®  +y   ®    +x ...
   pode ser vista da seguinte forma:

¯
As fases em vermelho representam direção involutiva
 
1º ciclo ... -y  ®  -x  ®  g  ®  (-g ) ® [-(-x)]  ®  -x
2º ciclo   -x  ®  g  ®  b  ®  (-b ) ® (- g)  ®  g
3º ciclo   g  ®  b  ®  a  ®  (-a) ® (-b)  ®  b
4º ciclo   b  ®  a  ®  +x  ®  [-(+x)] ® (-a)  ®  a
5º ciclo   a  ®  (+x)  ®  +y  ®  [-(+y)] ® [-(+x)]  ®  +x ...

   Estes ciclos sucessivos


são visualizados e
compreendidos com mais
facilidade pelo famoso
diagrama da linha quebrada
(fig. 2 d'A Grande Síntese)

   Se olharmos com atenção para a tabela construida por Ubaldi notamos que há duas
transformações evolutivas seguidas por uma transformação involutiva. Como exemplo prático
consideremos o 3º ciclo: g ® b ® a ® b, as setas ® indicam que há duas transformações
evolutivas: de g para b e de b para a e uma transformação involutiva de (-a) para (-b). Este fato
nos revela que há uma pulsação na razão de dois para um (2:1) que é o ritmo interno de cada
ciclo do fenômeno considerado.

   No diagrama da fig. 2 é evidente estes avanços e retornos ao se observar o andamento da linha


quebrada. As letras a, b, c, d etc. representam universos sucessivos que Ubaldi chamou de
criações. Consideremos em separado a criação C que representa o nosso universo perceptível
1º) O segmento AD representa o trecho evolutivo.
2º) O segmento DF representa o trecho involutivo.
3º) Os pontos B e C são as tranformações evolutivas e o ponto
E é a transformação involutiva. Os pontos B, C e E fazem o
mesmo papel das setas na tabela.
4º) AB = g
5º) BC = b
6º) CD = a
7º) DE = (-a)
8º) EF = (-b )
É preciso ter em mente que no gráfico do ciclo aberto e na
tabela as fases são vértices (pontos) e as setas transformações.
No diagrama da linha quebrada, por sua vez, as fases são
faixas e as transformações são pontos.
O ponto D não é uma transformação de fase. É um ponto em
que uma fase atinge o seu máximo e começa a regredir
tomando a direção contrária. No exemplo: a e (-a )

  O diagrama da linha quebrada é a representação gráfica da fórmula que rege o aspecto
conceitual (lei) do dinamismo evolutivo:

  D= -¥ ..... -y ® -x ® g ® -x ® g ® b ® g ® b ® a ® b ®a ® +x ® a ... +¥

Comentários e Observações sobre o Cap. 24 de A Grande Síntese

DERIVAÇÕES DA ESPIRAL POR CURVATURA DO SISTEMA

     Como tudo no Universo é cíclico, isto é, há um retorno às fases percorridas anteriormente
como podemos ver no gráfico da linha quebrada:
     Nesta figura pode-se observar que qualquer fase é percorrida três vezes no sentido evolutivo e
duas vezes no sentido involutivo. Por exemplo, na figura ao lado as linhas em azul indicam o
sentido evolutivo da fase b e as linhas verdes o sentido involutivo. Os pontos M e N indicam
retornos ao ponto de partida P de b. O retorno nos mostra que toda a fase é cíclica. Da mesma
forma podemos concluir que o conjunto de todas as infinitas fases também é cíclico e deverá
retornar ao ponto onde iniciou o grande ciclo involutivo-evolutivo.

    Como tudo é ciclico no tempo, o gráfico da linha quebrada pode ser modificado de modo a
nos fornecer uma visão mais intuitiva do transformismo evolutivo. A coordenada do tempo
pode ser tomada sobre uma circunferência, isto é, podemos transformar o gráfico cartesiano
em em um gráfico de coordenadas polares Assim, teremos o seguinte gráfico:

     Neste ponto começa a materializar a figura da espiral que é a curva que melhor demonstra o
desenvolvimento de qualquer fenômeno, seja ele material, dinâmico ou espiritual. No próximo
capítulo veremos que este gráfico pode ser modificado e, com isso, o nosso entendimento sobre
o transformismo universal será ampliado.

Comentários e Observações sobre o Cap. 25 de A Grande Síntese


SÍNTESE LINEAR E SÍNTESE POR SUPERFÍCIE

     Se mudarmos a unidade de medida da coordenada angular do tempo na figura 3 para 90


graus e representarmos o desenvolvimento de cada fase por curvas em vez de segmentos retos,
obteremos um gráfico no qual podemos visualizar o retorno de cada fase pela superposição das
suas trajetórias pois, cada fase, para ser definitivamente superada e estavelmente fixada no
sistema, tem de ser percorrida três vezes em direção progressiva de evolução: a primeira como
produto máximo do ciclo, a segunda como ponto médio, a terceira como produto mínimo.
    Mas se por um lado o novo gráfico nos fornece uma visão dinâmica do desenvolvimento das
trajetórias dos movimentos fenomênicos, por outro nos confunde pela superposição de suas
linhas. É de capital importância para o entendimento pleno da obra Ubaldiana a apreensão total
dos conceitos representados neste gráfico. Para facilitar, vamos mostrar a construção deste
gráfico passo a passo. Como vimos no gráfico da linha quebrada, cada criação (ou universo) (a,
b, c, d etc.) é constituida por três fases da substância (Lei da Trindade da Substancia). Em cada
criação há três passos em sentido evolutivo e dois em sentido involutivo na trajetória destas
três fases como vimos nos Comentários do Capítulo 23:

1º) O segmento AD representa o trecho evolutivo.


2º) O segmento DF representa o trecho involutivo.
3º) Os pontos B e C são as tranformações evolutivas e o
ponto E é a transformação involutiva.
4º) AB é uma fase em trajetória evolutiva.
5º) BC é uma fase em trajetória evolutiva.
6º) CD é uma fase em trajetória evolutiva.
7º) DE é a fase CD em trajetória involutiva.
8º) EF é a fase BC em trajetória involutiva.

    Podemos desenhar o desenvolvimento fenomênico de apenas uma criação tomando o valor de


90 graus como a unidade de medida da cordenada angular do tempo. Desta forma obteremos o
gráfico abaixo para as fases g, b e a .
O trecho evolutivo inicia-se no ponto 1 e atinge o máximo no ponto 4. Daí em diante a trajetória
toma a direção involutiva regressando ao ponto 2. Mas é importante constatar que, apesar do
ciclo fechar no ponto 2, o ponto de partida para abertura de um novo ciclo avançou do ponto 1
para o ponto 2. Assim a figura acima corresponde a criação C do diagrama da linha quebrada. As
fases deste universo são: g, b e a.

Da mesma forma podemos traçar o gráfico da criação seguinte iniciando-o pelo ponto 2. O trecho
de 2 a 5 tem direção evolutiva e de 5 a 3 involutiva. O ponto de partida do próximo ciclo será no
ponto 3. Houve, portanto, um avanço do ponto 2 para o 3. As fases deste universo são: b, a e +x.
A terceira espira inicia no ponto 3 O trecho de 3 a 6 tem direção evolutiva e de 6 a 4 involutiva.
O ponto de partida do próximo ciclo será no ponto 4. Houve, portanto, um avanço do ponto 3
para o 4. As fases deste universo são: a , +x e +y.

    Se fizermos a superposição destes diagramas acrescentando mais criações teremos a


representação gráfica da equação abaixo (Grande Equação da Substância)

  D= -¥ ..... -y ® -x ® g ® -x ® g ® b ® g ® b ® a ® b ®a ® +x ® a ... +¥

    Se retirarmos da figura acima os retornos (fases involutivas) obteremos uma espiral de
abertura constante. Assim,a progressão evolutiva é constante. As fases evolutivas superam as
involutivas e, em consequência, é fatal - em qualquer campo de atividade - a vitória das forças
construtivas sobre as forças destrutivas, embora momentaneamente possa nos parecer que o
caos prevalece no nosso universo.

