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1.

Declaração de Impacte Ambiental (DIA)

- Saber quem tem competência para emissão

A emissão da DIA é competência da autoridade de AIA (art. 19º/1, DL nº 151-B/2013).

São autoridades de AIA, segundo o art. 8º, 1, a Agência Portuguesa do Ambiente, nos
casos tipificados, e a CCDR subsiariamente.

A APA é competência nos casos tipicados no anexo I do DL nº 151-B/2013, com


exceção da previsão sobre pecuária intensiva prevista no ponto 23 do Anexo I.

Portanto, quem tinha competência era a CCDR. Mais especificamente, a CCDR


Alentejo.

Há vício de incompetência absoluta (são pessoas coletivas diferentes); desvalor é a


nulidade

- Saber se o prazo foi cumprido e a conseguência de seu incumprimento

O prazo para emissão da DIA é de, em geral, 150 dias (úteis);para os projetos de
potencial interesse nacional o prazo é de 90 dias - art. 19º, nº 2, al. a) e b).

No caso, foram passados 225 dias (corridos), ocorrendo deferimento tácito.

Assim, X já tinha a licença para os 3600 porcos.

O deferimento tácito é um ato constitutivo de direitos, os quais podem ser revogados ou


anulados.

- Saber se a deveria ter reencaminhado em caso de incompetência.

A CCDR não deveria ter reencaminho porque ela era competente.

Quando o requerimento haja sido apresentado a órgão incompetente, é aplicável o


disposto no artigo 41.º do CPA - o documento recebido é enviado oficiosamente ao
órgão titular da competência, disso se notificando o particular.
- Saber se poderia haver dispensa da audiência dos interessados. O incumprimento do
prazo é razão?

A audiência dos interessados é necessária, nos termos do art. 17º do diploma, que
remete para o art. 100 do CPA.

A urgência a que alude o Artigo 124.º do CPA, n.º 1, alínea a), só justifica a inexistência
da audiência prévia dos interessados em situações em que o tempo seja decisivo para o
sucesso ou insucesso da medida administrativa a adotar. Um procedimento
administrativo com uma duração já superior a sete meses parece incompatível com um
tempo adequado à urgência alegada.

Não podem usar o argumento da urgência porque esta decorre da sua própria atuação.

- Saber de poder haver uma condição sobre 15., 16., 17.

Condição 15

A primeira disposição retira direitos, revogando a disposição consolidada com o


deferimento tácito. Os atos constitutivos de direitos só podem ser revogados nos acos do
art. 167º, nº 2, mas não houve preenchimento de nenhuma condição. Portanto, a
segunda DIA não poderia revogar direitos constituído, por fundamento de mérito. Há
vício de violação de lei, cujo desvalor é a anulabilidade.

Condição 16

Essa condição tem que existir porque assim a lei obriga. Assim, há anulação com
fundamento na invalidade do deferimento tácito (art. 168º, nº 4, al. c)).

Condição 17

Já a condição 17, incidindo sobre a viabilidade financeira do projeto, não parece se


adequar ao escopo da norma, que trata de questões de proteção e preservação do
ambiente. Os objetivos da AIA estão descritos no art. 5º do DL nº 151-B/2013, e
nenhum desses fins inclui questões de sucesso financeiro. Portanto, há desvio de poder,
sendo nulo.

2. Licença de Construção
- Competência da Câmara

Procedimentos urbanísticos DL 555/99 – mas já foi muito alterado. Quando queremos


construir um edifício, os procedimentos podem ser mais ou menos complexos. Casos de
insenção – há apenas um aviso a camara que tem prazo curto para ver se há manifesta
ilegalidade. Depois há casos de licenciamento – faz se pedido à camara e depois a
licença é emitida. Depois há ato que é o titulo – Alvará – não é a licença, é o papel que
mostra que a licença foi emitida. Quem é competente para emitir a licença 75/2023 – há
norma a dizer a camara é competente para todos o controlo de prédio. Competência é da
camara artigo 5º.

- Prazo

Saber se o prazo foi cumprido – 45 dias pelo 23º1c) do DL 555/99. Dias úteis. Por
aplicação do 87º CPA. Esse prazo conta-se desde a partir do momento em que é
enviado. O dia seguinte é o dia 1. Tem lei especial. Tinha passado 20 dias, o prazo foi
cumprido.

- Deliberação: quórum e votação

A maioria foi atingida – 54º/2 (L 75/2013).

- Era preciso haver audiência dos interessados

A audiência do interessados, formalidade essencial prevista no art. 121º do CPA,


poderia ser dispensada nos termo o art. 124º, nº 1, al. f). Porém a decisão final deveria
indicar as razões da não realização da audiência (nº 2).