    Para que possamos ter uma percepção "dinâmica" diagrama da Figura 4 de A Grande Síntese
veja a animação abaixo. Há 5 ciclos completos (5 criações) neste gráfico, mas poder-se-ia
desenvolvê-lo indefinidamente. animn2.gif
Comentários e Observações sobre o Cap. 26 de A Grande Síntese

ESTUDO DA TRAJETÓRIA TÍPICA DOS MOVIMENTOS FENOMÊNICOS

     Neste capítulo Ubaldi inicialmente esclarece a razão porque cada fase retorna ao ponto de
partida e porque repisamos, em cada fase, o mesmo caminho três vezes em direção evolutiva,
intercalado por dois percursos em sentido inverso. Como vimos no capítulo anterior a espiral
que abre e fecha sobre si mesma em cada criação revela esta estranha maneira da evolução
avançar dando três passos à frente e retornando dois. Para ficar bem claro, repetimos abaixo a
figura que já havíamos mostrado no capítulo 24:

     Nesta figura pode-se observar que qualquer fase é percorrida três vezes no sentido evolutivo e
duas vezes no sentido involutivo. Por exemplo, na figura acima as linhas em azul indicam o
sentido evolutivo da fase b e as linhas verdes o sentido involutivo. Os pontos M e N indicam
retornos ao ponto de partida P de b. O retorno nos mostra que toda a fase é cíclica. Da mesma
forma podemos concluir que o conjunto de todas as infinitas fases também é cíclico e deverá
retornar ao ponto onde iniciou o grande ciclo involutivo-evolutivo. Note que para se esgotar a
fase b é necessário percorrer três criações sucessivas b, c e d. Construção e destruição se
alternam .

    Este caminhar que retorna sobre si mesmo não é estéril, pois a linha do desenvolvimento da
evolução não é um ciclo fechado mas uma espiral de abertura constante como vimos no gráfico
da figura 4 d'A Grande Síntese. Embora o andamento de muitos fenômenos nos pareça
invariáveis, fechados numa interminável repetição cíclica, na realidade eles se abrem e se
transformam, escapando da nossa percepção imediata em conseqüência do seu lento
transformismo. Um exemplo evidente é o do transformismo geológico, cujo ciclo é mensurado
na escala de bilhões de anos. Devido a estes enormes espaços de tempo não conseguimos ver
os imensos e lentos movimentos transformistas do reino mineral. Já nos reinos vegetal e
animal há uma aceleração no ritmo evolutivo facilitando a nossa percepção do transformismo.
    Ubaldi apresenta vários exemplos que demonstram a universalidade deste esquema de
princípio único em que a espiral é a imagem exata da linha de transformismo de tudo que existe
no Universo, desde da matéria bruta até ao mundo moral e espiritual. No campo da matéria g
vemos o exemplo da materialização da espiral no caso das galáxias. É importante
compreendermos que esta espiral inicialmente se abre e depois de bilhões de anos se fecha e
redireciona a energia b concentrando-a e gerando novamente g. Após outro longo período b é
novamente reconstituída e não mais retornará a g. Este desenvolvimento pode ser resumido no
seguinte esquema (em azul na figura abaixo):

g ® b ® (-b) ® (-g ) ® g ® b
. O sinal negativo indica as fases de concentração.

    No campo da vida não se tem a imagem material de uma espiral mas o seu desenvolvimento
cinético. Assim o transformismo fenomênico é observado pela variação cíclica de seu potencial
energético entre fases de concentração e expansão, isto é, a oscilação entre as fases de energia
cinética e de energia potencial. Esta variação é observada na técnica da semente empregada
pelas forças evolutivas. Tudo na vida inicia de uma semente e se expande até um máximo e
depois volta a concentrar-se novamente na semente, constituindo um ciclo que sempre retorna
ao ponto de partida. Mas aqui surge a dúvida, pois o ciclo da semente ao fruto nos parece
fechado e sem saída. Onde podemos ver a abertura da espiral que produz o progresso? Ubaldi
nos explica que os avanços da evolução se dão no conjunto, assim, por exemplo, o inviolável
ciclo individual concorre para a evolução da espécie. O ciclo da vida celular concorre para o
desenvolvimento e evolução do organismo de que faz parte e a seguir, o ciclo de vida dos
organismos contribui para a evolução da humanidade. Eis aqui um ponto de difícil compreensão
para nós: Como explicar que ciclos invariáveis que sempre voltam ao ponto de partida podem
promover o avanço da espécie? E como entender porque os ciclos invariáveis das espécies
cooperam para evolução do gênero que as englobam? Se do nada, nada se cria, de onde, então,
apareceu esta qualidade adicional que faz o conjunto ser maior que as partes?

    Se lembrarmos que a origem de tudo que existe no nosso Universo é produto da queda de um
Sistema orgânico perfeito, cujas individualidades se pulverizaram num caótico Anti-Sistema,
ficará fácil a solução desta aparente contradição. Vemos então que a perfeição do Sistema está
na organização harmônica das individualidades no seio do Sistema. O que foi destruído pela
queda não foram as individualidades em si mas sim a associação entre elas. A perfeição
portanto está na organização. Assim podemos entender a evolução como uma reconstrução
deste Sistema original. Desta forma o que nos parece surgir do nada é apenas fruto de uma
reordenação dos componentes singulares de um organismo. A interação colaboracionista entre
os elementos singulares de um sistema orgânico forma uma imensa rede de ações e reações
colaboracionistas que potencializam o conjunto, explicando assim porque as qualidades do todo
são maiores que a soma das qualidades das partes. Compreende-se então que
Evolução=Unificação. Nada, portanto, se cria de novo, tudo já está predeterminado e contém
todas as condições essenciais a sua realização.

     Um ponto importante abordado por Ubaldi neste capítulo, é o da evolução darwiniana das
espécies. Segundo Ubaldi esta evolução não é linear, pois acontecem retornos involutivos.
Quando este fato for verificado pela ciência, acontecerá uma revolução na compreensão que
temos da ciência biológica. Até a própria evolução dos universos é desenvolvida oscilando entre
um máximo do qual não pode ultrapassar retornando posteriormente à fase germe. Isto significa
que a atual fase de expansão do nosso Universo será seguida por uma fase de contração que
novamente se expandirá em um máximo, maior que o anterior. Expansão e contração, diástole e
sístole, expiração e inspiração é o ritmo do todo. É possível até imaginarmos que não existiu
apenas um Big Bang e que eles acontecem periodicamente seguidos no fim de cada ciclo por um
Big Crunch.

     Qualquer ato humano é precedido por um pensamento que é o princípio, a origem ou causa
desta ação que por sua vez se condensará em um novo pensamento, síntese do aprendizado
realizado pela experiência. Este pensamento-síntese será o novo ponto de partida para uma nova
ação mais perfeita que a anterior. Ubaldi resume este tema com a afirmação: o pensamento
produz a ação e a ação produz o pensamento.

     Ubaldi mostra detalhadamente a seguir que o desenvolvimento das consciências individuais
segue a mesma linha dos movimentos fenomênicos representada pela espiral dupla e inversa.
Ele descreve este processo genético tomando a consciência juvenil como ponto de partida e
mostra o seu amadurecimento através do transformismo paulatino de uma consciência dinâmica
voltada para o exterior para uma consciência reflexiva interiorizada. Atingido este ponto a
consciência volta sobre si mesma e se fecha a ação e só retomará o ciclo na próxima encarnação
num nível mais alto.

     O capítulo conclui estendendo o exemplo anterior das consciências individuais para o das
consciências coletivas que obedecem ao mesmo esquema, mostrando que no ciclo das
civilizações ao se alcançar um máximo de esplendor possível, segue-se períodos de decadências
e mortes, renascimentos e recomeços. Assim, a crença de que a História se repete tem um
fundo de verdade. Mas, há uma diferença: o retorno nunca se dá exatamente no mesmo
ponto de partida e sim um pouco acima, pois - como vimos - a trajetória do fenômeno segue o
ritmo do desenvolvimento fenomênico de uma espiral que se abre e se fecha seguindo
períodos inversos de expansão e contração.

Comentários e Observações sobre o Cap. 27 de A Grande Síntese


SÍNTESE CÍCLICA - LEI DAS UNIDADES COLETIVAS E LEI DOS CICLOS
MÚLTIPLOS
     Como vimos anteriormente, se retirarmos as fases de retorno do diagrama da
trajetória típica dos Movimentos Fenomênicos, obteremos a figura de uma espiral de
abertura constante que revela a existência uma inflexível trajetória evolutiva
determinística, superpondo-se aos retornos involutivos produzidos pelo livre arbítrio
individual.

     Ubaldi introduz agora um novo conceito: A Lei das Unidades Coletivas. Já nos
referimos, de forma breve, sobre este tema ao falarmos sobre a constituição da matéria
nos comentários do capítulo 12. Sabemos que tudo é cíclico no Universo, assim o eixo
das ordenadas da figura 4 também deve ser obrigatoriamente curvo conforme
podemos representar na figura abaixo.
    Este eixo curvo nada mais é do que a voluta de uma espiral maior que engloba
numa fase maior as fases da espiral menor, ou seja, uma superfase de um Universo
maior que é o somatório das fases -x, g, b, a,+x .

    O Eixo das ordenadas desta segunda espiral é também uma das volutas de
outra espiral ainda maior (veja abaixo) e assim sucessivamente ad infinitum
     Da mesma forma o que vale no sentido crescente vale também no sentido
decrescente. Assim, a fase a na figura abaixo resume em sí fases de outra
espiral menor. Vemos assim que no Universo cada individuação resume em si
individuações menores. O maior é formado pelo menor. O pequeno organiza
no grande . Um exemplo concreto, bem vísivel para nós, desta tendência, é o
corpo humano que se organiza a partir das células que formam os tecidos e
estes os orgãos. Os orgãos compõem os sistemas e o conjunto de sistemas
formam o organismo humano. Temos assim a série das Unidades Coletivas em
que as menores unidades se organizam em unidades maiores.
    Podemo
s imaginar
agora que

complexidade pode
alcançar o Universo ao
compreendermos que cada
individualidade é
constituida por
individualidades menores
até o infinito negativo.
Suas trajetórias cíclicas
coordenam-se em
movimentos harmoniosos
sem que haja colisões entre
elas. Ficamos
maravilhados ao pensar na
imensa inteligência que
dirige este funcionamento
complexo que vai do átomo
aos Universos de
Universos, passando pelo
homem que é apenas um
grãozinho de areia no seio
de infinitos Universos.
Cada uma dessas trajetórias
se enreda com as outras
sem perder-se, repercute e
ecoa, sem no entanto,
confundir-se com elas.
Tudo é livre, mas guiado;
autônomo, mas
interdependente;
individualizado e definido
por si mesmo, mas colocado
no seu lugar, na devida
posição dentro da ordem
universal e em função dela.
(P. Ubaldi - A Técnica
Funcional da Lei de Deus)
ciclosmult.gif

RESUMO

    Neste capítulo tomamos conhecimento que o Universo é simples nos seus


fundamentos conceituais mas é complexo na sua organização. Esta
complexidade é produto da Lei das Unidades Coletivas cuja definição é:

Cada individualidade é composta de individualidades menores, que são


agregados de individualidades ainda menores, até o infinito negativo; por sua
vez, é elemento constitutivo de individualidades maiores, as quais são de
outras ainda maiores, até o infinito positivo

    A lei das Unidades Coletivas no seu aspecto dinâmico denomina-se Lei dos
Ciclos Múltiplos e é definida da seguinte forma por Ubaldi:

Cada ciclo é determinado pelo desenvolvimento de ciclos menores, que são a


resultante do desenvolvimento de ciclos ainda menores, até o infinito negativo;
por sua vez, é a determinante do desenvolvimento de ciclos maiores, que por
sua vez o são de ciclos ainda maiores, até o infinito positivo.

Comentários e Observações sobre o Cap. 28 de A Grande Síntese

O PROCESSO GENÉTICO DO COSMOS

    O conceito das Unidades múltiplas - resultado da ação da Lei das Unidades Coletivas - nos
conduz a idéia de que qualquer criação, seja ela simples ou complexa, não é linear, segue,
portanto, o esquema único da espiral com avanços e retornos periódicos. Desta forma podemos
inferir que o nosso Universo e Universos de Universos obedecem ao padrão de destruição e
reconstrução. A afirmação da ciência atual de que o Universo está em expansão deveria ser
complementada com a constatação de que periodicamente esta expansão se inverte em
contração. Ao "Big Bang" precede e segue um "Big Crunch" . Temos assim a imagem de um
universo oscilante entre dois estados. O ciclo de expansão supera em uma fase os ciclo de
contração. Há, portanto um avanço evolutivo constante, apesar dos recuos periódicos.

    Como tudo no Universo está sujeito a um mesmo esquema, qualquer ação criativa que
empreendermos terá seu melhor rendimento, com o mínimo esforço, através deste caminho
espiralado. É mais fácil e menos cansativo escalar uma montanha seguindo um caminho
espiralado do que avançar em linha reta diretamente para o topo. A espiral é portanto uma
imagem concreta da Lei do mínimo esforço.

    Na fase g (Matéria) do nosso universo os sistemas estelares que se organizam na forma de
galáxias espiraladas. Os sistemas planetários assumem também esta forma. Tem- se assim os
ciclos múltiplos nos quais os ciclos menores dos sistemas planetários formam os ciclos maiores
das galáxias e estas originam ciclos ainda maiores nos aglomerados de galáxias.

    Outro exemplo físico dos ciclos múltiplos apresentado por Ubaldi neste capítulo é o da
formação do ciclo maior da Dispersão das águas a partir do ciclo das águas. Este ciclo em
combinação com outros ciclos - como por exemplo o da desintegração da matéria por
radioatividade crescente - concorre para a formação do ciclo maior da destruição e morte do
planeta

    O encadeamento dos ciclos múltiplos unindo o mundo material ao mundo dinâmico e este ao
mundo do espírito é descrito de forma magistral por Ubaldi no livro A Descida dos Ideais :

    Massas de milhões de plantas cada dia, assimilando-a no seu organismo, transformam a


matéria prima inorgânica em material orgânico. Milhões de animais comendo-o e assimilando-
o, transformando-o assim em carne o levam a um nível mais alto. Milhões de seres humanos,
sem poder deter-se, para viver, devem ingerir cada dia montanhas de toneladas deste material
que plantas e animais lhe fornecem, transformando-o em substância ainda mais evoluída,
nervos e cérebro, produtores de dinamismo volitivo e mental. Gradualmente diminui a massa
da quantidade em favor da qualidade na qual ela se transforma, destilando e concentrando os
valores espalhados naquela quantidade. Para que serve esta contínua ingestão de matéria de
grau menos evoluído, colocada assim em circulação para cumprir funções cada vez mais
elevadas em organismos mais evoluídos? Começando pelas plantas assimiladoras do terreno, e
assim se elevando até ao homem, vemos que a matéria, do seu estado inorgânico passa através
de uma elaboração contínua, pela qual os átomos que a compõe, chegam ao estado orgânico da
vida, até ao nervoso e cerebral, no qual devem saber funcionar como elemento do instrumento
do pensamento; esses átomos dispõe-se a colaborar de mil maneiras e devem aprender muitas
coisas. Assistimos assim a uma espécie de curso de educação da matéria.

    Um ponto a salientar neste encadeamento dos ciclos múltiplos é que a medida que subimos
em direção evolutiva vemos que a estabilidade estática dos ciclos materiais se evoluem para o
equilíbrio instável dos ciclos dinâmicos e espirituais. É como o equilíbrio dinâmico do vôo. É
assim que, a partir do determinismo físico da matéria, chega-se - através do encadeamento dos
ciclos - à fluidez e à liberdade do pensamento. Isto nada mais é que o semiciclo evolutivo da
grande equação da substância que vimos no capítulo 9:  g ® b ® a .

Comentários e Observações sobre o Cap. 29 de A Grande Síntese

O UNIVERSO COMO ORGANISMO, MOVIMENTO E PRINCÍPIO

     Como vimos nos capítulos anteriores, o desenvolvimento dos conceitos básicos da grande
Lei que governa o nosso Universo demonstram que os seus fundamentos são simples, mas, ao
tomarmos conhecimento da Lei dos Ciclos Múltiplos aspecto dinâmico da Lei das Unidades
Coletivas, sentimos a imensa complexidade que pode alcançar o Todo.