Era preciso haver audiência dos interessados – em principio não. porque favorável a
jose 124º2 CPA. Mas a decisão final deve indicar as razoes de não haver audiência mas
aqui não foram indicadas. Qual será o vicio – STA vicio de forma anulabilidade e PO
violação do conteúdo essencial de um direito fundamental – direito ao procedimento
equitativo, violação de lei e nulidade. Irrelevância deste vicio – porque 163º5 permite
que certos vícios sejam desconsiderado em função de certas circunstancias – quando se
sabe que o ato seria o mesmo – o ato foi favorável ao particular. Podemos aplicar
analogicamente este numero aos casos de nulidade? 162º3 mecanismo – se houver 3os
de boa fe, e outras situações, os efeitos de facto dos atos nulos podem ser considerados
irrelevantes. O 162º3 tem aplicação mais fácil, não tem tantos pressupostos e requisitos.
Não há resposta certa para isso.
Aqui 163º,5, c) o ato seria sido praticado com o mesmo conteúdo.

A audiência dos interessados foi uma formalidade que não foi cumprida.

Há vício de forma, gera anulabilidade.

Mas não se produz o efeito anulatório - art. 163º, nº 5, al. c).

- Saber se pode conceder a licença com base no facto de não ter podido delegar a
competência (fundamentação)

Requisitos da fundamentação e ela não era adequada – esta decisão não tem lógica, está
desligada daquilo que se pretendia. Esta é uma decisão sobre Z quando se devia falar de
Y

– desvio de poder.

3. Retificação da DIA

Se os erros de cálculo ou os erros materiais forem manifestos – isto é, óbvios, evidentes,


ostensivos – aplica-se o regime especial previsto e regulado no artigo 174.º do CPA. Se,
pelo contrário, os erros de expressão não forem manifestos – ou seja, forem encobertos,
duvidosos, difíceis de detetar –, a rectificação segue o regime geral da revogação (art.
146º CPA).

Além disso, por se tratar de um ato que introduz uma modificação na antiga DIA carece
de ser objeto do exercício do direito de audição prévia quanto à sua própria existência.

Assim sendo, não nos encontramos diante de um caso de retificação, facto de


compromete por si só o procedimento administrativo adotado e, por conseguinte, a nova
DIA, que assim, porque desprovida de fundamento, fica viciada em violação de lei pelo
incumprimento das formalidades exigidas.

Admitindo, ainda, que a emissão da antiga DIA não extinguiu já o próprio procedimento
administrativo inspetivo (nos termos do artigo 127.º do CPA).
- Saber se a Agência pode retificar

A retificação (art. 174, CPA) incide sobre erros de cálculo e erros materiais, e pode ser
pelos órgãos competentes para a respetiva emissão de regulamento. No caso, o órgão
competente era a CCDR.

- Saber do prazo

A retificação pode ser feita a todo tempo (art. 174º).

- Saber se esta é uma verdadeira uma retificação ou um erro material

- Consequências se não se tratar de uma retificação

4. Atribuição do subsídio

- Saber se o Conselho Direito é competente

Prevê o art. 5º do Decreto-Lei nº 195/2012, de 23 de agosto, que compete ao Conselho


Diretivo autorizar os pagamentos relativos a ajudas e apoios no âmbito dos fundos
comunitários agrícolas e das pescas (art. 5º, nº 2, al. f)).

5. Notificação

- Saber se o Direitor tinha competência;

De acordo com o seu art. 12º, (1) salvo disposição legal em contrário, compete ao IFAP,
I. P., dentro dos condicionalismos legais, decidir o reembolso e a aplicação de sanções
resultantes do recebimento indevido de fundos nacionais ou comunitários dos quais seja
a entidade pagadora. (4) A cobrança coerciva dos valores referidos nos números
anteriores é efectuada com recurso ao processo de execução fiscal, nos termos previstos
no Código do Procedimento e do Processo Tributário, constituindo a certidão de dívida
emitida pelo IFAP, I. P., título executivo para o efeito. para o efeito. (5) Os termos e as
condições de aceitação de acordos de pagamento das dívidas de capital e juros referidas
no presente artigo são definidos pelo conselho directivo do IFAP, I. P..

- Saber se podem pedir devolução

- Saber se estava no prazo para pedido


Nos termos do artigo 3º, nº 1, do Regulamento (CE/Euratom) 2988/95, o prazo de
prescrição do procedimento visando a aplicação de sanções e a restituição de ajudas
comunitárias irregulares, no âmbito da política agrícola comum, é de quatro anos, prazo
este aplicável ao caso dos autos por inexistir no direito interno um prazo especialmente
previsto para o efeito.

- Saber se podiam ser pedidos juros

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