    Para compatibilizar os conceitos com o nosso limitado entendimento, o autor foi


obrigado a apresentar uma síntese a duas dimensões, isto é, como um corte transversal
de uma realidade tridimensional. O diagrama em forma de espiral da trajetória dos
movimentos fenomênicos deveria na realidade ter ser sido apresentado na forma
esférica, isto é como um helicóide (vórtice).

    Pela figura abaixo podemos ter uma pálida idéia da complexidade da lei dos ciclos
múltiplos (na realidade são vórtices), do entrelaçamento de seus movimentos que não se
misturam, nem se entrechocam. Cada vórtice tem o seu ritmo próprio e segue seu
caminho independente dos outros mas, ao mesmo tempo, em harmonia com outros
vórtices desenvolvem vórtices maiores

    É preciso salientar que comumente isolamos cada um dos três aspectos, material, dinâmico e
conceitual, da nossa realidade. Por esta razão não conseguimos enxergar a imensa
complexidade que existe nas coisas, não vemos a organicidade que as unificam.
    Essa tendência a unificação é universal, fruto da ação do princípio das unidades coletivas (no
aspecto material) e do princípio dos ciclos múltiplos (nos aspectos dinâmico e conceitual). Por
este motivo não se encontram na natureza corpos simples isolados. Sempre encontramos
unidades múltiplas em qualquer fase. Nestas unidades maiores sobressai a especialização dos
componentes singulares, embora prevaleça as características unitárias do todo. Unidade que é
simbolizada na concentricidade das volutas da espiral em torno de um centro, no caso da espiral
planar, ou em torno de um eixo na visão tridimensional do vórtice.

    Quando se fala de organismo é necessário evidenciar o caráter hierárquico de sua estrutura,


pois, sem este ordenamento ele não seria um organismo mas apenas um amontoado incoerente
de partes justapostas. A hierarquia estabelece as relações de coordenação entre os componentes
singulares. Embora, na comum mentalidade humana, o conceito de hierarquia seja entendido
apenas no sentido restrito da relação comando-obediência, existe, no entanto, uma graduação de
seres situados em diferentes níveis evolutivos, conseqüência da maior ou menor consciência que
cada individuação tem do todo.

    Por força da evolução este sistema hierarquizado não é estático, há movimento como nos
sugere o dinamismo implícito na imagem da espiral ou do vórtice. Hoje vivemos limitados pelos
nossos sentidos, que são adstritos as dimensões do nosso Universo. Mas, a evolução superará
estas restrições e alcançaremos novos sentidos que nos levarão a universos seqüenciais ao
nosso, onde a limitação tempo-espacial não existe mais. São universos superpsíquicos nos quais
não há restrições ao concebível.

    Ainda que não saibamos, somos células de formadoras de ciclos maiores que o da vida
humana e, participamos do funcionamento e da evolução do Universo.

    Nosso universo emergiu de um universo inferior e caminha para universos superiores. Desta
forma existem universos que antecedem e universos que seguem ao nosso. Podemos, baseados
no gráfico da figura 2 de A Grande Síntese e, em outras descrições de Ubaldi, elaborar um
quadro, embora incompleto, da seqüência dos universos mais próximos do nosso. Na tabela
abaixo, construida de acordo com a figura citada, o nosso universo é o Universo C. Note-se que
em harmonia com o principio da Trindade da Substância os universos também se agrupam de
forma ternária. São os Superuniversos que denominamos de:

1- CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO MATERIAL


2 - CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO CONCEPTUAL
3 - CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Classe Dimensão
Superuniversos Universos Fases
Dimensional Específica

CONJUNTO DE ? ? ?
UNIVERSOS
UNIVERSO
DE ? ? ?
?
DESENVOLVIMENTO
MATERIAL ? ? ?
(Superuniverso Material)
UNIVERSO ? ? ?
?
-y 1ª dimensão linha
espacial

2ª dimensão
-x superfície
espacial

1ª dimensão
-y linha
espacial

UNIVERSO 2ª dimensão
-x superfície
A espacial

3ª dimensão
g volume
espacial

2ª dimensão
-x superfície
espacial

UNIVERSO 3ª dimensão
g volume
B espacial

1ª dimensão
b tempo
conceptual

3ª dimensão
CONJUNTO DE g volume
espacial
UNIVERSOS
DE
UNIVERSO 1ª dimensão
DESENVOLVIMENTO b tempo
C conceptual
CONCEPTUAL
(Superuniverso
2ª dimensão
Conceptual) a consciência
conceptual

1ª dimensão
b tempo
conceptual

UNIVERSO 2ª dimensão
a consciência
D conceptual

3ª dimensão
+x superconsciência
conceptual

CONJUNTO DE UNIVERSO a 2ª dimensão consciência


UNIVERSOS E conceptual
3ª dimensão
+x superconsciência
conceptual

1ª dimensão hiper-
+y ?
conceptual

3ª dimensão
+x superconsciência
conceptual

UNIVERSO 1ª dimensão hiper-


DE +y ?
F conceptual
DESENVOLVIMENTO
ESPIRITUAL
2ª dimensão hiper-
(Superuniverso Espiritual) +z ?
conceptual

1ª dimensão hiper-
+y ?
conceptual

UNIVERSO 2ª dimensão hiper-


+z ?
G conceptual

3ª dimensão hiper-
? ?
conceptual

    No quadro acima vemos que o produto máximo do desenvolvimento de cada superuniverso
são os seguintes:

1 - Superuniverso Material: matéria g cuja dimensão é o volume


2 - Superuniverso Conceptual: superconsciência +x cuja dimensão é a superconsciência
(intuição)
3 - Superuniverso Espiritual: (desconhecido) cuja dimensão é a consciência mistica unitária
(veja o livro Ascese Mística)

    Segundo Ubaldi, o princípio único que mantém unidos e compactos os organismos, toma as
seguintes formas adaptadas à substância em que se revela nestes superuniversos:

1 - Superuniverso de desenvolvimento Material: coesão


2 - Superuniverso de desenvolvimento Conceptual: atração (simpatia)
3 - Superuniverso de desenvolvimento Espiritual: amor

    Estes universos não são compartimentos estanques, eles se interpenetram, cada novo universo
repete no seu início as últimas fases do universo precedente. Há, portanto, um ritmo e uma
continuidade no processo evolutivo. Mas, é necessário compreender, como nos informa Ubaldi,
que há contigüidade destes Universos, mas não em sentido espacial, mas de afinidade, de
semelhança de caracteres, de comunhão de qualidades, de trabalho...
    No caso particular do nosso Universo (Universo C da tabela) a substância assume três
aspectos: Estático, Dinâmico e Mecânico(1). Estes aspectos nos mostram que o nosso universo
é simultaneamente organismo, movimento e princípio:" Os seres existem como individuações;
movem-se segundo a evolução, seguindo o princípio que os rege" Desta forma, fica evidenciado
que o princípio é mais importante que o movimento pois o guia. Por sua vez o movimento vale
mais que a forma pois, a move e a transforma.

    O princípio por superar os outros aspectos contém em si, de forma embrionária, todas as
formas antes do surgimento destas. Por este raciocínio, percebe-se que nenhuma coisa ou
fenômeno surge do nada pois já preexiste no estado de princípio. Em conseqüência podemos
concluir que não existe o nada absoluto, pois qualquer coisa que surge ou transforma já estava à
espera na forma de germe. É semelhante a Teoria das Idéias de Platão (427AC - 347AC).
Segundo esta teoria, as idéias são realidades objetivas, modelos e arquétipos eternos de que as
coisas visíveis são cópias imperfeitas e fugazes . Platão, porém, não desenvolveu o conceito de
evolução e nem explicou o paradoxo porque as coisas são imperfeitas no nosso universo.
Universo que foi criado por uma Entidade infinitamente perfeita e que, portanto, não poderia
gerar a imperfeição, pois não tem em si a semente da imperfeição. Ubaldi, entretanto, expôs nos
livros Deus e Universo e O Sistema a explicação para esta aparente contradição através da
Teoria da Queda.

    Como tudo é individuado no Universo, cada coisa já contém em si aquilo que deverá atingir
(O tipo preexiste ao ser que o atravessa,). Desta modo, passado, presente e futuro são posições
relativas à situação hierárquica do ser na escala evolutiva do Todo. Como tudo já preexiste na
forma de princípios, o que é futuro para um determinado nível evolutivo é passado para seres
situados em níveis mais altos. Muitos podem estar perguntado como conciliar o livre arbítrio
que cada ser parece possuir com este inexorável determinismo dos processos evolutivos. Este
tema será amplamente desenvolvido por Ubaldi em capítulos posteriores e mais extensamente
nos livros Problemas do Futuro (Cap. 8), Deus e Universo e O Sistema. Mas para que o leitor já
tenha uma idéia de como Ubaldi resolverá esta oposição entre estas posições contraditórias, as
citações a seguir nos esclarecem:

    Eis que em todo caso o livre-arbítrio, está fechado num determinismo macroscópico que
aparece imediatamente logo que se suba das pequenas diferenças individuais até colher as
características comuns que reúnem em uma só lei todos os elementos componentes. Ela é a LEI
DOS GRANDES NÚMEROS, própria da massa e não do indivíduo, revelada estatisticamente.
Assim se explica como, sob o determinismo da velha Física Mecanicista Clássica, se esconde
uma APARENTE livre desordem (P. Ubaldi - Problemas do Futuro)
    A liberdade está sempre enquadrada no determinismo da unidade superior, e que é livre
somente enquanto é elemento inferior componente de uma outra unidade superior que,
relativamente ao inferior é sempre determinista. Assim em toda UNIFICAÇÃO se verifica uma
reordenação determinista.(P. Ubaldi - Problemas do Futuro).

    Assim, o livre-arbítrio explica porque na visão bíblica da Escada de Jacó, os seres sobem e
descem e porque no gráfico da espiral há os períodos de retorno involutivo. A evolução caminha
tortuosamente por respeitar o livre-arbítrio da criatura. As forças evolutivas através de uma
sábia coordenação de impulsos contrários, por imperceptíveis gradações, faz com que o
conjunto avance progressivamente. É por esta razão que a intuição popular captando
inconscientemente este fato se expressou pela máxima: "Deus escreve certo por linhas tortas".
Também o pensamento racional humano alcançou esta compreensão ao criar o princípio da
Dialética definido por Hegel como a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são
identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede pela união
incessante de contrários - tese e antítese - numa categoria superior, a síntese.
    O progresso evolutivo dá-se, portanto, em função da unificação orgânica das
singularidades fenomênicas em unidades maiores pela ação da Lei das Unidades
Coletivas cujo motor é a interação dinâmica entre impulsos opostos. É por isso que no
nosso mundo tudo funciona num eterno ciclo criativo/destrutivo. Vida e Morte se
alternam, mas tudo evolui.

Comentários e Observações sobre o Cap. 30 de A Grande Síntese

PALINGENESIA

     Palingenesia significa novo nascimento, recriação, regeneração. Palingenesia vem de duas palavras gregas:
Palin, de novo, gênese, nascimento. No nosso mundo vemos as coisas nascerem e transformarem e por isso
acreditamos que isto possa acontecer também no absoluto, isto é, cremos que Deus possa criar fora de si,
acrescentando algo a si mesmo. Se pensarmos com mais cuidado veremos que esta crença é absurda. Deus por
definição é um ser infinito em todos seus atributos, logo nada Lhe pode ser acrescentado. É por esta razão que os
teólogos se referem a Deus sempre no presente: Deus É. Nunca se pode dizer Deus foi ou será.

    No absoluto não existe tempo nem movimento ou transformação como concebemos no nosso mundo relativo.
Medir Deus com a nossa pobre razão seria como uma gota d'água conter em si todo o imenso oceano. Assim,
transferirmos nossos limitados conceitos para a Divindade, acreditamos que os pálidos reflexos luminosos de
nosso mundo possa ofuscar a deslumbrante luz de um Sol infinito.

    Medir é comparar duas coisas ou objetos, o que mostra o caráter dualístico do ato de medir. O absoluto é uno e,
portanto, não há como ser medido. Desta forma começamos a compreender que não pode haver o aparecimento
de uma coisa absolutamente nova no seio de um Sistema perfeito, se isto acontecesse o Sistema não seria perfeito
e significaria um arrependimento e um refazimento da perfeição, o que seria um contra-senso, um disparate. É por
esta razão que Ubaldi afirma: Sobrenatural e milagre são conceitos absurdos diante do absoluto.

    O conceito de milagre traz em si a idéia de superamento de leis e princípios que regem nosso universo. O
absoluto é imóvel em relação ao espaço e ao tempo, assim, a idéia do "novo", do superamento de princípios só
existe no relativo. Princípios que julgamos terem sido superados são apenas um mero artigo de uma lei mais vasta
e mais perfeita. Estes superamentos podem ser entendidos como uma progressiva aproximação da compreensão
de uma lei mais completa. Como o conhecimento absoluto é infinito sempre existirá à nossa frente um campo
inexplorado, por mais que se alargue nossa percepção dos pormenores desta Lei maior,

    Estas constatações nos levam a conclusão de que a nossa compreensão da essência da Divindade será sempre
infinitamente aquém da sua verdadeira realidade. Desta forma o conceito definido pela palavra Palingenesia é
aplicável somente ao nosso mundo relativo. Deus é imutável, não está, portanto, sujeito a retornos, a renascimento
ou a qualquer mudança na sua essência.

    A concepção humana de criação está vinculada ao esquema dualístico que rege o nosso universo decaído. É,
portanto, uma criação exterior que resulta na separação entre o agente criador e o objeto de sua criação. Deus
como é o Todo, não pode criar fora de si. O que plasma o mundo é uma realidade interior (imanência Divina) e
não as perecíveis criações materiais humanas, cujas decadências e extinções periódicas podemos observar ao
longo da história das civilizações humanas.

    Mas, no meio de tanta destruição material, permanece as conquistas espirituais da ética e da ciência em virtude
da imanência Divina no nosso mundo. É sobre estas bases imateriais que são construídas as novas civilizações,
mais perfeitas que as anteriores. As conquistas espirituais não se perdem como acontece com as materiais. É por
esta razão que Ubaldi afirmou:
O que é sólido não é o concreto, como se crê, mas o abstrato. O espiritual, porque se encontra em cima,
subtrai-se ao vórtice do transformismo que tudo arrasta. (Pietro Ubaldi - Um Destino Seguindo Cristo).

Comentários e Observações sobre o Cap. 31 de A Grande Síntese


SIGNIFICADO TELEOLÓGICO DO TRATADO - PESQUISA POR
INTUIÇÃO

     Após a demonstração, ocorrida nos capítulos anteriores, do Princípio Único que
abrange e domina toda a fenomenologia universal, o autor nos conclama a uma tomada
de posição em relação à existência ou não desta Lei única. Admitida a sua existência,
não poderíamos deixar de concluir que há continuidade na atuação desta Lei nos
fenômenos que ainda escapam ao nosso entendimento, o que demonstrará a existência
de uma lógica comum no desenvolvimento de qualquer fenômeno, conhecido ou
desconhecido pela atual ciência humana. A nossa percepção dos fatos é limitada pela
estrutura físio-dinâmica-psíquica do nosso universo, assim, a aparente descontinuidade
lógica existente entre os fenômenos materiais e espirituais, subsiste apenas nos estreitos
limites da nossa mente.

    Reconhecida a coerência no emprego do mesmo processo lógico nos acontecimentos


de ordem moral, fica evidente a existência de regras incondicionais de conduta ética
semelhantes às inflexíveis leis físicas. Quando se estabelecem leis, princípios ou regras
busca-se uma finalidade comum para todas as coisas (Teleologia), deste modo a
existência da Lei Única determina obrigatoriamente um objetivo comum a todos
processos fenomênicos. Há, portanto, um finalismo na determinação de qualquer
fenômeno natural.

    A Teleologia Ubaldiana fundamentada pela Lei Única tem, portanto, um


telefinalismo único para todas as coisas. Esta concepção harmoniza com a idéia do
Monismo, pensamento central da filosofia de Ubaldi. Como o Monismo significa a
unidade da criação, haverá, em conseqüência, um destino único para a evolução dos
seres, ou seja, a unificação final num sistema orgânico. Assim, é um contra-senso
considerar a existência de fenômenos isolados da Lei do Todo, pois tudo é organismo.
Por fazer parte do Todo, a coletividade humana é, por conseguinte, submetida a esta
Lei, não podendo, portanto, conforme afirma Ubaldi, isolar-se em seu egoísmo.

    Perante esta Lei Única não se justifica as divisões ideológicas entre Materialismo e
Espiritualismo que são, segundo Ubaldi, divergências transitórias que serão superadas
na síntese entre ciência e fé. Os primeiros passos desta síntese são as revelações trazidas
por este livro. A origem transcendente desta síntese é reafirmada aqui e, não poderia ser
de outra forma, pois, como dissemos nos comentários do capítulo 5, a causa desta nossa
incapacidade em ver toda esta rede de caminhos que convergem para a unificação, está
na limitação de nossa mente racional que só raciocina por meio do contraste de idéias,
como se as coisas existissem de per si, sem a obrigatoriedade de serem parte de um
todo orgânico maior. Desta forma não conseguimos ir além das diferenças, não vemos
o fundo comum que unifica o universo.

    Para tornar esta síntese de origem transcendente, inteligível à nossa mente racional,
Ubaldi realizou um difícil e árduo trabalho de adaptação. Embora ele sempre afirmasse,
por modéstia e humildade, que foi apenas um instrumento para recepção da obra,
diminuindo o seu trabalho para exaltar apenas a fonte emissora, ele tinha, no entanto,
que estar apto para compreender estes elevados conceitos abstratos afim de traduzí-los
para uma linguagem compreensível ao nosso entendimento. Para compreendermos que
é necessário que o instrumento tenha alcançado um alto grau de evolução espiritual para
realizar esta monumental tarefa, citaremos uma frase do próprio Ubaldi: O que vemos
não depende somente do objeto observado, mas dos olhos que usamos para observá-lo.
assim, é necessário ter "olhos espirituais", isto é, ter desenvolvido a capacidade intuitiva
que o tornou capaz a receber e interpretar esta revelação.

    O ponto de partida de qualquer conceito científico é sempre fixado em relação às


dimensões do nosso universo relativo que é delimitado por dimensões espaço-
temporais. Como ficou evidente com o surgimento da teoria da relatividade de Einstein,
o espaço e o tempo absolutos não existem e, assim, os pontos fixos que estabelecemos
como pontos de partida para as nossas teorias não são imóveis. Desta forma a nossa
visão do mundo está sempre em mutação. Vemos apenas o fluir do rio da evolução, mas
não vemos para onde ele se dirige, pois estamos mergulhados no seio desta corrente e
não conseguimos ver além do trecho que estamos percorrendo. Somente um olhar
abrangente situado acima das contingências humanas poderia ter enxergado o princípio
único que norteia todo o processo evolutivo e o significado teleológico da existência.

    Uma visão desta natureza só podia se originar de um plano mental superior, onde as
sufocantes barreiras do espaço e do tempo já foram superadas pela dimensão intuitiva do
superconsciente. O autor conclui esclarecendo que não é somente pelo poder da mente que
se alcança à faculdade da intuição, é necessário, também, a sublimação paralela dos
sentimentos, fato que já havíamos comentado no capítulo 2.

Comentários e Observações sobre o Cap. 32 de A Grande Síntese

GÊNESE DO UNIVERSO ESTELAR - AS NEBULOSAS - ASTROQUÍMICA E


ESPECTROSCOPIA

     Em harmonia com a teoria que vem desenvolvendo nos capítulos anteriores, o autor ao
retomar o estudo sobre a matéria g, obedece a trajetória típica dos movimentos fenomênicos
com retornos periódicos ao ponto de partida. Mas este retorno dá-se um pouco acima do ponto
inicial do ciclo anterior. No capítulo 10, onde abordou pela primeira vez este tema, Ubaldi
começa pelo microcosmo da matéria, ou seja, o átomo. Aqui retoma o assunto no seu aspecto
macrocósmico, isto é, pelo estudo do universo estelar: O ciclo volta sobre si mesmo, mas
sempre com pequeno deslocamento progressivo de todo o sistema.

    O estudo anterior focou-se no nascimento e morte da matéria, isto é, na evolução dinâmica da
matéria desde de sua origem por concentração da energia até seu desaparecimento por ação da
radioatividade. O modelo cêntrico-giratório do átomo se repete em escala astronômica nos
sistemas solares e no movimento geral das estrelas em torno da galáxia, de acordo com as leis
de movimento de Kepler. Jan Heindrik Oort (1900-1992) demonstrou que o Sol revolve em
torno do centro da nossa galáxia com uma velocidade de 220 km/s, completando uma volta a
cada 250 milhões de anos. O movimento da Terra em torno do sol que desloca em direção a
constelação de Hércules pode ser representado por uma espiral conforme o esquema abaixo:
    As galáxias em harmonia com esta lei de desenvolvimento cíclico assumem a forma
espiralada como se pode ver no vórtice das nebulosas. A nossa galáxia, a Via Láctea, é o
exemplo que Ubaldi emprega para mostrar o princípio da espiral na organização do cosmo.

    Ubaldi afirma neste capítulo:Todo o vosso universo físico é constituído pela Via Láctea, um
sistema completo e limitado, a cujo diâmetro podeis dar o valor de cerca de meio milhão de
anos-luz. Esta afirmação tem causado estranheza à muita gente, pois sabemos que a Via Láctea
é apenas um Universo-ilha entre bilhões de outros e, portanto, a expressão Todo o vosso
universo físico nos parece equivocada. Também é motivo de dúvida a afirmação de que o
diâmetro da Via Láctea é de meio milhão de anos-luz, o que contraria a hipótese, aceita pela
maioria dos astrônomos, que estabelece o diâmetro de apenas 100.000 anos-luz para a nossa
galáxia.

    Estaria Ubaldi errado? Como explicar esta discrepância? Afinal de contas A Grande Síntese,
é um livro construído através do método da intuição. A intuição sobrepõe a razão, pois vê tudo
globalmente e instantaneamente. Creio que sempre superestimamos os conhecimentos
científicos, esquecendo que as verdades da ciência nunca foram absolutas. O campo de atuação
da Ciência é o relativo e por isso mesmo ela está sempre superando as suas últimas conquistas,
o que exige que nos abstenhamos de tomá-las como definitivas. Já Ubaldi inspirado por uma
alta Corrente de Pensamento (Noúre) que está além do espaço e do tempo, pôde ver de uma
maneira intuitiva, instantânea e global a essência das coisas. É por isso que afirma no início
deste capitulo: "Minha consciência volumétrica - isto é, de terceira dimensão - num plano
superior à vossa, de superfície (segunda dimensão), como vos explicarei, vejo por síntese, ao
passo que vós vedes por análise. O finito, de que sois feitos, justifica esses retornos, a que sois
obrigados, para examinar sucessivamente a realidade em seus aspectos, que nós vemos em
síntese, a fim de penetrar, por degraus, além da forma que está na superfície e recobre a
essência que está na profundidade."

    Assim, creio eu, não há possibilidade da existência de erros na obra. A primeira dúvida é logo
dissipada ao examinarmos com mais cuidado o texto. Quando ele afirma que " Todo o vosso
universo físico é constituído pela Via Láctea, um sistema completo e limitado..." não tinha a
intenção de se referir a todo o cosmo. Ao dizer: o vosso universo físico... se referia ao universo
que nos toca de perto: a Via Láctea. Mais adiante ele deixa patente o significado que deu a
palavra universo: "Fisicamente, o vórtice de vosso universo é apenas um, da infinita série de
vórtices ou nebulosas em processo de desenvolvimento ou de involução; eles combinam-se com
este num vórtice ainda maior, até o infinito. Não podeis vê-los todos, porque não têm a
vibração da luz".

     Hoje, muitas instituições científicas já admitem um valor maior para o diâmetro da Via
Láctea. Segundo o PERTH OBSERVATORY (http://www.wa.gov.au/perthobs/hpc2mil.htm) a
Via Láctea tem as seguintes características:

A Galáxia tem 4 partes principais:

a. O núcleo saliente: a galáxia tem um núcleo saliente semelhante a uma panqueca com
uma saliência no centro. Este núcleo tem um raio de cerca de 16.000 anos luz e
contém principalmente estrelas velhas, gás e poeira interestelar .
b. O disco galáctico: a parte da panqueca fora da saliência, estendendo até cerca de
50.000 anos luz do centro. O disco contém as estrelas jovens e mais gás e poeira
interestelar .

c. O halo – uma região esférica em torno do disco com um raio de aproximadamente


65.000 anos luz. O halo contém estrelas antigas, grupo de estrelas globulares, e uma
fina camada de gás e poeira interestelar .

d. A coroa galáctica – uma enorme espécie de halo que tem uma extensão de cerca de
300.000 anos luz de raio. Acredita-se agora que a coroa contém a maior parte da
massa galáctica.

    Desta forma tem-se: 300.000 anos luz de RAIO. Logo o DIÂMETRO seria: 600.000 anos
luz. Se considerarmos que a medida da coroa está superestimada em cerca de 15% em função da
tênue densidade de massa nesta região, chega-se facilmente aos 500.000 anos luz .

    No site Institute for Astronomy da Universidade do Hawai


( http://www.ifa.hawaii.edu/~sanders/Lecture24_p1_f01.pdf) encontramos:
Coroa Galáctica - Até recentemente. esta parte da nossa Galáxia era inteiramente
desconhecida. Novas descobertas mostram que o diâmetro de nossa Galáxia pode estender-se
até 200 kpc (625.000 anos-luz) ou aproximadamente 5 vezes o diâmetro do disco visível. A
Coroa Galática pode conter até 10 vezes mais massa do que todas as outras partes juntas. Até
muito recentemente a natureza desta matéria escura era desconhecida. A recente descoberta de
que as partículas de neutrino pode ter massa reforçou a idéia que muito desta matéria escura
pode ser constituída de neutrinos.

    Mais informações sobre a matéria escura poderá ser encontrada no site da University of
California, San Diego - UCSD ( http://ucsdnews.ucsd.edu/newsrel/science/mcdark.htm)

    Ubaldi descreve aqui a aplicação da Lei das Unidades Múltiplas no aglomerado estrelar No
seu aspecto dinâmico esta lei define o processo de transformação evolutivo. Cada ciclo é
produto de ciclos menores e participa por seu turno de ciclos maiores: "Cada ciclo é
determinado pelo desenvolvimento de ciclos menores, que são a resultante do desenvolvimento
de ciclos ainda menores, até o infinito negativo; por sua vez, é a determinante do
desenvolvimento de ciclos maiores, que por sua vez o são de ciclos ainda maiores, até o infinito
positivo". Assim, a nebulosas menores (o sistema solar é uma nebulosa menor que chegou a
maturidade) por ação da Lei das Unidades Coletivas formam o vórtice da nebulosa maior: a Via
Láctea.

    Assim não é de estranhar quando se fala em supergaláxia, que na realidade é uma unidade
maior formada por outras menores. Dependendo do ponto de vista, o observador pode enxergar
um aglomerado singular e não ver a sua interação com outros aglomerados, concluindo
erradamente que é uma entidade isolada das outras. Os movimentos galácticos são tão amplos
que fica impossível a percepção dos movimentos de rotação entre as galáxias. Embaraçados
pelas enormes distancias cósmicas entre os corpos estelares, não conseguimos ver os imensos e
lentos movimentos intergalácticos. Fica evidente que num Universo - que é constituindo por um
Todo orgânico que se reduz a um monismo universal - não podem existir universos-ilhas
isolados.

    A figura abaixo descreve graficamente a seguinte afirmativa de Ubaldi: é no plano equatorial
da Via Láctea que se comprimem os amontoados das estrelas, enquanto nos pólos a matéria
está em estado de rarefação:
    O seguinte texto, deste capítulo, causa estranheza a muita gente: O sistema solar está situado
mais para o centro da espiral, centro que lhe fica de lado, no plano de achatamento e do
desenvolvimento do vórtice. Dá a impressão que Ubaldi afirma que o sistema solar está no
centro da galáxia, fato que contraria a noção de que o sol se encontra na periferia do disco
galáctico. O que Ubaldi afirma é que "o sistema solar está situado mais para o centro da
espiral..." Mas o equívoco fica evidente se considerarmos que o diâmetro da galáxia tem
500.000 anos- luz e o sol está situado a 30.000 anos-luz do centro significando que está mais
próximo do centro do que da periferia da coroa, pois do centro a periferia a distância é de
250.000 anos-luz e em conseqüência a distância do sistema solar à periferia será de 220.000
anos-luz. Portanto, em relação ao disco galáctico o sol fica na periferia mas, em relação a coroa
galáctica fica mais para o centro.

    Ao comentar sobre a espectroscopia das estrelas, Ubaldi nos surpreende com outras
revelações que subverte alguns conceitos científicos tidos como indiscutíveis. O primeiro é o da
existência real de um novo elemento químico denominado nebúlio. Embora a ciência há muito
tempo já o tenha detectado ao descobrir linhas desconhecidas no espectro de algumas nebulosas
e, no início, acreditou tratar-se de um novo elemento, porém, a ciência atual reviu sua posição,
baseando-se na teoria de Ira S. Bowen que afirma tratar-se de um elemento já conhecido, o
oxigênio, altamente ionizado com a perda de dois elétrons. Mas, a ciência experimental, apesar
de ter conseguido remover dois elétrons de um átomo de oxigênio e assim obter um átomo de
nebúlio, não conseguiu, no laboratório, que este átomo emita a luz do nebúlio. Assim, a
controvérsia permanece, embora, a maioria dos cientistas não admitam a existência do nebúlio
como um novo elemento químico. Quem se interessar em pesquisar sobre o nebúlio na Internet,
basta digitar a palavra "nebulium" num site de busca que encontrará dezenas de artigos sobre
este tema.

    A segunda trata-se da classificação das estrelas pela constituição química e temperatura.
Ubaldi além de acrescentar as estrelas de nebúlio, colocando-as na seqüência de estrelas como
as mais quentes e em seguida coloca as estrelas de hélio e só depois as de hidrogênio,
invertendo a precedência do hidrogênio sobre o hélio. Esta classificação aparentemente
invertida perturbou a compreensão de muita gente pois o hidrogênio vem antes do hélio na
Tabela Periódica.

    Uma explicação possível para esta inversão da precedência das estrelas de hélio sobre a
estrelas de hidrogênio seria devido ao fenômeno da fusão nuclear. Para se realizar uma reação
de fusão nuclear é necessário uma temperatura da ordem de cem milhões de graus centígrados e,
como as estrelas mais jovens fornecem a condição de altas temperaturas, as reações de fusão
acontecem primeiramente, formando um núcleo de hélio a partir de 4 prótons com a liberação
de uma colossal quantidade de energia. Com o esfriamento paulatino da estrela torna-se mais
difícil o acontecer as reações de fusão e vão surgindo assim as estrelas de hidrogênio.
    Na tabela da Universidade de Harward que apresentamos abaixo, evidencia-se a
precedência das estrelas de Hélio (He) sobre as de Hidrogênio (H) na seqüência apresentada na
última coluna (Constituição Química). Assim, nas estrelas mais quentes o elemento Hélio (He)
predomina sobre o Hidrogênio (H), como previu Ubaldi. As estrelas do tipo espectral W (Wolf-
Rayet) são estrelas muito luminosas, incrivelmente quentes, são mais quentes que as do tipo O
e provavelmente são as estrelas de nebúlio, embora a ciência ainda não afirme nada sobre isto.
O que nos leva a esta afirmação é o fato de que suas temperaturas chegam até 250.000K e de
terem a forma nebulosa e comportamento semelhante ao das nebulosas que as originaram
conforme podemos ver na foto abaixo. Por esta razão perdem muita massa sob a forma de fortes
ventos solares: mais de metade da massa da estrela pode assim dispersar-se pelo espaço. O que
confirma a asseveração de Ubaldi sobre as estrelas de nebúlio: A matéria está no estado gasoso,
a massa estelar é uma nebulosa ainda no seu início. Estas são as estrelas mais jovens, de cor
prevalentemente azul, e representam a fase inicial da evolução sideral do vórtice galáctico.

    A tabela comprova a seqüência na constituição química, temperatura, condensação e idade


apresentada, por Ubaldi, no texto do capítulo 32.

CLASSIFICAÇÃO ESPECTRAL DAS ESTRELAS - UNIVERSIDADE DE HARWARD

Tipo Temperatura
Exemplo Cor Constituição Química
Espectral Efetiva

• Linhas de emissão
de Hélio (He) ionizado
W - - -

• são as chamadas
Estrelas Wolf-Rayet
• Tanto linhas de emissão
como de absorção

branco- • Hélio (He) ionizado


O ζPuppis azuladas, 50000 K
muito quentes • He neutro

• H fraco (H neutro)

• Metais ionizados
• He neutro são as
linhas mais proeminentes

• H mais forte
as linhas de Balmer do H
são
branco- mais fortes e aumentam em
B Rigel, γLyrae 25000 K intensidade continuamente
azuladas
• linhas do He ionizado
desaparecem depois
do tipo espectral B3

• metais ionizados
começam
a mostrar suas linhas
• as linhas de Balmer do
H alcançam sua
intensidade máxima e
dominam

• linhas de He
A Sirius, Vega branca 11000 K neutro desaparecem

• metais ionizados uma


única
vez: as intensidades das
linhas de metais ionizados,
particularmente CaII, estão
aumentando
F Canopus, branco- 7600 K • H mais fraco;
Procyon amarelada as linhas do H
ainda são importantes
mas suaintensidade
está diminuindo

• linhas do Ca
são importantes
• metais ionizados uma
única vez ou neutros:
a intensidade das linhas de
metais está aumentando
• Ca ionizado uma única
vez muito
proeminente: no tipo
espectral
G0, as linhas H e K do cálcio

ionizado, CaII, são


dominantes

• H mais fraco: as linhas do


G Sol, Capella amarela 6000 K H
diminuem muito em
intensidade

• metais neutros: as linhas


metálicas dominam

•as linhas do ferro


também são fortes

• certas bandas moleculares

(CH e CN) se tornam


visíveis
• metais neutros:
algumas linhas metálicas
neutras se tornam fortes

•as linhas do H ficam


cada vez mais fracas

Arcturus, •as linhas H e K do Ca


K alaranjadas 5100 K ionizado,
Aldebaran
CaII, aingem a sua
intensidade
máxima no tipo espectral
K2

•aparecem bandas
moleculares:
as bandas CH e CN
aumentam em intensidade
M Betelgeuse, vermelha 3600 K (M0); • bandas de óxido de
Antares 3000 K (M5) titânio,
TiO, dominam o espectro

•metais neutros
• bandas muito fortes de
CN, CH
e C2 com intensidade
R     3000 K crescente

•metais neutros

•também são chamadas de


estrelas de carbono
• bandas muito fortes de
CN,
CH e C2 com
N     3000 K intensidade decrescente

•metais neutros

•também são chamadas de


estrelas de carbono
• óxido de zircônio

• metais neutros
S     3000 K
• diferem das estrelas M
no fato de que elas tem
fortes bandas de óxido de
zircônio, ZrO, em vez das
bandas de óxido de titânio

Comentários e Observações sobre o Cap. 33 de A Grande Síntese

LIMITES ESPACIAIS E LIMITES EVOLUTIVOS DO UNIVERSO

     Como vimos nos capítulos anteriores o nosso Universo tem uma estrutura trifásica, ou seja, é
tridimensional. Existe uma hierarquia entre as dimensões espaço, tempo e consciência que
marcam estas fases, assim, a consciência supera o tempo pois podemos pensar em termos de
passado, presente e futuro e o tempo supera o espaço pelo movimento.

    Podemos dizer, então, que a nossa mente ao encarar um fenômeno o faz sobre estes três
fundamentos: espaço, tempo e consciência, já que o nosso universo é constituído não só pela
matéria mas também pela energia e pelo pensamento. Este universo está em contínuo
transformismo, isto é, em evolução. Esta evolução se dá não só no sentido material mas
sobretudo nos conceitos com que a encaramos. Exemplo: hoje já se concluiu que a solidez,
pedra de toque da matéria, não passa de uma ilusão de nossos sentidos. O novo parâmetro,
aceito hoje, para definir a matéria, é o cinético, ou seja, a energia. Vê-se assim a passagem da
dimensão espaço para a dimensão tempo na nossa concepção do que seja a matéria. Mas, a coisa
não pára aí, segundo a visão da filosofia monista de Ubaldi a energia também não passa de uma
involução de uma dimensão ainda maior: o pensamento. Da aparente solidez absoluta da
matéria chega-se a uma expressão meramente conceitual.

    Desta forma, não podemos encarar o universo somente do ponto de vista material, como o faz
hoje a ciência moderna. O conceito de espaço infinito só existe dentro deste restrito modo de ver
as coisas. Se olharmos para o universo sob o ponto de vista da evolução das dimensões podemos
superar os limites estabelecidos por uma dada dimensão. Desta forma podemos superar a nossa
incapacidade de percorrer fisicamente o infinito do espaço através da nossa compreensão do que
seja o universo material. Pode-se, então, percorrer o espaço de "outra forma", isto é,
mentalmente. Como seres materiais somos limitados pelo determinismo da matéria, mas como
seres espirituais superamos estes limites. É preciso entender que esta superação se dá em forma
qualitativa através da conquista de uma consciência cada vez mais ampla e não simplesmente
suplantando estes limites em direção espacial.

    Ao superarmos a fase evolutiva da matéria pelo conhecimento surgido do desenvolvimento


pleno da fase espírito, muda a nossa concepção da infinitude do espaço. O espaço é ilimitado se
o considerarmos relativo apenas à fase matéria, pois não podemos percorrê-lo todo
materialmente: "Vossa mente o domina (o espaço) por completo, porque sendo ela de um plano
superior, pode ultrapassar qualquer limite espacial. Se podeis, num corpo tão frágil e pequeno,
voar conceptualmente tanto que podeis compreender o universo físico, o qual jamais poderíeis
percorrer todo materialmente, isto é devido ao fato de que existis numa fase evolutiva
superior". Mais adiante, Ubaldi afirma: Encontraremos um limite, mas no transformismo
evolutivo, não no espaço. Assim a dimensão própria de uma fase é ilimitada para esta fase, mas
não o é para a fase superior. A dimensão que marca um determinado estado do ser (matéria,
energia, pensamento) tem caráter de infinitude para este nível evolutivo. Assim, o que passa a
ser infinito na dimensão consciência é o conhecimento e não o espaço.

    Como cada universo é trifásico, a substância dos fenômenos do nosso universo se apresenta
em três aspectos: "1º como formas; 2º como fases; 3º como princípio ou lei. Esses três aspectos
são as três dimensões da trindade da substância. Unidade trina, a três dimensões. (Cap. 21 – A
Grande Síntese)". O homem também, como o nosso Universo, é formado de três elementos:
matéria, energia e espírito, assim, a sua unidade trina faz com que ele enxergue de maneira
ambígua a natureza dos fenômenos. Pela sua natureza material ele sente a infinitude do espaço e
pela sua natureza espiritual supera conceitualmente este limite. A fase matéria do ser humano
como já está praticamente estabilizada e não está mais em formação, marca profundamente com
seus instintos atávicos a nossa maneira de sentir, pensar e conceber. O nosso consciente é
produto novíssimo da evolução e ainda está em fase inicial de formação e, portanto, ainda não
totalmente livre dos limites materiais. É por isso que não podemos percorrer materialmente a
infinitude do espaço mas podemos em contrapartida compreendê-lo, embora ainda de maneira
imperfeita.

    Com a evolução do consciente racional para um consciente intuitivo sintético estes limites
desaparecerão definitivamente. Destarte, surgirão outros limites compatíveis com esta nova
dimensão: a intuitivo-sintética, que marca outro universo, que também é trino e supera
evolutivamente o nosso. Existem infinitos universos porque infinita é a evolução e infinito é
Deus. É lógico que agora para o leitor a palavra infinito, sob a visão Ubaldiana, tem uma
conotação diferente para cada nível evolutivo. Conclui-se assim que a verdade não é o que se vê
mas como se vê.

    É limitada a nossa capacidade para visualizar todo o transformismo . Para os
nossos olhos, a expansão do vórtice galáctico termina onde a matéria torna-
se energia e, por esta razão, não vemos o movimento inverso de
concentração da fase energia para formação de novo vórtice físico. É por
esta razão que a Física não compreendeu de forma completa o fenômeno da
entropia, pois ainda não enxergou o caminho inverso percorrido pela
energia, representado pela transformação: . Este fato leva o autor a
concluir que somente uma mente intuitiva poderá superar os limites do
concebível impostos pela nossa atual mente racional.

Você também pode gostar